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Avaliação de Progressão Parcial – 9º ano (referente ao ano de 2022)

Nome:___________________________Turma:_________Data:____/____/______Nota:________

A VELHA ORDEM MUNDIAL


O confronto entre o mundo oriental e o ocidental, entre o comunismo e as democracias do Oeste, foi a
principal marca do período compreendido entre o final da Segunda Guerra Mundial até o fim da década de
1980. Uma linha imaginária dividiu o planeta entre as superpotências (União Soviética e Estados Unidos) que
procuraram dobrar o adversário ou, pelo menos, tentar neutralizá-lo.
Os Estados Unidos converteram-se no protetor dos países ocidentais, e a União Soviética fez o mesmo com
aqueles Estados que liberou do nazismo e sobre os quais estendeu sua tutela. Ambos, envolvidos em uma corrida
armamentista sem precedentes, se ameaçaram em mais de uma ocasião com a destruição atômica. Conflitos
localizados ocorreram nesse período denominado Guerra Fria. Parecia que no Camboja, Vietnã ou Cuba, a tensão
internacional foi descarregada para evitar o confronto global.

O PÓS-GUERRA
Os acordos de Yalta e Potsdam, assinados em fevereiro e julho-agosto de 1945, dividiram a Europa em duas partes: a
Ocidental e a Oriental.
Seis foram as nações que ficaram sob a tutela dos soviéticos: a Hungria, a Bulgária, a Romênia, a Iugoslávia, a Polônia
e a Tchecoslováquia.
Concluída a guerra, a Alemanha foi dividida em quatro regiões de influência: os russos instalaram-se a leste, os
britânicos no noroeste, os norte-americanos no sul e os franceses no sudoeste. Ao mesmo tempo, as
potências concordaram com uma divisão da cidade de Berlim, que estava cercada integralmente pela área de
dominação soviética. Apesar de todas as intenções de manejar a Alemanha como uma unidade, tanto os
soviéticos como as potências ocupantes levaram a cabo seus próprios programas econômicos e políticos. Na
zona de ocupação soviética desmantelaram as fábricas e imprimiu-se um selo estatizante a toda política
econômica, enquanto na parte ocidental elevou-se o nível da produção, preparando os alemães ocidentais
para um desempenho futuro como aliados, em vez de tratá-los como inimigos.
Em dezembro de 1946, os norte-americanos e ingleses concordaram em fundir a administração econômica de suas
duas regiões. A área conjunta foi o núcleo do futuro Estado da Alemanha Ocidental. O Conselho do Controle Aliado
deixou de funcionar e as conversações entre Leste-Oeste praticamente se paralisaram. A ruptura foi completa e,
próximo à primavera de 1948, a divisão da Alemanha em duas era um fato consumado.
Dos dois novos Estados alemães formados em 1949, a República Federal (capitalista) uniu-se à Comunidade Europeia
do Carvão e do Aço (Ceca) em 1951 e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em 1955, enquanto a
República Democrática (socialista) associou-se á recém-fundada Organização do Pacto de Varsóvia.

NA COPA DO MUNDO DE 1974 HAVIA DUAS SELEÇÕES ALEMÃS.


Além de se expandir pelos países do leste europeu, o socialismo chegou a países asiáticos, africanos e em Cuba.
Em 1949, após uma guerra civil de mais de duas décadas, a China tornou-se comunista. A partir daí passou a
influenciar países vizinhos, como o Vietnã, que em 1975 venceu os Estados Unidos no embate mais marcante da
Guerra Fria.
O socialismo no continente africano incluiu a experiência de Angola e Moçambique – ex-colônias portuguesas –
misturadas com fortes disputas étnicas internas.
Em Cuba, Fidel Castro tomou o poder após um movimento guerrilheiro que depôs Fulgência Batista, um ditador
representante da classe rural e conivente com a exploração norte-americana sobre a ilha.
Fidel tentou apoio dos Estados Unidos após sua vitória, mas foi rejeitado e destratado. A URSS, no entanto, aceitou
apoiar o regime de Fidel, fornecendo ajuda econômica em troca de uma evidente vantagem estratégica e da
possibilidade de levar o socialismo a outros países americanos, ampliando, assim, a esfera de influência soviética no
mundo bipolarizado.
Otan – Aliança militar dos países capitalistas, liderados pelos Estados Unidos, fundada em 1949.
Pacto de Varsóvia – Resposta à Otan. Aliança militar socialista fundada em 1955 e encabeçada pela URSS.
Até a Segunda Guerra Mundial só havia dois países socialistas: a União Soviética e a Mongólia, que se transformou
em economia planificada na década de 20 com forte influência soviética. No entanto o período pós-guerra é
marcado pela divisão da Europa em áreas de influência das superpotências, com o comunismo sendo implantado na
maioria dos países do Leste Europeu.
No final da década de 40, China e Coreia do Norte também se tornaram comunistas e, na América, Cuba, após a
Revolução de 1959, recebeu apoio e ajuda econômica dos soviéticos até a crise que pôs fim ao socialismo na
Europa
no final da década de 80. Na Ásia, a vitória do Vietnã sobre os Estados Unidos em abril de 1975 representou o

surgimento de mais uma nação comunista. Ainda no fim da década de 60 surgiu – com o apoio soviético - o único
Estado socialista do Oriente Médio, o Iêmen. O socialismo chegou ao continente africano na década de 70,
abrangendo países como Angola, Moçambique, Tanzânia e Benin.
GUERRA FRIA

A Guerra Fria foi um período em que a guerra era improvável, e a paz, impossível. Com essa frase, o pensador
Raymond Aron definiu o período em que a opinião pública mundial acompanhou o conturbado relacionamento entre
os Estados Unidos e a União Soviética.
A paz era impossível porque os interesses de capitalistas e de comunistas eram inconciliáveis por
natureza. E a guerra era improvável porque o poder de destruição das superpotências era tão grande que
um confronto generalizado seria, com certeza, o último. Hoje, podemos ver isso claramente. Mas, na época,
a situação se caracterizava como o equilíbrio do terror.
A FORÇA DA PROPAGANDA
A partir do final dos anos 40 e nas décadas de 50 e 60, o mundo foi bombardeado com imagens que
tentavam mostrar a superioridade do modo de vida de cada sistema. Para ridicularizar o inimigo, os dois
lados utilizavam a força das caricaturas.

Os soviéticos lançaram o primeiro satélite e enviaram o primeiro homem ao espaço.

Os norte americanos foram os primeiros a pousar na Lua.


A propaganda serviu para consolidar a imagem do mundo dividido em blocos. A novidade era o surgimento do bloco
socialista na Europa, formado pelos países com governos de orientação marxista: Alemanha Oriental, Polônia,
Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Iugoslávia, Albânia e Bulgária. No mundo ocidental, os
capitalistasprocuravam mostrar que do seu lado a vida era brilhante. As facilidades tecnológicas estavam ao alcance
de todos. Os cidadãos comuns possuíam carros e bens de consumo, tinham liberdade de opinião e de ir e vir.
Segundo a propaganda ocidental, a vida no lado socialista, retratada em diversos filmes de Hollywood, era triste e
sem brilho, controlada pela polícia política e pelo Partido Comunista.
No mundo socialista, as imagens mostravam exatamente o contrário. A vida no socialismo era alegre e tranquila.
Os trabalhadores não precisavam se preocupar com emprego, educação e moradia. Tudo era garantido pelo Estado.
A cada dia, as novas conquistas tecnológicas, especialmente na área militar e espacial, mostravam a superioridade
do socialismo. A propaganda socialista mostrava, ainda, o mundo ocidental como decadente e individualista, onde o
capitalismo garantia, para alguns, uma vida confortável. E para a maioria, uma situação de miséria, privações e
desemprego.
O MUNDO EM PERIGO: ARMAMENTISMO E CORRIDA ESPACIAL
A guerra da propaganda ganhou ainda mais impulso com o acirramento da corrida armamentista, nos anos 50. A
corrida teve início com a explosão das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945. Quatro anos depois,
em 49, foi a vez de a União Soviética anunciar a conquista da tecnologia nuclear. Foi o mesmo ano da criação da
Organização do Tratado do Atlântico Norte, OTAN. A resposta viria em 1955, quando a União Soviética construiu
sua própria aliança, o Pacto de Varsóvia. As superpotências passaram a acumular um poder nuclear capaz de
aniquilar o planeta em instantes.
Um componente fundamental da corrida armamentista foi a disputa pelo
espaço. Em 1957, os soviéticos colocaram em órbita da Terra o primeiro satélite construído pelo homem, o Sputnik-
1. Em 61, os soviéticos fariam uma nova demonstração de avanço tecnológico: lançaram o foguete Vostok, a
primeira nave espacial pilotada por um ser humano. O jovem cosmonauta Yuri Gagarin viajou durante cerca de 90
minutos em órbita da Terra, a uma altura média de 320 quilômetros.
Os Estados Unidos reagiram. Num histórico discurso em maio de 61, o presidente John Kennedy prometeu que,
em menos de 10 anos, astronauta norte-americano pisaria o solo da Lua. Toda a estrutura tecnológica e científica foi
direcionada para o programa espacial. Cumprir a promessa de Kennedy era mais do que um desafio científico: era
um compromisso político.
Em 20 de julho de 1969, o grande momento: o astronauta Neil
Armstrong, comandante da missão Apollo-11, e o piloto Edwin Aldrin pisam o solo lunar. A conquista norte-
americana foi transmitida ao vivo pela TV, e acompanhada por mais de um bilhão de pessoas no mundo todo.
Um dos momentos dramáticos da história da espionagem na Guerra Fria
aconteceu em 1962. O presidente americano, John Kennedy, reagiu duramente contra a iniciativa soviética de
instalar uma plataforma de mísseis em Cuba. Chegou a advertir o líder soviético Nikita Khruschev de que usaria
armas nucleares se fosse necessário. Depois de três semanas, a União Soviética recuou. Durante esse tempo, o
mundo viveu o pavor de um confronto nuclear entre as superpotências.
Quando o líder comunista Mao Tsé-tung tomou, em 1949, o poder na
China, o país contava 600 milhões de habitantes. O comunismo chinês alterou o equilíbrio geopolítico no continente
asiático. A revolução de Mao Tsé-tung encorajou a Coreia do Norte a atacar a Coreia do Sul, em 1950. A guerra,
que teve a intervenção militar dos Estados Unidos, durou três anos e causou a morte de mais de dois milhões
de pessoas. Na época, a Índia, que havia conquistado sua independência em 1947, mantinha-se neutra, sem aderir a
nenhum dos grandes blocos econômicos.
Em 1954, foi a vez de a França sofrer uma derrota humilhante na Ásia,
durante a Guerra da Indochina. A vitória do líder comunista vietnamita Ho Chi Min consolidou a formação do
Vietnã do Norte e aumentou a preocupação dos Estados Unidos com o rumo político dos países do sudeste asiático.
Alarmado com a expansão comunista na região, o presidente dos
Estados Unidos, John Kennedy, envolveu seu país na Guerra do Vietnã, em 1960. Depois de treze anos de batalhas, a
maior superpotência do planeta seria derrotada por soldados pobremente armados e por guerrilheiros camponeses
munidos de facas e lanças de bambu. Os Estados Unidos perderam a guerra não pelas armas, mas pela falta de apoio
da opinião pública de todo o mundo, em particular da americana.
A Guerra Fria atingiu todo o planeta: desde a questão árabe-israelense e a Revolução Iraniana no Oriente Médio, até
os interesses sobre o continente africano ou as ditaduras plantadas na América Latina.
Nos anos 80 começava a se configurar o quadro político internacional que viria a culminar no fim da Guerra Fria,
simbolizado pela queda do Muro de Berlim, em 89. O fim do muro foi resultado do intenso processo de reformas na
União Soviética, iniciado em 1985 pelo dirigente Mikhail Gorbatchev.

Responda:
1-Estados Unidos e União Soviética se aliaram na Segunda Guerra Mundial com a finalidade de derrotar a
Alemanha nazista. Logo após a Guerra, os dois países se distanciaram. Marque a alternativa que explica o
motivo dessa separação.
(A) Falta de um acordo para trabalharem juntos na Corrida Espacial.
(B) O apoio dos Estados Unidos aos regimes da China e de Cuba.
(C) Existência de dois sistemas opostos: capitalismo e socialismo.
(D) A construção do Muro de Berlim, separando a Alemanha em duas.

2- Podemos dizer que a Guerra Fria foi um período em que:


(A) os países de clima frio ingressaram em vários conflitos.
(B) o mundo esteve dividido em duas áreas de influência.
(C) começaram os problemas que levaram à Segunda Guerra.
(D) todas as nações do mundo se tornaram capitalistas.

3- Marque a opção que reúne países que durante a Guerra Fria estiveram sob a influência soviética.
(A) França, Alemanha Ocidental e Inglaterra.
(B) Romênia, Hungria e Polônia.
(C) Espanha, Portugal e Grécia.
(D) Noruega, Suíça e Bélgica.

4- Durante a Guerra Fria, Otan e Pacto de Varsóvia tinham qual função?


(A) Religiosa
(B) Turística
(C) Militar
(D) Econômica

GLASNOST E PERESTROIKA: GORBATCHEV E A REESTRUTURAÇÃO SOVIÉTICA


Em meio a uma grave crise econômica, surgiu na União Soviética o fenômeno Gorbatchev. Suas mudanças,
introduzidas na maior nação do mundo, cujos 290 milhões de habitantes pertenciam a mais de 100 povos
diferentes, geraram uma onda de nacionalismo que dentro de suas fronteiras provocaram uma
fragmentação política, territorial e econômica, e resultaram no surgimento de 15 novos países, sendo a
Rússia uma espécie de herdeira da ex-superpotência. No Leste Europeu a fragmentação atingiu de forma
violenta a Iugoslávia e de forma pacífica a Tchecoslováquia, enquanto as duas Alemanhas derrubaram o
Muro de Berlim e reunificaram o país.
Mikhail Gorbatchev assumiu o posto de secretário-geral do PCUS em 1985 iniciando uma aproximação com
o mundo capitalista. Negociou a redução de armas nucleares com o então presidente norte-americano
Ronald Reagan e, no âmbito interno, iniciou um processo de abertura política e econômica.
Quando Gorbatchev assumiu o poder, a URSS encontrava-se em grave crise econômica e a população estava
descontente com a falta de liberdades (de expressão, de associação, de ir e vir), com os privilégios da classe
burocrata e com a dificuldade de se obter gêneros de primeira necessidade e de bens de consumo. Em
1985, sentindo que teria apoio popular para implementar suas reformas, ele anunciou seus planos de
governo com base na Glasnost (transparência) e na Perestroika (reestruturação).

As longas filas para adquirir alimentos geraram descontentamento popular. Gorbatchev


anunciou a Perestroika pensando em mudanças no modo de produção socialista soviético

AS REPERCUSSÕES NO LESTE EUROPEU


Polônia, Bulgária, Romênia, Tchecoslováquia, Hungria e Alemanha Oriental tornaram-se países socialistas em
virtude da ação das forças militares soviéticas na 2ª Guerra. O socialismo foi combatido por alguns intelectuais,
estudantes e operários, e qualquer movimento popular era motivo de repressão por parte das forças do Pacto de
Varsóvia. Os governos comunistas não admitiam nenhuma manifestação contrária à manutenção do regime. Assim
foram reprimidos os movimentos populares pró-democracia e pró-capitalismo que ocorreram na Hungria (1956),
Tchecoslováquia (Primavera de Praga – 1968) e Polônia (Sindicato Solidariedade – década de 1980).
As mudanças efetuadas por Gorbatchev na ex-URSS repercutiram imediatamente nos países do Leste Europeu.
Entre os efeitos destacam-se:
- a queda do Muro de Berlim e a Reunificação Alemã com base capitalista
- a divisão pacífica da Tchecoslováquia em República Theca e Eslováquia
- a introdução do pluripartidarismo e da economia de mercado na Hungria, na Polônia e na ex-Tchecoslováquia
- o fuzilamento do ditador Ceausescu na Romênia, que quis resistir à onda liberalista que varreu a
Europa.
Na Romênia, na URSS e, também na Bulgária, a transição para o capitalismo ocorreu paralelamente a uma
grave crise econômica.
A Iugoslávia, país que se manteve de certa forma independente do socialismo soviético, mergulhou numa
profunda guerra civil na década de 90. O país dividiu-se em seis novos países, entre eles a Bósnia-
Herzegovina, palco de uma sangrenta guerra com a Federação Iugoslava (sérvios e montenegrinos). Os países
que faziam parte da ex-Iugoslávia são:
1. Bósnia-Herzegovina
2. Croácia
3. Macedônia
4. Eslovênia
5. Sérvia
6. Montenegro

Torcedores da Bósnia-Herzegovina vieram ao Brasil para apoiar sua seleção de futebol na Copa de 2014.
Foi a primeira participação do país em uma Copa do Mundo.

Na ex-URSS também houve movimentos de caráter nacionalista, que resultaram no surgimento de 15 repúblicas
autônomas. O separatismo na ex- URSS começou pelas repúblicas bálticas (Lituânia, Letônia e Estônia) e se estendeu a
diversas partes do país, às vezes com violência – como foi o caso da tentativa chechena de obter autonomia.

PRINCIPAIS MEDIDAS DA GLASNOST:


– substituição de dirigentes conservadores.
– crítica ao período stalinista.
- Libertação de presos políticos.
– introdução do pluripartidarismo.

PRINCIPAIS MEDIDAS DA PERESTROIKA:


– substituição da economia planificada pela economia de mercado .
– permissão para a entrada do capital estrangeiro (empresas e capital especulativo).
– fim do monopólio estatal dos meios de produção.
– redução dos gastos militares.
– redução dos empréstimos às empresas deficitárias.
– corte dos empréstimos a outros países socialistas.
– transformação de uma parcela das indústrias militares em indústrias de bens de consumo.
As principais consequências das medidas postas em prática por Gorbatchev foram o fim do Pacto de Varsóvia, do
socialismo na URSS e no Leste Europeu, da Guerra Fria, da URSS como Estado ou país e a redução da ameaça
nuclear.
Leia com atenção o trecho a seguir:

“Estava-se desenvolvendo uma situação absurda: a URSS, o maior produtor mundial de aço, matérias-primas,
combustíveis e energia, apresentava escassez de tais recursos devido ao uso ineficiente ou ao desperdício. Apesar de
ser um dos maiores produtores de grãos para alimentação, tinha de comprar milhões de toneladas por ano para
forragem. Possuímos o maior número de médicos e leitos hospitalares para cada 1 000 habitantes, e, ao mesmo
tempo, existem claras deficiências em nossos serviços de saúde. Nossos foguetes conseguem encontrar o cometa de
Halley e atingir Vênus com uma precisão surpreendente, mas ao lado desses triunfos científicos e tecnológicos existe
uma ineficiência óbvia para aplicar nossas conquistas cientificas às necessidades econômicas, e muitos dos
eletrodomésticos na URSS apresentam urna qualidade sofrível. Infelizmente, isso não é tudo. Iniciou-se uma gradual
erosão de valores ideológicos
e morais de nosso povo.
Ficou claro que a taxa de crescimento caía rapidamente e que todo o mecanismo de controle de qualidade
não estava funcionando de forma adequada. Havia falta de receptividade com relação aos avanços científicos
e tecnológicos, a melhoria do padrão de vida estava diminuindo e havia dificuldade no fornecimento de
alimentos, habitação, bens de consumo e serviços”.
(GORBATCHEV, Mikhail. Perestroika - novas ideias para o meu país e o mundo. p. 20.)

RESPONDA:
5- Marque a alternativa que melhor explica as causas da crise no socialismo.
(A) Perda da Corrida Espacial e da Corrida Armamentista
(B) Falta de liberdade e desabastecimento
(C) Competição econômica com os países que surgiram no Leste Europeu
(D) Aumento no preço internacional do petróleo
6- As principais medidas da Perestroika, na prática, representaram:
(A) o fortalecimento do socialismo
(B) uma mudança para o capitalismo ou economia de mercado
(C) o endurecimento do regime socialista
(D) a divisão da Alemanha em dois países

7-Marque V (verdadeiro) ou F (falso):

( ) Glasnost é o conjunto de mudanças políticas introduzidas por Gorbatchev na ex-União Soviética


( ) As medidas iniciadas por Gorbatchev só tiveram importância para a URSS.
( ) Apesar das mudanças no mundo socialista e no Leste Europeu, países como Iugoslávia e Tchecoslováquia
mantiveram sua integridade territorial.
( ) A Guerra do Vietnã e a invasão soviética no Afeganistão são episódios da Guerra Fria.
( ) O socialismo foi criado para resolver as desigualdades criadas pelo capitalismo.
( ) O segundo país do mundo a adotar oficialmente o socialismo foi a Mongólia.
( ) Gorbachev contribuiu de forma decisiva para o fim da Guerra Fria e o fim da URSS.
( ) O Muro de Berlim separava, até 1989, Berlim Ocidental (capitalista) de Berlim Oriental (socialista).

GLOBALIZAÇÃO
A globalização é um fenômeno mundial, uma nova etapa do capitalismo, em que os países, dotados de novas
tecnologias de comunicação e de transporte, aproximam suas economias e culturas, passando a realizar mais trocas
comerciais e transações financeiras, abrindo as fronteiras e os mercados internos. O aumento do número de pessoas
que transitam de um país para outro também é um indicativo do processo de globalização.
O processo da globalização teve início com a expansão capitalista e se confunde com a era das Grandes Navegações.
No entanto, ganhou impulso no final do século XX, depois da queda do socialismo no Leste Europeu e na União
Soviética, marcado pelo fim da Guerra Fria.

Mudança de hábito em Pequim, capital da China. A globalização trouxe prosperidade e o chinês


passou a utilizar mais o automóvel.
A globalização favoreceu as indústrias por abrir novos mercados consumidores e por estabelecer uma concorrência
saudável na oferta de produtos, o que barateou os preços para o consumidor final. No entanto, o desenvolvimento
tecnológico e sua expansão contribuíram para o aumento do desemprego em algumas nações.
Problemas ambientais também estão associados à globalização. O aumento da atividade industrial, o crescimento da
frota mundial de veículos automotores, o maior número de voos comerciais e rotas de navegação marítima têm
contribuído para uma maior emissão de poluentes na atmosfera, agravando o aquecimento global.

Leia, no texto a seguir, um outro exemplo de desequilíbrio ambiental causado pela globalização:

PASSAGEIROS CLANDESTINOS

Passageiros clandestinos Os porões de 100 mil navios cargueiros são uma ameaça à biodiversidade. O tráfego naval
(....)
está levando a biodiversidade marinha à ruína. Noventa por cento das mercadorias comercializadas entre os países
são transportadas por navios. (.....)
A flotilha de cargueiros do planeta transporta, além de seus contêineres, algo entre 7 mil e 10 mil espécies de
criaturas marinhas todos os dias. Algumas viajam grudadas no casco, enquanto outras vão nadando nos 10 bilhões
de toneladas de água de lastro levadas nos porões dos navios. Estima-se que, a cada 9 semanas, uma dessas
espécies se instala de vez em um ecossistema novo. E se dá muito bem por lá – o que causa uma confusão dos
infernos na comunidade local. Uma das consequências dessas viagens clandestinas teriam sido as 10 mil mortes por
cólera na América do Sul – os primeiros casos da doença aconteceram na região dos portos, e os vibriões podem ter
viajado pela água de lastro vinda de áreas endêmicas. Nos EUA, o problema é o mexilhão-zebra, originário de lagos
da Rússia e que infestou 40% das vias navegáveis internas do país. O bicho se reproduz vertiginosamente e se
incrusta em tudo o que é superfície dura – de cabos de internet submersos a pontes –, contamina tubulações de
água potável e entope filtros dos sistemas de arrefecimento industriais. (....)
Quando um cargueiro sai vazio ou meio cheio do porto, ele tem que armazenar água do mar em tanques, para ter a
mesma estabilidade (o chamado lastro) de quando está com carga completa. Chegando ao porto de destino, ele
esvazia os tanques enquanto carrega as mercadorias. E essa água vem misturada a areia, pedras, mexilhões,
plâncton, peixes, bactérias, vírus. Toda a turma cabe lá dentro porque quase toda espécie marinha tem em seu ciclo
de vida uma fase planctônica, em que é minúscula. (...)
Não existe um método totalmente eficaz de eliminação dos invasores. E nem há o que fazer contra mexilhões e
larvas que se prendem ao casco dos barcos.
Disponível em: http://super.abril.com.br/ecologia/fim-oceanos-447919.shtml

RESPONDA:

8-De acordo com o texto, a causa do problema ambiental descrito é:


(A) a mudança climática.
(B) o consumo exagerado de peixes.
(C) o tráfego de navios cargueiros.
(D) A variedade de espécies marinhas

9-A frase que melhor ilustra o processo de globalização é:


(A) Noventa por cento das mercadorias comercializadas entre os países são transportadas por navios.
(B) Não existe um método totalmente eficaz de eliminação dos invasores.
(C) Toda espécie marinha tem em seu ciclo de vida uma fase planctônica, em que é minúscula.
(D) Contamina tubulações de água potável e entope filtros.

A FORMAÇÃO DE BLOCOS REGIONAIS


Com o objetivo de facilitar as trocas comerciais entre países e dinamizar suas economias, surgiram os blocos
econômicos. Os mais conhecidos são o Nafta, a União Europeia e o Mercosul.
O NAFTA é uma zona de livre comércio entre os países da América do Norte: Estados Unidos, Canadá e México.
A União Europeia é o mais bem sucedido bloco econômico. É composto por 28 países europeus, dos quais 18
adotaram o euro como moeda oficial. O bloco nasceu em 1951, quando seis Nações devastadas pela guerra decidiram
unir suas matérias-primas industriais de carvão e de aço para evitar a guerra entre elas.
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) foi criado em 26/03/1991 com a assinatura do Tratado de Assunção no
Paraguai. Os membros deste importante bloco econômico da América do Sul são Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai
e Venezuela.
Embora tenha sido criado apenas em 1991, os esboços deste acordo datam da década de 1980, quando Brasil e
Argentina assinaram vários acordos comerciais com o objetivo de integração. Chile, Colômbia,Peru, Bolivia poderão
entrar neste bloco econômico.
No mapa abaixo, visualize alguns dos mais importantes blocos econômicos da atualidade.

Responda:

10-Marque a alternativa que resume corretamente a


ideia contida na charge abaixo:
(A) Os índios não tinham condições de saber o
real significado de globalização.
(B) O início do processo de globalização
coincide com a expansão marítima europeia.
(C) Para os europeus, a tecnologia dos índios
não era suficiente para o processo de
globalização.
(D) O processo de globalização ficou pronto
com a chegada dos portugueses ao Brasil.

11. Os países unem-se em blocos econômicos para:


(A) disputar a liderança militar.
(B) defender seu patrimônio natural.
(C) resolver seus problemas ambientais.
(D) obter vantagens comerciais.

12. Associe os países aos blocos econômicos aos quais pertencem:


I- México ( ) União Europeia
II- Brasil ( ) Mercosul
III- França ( ) Nafta

A INDÚSTRIA NA EUROPA
 INGLATERRA
A Inglaterra – rica em carvão e minério de ferro - industrializou-se a partir de 1750, inicialmente no ramo têxtil. O país
construiu um império colonial na busca de novas fontes de matéria-prima e mercado de consumo. Durante o século
XIX, ela assumiu a liderança entre os Estados europeus. As disputas por colônias levaram à 1ª Guerra Mundial. Antes
disso, a eletricidade e o petróleo aceleram a produção industrial e os ingleses dominam a produção industrial do
mundo, só perdendo sua supremacia após a 2ª Guerra Mundial.
A Inglaterra foi a primeira nação a se ustrializar.
Na foto menor, as indústrias têxteis (tecidos)
onde era comum o trabalho de crianças.
No mapa, a localização das indústrias
inglesas e francesas.

 FRANÇA
Apesar de a burguesia ter tomado o poder em 1789, as consequências da Revolução Francesa, retardaram a
industrialização da França. Jazidas de ferro e carvão existentes no nordeste e norte do país permitiram o
desenvolvimento dos ramos siderúrgicos e metalúrgicos, a partir de 1850.
A França também organizou um imenso império colonial e após a Segunda Guerra Mundial, o crescimento da
indústria francesa é garantido pelo crescimento demográfico, pela demanda interna, provocado pela melhor
distribuição da renda e pelo auxílio financeiro prestado por parte dos EUA.
 ALEMANHA
Apesar de estar distante do litoral, a Renânia concentra a maior parte do parque industrial alemão, principalmente
no vale do Ruhr, por contar com fatores como a navegabilidade do rio Reno, que corta a região e desemboca no sul
da Holanda, a existência de tradição industrial (têxtil) e a concentração de jazidas de carvão mineral e minério de

ferro.
A região banhada pelo Rio Reno favoreceu a industrialização alemã por causa da
navegabilidade do rio e das jazidas minerais em suas proximidades.

Responda:
13. O primeiro país a se industrializar foi:
(A) a Alemanha
(B) a França
(C) a Itália
(D) a Inglaterra
14. O primeiro tipo de indústria que surgiu foi a de:
(A) aviões
(B) tecidos
(C) petróleo
(D) armamentos
15. Os minérios básicos para a formação da indústria siderúrgica (aço) são:
(A) ouro e prata
(B) petróleo e manganês
(C) carvão mineral e ferro
(D) bauxita e chumbo

A INDÚSTRIA NOS ESTADOS UNIDOS


São vários os fatores que colaboraram para que os Estados Unidos atingissem o grau de desenvolvimento que têm
hoje: a independência da dominação inglesa, em 1776; a abundância de matérias-primas e fontes de energia em seu
território e a grande contribuição dada pela imigração (cerca de 40 milhões de imigrantes entre 1850 e 1950), que
possibilitou a formação de um grande mercado de consumo interno, o povoamento, o aproveitamento econômico
do território e a introdução de tecnologia.
Além disso, as guerras e os tratados militares - o fornecimento de armamentos para a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945), para a Otan, para as guerras da Coreia (1950-1953), do Vietnã (1960-1976) e do Golfo Pérsico
(fevereiro e março de 1991), e muitos outros conflitos em todo o mundo - garantiram grandes encomendas para a
indústria de aço e de metais, bem como para a química, eletrônica e muitas outras, além da própria indústria
aeroespacial e militar.
Os EUA passaram a influenciar todo o mundo com o objetivo de garantir mercados de consumo para seus produtos e
serviços e assegurar fontes de abastecimento de matérias-primas. Procuraram também inovar produtos fabricados,
visando torná-los rapidamente "ultrapassados", impedindo assim a saturação do mercado. Criaram um novo estilo
de vida – o American way of life (modo de vida americano) e da sociedade de consumo (ou do desperdício).
A localização industrial nos EUA foi influenciada por fatores como a proximidade de fontes de matérias-primas, de
energia e de mercado consumidor, bem como a disponibilidade de mão-de-obra na região. As maiores
concentrações industriais estão no nordeste, na região dos Grandes Lagos, no sudeste, no sul e na costa
oeste.Nordeste e Grandes Lagos – área de industrialização mais antiga (siderurgia, elétrica, eletrônica, mecânica,
automobilística, aeronáutica, aeroespacial, química, bens de consumo e tecnologia de ponta). Centros mais
importantes: Pittsburg, Cleveland, Chicago, Detroit, Nova York, Washington e Boston. Esta região emprega mais de
70% dos operários, produz 90% do aço e praticamente a totalidade dos automóveis. A energia vem principalmente
de usinas termonucleares e termelétricas.
No Sudeste dos Estados Unidos destaca-¬se, como grande polo industrial, a região ao redor da cidade de
Birmingham. Trata-se de um grande centro de indústrias siderúrgicas, metalúrgicas e de construção mecânica. O
minério de ferro e o carvão mineral que abastecem esse polo industrial são levados dos Montes Apalaches. Em
Atlanta estão instaladas grandes empresas do setor elétrico e eletrônico, além de uma moderna indústria têxtil. No
sul, próximo ao Golfo do México, em virtude das grandes jazidas de petróleo e gás natural desenvolveu-se uma
poderosa indústria petroquímica que estimulou a criação de indústrias mecânicas para lhe fornecer equipamentos.
Destaque para Dallas e Austin (Texas). Na fronteira com o México surgiram indústrias que se aproveitam da mão-de-
obra barata.
Os três estados da costa oeste (Washington, Califórnia e Oregon) possuem importantes e diversificados centros
industriais (nas cidades de Los Angeles, San Francisco, Portland e Seattle). São fabricados aviões, submarinos,
tecidos, produtos alimentícios, mecânicos, etc. Nesta região também fica o Vale do Silício, um importante polo
industrial de tecnologia de ponta, destacando-se o setor de informática.
.

Fábrica de aviões da Boeing em Seattle, Estado de Washington (EUA)

RESPONDA:
16- Marque V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) Apesar da falta de minérios em seu território, os Estados Unidos
conseguiram se industrializar através das guerras e acordos militares.
( ) A entrada de imigrantes nos Estados Unidos entre 1850 e 1950 foi um dos fatores que contribuíram
para a industrialização do país.
( ) A região industrial mais antiga e mais importante dos Estados Unidos está localizada no sul do país.
( ) A indústria de informática e tecnologia se concentra na Costa Oeste dos Estados Unidos.

O CANADÁ
O Canadá é um país localizado na América do Norte integrando a chamada América Anglo-Saxônica (países
desenvolvidos da América). Na costa oeste é banhado pelo Oceano Pacífico, na costa leste, pelo Oceano
Atlântico e pelo mar do Labrador.
O país possui o segundo maior território do mundo, superado somente pela Rússia. Ocupa uma área de
9.976.139 quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 33,5 milhões de habitantes.
Grande parte da população está estabelecida na extensão da fronteira com os Estados Unidos (6 mil km),
extremo sul do país, os centros urbanos não se distanciam mais de 350 km da fronteira entre os dois
países. A concentração da população nessa região ocorre em decorrência do clima frio que predomina no
restante do país.
O norte é muito frio, apresenta característica polar, o que dificulta o processo de urbanização da região.
A população canadense é formada por povos autóctones, asiáticos, e, principalmente, europeus (origem
Britânica 40% e francesa 25%). Esse último dado faz com que o país possua duas línguas oficiais: inglês e
francês.
O território é extremamente urbanizado, pois 80% da população vivem em cidades, isso ocorre por causa do nível
alto de industrialização e atividade rural desenvolvida de forma intensiva e mecanizada.
O Canadá apresenta um dos melhores indicadores sociais do mundo, desse modo, os índices de analfabetismo são
baixos, assim como os de mortalidade infantil e natalidade. A população canadense está envelhecendo, a baixa taxa
de natalidade aliada à boa expectativa de vida (80,4 anos) produz uma carência de mão de obra, pois
aproximadamente 15% da população têm mais de 65 anos, o que diminui a População Economicamente Ativa (PEA)
do país. O percentual de idosos é alto se comparado ao de outros países. O desprovimento de mão de obra
suficiente para o setor produtivo tem promovido o ingresso no país de um grande número de trabalhadores
estrangeiros, principalmente em períodos de economia aquecida.

RESPONDA:
17- Marque V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) O Canadá é um país desenvolvido do continente americano.
( ) Ingleses e franceses colonizaram o território canadense
( ) A maior parte da população canadense vive em áreas urbanas.
( ) O Canadá impede a entrada de imigrantes para preservar o emprego da população mais jovem.
JAPÃO
No decorrer de sua história, o país sempre se fechou à penetração estrangeira. Desse modo, não sofreu o avanço

No ano de 1868 foi restaurado o poder im- perial no Japão, tirando dos xoguns o poder feudal que
exerciam desde o século XII. Subiu ao trono o jovem imperador Mitsuhito, conhecido com o nome
de Meiji. A Era Meiji (1868 a 1912), como ficou conhecida, representou um período de grandes
mudanças na história do Japão: fim da estrutura feudal; obrigatoriedade do ensino primário;
implantação do serviço militar; reestruturação das Forças Armadas; construção de estradas de
ferro e fundação do Banco do Japão.

colonialista e imperialista europeu do século XV ao XX. Tornando-se potência industrial no século XIX, o Japão lançou-
se às conquistas imperialistas na Ásia, passando a competir com as potências industriais europeias na tomada de
territórios e na formação de colônias.
Para a rápida industrialização do Japão diversos acontecimentos contribuíram:
-contratação de técnicos europeus para orientar a produção mineral; - concessão de bolsas de estudo a estudantes
japoneses na Europa e
nos Estados Unidos;
-assimilação e adaptação de técnicas industriais ocidentais; -rápido crescimento populacional.
No período posterior à Primeira Guerra Mundial e até o término da Segunda, em 1945, o Japão foi dominado por
ideias imperialistas e nacionalistas defendidas por setores radicais das Forças Armadas. O nacionalismo e o desejo de
formação de uma nova ordem na Ásia oriental, defendidos por setores militares, levaram o país a participar da
Segunda
Guerra Mundial em aliança com a Itália e a Alemanha, formando os países do Eixo.
Em 1945, o Japão se rendeu, após a explosão de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, lançadas pelos
Estados Unidos, que causou a morte de milhões de pessoas.

Cidade de Nagasaki após o ataque atômico lançado pelos Estados Unidos na 2ª Guerra

Na primeira metade do século XX, o crescimento industrial do Japão foi muito grande. O país já possuía tecnologia
avançada, o que lhe permitia a fabricação dos mais diversos produtos (aviões, navios, máquinas para diversas
finalidades, armamentos etc.). Depois da Segunda Guerra Mundial o de- senvolvimento industrial ganhou novo
impulso. Para isso contribuíram vários fatores:
 Créditos concedidos pelos Estados Unidos para reconstrução e desenvolvimento da indústria.
 Ressurgimento dos grandes monopólios empresariais (zaibatsu), desestruturados durante a ocupação
norte-americana no pós-guerra com o objetivo de pôr fim ao espírito militarista japonês.
 A inexistência de gastos militares.
 Grande oferta e abundância de mão-de-obra após a guerra, além da capacidade técnica e disciplinar do
povo japonês.
 Produção em larga escala, objetivando a conquista de mercados externos.
 Investimentos em pesquisas científicas e tecnológicas com a finalidade de obter novos métodos de
produção, novos produtos e aumento da produtividade.
 Grande mercado interno e de alto poder aquisitivo.
Entre as mais importantes empresas japonesas destacam-se:
 Toyota, fábrica de veículos automotores, com cerca de 50 mil trabalhadores em todo o mundo;
 Nippon Steel, maior produtor mundial de aço,
 Mitsubishi, grande conglomerado de diversas empresas (eletrônica, química, petroquímica, petróleo,
mineração, metalurgia, bancos etc.). Emprega cerca de 200 mil pessoas em todo o mundo;
 Matsushita Electric, considerado o maior fabricante de eletrodomésticos e equipamentos de comunicação
(Panasonic e outras) no mundo;
 Hitachi, grande corporação industrial de produtos eletrônicos e de comunicações; tem filiais em muitos
países.
O desenvolvimento industrial japonês é grande. Na eletrônica, na informática e na robótica o Japão vem se
destacando cada vez mais, superando a concorrência com extrema rapidez. O país conseguiu
industrializar-se, apesar dos limitados recursos minerais de seu território. A maioria dos minérios que
suprem seu imenso parque industrial é importada (minério de ferro, cobre, níquel, bauxita, petróleo, etc.).
Para contornar essa situação, o Japão desenvolveu uma forte economia exportadora, investiu maciçamente
na atividade mineradora fora de seu território e desenvolveu
pesquisas na busca de novas tecnologias.
As grandes indústrias japonesas localizam-se próximo aos portos ou à
embocadura de rios, tanto pela
dependência da importação de matérias-primas, quanto pelo fato de grande
parte da produção industrial destinar-se ao mercado externo. As maiores
concentrações industriais localizam-se no litoral Pacífico, entre as baías de
Tóquio e de Osaka.
Essa área é responsável por cerca de 80% de toda a produção industrial do país.
A grande concentração espacial de indústrias trouxe consequências graves para
o meio ambiente e para a vida da população. Diante disso, o governo japonês
criou, em 1961, um órgão para disciplinar a distribuição industrial pelo
território: a Agência de Planificação Econômica, que fixou restrições para o
estabelecimento de novas indústrias nas áreas de complexos industriais, ao mesmo tempo em que estimulou sua
implantação em outras áreas.
Muitas indústrias foram transferidas para outros países. Coreia do Sul, Cingapura, Taiwan e Brasil (principalmente a
Zona Franca de Manaus) receberam grandes investimentos japoneses. Mas não foi somente a "saturação" do espaço
territorial japonês e a poluição do meio ambiente que levaram indústrias japonesas a se transferir para outros países.
O custo da mão-de-obra exerceu grande influência na emigração das indústrias para países com oferta abundante de
mão-de-obra barata.
Atualmente, existem problemas de poluição ambiental, mas o governo japonês desenvolveu uma legislação punitiva
que tem forçado as empresas a utilizar, cada vez mais, antipoluentes.
O desastre de Fukushima: uma mostra dos desequilíbrios produzidos pelo homem.
Acidente nuclear de Fukushima
O Japão, localizado em uma área chamada Círculo de Fogo pela quantidade de placas tectônicas, foi vítima de um
desastre natural em doze de março de dois mil e onze. O desastre ocorreu devido a um forte terremoto com
magnitude superior a seis graus na escala Richter que foi causado pelos choques da Eurásia e a placa do Pacífico.
Além dos tremores houve uma devastação de 400 quilômetros quadrados, devido a uma onda gigante que se
formou, porque os tremores aconteceram no mar. Isto vitimou milhares de pessoas e causou vazamentos na usina
nuclear de Fukushima, exigindo por parte do governo estratégias tanto imediatas como de longo prazo, para
garantir o bem estar da população e a reconstrução das áreas devastadas. O acidente na usina nuclear de
Fukushima, no Japão, é o pior desde a catástrofe de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
Disponível em: http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Acidente-Nuclear-De-Fukushima/42862933.html

RESPONDA:
18- Com a Era Meiji, o Japão passou por mudanças e modernização. Nesse período, a industrialização esteve
orientada para a produção de armamentos e uma das medidas do novo governo foi:
(A) o recebimento de investimentos norte-americanos
(B) a construção de usinas nucleares
(C) a reestruturação das Forças Armadas
(D) a transformação das áreas urbanas em áreas rurais

19- Entre os séculos XV e XX, o Japão:


(A) criou um extenso império colonial
(B) se fechou à penetração estrangeira
(C) venceu duas guerras mundiais
(D) reduziu sua produção mineral

20- Após a 2ª Guerra Mundial, a produção industrial japonesa teve como principal objetivo:
(A) a adequação às normas ambientais
(B) a redução dos custos de mão de obra
(C) o fechamento do país para os estrangeiros
(D) a conquista do mercado externo

21- As indústrias japonesas concentram-se:


(A) no interior montanhoso
(B) no litoral
(C) nas áreas rurais
(D) nas áreas desérticas

22- Para reduzir os impactos ambientais relacionados à grande concentração industrial, o governo japonês
procurou:
(A) transferir indústrias para outros países e criar uma legislação ambiental mais severa.
(B) reduzir a produção industrial e aumentar a produção de energia hidrelétrica.
(C) proibir o funcionamento de indústrias eletrônicas e de alta tecnologia.
(D) transferir todas as indústrias para a região central do país.

23- Sobre a produção de energia elétrica nas usinas nucleares japonesas, podemos afirmar que:
(A) é uma opção segura em um país que carece de fontes de energia.
(B) é uma alternativa barata e sem riscos para a população do país.
(C) Após o acidente em Fukushima, há uma tendência de se investir em novas fontes de energia.
(D) É um exemplo a ser seguido pelas demais nações do mundo.
OCEANIA
A Oceania é o menor continente da Terra, sendo em maior parte composta pela Austrália, principal e mais
desenvolvido país da região.

Montagem de mapa com bandeiras dos países da Oceania

A Oceania é um continente localizado a sudeste da Ásia, compreendendo um conjunto de ilhas somado à Austrália,
essa última considerada como uma massa continental chamada de “Australásia”. Possui uma área total de 8.480.355
km², onde habitam aproximadamente 38 milhões de pessoas. Por ter sido o último continente a ser colonizado pelos
europeus, a Oceania é apelidada de “novíssimo continente”, em distinção a Europa (o velho mundo) e à América (o
novo mundo).
Apesar de existirem milhares de ilhas na região, há apenas 14 Estados independentes, além de alguns territórios ou
colônias de outros países, com destaque para a Polinésia Francesa, protetorado francês onde se encontra o Taiti. Há
uma regionalização envolvendo essas ilhas, dividindo-as em três grandes zonas: a Melanésia (que significa “ilhas
dos negros”), a Polinésia (“muitas ilhas”) e a Micronésia (“pequenas ilhas”), conforme podemos observar no mapa a
seguir:

REGIONALIZAÇÃO DAS ILHAS DA OCEANIA


Com exceção da região que compreende o escudo australiano, todas as unidades de relevo da Oceania são
geologicamente recentes, com destaque para as inúmeras ilhas vulcânicas. A grande quantidade de ilhas desse tipo
está ligada à presença intensiva do vulcanismo ao longo das zonas oceânicas, graças ao encontro entre duas placas
tectônicas que ocorre nessa localidade.
Por ser cortado pela Linha do Equador mais ao norte e pelo Trópico de Capricórnio ao sul, o continente apresenta
clima e vegetação predominantemente tropicais, com a presença de uns dos maiores desertos do mundo no interior
da Austrália, fruto, em grande parte, das ações climáticas da continentalidade.
Em termos econômicos, os dois principais países são a Austrália e a Nova Zelândia, únicos países
desenvolvidos do mundo que se localizam no hemisfério sul. São grandes potências minerais e se destacam
na pecuária ovina, além de possuírem avançados modelos agroindustriais e turísticos. Aliás, a atividade
turística é a mais importante nas ilhas menores que compõem a Oceania.
Responda:
24- Os principais países da Oceania são:
(A) Taiti e Fiji
(B) Papua Nova Guiné e Vanuatu
(C) Austrália e Nova Zelândia
(D) Nauru e Palau
25- Por ter sido colonizada depois das outras regiões do planeta, a Oceania é também denominada:
(A) Velho Mundo
(B) Novo Mundo
(C) Novíssimo Mundo
26. A economia dos países mais importantes da Oceania baseia-se principalmente:
(A) no turismo, na mineração e na pecuária.
(B) na produção de petróleo.
(C) na produção de soja e na de pescado.
(D) na produção de energia hidrelétrica.
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Bibliografia:

http://www.grupoescolar.com/pesquisa/globalizacao.html
http://super.abril.com.br/ecologia/fim- oceanos-447919.shtml
http://www.mercosur.int/t_generic.jsp?
contentid=3862&site=1&channel=secretaria&seccion=3 www.portalsaofrancisco.com.br
http://www.brasilescola.com/geografia/canada.htm
http://www.mundoeducacao.com/geografia/oceania.htm

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