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Com o fim da guerra civil, a Rússia Instalou-se pela primeira vez no mundo e de forma institucional, o
regime socialista empenhada em solucionar seculares problemas socioeconômicos, situou-se como um
modelo para países que enfrentavam dificuldades semelhantes, especialmente para os que recebiam
sua influência direta cultural e política, em virtude da proximidade geográfica. A partir daí, a expansão
do socialismo passa a ter conotação geopolítica-ideológica, fator que definiu, em 1922, a criação da
URSS, abrangendo os territórios antes pertencentes ao Império Russo.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi criada em 1922 pelos bolcheviques, liderados
por Lênin, como uma das consequências da Revolução Russa de 1917. Existiu até 1991, quando foi
dissolvida no contexto da crise do socialismo com as reformas políticas e econômicas implantadas por
Mikhail Gorbachev. A sede do poder da URSS era na capital russa, Moscovo. A Rússia, república mais
poderosa, comandou a URSS.
Era composta por 15 repúblicas: Rússia, Lituânia, Letônia, Estônia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão,
Bielorrússia, Cazaquistão, Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, e Ucrânia; ocupando um
território de, aproximadamente, 22 milhões de km2.
Na década de 1980, a União Soviética possuía uma população ao redor de 290 milhões de habitantes. Os
grupos étnicos com maior quantidade de habitantes eram os russos (145 milhões), ucranianos (44
milhões), usbeques (16 milhões), bielorussos (10 milhões) e azeris (6 milhões)
O socialismo na URSS
A União Soviética seguiu sempre o sistema político-econômico socialista. Havia um sistema político
baseado num partido único (PCUS), que governava a URSS de forma centralizada e sem abrir espaço
para opositores. Muito pelo contrário, o regime perseguiu e prendeu milhares de opositores políticos,
principalmente até a década de 1970. A economia era estatizada, ou seja, todos os meios de produção
(indústrias, fazendas, bancos, etc.) eram controlados pelo governo. Os salários também eram
controlados pelo governo, de forma que houvesse uma equiparação salarial, evitando assim a formação
de desigualdades sociais.
Na década de 1980 a crise começou a ameaçar a grande potência socialista. As indústrias ultrapassadas
não conseguiram acompanhar o desenvolvimento tecnológico necessário para abastecer aquela imensa
população. A falta de produtos, principalmente alimentos e bens de consumo, passou a ser constante e
gerar grande insatisfação popular.
O crescimento dos movimentos separatistas, principalmente nas repúblicas bálticas, crescia colocando
em risco a unidade política da URSS Buscando resolver os graves problemas políticos e econômicos, o
presidente Mikhail Gorbachev implantou uma série de reformas na URSS. Porém, estas reformas não
apresentaram grandes efeitos positivos e a crise continuou.
Em dezembro de 1991, após algumas repúblicas declararem independência da URSS, foi assinado o
acordo de Minsk que dissolveu a União Soviética e criou a CEI (Comunidade dos Estados
Independentes). Era o fim da União Soviética.
A importância da Revolução de Fevereiro ressalta ainda pelo facto de ter posto fim a mais de 300 anos de
reinado da Casa dos Románov, a monarquia mais reaccionária e sanguinária, se ter tornado num
acontecimento de importância internacional e o proletariado russo e o Partido Bolchevique se terem
guindado de facto à condição de vanguardas do processo revolucionário mundial.
4. A vitória de Fevereiro traduziu-se em importantes conquistas políticas das massas populares: liberdade
de acção livre e aberta a todos os partidos políticos; libertação dos presos políticos e regresso dos
emigrados, abolição da censura à imprensa, liberdade de expressão, de reunião e manifestação. Rússia era
na época o país mais livre, mais democrático do mundo.
5-A Revolução de Fevereiro foi a antestreia da Revolução Socialista de Outubro, a revolução que deu aos
povos da Rússia «exaustos pela guerra, a paz, o pão e a liberdade». O ano de 1917 ficou definitivamente
gravado no calendário da história como o ano em que a classe operária, intervindo de forma
independente, demonstrou a sua capacidade como classe criadora de uma nova forma de organização
social, o socialismo.