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Trabalho de Geografia

Países Capitalistas de Primeiro Mundo


Componentes do grupo: Ana Clara, Breno, Bruno, Eduardo, Estéfane, Kátia, Maria Eduarda,
Suelen e Victória
Turma: 3° Ano 1 - 301
Matéria: Geografia
Professor(a): Jéssica

Guerra Fria

A Guerra Fria aconteceu entre 1947 e 1991 e marcou a polarização do mundo em dois blocos:
um liderado pelos americanos e outro pelos soviéticos. Essa polarização gerou um conflito
político-ideológico entre as duas nações e seus respectivos blocos, cada qual defendendo os
seus interesses e a sua ideologia.

A Guerra Fria nunca gerou um conflito armado direto entre Estados Unidos (EUA)


e União Soviética (URSS), mas o conflito de interesses entre os dois países resultou em
conflitos armados ao redor do mundo e em uma disputa que ocorreu em diversos níveis
como a economia, a diplomacia, a tecnologia etc.

A Guerra Fria foi iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial, conflito que aconteceu
entre 1939 e 1945. Ao final desse conflito, EUA e URSS saíram como
as duas grandes potências mundiais e essa situação contribuiu para o surgimento de um
cenário de polarização. O início da rivalidade entre americanos e soviéticos no pós-guerra
é debatido pelos historiadores.

Considera-se que a Guerra Fria iniciou-se por meio de um discurso realizado


por Harry Truman, no Congresso americano, em 1947. Nesse discurso, o presidente
americano solicitava verba para combater o avanço do comunismo na Europa e alegava que
era papel do governo americano combater o avanço da influência soviética.

Com isso, iniciou-se a Doutrina Truman, ideologia que englobou as medidas realizadas
pelo governo americano para conter o avanço do comunismo na Europa. Uma das etapas
dessa doutrina foi o Plano Marshall, o plano de recuperação da Europa destruída pela
guerra. O objetivo desse plano era aumentar a influência americana na Europa, e os
soviéticos percebendo isso proibiram os países de seu bloco a aderirem ao Plano Marshall.
O discurso praticado pela Doutrina Truman utilizava de um discurso alarmista que
colocava o governo soviético como um governo expansionista. O governo americano, no
entanto, sabia que a postura dos soviéticos era uma postura defensiva, porque o país estava
destruído pela guerra e buscava garantir seus interesses apenas na sua zona de influência.

Além disso, outro ponto importante é que as dificuldades econômicas que os países


europeus enfrentariam no pós-guerra poderiam abrir espaço para o avanço do comunismo
e isso preocupava os americanos. Assim, os americanos desenvolveram um discurso
maniqueísta, que foi responsável por polarizar a relação entre as duas nações.

Os soviéticos, que, a princípio, interessavam-se apenas em garantir o controle sobre sua


zona de influência, acabaram incorporando o discurso maniqueísta, o que concretizou a
polarização que marcou a Guerra Fria.

Dentre as características da Guerra Fria (1947-1991), destacam-se:

1. Polarização: por meio de dois blocos, um sob influência americana e outro sob
influência soviética, foi a grande marca da Guerra Fria. Com isso, americanos e
soviéticos possuíam uma retórica agressiva contra seu adversário e tinham aliados
estratégicos. Houve uma tentativa de alguns países de realizarem uma política
externa independente, sem que fosse necessário aliarem-se a algum dos dois países.
2. Corrida armamentista: a disputa entre as duas nações e a procura por mostrar-se
como força hegemônica motivaram ambos a investirem pesadamente no
desenvolvimento de armas de destruição em massa, as bombas nucleares e
termonucleares.
3. Corrida espacial: a disputa entre as duas nações manifestou-se também na área
tecnológica e, entre 1957 e 1975, concentrou-se na exploração do espaço.
4. Interferência estrangeira: os dois países realizaram, ao longo dos anos de Guerra
Fria, uma série de interferências em nações estrangeiras como forma de garantir
seus interesses. O Brasil, por exemplo, foi alvo disso quando os americanos
apoiaram o golpe militar de 1964.

A tensão gerada pela Guerra Fria repercutiu de inúmeras maneiras no mundo ao longo da
história humana. Destacaremos algumas informações desses acontecimentos abaixo:

1. Revolução Chinesa: A China foi um dos locais influenciados pela ideologia


comunista e, desde a década de 1920, o país vivia uma guerra civil travada
por nacionalistas (apoiados pelo EUA) e comunistas (apoiados pela URSS). Depois do
fim da 2ª Guerra, a guerra civil retomou, e os comunistas conseguiram se impor
e conquistaram o poder do país em 1949. O avanço do comunismo pela China
alarmou os americanos e fez com que pesados investimentos dos EUA fossem
destinados a locais como Japão e Coreia do Sul.
2. Guerra da Coreia: A Guerra da Coreia foi travada entre 1950 e 1953 e contou com o
envolvimento de soldados americanos e soviéticos. Esse foi o primeiro grande
conflito, depois da Segunda Guerra Mundial, e aconteceu entre 1950 e 1953. Esse
conflito foi resultado da divisão da Península da Coreia, feita por americanos e
soviéticos, em 1945. O norte, governado por comunistas, e o sul, governado por um
governo capitalista. A tensão desenvolvida entre os dois lados, entre 1945 e 1950,
levou os norte-coreanos a invadirem a Coreia do Sul. O objetivo era reunificar a
Coreia sob um governo comunista. Os soviéticos participaram do conflito às
escondidas, e os americanos entraram no conflito já em 1950. O conflito
foi encerrado sem vencedores e a península permanece dividida até hoje.
3. Crise dos Mísseis em Cuba: O momento de maior tensão em toda a Guerra Fria
ficou conhecido como Crise dos Mísseis e aconteceu em Cuba, em 1962. Cuba havia
passado por uma revolução nacionalista, em 1959, e um tempo depois aliou-se com
os soviéticos por causa dos embargos americanos. Em 1962, os soviéticos resolveram
instalar uma base de mísseis em Cuba e deu início à crise diplomática. Os mísseis
instalados em Cuba não representavam séria ameaça aos americanos, mas
prejudicavam a imagem do presidente John F. Kennedy. Com isso, o governo
americano ameaçou os soviéticos de guerra, caso os mísseis soviéticos não fossem
retirados. Duas semanas depois, os soviéticos retiraram os mísseis de Cuba e, em
troca, os americanos retiraram mísseis da Turquia.
4. Guerra do Vietnã: A Guerra do Vietnã aconteceu entre 1959 e 1975 e foi um dos
momentos mais tensos dos EUA na Guerra Fria. Nessa guerra, Vietnã do
Norte e Vietnã do Sul travavam um conflito aos mesmos moldes do que havia
acontecido na Coreia. Os americanos, em socorro aos sul-vietnamitas, invadiram o
país e passaram a lutar contra o Vietnã do Norte. A Guerra do Vietnã foi cara para a
economia americana e custou milhares de vidas ao seu exército, que se retirou do
país, em 1973, derrotados. Em 1976, o país foi unificado sob domínio do governo do
Vietnã do Norte.
5. Guerra do Afeganistão de 1979: Esse é o conhecido “Vietnã dos soviéticos”.
Os soviéticos invadiram o Afeganistão, em 1979, em apoio do governo comunista
daquele país contra os rebeldes fundamentalistas islâmicos que atuavam, sobretudo,
no interior afegão. Ao longo de dez anos de conflito, os soviéticos lutaram em vão
contra as forças rebeldes. Exauridos economicamente, os soviéticos retiraram-se do
Afeganistão, em 1989.
6. Alemanha na Guerra Fria: A Alemanha foi um local de extrema importância durante
a Guerra Fria, porque ali a polarização manifestou-se de forma intensa. O país foi
dividido em zonas de influência, no fim da 2ª Guerra, e elas resultaram no
surgimento de duas Alemanhas: a Alemanha Ocidental, aliada dos EUA, e
a Alemanha Oriental, aliada da URSS. Essa divisão também foi refletida em Berlim
que, a partir de 1961, foi dividida por um muro construído pelo governo da
Alemanha Oriental, em parceria com a União Soviética. Os comunistas queriam
colocar fim a evasão de população da Alemanha Oriental para Berlim Ocidental.
O Muro de Berlim permaneceu de pé por 28 anos e foi o símbolo da polarização
causada pela Guerra Fria.

Ao longo dos anos da Guerra Fria, americanos e soviéticos procuraram garantir sua
influência sobre seu bloco e para isso criaram grupos que realizaram a cooperação
econômica, política e militar entre seus aliados.
1. Plano Marshall e Comecon: o Plano Marshall, como citado, foi criado pelos EUA para
financiar a reconstrução da Europa e conter o avanço do comunismo. Os soviéticos,
em represália, criaram o Conselho para Assistência Econômica Mútua, o Comecon,
que garantia apoio econômico aos países do bloco comunista.
2. Otan e Pacto de Varsóvia: a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi
criado como uma aliança militar entre os países alinhados aos Estados Unidos, em
1949. O Pacto de Varsóvia, por sua vez, criado em 1955, visava a garantir a segurança
dos países do bloco comunista.

A abertura da URSS aconteceu durante o governo de Mikhail Gorbachev.**

A partir da década de 1970, a economia da União Soviética começou a entrar em crise. A


crise foi resultado da falta de ações do governo soviético para dinamizar a economia do
país, que já demonstrava estar em atraso tecnológico e econômico em relação às grandes
potências mundiais, e os indicadores sociais do país começaram a cair.

A disparada no valor do petróleo criou um clima de falsa prosperidade, que impediu que
reformas na economia soviética acontecessem. O envolvimento do país na Guerra do
Afeganistão e o acidente nuclear que aconteceu em Chernobyl, em 1986, contribuíram para
o fim da URSS, pois impuseram pesados gastos a um país com uma economia já fragilizada.

O último presidente soviético, Mikhail Gorbachev, começou a realizar reformas (Glasnost e


Perestroika) de abertura do país para o Ocidente, sobretudo na economia, e essas levaram
ao desmantelamento da União Soviética. Quando Gorbachev renunciou, em 25 de dezembro
de 1991, a URSS foi dissolvida e isso marcou o fim da Guerra Fria.

Estados Unidos na Guerra Fria

Existe um certo consenso de que o marco que iniciou a Guerra Fria seja o discurso
realizado pelo presidente americano, Harry Truman, em 1947.
Esse discurso de Truman foi realizado no Congresso americano e, nessa ocasião, o
presidente americano solicitava verbas para que os Estados Unidos pudessem se engajar
para evitar o avanço do comunismo na Europa. Na visão de Truman, era papel dos EUA
liderar a luta contra o avanço do comunismo no continente europeu.

Esse discurso deu início ao que ficou conhecido como Doutrina Truman, que consistiu no
conjunto de medidas tomadas pelos EUA para conter o avanço do comunismo. A primeira
ação tomada por essa doutrina foi o Plano Marshall, plano de recuperação econômica da
Europa com o qual os americanos forneceriam grandes somas de dinheiro para os países
interessados.

A atuação dos Estados Unidos na Europa por meio da Doutrina Truman justifica-se única e
exclusivamente pelo discurso alarmista que apresentava a URSS como uma potência
expansionista e que procuraria conquistar todo o continente europeu sob a égide do
comunismo. Os americanos sabiam que os problemas econômicos da Europa no
pós-guerra eram um campo fértil para o crescimento da ideologia comunista lá.

Países de Primeiro Mundo

Durante a Guerra Fria, o termo Primeiro Mundo foi usado para caracterizar os países
capitalistas mais desenvolvidos.

Segundo a Teoria dos Mundos, Primeiro Mundo é o nome usado no período da Guerra Fria
para designar um conjunto de países capitalistas de economias desenvolvidas, atualmente
são chamados de países desenvolvidos, centrais (ricos), que possuem elevados indicadores
sociais.

Diante das características apontadas, a população desses países usufrui de um alto padrão
de consumo, fato proveniente da elevada renda per capita.
A quantidade de novos produtos para o consumo é expressiva, por isso compra-se muito,
mesmo que não seja para suprir as necessidades básicas (supérfluo).
Com base nessa informação, se o restante do mundo tivesse esse mesmo nível de consumo,
os recursos não seriam suficientes para abastecer todos os países.

Em países com esses aspectos há distribuição de renda relativamente justa, desse modo, a
diferença de classes sociais não são tão grandes, ou seja, a “distância” entre um pobre e um
rico, por exemplo, não é exorbitante. Situação como essa é resultado da intervenção
governamental, cobrando maiores taxas tributárias daqueles que detêm maior poder
aquisitivo.

A cidade de Nova York (EUA) é um dos maiores centros financeiros do planeta.


Os tributos são, obrigatoriamente, revertidos em serviços sociais, como escolas, moradias,
estradas, hospitais, previdência, entre outros programas que visam garantir à população
uma elevada qualidade de vida.

Genuinamente, em países de Primeiro Mundo, a democracia tende a ser praticada, uma vez
que o Estado sofre reivindicações dos cidadãos e as reconhece e busca executá-las. 

Os fatores que colocaram alguns países nessa categoria foram, sem dúvida, o processo de
industrialização de forma pioneira, a revolução agrícola e a urbanização gradativa.

Segundo o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, são considerados países de


Primeiro Mundo: Alemanha, Andorra, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chipre, Coreia do
Sul, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Irlanda,
Islândia, Israel, Itália, Japão, Liechtenstein, Luxemburgo, Mônaco, Noruega, Nova Zelândia,
Países Baixos, Portugal, Reino Unido, San Marino, Cingapura, Suécia, Suíça e Taiwan.

Os principais aspectos que caracterizam os países de Primeiro Mundo são:

1. Setor industrial diversificado.


2. Economia desenvolvida e fortalecida.
3. Setor agropecuário modernizado.
4. Mão de obra qualificada, com uso de tecnologias em todos os seguimentos de
atividade.
5. Elevado desenvolvimento científico e tecnológico.
6. Modernos sistemas de transportes e de comunicação.
7. População urbana maior que a rural.
8. População economicamente ativa inserida, especialmente, no setor secundário e
terciário da economia.
9. Alto índice de alfabetização.
10. Excelente qualidade de vida (boa alimentação, habitação, serviço sanitário de
qualidade, elevada expectativa de vida e etc.)
11. Modesta taxa de crescimento natural ou vegetativo.

Muro de Berlim

O Muro de Berlim foi construído em 13 de agosto de 1961 e derrubado 28 anos depois, em 9


de novembro de 1989.

O muro dividiu a cidade de Berlim em duas, a fim de evitar a emigração da população de


Berlim Oriental para o lado Ocidental.
Desta maneira, entre 1961 e 1989, a cidade ficou dividida em duas zonas distintas: Berlim
Ocidental e Berlim Oriental.

Para compreender a existência do Muro de Berlim precisamos lembrar do contexto da


Guerra Fria (1945-1991). Esta foi uma disputa geopolítica iniciada ao fim da Segunda Guerra
Mundial (1939-1945) entre os Estados Unidos (liderando o bloco capitalista) e a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (à frente do bloco socialista).

Ao término da Segunda Guerra Mundial, os principais vencedores – Inglaterra, Estados


Unidos, França e União Soviética – ocuparam a Alemanha derrotada. Na cidade de Berlim se
via esta situação com mais claridade, pois as três nações também se apropriaram de
Berlim.

Os três primeiros países possuíam o mesmo alinhamento político-econômico, ou seja, o


capitalismo. Assim, criaram a zona “tripartida”, algo que não agradou a Stalin, pois deixava
ameaçado o território ocupado pela URSS.

Em 1948, Stalin decreta o “Bloqueio de Berlim”, um cerco “pacífico” que impedia a chegada
de suprimentos à Alemanha Ocidental, pela terra e pelos rios. A resposta dos Estados
Unidos e da Inglaterra foi utilizar aviões para garantir o abastecimento e o transporte.

O cerco foi interrompido em 13 de maio de 1949 e os Aliados permaneceram em Berlim.


Igualmente, no dia 23 do mesmo mês, criam a República Federal Alemã (Alemanha
Ocidental), impedindo que Stalin se apoderasse de todo território alemão.

Por sua parte, a URSS decreta a criação da República Democrática Alemã (Alemanha
Oriental) em 7 de outubro de 1949.

Se a Alemanha sofreu todo com esta divisão, para a cidade Berlim foi pior. A antiga capital
estava em pleno território ocupado pelos soviéticos e foi cortada – literalmente – em duas.

O Muro media tinha cerca de 155 km de comprimento, cruzava 24 quilômetros de rios e 30


quilômetros de bosques. Interrompeu o trajeto de oito linhas de trens urbanos, quatro de
metrô e cortou 193 ruas e avenidas.

Estava defendido por grades com alarmes, cercas elétricas e arames farpados, pontilhado
por mais de 300 torres de observação, patrulhadas por cães de guarda e soldados bem
armados. Estes, tinham ordem de atirar para matar, em qualquer pessoas que tentasse
atravessá-lo.
Algumas construções sofreram diretamente as consequências da construção como a Igreja
da Reconciliação, de 1894, que ficou restrita aos moradores do lado comunista. Na década
de 80, com o objetivo de criar uma área junto ao muro (que ficou conhecida como zona da
morte), o governo da RDA optou por sua demolição, em 1985.

Outro lugar dilacerado foi o Cemitério Sophien que passou a ser acessível somente aos
berlinenses orientais. Sua área foi cortada e vários corpos não foram retirados
adequadamente.

Porém, uma rua se tornou o símbolo desta divisão: a "Bernauer Strasse" (rua Bernauer).
Com 1,4 km de extensão, o Muro ocupou quase toda sua área e os edifícios contíguos
tiveram suas janelas emparedadas.

Ali, se produziu a primeira vítima mortal que tentou escapar de Berlim Oriental, em 22 de
agosto de 1961, quando uma moradora saltou do terceiro andar e veio a falecer com a
queda.

Estima-se que 118 pessoas tenham morrido arriscando cruzar o Muro. Outras 112 foram
alvejadas ou despencaram das alturas, mas sobreviveram e foram presas juntas com cerca
de 70 mil pessoas acusadas de traição por tentar fugir da República Democrática Alemã.

No entanto, 5.075 pessoas conseguiram superar todas essas barreiras e alcançar a Alemanha
Ocidental.

As fugas da porção oriental para a ocidental eram corriqueiras antes de 1960 e cerca de 2
mil pessoas evadiam-na diariamente, em busca de melhores condições de vida no lado
capitalista.

Em 1961, a fim de evitar mais fugas, Walter Ulbricht (1893-1973), Secretário Geral do Partido
Comunista da República Democrática Alemã, decreta um novo bloqueio ao livre trânsito
das forças armadas nos dois lados na cidade de Berlim.

Assim, em 13 de agosto de 1961, é iniciada a construção de um grande muro que se tornaria


o símbolo máximo da Guerra Fria.

Já no plano cotidiano, milhares de famílias se viram afetadas, pois muitos parentes e


amigos ficaram de lados opostos e sem possibilidade de encontrarem-se.

No dia 27 de outubro de 1961, devido a um incidente, tanques dos EUA chegaram a enfrentar
tanques soviéticos, no posto fronteiriço CheckPoint Charlie. Felizmente, ninguém disparou
e a situação foi resolvida pela via diplomática.
A história do Muro de Berlim segue em paralelo com o Guerra Fria.

Em 1963, o presidente americano Jonh Kennedy, de visita a Berlim, faz um discurso


memorável solidarizando-se com Berlim Ocidental, onde se declara que era um berlinês.
Porém, as duas Alemanhas só reatariam os laços diplomáticos dez anos depois, ao mesmo
tempo que URSS e Estados Unidos tentavam diminuir a tensão da Guerra Fria.

Tanto a URSS quanto seus sócios do bloco comunista passavam por uma crise econômica e
política. Por isso, usavam estratégias de abertura para oxigenar seus regimes.

Em 1987 foi a vez do presidente americano Ronald Reagan desafiar a Mikhail Gorbachev a
derrubar o Muro. Enquanto isso, Gorbachev preparava a abertura paulatina da União
Soviética ao mundo.

Na mesma época, são registradas várias manifestações por mais liberdade em ambos os
lados da fronteira alemã. Numa declaração transmitida pelas televisões, os políticos da
Alemanha Oriental anunciam a abertura da fronteira.

No próprio bloco da Europa Oriental, vários países realizavam tímidas reformas. Em 1989,
por exemplo, o governo da Hungria abre suas fronteiras, permitindo aos alemães
alcançarem, em massa, a Alemanha Ocidental.

Como não disseram nenhuma data em concreto, uma multidão de berlinenses se dirigiu ao
Muro no dia 9 de novembro de 1989, e começou a derrubá-lo com suas próprias
ferramentas. Apesar de todo esse esforço, o Muro só foi realmente destruído por
escavadeiras.

Até hoje parte do Muro de Berlim foi mantido na capital alemã. Parte dele virou um mural
de pinturas para artistas consagrados internacionalmente, enquanto outras servem como
monumentos para que nunca mais se esqueça esta terrível construção.

Por fim, Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental se unificam em 3 de outubro de 1990,


onze meses após a Queda do Muro de Berlim.

Conferência de Bandung

A Conferência de Bandung foi um encontro que aconteceu na cidade homônima, localizada


na Indonésia, em 1955. Ele reuniu líderes de 29 países da Ásia e da África com o objetivo
de identificar os objetivos, fraquezas, pontos fortes e características do que hoje
conhecemos como Terceiro Mundo.
O contexto, aqui, era o fim da Segunda Guerra Mundial e o começo do processo
de descolonização dos países africanos e asiáticos, no qual o fortalecimento de aspectos
econômicos e culturais dessas nações era algo importante.

Diversos países participaram dessa reunião. Alguns deles foram:

1. Afeganistão;
2. Birmânia;
3. Camboja;
4. China;
5. Ceilão;
6. Filipinas;
7. Índia;
8. Japão;
9. Nepal;
10. Paquistão;
11. Laos;
12. Vietnã;
13. Tailândia;
14. Arábia Saudita;
15. Jordânia;
16. Síria;
17. Líbano;
18. Etiópia;
19. Egito;
20. Turquia;
21. Gana.
No entanto, não se preocupe: não é necessário decorar todos esses nomes. Apenas
compreenda o contexto e saiba que os representantes foram países asiáticos e africanos!

Com a conferência, foram postulados Dez Princípios, todos baseados na Carta das Nações
Unidas. Eles são:

1. Respeito aos direitos fundamentais;


2. Respeito à soberania;
3. Reconhecimento da igualdade das nações e etnias, independentemente de seu
tamanho;
4. Não intervenção nos assuntos particulares das nações;
5. Respeito pelo direito de defesa de cada nação;
6. Recusa na participação de defesa de superpotências;
7. Abstenção da intervenção em assuntos de outros países;
8. Solução de conflitos internacionais com a utilização de conceitos pacíficos;
9. Estímulo de cooperação entre as nações do Terceiro Mundo;
10. Respeito pela justiça internacional.
Trabalho de Geografia
Revolução Industrial
Componentes do grupo: Ana Clara, Breno, Bruno, Eduardo, Estéfane, Kátia, Maria
Eduarda, Suelen e Victória
Turma: 3° Ano 1 - 301
Matéria: Geografia
Professor(a): Jéssica

A Revolução Industrial foi o período de grande desenvolvimento tecnológico que teve início


na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e que se espalhou pelo mundo,
causando grandes transformações. Ela garantiu o surgimento da indústria e consolidou o
processo de formação do capitalismo.

O nascimento da indústria causou grandes transformações na economia mundial, assim


como no estilo de vida da humanidade, uma vez que acelerou a produção de mercadorias e
a exploração dos recursos da natureza. Além disso, foi responsável por grandes
transformações no processo produtivo e nas relações de trabalho.

A Revolução Industrial foi iniciada de maneira pioneira na Inglaterra, a partir da segunda


metade do século XVIII, e atribui-se esse pioneirismo aos ingleses pelo fato de que foi lá
que surgiu a primeira máquina a vapor, em 1698, construída por Thomas Newcomen e
aperfeiçoada por James Watt, em 1765. O historiador Eric Hobsbawm, inclusive, acredita que
a Revolução Industrial só foi iniciada de fato na década de 1780.

Uma das principais invenções da Primeira Revolução Industrial foi a locomotiva a vapor.

O avanço tecnológico característico da Revolução Industrial permitiu um grande


desenvolvimento de maquinário voltado para a produção têxtil, isto é, de roupas. Com isso,
uma série de máquinas, como a “spinning Jenny”, “spinning frame”, “water frame” e a
“spinning mule”, foram criadas para tecer fios. Com essas máquinas, era possível tecer uma
quantidade de fios que manualmente exigiria a utilização de várias pessoas.

Posteriormente, no começo do século XIX, o desenvolvimento tecnológico foi utilizado na


criação da locomotiva e das estradas de ferro, que, a partir da década de 1830, foram
construídas por toda a Inglaterra. A construção das estradas de ferro contribuiu para
ampliar o crescimento industrial, uma vez que diminuiu as distâncias, ao tornar as viagens
mais curtas, e ampliou a capacidade de locomoção de mercadorias.

O desenvolvimento das estradas de ferro aproveitou aprosperidade da indústria inglesa,


uma vez que os financiadores de sua construção foram exatamente os capitalistas que
prosperaram na Revolução Industrial. Isso porque a indústria inglesa não conseguia
absorver todo o excedente de capital, fazendo com que os investimentos nas estradas de
ferro acontecessem.

Resumo sobre a Revolução Industrial:


1. A Inglaterra foi a nação pioneira no desenvolvimento industrial e tecnológico no
mundo.
2. Por meio da Revolução Industrial, o capitalismo consolidou-se como sistema
econômico vigente.
3. O desenvolvimento da máquina a vapor é considerado como o ponto de partida da
Revolução Industrial.
4. Causou profundas transformações no modo de produção e também nas relações
entre patrão e trabalhador.
5. Durante o auge da Revolução Industrial, os trabalhadores ingleses recebiam salários
baixíssimos e eram obrigados a suportar uma longa jornada de trabalho.
6. A intensa exploração do trabalho do proletário fez com que os trabalhadores
organizassem-se em sindicatos.
7. Dois movimentos de trabalhadores foram muito importantes no século XIX: o
ludismo e o cartismo.
8. A Revolução Industrial aconteceu de maneira pioneira na Inglaterra por uma junção
de fatores, que englobam as grandes reservas de carvão do país, os cercamentos, o
excedente de capital existente no país etc.
9. As transformações econômicas, sociais e tecnológicas proporcionadas pela
Revolução Industrial dividem-se em fases, segundo os avanços produtivos, no
campo científico e em diversas outras áreas do setor econômico e industrial.
10. Pode-se dividir a Revolução Industrial em: Primeira Revolução Industrial, Segunda
Revolução Industrial e Terceira Revolução Industrial.
11. Diversas foram as consequências da Revolução Industrial. Houve aumento da
produtividade, mudança nas relações de trabalho, alterações no modo de vida e
padrões de consumo da sociedade; alterou-se a relação entre o homem e a natureza,
houve avanços em diversos campos do conhecimento, entre outras mudanças.

A Revolução Industrial também gerou grandes transformações no modo de produção de


mercadorias. Antes do surgimento da indústria, a produção acontecia pelo modo de
produção manufatureiro, isto é, um modo de produção manual que utilizava a capacidade
artesanal daquele que produzia. Assim, a manufatura foi substituída pela maquinofatura.

Com a maquinofatura, não era mais necessária a utilização de vários trabalhadores


especializados para produzir uma mercadoria, pois uma pessoa manuseando as máquinas
conseguiria fazer todo o processo sozinha. Com isso, o salário do trabalhador despencou,
uma vez que não eram mais necessários funcionários com habilidades manuais.

Isso é evidenciado pela estatística trazida por Eric Hobsbawm que mostra como o salário
do trabalhador inglês caiu com o surgimento da indústria. O exemplo levantado foi Bolton,
cidade no oeste da Inglaterra. Lá, em 1795, um artesão ganhava 33 xelins, mas, em 1815, o
valor pago havia caído para 14 xelins e, entre 1829 e 1834, esse salário havia despencado para
quase 6 xelins |2|. Percebemos aqui uma queda brusca no salário e esse processo deu-se em
toda a Inglaterra.

Além do baixo salário, os trabalhadores eram obrigados a lidar com uma carga de


trabalho extenuante. Nas indústrias inglesas do período da Revolução Industrial, a jornada
diária de trabalho costumava ser de até 16 horas com apenas 30 minutos de pausa para o
almoço. Os trabalhadores que não aguentassem a jornada eram sumariamente substituídos
por outros.

Não havia nenhum tipo de segurança para os trabalhadores e constantemente acidentes


aconteciam. O acidente mais comum era quando os trabalhadores tinham seus dedos
presos na máquina, e muitos os perdiam. Os trabalhadores que se afastavam por problemas
de saúde poderiam ser demitidos e não receberiam seu salário. Só eram pagos os
funcionários que trabalhavam efetivamente.

Essa situação degradante fez com que os trabalhadores mobilizassem-se pouco a pouco
contra seus patrões. Isso levou à criação das organizações de trabalhadores (mais
conhecidas no Brasil como sindicatos) e chamadas na Inglaterra de trade union. Os
trabalhadores exigiam melhorias salariais e redução na jornada de trabalho.

Dois grandes movimentos de trabalhadores surgiram dessas organizações foram


o ludismo e o cartismo. O ludismo teve atuação destacada no período entre 1811 e 1816, e sua
estratégia consistia em invadir as fábricas e destruir as máquinas. Isso acontecia porque os
adeptos do ludismo afirmavam que as máquinas estavam roubando os empregos dos
homens e, portanto, deveriam ser destruídas.

O movimento cartista, por sua vez, surgiu na década de 1830 e lutava por direitos
trabalhistas e políticos para a classe de trabalhadores da Inglaterra. Uma das principais
exigências dos cartistas era o sufrágio universal masculino, isto é, o direito de que todos os
homens pudessem votar. Os cartistas também exigiam que sua classe tivesse
representatividade no Parlamento inglês.

A mobilização de trabalhadores resultou em algumas melhorias ao longo do século XIX. A


pressão exercida pelos trabalhadores dava-se, principalmente, por meio de greve. Uma das
melhorias mais sensíveis conquistadas pelos trabalhadores foi a redução da jornada de
trabalho para 10 horas diárias, por exemplo.

A mobilização de trabalhadores enquanto classe, isto é, pobres (proletários), não foi um


fenômeno que surgiu especificamente por causa da Revolução Industrial. Nas palavras de
Eric Hobsbawm, o enfrentamento dos patrões pelos trabalhadores aconteceu, porque
a Revolução Francesa deu-lhes confiança para isso, enquanto“a Revolução Industrial trouxe
a necessidade de mobilização permanente”.

A Revolução Industrial despontou pioneiramente, na segunda metade do século XVIII, na


Inglaterra e gradativamente foi espalhando-se pela Europa e, em seguida para todo o
mundo. Mas por que necessariamente isso ocorreu na Inglaterra? A resposta para isso é
encontrada um pouco no acaso e um pouco na própria história inglesa.

Primeiramente, é importante estabelecer que o desenvolvimento tecnológico e industrial


na Inglaterra foi possível, porque a burguesia estabeleceu-se como classe e garantiu o
desenvolvimento da economia inglesa na direção do capitalismo. Isso aconteceu no século
XVII, com a Revolução Gloriosa.

A Revolução Gloriosa aconteceu em 1688 e consolidou o fim da monarquia absolutista na


Inglaterra (que já vinha enfraquecida desde a Revolução Puritana, na década de 1640). Com
isso, a Inglaterra transformou-se em uma monarquia constitucional parlamentarista, na
qual o poder do rei não estava acima do Parlamento e nem da Constituição, no caso da
Inglaterra da Declaração de Direitos – Bill of Rights.

Assim, a burguesia conseguiu consolidar-se enquanto classe e governar de maneira a


atender aos seus interesses econômicos. Um acontecimento fundamental para o
desenvolvimento do comércio inglês ocorreu no meio das duas revoluções do século XVII,
citadas acima. Em 1651, Oliver Cromwell decretou os Atos de Navegação, lei que decretava
que mercadorias compradas ou vendidas pela Inglaterra somente seriam transportadas por
embarcações inglesas.

Essa lei foi fundamental, pois protegeu o comércio, enfraqueceu a concorrência dos
ingleses e garantiu que os navios ingleses controlassem as rotas comerciais marítimas. Isso
enriqueceu a burguesia inglesa e permitiu-lhes acumular capital. Esse capital foi utilizado
no desenvolvimento de máquinas e na instalação das indústrias.
Mas não bastava somente excedente de capital para garantir o desenvolvimento industrial.
Eram necessários trabalhadores, e a Inglaterra do século XVIII tinha mão de obra
excedente. Isso está relacionado com os cercamentos que aconteciam na Inglaterra e que se
intensificaram a partir do século XVII.

Os cercamentos aconteciam por força da Lei dos Cercamentos (Enclosure Acts), lei inglesa


que permitia que as terras comuns fossem cercadas e transformadas em pasto. As terras
comuns eram parte do sistema feudal, que estipulava determinadas áreas para serem
ocupadas e cultivadas pelos camponeses.

Com os cercamentos, os camponeses que habitavam essas terras foram expulsos, e as


terras foram transformadas em pasto para a criação de ovelhas. A criação de ovelhas era o
que fornecia a lã utilizada em larga escala na produção têxtil do país. Os camponeses
expulsos de suas terras e sem ter para onde ir mudaram-se para as grandes cidades.

Sem nenhum tipo de qualificação, esses camponeses viram-se obrigados a trabalhar nos
únicos locais que forneciam empregos – as indústrias. Assim, as indústrias que se
desenvolviam na Inglaterra tinham mão de obra excedente. Isso garantia aos patrões poder
de barganha, pois poderiam forçar os trabalhadores a aceitarem salários de fome por uma
jornada diária exaustiva.

A adesão dos trabalhadores às indústrias ocorreu de maneira massiva também por uma lei


inglesa que proibia as pessoas de “vadiagem”. Assim, pessoas que fossem pegas vagando
pelas ruas sem emprego poderiam ser punidas com castigos físicos e até mesmo com a
morte, caso fossem reincidentes.

Por último, destaca-se que o acaso e o fortuito também contribuíram para que a Inglaterra
despontasse pioneiramente. O desenvolvimento das máquinas e das indústrias apenas
ocorreu, porque a Inglaterra tinha grandes reservas dos dois materiais essenciais para isso:
o carvão e o ferro. Com reservas de carvão e ferro abundantes, a Inglaterra pôde
desenvolver sua indústria desenfreadamente.

A Revolução Industrial corresponde às modificações econômicas e tecnológicas que


consolidaram o sistema capitalista e permitiram o surgimento de novas formas de
organização da sociedade. As transformações tecnológicas, econômicas e sociais vividas na
Europa Ocidental, inicialmente limitadas à Inglaterra, em meados do século XVIII, tiveram
diversos desdobramentos, os quais podemos chamar de fases. Essas fases correspondem ao
processo evolutivo das tecnologias desenvolvidas e as consequentes mudanças
socioeconômicas. São elas:
1. Primeira Revolução Industrial: A Primeira Revolução Industrial refere-se ao
processo de evolução tecnológica vivido a partir do século XVIII na Europa
Ocidental, entre 1760 e 1850, estabelecendo uma nova relação entre a sociedade e o
meio, bem como possibilitando a existência de novas formas de produção que
transformaram o setor industrial, dando início a um novo padrão de consumo. Essa
fase é marcada especialmente pela: substituição da energia produzida pelo homem
por energias como a vapor, eólica e hidráulica; substituição da produção artesanal
(manufatura) pela indústria (maquinofatura); existência de novas relações de
trabalho. As principais invenções dessa fase que modificaram todo o cenário vivido
na época foram: a utilização do carvão como fonte de energia; o consequente
desenvolvimento da máquina a vapor e da locomotiva; desenvolvimento
do telégrafo, um dos primeiros meios de comunicação quase instantânea. A
produção modificou-se, diminuindo o tempo e aumentando a produtividade; as
invenções possibilitaram o melhor escoamento de matérias-primas, bem como de
consumidores, e também favoreceram a distribuição dos bens produzidos.
2. Segunda Revolução Industrial: O petróleo passou a ser utilizado na Segunda
Revolução Industrial como fonte de energia para o motor à combustão. A Segunda
Revolução Industrial refere-se ao período entre a segunda metade do século XIX até
meados do século XX, tendo seu fim durante a Segunda Guerra Mundial. A
industrialização avançou os limites geográficos da Europa Ocidental, espalhando-se
por países como Estados Unidos, Japão e demais países da Europa. Compreende a
fase de avanços tecnológicos ainda maiores que os vivenciados na primeira fase,
bem como o aperfeiçoamento de tecnologias já existentes. O mundo pôde vivenciar
diversas novas criações, que aumentaram ainda mais a produtividade e
consequentemente os lucros das indústrias. Houve nesse período, também, grande
incentivo às pesquisas, especialmente no campo da medicina. As principais
invenções dessa fase estão associadas ao uso do petróleo como fonte de energia,
utilizado na nova invenção: o motor à combustão. A eletricidade, que antes era
utilizada apenas para desenvolvimento de pesquisas em laboratórios, nesse período,
começou a ser usada para o funcionamento de motores, com destaque para
os motores elétricos e à explosão. O ferro, que antes era largamente utilizado,
passou a ser substituído pelo aço.
3. Terceira Revolução Industrial: A Terceira Revolução Industrial ficou conhecida
como Revolução Tecnocientífica, especialmente pelo desenvolvimento da robótica.
A Terceira Revolução Industrial, também conhecida
como Revolução Tecnocientífica, iniciou-se na metade do século XX, após a Segunda
Guerra Mundial. Essa fase representa uma revolução não só no setor industrial,
visto que passou a relacionar não só o desenvolvimento tecnológico voltado ao
processo produtivo, mas também ao avanço científico, deixando de limitar-se a
apenas alguns países e espalhando-se por todo o mundo. As transformações
possibilitadas pelos avanços tecnocientíficos são vivenciadas até os dias atuais, e
cada nova descoberta representa um novo patamar alcançado dentro dessa fase da
revolução, consolidando o que ficou conhecido como capitalismo financeiro. A
introdução da biotecnologia, robótica, avanços na área da genética,
telecomunicações, eletrônica, transporte, entre outras áreas, transformaram não só
a produção, como também as relações sociais, o modo de vida da sociedade e o
espaço geográfico. Todo esse desenvolvimento proporcionado pelos avanços obtidas
nas diversas áreas científicas relacionam-se ao que chamamos de globalização: tudo
converge para a diminuição do tempo e das distâncias, ligando pessoas, lugares,
transmitindo informações instantaneamente, superando, então, os desafios e
obstáculos que permeiam a localização geográfica, as diferenças culturais, físicas e
sociais.

De um modo geral, a Revolução Industrial transformou não só o setor econômico e


industrial, como também as relações sociais, as relações entre o homem e a natureza,
provocando alterações no modo de vida das pessoas, nos padrões de consumo e no meio
ambiente. Cada fase da revolução representou diferentes transformações e consequências
mediante os avanços obtidos em cada período.

A Primeira Revolução Industrial representou uma nova organização no modo


capitalista. Nesse período houve um aumento significativo de indústrias, bem como o
aumento significativo da produtividade (produção em menor tempo). O homem, ao ser
substituído pela máquina, saiu da zona rural para ir para as cidades em busca de novas
oportunidades, dando início ao processo de urbanização.

Esse processo culminou no crescimento desenfreado das cidades, na marginalização de boa


parte da população, bem como em problemas de ordem social, como miséria, violência,
fome. Nessa fase, também, a sociedade organizou-se em dois polos: de um lado a burguesia
e do outro o proletariado.

A Segunda Revolução Industrial teve como principais consequências, mediante o maior


avanço tecnológico, o aumento da produção em massa em bem menos tempo,
consequentemente o aumento do comércio e modificação nos padrões de consumo;
muitos países passaram a se industrializar, especialmente os mais ricos, dominando, então,
economicamente diversos outros países (expansão territorial e exploração de
matéria-prima).

O avanço nos transportes possibilitou maior e melhor escoamento de mercadorias


e trânsito de pessoas; surgiram as grandes cidades e com elas também os problemas como
superpopulação; aumento das doenças; desemprego e aumento da mão de obra barata e
novas relações de trabalho.
A Terceira Revolução Industrial e a nova integração entre ciência, tecnologia e
produção possibilitaram avanços na medicina; a invenção de robôs capazes de fazer
trabalho extremamente minucioso e preciso; houve avanços na área da genética, trazendo
novas técnicas que melhoraram a qualidade de vida das pessoas; bem como diminuição das
distâncias entre os povos e a maior difusão de notícias e informações por meio de novos
meios de comunicação; o capitalismo financeiro consolidou-se e houve aumento do
número de empresas multinacionais.

E não menos importante, todas essas transformações possibilitadas pela Revolução


Industrial como um todo transformaram o modo como o homem relaciona-se com o meio.
A apropriação dos recursos naturais para viabilizar as produções e os avanços
tecnocientíficos tem causado grande impacto ambiental.

Atualmente, as alterações provocadas no meio ambiente têm sido amplamente discutidas


pelas comunidades internacionais, órgãos e entidades, que expressam a importância de
mudar o modelo de desenvolvimento econômico que explora os recursos naturais sem
pensar nas gerações futuras.

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