Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Na onda do Verão
Continuamos a celebrar os 50 anos da Associação dos Escanções de Portugal, reconhecida, em Diário da República, a 24
de Março de 1972, e como tal pretendemos ao longo do ano destacar alguns momentos importantes e marcantes na sua
vida e história. Nesta edição, no artigo do 50º aniversário da AEP, relembramos o I Concurso Nacional de Escanções que
aconteceu em 1978.
Destacamos também a realização da Assembleia Geral da Associação, realizada no passado dia 17 de Junho, e convocada
com o intuito exclusivo de realizar novo Acto Eleitoral para o triénio 2022/2025, por motivo da saída de José Carlos
Santanita do cargo de Presidente da Direcção, por motivos profissionais, em Abril deste ano. Desta reunião foi eleito o
novo Presidente da Direcção, Tiago Paula, assim como novos corpos sociais, uma equipa diversificada e unida em prol dos
Escanções de Portugal. Têm sido, como tal, momentos de mudança e de grande vitalidade na nossa Associação.
Nesta edição, nas entrevistas, em Gente Que Sabe de Vinho, tivemos a oportunidade de falar com Beatriz Machado, a
actual Directora de Marketing e Turismo da Niepoort que recentemente foi distinguida com o Prémio de Melhor Profissional
pela Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO) pelo seu contributo na concepção do projecto de enoturismo da
Niepoort. E em Segredos do Escanção, João Rodrigo Lopes, o escanção do restaurante Varanda de Lisboa, do Hotel Mundial,
que partilha connosco o seu percurso.
Nas provas, para além dos Lançamentos/Novidades e das provas pelo nosso painel de escanções, uma selecção de vinhos
com a casta Encruzado, uma de vinhos de Verão da Colheita de 2021, e também uma prova de Cervejas que nos brinda ao
Verão. Todas resultado do trabalho do experiente escanção Manuel Moreira.
As rubricas Onde O Vinho É Rei e Enoturismo rumam, nesta edição, para o Alentejo destacando mais dois espaços que
trabalham, valorizam e promovem a cultura portuguesa.
Isabel Esteves
Directora de Comunicação da revista
NotíciasFlix
FICHA TÉCNICA
SUMÁRIO
Director
Tiago Paula
(tiagopaula@escancoes.pt)
Director Adjunto
Fábio Nico
(geral@escancoes.pt)
Sub-Directores
Nelson Guerreiro e Carlos Lopes
(geral@escancoes.pt)
Editor
Ana Isabel Fojo Franco Ramos Branco
(escancao@sapo.pt)
Directora de Comunicação
Isabel Teresa Vale Lobo Esteves
(revista.oescancao@gmail.com)
Painel de Provadores
Artur Caldas, Joaquim Santos, Manuel Miranda, JOÃO RODRIGO LOPES
Manuel Moreira e Tiago Paula
Colaboradores
António Ventura, Ceferino Carrera, Diego Arrebola,
Sara Peñas Lledó e Tiago Paula
1 Editorial
Fotografia 2 Sumário
Bruno Conceição, Janice Prado e Sérgio Simões 4 Segredos do Escanção
João Rodrigo Lopes
Projecto Gráfico e Pré-Impressão
8 50º Aniversário AEP
Vinícius Palhares
12 Assembleia Geral AEP
Director Financeiro/Comercial 14 Regiões do Mundo
Sérgio Mata (geral@escancoes.pt) Por Diego Arrebola
16 Gente Que Sabe de Vinho
Assinaturas e Publicidade
Ana Branco (geral@escancoes.pt) Beatriz Machado
20 Vinhos à Prova - Lançamentos / Novidades
Propriedade, Administração, Edição e Redacção 23 Apresentação do Painel de Provadores
Associação dos Escanções de Portugal
24 Vinhos à Prova – Painel de Escanções
Av. Almirante Reis, nº 58 - r/c Dtº, 1150-019 Lisboa
NIF 501269215 Tel: 0351 21 8132542 26 Vinhos à Prova – Vinhos de Verão: Colheita 2021
www.escancao.com (geral@escancoes.pt)) 33 Vinhos à Prova – Vinhos com casta Encruzado
www.facebook.com/escancoesdeportugal 36 Cervejas à Prova
40 Entre Quintas
Ficha técnica da publicação encontra-se disponível Gerações de Xisto
assim como o estatuto editorial 46 Onde o Vinho é Rei
https://www.escancao.com/revista 48 O Maestro do Vinho
Terras do Dão, por Ceferino Mariño Carrera
Número de Registo: 111639 / Depósito Legal:
139009/99 50 Tem a Palavra o Especialista
Chá, por Tiago Paula
Estatuto Editorial 52 Crónica – Associação de Enologia
Castas, por Engº António Ventura
Objectivos:
Compromisso em assegurar os princípios deontológicos 54 Enoturismo
e ética profissional dos jornalistas, assim como pela boa 57 Acontece – Divulgação de Iniciativas e Novos Projectos
fé dos leitores. Vintages 2020 Quinta do Noval
Iniciação à Prova de Vinhos na Rota dos Vinhos
A Revista O Escanção destina-se a dar conhecimento
actualizado das actividades da Associação dos do Alentejo
Escanções de Portugal (A.E.P.), na divulgação da vinha, Educação Vínica na AEP
do vinho, e na exposição, manutenção e respeito da XIV Concurso de Vinhos do Algarve
deontologia profissional entre todos os que a essa
Sabores e Paladares Ibéricos
actividade estão ligados.
Lançamento Vinho das Grutas –
Casa Ermelinda Freitas
A revista ‘O Escanção’ continua a reger-se pelo anterior 63 Wine News
66 Wine News – Ficha de Assinatura
Aniversário
AEP
Triénio 2022-2025
12 O Escanção, n°185 - 2022
REGIÕES DO MUNDO
Texto Diego Arrebola, Melhor Sommelier do Brasil por três vezes, e sócio no projecto EntreCopos
Fotos wikipedia
Slava Ukraina!
Vinho e guerra são, infelizmente, assuntos que caminham lado a lado ao longo da
história. Muitas vezes para o mal, mas não sem deixar também efeitos positivos. Vale
lembrar que a difusão de uma vitivinicultura mais organizada por toda a Europa Ocidental
deu-se através do Império Romano e da sua necessidade de manter uma produção constante
e confiável de vinho para o comércio mas também para a manutenção das suas legiões,
nas quais a bebida fazia parte da ração diária dos soldados.
Beatriz
16
Machado
O Escanção, n°185 - 2022
Dar a conhecer o melhor dos vinhos portugueses ao mundo, desmistificá-los e aproximá-los
dos consumidores tem sido premissa constante no percurso de Beatriz Machado,
hoje Directora de Marketing e Turismo da Niepoort mas antes Directora de Vinhos
no hotel vínico The Yeatman, onde esteve por 11 anos, e depois parte da equipa que
fundou o projecto cultural World of Wine – WOW, ambos no Porto e do grupo The
Fladgate Partnership. Para Beatriz as oportunidades surgem com trabalho, com esforço e
dedicação, e foi assim que se distinguiu como melhor aluna na reconhecida e exigente
Universidade de Davis, na Califórnia, onde estudou e tirou o mestrado, em Ciências
da Viticultura e Enologia. É com estes valores que sempre seguiu caminho e alcançou
grandes metas, uma história e experiência de vida que connosco quis aqui partilhar.
Fazer parte do mundo do vinho é algo que, naturalmente e dava as aulas práticas e eles davam as teóricas. E, quer
desde sempre, lhe esteve bem presente. Quais são as suas dizer, assim de repente, uma portuguesa a ser assistente
primeiras memórias deste mundo? de todos aqueles professores que escrevem os livros pelos
Das primeiras memórias que tenho é a do meu avô num quais o mundo estuda, foi motivo de muito orgulho.
lagar com as pernas todas pintadas e cheio de vinho.
Os meus avós faziam vinho em casa e lembro-me de o Para além de todo o conhecimento sólido e know-how
encontrar assim numa das visitas à sua casa, no Minho. que lhe deu esta formação fora de Portugal, trouxe deste
Depois, também o meu pai, que é pediatra, me dava a período e desta experiência de vida algum hábito, pensa-
experimentar, desde muito nova, sabores e aromas, com mento ou mote que, desde então, aplique na sua forma
uma colher de café, com um bocadinho de vinho, pois de trabalhar?
se tinha curiosidade em provar queria que o fizesse à sua Pensando no que os E.U.A. têm de diferente e o que
frente e não por trás. mais aprendi lá, penso que foi que conhecimento gera
conhecimento, que a evolução está em passarmos sempre
Beatriz formou-se em Engenharia Alimentar e cedo toda a informação que adquirimos para as pessoas que
começou a trabalhar mas entretanto rumou à Califórnia estão a aprender connosco, para elas serem melhores,
onde se licenciou, e mais tarde tirou o mestrado, em pois se elas forem melhores nós também o somos
Ciências da Viticultura e Enologia, na Universidade de obrigados a ser. Na Europa é tudo mais conservador en-
Davis. O que a fez escolher este caminho, estudar fora, e quanto que nos E.U.A. é diferente, temos de sair da zona
sobretudo este exigente destino? de conforto, estudar mais, estar mais actualizados, e é
Comecei a trabalhar logo que terminei o curso e no muito competitivo. Como conselho, julgo fundamental
projecto de fim de curso, com vinhos da Madeira, e da a persistência e o saber aproveitar todos os momentos
primeira vez que estive na Califórnia, logo publiquei um para aprender. Pessoalmente, sou uma pessoa com ambição
artigo cientifico na Associação de Enologia da Califórnia, mas sou muito trabalhadora, portanto julgo que não é
artigo que foi visto pela Sogrape que entretanto que apenas uma questão de sorte conseguirmos chegar onde
me contratou para fazer uma vindima. Estive depois queremos, mais além e fazer a diferença. Tem de se quer-
na Universidade Católica a coordenar um curso de Produção er, mas, para além disso, tem de se ter uma capacidade
Enológica e passados 3 anos candidatei-me a este de trabalho muito grande.
mestrado, uma formação onde é muito difícil de entrar
e onde apenas 8 pessoas são seleccionadas anualmente. E qual a maior referência que trouxe deste período? E
A Universidade de Davis é a melhor escola de vinhos outras inspirações/referências deste mundo do vinho?
do mundo, quando estava no Curso em Engenharia A professora de laboratório que tive, especialista em
Alimentar o último ano era muito focado em vinhos análise sensorial de vinho, a Hildegarde Heymann, e
mas na altura senti que precisava de saber mesmo, saber também Ann Noble que criou a roda dos aromas, e que
fazer. E tinha de ir para o melhor sitio para o conseguir, é uma pessoa extremamente exigente, que me inspirou
para entender a base de tudo, para saber fazer, foi essa a muito pois foi a primeira mulher nesta área e revolucionou
razão da minha candidatura. muito a parte dos vinhos. Depois, o professor Roger
Boulton que escreve os livros de enologia estudados no
Quando chegou à Universidade da Califórnia e se mundo inteiro. E também uma pessoa muito importante
começou a adaptar ao seu contexto, sentiu-se bem para mim sempre foi o próprio Dirk Niepoort. Quando
integrada e preparada? Para quem tenha este mesmo vim da Califórnia foi a única pessoa que me aceitou para
objectivo, qual o conselho que poderia deixar? fazer vindima pois estava grávida na altura, em 2009.
Não, nada preparada, mas, como todos os portugueses, Depois estive 11 anos no Yeatman, e agora estou de volta
sou muito desenrascada. Ali, as propinas são muito à Niepoort, em 2021. O Dirk tem uma forma de ser muito
caras, pagam-se 44.000 dólares por ano, mas se formos o generosa e criativa e é uma pessoa muito disruptiva,
melhor do ano pagam-nos tudo, e achei que tinha de dar sempre me inspirou na área dos vinhos. Realmente, há
o máximo para ser a primeira do ano e conseguir ganhar que se ter um conhecimento sólido, é o que faz com que
a bolsa para pagar os estudos, e assim foi, consegui ser tenhamos mais auto confiança, mas isso não basta, tem
a melhor. E depois fui assistente de vários professores, de haver personalidade e carisma também, e tudo isso
sempre encontrei no Dirk.
Quinta de Chocapalha
Quinta de Chocapalha
Chardonnay 2021
A Quinta de Chocapalha acaba de lançar as colheitas Um branco que fermentou durante
de 2021 de três dos seus vinhos brancos – o Quinta de 30 dias, transmitindo a excelência
Chocapalha Branco, o Quinta de Chocapalha Char- desta casta de origem francesa e
donnay e o Quinta de Chocapalha Sauvignon Blanc. o estilo clássico do seu terroir. As
Estas três propostas ideais para os dias mais quentes, uvas oriundas de uma vinha com
devido à sua frescura, elegância e suavidade, traduzem o mais de 30 anos dão origem a um
microclima único desta propriedade, localizada entre a vinho muito aromático e fresco,
serra de Montejunto e o Atlântico. com uma grande mineralidade,
refletindo o clima do Atlântico. De
aroma muito charmoso, fresco e
aromático, com notas de pêssego,
ligeiro tropical, e maçã verde, este
vinho apresenta-se na boca com
Quinta de Chocapalha Branco 2021 bom volume, equilibrado, com boa
Proveniente de uma vinha com untuosidade e tensão mineral.
mais de 30 anos, é um vinho PVPR: € 9
extremamente fresco e elegante,
caracterizado pela combinação das
castas Viosinho (90%) e Arinto
(10%). Com fermentação em cubas
de inox durante 20 dias, perman- Quinta de Chocapalha Sauvignon
eceu em contacto com as borras Blanc 2021
finas durante 5 meses com bat- Com uma complexidade aromática
tonage. De cor brilhante e intensa típica da casta que o compõe, este
e com aroma fresco e elegante, as vinho fermentou durante 25 dias em
notas cítricas, florais e um toque cubas de inox, ficando em contacto com
de pêssego branco fazem deste as borras finas durante 5 meses.
vinho branco a companhia ideal Visualmente, apresenta uma cor
para apreciar um pôr do sol com brilhante e intensa. No paladar,
amigos ou família. Na boca revela destacam-se as notas de citrinos
boa acidez e um final persistente. maduros, maçã verde, maracujá
PVPR: € 9 e ligeiras notas de espargos. Com
excelente mineralidade e bom
volume, revela-se fresco, elegante e
com um final prolongado.
P.V.P.R.: € 9
Tiago Paula
Ana Branco
José Gonçalves
Os vinhos provados pelos escanções são sujeitos ao cumprimento do regulamento do IVV (Instituto
da Vinha e do Vinho). A atribuição da Tambuladeira (Ouro/Prata/Bronze) só pode ser dada até um
máximo de 30% dos vinhos provados.
Em destaque os medalhados:
TAMBULADEIRA DE OURO
Encruzado
Texto e notas de prova Manuel Moreira
A sua origem é algo obscura. Nos registos da sua existência, recua a pouco mais de 70 anos, o que lhe confere o estatuto de casta
relativamente recente. Além do mais, já documentada, convivia mais ou menos anónima nos lotes dos vinhos brancos da região do Dão.
Foi no final dos anos 50 que Alberto Vilhena, do Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, em Nelas, a plantou e com ela fez ensaios de
vinificação. O técnico logo aí se apercebeu do incrível potencial da casta. Somente, mais adiante no tempo, nos inícios dos anos 90, com
o surgir do movimento dos produtores-engarrafadores e dos vinhos de quinta, se deu maior atenção às castas e aos vinhos monovarietais, entre as
quais a casta Encruzado. O pontapé de saída no despertar, do renascer e do rejuvenescer da região do Dão. Daí para cá, a Encruzado foi
conquistando o seu espaço dentro da região e o favor dos apreciadores que a iam descobrindo ao mesmo tempo que lhe reconheciam
muitas virtudes e um forte vínculo com a região. Apesar desse reconhecimento, a casta Encruzado está longe de ser a mais plantada na
região. Até há pouco tempo rondava os 300 hectares no Dão, e só muito recentemente vão surgindo alguns vinhos da casta Encruzado
de outras regiões, nomeadamente no Douro, Alentejo, Península de Setúbal e Lisboa.
Segundo os seus especialistas, não é muito trabalhosa na vinha, produz de forma regular e resiste bem às doenças. O clima de boa amplitude
térmica do Dão favorece a constituição de precursores aromáticos e revela bom equilíbrio entre açúcar e acidez.
Na adega, qualquer descuido e ela oxida-se. Parte da solução tem vindo com a evolução da tecnologia, com a utilização de gás inerte,
melhores prensas e controlo de temperaturas, que ajudam a proteger a qualidade. Há quem opte por uma intervenção mínima, com
o mosto mais inteiro possível e sem batonnage. Responde de forma positiva a diferentes abordagens e métodos de vinificação, quer
seja vinificada em inox ou quando vai à madeira. Resulta num estilo mais fresco e linear ao ser fermentado em cubas de inox, e num
estilo mais encorpado e denso quando fermentado e envelhecido em combinação de barricas novas e velhas de 225 litros. Dizem ser a
paciência o grande segredo. Que após a fermentação, mostra-se neutra, levemente vegetal, subtil e sem muito interesse. Paciência será
a melhor das virtudes em relação ao Encruzado já engarrafado. O tempo em garrafa é imprescindível para trazer à tona as qualidades e
personalidade da casta. É preciso dar tempo para que o vinho se desenvolva, resultando em vinhos com muita personalidade, harmonia
e complexidade. A Encruzado faz parte da família das grandes castas que são capazes de produzir brancos longevos e que traduzem
precisamente as suas origens.
No que aos descritivos diz respeito, são manifestas algumas notas vegetais de pimento verde, algumas notas florais de rosas e violetas,
algumas notas frutadas de limão a que se associam mais tarde, com o envelhecimento, aromas e sabores de avelã, pinhão e resina de
pinheiro. Como grande casta que é, origina vinhos de grande longevidade e capacidade de envelhecimento, que surpreendem pela
frescura e persistência na boca. (Publicação Repsol/Prof. Loureiro)
Beba com moderação.
*Tal como num concurso reconhecido pelo Instituto da Vinha e do Vinho – IVV, o número de medalhas derivado desta prova esteve limitado a 30% dos vinhos mas a equipa
de jurados foi surpreendida pela alta qualidade dos vinhos sendo que os destacados com Tambuladeira de Ouro obtiveram acima de 91 pontos. Pela qualidade superior dos
vinhos em prova, a Associação dos Escanções de Portugal decidiu distinguir igualmente os vinhos que obtiveram 90 pontos, entregando-lhes um selo de qualidade. Carimba-
do pela Associação na sua garrafa, uma forma do produtor atestar a qualidade do seu vinho.
Em destaque os medalhados:
TAMBULADEIRA DE OURO
Madre de Água DOC Dão 2017 Soito Reserva DOC Dão 2020
Enorme delicadeza e, ao mesmo tempo, Nariz de aroma rico e fino, frescura e profundidade.
profundidade e riqueza no aroma. O tempo e a Sóbrio na fruta de caroço, floral e mel de flores,
sensação a madeira já de boa fusão, sem esconder barrica ponderada. Muito fresco na boca,
o frutado e envolvente de frescura. Tem uma apesar da suculência e volume é fluido e pleno
92 boca altiva e harmoniosa, com frescura e cheia
de sabor, finaliza bem alongado, persistente e a
91 de bons detalhes. Profundo, e demorado final
de boca.
mostrar que está e irá evoluir bem. Quinta do Soito
Madre de Água, Lda. PVP: € 22,90
PVP: € 16,95
Evidência Reserva DOC Dão 2020 Avô António Reserva DOC 2019
Enorme na delicadeza e elegância de aroma, Frescura de estilo e a descoberto uma certa
com a fruta recatada em sintonia com finos tostados riqueza e subtil complexidade. Cítricos frescos
e impressão a pederneira. Vigor e estrutura na e desidratados, floral, toque de resina e pedra
boca, paladar bem envolto pela cremosidade que lascada no fundo. Estruturado na boca, acidez
viçosa bem amparada pela fruta e textura.
90 é atravessada por refrescante acidez e culmina
num longo final de boca, vibrante e mineral.
90 Desenvolve bastante ao longo da prova, culmina num
Parra Wines final de boca persistente e de forte personalidade.
PVP: € 6,22 Quinta dos Monteirinhos, Lda.
PVP: € 16,40
Cervejas artesanais,
embaladas pela criatividade
A inovação é constante, a criação de novos sabores não pára. Tem corrido mais de uma
década desde o que se pode apelidar de “revolução”, com a chegada da cerveja artesanal
ao mercado tornando-se uma categoria de presença cada vez mais estabelecida, agarrando
cada vez mais apoiantes e consumidores, rendidos ao maravilhoso mundo resultante das
incontáveis combinações entre os cereais e os lúpulos, dos maltes aos tipos de fermentações.
Cada vez mais o apelo à mesa é certeiro na forma de comunicar. As cervejas de época, ou
saison, acertam os ponteiros do sabor com o Verão, com o Outono ou a qualquer ocasião
anunciada. Lugares bons para a beber e conhecer e para experienciar o mundo da cerveja
surgem ao virar da esquina. À cerveja junta-se o vinho ou pedaços desse universo, em
boas doses de criatividade.
Aqui fica uma pequena amostra desse mundo de sensações para entrar na onda cervejeira.
Novas tendências e produtos surgem, tal qual se passa no mundo do vinho. Olhando com
atenção, percebe-se que vários momentos na feitura da cerveja têm muito paralelo entre
os dois mundos. A tipologia do cereal, da levedura, a origem dos produtos base, o estágio,
etc. Tudo isto assegura motivos, mais que suficientes, de interesse pela sua experiência.
Bohemia Pilsener
Selecção 1927 Japanese Rice Lager Espuma esbranquiçada, aroma subtil de fruto
Amarelo médio, espuma esbranquiçada, rico seco, leve caramelizado e leve toque a cereal.
de aromas, mas refrescante no cereal de arroz Muito equilibrada na boca, médio corpo,
tufado, algas e alperce. Na boca é ligeira, fluída cremosa e fluída com frescura de sabor e
com belo equilíbrio na carbonatação. perfeito no ligeiro amargo.
Super Bock Group Central Cervejas e Bebidas
PVP: € 1,99 www.centralcervejas.pt/pt.aspx
www.superbockgroup.com
Bohemia Bock
Lx Brewery Triple Ipa Âmbar. Rica no tom torrado de cereal, malte,
Aroma rico, ameixa preta e ameixa algum caramelizado e banana. Redonda na
de Elvas, madeira exótica, gorda na boca, densa, com frescura a combinar com
boca, boa cremosidade, licoroso de carbonatação e amargo.
fruta. Amargo e fumados no final Central Cervejas e Bebidas
de boca. http://www.centralcervejas.pt/pt.aspx
Lx Brewery LX Brewery |
Lisbon 1st Craft Beer
Gerações de Xisto
O Azeite e os Vinhos
O ERMITA
O restaurante O Ermita está instalado no Convento de São Paulo, no Redondo, Alentejo,
um convento datado de 1182 que foi sede de ordem de São Paulo Ermita e onde, hoje,
encontramos o Hotel Museu – Convento de São Paulo. Aqui, desde sempre, impera a
tradição de bem comer e beber, e é precisamente com inspiração nas tradições culinárias
e alimentares locais que, actualmente, se dita a elaboração da sua carta. Juntando-se a
esta uma garrafeira gerida e seleccionada de forma exigente e apaixonada e um serviço
de referência por uma equipa profissional e dedicada, estão reunidos os ingredientes para
uma experiência de eleição.
44 O Escanção, n°185 - 2022
Por trás da bancada e dos tachos d’ O Ermita, vamos
encontrar o chef Duarte Laranjinho, de origem alentejana,
que procura os ingredientes locais e mais frescos, tais
como o poejo, os coentros, os cogumelos, a perdiz, os
queijos e enchidos, o porco preto ou o borrego, o doce
de gila, entre muitos outros, para confeccionar de forma
única os pratos da sua carta, entre eles as migas, as açordas
e as sopas, ou os doces conventuais, que são uma das
suas especialidades.
Terras do Dão
Em colaboração com o grande Maestro do Vinho Ceferino Mariño Carrera, nesta rubrica
partilhamos alguns dos pensamentos e conhecimentos deste grande mestre e as descobertas
que este tem feito na sua viagem pelo mundo do vinho. Nesta edição, uma parte do texto
de sua autoria sobre as Terras do Dão.
obras de restauro e conservação
e mandou fazer a Capela de São
Jerónimo e o Portal da Cruz junto à
actual rotunda da Casa do Cruzeiro.
D. Jorge de Ataíde, entre 1569 e 1578,
manda construir no Paço, corredores
e celas do dormitório. Em 1677, o
Paço funcionou como hospício, mas
entre 1744 e 1764 foi extinto pelo Bispo
D. Júlio Francisco de Oliveira. Em
Agosto de 1876, a Câmara Municipal
de Viseu, de acordo com o Bispo D.
António Alves Martins, recuou o
pórtico de entrada 9,5 metros para
alargar a rua que passa em frente. Até
1833, o edifício esteve abandonado e
foi com D. José Dias Coreia de Carvalho
que o mesmo foi reconstruido e os
jardins, repuxos e tanques foram
restaurados. Segundo o dicionário de
Portugal Antigo e Moderno, de 1890
tomo XII, p.a725, a definição do Fontelo
dessa época era a seguinte: “ …o
Paço é um edifício muito irregular,
feito em diversas datas, sem im-
ponência nem bellesas arquitectónicas
A Região Demarcada do Dão foi instituída em 1907-1908. mas, bastante espaçoso com grandes salas e uma boa
No berço da Touriga Nacional nascem os vinhos mais capela contínua, dedicada a Santa Marta e decorada com
elegantes. Qualidade, personalidade, diferença, elegância, preciosas pinturas dedicadas a Grão Vasco…”.
frescura e suavidade. O Dão é tudo isto e muito mais.
Descobrir os seus vinhos é entrar num mundo novo Esta pintura (na imagem ilustrativa) de grandes dimensões
de aromas e sabores que cativam e seduzem, e cedo se é uma das mais significativas do talento de Vasco
tornam inconfundíveis e inesquecíveis. Fernandes (c. 1475-1542). Artista de origem desconhecida,
teve uma longa e intensa actividade em Viseu, tornando-se
Em 1122, D. Maria Seseriquiz, irmã e filhos, doaram ao de tal modo famoso que, até ao século XIX, os seus
prior D. Odório e à Sé de Viseu a herdade do Fontelo. admiradores não apenas lhe valorizaram as pinturas
O Paço, começou a ser edificado em 1399, no tempo como lhe atribuíram muitas outras pinturas do século
do Bispo D. João Homem. Desta época ainda se podem XVI. Por isso ficou conhecido por Grão Vasco. Como
ler duas janelas em ogiva reveladas pelo desagregar dos muitos outros artistas que trabalhavam em Portugal,
rebocos. Em 1426, D. Garcia manda construir a Grão Vasco estava informado acerca da melhor pintura
primitiva Capela de Santa Marta. D. Miguel da Silva, estrangeira da sua época, nela colhendo ensinamentos
Bispo de Viseu de 1526 a 1547, distinta figura de mecenas e díspares que o seu talento soube harmonizar e seleccionar.
humanista, manda construir os actuais jardins renascentistas à Interessou-se menos pela arte italiana do que pela alemã.
italiana. Em 1565, D. Gonçalo Pinheiro fez importantes Há figuras das gravuras de Albert Durer que aparecem
Relembramos que temos vindo a destacar esta bebida universal – o Chá – tendo falado já
das suas várias componentes e características no que respeita aos seus diferentes tipos;
de como os provamos, os avaliamos, como os servimos e os classificamos; dos números
quanto ao seu consumo e produção; e dos seus maiores produtores, que temos vindo a
focar nos últimos números.
O Quénia fica na África Oriental, faz fronteira com a Ao contrário da Índia e do Sri Lanka onde a maior parte
Tanzânia, o Uganda, o Sudão, a Etiópia e a Somália, margeando do chá produzido vem de grandes propriedades, no
o Oceano Índico. É o terceiro maior produtor mundial Quénia este é cultivado em pequenas propriedades, com
de chá e o único país da África a produzir uma quantidade uma média de cerca de meio hectare. Estes pequenos
substancial de chá no mercado mundial. produtores têm sentido a pressão do mercado mas em
vez de investimentos em operações maiores o Quénia
Aqui, o chá foi introduzido pela primeira vez em 1903, tem investido na pesquisa e no desenvolvimento de
por GWL Caine, e foi plantado na actual Limuru. A sua novas variedades de chá, com maior potencial e maior
comercialização começou em 1924 por Malcolm Fyers rendimento, e mais resistência as condições climatéricas
Bell que foi enviado por Brooke Bonds para dar início as do país. Por outro lado também têm surgido chás artesanais
primeiras propriedades comerciais. Desde então, o país de origem única.
tornou-se um grande produtor de chá preto.
O Quénia não é considerado um dos mais importantes
O chá queniano é um dos principais geradores de produtores de chá no mundo porque a maior parte da
receitas, ao lado do turismo, da horticultura e do café produção é de chá preto a granel usado principalmente
queniano, representando 26% das receitas totais da para blends e maioritariamente é processado pelo método
exportação e cerca de 4% do PIB nacional.
CHÁ DO QUÉNIA
Jaen / Mencia
No âmbito da colaboração com a revista O Escanção temos partilhado a descrição das
características técnicas de algumas castas portuguesas, e em alguns casos de castas ibéricas.
Nesta edição, continuamos o artigo com mais uma casta, com origem em Espanha, em
Bierzo/Castilla y León e a qual, em Portugal, tem no Dão a região de sua maior
expansão – a Jaen/Mencia.
ORIGEM MORFOLOGIA
A casta tem origem em Espanha, em Bierzo/Castilla y Extremidade do ramo jovem: Aberta, com carmim gen-
León, com a denominação de Mencia. Em Espanha, o eralizado e fraco, nula densidade de pêlos prostrados.
fenómeno da intravariabilidade é significativamente
superior (A. Martins, 2005, comunicação pessoal). Em Portugal, Folha jovem: Verde, página inferior glabra.
a denominação é recente, sendo ainda desconhecida em 1897 Flor: Hermafrodita.
(Meneses). García de los Salomons (1914) conhece a casta. Pâmpano: Verde, com gomos verdes.
Em Portugal tem a sua região de maior expansão no Folha adulta: Pequena, pentagonal, com cinco lóbulos;
Dão e tem como sinónimo oficial (nacional e OIV): limbo verde-médio, irregular, liso, página inferior glabra;
Mencía (E). Como sinónimos históricos e regionais: dentes médios e convexos; seio peciolar aberto, com a
Fernão Pires Tinta, Jaen Galego, Gião (Dão). base em V, seios laterais abertos em V.
Cacho: Médio/grande, cónico, compacto, pedúnculo de
A superfície vitícola actual em Espanha é de 8.761 ha comprimento médio.
e em Portugal temos 2.400 ha. A utilização actual ao Bago: Arredondado, médio e negro-azul; alguma
nível nacional é de 1,5% e em Espanha tem valor similar, resistência ao destacamento.
sendo uma casta em expansão moderada na Península Película: Medianamente espessa, polpa mole.
Ibérica. A intravariabilidade varietal da produção é Graínhas: Pequeno número, grandes, herbáceas.
reduzida.
COMPORTAMENTO
Qualidade do material vegetativo: Material policlonal
para conservação da intravariabilidade (RNSV); clones Abrolhamento: Época média, 9 dias após a Castelão.
91-97 EAN. Espanha: clones seleccionados na Galiza e Floração: Época média, 7 dias após a Castelão.
em Castilla y León, como CL-51, CL-79, CL-94. Pintor: Precoce, 5 dias antes da Castelão.
Maturação: Época média, em simultâneo com a
Castelão, apresentando baixos teores de acidez.
Apresenta vigor médio-alto e porte semi-erecto, Produção recomendada: Inferior a 5.000 l/ha.
com entre-nós muito curtos. Média tendência para o
desenvolvimento de netas e rebentação múltipla muito Sensibilidade abiótica: Sensível ao vento; na fase inicial
baixa, com índice de fertilidade elevada, mesmo com quebra o rebento, na fase final faz cair os bagos.
poda curta,acima de 15.000 kg/ha. Valores RNSV: 2,2
kg/pl (média de, no mínimo, 40 cultivares, registada em Sensibilidade criptogâmica: Muito sensível ao Míldio,
Nelas, durante 2 anos) com estabilidade de produção ao Oídio e à Podridão Cinzenta.
regular e uniforme.
Estado sanitário (sistémico) antes da selecção: 20%
Grau alcoólico provável do mosto alto (até 14% vol.). GLRaV3, 30% GFkV, <50% RSPV.
Valores RNSV: 13,62% vol. (média de, no mínimo, 40
cultivares, registada em Penalva, durante 5 anos). A acidez Sensibilidade a parasitas: Mediana à Cigarrinha Verde
natural é muito baixa (3-4,5 g/l de acidez total; 0,6 de e baixa à Traça.
acidez málica; 3,5 de tartárica), com tendência para
cair ainda mais após a vinificação. Valores RNSV: 3,34 Tamanho do cacho: Médio (200-230 g).
g/l (média de, no mínimo, 40 cultivares, registada em
Penalva, durante 5 anos). Compactação do cacho: Compacto.
Valores de antocianinas totais: Valores RNSV: 737,22 Bago: Médio (1,5-1,8 g) e arredondado.
mg/l (média de, no mínimo, 40 cultivares, registada em
Penalva, durante 5 anos). Película: Pouco espessa.
Índice de polifenóis totais (280nm) do mosto: Valores Nº de graínhas: 1,6 por bago, herbáceas.
RNSV: 30,96 (média de, no mínimo, 40 cultivares,
registada em Penalva, durante 5 anos). O mosto tem
alguma tendência para oxidação em caso de problemas
sanitários.
2020 foi um ano quente e seco, com um período longo Quinta do Noval Porto Vintage 2020
de maturação que culminou numa vindima precoce com Púrpura intenso. Nariz muito jovem de
uvas maduras no início de Setembro. Os vinhos resul- fruto negro e especiarias, notas de chocolate
tantes são extremamente ricos e intensos, encorpados, e ginja. Na boca é concentrado cheio de
sedosos e com uma grande densidade. A estrutura tânica fruta a evidenciar a sua juventude, com
é imensa mas com uma notável elegância. taninos presentes, bastante encorpado, e
de final longo e persistente. Vinho potente
Após a estrondosa prova deu-se um almoço que teve a prometer uma boa evolução nas próximas
início no terraço com vista para o rio Douro, acom- décadas.
panhado pelo Cedro do Noval Branco 2021 (Viosinho, PVP: € 100
Gouveio, Arinto, Códega), um vinho fresco com notas
frutadas, florais e minerais, na boca a confirmar o nariz
mas mais complexo com notas especiadas e textura mais
sedosa (PVP:€ 17). Durante o momento do almoço não Quinta do Noval Nacional Porto
pararam de surgir novidades começando pelo azeite Vintage 2020
Centenário, produzido a partir de oliveiras centenárias Rubi intenso. Nariz intenso, jovem, com
com baixíssimo rendimento (PVP:€ 27,50); depois o muita fruta vermelha e negra, notas de
Quinta Do Noval Reserva Branco 2021 (Viosinho e flores secas, chocolate e especiarias. Na
Gouveio), intenso no nariz, floral e frutado com notas boca é explosivo, com taninos firmes,
de barrica, na boca volumoso e potente, muito rico elevada estrutura e um volume monumental.
com sabores a confirmar o nariz, de final muito longo Final muito longo e persistente. Vinho
e persistente mas evidenciando a sua frescura (PVP: € ainda muito selvagem a mostrar a sua
60); seguiu-se o Quinta do Noval Touriga Nacional 2019, longevidade de muitas décadas.
vinho a evidenciar a sua elegância logo no nariz, com PVP: € 1.000
www.vinhosdoalentejo.pt
A iniciativa visa promover a multiculturalidade entre Foi ocasião de festejar o bom convívio com a grande viagem
Espanha e Portugal, relembrar acontecimentos históricos de ida e volta ao mundo desde o porto de Sanlúcar, um
e dar a conhecer alguns dos seus costumes gastronómicos, passo que, além da descoberta das ilhas das especiarias,
numa viagem de conhecimento através dos nossos sentidos. marcou mesmo o início da globalização, como afirmou o
presidente da AGAVI, António Souza-Cardoso: Devemos
Durante a primeira sessão, celebrada no passado dia 12 nos sentir orgulhosos de sermos povos universalistas, que
de Mai,o na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglès, levamos a nossa identidade, cultura, gastronomia e vinhos
em Lisboa, os convidados celebraram os 500 anos da a todos os continentes.
primeira circum-navegação feita ao globo - iniciada pelo
navegador português Fernão de Magalhães e terminada No final desta primeira sessão os mais de setenta convidados
pelo navegador espanhol Juan Sebastián Elcano – e que teve brindaram com produtos ibéricos representados pela empresa
por título “A Viagem de Magalhães e ElCano, Sanlucar Porto portuguesa Qualhouse e com o vinho de Denominação
das Índias”. Os parceiros desta sessão foram a AGAVI- de Origem Manzanilla de Sanlúcar, da Comissão Vitivinícola
Associação Portuguesa para a Promoção da Gastrono- Espanhola e Internacional Jerez-Xérès-Sherry.
mia e Vinho e Sanlucar de Barrameda, Capital Espanhola
da Gastronomia 2022.
www.casaermelindafreitas.com
No passado dia 31 de Maio, deu-se por inaugurado o ciclo do The Art of Tasting Portugal que consiste em convidar duplas
de chefs para criarem em conjunto menus especiais, fazendo da ocasião uma viagem pelos produtos e sabores nacionais e
evocando, assim, a Portugalidade e a sazonalidade - um deles desempenha o papel de anfitrião, o chef português; o outro,
será um chef internacional. Neste primeiro jantar esteve em acção a dupla composta pelo chef Alexandre Silva, dos restaurantes
Loco, de 1 estrela Michelin, e Fogo, em Lisboa, o chef anfitrião, e o chef Rasmus Munk, do restaurante de 2 estrelas Michelin, o
Alchemist, de Copenhaga, estando a harmonização dos vinhos no jantar a cargo de Dirk Niepoort. O intuito da iniciativa é
apresentar o país, os seus produtos e promover sinergias entre alguns dos mais mediáticos chefs internacionais da actualidade
e alguns dos chefs portugueses com maior projecção no panorama gastronómico nacional e internacional.
O jantar, único momento disponível para venda ao público, aconteceu no Verride Palácio Santa Catarina mas antes o
evento contou com uma programação de 3 dias durante os quais o chef convidado, Rasmus Munk, foi a Peniche e às
Berlengas para conhecer melhor os produtos do nosso mar, uma viagem que inspirou o menu onde foram apresentados
pratos icónicos de ambos os chefs. Dirk Niepoort teve a seu cargo a missão de acompanhar o menu especial com vinhos
da Niepoort. Durante o evento, houve ainda um Momento do Chá, orientado por Nina Gruntkowski, co-fundadora do
projecto Chá Camélia, plantação de chá no Fornelo, única na Europa continental.
www.theartoftastingportugal.com
www.facebook.com/os.baroes.31
IV WINE MARKET
www.torredepalma.com
ACTUALIZE SEUS CONHECIMENTOS, ASSINE A REVISTA
Nome:
Morada:
Código Postal: Localidade:
Telefone: Telemóvel: Fax:
Email: N°Contribuinte: