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A “Guerra Fria”
Massimo Sciarretta
História Contemporânea II
Meta da aula
Apresentar a “Guerra Fria” como pedra angular das dinâmicas geopolíticas mundiais
da segunda metade do século XX.
Objetivos
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Aula 2 – A “Guerra Fria”
INTRODUÇÃO
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História Contemporânea II
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História Contemporânea II
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Espionagem
A “Guerra Fria” inaugura a grande estação da
espionagem, a atividade de colheita de informa-
ções do inimigo ou de sabotagem de seus planos
por parte dos agentes dos serviços secretos adversári-
os. Uma figura imortalizada por romances, como O
nosso agente em Havana, de Graham Greene, e O
espião que saiu do frio, de John Le Carré, e tornada
famosa pelo personagem de James Bond, o mítico
Agente 007 a serviço de sua majestade britânica,
criado pelo escritor Ian Fleming.
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Macarthismo
O macarthismo é o termo que descreve um
período de fobia anticomunista nos EUA, iniciado
no fim dos anos 1940 e continuado até meados
da década de 1950, cujo nome deriva do senador
republicano Joseph McCarthy, baluarte da “caça aos
comunistas”, dentro das instituições americanas.
Um ato legislativo de 1950 (o Internal Security Act)
autorizava o internamento de pessoas suspeitas de
simpatizar com o comunismo. Em 1954, o Partido
Comunista norte-americano foi declarado ilegal.
Em geral, perseguição política, desrespeito aos
direitos civis, espionagem interna foram os métodos
utilizados por esta corrente do poder político, liderada
por McCarthy, que difundiu no país um clima ame-
drontador que limitou a liberdade de opinião nos
EUA, contribuindo à eleição – após vinte anos de
domínio do Partido Democrático – de um presidente
Republicano, o General Dwight Eisenhowher.
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ONU
A Organização das Nações Unidas/ONU
nascia em 1945 com o objetivo de “salvar as
gerações futuras do flagelo da guerra” e de “em-
pregar mecanismos internacionais para promover
o progresso econômico e social de todos os povos”
(Carta da ONU).
Seguindo na esteira da fracassada Liga das Nações
(1919-1946), a ONU se constituiu, portanto, como
nova organização mundial criada para manter a paz
internacional e promover a cooperação internacio-
nal na solução dos problemas econômicos, sociais e
humanitários.
Estreitada entre a exigência de criar um diretório das
grandes potências para gerir as relações diplomáti-
cas mundiais de forma mais eficaz, por um lado, e,
por outro, nos princípios da igualdade (cada nação,
um voto) e da universalidade (possibilidade de par-
ticipação aberta a todas as nações do mundo reco-
nhecidas), a ONU, todavia, se comportou durante a
”Guerra Fria“, como um órgão nem decisório nem
democrático.
Isto porque a Assembleia Geral de todos os países-
membros tinha o poder de emitir, no máximo, reso-
luções sem força vinculante, enquanto que as verda-
deiras e próprias diretivas eram sancionadas por um
órgão – o Conselho de Segurança – no qual cada um
dos seus membros permanente (as nações vencedoras
da Segunda Guerra Mundial) havia poder de veto,
utilizando-o conforme o esquema de contraposição da
ordem bipolar.
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_
das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
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Atende ao Objetivo 1
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Resposta Comentada
A “Grande Aliança”, selada entre capitalismo e comunismo para derrotar as forças do
“Eixo”nazifascista, desfez-se logo após a Segunda Guerra Mundial. Em seu lugar, abriu-se
um período de mais de quatro décadas, caracterizado pela divisão do mundo em dois polos
antitéticos que eram expressão destes dois modelos políticos, liderados pelos EUA (bloco
capitalista) e pela URSS (bloco socialista), em um confronto sempre à beira de desaguar num
novo conflito mundial e, por isto, chamado de “Guerra Fria”. Embora o verdadeiro período
de choque duradouro foi o compreendido entre 1947 e 1953, os episódios da morte de
Stalin, bem como do fim do mandato presidencial de Truman e da Guerra da Coreia, não
normalizaram a situação. Com efeito, aos períodos de “coexistência pacífica” (1953-62) e de
dètente (1964-1979), alternaram-se momentos tópicos (“crise dos mísseis” em Cuba, Guerra
do Vietnã e invasão soviética do Afeganistão) que nos dizem respeito a um confronto que só
terminou realmente com a derrocada do sistema soviético, simbolizada pela queda do Muro
de Berlim, em 1989.
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Mala atômica
Durante a “Guerra Fria”, tanto o presidente
americano quanto o secretário-geral do Partido
Comunista Soviético eram acompanhados constan-
temente por um oficial, levando consigo uma maleta
que continha os códigos secretos de ativação final das
armas nucleares, a ser digitados única e exclusivamen-
te pelos dois chefes, em caso de necessidade.
A chamada “bola nuclear”, um objeto de poucos cen-
tímetros de tamanho, contendo uma senha para a des-
truição do planeta inteiro, representa um dos símbolos
desta nova era de espantosa concentração de poder
nas mãos dos homens.
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Atende ao Objetivo 2
Resposta Comentada
Mais do que a recíproca confiança entre as duas superpotências, foi o chamado “equilíbrio do
terror”, o elemento estratégico crucial, na preservação do mundo de uma guerra avassaladora
do gênero humano.
Por um lado, a própria existência de armas, capazes de alterar irremediavelmente os equilíbrios
naturais, de prejudicar a saúde das futuras gerações e de aniquilar qualquer forma de vida do
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Atende ao Objetivo 3
Resposta Comentada
Com a “Guerra Fria”, o vínculo de fidelidade da política exterior e (nas questões mais importantes)
interna dos Estados de ambos os blocos às duas superpotências adquiriu conotações “estruturais”,
proporcionando a paulatina limitação do princípio de soberania. No campo soviético, a
abordagem mais “militarista” de adesão ao modelo socialista acarretou a imposição de um
consenso granítico às políticas do Kremlin, em detrimento não apenas da autonomia dos governos
dos países que faziam parte do bloco, mas também da liberdade e dos direitos políticos e civis
de seus habitantes. No campo capitalista, o domínio econômico e a proposição de um modelo
pautado no bem-estar e no consumo representaram o maior cimento da aliança, liderada pelos
americanos. O que, todavia, não deixou de proporcionar o paradoxo da existência de uma
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nação (os EUA) que se dizia depositária dos valores da democracia e de autodeterminação
dos povos, mas que – em nome da defesa do “mundo livre” da ameaça comunista – intervinha
também com a força para garantir a tutela de seus interesses.
CONCLUSÃO
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Aula 2 – A “Guerra Fria”
Atividade Final
Releia a aula e aponte as características mais peculiares da “Guerra Fria”, desde sua própria
designação como “Fria”, enfatizando os aspectos militares do confronto.
Resposta Comentada
A “Guerra Fria” é a designação utilizada para definir o período histórico de confrontação entre
EUA e URSS, compreendido entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrocada do bloco
socialista, em 1991. A adjetivação de “Fria” encontra explicações no fato de este confronto
acirrado entre as duas chamadas “superpotências” nunca ter “aquecido” num confronto direto.
Com efeito, a confrontação limitou-se a uma guerra diplomática, política e econômica que,
todavia, não deixou de se transformar em choque militar “por procuração” (isto é, indireto) em
áreas que se encontravam fora dos dois blocos geopolíticos, encabeçados por Washington e
Moscou. A frenética corrida armamentista que caracterizou a rivalidade entre EUA e URSS foi a
causa de um período de quase meio século em que à tensão constante juntava-se o pessimismo
acerca da inevitabilidade da guerra. Ao mesmo tempo, todavia, a própria disponibilidade
daquelas armas, com potencial destrutivo incalculável, representou o segredo da substancial
estabilidade do quadro internacional, na convicção de que uma Terceira Guerra Mundial teria
sido a última da história da humanidade.
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RESUMO
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