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APRESENTAÇÃO DA EQUIPE...................................................................................3

1. EFEITO DO DESMEMBRAMENTO DA URSS.......................................................4

1.1. Efeitos visualizados na Ucrânia....................................................................5

2. SURGIMENTO E IMPORTÂNCIA DA OTAN..........................................................7

3. DEPENDÊNCIA EUROPEIA DA RÚSSIA..............................................................8

4. CRIMEIA E SUA ANEXAÇÃO PELA RÚSSIA.....................................................10

5. FACES DO CONFLITO ATUAL E POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES..........................11

6. PERSONAGENS IMPORTANTES.......................................................................12

6.1. Ucrânia.........................................................................................................12

6.2. Rússia...........................................................................................................12

6.3. China..............................................................................................................13

6.4. Estados Unidos da América........................................................................13

7. REFERÊNCIAS....................................................................................................14

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1. APRESENTAÇÃO DA EQUIPE

Lucas Marques Almeida:

Caros delegados, sejam bem-vindos à Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU
2022). Meu nome é Lucas Marques Almeida, e é com grande prazer que serei o Diretor
deste comitê. Tenho 22 anos e estou cursando o 7º período de Direito da PUC Minas.
Minha primeira simulação foi em 2016, coincidentemente, em uma simulação da
AGNU (2030) do MINIONU, e desde então, venho participado de outras simulações.
É uma experiência gratificante, as simulações trazem temas de grande importância
social, possibilitando uma aproximação dos participantes das problemáticas da
história recente, e esse será o nosso objetivo. Todas as simulações das quais
participei foram de grande aprendizado para mim, dito isso, espero que vocês possam
aproveitar o máximo da nossa simulação. Estou à disposição dos senhores para
qualquer questão.

Mariana Karien:

Senhores Delegados,é com que prazer dou boas-vindas ao comitê Agnu. Meu nome
é Mariana Karien, tenho 20 anos e serei diretora assistente desse comitê. Participei
da primeira edição do Simcic como diretora assistente também no comitê AGNU e
como diretora no comitê unicri em 2021. Também participei de duas edições do
Minionu na PUC Minas o que me incentivou a fazer faculdade de relações
internacionais espero que vocês possam aproveitar bem todas as experiências que
terão no simcic e que seja uma grande forma de aprendizado, assim como foi para
mim, desejo também que o comitê agnu desperte em vocês o interesse pelos assuntos
que envolvem as relações internacionais.

Desejo uma boa simulação e bons estudos, estou aqui para ajudá-los e até o evento.

Maria Rita:

Caros delegados, meu nome é Maria Rita, tenho 16 anos e estou no segundo ano do
Ensino Médio. Participar do SimCIC e do MINIONU me fez ficar apaixonada pelos
modelos de simulação. Por isso, espero que todos tenhamos uma experiência incrível
durante os dias de realização do SimCIC 2022.
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2. EFEITO DO DESMEMBRAMENTO DA URSS

Para efeitos inicias do nosso estudo, deve-se dissertar sobre União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas e todos os efeitos decorrentes do seu desmembramento. Com
a política adotada pela União Soviética, restringindo a liberdade tal como acesso à
informação, delimitando, de forma autoritária, todo o seu território, não mantendo
relações internacionais eficientes, e por fim, não sabendo aproveitar todos os recursos
disponíveis em seu território, foi o conjunto de políticas necessárias para ocasionar
sua extinção e desmembramentos de suas repúblicas. Desse desmembramento,
observa-se diversos efeitos na comunidade internacional.

Mielniczuk (2006, p. 223) entende que

Com o fim da URSS, as ex-repúblicas socialistas adquirem o status de


países independentes e dão início à construção de uma nova ordem
no leste da Europa. A instabilidade é esperada, pois a falência da
autoridade central soviética introduz os novos países no reino da
anarquia. Nesse sentido, a emergência de Estados soberanos traz à
tona uma série de conflitos de interesses que permaneceram latentes
durante o regime comunista e nos quais a Rússia está envolvida por
causa de sua extensão territorial, o tamanho de sua população e sua
importância militar. Além disso, algumas disputas envolvem as
aspirações de autonomia das antigas repúblicas, as quais passam a
enxergar a Rússia como sucessora da União Soviética no papel de
opressor. Por isso a postura russa em relação a seus vizinhos é crucial
para a viabilidade da nova ordem regional

À luz dessa definição, encontramos diversas nações, antigas repúblicas soviéticas,


livres e dotadas de autonomia, contudo, dentro de um cenário caótico, onde há
diversas crises presentes, econômicas ou culturais. Vemos um processo intensivo de
integração à nova ordem econômica, uma vez que esses países se encontravam em
uma outras estrutura econômica, e agora extinta, dessa forma, a dificuldade é
projetado.

Juntamente com essa integração ao mercado econômico mundial, há por


consequência, o ingresso da cultura ocidental, influenciando diretamente as culturas

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já presentes nos países agora livres. Por resultado, é visto a surgimentos de conflitos
nacionais identitários, nos quais um polo se caracteriza pela integração da influência
ocidental em seus países, e o outro polo recrimina tal atitude, prezando pelos valores
russos, sendo possível perceber esse conflito dentro da Ucrânia, nosso alvo de
estudo, onde há grupos que idealizam os conceitos ocidentais, e outros que se
identificam com os interesses russos.

2.1 Efeitos visualizados na Ucrânia

É fato que com o fim da chamada Guerra Fria, e dado o Pacto de Belaveja, que
determinava a extinção da União Soviética e reconhecia a independência de suas
repúblicas, diversos países, sendo esses principalmente do leste europeu,
começaram a visualizar suas agendas de interesses políticos de maneira diferente,
aproximando-as dos interesses ocidentais, e principalmente dos Estados Unidos. É
visto claramente uma força centralizadora que objetiva o trabalho cooperativo entre
as nações, sendo essas, em sua esmagadora maioria, membros da OTAN.

Geiger (2014, p. 11), entende que

Assim sendo, ao promover a ampliação das coalizões cooperativas


não apenas estão sendo aproximadas as novas nações como também
está sendo mantida cercada e controlada a maior herdeira do antigo
império soviético, a Rússia. Buscando manter a nova ordem e o seu
poder no Sistema Internacional, os Estados Unidos passam a atuar e
se alinhar na busca pela prevenção do surgimento de nações
poderosas que possam a ameaçar os seus ideais, objetivos e
posicionamentos.

Ou seja, os Estados Unidos, bem como os outros países membros da OTAN,


começam a se aproximar com interesses políticos dos países do leste europeu (países
esses que eventualmente serão novos membros da organização) evidenciando um
alinhamento de valores e preceitos com a região leste europeia, para que assim seja
prevaleça seus interesses e estratégias adotadas no contexto posterior à guerra fria.

A Ucrânia é um desses países que absorve diretamente a influência ocidental, e que


há um vasto interesse de ambas as partes (OTAN e Rússia), seja por questões
fronteiriças, por questões da herança bélica presente na Ucrânia, ou principalmente

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pelo fato da grande influência histórica que a Rússia exerce sob a Ucrânia. Sendo
assim, visualiza-se uma Ucrânia dividida entre sua própria população, havendo grupos
nacionalistas que defendem a independência ucraniana, que acreditam na sua
autossuficiência livre de qualquer tentativa de influência russa, bem como grupos de
viés separatista com interesses alinhados às políticas russas, ocorrendo assim uma
certa desestabilidade em certas regiões ucranianas. Importante citar a política de
mover a população entre os estados soviéticos adotada pela extinta União Soviética,
objetivando assim a eliminação da identidade do próprio povo, ou seja, certa
população de um dos estados soviéticos, era realocada para outras províncias
soviéticas, com idiomas diferente e valores culturais históricos distintos, eliminando
assim, como dito anteriormente, a própria identidade entre da população, e os efeitos
dessa política são visto até hoje, principalmente para o nosso debate em questão,
uma vez que os grupos ucranianos de caráter de separatistas, são compostos em sua
maioria por essa população que foi realocada durante o período de vigência da União
Soviética.

Em análise, conclui-se que o resultado de todos os fatores citados anteriormente,


ocasionaram em um desmembramento da população, dividas pelas suas crenças e
opiniões políticas, o que estimula a desordem entre o próprio povo ucraniano.

Dias (2015, p. 2) expõe acerca do tema o seguinte

Não obstante este processo de transição, o que se verificou na prática


foi que os líderes políticos ucranianos falharam na modernização
política e econômica do país. A corrupção e a desigualdade
socioeconómica escalaram para níveis inaceitáveis e o fosso entre
pró-europeus e pró-russos aumentou consideravelmente. Por outro
lado, as ligações pouco transparentes dos oligarcas ucranianos à
Rússia, sobretudo no setor energético, agravaram os níveis de
dependência do país, deixando-o vulnerável a pressões políticas e
económicas por parte de Moscovo.

Em um cenário posterior à guerra fria, o contexto político social ucraniano encontra-


se em uma crise interna, sendo possível visualizar tal crise em diversas faces da
população, seja na crise identitária devido ao fato das medidas adotadas pela União
Soviética, no desequilíbrio das funções institucionais, no próprio quesito econômico,
bem como, principalmente, no cenário político (DIAS, 2015).

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3. Surgimento e importância da OTAN

Deve-se dizer que a Rússia é um dos poucos países que possuem uma forte influência
em diversos outros países, seja pela sua extensão territorial única comparada às
demais nações, bem como por todo sua história e poderio militar.

Apesar de, economicamente falando, a Rússia ser um país ainda em ascensão,


podendo melhor visualizar tal assertiva pela própria importância do BRICS, o seu
poderio bélico é distinto, sendo fortemente estruturado após a dissolução da União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que ainda será alvo desta exposição.

Voltando ao assunto em questão, devido a influência da Rússia, e em dentro de um


contexto pós segunda guerra mundial, os Estados Unidos da América visualizam a
necessidade emergente de se proteger em face no tocante do poder bélico russo e
também de sua grande influência política.

Almeida (2002, p. 1) é incisivo nessa questão, dissertando que

Os Estados Unidos e a União Soviética, nações aliadas no esforço de


guerra contra o inimigo nazifascista, descobrem no imediato pós
guerra diferenças políticas e ideológicas irreconciliáveis, já
evidenciadas desde março de 1946 por Winston Churchill (1874-1965)
que, em visita aos Estados Unidos, pronunciou sua famosa frase sobre
a “cortina de ferro” que separava a Europa de Gdansk a Trieste.

Visualiza-se então, a necessidade de ambas nações se imporem como única potência


mundial, uma vez seus próprios interesses poderiam ser afetados caso a outra
permanecesse como potência. Dessa forma, a OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte) surge como uma organização par a união de poderio militar de
diversos países com interesse na questão, motivados principalmente pela sua posição
no espaço geográfico, fazendo uso do emprego de questões táticas para a defesa de
territórios de todos os membros, visualizando inclusive o uso de armas nucleares,
ocasionado em um cenário de tensão constante.

Adiantando o cenário em exposição, com a dissolução das repúblicas soviéticas,


ocasionando assim na existência de várias repúblicas independentes, a função
exercida até então pela OTAN começa a ser alterada. De forma clara, Almeida (2002,
p. 2) entende que

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(...) a OTAN foi reestruturada num sentido menos preventivo de um
conflito de amplas proporções e mais com objetivos de cooperação em
matéria de segurança e de medidas de confiança para o conjunto da
Europa.

Ou seja, vemos uma OTAN com uma política muito mais cooperativa, com a adoção
de medidas visando evitar um combate futuro. Em face do contexto geopolítico da
época, a OTAN começa a visualizar possíveis novos membros para a organização em
sentido estratégico, como a Polônia, Hungria, Eslováquia, dentre outros países, todos
de grande importância no espaço geográfico europeu em face dos objetivos
estabelecidos pelos membros da própria organização.

Com a expansão territorial da Organização do Tratado do Atlântico Norte, é previsto


em seu regimento interno a possiblidade de alocação de tropas em territórios dos
estados membros, dito isso, é visto um movimento armado que possibilita a existência
de exércitos de outras nações, principalmente dos Estados Unidos, próximos da
Rússia, uma vez que os membros recente da OTAN são países com proximidade na
fronteira russa, sendo até antigos países da antiga União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas, com fronteira direta com a Rússia.

4. Dependência europeia da Rússia

Uma vantagem que a Rússia possui atualmente em relação ao continente europeu,


que é visualizada no setor energético, no petróleo, e também no gás natural.

Aproximadamente 40% do gás natural utilizado na Europa possui origem russa, ou


seja, diversos setores, industriais e domésticos, dependem diretamente do gás natural
fornecido pela Rússia.

Nessa perspectiva, pode-se dizer que diversos países se encontram, de certa forma,
impossibilitadas de tomarem qualquer iniciativa direta contra a Rússia de Putin, sendo
uma ótima vantagem estratégica para o último, possibilitando que ele tome certas
atitudes de interesse próprio, e por conta da dependência de energia, os países
europeus ficam impossibilitados de tomarem medidas realmente eficazes e de caráter
repreensivas. É possível visualizar esse cenário, no cenário da Alemanha, o país
atualmente depende de 50% do gás natural da Rússia, e claramente, o país mantêm
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uma postura contrária às atitudes militares promovidas pela Rússia, contudo, a
Alemanha não pode tomar atitudes drásticas e contrárias à Putin, a fim de evitar uma
possível cessação no fornecimento do gás.

Atualmente, o fornecimento do gás natural se dá através de um gasoduto que passa


pelo território ucraniano, contudo, não há somente esse. Há também o Nord Stream,
que se trata de um projeto de gasodutos de gás natural presente no Mar Báltico,
responsável por realizar um grande transporte de gás natural para países europeus.
Esse projeto é visualizado por anos e teve o Nord Stream 1 entrando em pleno em
funcionamento no início da década passada, o Nord Stream 2 é um projeto recente
visto nos últimos anos, e que se encontra “ameaçado” diante do conflito aqui discutido.

Há dois importantes tópicos nessa questão para o alvo de nosso estudo. O primeiro é
o possível impacto financeiro que a Ucrânia pode sofrer diante do conflito, uma vez
que a Rússia paga taxas na casa do bilhão ao governo ucraniano, e o uso de novos
gasodutos pelo Mar Báltico possibilitam novos trajetos para o fornecimento de gás
natural, ocorrendo a possibilidade de prejudicar essa renda obtida pela Ucrânia.

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Na perspectiva do segundo tópico, a implementação desses novos gasodutos,
fortalecem a dependência europeia com a Rússia, e como é visto, o governo Russo
utiliza essa dependência em relação ao oriente para que consiga alcançar seus
objetivos.

Em declaração e nas palavras do primeiro-ministro polonês: (O Nord Stream 2) é um


golpe contra a Europa a serviço da agressiva política de Moscou, fortalece o poder da
Rússia e ajuda o presidente Putin a construir um poder militar e a intimidar outras
nações.

5. Crimeia e sua anexação pela Rússia

Em 18 de março de 2014, a Rússia anexou a região da Crimeia ao seu território, e


isso é resultado de uma necessidade geopolítica, e de todo um processo histórico,
sendo o auge da estratégia utilizada por Putin, uma vez que já foi evidenciado nesse
estudo anseio russo de anexar antigos territórios antes controlados pela União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Ramos (2019, p. 45) cita USSOCOM (2016):

A intervenção na Ucrânia deriva de uma mistura de medos e


interesses na região, que englobam essencialmente quatro aspetos:
políticas internas; reação à expansão da UE e NATO; a importância
estratégica do Mar Negro e a necessidade russa de exercer influência
nos estados periféricos como tampão de uma invasão do Ocidente.

Ramos, bem define, os interesses pretendidos pela Rússia na sua investida militar
perante ao território da Crimeia. Há todo um contexto impositivo em relação à
proximidade da Ucrânia com a OTAN e a União Europeia, atitude essa que não era
bem vista pelo Putin, uma vez que essa aproximação colocava em risco diversos
interesses russos na região.

Deve-se levar em consideração todo o contexto histórico, uma vez que há um elo
emocional presente nos Russos quando tratamos do território em si, conhecida pelo
título de cidade herói, reconhecido pela União Soviética pós segunda guerra mundial,

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bem como e de tamanha importância, a região territorial estratégica desta região, uma
vez que a Crimeia tem uma boa localização marítima no mar negro, possibilitando
assim um certo controle do mar em questão, e dentro dessa questões levantadas, não
há dúvidas da importância da Crimeia para a Rússia.

No final de 2013 e em 2014, dentro de diversas manifestações, motivadas pelo


estreitamento de relações com a Rússia promovidas pelo presidente na época, e
tendo em vista que a maioria da população da Crimeia era de origem russa, os
movimentos separatistas se intensificaram consideravelmente, havendo assim o
deslocamento de tropas russas não identificadas com o objetivo de pacificar a região,
e assim, o parlamento da Crimeia, dominado por uma maioria a favor da Rússia,
definem a reintegração da Crimeia como território da Rússia. Todo esse processo de
anexação da Crimeia ao território russo, foi visto como ilegal por diversos países,
principalmente pela Ucrânia e pelo Estados Unidos, havendo a aplicação de sanções
contra a Rússia por parte da União Europeia e dos EUA.

6. Faces do conflito atual e possíveis implicações

O conflito em si e sua possível escalada, ocasionaram efeitos drásticos para toda a


população mundial, mas principalmente para os europeus. A primeira questão a ser
visualizada é a ameaça aos tratados internacionais de proteção humanitária, uma vez,
infelizmente, poderá ser visualizada a possível morte de milhares de civis, por se tratar
de um possível conflito armado dentro de um território já povoado, no qual as pessoas
constituem suas famílias e mantêm a sua rotina constante.

Os refugiados é outra questão de extrema importância. Como dito, o território da


avançada russa é habitado, e caso permaneça esse avanço violento armado, haverá
resistência por parte dos ucranianos, gerando assim um violento conflito armado,
ocorrendo dentro da própria sociedade ucraniana. Em face disso, há uma grande
chance de os números de refugiados entrarem na casa do milhão, e essas pessoas
irão fugir para diversos países europeus, podendo assim evidenciar uma nova crise
humanitária, havendo a possibilidade de potencializar uma similar crise da Síria.

A Economia é outro potencial risco para a população mundial, uma vez que devido a
toda crise entre Ucrânia e Rússia, e em vista de sanções econômicas, o preço de

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alimentos pode sofrer um aumento de 20% em todos os países, projetado pela própria
ONU.

7. Atores importantes

Esse tópico irá tratar dos países que possuem uma vasta influência em face do conflito
em questão, visando pautar deus laços históricos e econômicos.

a. Ucrânia
Não há dúvidas sobre o posicionamento da Ucrânia, o país é totalmente contrário e
condena as atitudes tomadas por Putin. O país acredita na sua própria autonomia, e
anseia por um futuro ingresso na União Europeia e OTAN para sua própria proteção,
visto a sua proximidade com o território russo e o interesse de Putin na Ucrânia.
Solicita a colaboração internacional, principalmente da União Europeia e OTAN, em
face da injusta agressão cometida pela Rússia.

b. Rússia

A narrativa para a Rússia é de fundamental importância, dessa forma, através do


autoritarismo de anos do governo russo, a censura e controle de impressa são
maneiras de controle de sua própria população, e para que a mesma tenha interesse
em uma investida militar ao território ucraniano.

Como visto, a Rússia possui um grande interesse no território ucraniano, motivados


por todo o laço histórico presente entre os países, bem como os benefícios
decorrentes da anexação daquele território, como é visto na anexação da Crimeia.
Assim, a Rússia incrimina a Ucrânia por estar promovendo um genocídio dentro de
território ucraniano contra a própria população, especificamente de separatistas
russos perseguidos pelo atual governo, e que há a fundada necessidade da
intervenção russa na questão. A invasão está fundamentada no direito de garantia de
todos.
A Rússia entende que o futuro ingresso da Ucrânia na OTAN é totalmente ofensivo a
soberania de seu país, uma vez que possibilitaria a alocação de tropas próximas às
suas fronteiras, ameaçando assim o seu território.

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c. China

A China é um país com posicionamento político distinto dos demais, por se tratar de
uma superpotência, com grande influência na geopolítica internacional. O país
atualmente possui relações com diversos países, que desaprovam as investidas
russas, contudo, a Rússia é uma de suas maiores parceiras comerciais.

A China e a Rússia são grande parceiras no mercado internacional, havendo diversos


negócios em suas relações, em vista do afirmado, a China não acredita na eficácia da
aplicação de sanções econômicas, defendendo que tal medida prejudica a ordem
econômica mundial. Pode-se justificar essa atitude chinesa pelo fato de seus negócios
correrem o risco de serem afetados pelas sanções em debates.
O uso da diplomacia e negociações é o modus operandi da resolução do conflito
defendido pela China, e a mesma critica o caráter e legitimidade das sanções, uma
vez que elas afetam o mundo como um todo, e são realizadas e definidas somente
por países específicos.

d. Estados Unidos da América

Os Estados Unidos da América surgem como um personagem protagonista em todo


esse conflito, devido à sua importância política internacional, bem como todo o seu
poderio bélico único.

Diante de tantas ocupações realizadas pelos EUA, com o objetivo de estabelecer a


paz no país ocupado e uma legítima democracia, a comunidade internacional cobra
constantemente uma posição dos Estados Unidos perante o atual conflito.

Em diversos pronunciamentos e reportagens, o atual presidente dos Estados Unidos,


Joe Biden, recrimina e condena as ações militares promovidas pelo presidente Putin
na invasão do território ucraniano, contudo, não é visto um possível movimento de
tropas, bem como qualquer outra atitude militar por sua parte, mas sim sanções de
caráter econômicos, visando prejudicar a economia russa.

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8. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Paulo Roberto de. OTAN e o fim da Guerra Fria. Espaço Acadêmico, Maringá, v.
1 n. 09, p. 01-05, fev. 2002. Disponível em:
https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/35905. Acesso em: 4
mai. 2022.

DIAS, Vanda Amaro. As dimensões interna e internacional da crise na Ucrânia. Relações


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http://www.ipri.pt/images/publicacoes/revista_ri/pdf/ri45/n45a03.pdf. Acesso em: 4 mai. 2022.

GEIGER, Luana Margarete. Integração Euro-Atlântica: A Política Externa Norte-Americana


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Disponível em: http://novasfronteiras.espm.br/index.php/RNF/article/view/29/35. Acesso em:
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HOROWITZ, Júlia. Entenda o que acontece se a Rússia cortar o fornecimento de gás à


Europa. CNN Business, São Paulo, 1, mar. 2022. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/business/entenda-o-que-acontece-se-a-russia-cortar-o-
fornecimento-de-gas-a-europa/. Acesso em: 4 mai. 2022.

MARTIN, Nik. Nord Stream 2 e a luta pelo poder entre Ocidente e Rússia. Deutsche Welle,
Bonn, 6, fev. 2022. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/nord-stream-2-e-a-luta-pelo-
poder-entre-ocidente-e-r%C3%BAssia/a-60662250. Acesso em: 4 mai. 2022.

MIELNICZUK, Fábio. Identidade como Fonte de Conflito: Ucrânia e Rússia no Pós-URSS.


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SAHUQUILLO, M; SEVILLANO, E. Construção de novo gasoduto amplia disputa entre Rússia


e Ocidente. El País, Moscou; Berlim, 3, abr. 2021. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/internacional/2021-04-03/construcao-de-novo-gasoduto-amplia-
disputa-entre-russia-e-ocidente.html. Acesso em: 4 mai. 2022.

SIMÕES RAMOS, Tiago Filipe. Análise da Intervenção Russa na Crimeia. Orientador:


António José Telo. 2019. 88 f. Relatório Científico Final do Trabalho de Investigação Aplicada
(Mestrado) – Ciências Militares, Academia Militar, Lisboa, 2019. Disponível em:
http://hdl.handle.net/10400.26/30087. Acesso em: 4 mai. 2022.

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