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Após quatro meses de crises com o ocidente, a Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro. A
justificativa de Vladimir Putin para a invasão foi de apoio para as autoproclamadas repúblicas Donetsk e
Lugansk, negando ocupar território. Já a Ucrânia, desde o início dos ataques, falou em ampla ocupação
territorial, o que corrobora com o discurso ocidental.
No entanto, a invasão russa não ficou somente nas regiões dos conflitos separatistas e seguiu para a
capital Kiev e outras cidades ucranianas com maior população. Em Kiev, um avião foi abatido e caiu sobre um
conjunto residencial, uma torre de TV foi bombardeada deixando mortos e feridos, além de bombardeios em
diferentes pontos.
A Ucrânia rompeu oficialmente as relações diplomáticas com a Rússia, fechou seu espaço aéreo e
decretou Lei Marcial. Quando se adota a legislação marcial o território deixa de seguir o regimento civil e passa
a adotar as leis militares, alterando o funcionamento de um país.
Aproveitando a Lei Marcial, o governo ucraniano proibiu que homens de 18 a 60 anos deixem o país. O
presidente Volodymyr Zelensky convocou a população para lutar, garantindo armas para os interessados em
defender a Ucrânia. As pessoas também foram orientadas a fabricar coquetel Molotov como defesa.
Segundo especialistas, a invasão russa é a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra
Mundial. Filas de carros foram registradas na saída de Kiev, na Ucrânia, já nas primeiras horas da quinta-feira
(24), cena que se repetiu nos dias seguintes. Muitas pessoas optaram por fugir a pé para países vizinhos como
Romênia e Polônia, mas outras nações também recebem os refugiados dos conflitos.
De acordo com a agência da Organização das Nações Unidos para Refugiados (Acnur), mais de 660 mil
pessoas deixaram a Ucrânia até 1º de março por causa da guerra. A ONU teme que os conflitos gerem a maior
onda de refugiados da Europa no século XXI. A estimativa é de que 12 milhões de cidadãos em território
ucraniano precisarão de ajuda, enquanto cerca de 4 milhões podem precisar de auxílio nos países vizinhos nos
próximos meses.
Internacionalmente, a Rússia tem sofrido sanções econômicas e políticas por conta da guerra. Os
reflexos já podem ser sentidos pela população russa na desvalorização da moeda, impossibilidade de utilização
de serviços de pagamento digital ou cartão de crédito. A busca intensa por dinheiro em espécie tem
desabastecido os caixas eletrônicos do país.
A guerra completou uma semana nesta quarta-feira, 2 de março. Durante a madrugada, ataques russos
destruíram parcialmente uma estação de polícia em Kharkhiv, segunda maior cidade da Ucrânia. Houve
também invasão por paraquedistas russos que tentaram tomar o local.
Entenda o conflito
As primeiras horas do dia 24 de fevereiro de 2022, por volta das 23h do dia 23 no Brasil, o presidente da
Rússia, Vladimir Putin, anunciou em rede nacional de TV uma operação militar na região do Donbass, no leste
da Ucrânia. O ato foi visto como uma declaração de guerra.
Apesar de a Rússia ter confirmado apenas ações militares no Donbass, onde recentemente reconheceu os
governos das repúblicas separatistas de Donetsk e Luhansk, foram registrados ataques a bases militares
ucranianas em outras regiões.
A tensão entre a Rússia e a Ucrânia aumentou após milhares de soldados russos serem posicionados nas
fronteiras com o território ucraniano, o que despertou o alerta para uma invasão russa na Ucrânia.
Essa movimentação atípica começou em novembro de 2021 e se intensificou em janeiro de 2022, mas a
origem do conflito é mais antiga.
As raízes do conflito estão na crise política que se instalou na Ucrânia no ano de 2014 e na anexação da
Crimeia pela Rússia nesse mesmo período. Além disso, os russos tentam impedir uma maior aproximação da
Ucrânia com a Otan, sendo essa uma das exigências impostas por parte da Rússia em meio às negociações.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua
portuguesa, sobre o tema: “O problema da guerra no século XXI”. Apresente proposta de intervenção
social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.