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100 anos da criação da URSS

Guerra na Ucrânia
CENTENÁRIO DA FORMAÇÃO DA URSS
Até o ano de 1917, a Rússia era governada por
um czar que exercia o poder através de um regime
absolutista autoritário e sem uma constituição
definida. A população passava por sérios problemas,
sendo um dos principais a fome.

POSDER – Partido Operário Social-Democrata Russo


POSDER acabou se dividindo em dois:

Bolcheviques (maioria) Mencheviques (Minoria)

Defendiam uma mudança radical de política Defendiam uma revolução moderada,


para o povo, defendendo uma revolução permitindo primeiro a democracia e o
socialista armada, caso necessário pleno desenvolvimento do capitalismo
para só depois implantar o socialismo
1904 – Guerra Rússia x Japão
Primeira Guerra Mundial 1914 Com o início da guerra, em 1914, a Rússia
enfrentava novamente graves problemas
internos, entre eles soldados que eram
mandados para o front de guerra sem
mantimentos, a população que voltou a
passar fome e o descontentamento com o
czar que já era enorme, tornou-se
insuportável.

Assim, em 1917, ocorrem novas


manifestações. No episódio, o exército
russo volta-se contra o czar – negando que
mais um massacre ocorresse contra a
população – o que leva o czar a abdicar do
trono.
Com o vácuo no poder, Lenin que estava exilado volta ao país com dois lemas: 

“Pão, Paz e Terra” 


“Todo poder aos Sovietes”

Sovietes eram os grupos de trabalhadores que se reuniam em


busca de melhor qualidade social pós domingo sangrento. Assim, os
bolcheviques – liderados por Lenin – invadem o palácio do Kremlin
em 25 de outubro de 1917, concretizando assim a Revolução Russa. 
O governo Lenin e o início da URSS
Assim que assumiu o poder, Lenin passou a
governar a Rússia com autoritarismo. Ainda
assim, o período também foi marcado por
melhorias para a população.

Consequências
 crise de abastecimento
 terras foram concedidas
 tratado de Brest Litovski
 entregou vastas áreas territoriais para a Alemanha (Polônia e Bielorrússia)
 população russa desaprovava o forte autoritarismo do governo bolchevique
 como forma de oposição ao governo foi criado o exército branco, que passou a lutar
contra o exército vermelho do governo
 GUERRA CIVIL [1918-1921]
Após milhões de mortes, o exército
vermelho de Lenin saiu vencedor do
combate

“Um passo para trás, para depois


dar dois à frente”
o No ano de 1921, os bolcheviques alcançaram a vitória e assim
abriram campo para que os trabalhadores conduzissem a
nação. 
o O sabor da conquista não apagava a delicada crise de
abastecimento e a estagnação econômica que tomava o país. 
o Nova Política Econômica (NEP)
o Nacionalização da economia e luta contra a desigualdade
social, a miséria e a fome. 
Esse novo plano recuava com as ações centralizadoras do comunismo de guerra e
permitia que algumas práticas do sistema capitalista ainda fossem empregadas. 
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS
Planos quinquenais
Forte processo de industrialização, que deu
sustentação para diversos avanços no campo
da saúde, educação, ciência e tecnologia

É desta forma que a URSS de Stalin se


solidifica como um dos países mais
desenvolvidos do mundo, até mesmo
depois do fim de seu governo em 1953,
período conhecido como “era stalinista”.
Outra medida implementada no governo Stalin
foi a coletivização forçada das terras, ou seja,
uma política que excluía a propriedade privada e
obrigava os trabalhadores a produzirem para o
governo.

Maior exportador de grãos do mundo


Estado passou a controlar e exportar toda a produção agrícola

Período do grande terror e dos


processos de Moscou
Stalin ficou conhecido – ao lado de Hitler – como um dos maiores assassinos do
século XX.

Assim, acredita-se que o governo Stalin estava ancorado em três pontos:

o Melhoria da qualidade de vida e industrialização através dos planos


quinquenais 
o Propaganda política que passava a imagem de um Stalin “herói
soviético” 
o O grande terror de ser pego pelo regime Stalinista.
O caminho para o fim da União Soviética
A URSS chegou ao fim oficialmente no dia 26 de dezembro de 1991. Vários
foram os fatores que contribuíram para a sua queda.
• A década de 70/80 ficou conhecida como a “era da estagnação”.
• Nikita Kruschev e Leonid Brezhnev
Kruschev ficou conhecido por planificar toda a
produção agrícola soviética e por implementar políticas
liberais com o objetivo de melhorar a economia.
Brezhnev foi o responsável por suprimir várias reformas
politico/administrativas que Kruschev tinha colocado em
prática, o que causou forte descontentamento
interno e várias manifestações contrárias ao governo.

a B rez h n e v
Do u t r i n
A doutrina fez com que a URSS interferisse politicamente no Afeganistão em
1979, em um episódio que ficou conhecido como o Vietnã Soviético. 

Se tratou de uma guerra muito semelhante a


travada pelos EUA, na qual as guerrilhas
vietnamitas causaram enormes baixas no exército
americano.
As primeiras medidas de Gorbachev à frente do governo
soviético foram a retirada das tropas do Afeganistão, a
aproximação da URSS com a União Europeia e o encerramento
da doutrina Brezhnev. Além disso, iniciou as negociações com
os Estados Unidos da América para o controle das armas
nucleares.
Ucrânia e Rússia:
3 pontos para entender a crise

Se o grande centro das atenções da política internacional no início de 2021 girava em


torno da Invasão do Capitólio por apoiadores de Trump nos EUA e, posteriormente, a
esperada tomada de posse de Joe Biden duas semanas depois, o ano de 2022 coloca no
radar da política internacional uma velha disputa de fronteiras na Europa:
a crise entre a Ucrânia e Rússia.
1. Qual a história entre Ucrânia e Rússia?
O legado de russos e ucranianos – e também dos bielorrussos –
está intimamente ligado a um mesmo povo: os Rus.
Foi no ano de 862 que um príncipe viking chamado Rurik
iniciou a união entre tribos eslavas e finlandesas que
consolidaria a Rússia Quievana, uma confederação que
duraria até 1240, quando a Invasão Mongol na Europa
colocaria um fim nessa união. Era o fim do primeiro elo
de proximidade entre Rússia e Ucrânia.

Com a queda da Rússia Quievana, o território que compõe a Ucrânia moderna acabou
sendo dividido em duas esferas: a primeira, oriental, controlada e, em seguida, anexada
pela Rússia; a segunda, ocidental, controlada inicialmente pela República Polaco-
Lituana e, a partir de 1772, pelo Império Austro-Húngaro até o fim da Primeira Guerra
Mundial.
É daí que surge um dos elementos que marcam as discussões sobre
o desejo russo de anexar a Ucrânia (ou ao menos parte dela):
enquanto o lado oriental manteve íntimas ligações com a cultura
russa, o lado ocidental desenvolveu traços culturais próprios, que
fundamentam a ideia da Ucrânia como uma nação própria e
independente.

Outro momento histórico deve ser compreendido antes de passarmos para os eventos
mais recentes nas relações entre os dois países: o fim da Primeira Guerra marcou uma
rápida sucessão de eventos para os ucranianos. Começa com a conquista
da independência da República da Ucrânia através da assinatura do Tratado de Brest-
Litovski em 1918, e termina abruptamente com a conclusão da Guerra Soviético-
Ucraniana em 1921, que firmaria a República Socialista Soviética da Ucrânia como uma
das repúblicas constituintes da União Soviética.
Foi só em 1991, com a dissolução da União Soviética, que a Rússia e
Ucrânia voltariam a estar em caminhos antagônicos – e desde então, os
elos para a conflito, que ameaça se concretizar de vez em 2022, se
intensificaram cada vez mais.
2. A Anexação da Crimeia à Rússia em 2014

Em 2014, o governo russo de


Vladimir Putin lançou uma
campanha militar para anexar o
território da Crimeia em meio às
tensões causadas pela Revolução
Ucraniana e a eventual saída do
então presidente da Ucrânia, Viktor
Yanukovych, conhecido por sua
proximidade com os russos e por
ser crítico da consolidação de um
acordo de associação entra União
Europeia e Ucrânia.
A Crimeia havia sido uma porção autônoma dentro da República
Socialista Federativa Soviética da Rússia (uma das repúblicas que
compunham a União Soviética) até 1954, quando o então líder
soviético Nikita Khrushchev (1894-1971) decretou a transferência da
região para a República Socialista Soviética da Ucrânia.
3. O pleito ucraniano para fazer parte da OTAN
São duas as alegações do governo russo para justificar uma invasão
à Ucrânia: 

o Primeiro, Putin enxerga o crescente apoio o Em segundo lugar, a Rússia teme que a Ucrânia
da OTAN (Organização do Tratado do se fortaleça significativamente com a adesão
Atlântico Norte) à Ucrânia como à OTAN, com o presidente Putin acusando o
uma ameaça à sua própria segurança. Com “Ocidente” de estar se preparando para um
a fuga do presidente pró-Rússia Viktor ataque ao fortalecer os ucranianos, o que pode
Yanukovych em 2014 e a formação de ser tratado como um discurso de Putin em que
governos pró-União Europeia e pró-OTAN ele busca justificar uma ação bélica preventiva
desde então, as relações entre OTAN e por parte do exército russo.
Ucrânia se tornaram mais sólidas, com uma
emenda constitucional em 2019
consolidando o desejo ucraniano de fazer
parte da organização.
Rússia invade Ucrânia

Vladimir Putin anunciou uma "operação


militar" na região de Donbas, no leste da
Ucrânia, em um pronunciamento
televisionado na manhã do dia 24 de
fevereiro.

O presidente russo disse que estava


intervindo como um ato de legítima
defesa.

Extremistas
A movimentação desencadeou uma
rebelião separatista nas regiões de Donetsk
e Luhansk, onde os rebeldes apoiados por
Moscou lutam desde então, em uma guerra
que já custou 14.000 vidas.

Ele exige garantias que a Ucrânia se desmilitarize e se torne um Estado


neutro e, ao anunciar a invasão da Rússia, acusou a Otan de ameaçar "nosso
futuro histórico como nação".
/Imersão Vestibular
Boa semana!! @ImersaoVestibular
prof_henrique.f@energiavale.com.br

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