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E.E.E.M.

“PROFª ERNESTINA PEREREIRA MAIA” SÉRIE: 3º ANO


PROFESSOR: ELANNE NATIVIDADE, ELIVAN MIRANDA, ELIZÂNGELA SANTOS E GILCIMAR SANTOS
ÁREA DE CONHECIMENTO: HISTÓRIA
OBJETOS DE CONHECIMENTO: GUERRA FRIA

Introdução - o que foi e definição


A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial (1945), pois os Estados Unidos
(EUA) e a União Soviética (URSS) vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido
único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência
mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema
democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas
potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo
ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre EUA e URSS. Até mesmo porque,
estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto
significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram
alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coreia e no Vietnã.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial o contraste entre o capitalismo e socialismo era
predominante entre a política, ideologia e sistemas militares. Apesar da rivalidade e tentativa de
influenciar outros países, os Estados Unidos não conflitou a União Soviética (e vice-versa) com
armamentos, pois os dois países tinham em posse grande quantidade de armamento nuclear, e um
conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, possivelmente, da vida em nosso
planeta. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e
no Vietnã.
Apesar de terem combatido juntos os países do Eixo - Alemanha, Itália e Japão - durante a
Segunda Guerra Mundial, as relações entre Estados Unidos e União Soviética eram tensas. Os diferentes
sistemas econômicos e políticos adotados pelos dois países eram antagônicos e concorrentes. De um lado,
o capitalismo estadunidense e seu sistema político democrático; do outro, o comunismo soviético sob o
comando autoritário de Stalin desde 1922.
Com o fim da guerra se aproximando, a relação entre EUA e URSS ficava cada vez mais
complicada e, quando o conflito de fato terminou, já era evidente que a colaboração entre as duas
potências também havia chegado ao fim. O inimigo comum - nazismo - era o que os mantivera lado a
lado e, uma vez derrotado, cada um dos países buscou tratar dos seus próprios interesses políticos,
econômicos e territoriais.
Entre os dias 17 de julho e 2 de agosto de 1945, na cidade alemã de Potsdam, aconteceu a
última das reuniões entre os Países Aliados, com a presença de Joseph Stalin, líder soviético; de Harry S.
Truman, presidente dos Estados Unidos; e de Winston Churchill, primeiro-ministro britânico. O objetivo
dessa conferência era decidir o futuro da Alemanha, derrotada, e dos territórios ocupados pelos nazistas.
O resultado foi à divisão da Alemanha em quatro zonas, ocupadas pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha,
França e União Soviética. A capital alemã, Berlim, foi também dividida entre as quatro potências. A zona
soviética formou a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), comunista, e as outras três
uniram-se para formar a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental).
Foi dessa divisão que emergiu um dos maiores símbolos da Guerra Fria, o Muro de Berlim.
Erguido em agosto de 1961 pela Alemanha Oriental para impedir que sua população fugisse para o lado
ocidental, o muro dividiu a capital alemã até 09 de novembro de 1989, quando o Partido Comunista da
Alemanha Oriental anunciou que a população poderia atravessar a fronteira para a República Federal da
Alemanha livremente. A queda do muro, como ficou conhecido o episódio, simbolizou também o fim da
Guerra Fria, pois mostrava o enfraquecimento do comunismo e a proximidade do colapso soviético, o que
ocorreu pouco mais de dois anos depois, em 26 de dezembro de 1991.

Plano Marshall e COMECON


Com o objetivo de reforçar o capitalismo, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman,
lança o Plano Marshal, que era um oferecimento de empréstimos com juros baixos e investimentos para
que os países arrasados na Segunda Guerra Mundial pudessem se recuperar economicamente. A partir
desta estratégia a União Soviética criou, em 1949, o Comecon, que era uma espécie de contestação ao
Plano Marshall que impedia seus aliados socialistas de se interessar ao favorecimento proposto pelo então
inimigo político.

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Paz Armada
Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As
duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus
territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz
estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses
militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de
1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na
Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os
países socialistas.
Alguns países membros da OTAN: Estados Unidos, Canadá, Itália, Portugal, Inglaterra,
Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha (entrou em 1982), Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria
e Grécia.
Alguns países membros do Pacto de Varsóvia: URSS, Cuba, China, Coreia do Norte, Romênia,
Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.

Corrida Espacial
Investimentos em tecnologia, armas e propaganda foram elementos centrais na Guerra Fria.
Cada um dos lados buscava provar para o mundo sua superioridade e a do modelo econômico que
defendia. A competição chegou a ultrapassar os limites do próprio planeta Terra no final da década de
1950 com a chamada Corrida Espacial, isso é, a disputa pelo pioneirismo na conquista do espaço quando,
em 4 de outubro de 1957, os soviéticos lançaram o primeiro satélite artificial do planeta, o Sputnik.
EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais.
Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma grande
disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado.
No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o
espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem
a lua, com a missão espacial norte-americana.
Em outubro de 1962, a tensão entre os dois países aumentou no episódio chamado de Crise
dos Mísseis de Cuba, quando a URSS posicionou mísseis direcionados ao país inimigo na ilha caribenha,
também comunista e sua aliada, em resposta aos mísseis instalados pelos estadunidenses na Turquia,
país que fazia fronteira com os soviéticos.

Caça as Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo.
Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos,
divulgou uma campanha valorizando o "american way of life" (jeito ou estilo americano de vida). Vários
cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem ideias próximas ao socialismo. O
Macarthismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA.
Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo
com tudo que havia de ruim no planeta.
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam,
prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair
destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi
muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA,
os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.

A divisão da Alemanha
A Alemanha por sua vez, aderiu o Plano Marshall para se reestabelecer, o que fez com que a
União Soviética bloqueasse todas as rotas terrestres que davam acesso a Berlim. Desta forma, a
Alemanha, apoiada pelos Estados Unidos, abastecia sua parte de Berlim por vias aéreas provocando maior
insatisfação soviética e o que provocou a divisão da Alemanha em Alemanha Oriental e Alemanha
Ocidental.
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países
vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência
soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte
capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro
forças que venceram a guerra: URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961 foi levantado o Muro de Berlim,
para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista.

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"Cortina de Ferro"
Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos Estados
Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União Soviética sobre os
países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a
URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente).

Envolvimentos Indiretos
➢ Guerra da Coreia: Entre os anos de 1951 e 1953 a Coreia foi palco de um conflito armado de
grandes proporções. Após a Revolução Maoísta ocorrida na China, a Coreia sofre pressões para
adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coreia resiste e, com o apoio
militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953,
com a divisão da Coreia no paralelo 38. A Coreia do Norte ficou sob influência soviética e com um
sistema socialista, enquanto a Coreia do Sul manteve o sistema capitalista.
➢ Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta
dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram
dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas
tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA
saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975.
O Vietnã passou a ser socialista.

Fim da Guerra Fria e consequências


A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por
acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas
Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética
Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas,
acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de
embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos
países socialistas.
A queda do Muro de Berlim (1961-1989) foi um fato marcante da Guerra Fria. A Alemanha
havia sido fragmentada em dois blocos, o capitalista e o socialista. Ao final da Segunda Guerra Mundial, o
país foi, além da divisão dos dois regimes econômicos, administrado por quatro potências mundiais: os
Estados Unidos, a França, o Reino Unido e a União Soviética.
Houve a ajuda dos EUA, através do Plano Marshall, que visava o empréstimo a baixos custos,
para a reconstrução pós-guerra. Além disso, os capitalistas fizeram acordo para diminuir a inflação na
destruída Alemanha. No entanto, Josef Stálin não quis aderir a essa aliança. E, por isso, construiu um
muro, fechando o acesso terrestre à Alemanha Ocidental.
O muro separava as duas Alemanhas e rodeava a capital Berlim. A parede era constituída com
mais de 300 torres de observação. Nelas, havia guardas com autorização de abrir fogo, para o caso de
alguém tentar algo que envolvesse a fronteira entre os dois blocos no país. Dessa forma, impedia que
houvesse a emigração.
Depois de vários acontecimentos, entre mortes, feridos e o discurso, em um tom de pressão
contra os soviéticos, conhecido como “Tear down this wall” (“Derrube este muro”) do presidente
americano Ronald Reagan, ao líder soviético Mikhail Gorbatchev. Os populares alemães decidiram pelo fim
da separação. O muro já existia na Alemanha há 28 anos.
Então, em novembro de 1989, aconteceu o histórico fato da queda do muro de Berlim.
Contudo, a derrubada dele não passou de uma falha de comunicação. O intuito do governo da Alemanha
Oriental era de acabar com os empecilhos de deslocamento de oeste para leste. No entanto, a informação
saiu mais cedo do que o esperado pela liderança, o que acarretou em um mal entendido.
A mídia noticiou a respeito da abertura do muro; com isso, movimentou enorme parcela da
população, que não deixou chance para os órgãos de fiscalização das fronteiras, devido a quantidade de
pessoas reivindicando a abertura dos portões. Consequência disso: os militares se viram obrigados a
liberar os portões. Em outros lugares de Berlim tudo aconteceu da mesma forma.
Depois da abertura das fronteiras e o encontro do povo, a alegria contagiou o ambiente e,
enfim, o Muro de Berlim começou a ser destruído. A cortina de ferro havia se desfeito. Acabava a divisão
do país em dois blocos e comemorava-se a reunificação da Alemanha, separada após a Segunda Guerra
Mundial. Para alguns historiadores, naquele momento, declarava-se o fim da Guerra Fria.

Capitalismo e Socialismo
O capitalismo e o socialismo aqui estão representando os dois grandes polos que conflitaram
no período de 1947 a 1991, ou seja, o tema abordado é a Guerra Fria. Esse evento aconteceu dois anos

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após a Segunda Guerra Mundial; porém, na Guerra Fria não houve conflitos diretos, exceto em alguns
países como Vietnã, as Coreias e Afeganistão, que foram o palco de algumas guerras paralelas.
Os dois regimes econômicos pelejavam, por um lado, o capitalismo com os Estados Unidos e
por outro, a União Soviética e os demais países comunistas. O sistema econômico representado pelo país
do Tio Sam visava o lucro. As propriedades privadas são detentoras dos meios de produção e distribuição
e trabalham com a lei da oferta e procura.
De acordo com os americanos, o capitalismo simbolizava a liberdade, uma vez que cada
indivíduo poderia ser dono do seu próprio negócio, pagar seus funcionários e investir onde bem
entendesse. O regime capitalista já tinha tomado suas proporções. Ele culminou no período das
manifestações, revoluções como a Revolução Industrial, a Independência dos Estados Unidos e
a Revolução Francesa.
O capitalismo gera desigualdades sociais por causa da má distribuição de renda, o desemprego
e outros fatores. Por outro lado, o socialismo visava uma economia voltada para o bem coletivo –
diferente do individualismo do sistema econômico não planejado. No socialismo, a economia está em
poder do Estado.
A distribuição dos recursos de forma justa, executada pelo governo vigente, bem como a
remuneração dada a cada trabalhador, segundo sua produção e qualidade do exercício formam algumas
das características do sistema de economia planejada ou planificada. O capitalismo e o socialismo são
totalmente opostos em seus ideais.
A oposição entre as ideias dos dois sistemas econômico-político acarretou na deposição do
então czar (título do soberano da Rússia, nos tempos imperiais e pronuncia-se: tsar), Nicolau II, em
1917. O mundo tinha apenas o capitalismo como forma de economia, visto que esse havia sido criado
após o feudalismo – erradicado no século XVIII, em 1789.
As condições de vida, na Rússia, eram deploráveis e a população tinha participação na política,
uma vez que os chefes de estados eram czares. Entretanto, baseado em ideias de Karl Marx, o povo se
organizou e implantou o sistema socialista no país.
No período posterior à Segunda guerra Mundial (1939-1945), mais países adotaram o
socialismo ao invés de continuar com o capitalismo, que foram: a formada União Soviética, a China, a
Coreia do Norte, Cuba, Polônia, Iugoslávia e o Vietnã. Os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, os países
da América do Sul e da Europa Ocidental continuaram com o capitalismo.
Foi no ano de 1947, que começou a disputa da hegemonia do mundo e o duelo entre as duas
grandes economias, o capitalismo e o socialismo. Ambos apresentavam mudanças para a sociedade:
deum lado, os Estados Unidos enfatizavam a respeito da liberdade e democracia do capitalismo e, por
outro ponto de vista, a União Soviética mostrava o socialismo como solução dos problemas da sociedade,
tais como: o desemprego, as desigualdades sociais e afins.
Todavia, os Estados Unidos eram superiores que a URSS e os demais países socialistas. Os
norte-americanos detinham mais da metade da riqueza mundial através de suas reservas auríferas,
industriais, material bélico, petróleo e etc. Além disso, as tropas do exército americano estavam
instaladas em muitos países europeus e no Japão.
A União Soviética também dominava a Europa; porém, ocupava a parte do leste – o continente
era dividido em oriental e ocidental – e uma enorme faixa, na parte norte, do território asiático. Nada
comparado ao domínio norte-americano, uma vez que os locais ocupados pelo exército vermelho (URSS)
eram de regiões agrícolas, ou seja, não contavam com muitos recursos.
Outro ponto contra a URSS foi o fato de o país receber algumas batalhas de Segunda Guerra
Mundial. A União Soviética teve perdas absurdas nesse período de 1939 a 1945. Foi mais de 20 milhões
de mortos no país, uma perda inestimável para eles. Enquanto que os americanos perderam cerca de
meio milhão em combates. A URSS já não se encontrava nas melhores condições, os soviéticos tiveram
grande parte de sua estrutura abalada, devido aos resquícios da Segunda Guerra Mundial.
Após anos de batalha entre os dois sistema econômico é possível destacar que o capitalismo
impera desde o fim da guerra fria, em 1991. A maioria dos países adotou tal sistema político-econômico e
as heranças deixadas por ele são visíveis nos dias de hoje. Atualmente, os países que continuaram com o
sistema socialista que, na verdade, tendem mais para uma economia planificada cujos princípios são
semelhantes; Cuba, Coreia do Norte e Mianmar.

Pós-Guerra Fria
A partir dos anos de 1980, o declínio do sistema socialista estava ficando cada vez mais
comum. Os comunistas passavam por uma série de problemas com o mercado e o dinheiro. Na política, a
população demonstrava desapontamentos por causa da pouca participação exercida pelo povo. Deu-se,
então, o desmembramento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, agora, apenas Rússia.
O Exército Vermelho começou a enfraquecer, prova disso, o recuo das tropas soviéticas do
território afegão. A cova da URSS já estava quase pronta. Isso começou na década de 70, com as
reformas políticas executadas por Mikhail Gorbatchev, o Glasnost e a Perestroika. A política de Karl Marx

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(socialismo) foi sendo deixada de lado. A antiga China Comunista aderiu ao movimento capitalista –
apenas na economia ela era comunista.
Com o Pós-Guerra Fria, houve o surgimento da expressão “Globalização” e os Estados Unidos
se transformaram numa potência, praticamente inalcançável. No decorrer dos conflitos entre os
capitalistas e socialistas, cerca de 60% da riqueza mundial estava em poder dos norte-americanos, pois,
eles dominavam sobre todos os outros.
As ditaduras militares foram abolidas e a democracia começava a se instaurar nos países.
Os direitos humanos se sobressaem e é o fim dos regimes totalitários. Poucas nações continuaram com o
sistema de economia planificada, que foi o caso de Coreia do Norte, Cuba e Mianmar. O restante “se
libertou” e aderiu à política capitalista.
Na economia, não foi diferente. Estabeleceram-se de vez as relações comerciais por meio dos
blocos econômicos, como, por exemplo, UE (União Europeia); MERCOSUL (Mercado Comum do Sul);
NAFTA (Tratado Norte Americano de Livre Comércio); APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do
Pacífico); CEI (Comunidade dos Estados Independentes), União Africana e outros.
No ramo cultural, o idioma inglês tornou-se uma língua universal, visto que as tecnologias e
estudos avançados estavam todos em poder dos norte-americanos, isso aconteceu, principalmente por
intermédio da internet. O cinema, com os mais famosos filmes de Hollywood, complementa a expansão
cultural estadunidense.
O mundo pós-guerra já caminhava por outra ideologia, a da preocupação com o meio
ambiente. O aquecimento global se tornou pauta dos debates mundiais. As crises no Oriente Médio
estouraram, o terrorismo tomou conta da região e, novamente os estados Unidos usaram da política de
intervenção, na tentativa de apaziguar.
Atualmente, o mundo possui uma multipolaridade entre três potências mundiais, Estados
Unidos, Japão e Alemanha. Além disso, os países se subdividiram em um mapa diferente dos geográficos,
separado por paralelos e meridianos. Agora, começa a existir a divisão entre norte e sul, entre países
desenvolvidos e em desenvolvimento. Esse avanço tanto nas relações políticas quanto econômicas, trouxe
alguns problemas como: o racismo, a xenofobia (preconceito com imigrantes), as questões climáticas e
destruição do meio ambiente, o desemprego, a fome, a exclusão e diversos outros problemas sociais.
Houve um grande avanço na ciência, a partir dos anos 1990. Os estudiosos chamam de
Terceira Revolução Industrial. Uma das características em destaque é a abrangência em todos os setores,
desde o primário ao terciário. Ela atua tanto no setor da agricultura, por exemplo, até os comércios. A
tecnologia de ponta e aplicada, principalmente nas microtecnologias.

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