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GUERRA DA UCRÂNIA E RÚSSIA

Escola: Cedup Abílio Paulo


Curso: Administração
Turma: 3-13
Disciplina: Geografia.
Professor: Mayk Sander Flor
Aluno: Eduarda Custódio de Oliveira
Data de entrega:22/032022

RESUMO:
Como o conflito começou? No início de 2014, a Crimeia se tornou o foco de uma das piores crises entre a
Rússia e países como EUA e Reino Unido desde a Guerra Fria, depois que o presidente pró-Rússia da
Ucrânia, Viktor Yanukovych, foi deposto após uma onda de protestos pró-Europa. Regiões separatistas. A
partir da anexação, grupos separatistas armados pró-Rússia, apoiados militarmente direta e indiretamente
por Moscou, passaram a criar conflitos na região de Donbass, principalmente em Donetsk e Luhansk. O
conflito entre exército e cidadãos pró-Ucrânia e pró-Rússia se mantém ativos desde então.

Palavras-chave: Crises, Rússia, Guerra, Ucrânia, Conflito.

INTRODUÇÃO:
Por que a Rússia decidiu invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022? Entre as principais razões
apontadas, estão: a expansão da Otan pelo Leste Europeu, a possibilidade de adesão da Ucrânia à
aliança militar, a contestação ao direito da Ucrânia à soberania independente da Rússia e o desejo de
Vladimir Putin de restabelecer a zona de influência da União Soviética. Por um lado, a Rússia diz querer
impedir o que classifica de cerco à sua fronteira com a possível adesão da Ucrânia à Otan, aliança militar
de 30 países, que se expandiu pelo Leste Europeu, incluindo hoje 14 países do ex-bloco comunista.

GUERRA DA RÚSSIA E DA UCRÂNIA:

As raízes da guerra entre Rússia e Ucrânia são bastante profundas. No cerne da questão está o fato
de Moscou não aceitar a independência ucraniana, enquanto tenta bloquear a aproximação de Kiev com o
Ocidente. Os atuais conflitos militares entre a Rússia e a Ucrânia têm uma história que remete à Idade
Média. Ambas possuem raízes comuns que se estendem até a época do antigo Estado da Rússia de Kiev,
nas terras eslavas do leste. Esse é o motivo pelo qual o presidente russo, Vladimir Putin, se refere aos
dois países como "um só povo". O fato, porém, é que as duas nações estão divididas há séculos, o que
resultou no surgimento de dois idiomas e duas culturas proximamente relacionadas, mas bastante
distintas.
Enquanto a Rússia se desenvolveu politicamente em um império, a Ucrânia se provou incapaz de
estabelecer um Estado próprio. No século 17, uma ampla região do que é hoje o território ucraniano se
tornou parte do Império Russo. Após a desintegração desse império, em 1917, o país vivenciou um breve
período de independência, antes de a União Soviética o conquistar à força.
Em dezembro de 1991, Ucrânia, Rússia e Belarus assinaram um acordo que selava efetivamente o
fim da União Soviética. Moscou, porém, pretendia manter sua influência na região através da recém-criada
Comunidade dos Estados Independentes (CEI). O Kremlin também calculava que o fornecimento de gás
natural a baixo custo manteria a Ucrânia em sua órbita. Mas as coisas se desenrolaram de maneira bem
diferente. Enquanto Rússia e Belarus forjaram uma aliança próxima, a Ucrânia se aproximava cada vez
mais do Ocidente. Isso não passou despercebido pelo Kremlin, apesar de não bastar para gerar um
conflito entre os dois lados na década de 1990. Moscou parecia não estar preocupada, uma vez que o
Ocidente não demonstrava qualquer intenção de integrar a Ucrânia à sua esfera de influência. A Rússia
lidava com uma depressão econômica e se via amarrada no conflito militar na Tchetchênia. Em 1997,
Rússia e Ucrânia assinaram o Tratado de Amizade, Cooperação e Parceria, conhecido como o "Grande
Tratado", através do qual Moscou reconheceu as fronteiras oficiais da Ucrânia, incluindo a Península da
Crimeia, região que abriga uma maioria étnica russa. A primeira grande crise diplomática entre os dois
lados surgiu com a chegada de Putin ao poder. Em 2003, a Rússia começou a construir, inesperadamente,
uma barragem no estreito de Kerch, próximo à ilha ucraniana de Tulza, entre o território russo e a
Península da Crimeia. Kiev considerou isso uma tentativa russa de redesenhar as fronteiras nacionais. O
conflito somente foi resolvido após um encontro frente a frente entre os dois presidentes. A construção foi
suspensa, mas a fachada de amizade entre os dois lados começou a demonstrar rachaduras. As tensões
se agravaram durante as eleições presidenciais na Ucrânia em 2004, com Moscou colocando todo seu
peso a favor do candidato pró-Rússia Viktor Yanukovych. A chamada Revolução Laranja evitou que ele
assumisse. A eleição foi declarada fraudulenta, e o candidato pró-Ocidente Viktor Yushchenko tornou-se
presidente.Durante seu mandato, a Rússia reagiu ao cortar o fornecimento de gás para a Ucrânia em duas
ocasiões, em 2006 e 2009, além de interromper também o abastecimento para a União Europeia. Em
2008, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pressionou pelo início do processo de
adesão da Ucrânia e da Geórgia à Otan, apesar dos protestos de Putin, cujo governo não reconhece
totalmente a independência ucraniana. A Alemanha e a França frustraram os planos de Bush em uma
cúpula da Otan em Bucareste, na Romênia, onde a adesão ucraniana foi discutida, sem que fossem
estabelecidos os prazos para esse processo. Após as coisas não irem tão bem quanto esperado em
relação à Otan, a Ucrânia fez uma nova tentativa de reforçar seus laços com o Ocidente, através de um
acordo de associação com a União Europeia. Mas, no verão de 2013, poucos meses antes da assinatura
do documento, Moscou passou a exercer forte pressão econômica sobre Kiev e forçou o governo do então
presidente Yanukovych, que acabou vencendo a eleição em 2010, a congelar o acordo. O governo russo
impôs um embargo sobre produtos ucranianos exportados para o país, o que insuflou os protestos em
massa em toda a Ucrânia. Em fevereiro do ano seguinte, o presidente ucraniano fugiu para a Rússia. O
que se seguiu foi uma guerra de exaustão que continua até os dias atuais. No início de 2015, os
separatistas lançaram uma nova ofensiva, segundo Kiev, apoiados por tropas russas que, antes dos
combates, removeram de seus uniformes suas identificações, o que Moscou também nega. As forças
ucranianas sofreram uma nova derrota, desta vez na cidade estrategicamente importante de Debaltseve,
de onde foram forçadas a se retirar. A intermediação do Ocidente resultou no que passaria a ser conhecido
como o Protocolo de Minsk, um acordo que serve como base para os esforços de paz, mas que, com base
nos últimos acontecimentos, provavelmente permanecerá sem ser cumprido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde o começo da guerra, a Rússia já avançou sobre parcelas significativas da Ucrânia próximas
às suas fronteiras: no nordeste, leste e sudeste do da Ucrânia (veja no mapa). Mas a maior parte do país
segue sob domínio ucraniano, o que inclui a capital Kiev. Os russos seguem enfrentando resistência na
capital. Especialistas militares de países como o Reino Unido dizem que a invasão russa "estagnou em
todas as frentes". Os EUA estimam que mais de 7 mil militares russos tenham morrido no conflito e até 14
mil tenham sido feridos.

REFERÊNCIAS:

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60606340 Acessado 21/03/2022


https://www.dw.com/pt-br/r%C3%BAssia-e-ucr%C3%A2nia-a-cronologia-do-conflito/a-60245938 Acessado
21/03/2022
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/guerra-entre-russia-e-ucrania-e-marcada-por-assimetria-militar-
entre-os-paises/ Acessado 22/03/2022
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60645319 Acessado 21/03/2022
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60740855 Acessado 21/03/2022.

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