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Pesquisador da UFF
esclarece as motivações
históricas da guerra entre
Rússia e Ucrânia
FEV Escrito por Assessoria de I...
24
2022
Crédito da fotografia: Pixabay
Na madrugada dessa quinta-feira, 24 de fevereiro, o presidente
Vladimir Putin anunciou a inauguração de uma operação militar
na Ucrânia. Tropas russas invadiram as fronteiras em diferentes
direções e explosões foram ouvidas em várias cidades, incluindo
a capital Kiev. O evento se sucede após muitas semanas de
tensão e ameaças de invasão por parte da Rússia. Apesar de o
confronto armado ter se iniciado hoje, as desavenças entre os
países são antigas e têm décadas de desdobramentos.
Uma questão que sempre ouço é: por que os soldados russos que
tomaram a Crimeia não usavam identificação russa, nem os
carros de combate e equipamento que utilizaram eram
identificados? A resposta é que Vladmir Putin estava se
esquivando do Direito Internacional nesse caso. Guerras de
anexação são proibidas pela Carta das Nações Unidas (que é o
tratado de criação da ONU). Na verdade, conflitos com o uso da
força deveriam ser autorizados pelo Conselho de Segurança, do
qual a própria Rússia e os Estados Unidos são membros
permanentes. Esse conflito não foi autorizado e a Rússia nega
que tenha enviado militares para lá.
Isso tudo não quer dizer que estaríamos melhor sem a ONU, sem
o Direito Internacional. Embora nem as organizações
internacionais e nem o Direito Internacional sejam eficazes em
prevenir as guerras, o mundo é notoriamente melhor com eles
do que sem.
Autor:
Fernanda Cupolillo
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