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ETEC JORNALISTA ROBERTO MARINHO

BRUNA KINJO LUIZ PINTO

EDGAR MESSIAS DA SILVA

GEOVANA VITORIA DA SILVA

GUILHERME CAIRES NOBRE

LUCAS MENCACCI ALEXANDROWITCH LIMA

MATHEUS CARDOSO DA SILVA ANTONIO

ILUMINISMO E O SÉCULO DAS REFORMAS


SÃO PAULO

2022

1- Filósofos – Lucas Mencacci

Jean - Jacques Rousseau, em seu discurso sobre a origem e os fundamentos da


desigualdade entre os homens de 1754, ao avaliar o quanto as ações e realizações
da humanidade resultavam ou não em felicidade, enxergou o que chamou de
espantosa desproporção, em resumo ao considerar os destinos da humanidade ao
ponde vista da constituição natural das coisas, Rousseau afirmou que o homem
parecia "destinado a ser a mais feliz das criaturas"; entretanto isso era desmentido
pelo atual da espécie, o que levou a concluir a exemplo de Kant, que "a maior parte
dos seus males é obra sua". Enquanto Rosseau concebia uma história fictícia, Kant
pensava uma história real.

No mundo mais palpável das questões das questões humanas, o ideário da


revolução pregava a liberdade, a igualdade e a fraternidade; entretanto é difícil
ponderar que, se fosse respeitada a igualdade seriam atendias as demais
reinvindicações revolucionárias, todos seriam livres e viveriam de modo fraternal,
coisas que jamais a história apresentou ao longo do tempo, como Voltaire, a
desigualdade entre os homens era uma condição fatal e eterna.

Montesquieu foi um dos mais importantes filósofos e pensadores do iluminismo


francês, ao lado de Voltaire e Rousseau. Considerado um dos criadores da “Filosofia
da História”, sendo sua maior contribuição teórica, a separação dos poderes
estatais, sistematizados em três tipos: executivo, legislativo e judiciário. Com o
objetivo de impedir a concentração de poder e impossibilitar o governo de uma
pessoa só, e se transformasse em uma tirania

Eles são utilizados atualmente no Brasil, estabelecidos pela Constituição


Federal de 1988.
2- Contexto Histórico – Edgar Messias

O Iluminismo, foi um movimento cultural que ocorreu na Europa entre os séculos


XVII e XVII, que buscava mudanças sociais, políticas e econômicas naquele
período.

Os iluministas, foram diversos pensadores e cientistas de várias áreas, como


ciências sociais, economia, astronomia. Eles pregavam a importância de sempre
pensar racionalmente e desenvolver pensamento crítico, buscando assim uma
sociedade mais justa e livre de imposições opressoras de grandes instituições como
a Igreja Católica e os monarcas absolutistas que permaneceram da Idade Média até
aquela época, a Idade Moderna.

Seus ideais e pensamentos, inspiraram diversas revoltas na Europa e mundo


afora, principalmente com a Revolução Francesa. Suas ideias contra o abuso de
autoridade da Igreja e dos Monarcas e a falta de liberdade, foram alguns dos que
estamparam a revolução.

Infelizmente, o Iluminismo ficou manchado, pois foi adotado como um símbolo


para a revolução, e ao chegar no ápice da violência, sujou a reputação do
iluminismo, mas a importância dessa corrente de pensamentos e da Revolução
Francesa não deve ser descartada.

Os resultados de tais acontecimentos, refletem na nossa sociedade atual, e


se não houvesse pensadores que colocaram suas vidas em risco ao se oporem a
esses modelos, nossa sociedade seria completamente diferente hoje em dia.

3- Iluminismo no Brasil – Bruna Kinjo

As ideias iluministas chegaram ao Brasil no século 18, através das publicações


que eram contrabandeadas para a colônia. E de brasileiros da classe alta, que
haviam estudado em universidades da Europa e tiveram contato com as teorias e
pensamentos.
A obra “Enciclopédia”, escrita por grandes pensadores e cientistas, que
sintetizava o conhecimento e as ideias vigentes na época, também ajudou a fundir
essas propostas.

Essas ideias passavam a questionar o próprio sistema colonial e fomentar o


desejo de mudanças. Assim, o movimento das Luzes influenciou a Inconfidência
Mineira de 1789, a Conjuração Fluminense de 1794, a Revolta dos Alfaiates de 1798
na Bahia e a Revolução Pernambucana de 1817.

Desses movimentos antimonárquicos, a Inconfidência Mineira foi a mais


importante, ela visava acima de tudo buscar pela independência do Brasil diante da
Coroa Portuguesa. E apesar de não ter atingido seus objetivos, serviu como um
estopim para que os ideais iluministas se infiltrassem nas camadas mais urbanas da
sociedade brasileira. Tendo sido importantes para o desenvolvimento político e
social por trás de conquistas subsequentes mais tarde.

4- Características do Iluminismo

4.1. Geovana Vitoria


Os iluministas acreditavam que o crescimento crítico era importante para
melhorar a educação e a situação social de uma sociedade. Tal linha de
pensamento tinha muita influência nas questões da razão e natureza, esse
movimento valorizava a razão em detrimento da fé, afirmando que a razão era
o meio para garantir o progresso da humanidade.

Os iluministas não eram ateus, eles acreditavam que o ser humano seria
capaz de chegar em Deus através da razão e eram contra a igreja
industrializada por causa que abusavam da mensagem de fé para causar
ódio, tortura, mudança de opinião, gerando uma censura de pensamento.

Eles defendiam sempre a razão e o pensamento crítico, com isso


buscavam uma religião mais pura e racional. Não podemos dizer que os
iluministas eram 100% contra a igreja, eles eram apenas contra as igrejas
industrializadas que abusam do seu poder. Eles enfatizavam os lados da ética
das religiões, como o amor ao próximo, a comunhão etc. Em suma podemos
dizer que a religião para os iluministas se travava mais do crescimento
pessoal e crítico.

4.2. Guilherme Caires

Economia do Iluminismo
Os iluministas defendiam que existisse uma liberdade econômica, ou seja,
que a economia pudesse ser movimentada de acordo com suas próprias leis,
sem que houvesse a interferência do Estado.

Por este motivo, os adeptos do Iluminismo eram contra o Mercantilismo e


o Metalismo, uma de suas principais características. O Mercantilismo era um
sistema no qual o rei tinha autonomia para intervir em todas as áreas da
economia.

O Metalismo, por sua vez, consistia em uma maneira de desenvolvimento


econômico centrada no acúmulo de metais preciosos.

O iluminismo defendia a liberdade econômica e por este motivo era


totalmente contra os princípios do mercantilismo. Uma das principais
características do Mercantilismo é a forte intervenção do Estado na economia.

O rei tinha autonomia para determinar a quantidade de impostos a ser


cobrada e controlava o mercado de negócios. Essa abordagem é totalmente
contrária à que o Iluminismo pregava, onde a liberdade econômica deveria
existir e ser isenta de intervenção do Estado.

Política no Iluminismo
O Iluminismo era baseado em três pilares, que são: razão, liberdade e o
avanço da sociedade em relação ao pensamento racional e à ciência. As
características que você verá a seguir mostram que essas três ideias centrais
nortearam o movimento.
Os iluministas eram totalmente contra o absolutismo, que foi uma forma de
governo presente na Europa entre os séculos XVI e XIX, e que dava ao rei o
poder absoluto e muitos privilégios. Dentro dessa organização política, o
povo, que era a maior parte da população, não tinha qualquer direito ou voz
ativa. Então, o Iluminismo surgiu como uma forma de combater isso e
promover a liberdade de escolhas e de pensamento.

A liberdade, que foi citada anteriormente como um dos pilares do


Iluminismo, representava a ideia de que todo indivíduo é livre para agir de
forma autônoma. Isso incluía escolher sua crença religiosa e tomar decisões
em relação à economia e política, o que era totalmente o oposto do regime
absolutista. Além da liberdade, o movimento pregava a igualdade,
principalmente como uma forma de acabar com os privilégios do clero e da
nobreza.

5- Ideias Iluministas – Matheus Cardoso

Liberdade de expressão

O Iluminismo consagrou a liberdade de pensamento e expressão como um direito


natural do homem. Liberdade de pensamento é o direito de pensar o que se quer,
independente de preconceitos, dogmas, ideologias e normas morais. Sua fórmula é
anunciada por Voltaire: “Ouse pensar por si mesmo”. Já a liberdade de expressão é
o direito de manifestar (pela linguagem oral, escrita ou visual) opiniões, ideias e
pensamentos. A respeito, teria dito Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma
das palavras que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-las”.

A Liberdade de Expressão é um dos direitos realmente mais lindos, fundamental


para uma sociedade saudável.

Voltaire foi um dos pensadores que mais se destacaram nesse processo


revolucionário. O responsável pela defesa da liberdade de expressão. O exercício
desse direito que é importante atualmente. Acompanhe o vídeo e entenda o quanto
é saudável viver em uma sociedade onde existe essa liberdade, manifestações
políticas, mas aprenda a diferenciá-la do simples “ódio”.
Empirismo

O empirismo é uma teoria filosófica que argumenta que todo o conhecimento


humano deve ser adquirido de experiências sensoriais. Ou seja, a partir de suas
vivências, e não instintos ou conhecimento nato, os indivíduos vão adquirindo
saberes, consciência e aprendizado

A filosofia empirista foi uma das correntes teóricas importantes para movimentos
políticos como o iluminismo. Nesse contexto, a valorização do conhecimento era
central, e essa ideia era estimulada já por diversos autores, como Francis Bacon.

Na perspectiva do empirismo e do iluminismo, a conexão está no fato de que as


discussões sobre a teoria do empirismo permaneceram no período do iluminismo
europeu. Inclusive, o racionalista alemão Gottfried Wilhelm Leibniz influenciou a
produção filosófica do iluminista Immanuel Kant.

Kant encerrou os debates ao argumentar que o conhecimento humano é


originado das experiências práticas e ideias racionais.

Em sua perspectiva, a cognição do ser humano prescinde o abstrato racional


(conhecimento a priori) e a experiência prática (conhecimento a posteriori). Ambos
solicitam uma estrutura complexa, possível apenas para os seres humanos.

Justanaturalismo

O iluminismo foi fortemente influenciado pelo jusnaturalismo do século XVII, que


propunha que a sociedade humana deveria ser constituída sobre bases naturais e
racionais. Para essa nova corrente – jusnaturalismo moderno-iluminista – não
existem diferenças e desigualdades entre os homens naturais, acreditando-se que
está no homem o poder de edificar sua felicidade. A vocação histórica do
jusnaturalismo moderno-iluminista pode ser definida como a preparação das
primeiras codificações, dentre as quais o Código Prussiano (1794) e o pós-
revolucionário Code Civil francês de 1804, considerados como o advento do Direito
Positivo codificado.

Tripartição dos poderes

"Essa ideia surgiu na Antiguidade e foi aprimorada por pensadores iluministas,


tendo como objetivo a divisão do poder de forma a evitar a existência de governos
tirânicos.

Essa tripartição foi pensada a fim de criar poderes com autonomia e prerrogativas
para atuar na administração do Estado. Eles atuariam de forma equilibrada e
deveriam impedir que um poder concentrasse soberania. Isso tinha como objetivo
evitar que o poder fosse centralizado nas mãos de uma só pessoa, como acontecia
nos governos tirânicos da Grécia ou nos governos absolutistas durante a Idade
Moderna.

Tradicionalmente, essa ideia é associada ao iluminista francês Montesquieu, cuja


proposta de divisão dos poderes influenciou fortemente a estruturação das nações
modernas. No entanto, essa ideia de Montesquieu era uma alternativa a outras
propostas que já existiam, com destaque para as de Aristóteles e de John Locke.

A ideia da divisão se consolidou no século XVIII, conhecido como Século das


Luzes, por conta do contexto de questionamento que havia à soberania dos
monarcas absolutistas à época, quando despontou o Iluminismo. Esse
questionamento levou à formulação de propostas que limitavam o poderio desses
monarcas. Com novos poderes, seriam criados mecanismos que evitariam a
concentração da soberania."

Contrato Social

O contrato social é uma metáfora usada pelos filósofos contratualistas para


explicar a relação entre os seres humanos e o Estado.
Esta figura de linguagem foi utilizada especialmente por Thomas Hobbes, John
Locke e Jean-Jacques Rousseau.

São os filósofos que defendiam que o homem e o Estado fizeram uma espécie de
acordo - um contrato - a fim de garantir a sobrevivência.

O ser humano, segundo os contratualistas, vivia no chamado Estado Natural (ou


estado de natureza), onde não conhecia nenhuma organização política.

A partir do momento em que o ser humano se sente ameaçado, passa a ter


necessidade de se proteger. Para isso, vai precisar de alguém maior e imparcial,
que possa garantir seus direitos naturais.

Racionalismo

O racionalismo consiste na ênfase dada ao uso da razão. Os iluministas


rejeitavam o pensamento teológico, buscando para tudo uma explicação racional.
Não obstante, afirmavam que a razão somente seria utilizada corretamente se fosse
iluminada (ou esclarecida) pelas luzes do conhecimento. Portanto, uma pessoa
ignorante não saberia usar a própria razão. Daí a afirmação, recorrente entre os
filósofos do período, de que o governo seria exercido pela minoria esclarecida (ou
seja, pela burguesia).

Cientificismo

O cientificismo é a visão de que todo conhecimento verdadeiro é conhecimento


científico, e que não existe uma forma racional e objetiva de investigação que não
seja um ramo da ciência. Por 'ciência', os cientificistas entendem que é todo o ramo
do conhecimento no qual se pode utilizar o método científico baconiano.

Indiscutível que o método científico foi responsável por uma revolução nas
ciências naturais. O desenvolvimento da biologia, física, mecânica, química e os
grandes avanços ocorridos ao longo dos séculos XVII, XVIII e XIX favoreceram a
ideia de que a linguagem científica poderia ser a chave para que o homem pudesse
entender o universo de forma holística, ou seja, em seu total.
O Iluminismo francês foi a corrente que se tornou mais popular e acabou dando-
nos a própria imagem que temos da Época Moderna, isto é, uma época de
progresso, de avanços científicos

Livre comércio

Também conhecidos como fisiocratas, os economistas iluministas defendiam a


liberdade econômica, ou seja, que a economia pudesse se movimentar de acordo
com suas próprias leis.

- Anne Robert Jacques Turgot – economista francês era defensor do livre comércio e
de medidas para racionalizar a economia.

- François Quesnay – um dos principais representantes da fisiocracia. Defensor da


agricultura como principal fonte de riquezas de uma nação e da retirada das
barreiras estatais que dificultavam a produção e circulação de mercadorias.

- Vincent de Gournay – ao contrário de grande parte dos economistas iluministas,


Gournay defendia a indústria como importante fonte de riqueza de uma nação.
Defendia também a liberdade de comércio entre países (sem barreiras
alfandegárias) e a liberdade de funcionamento de indústrias.

- Adam Smith – precursor do liberalismo econômico. Sua principal obra foi A riqueza
das nações, onde fez pesadas críticas ao intervencionismo estatal na economia e à
política econômica mercantilista.

Igualdade jurídica

A igualdade dos homens perante a lei. Dentro desse raciocínio, a lei não poderia
privilegiar alguém com base em seu nascimento ou condição social. Todavia, a
igualdade defendida pelos iluministas era apenas civil (ou jurídica), não se
estendendo ao plano econômico; e não eliminava o menosprezo que a burguesia
sentia em relação às classes populares.

Liberdade jurídica
Os filósofos iluministas defendiam a liberdade de expressão dos cidadãos, a
liberdade religiosa, acreditavam que todos são iguais perante a lei e que todos têm o
direito de defesa contra o abuso das autoridades. O direito a liberdade está
assegurado como liberdades civis que consiste em todas as liberdades que todo
cidadão possui e que não podem ser limitados.

O direito a liberdade é assegurado na Constituição Federal. Entre as liberdades


civis se encontram a liberdade religiosa, liberdade de expressão, liberdade de
pensamento, liberdade de associação e liberdade de reunião.

A liberdade religiosa consiste na liberdade de escolha de qualquer ou nenhuma


religião para seguir, ainda o direito de crer ou não, de ter fé ou não, sem que seja ou
receba algum tipo de preconceito ou coisa similar. Está incluso na liberdade religiosa
o direito de não se submeter ao que o estado, país ou nação abriga como
preferência religiosa, ou seja, o cidadão possui direito total a liberdade na escolha da
decisão sobre a religião, os conceitos, as crenças, fé etc. Somente cidadão decide a
religião a seguir ou não seguir nenhuma.

A liberdade de expressão consiste no direito que todo o cidadão possui de


expressar sua opinião, ideias, pensamentos, sentimentos e outras formas de
manifestações. A liberdade de expressão é ainda parte da democracia existente em
diversos países sem estar sujeito a qualquer tipo de repreensão.

Liberalismo

O Iluminismo se relaciona com o Liberalismo (econômico) na medida em que


esta concepção da economia era aquela que era adotada pelos Iluministas, que
viam no Liberalismo uma forma mais justa de conduzir a economia.

O principal pensador Iluminista no que dizia respeito a Ciência Econômica foi


Adam Smith, o "pai" do Liberalismo. Para Smith os mercados livres eram uma forma
de dar poder aos cidadãos e criar formas mais eficientes de distribuir os recursos.
Uma sociedade em que o Estado não intervisse pesadamente na economia seria
uma sociedade em que as pessoas, ao menos em teoria, teriam maior liberdade.

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