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Geografia A

10ºano
0. A posição de Portugal na Europa e no Mundo

Açores

Madeira

Portugal Continental e Portugal Insular

Portugal

Portugal Continental
Portugal Insular

Distritos:
R.A. da Madeira: R.A. dos Açores:
-Viana do Castelo; -Castelo
-Braga; Branco; -Madeira -S. Miguel;
-Viseu; -Leiria; -Porto Santo -S. Maria;
-Bragança; -Lisboa; - Desertas Faial;
-Porto; -Santarém; Terceira;
-Vila Real; -Portalegre; S. Jorge;
-Guarda; -Évora; Nota: Graciosa;
NUTS I, II e III
-Coimbra; -Beja; Pico;
-Faro. Desertas e
-Aveiro; Corvo;
Formigas são ilhas
Flores;
inabitadas.
Formigas:

Território dividido em 25 Território dividido em 7 Território nacional


sub-regiões regiões (continental e insular)
A inserção de Portugal em diferentes espaços…

…no contexto europeu (UE).

Dado que na década de 50 Portugal ainda se encontrava num regime ditatorial, estava impedido de aderir à
política comercia da Comunidade Económica Europeia (CEE) algo que só veio a ser alterado após a Revolução de 25
de abril de 1974 com a instituição da democracia.

A integração de Portugal na CEE só foi plena em 1986 acabando assim o 4º alargamento da Comunidade
Económica Europeia.

Tratados e Acordos
Tratado de Roma (1957): Institui a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia
Atómica (Euratom).

Ato Único Europeu (1986): Reforma as instituições para preparar a adesão de Portugal e Espanha e simplifica a
tomada de decisões na perspetiva do mercado único.

Tratado de Maastricht (1992): Prepara a união monetária europeia e introduz elementos para uma união política
(cidadania, política comum em matéria de política externa e assuntos internos).

Tratado de Amesterdão (1997): Reforma as instituições para preparar a adesão de mais países à UE.

Tratado de Nice (2001): Reforma as instituições para que a UE possa funcionar eficazmente com mais países.

Tratado de Lisboa (2007): Muda a forma de funcionamento da UE, permitindo-lhe falar a uma só vez e tornando-a
mais apta a resolver problemas a nível mundial.
Vantagens da União Europeia para Portugal:

• Apoios financeiros;
• Benefícios económicos da participação no Mercado Único;
• Participação em programas de apoio ao desenvolvimento;
• Harmonização dos padrões de qualidade e das normas de funcionamento socioeconómico.

União Económica Monetária: Introdução da moeda única (o euro) em 2002. As vantagens do euro são:

• Facilita transações comerciais e financeiras;


• Possibilita a constituição de um espaço financeiro;
• Permite a estabilidade do preço;
• Dispensa a necessidade de cambiar moeda.

Convenção de Schengen: A livre circulação de pessoas reforçou o sentido da cidadania europeia pois este acordo
aboliu as fronteiras internas.

Mecanismo Europeu de Estabilidade: Para fazer face às dificuldades extraordinárias e combater o risco dos ataques
especulativos às economias mais fracas da zona euro. É um fundo europeu criado em 2010.

Países Ano de adesão Espaço Schengen Euro (€)


França 1957 Sim Sim
Itália 1957 Sim Sim
Alemanha 1957 Sim Sim
Países Baixos 1957 sim Sim
Bélgica 1957 Sim Não
Luxemburgo 1957 Sim Sim
Reino Unido 1973 Não Não
Irlanda 1973 Não Sim
Dinamarca 1973 Sim Sim
Grécia 1981 Sim Sim
Portugal 1986 Sim Sim
Espanha 1986 Sim Sim
Áustria 1995 Sim Sim
Suécia 1995 Sim Não
Finlândia 1995 Sim Sim
Chipre 2004 Sim Sim
Polonia 2004 Sim Não
Eslovénia 2004 Sim Sim
Hungria 2004 Sim Não
República Checa 2004 Sim Não
Eslováquia 2004 Sim Sim
Letónia 2004 Sim Sim
Lituânia 2004 Sim Sim
Estónia 2004 Sim Sim
Bulgária 2007 Não Não
Roménia 2007 Não Não
Croácia 2013 Não Não
Suíça Não aderiu Sim Não
Noruega Não aderiu Sim Não
Islândia Não aderiu Sim Não
…no contexto mundial

• Posição geográfica: elemento estratégico que pode ser aproveitado para afirmação do nosso país na cena
mundial.
• Participação nas mais importantes organizações mundiais (ONU, NATO, etc.).
• Difusão da língua e da cultura portuguesas motivada pela colonização e pela emigração.
• Presença de comunidades portuguesas ou de origem portuguesa em muitos países do Mundo, destacando-
se a França e o Brasil.
• Participação na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Foi fundada a 17 de julho de 1996 e veio reforçar a cooperação entre países ligados por uma herança histórica comum,
assumindo Portugal um papel de interlocutor entre os restantes países da CPLP e a União Europeia. A ação desta comunidade
projeta-se nas vertentes política, cultural, económica e social.

Ações diplomáticas desenvolvidas nas


Plano político organizações internacionais e na mediação de
conflitos.
Promoção, através da comunicação social, a
difusão de programas de informação,
Plano cultural entretenimento e formação em português.
Implementação do português como língua de
trabalho nos organismos internacionais.
Plano económico Promoção da cooperação empresarial.
Cooperação no desenvolvimento dos setores da
Plano social
saúde e educação.

Países que fazem parte da CPLP:

• Portugal;
• Cabo Verde;
• Guiné-Bissau;
• Guiné-Equatorial;
• Brasil
• São Tomé e Príncipe;
• Timor-Leste;
• Angola;
• Moçambique.
1. A população utilizadora de recursos e
organizadora de espaços
Evolução da população portuguesa

Fases da evolução
Razões

Saldo Migratório negativo devido à Acontecimentos que


1960-1970 Guerra Colonial e diminuição da influenciaram a evolução da
natalidade devido á introdução dos população portuguesa:
métodos contracetivos.
Saldo Migratório positivo devido ao • Guerra colonial;
1970-1981
processo de descolonização e ligeiro • 25 de abril;
aumento da natalidade • Adesão à UE.
Crescimento natural e Saldo
1981-1991 Estes acontecimentos
migratório constantes
Saldo migratório elevado (fluxos influenciaram a qualidade de vida
provenientes dos PALOP e do Leste e movimentos migratórios.
1991-2011 europeu) e Crescimento Natural a
diminuir (passando a apresentar
valores negativos)
Estrutura etária da população

Envelhecimento no topo: provocado


pelo aumento da esperança média de
vida.

Envelhecimento na base: provocado


pela diminuição da natalidade.

Duplo envelhecimento: provocado


pelo aumento da esperança média de
vida e pela diminuição da natalidade.
Fatores que explicam a diminuição da natalidade:

• Maior investimento na educação das crianças;


• O papel da mulher na vida política, económica e social que se tornou mais ativo ao contrário do verificado
anteriormente;
• Conseguinte dificuldade em conciliar a vida profissional e familiar;
• Crescimento do modo de vida urbano (ex: «stress» na procura de habitação);
• Maior divulgação dos métodos contracetivos e do planeamento familiar;
• Perda da importância do casamento como instituição familiar.

Fatores que explicam a queda da mortalidade:

• Mudança nos hábitos e nas dietas alimentares de vários grupos da população;


• Fácil acesso aos cuidados primários de saúde e à assistência médica (após o 25 de abril foi criado o SNS que
tornou os cuidados de saúde mais acessíveis à população);
• Acompanhamento médico antes, durante e após o parto (maior segurança para o bebé e para a mãe);
• Generalização da vacinação infantil que provoca a queda da mortalidade infantil.

Fatores que explicam a queda do índice sintético de fecundidade

• Participação da mulher no mercado de trabalho;


• Preocupações com a carreira profissional;
• Precariedade no emprego;
• Preocupação com a educação e bem-estar dos filhos (maior investimento);
• Acesso a métodos contracetivos;
• De crescimento do modo de vida urbano que provoca stress da vida da cidade e dificuldades na aquisição de
casa.

Principais assimetrias regionais quanto à…

…Taxa de natalidade
Valores mais altos: Valores mais baixos:
• R.A. Açores; • Interior do país.
• Algarve;
• Área Metropolitana de Lisboa.

…Taxa de mortalidade
Valores mais altos: Valores mais baixos:
• Baixo e Alto Alentejo; • R.A. Açores;
• Beira Baixa; • Área Metropolitana de Lisboa;
• Beiras e Serra da Estrela. • Área Metropolitana do Porto.

Consequências do envelhecimento

• Aumento de encargos da população ativa perante a população idosa;


• Aumento de encargos sociais com reformas e assistência médica a idosos;
• Diminuição da população ativa conduz à diminuição da produtividade do país;
• Diminuição do espírito na dinamização e inovação, características da população mais jovem;
• Redução da natalidade, uma vez que diminuem os escalões etários onde a fecundidade é mais elevada.
Possíveis soluções para diminuir o envelhecimento

Nível económico:

• Abonos e subsídios em função do nº de filhos;


• Assistência médica e educativa gratuitas;
• Incentivos fiscais para famílias numerosas.

Nível legislativo:

• Alargamento do período de licença de parto para os pais;


• Redução horária e atribuição de subsídios para a mãe na amamentação;
• Legislação pós-laboral (protege a mulher durante a gravidez e o pós-parto).

Nível municipal:

• Por cada criança que nasce, a autarquia contribui nas despesas escolares (por exemplo) nomeadamente no
interior do país onde este problema é mais acentuado.

Consequências dos fluxos emigratórios


consequências negativas consequências positivas
• Diminuição da natalidade; • Remessas de divisas dos emigrantes;
• Diminuição do crescimento efetivo; • Desenvolvimento das regiões de partida por
• Envelhecimento demográfico; causa dos Investimentos efetuados pelos
• Diminuição da população ativa. emigrantes;
• Diminuição do desemprego;
• Modernização tecnológica de setores de modo a
ultrapassar a que falta de mão-de-obra.
Focos demográficos: onde há grandes concentrações de população.

Vazios humanos: onde a população é escassa.

Densidade populacional: Relação entre o nº de habitantes e a área expressa em km2.

Área metropolitana: Área geográfica com grande densidade demográfica que abrange uma grande cidade e as
cidades que lhe são vizinhas. Ex: Área Metropolitana de Lisboa.

Distribuição da população na Europa

A maior concentração na Europa ocorre nas regiões ocidental e central, onde se localizam países como
França e Alemanha que são países muito populosos. A menor concentração humana é registada na Península
Escandinava (Noruega e Suécia).

Distribuição da população em Portugal

Onde há maior densidade demográfica?

Em Portugal, a densidade demográfica é maior nas regiões do litoral, desde o Minho até ao Algarve (exceto o
Alentejo Litoral) e as Regiões Autónomas.

Onde há menor densidade demográfica?

Em Portugal, a densidade demográfica é menor nas regiões do interior no país, desde Trás-os-Montes até ao
Baixo Alentejo.
Bipolarização: Elevada densidade populacional nas duas áreas metropolitanas.

Urbanização: Aumento das cidades e diminuição dos pequenos povoamentos (aldeia).

Litoralização: Concentração da população e das atividades económicas no litoral.

Fatores que influenciam a distribuição da população


Fatores físicos Fatores humanos

• Clima (quanto mais amenos mais • Evolução histórica;


população); • Industrialização;
• Solo (quanto mais fértil mais • Movimentos migratórios;
população) e relevo (quanto menos • Acessibilidades e evolução dos
acentuado mais população); transportes;
• Hidrografia (Mar, rios, etc.) • Custo e utilização do solo.

Problemas nas áreas muito povoadas

• Desordenamento do território (aparecimento de bairros degradados e de construção não planeada);


• Sobrelotação de equipamentos, infraestruturas e serviços;
• Congestionamento de trânsito;
• Degradação ambiental;
• Desqualificação social e humana (desemprego, marginalização, etc.);
• Dificuldade na procura de habitação.

Problemas nas áreas menos povoadas

• Despovoamento gerado pelo abandono de aldeias;


• Insuficiência de infraestruturas e de equipamentos;
• Envelhecimento da população e consequente isolamento de idosos;
• Decréscimo da natalidade e do nº de jovens;
• Falta de mão de obra qualificada;
• Perda da importância da atividade agrícola;
• Degradação ambiental pelo abandono de muitas terras;
• Fragilidade económica;
• Falta de serviços e apoio à população idosa;
• Surgimento de vazios humanos.

Possíveis soluções

• Ordenamento do território;
• Promoção do desenvolvimento do interior;

-Melhorar acessibilidades,

-Criar serviços essenciais,

-Desenvolver atividades económicas,

-Qualificar mão de obra,

-Criar benefícios e incentivos a empresas e a profissionais qualificados.


2. Os recursos naturais de que a população dispõe
2.1. Os recursos do subsolo

Tipos de rochas:

• Rochas Magmáticas;
• Rochas Sedimentares;
• Rochas Metamórficas.

Unidades geomorfológicas:

São áreas onde as características das estruturas internas da crosta terrestre, das rochas e da época de
formação das rochas são semelhantes. Formaram-se ao longo de milhões de anos através de processos lentos
exercidos sobre as rochas (Ex: movimentos tectónicos). Estas unidades vão influenciar a agricultura e as
disponibilidades hídricas.

Em Portugal quais são as unidades geomorfológicas existentes?

• Maciço Antigo ou Maciço Hespérico;


• Orlas Sedimentares;
• Bacias Sedimentares.

Maciço Antigo ou Maciço Hespérico

Tem cerca de 600 a 700 milhões de anos. Após a sua formação,


ao longo de milhões de anos, foi-se degradando, erodindo, restando
montanhas de baixa altitude e áreas aplanadas resultando num
continuo desgaste. Nele predominam rochas mais antigas (Ex: granito).
Predominam as rochas metamórficas.

Orlas Sedimentares

Foram formadas há cerca de 150 milhões de anos e se


prolongou até há cerca de 50 milhões de anos. As orlas resultam da
acumulação de sedimentos que se depositaram no fundo do mar e que
se ergueram do fundo oceânico. Predominam os calcários, argilas e
arenitos (rochas sedimentares).

Bacias Sedimentares

As bacias sedimentares do Tejo e do Sado formaram-se há 25 milhões de anos através da deposição de


detritos fluviais provenientes dos rios Tejo e Sado. O material dominante, resultante desses processos foram argilas,
cascalhos e areias, entre outros.

Recursos do subsolo
energéticos: para a
Águas (aquíferos) rochas ornamentais:
produção de energia
matérias-primas águas termais, de nascente usadas para decoração.
Ex: Urânio, gás natural,
e mineral Ex: mármore
petróleo, carvão,...
Minerais metálicos: minerais industriais: Minerais não metálicos:
para construção
minerais que têm usados na indústria. minerais que não têm
Ex: calcário, areias, granito,
substâncias metálicas Ex: argila, caulino, sal- substâncias metálicas.
xisto,…
Ex: ferro, estando, cobre,… gema. Ex: feldspato, quarto, …
Recursos do subsolo explorados em Portugal
Recurso Tipo de recurso Utilização Relevância
Devido à transição
energética e na aposta nos
veículos elétricos, a
Lítio (norte de Portugal) metálico produção de baterias
procura por este recurso
valioso tem aumentado
substancialmente.

Extraídos em grandes
quantidades, mas com
Areias e Arenitos Industrial e de Construção Construção reduzido valor. A sua
procura depende das
obras públicas.

A sua procura depende da


Matéria-prima p/olaria,
Argilas e Caulino Industrial construção civil por isso o
cerâmica e tijolos
seu valor e extração oscila.

Depende da construção
Granito (Alentejo mas
civil, mas exporta grande
recentemente começou Revestimento de paredes
Ornamental parte do que é produzido.
também a ser explorado e chão, etc.
Exportações em bruto e
no norte de Portugal)
não transformado.

Depende da construção
civil mas exporta grande
parte do que é produzido.
Mármore (Alentejo
Exportações em bruto e
nomeadamente nos Revestimentos, lápides e
Ornamental não transformado. O
municípios de Estremoz, esculturas
mármore português é
Borba, Vila Viçosa)
bastante procurado
devido ao facto de ser
bastante cristalino.

A sua procura depende da


Industrial e/ou Matéria-prima para construção civil. O calcário
Calcário
ornamental cimento, calçada ornamental é quase todo
p/exportação.

Quartzo não metálico vidro e cerâmica pouca exploração


Teve uma valorização
significativa do seu valor
devido ao aumento da
Cobre (explorado nas procura. É o minério com
Instalações elétricas ou
minas de Neves Corvo e Mineral Metálico maior exploração em
cabos de comunicação
Aljustrel) Portugal e que representa
mais de metade valor das
exportações minerais
portuguesas.

Explorados conjuntamente
Estanho e Zinco com o cobre. Apresentam
Ligas metálicas diversas.
(explorados nas Minas de Mineral Metálico valores mais reduzidos
Objetos decorativos.
Neves Corvo) que o cobre, quer em
quantidade quer em valor.

É o 2º mais explorado dos


Veículos de combate, minerais metálicos e a 2ª
Volfrâmio/Tungsténio
Mineral Metálico Lâmpadas e cabos maior exportação
(Panasqueira)
elétricos. nacional. Depende da paz
existente.

Quase toda a produção é


Utilizado para desbloquear exportado para a Europa.
Sal-gema (distritos de
Mineral Não Metálico as estradas quando há O seu valor tem vindo a
Leiria, Lisboa e Faro)
gelo aumentar devido às
crescentes aplicações.

100% importado. Implica


dependência de Portugal.
É a maior importação de
Combustível e matéria-
Petróleo Energético todas em valor de e
prima
quantidade. Tem
diminuído devido às
energias renováveis.

Apesar de existir é 100%


Produção de eletricidade importado. Altamente
Carvão Energético
(Centrais Termoelétricas) poluente. Está a deixar de
ser usado.

Grande incremento com o


Consumo doméstico e gasoduto de Magreb e
Gás Natural Energético
industrial terminal de Sines. 100%
importado.
Consumida sem
transformação tem
Consumo doméstico e aumentado bastante em
Águas Água industrial termos de quantidade e
(engarrafamento) valor (consumo interno e
exportação de água
engarrafada).

Combustível em Centrais Muito perigosa a sua


Nucleares e fabrico de utilização. Exploração
Urânio Energético
armas nucleares (ex: cancelada devido ao
bombas) perigo radioativo.

Problemas da atividade extrativa em Portugal:

• Problemas ambientais (poluição do ar, poluição sonora, poluição das águas e poluição do solo);
• Portugal está dependente do exterior fazendo com que a balança comercial seja negativa;
• A qualidade do minério é reduzida;
• Degradação da paisagem;
• Custos de exploração de transporte elevados devido à acessibilidade das jazidas;
• Reduzida dimensão das empresas o que dificulta a sua competitividade e produtividade.

Potencialização do setor mineiro

• Procura de soluções para os principais problemas do setor, nomeadamente no que se refere à criação de
infraestruturas e à modernização da tecnologia, de modo a aumentar a viabilidade económica da exploração
de jazidas nas exploradas ou subaproveitadas;
• Mobilização de meios políticos, financeiros, científicos e tecnológicos para a inventariação e localização de
recursos ainda não conhecidos/aproveitados;
• Realização de estudos e definição de medidas que levem a uma relação de equilíbrio entre a indústria
extrativa e a preservação ambiental, nomeadamente a reabilitação e a requalificação das minas
abandonadas;
• Utilização, mas eficiente da energia e diversificação das fontes, de modo a reduzir os custos e a
vulnerabilidade que a dependência energética traz ao país;
• Promoção dos recursos explorados no mercado interno e externo.

Recursos energéticos

Portugal é um país pobre em recursos energético não renováveis. As reservas de carvão esgotaram-se e as de
urânio deixaram de ser exploradas. As fontes de energia mais utilizadas são os combustíveis fósseis como o petróleo
e que leva Portugal a importar recursos (criando uma grande dependência energética) ou a investir nas energias
renováveis.

Energia Hídrica: É a energia renovável mais utilizada em Portugal. Resulta do aproveitamento dos recursos hídricos.

Energia Eólica: É a segunda fonte de energia mais usada em Portugal. Resulta do aproveitamento dos ventos.

Energia da Biomassa: Usada na produção de energia calorifica. Resulta da combustão daí estar localizada perto de
áreas florestais.

Energia geotérmica: Único recurso proveniente do subsolo em Portugal. É explorado essencialmente nos Açores
devido à sua atividade vulcânica. Resulta do aproveito da atividade vulcânica.
Energia solar: É a terceira fonte mais utilizada em Portugal. Resulta do aproveitamento da radiação solar.

Energia Maremotriz: É a menos utilizada em Portugal. Resulta do aproveitamento das ondas e dos desníveis do mar.

Petróleo

O nosso país continua a registar uma grande Redução progressiva no consumo desta
dependência de petróleo no consumo fonte de energia, fruto do investimento
interno bruto de energia realizado nas fontes energéticas renováveis.

A importância do petróleo continuará, contudo, a manifestar-se pelo fato de alimentar


setores importantes como os transportes e a indústria, especialmente a química.
O petróleo que chega ao país vem essencialmente do Golfo Pérsico e de África dado que
não é possível a sua produção em território nacional.

Gás Natural
• Existe em grande quantidade e em muitas regiões do Mundo, principalmente no
Médio Oriente, na Rússia e na Europa Ocidental, também em África.
• Apresenta-se como alternativa ao petróleo pois é uma fonte energética mais limpa
(não emite compostos gasosos nem resíduos suscetíveis de alterar o equilíbrio
ecológico).
• O gás natural consumido em Portugal é proveniente de jazidas na Nigéria (GNL) e
Argélia (GN). Chega a Portugal através de gasodutos e por via marítima (no caso do
GNL).
• A sua introdução permitiu diversificar as Fontes para a produção de energia de
modo a que não haja flutuações de preço e que não haja risco de sofrer com fatores
externos como guerras, etc.

Carvão
• Portugal possui algumas jazidas de fraca quantidade e qualidade.
• O carvão consumido é proveniente da Colômbia, África do Sul e EUA.
• Usado para a produção de energia para as indústrias cimenteiras e siderúrgica.

2.2. A radiação solar

Atmosfera

Troposfera:

• Onde há oxigénio e vapor de água;


• Altura de 10 km;
• É aqui que ocorrem os fenómenos meteorológicos;
• Quanto maior a altura, menores serão as temperaturas e quantidades de oxigénio e vapor de água.
Estratosfera:

• Existência de ozono responsável pela absorção dos raios solares UV;


• Altura de 50 km;
• A partir desta camada, a temperatura aumenta.

Mesosfera:

• Camada extremamente fria;


• Altura de 80 km;
• Protege a Terra dos meteoritos.

Termosfera:

• Camada extremamente quente;


• Altura superior a 500 km;
• Absorve alguma radiação.

Exosfera:

• Espaço.

Radiação solar

Radiação solar: energia emitida pelo Sol, em ondas eletromagnéticas de pequeno comprimento de onda.

Radiação terrestre: energia calorífica emitida pela superfície terrestre – radiação infravermelha, de grande
comprimento de onda.

Equilíbrio térmico: a quantidade de energia solar que atinge a superfície terrestre é equivalente à energia emitida
pela Terra.

Efeito de estufa: a absorção de parte da radiação terrestre pela atmosfera permite o aquecimento da sua camada
inferior, mantendo-se uma temperatura média de cerca de 15 °C.

Constante solar: quantidade de energia recebida no limite superior da atmosfera numa superfície de 1 cm²
perpendicular aos raios solares durante um minuto.

Albedo: razão entre a radiação solar refletida por uma superfície e a radiação solar total que sobre ela incide.

Radiação global: toda a radiação solar que chega à superfície.

Fatores que influenciam a radiação solar:

• Esfericidade do planeta;
• Inclinação dos raios solares e ângulo de incidência;
• Latitude;
• Movimentos de rotação e translação;
• Duração da insolação (período de tempo em se o Sol está descoberto);
• Exposição geográfica das vertentes.
Menor latitude → maior ângulo de incidência →Menor inclinação → Menor área → Maior aquecimento

maior latitude → menor ângulo de incidência →Maior inclinação → Maior área → Menor aquecimento
Vertente Norte – Vertente Umbria Vertente Sul – Vertente Soalheira

A valorização da radiação solar

A elevada insolação média registada em Portugal, superior à média europeia, faz da energia solar um
importante recurso energético que importa valorizar. A energia solar, utilizada como alternativa às energias
convencionais, permitirá diminuir a dependência do país face ao exterior, relativamente às energias fosseis, diminuir
o défice da balança comercial e, simultaneamente, contribuir para o equilíbrio ambiental, já que se trata de uma
energia limpa e inesgotável.

Em Portugal, de uma forma geral, as regiões com mais potencialidades para o aproveitamento da energia
solar localizam-se no Sul, com destaque para a faixa algarvia e para o Alentejo. As regiões com menos
aproveitamento da energia solar localizam-se no litoral, norte do Tejo e montanhas.

O turismo é uma atividade de elevado interesse económico já que é sinónimo de entrada de divisas
estrangeiras, de criação de emprego, de desenvolvimento territorial e de preservação do património. Para o sucesso
deste setor, contribuem, entre outros fatores ambientais, o clima e a insolação, associados à prática do turismo
balnear. Assim, a maior afluência regista-se no Verão, época em que se concentra quase 50% das dormidas de todo o
ano. Mesmo no Inverno, a vinda de turistas é muito significativa, relacionada sobretudo com o turismo sénior e a
prática de golfe no Algarve, região que mantém valores relativamente elevados de insolação e temperaturas amenas
nesta época do ano.

Temperatura

Fatores que influenciam a temperatura:

• Relevo;
• Latitude;
• Continentalidade;
• Altitude.

Gradiente térmico vertical: a temperatura diminui 6,5 °C a cada 1000 m, quanto mais alta for a nossa localização
menor será a temperatura sentida.
Variação da temperatura em Portugal

• A temperatura aumenta de Norte para Sul;


• A amplitude térmica é menor nas regiões do litoral;
• A temperatura tem valores mais baixos no noroeste e na Serra da Estrela;
• Nos arquipélagos a amplitude térmica apresenta valores baixos devido à influência do oceano.

No inverno a temperatura média anual diminui de sudoeste para nordeste devido à latitude e a
continentalidade. No verão a temperatura aumenta do litoral para o interior devido à continentalidade. Dado que o
aval superior do Douro é um vale encaixado, não existe grande progressão do ar marítimo (frio e húmido) mas ajuda
na penetração de massas de ar do interior da Península Ibérica que são mais quentes e secas. Na Madeira e Açores a
temperatura é influenciada pelos fatores e insularidade e relevo.

2.3. Os recursos hídricos

I. As especificidades do clima português

Clima: Conjunto de condições e fenómenos atmosféricos que caracterizam.

Estado do tempo: Condições meteorológicas verificadas no momento.

Elementos climáticos:

• Temperatura;
• Vento; O clima é caracterizado pela média feita dos
• Precipitação; elementos climáticos durante um período de
• Pressão atmosférica; 30 anos.
• Humidade.
Fatores climáticos:

• Latitude;
• Continentalidade;
• Correntes marítimas;
• Relevo.

A água circula na Natureza, passando pelos estados físicos - sólido, líquido e gasoso - num processo
designado por ciclo da água. O ciclo da água deve-se ao constante movimento da atmosfera – circulação geral da
atmosfera - por efeito das diferenças de pressão atmosférica.

Altas Pressões Polares

Altas Pressões Subtropicais <1013 mb

Baixas Pressões Equatoriais

Baixas Pressões Subpolares

>1013 mb

Massas de ar que afetam Portugal:

Massas de ar no inverno:

• Polar marítima: fria e húmida


• Polar continental: fria e seco

Massas de ar no verão:

• Tropical continental: quente


e seca
• Tropical marítima: quente e
húmida

Portugal é afetado por centros de baixas pressões no inverno e por centros de altas pressões no verão devido
à latitude pois estes têm deslocações ligeiras. No verão é frequente que Portugal esteja sob a influência do
anticiclone dos Açores já no inverno Portugal está sob a influência de centros de baixa pressão que descem em
latitude.

Precipitação: queda de água sob qualquer forma, da atmosfera para a superfície terrestre sob estado líquido
e/ou sólido.
Fatores que influenciam a precipitação:

• Latitude (o Norte é mais afetado porque está mais próximo das baixas pressões subpolares);
• Relevo;
• Altitude;
• Continentalidade (o litoral está mais exposto a massas de ar húmido).

Tipos de chuva

Chuva frontal: resulta do contacto de duas frentes, uma fria e outra quente. O ar quente ao ascender sobre o ar frio
arrefece e o vapor de água condensa, dando lugar primeiro à formação de nuvens e depois à queda de chuva.

Chuva de
desenvolvimento
vertical

Chuva forte

Chuva de
desenvolvimento
horizontal

Aguaceiros fracos

Chuva orográfica: formam-se quando uma massa de ar húmida encontra uma barreira montanhosa e é obrigada a
subir. A massa de ar arrefece e o vapor de
água condensa.
Chuva convectiva: o ar às vezes está sujeito a um aquecimento que a torna instável e que é levado a ascender. Ao
ascender o ar arrefece e o vapor de água condensa.

Precipitação em Portugal:

• Com maior ocorrência nas zonas do noroeste de Portugal;


• Com menor ocorrência nas zonas do sudeste de Portugal.
• Nas regiões montanhosas a precipitação imbu Dante, a estação seca é muito reduzida e a temperatura cai no
inverno no verão.

A diversidade climática em Portugal

Em todo o território português, dominam as características do clima mediterrânico: invernos suaves e


chuvosos; verões longos, quentes e secos e duas estações intermédias de curta duração. No verão, registam-se
alguns meses secos que constituem o período seco estival. Todavia, distinguem-se alguns domínios climáticos com
particularidades associadas à influência do relevo, do mar e da massa peninsular
II. As disponibilidades hídricas

Disponibilidade hídrica (DH): quantidade de água doce disponível. Depende do balanço hídrico (BH), diferença entre
precipitação (P) e evapotranspiração (E) num dado período (BH = P - E).

Águas superficiais: na superfície dos continentes — cursos de água, lagos, lagoas e albufeiras.

Rede hidrográfica: conjunto do rio principal e seus tributários (afluentes e subafluentes).

Bacia hidrográfica: área drenada por uma rede hidrográfica.

As águas superficiais são os recursos hídricos mais acessíveis e que proporcionam maior variedade de
utilizações, sendo também os mais vulneráveis aos efeitos da ação humana. Em Portugal, a água superficial escoa
nos inúmeros cursos da rede hidrográfica ou encontra-se retida em algumas lagoas e muitas albufeiras, a maioria
artificial e associada a barragens

Mapa A- Bacias hidrográficas no território


português

Mapa B- Bacias hidrográficas luso-espanholas

A maior parte dos que os portugueses são de


pequena dimensão. Os rios do sul apresentam
regimes intermitentes porque há alturas do
ano em que não têm água disponível ao
contrário dos rios no norte que já são
considerados perenes pois têm sempre água
ao longo de todo o ano

Fatores que influenciam as disponibilidades hídricas:

• Quantidade e frequência da precipitação;


• Tipo de rocha existente (se forem permeáveis a infiltração será maior);
• Relevo (o relevo acentuado favorece o escoamento enquanto que o aplanado favorece a infiltração);
• Temperatura (quanto maior for a temperatura, maior é a evapotranspiração e menores serão as
disponibilidades hídricas);
• A ação humana (através da desflorestação, impermeabilização expansão urbanística, etc.).
Tipos de leito

Leito normal: sulco por onde correm, normalmente, as águas de rio.


Leito de cheia: espaço do vale do rio que pode ser inundado quando ocorrem cheias.

leito de estiagem: é o antónimo de leito de cheia. Quando o leito está abaixo do leito considerado normal

Características da rede hidrográfica portuguesa:

• Reduzida extensão;
• Maioria dos rios escoam de nordeste para sudoeste;
• Rede hidrográfica mais densa no Norte e nas ilhas do que no Sul;
• No sul, os rios correm em vales abertos ou planos;
• No norte, os rios correm em vales em “U” e em “V” como nas ilhas;
• O regime dos rios em Portugal é irregular;
• A irregularidade que caracteriza o regime fluvial dos rios português é maior no sul;
• O caudal dos rios do Norte é maior do que os das restantes regiões.
• Os cursos de água nas ilhas são de pequena dimensão logo não são considerados rios mas sem ribeiras.

Razões para haver mais barragens no Norte e Centro do país:

• Maior ocorrência de precipitação;


• Rocha mais impermeável em relação ao sul o que diminui a infiltração da água.

Funções das albufeiras:


As barragens existentes no sul
• Armazenamento de água;
têm apenas como função o
• Abastecimento doméstico;
armazenamento de água,
• Rega para a agricultura;
abastecimento doméstico e
• Produção de eletricidade;
rega. Apenas o Alqueva serve
• Permitir a navegabilidade de um rio (através de eclusas); para produção de eletricidade.
• Promover atividades de lazer;
• Prevenir cheias e inundações.

Em que unidades geomorfológicas existe maior disponibilidade hídrica?

Nas orlas e bacias hidrográficas do Tejo e Sado devido à existência de rocha permeável que permite a infiltração.
Entre estas duas unidades há maior disponibilidade hídrica nas bacias do que nas orlas.

Toalha cársica: toalha freática em áreas calcárias.

Tipos de Lagoas:

• Lagoas de origem marinha e/ou fluvial;


• Lagoas de origem fluvial; Nota: Diferença entre Lagoa,
• Lagoas de origem vulcânica; Lago e Albufeira
• Lagoas de origem tectónica.
Lagoa-pequena
Problemas que afetam os recursos hídricos:
Lago-grande
• Poluição das águas;
Albufeira artificial
• Eutrofização;
• Salinização
• Desflorestação.
De que modo a Poluição das águas afeta os recursos hídricos?

A água presente nos recursos hídricos (ex: aquíferos), quando poluída, torna-se imprópria para consumo
humano e podem afetar ainda ecossistemas.

De que modo a Eutrofização afeta os recursos hídricos?

A eutrofização consiste no aparecimento de grandes quantidades de algas. Esta desenvolve-se devido ao


lançamento de resíduos orgânicos fazendo com que estas multipliquem-se, consumam grande parte do oxigénio
levando à extinção da vida.

De que modo a Salinização afeta os recursos hídricos?

Como a água salgada penetra os aquíferos, torna a água doce salobra e assim imprópria para consumo.

De que modo a Desflorestação afeta os recursos hídricos?

A desflorestação leva à diminuição da infiltração das águas da chuva devido ao aumento do escoamento
superficial levando a uma alimentação deficiente dos aquíferos.

Soluções para uma melhor gestão dos recursos hídricos:

• Drenar e tratar as águas residuais (através de ETAR’s);


• Políticas contra o recuo da linha de costa (para não afetar os aquíferos no litoral);
• Investir na agricultura biológica;
• Garantir que quem utilize e polui pague;
• Áreas mais verdes.

Águas de nascente: baixo teor de sais, pouco mineralizadas e circulam superficialmente.

Águas minerais naturais: têm uma composição química diferente das de nascente além disso circulam
subterraneamente.

Águas termais: águas que brotam à superfície a uma temperatura elevada.

Portugal e Espanha têm de assegurar a coordenação dos planos de gestão das regiões hidrográficas que partilham,
utilizando as estruturas da Convenção de Albufeira (convenção sobre a cooperação para a proteção e o
aproveitamento sustentável das águas das bacias hidrográficas luso-espanholas) - 1998.

A gestão partilhada exige grande empenho e constante atenção, pois é ao território português que afluem as águas
vindas de Espanha, podendo ocorrer problemas como:

• Redução excessiva dos caudais em tempo de seca, pela retenção de água nas albufeiras espanholas;
• Poluição das águas, em Espanha, que vem refletir-se em Portugal;
• Construção de novas barragens ou transvases em Espanha, que pode reduzir os caudais;
• Agravamento de situações de cheia, se as barragens espanholas fizerem descargas volumosas.

2.4. Os recursos marítimos

Litoral: zona de contacto entre a terra e o mar.

Tipos de movimentos do mar:

• Ondas;
• Marés (descida e subida do nível médio do mar);
• Correntes marítimas.
Abrasão marinha: erosão provocada pelo mar em arribas.

3
2
1- Arriba 3- Plataforma de abrasão, resultado do
desmoronamento da arriba provocado pelo
2- Desgaste da base
desgaste da base
Potencialidades do litoral:

• Recursos piscícolas;
o Pesca,
o Aquacultura,
o Indústria conserveira
• Sal;
• Algas;
• Atividades turísticas;
• Recursos energéticos;
o Energia de ondas e marés,
o Energia eólica.

Tipos de costa

Costa de arriba: Costa alta e habitualmente escarpada.


Constituída por rochas de maior dureza como granitos e xistos
na costa ocidental e calcário na costa sul.

Costa de praia: Costa baixa que resulta da acumulação de


sedimentos pelo mar.

Fatores para diferentes tipos de costa:

• Natureza das rochas;


• Movimentos do mar (marés);
• Diversidade dos fundos;
• Força das correntes marítimas.
Acidentes/Formas do Litoral

Ria. Ex: Ria de Aveiro Tômbolo. Ex: Tômbolo de Peniche Lagoa/Laguna. Ex: Lagoa
de Óbidos

Cabo. Ex: Cabo de S. Vicente Baía. Ex: Concha de S. Martinho Estuário. Ex: Estuário do Tejo

Nota: Diferença entre


Lido e Ria.

Lido- água salgada

Ria- água doce ou


salobra

Lido. Ex: Ria Formosa ou Lido de Faro Restinga. Ex: Troia


Causas da degradação da costa:

• Construção sobre arribas e dunas;


• Alterações climáticas e suas consequências,
o Aumento do nível médio das águas,
o Eventos meteorológicos extremos;
• Diminuição da quantidade de sedimentos dos rios (por causa das barragens);
• Extração de areias dos rios.

Soluções para resolver o recuo da linha de costa:

• Alimentação artificial das praias;


• Proteção das dunas (através de passadiços e paliçadas);
• Construção de estruturas (Ex: esporões, paredões, etc.).

Em Portugal, a grande maioria dos portos de pesca existentes estão situados nas reentrâncias ou a sul das
saliências da linha da costa por estes locais oferecerem maior proteção dos ventos e ondulações vindas do oceano.
Vento
Piores sítios para
Ondulação construir um porto

Melhores sítios para


construir um porto

Fatores que influenciam os recursos piscatórios:


Nota:
• Plataforma continental;
Upwelling: ascensão de águas frias, ricas em
• Correntes marítimas;
detritos minerais e em nutrientes.
• Upwelling.

Plataforma Talude Plataforma


Continental continental abissal

Plataforma Continental

A plataforma continental é a margem dos continentes que se encontra submersa pelas águas do oceano. Esta
zona vai aumentando progressivamente até os 200 metros.

Talude Continental

Zona de transição entre a plataforma continental e as grandes profundidades oceânicas. É caracterizado por
um grande declive.

Zona abissal

Designação para o fundo oceânico onde a profundidade é de milhares de metros, corresponde a mais de 2/3
da área ocupada pelos oceanos.
A plataforma continental é uma área de grande abundância de pescado (90% do peixe no mundo) pois:

Baixa profundidade Maior iluminação


Boas condições para a
formação de grandes
Águas mais quantidades de plâncton
Maior oxigenação
agitadas

Maior diversidade e quantidade de fauna marinha e


de espécies vegetais

Correntes marítimas: Deslocações de grandes massas de ar individualizadas pelas suas características de


temperatura e densidade.

Correntes mais Maior oxigenação Mais nutrientes Mais peixe


frias

De quem é o mar?

A ZEE portuguesa reparte-se por três áreas: Continente, Madeira e Açores.

A proposta de alargamento da plataforma continental (conceito jurídico), apresentada nas Nações Unidas em
2009 e reformulada em 2017, mais do que duplica a atual extensão. Se for aprovada, o território português passará a
ser constituído em 97% por mar, aumentando várias vezes a quantidade e diversidade de recursos naturais a que
tem direito exclusivo de exploração e também dever de proteção.
Importância da ZEE:

• Controlo das quotas;


• Controlo de tráfego (drogas, armas, etc.);
• Controlo da poluição;
• Exploração do subsolo;
• Evitar e reprimir a pesca ilegal.

Problemas na ZEE:

• Pesca em demasia;
• Poluição;
• Problemas na fiscalização (Ex: falta de meios
informáticos e técnicos).

Frota Pesqueira

Embarcações de pesca local:

• Normalmente construídas em madeira de forma tradicional;


• Utilização de técnicas artesanais;
• Comprimento inferior a 9 metros.

Embarcações de pesca costeira:

• Dimensão superior a 9 metros;


• Possuem técnicas de conservação e têm autonomia para ficar no
mar durante alguns dias;
• Utilizam técnicas de captura mais modernas: Arrasto e Cerco.

Embarcações de pesca longínqua:

• Grande dimensão;
• Navios grandes e bem equipados com grande autonomia;
• Utilização de técnicas (sondas e radicais);
• Navios-fábrica (conservação e transformação do pescado).

Regiões de maior atividade piscatória: Algarve e Centro

Regiões de menor atividade piscatória: Norte e Madeira

Porquê de acontecer uma menor produção de espécies piscícolas na ZEE portuguesa:

• Cotas de pesca estabelecidas;


• Sobre-pesca (possibilidade de multa e/ou suspensão da atividade);
• Poluição.

Medidas a tomar em caso de redução das quantidades de peixe disponível:

• Redução das quotas de pesca;


• Respeito pelos períodos de defeso;
• Controlo das descargas de peixe nos portos;
• Respeito pelo tamanho mínimo de captura;
• Formação ativa dos pescadores.
Fatores condicionantes da pesca em Portugal:

• Cumprimento de normas comunitárias adequando-se a uma gestão harmoniosa dos recursos;


• Criação da zona económica exclusiva que fez com que a pesca fosse mais condicionada
• Política comum de pescas que impõem condicionalismos em acordos entre países.

Coisas a fazer para melhorar a qualidade dos portos de pesca:

• Inspeções sanitárias nas lotas;


• Melhoria das acessibilidades dos portos;
• Construção de molhes de proteção;
• Reestruturação da frota pesqueira;
• Ampliação de algumas docas.

Áreas de pesca ondes os portugueses pescam (20% do pescado):

• Noroeste atlântico (NAFO), área mais atrativa para os portugueses;


• Nordeste atlântico, onde se encontra o bacalhau;
• Atlântico Central e Leste (CECAF);
• Atlântico Sul e o Indico Ocidental.

Aquicultura/Aquacultura: criação ou cultura de organismos aquáticos com técnicas que aumentam as capacidades
produtivas do meio natural. Permite:

• Abastecer o mercado regularmente;


• Diminuir a pressão em espécies sobre exploradas;
• Gera emprego.

Pesca local: pratica-se em rios, lagunas ou na costa até 6 ou 10 milhas.

Pesca costeira: Para lá das 6 milhas e podem trabalhar em águas da ZEE internacionais.

Pesca de largo: Para lá das 12 milhas.

Pesca artesanal: utiliza técnicas e meios de produção tradicionais. Períodos no mar curtos, geralmente um dia.

Pesca industrial: utiliza técnicas modernas (navios-fábrica). Pode durar semanas e/ou meses.

Política comum de Pescas (PCP):

• Limitar a capacidade de pesca (quotas e totais autorizados e capturas);


• Incentivar a modernização da frota;
• Aumentar a competitividade da Aquacultura;
• Implementação de normas sobre a indústria e mercados;
• Negociar acordos de pesca em pesqueiros externos;
• Promover a fiscalização;
• Financiar a investigação científica para a recolha de dados.

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