Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO................................................................ 2
2. CONTEXTO HISTÓRICO........................................................................... 2
2.1. A divisão alemã em quatro áreas de influência ............................. 5
2.2. Construção do Muro de Berlim ........................................................ 9
2.3. Crise da União Soviética ................................................................... 14
3. APRESENTAÇÃO DO TEMA .................................................................15
4. APRESENTAÇÃO DO ÓRGÃO SIMULADO ......................................... 16
5. ORGANIZAÇÕES E PLANOS RELEVANTES PARA DISCUSSÃO .... 17
5.1. Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ................. 17
5.2. Plano Marshall ................................................................................ 18
5.3. Pacto de Varsóvia ...........................................................................20
5.4. Conselho de Assistência Econômica Mútua (COMECON) ....... 20
5.5. Doutrina Truman ............................................................................21
6. POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES ................................................23
6.1. Estados Unidos da América......................................................... 23
6.2. União das Repúblicas Socialistas Soviéticas ............................ 24
6.3. República Francesa........................................................................25
6.4. Reino Unido .....................................................................................26
6.5. República Federal da Alemanha .................................................. 27
6.6. República Democrática Alemã .................................................... 27
6.7. Movimento Não-Alinhado ............................................................. 28
7. QUESTÕES RELEVANTES PARA DISCUSSÃO .................................29
8. REFERÊNCIAS....................................................................................... 30
1
1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO
A Sinufes tem por finalidade proporcionar simulações geopolíticas nos
moldes das Nações Unidas. As simulações são feitas por meio de comitês de
diferentes contextos políticos internacionais, os quais ocorrem não apenas em
um contexto atual, visto que podem apresentar um cenário passado, ou até
mesmo futuro.
Em um comitê, cada participante representará um país e tem a
responsabilidade de delegar de forma condizente com a sua política externa, de
forma que ao final da discussão os delegados cheguem a uma resolução acerca
da problemática exposta por meio da argumentação.
2. CONTEXTO HISTÓRICO
2
dos lados da disputa mundial pelo medo de sofrerem retaliações de algum dos
lados.
3
nuclear, utilizada pela primeira vez ao fim da Segunda Guerra Mundial,
que se tornou a maior forma de imposição bélica, devido seu
extremamente poderoso poder destrutivo.
Não obstante, a corrida armamentista também contribuiu para
angariar aliados, que eram utilizados como bases militares em regiões
estratégicas. Exemplifica-se tal fato com a influência soviética em
Cuba, abrindo as portas da América Latina para o socialismo e, além
disso, vale ressaltar a disputa de influências do Oriente Médio devido
a sua importância estratégica para ambos os lados dessa Guerra.
4
Terminada a 2ª Guerra Mundial a Alemanha, na Conferência de Yalta, foi
dividida em quatro áreas de influência, de modo que cada uma delas ficasse sob
controle de uma das potências vencedoras (Estados Unidos, França, Reino
Unido e União Soviética). Nessa mesma concepção, a capital Berlim também foi
dividida nesses quatro setores. Cabe, portanto, explicitar que tal divisão, por
conta da polarização presente durante a Guerra Fria, rapidamente se consolidou
entre Alemanha Ocidental e Oriental.
5
No que tange ao desenvolvimento econômico de Berlim Ocidental, é
fundamental enfatizar a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (i) e a
Comunidade Econômica Européia (ii).
6
Comunidade o Reino Unido, Irlanda e Dinamarca; Grécia em 1981; e
Portugal e Espanha em 1986.
9
pelos habitantes da República Federativa da Alemanha (RFA), não impedia, de
fato, a migração dos cidadãos da RDA, decretou, na madrugada de 17 para 18
de agosto, a substituição da separação feita de arame farpado pela construção
de um muro de tijolos de concreto.
Por trás do Muro havia uma segunda barreira, cercas com alarme e
trincheiras profundas para inibir a passagem de iveículos. Holofotes, cães e
minas completavam o esquema de segurança, que fazia do muro uma fortaleza
praticamente inexpugnável.
Com a construção do Muro, o código penal da RDA ficou mais severo para
garantir a fronteira. A tentativa de fuga passou a ser crime. Os desertores eram
considerados "traidores da pátria". No primeiro semestre de 1961, foi aberto
inquérito contra 4400 pessoas que tentaram cruzar a fronteira. Seis meses
depois, 18.300 foram condenadas por tentativa de fuga e passaram anos nas
prisões.
10
Ainda dois meses antes da construção do muro, Walter Ulbricht, chefe de
Estado e do partido único da Alemanha Oriental, desmentira boatos de que o
governo estaria planejando fechar a fronteira: "Não tenho conhecimento de um
plano desses, já que os operários da construção estão ocupados levantando
casas e toda a sua mão de obra é necessária para isso. Ninguém pretende
construir um muro".
Qualquer pessoa que tentasse atravessar o muro era presa, castigada ou até
mesmo morta. Apenas 11 dias após a construção, morria o primeiro alemão-
oriental, Günter Liftin, abatido a tiros durante uma tentativa de fuga.
11
sido construída para proporcionar uma cobertura de redes de televisão sem
falhas, a torre era uma forma de representar a grandeza do socialismo e do poder
de controle estatal. Devido seu tamanho e arquitetura, Berliner Fernsehturm era
vista em toda Berlim Oriental e mesmo longe, os cidadãos tinham a impressão
de que ela estava perto, representando o governo socialista sempre vigilante.
Não obstante, a torre supracitada também era vista do outro lado do Muro,
ou seja, em Berlim Ocidental. Ela foi construída para passar uma mensagem de
prosperidade, riqueza e desenvolvimento tecnológico para o lado capitalista da
Alemanha, visto que eles não tinham acesso ao que se passava do lado
socialista.
12
13
IMAGEM 5 – MAQUETE DO MURO DE BERLIM
Desse modo, logo no ano de 1980 a URSS é ultrapassada pelo Japão, que
assume a posição de 2ª maior economia mundial. Essa situação se soma à
dispendiosa Guerra do Afeganistão, em curso desde do ano de 1979, que
prejudica em conjunto o auxílio enviado pelo governo soviética à outros países
socialistas, desencadeando uma espécie de “efeito dominó”.
14
alicerces ao redor do mundo que comprovariam o potencial hegemônico de uma
economia planificada.
3. APRESENTAÇÃO DO TEMA
15
Em decorrência da crise exposta, a população de Berlim Oriental que por
anos traçou rotas de fuga inimagináveis para atravessar o Muro que separa as
mazelas, consequentes da má administração comunista, da suposta
prosperidade capitalista, passou a utilizar uma nova rota: túneis feitos por eles
mesmos.
16
pauta ao redor do globo e que são fundamentais para a manutenção da harmonia
geopolítica.
17
pautada no Tratado do Atlântico Norte e nos princípios do Artigo 51 1 da Carta
das Nações Unidas, bem como na assistência mútua entre os membros da
Aliança contra agressões externas.
1 Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima def esa individual ou coletiva
no caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas, até que o
Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da
segurança internacionais. As medidas tomadas pelos Membros no exercício desse direito de
legítima def esa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão,
de modo algum, atingir a auto ridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao
Conselho para levar a ef eito, em qualquer tempo, a ação que julgar necessária à manutenção ou
ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais. Disponível em
<www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D19841.htm>. Acesso em 11 de outubro de
2019.
18
recusou, por motivos ideológicos, a aceitar o plano, criando, posteriormente, o
seu próprio plano de recuperação dos países do Leste Europeu (COMECON –
Conselho Mútuo para Assistência Econômica).
Assim, pode-se afirmar que o Plano Marshall foi, também, uma tentativa,
bem sucedida, de combater o avanço do comunismo na Europa, estabelecendo
o capitalismo na Europa Ocidental.
19
Assinado em 1955, a reação dos países do leste europeu ao ingresso da
República Federal da Alemanha na OTAN desencadeia o Tratado de Amizade,
Cooperação e Ajuda Mútua do Leste. O também intitulado Pacto de Varsóvia
incluía sete países do bloco oriental, dentre eles: União Soviética, Polônia,
Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, Albânia e República Democrática
Alemã, que se comprometeram em um pacto militar de assistência conjunta.
20
Polônia e da Romênia, da Mongólia, de Cuba, e do Vietnã, com a função de
estudar meios de tornar a socialização dos meios de produção viável e entender
as relações econômicas dos países, assistir economicamente os países
socialistas e fomentar e coordenar o desenvolvimento destes, além de dirimir
questões sobre conflitos instaurados entre os países membros.
Entre 1949 e 1953 as atividades do COMECON foram voltadas,
sobretudo, ao registro de comércio e acordos entre os países membros. Após
este período, a COMECON começou a promover a especialização industrial e
reduzir o “paralelismo”, ou seja, a produção industrial desnecessária,
redundante. No aspecto do desenvolvimento, pode-se dizer que a URSS provém
a maior parte das matérias primas e maquinário, e fortalece, além do aspecto
econômico, o aspecto político dos países.
O documento de fundação da COMECON prevê igualdade soberana entre
os membros e assegura a abstenção caso algum país membro opte, ou seja, é
pautada pela integração econômica, não havendo nenhum tipo de autoridade
supranacional nesta, prevalecendo a soberania e os interesses nacionai s dos
países-membros.
Um dos maiores problemas da COMECON é a incompatibilidade dos
sistemas de preços entre os membros, que podem estabelecer valores diferentes
e fora de seus valores reais, dificultando negociações por causa dos preços
relativos.
Entretanto, a COMECON organizou com sucesso a rede elétrica e
ferroviária da Europa Oriental e a distribuição do petróleo da União Soviética para
os demais países aliados, além de criar o Banco Internacional de Cooperação
Econômica (1963), que financia projetos de investimento dos Estados-membros.
21
Nesse sentido, para que conseguisse adesão para essa política, Truman
nomeia o sistema adverso como totalitário, atrelando essa característica ao
comunismo. Em contrapartida, com vistas a angariar simpatia dos países ditos
“frágeis ideologicamente”, o presidente estadunidense denomina democrático o
capitalismo.
22
Isso, em consentimento ao Plano Marshall, que visava ao
financiamento dos países prejudicados pela Segunda Guerra Mundial, levou
os Estados Unidos da América à hegemonia mundial. Aliado a isso, o país da
Coca-Cola conseguiu angariar diversos fundos, tornando-se, ademais de
influência ideológica, influência econômica do mundo.
23
Porém o líder americano à época apoiava a ideia da “cidade livre de
Berlim” e, como consequência, acionou as forças armadas e foram iniciadas as
discussões com Walter Ulbricht, líder da Alemanha Oriental, a respeito da
autoridade da força oriental sobre a construção de um muro dividindo a capital
Alemã.
Ainda sob o sobressalto gerado pela súbita construção do Muro, em 27
de outubro de 1961 ocorreu um confronto entre blindados americanos e
soviéticos próximo a um posto militar localizado entre a Alemanha Ocidental e
Oriental, mas com medo de eclodir um verdadeiro confronto entre as duas
potências, as forças se retiraram.
No famoso discurso “Tear down this wall”, em frente ao icônico Portão de
Brandemburgo, em comemoração ao 750º aniversário de Berlim em 12 de junho
de 1987, o presidente Ronald Reagan desafiou Mikhail Gorbachev, então
Secretário Geral do Partido Comunista da União Soviética, para derrubar o muro,
como um símbolo de crescente liberdade no Bloco de Leste,
A existência do Muro de Berlim nunca foi bem aceita pelos países
membros do bloco capitalista e os EUA, como grande representante deste bloco,
tende a ser favorável a total liberdade que acredita ser representada pela
extinção do muro.
24
Esse contexto permite compreender o papel da URSS na questão do
Muro de Berlim. Assim, pode-se afirmar que a unificação alemã representa uma
ameaça à economia e aos planos soviéticos, que já enfrentam problemas quanto
a sua própria estrutura e a unificação de um dos países sob sua influência pode
representar uma derrocada política no cenário internacional.
Participante do lado dos Aliados durante a Segunda Guerra, ao lado dos EUA
e do Reino Unido, a França possuía, dentro dos quadrantes berlinenses, uma
porção territorial sobre a qual tinha jurisdição. Essa parte se encontrava no lado
capitalista do país, o que permitiu que fossem feitas reformas monetárias e que
fosse de considerável desenvolvimento àquela parte.
Nessa seara, vale citar aquilo que se encontra no documento enviado a Egon
Krez (presidente da RDA) por Mitterrand.
25
“"Esteja seguro de que a França considerará f avoravelmente as perspectivas de
desenvolvimento das relações da República Democrática Alemã com a
Comunidade Europeia".
Esse trecho permite compreender tudo o que foi exposto acima quanto ao
posicionamento da República Francesa frente à iminente unificação alemã.
26
De 1949 até o início da década de 70, o desenvolvimento da República
Federal da Alemanha foi marcado por uma rápida reconstrução do país, do
Estado e das instituições democráticas, pela recuperação econômica
impulsionada pelo Plano Marshall e pela estabilidade interna. Na política interna,
os esforços concentraram-se em superar a divisão da Alemanha, ou em atenuar
suas consequências. Na política exterior, a RFA ligou-se estreitamente ao bloco
liderado pelos EUA e participou do processo de integração europeia nas
comunidades que foram surgindo no pós-guerra.
No atual ano de, 1988, a Alemanha Oriental se encontra sob a tutela do líder
EgonKrenz, presidente daquele país. Mediante o conflito internacional de
polarização entre capitalismo e socialismo, além da perda da força da URSS, a
qual viria a se dissolver anos depois, Krenz foi o último presidente da porção
oriental da Alemanha.
Nesse sentido, a pressão externa, acima de tudo feita pelo então presidente
americano Ronald Reagan. Assim, em seu discurso proferido em 1987, no 750º
aniversário da cidade de Berlim, o chanceler estadunidense levou a uma forte
corrente que passou a pairar sobre a Europa, baseada na frase “Mr. Gorbachev,
tear down this wall”.
Essa frase tinha como intuito atingir o dirigente soviético, Mikhail Gorbatchev,
para que esse, apropriando-se de sua influência política, bélica e , acima de tudo,
ideológica, findasse por derrubar o muro que dividia a Alemanha. Essa estratégia
adotada por Reagan tinha como escopo uma espécie de “golpe final” sobre as
ideias socialistas.
27
Sobre isso, vale afirmar que pode ser considerada uma herança do momento
de bipolarização do mundo, brindado com os acontecimentos da Guerra Fria.
Isso, portanto, significava a derrocada do regime proposto pela União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas, em prol da hegemonia americana, e mais uma
vez, do capitalismo.
28
8. Abster-se de realizar atos ou ameaças de agressão, ou de utilizar a força
contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer
país.
9. A solução pacífica de todos os conflitos internacionais, em conformidade
com a Carta da ONU.
10. A promoção aos interesses mútuos, à cooperação e o respeito à justiça e
às obrigações internacionais.
Nesta seção, desenvolvemos algumas questões que tem como objetivo fazer
com que os delegados reflitam acerca das possíveis “respostas” e utilizem destas
para desenvolver a discussão ao longo do comitê.
8. REFERÊNCIAS
29
Disponível em <http://www.chronik-der-mauer.de/>. Acesso em 13 de setembro
de 2019
Disponível em <https://www.dw.com/pt-br/a-divisão-da-alemanha-de-1945-
a-1989/a-958753>. Acesso em 13 de setembro de 2019
Disponível em <https://www.dw.com/pt-br/a-divis%C3%A3o-da-alemanha-de-
1945-a-1989/a-958753>. Acesso em 15 de setembro de 2019
Disponível em <https://www.terra.com.br/noticias/mundo/europa/paris-e-
londres-eram-contrarios-a-queda-do-muro-de-
berlim,555d43e78784b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html> Acesso em
15 de setembro de 2019;
Disponível em
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/09/090921_gorbachev_entrevi
sta_rw.shtml> Acesso em 15 de setembro de 2019;
Disponível em <https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-
disciplinas/atualidades/muro-de-berlim -- 20-anos-depois-queda-do-muro-foi-
ato-final-da-guerra-fria.htm> Acesso em 15 de setembro de 2019
Disponível em <https://www.estudopratico.com.br/corrida-armamentista/>.
Acesso em 18 de setembro de 2019
Disponível em <https://www.suapesquisa.com/guerrafria/pacto_varsovia.htm>.
Acesso em 25 de setembro de 2019
30
Disponível em <https://www.politize.com.br/guerra-fria/>. Acesso em 28 de
setembro de 2019
Disponível em <https://nacoesunidas.org/conheca/como-funciona/assembleia-
geral/>. Acesso em 01 de outubro de 2019
31
TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES
Legenda
Representações pontualmente
demandadas a tomar parte nas
discussões
Representações medianamente
demandadas a tomar parte nas
discussões
Representações frequentemente
demandadas a tomar parte nas
discussões
REPRESENTAÇÃO DEMANDA
Canadá
Confederação Suíça
Tchecoslováquia
Estado de Israel
Japão
Reino da Espanha
32
Reino da Noruega
Reino da Suécia
Reino Unido
República Argentina
Iugoslávia
República da Áustria
República da Colômbia
República da Índia
República da Irlanda
República da Polônia
República da Turquia
República de Cuba
República do Chile
República do Equador
República do Paraguai
República do Peru
República Italiana
República da França
33
União das Repúblicas Socialista
Soviéticas
República Federal da Alemanha
(RFA)
República Democrática Alemã (RDA)
República Portuguesa
República Democrática do
Afeganistão
República Islâmica do Irã
República da Coreia
34
35