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Guerra Fria
A Guerra Fria aconteceu entre 1947 e 1991 e marcou a polarização do mundo em dois blocos:
um liderado pelos americanos e outro pelos soviéticos. Essa polarização gerou um conflito
político-ideológico entre as duas nações e seus respectivos blocos, cada qual defendendo os
seus interesses e a sua ideologia.
A Guerra Fria foi iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial, conflito que aconteceu
entre 1939 e 1945. Ao final desse conflito, EUA e URSS saíram como
as duas grandes potências mundiais e essa situação contribuiu para o surgimento de um
cenário de polarização. O início da rivalidade entre americanos e soviéticos no pós-guerra
é debatido pelos historiadores.
Com isso, iniciou-se a Doutrina Truman, ideologia que englobou as medidas realizadas
pelo governo americano para conter o avanço do comunismo na Europa. Uma das etapas
dessa doutrina foi o Plano Marshall, o plano de recuperação da Europa destruída pela
guerra. O objetivo desse plano era aumentar a influência americana na Europa, e os
soviéticos percebendo isso proibiram os países de seu bloco a aderirem ao Plano Marshall.
O discurso praticado pela Doutrina Truman utilizava de um discurso alarmista que
colocava o governo soviético como um governo expansionista. O governo americano, no
entanto, sabia que a postura dos soviéticos era uma postura defensiva, porque o país estava
destruído pela guerra e buscava garantir seus interesses apenas na sua zona de influência.
1. Polarização: por meio de dois blocos, um sob influência americana e outro sob
influência soviética, foi a grande marca da Guerra Fria. Com isso, americanos e
soviéticos possuíam uma retórica agressiva contra seu adversário e tinham aliados
estratégicos. Houve uma tentativa de alguns países de realizarem uma política
externa independente, sem que fosse necessário aliarem-se a algum dos dois países.
2. Corrida armamentista: a disputa entre as duas nações e a procura por mostrar-se
como força hegemônica motivaram ambos a investirem pesadamente no
desenvolvimento de armas de destruição em massa, as bombas nucleares e
termonucleares.
3. Corrida espacial: a disputa entre as duas nações manifestou-se também na área
tecnológica e, entre 1957 e 1975, concentrou-se na exploração do espaço.
4. Interferência estrangeira: os dois países realizaram, ao longo dos anos de Guerra
Fria, uma série de interferências em nações estrangeiras como forma de garantir
seus interesses. O Brasil, por exemplo, foi alvo disso quando os americanos
apoiaram o golpe militar de 1964.
A tensão gerada pela Guerra Fria repercutiu de inúmeras maneiras no mundo ao longo da
história humana. Destacaremos algumas informações desses acontecimentos abaixo:
Ao longo dos anos da Guerra Fria, americanos e soviéticos procuraram garantir sua
influência sobre seu bloco e para isso criaram grupos que realizaram a cooperação
econômica, política e militar entre seus aliados.
1. Plano Marshall e Comecon: o Plano Marshall, como citado, foi criado pelos EUA para
financiar a reconstrução da Europa e conter o avanço do comunismo. Os soviéticos,
em represália, criaram o Conselho para Assistência Econômica Mútua, o Comecon,
que garantia apoio econômico aos países do bloco comunista.
2. Otan e Pacto de Varsóvia: a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi
criado como uma aliança militar entre os países alinhados aos Estados Unidos, em
1949. O Pacto de Varsóvia, por sua vez, criado em 1955, visava a garantir a segurança
dos países do bloco comunista.
A disparada no valor do petróleo criou um clima de falsa prosperidade, que impediu que
reformas na economia soviética acontecessem. O envolvimento do país na Guerra do
Afeganistão e o acidente nuclear que aconteceu em Chernobyl, em 1986, contribuíram para
o fim da URSS, pois impuseram pesados gastos a um país com uma economia já fragilizada.
Existe um certo consenso de que o marco que iniciou a Guerra Fria seja o discurso
realizado pelo presidente americano, Harry Truman, em 1947.
Esse discurso de Truman foi realizado no Congresso americano e, nessa ocasião, o
presidente americano solicitava verbas para que os Estados Unidos pudessem se engajar
para evitar o avanço do comunismo na Europa. Na visão de Truman, era papel dos EUA
liderar a luta contra o avanço do comunismo no continente europeu.
Esse discurso deu início ao que ficou conhecido como Doutrina Truman, que consistiu no
conjunto de medidas tomadas pelos EUA para conter o avanço do comunismo. A primeira
ação tomada por essa doutrina foi o Plano Marshall, plano de recuperação econômica da
Europa com o qual os americanos forneceriam grandes somas de dinheiro para os países
interessados.
A atuação dos Estados Unidos na Europa por meio da Doutrina Truman justifica-se única e
exclusivamente pelo discurso alarmista que apresentava a URSS como uma potência
expansionista e que procuraria conquistar todo o continente europeu sob a égide do
comunismo. Os americanos sabiam que os problemas econômicos da Europa no
pós-guerra eram um campo fértil para o crescimento da ideologia comunista lá.
Durante a Guerra Fria, o termo Primeiro Mundo foi usado para caracterizar os países
capitalistas mais desenvolvidos.
Segundo a Teoria dos Mundos, Primeiro Mundo é o nome usado no período da Guerra Fria
para designar um conjunto de países capitalistas de economias desenvolvidas, atualmente
são chamados de países desenvolvidos, centrais (ricos), que possuem elevados indicadores
sociais.
Diante das características apontadas, a população desses países usufrui de um alto padrão
de consumo, fato proveniente da elevada renda per capita.
A quantidade de novos produtos para o consumo é expressiva, por isso compra-se muito,
mesmo que não seja para suprir as necessidades básicas (supérfluo).
Com base nessa informação, se o restante do mundo tivesse esse mesmo nível de consumo,
os recursos não seriam suficientes para abastecer todos os países.
Em países com esses aspectos há distribuição de renda relativamente justa, desse modo, a
diferença de classes sociais não são tão grandes, ou seja, a “distância” entre um pobre e um
rico, por exemplo, não é exorbitante. Situação como essa é resultado da intervenção
governamental, cobrando maiores taxas tributárias daqueles que detêm maior poder
aquisitivo.
Genuinamente, em países de Primeiro Mundo, a democracia tende a ser praticada, uma vez
que o Estado sofre reivindicações dos cidadãos e as reconhece e busca executá-las.
Os fatores que colocaram alguns países nessa categoria foram, sem dúvida, o processo de
industrialização de forma pioneira, a revolução agrícola e a urbanização gradativa.
Muro de Berlim
Em 1948, Stalin decreta o “Bloqueio de Berlim”, um cerco “pacífico” que impedia a chegada
de suprimentos à Alemanha Ocidental, pela terra e pelos rios. A resposta dos Estados
Unidos e da Inglaterra foi utilizar aviões para garantir o abastecimento e o transporte.
Por sua parte, a URSS decreta a criação da República Democrática Alemã (Alemanha
Oriental) em 7 de outubro de 1949.
Se a Alemanha sofreu todo com esta divisão, para a cidade Berlim foi pior. A antiga capital
estava em pleno território ocupado pelos soviéticos e foi cortada – literalmente – em duas.
Estava defendido por grades com alarmes, cercas elétricas e arames farpados, pontilhado
por mais de 300 torres de observação, patrulhadas por cães de guarda e soldados bem
armados. Estes, tinham ordem de atirar para matar, em qualquer pessoas que tentasse
atravessá-lo.
Algumas construções sofreram diretamente as consequências da construção como a Igreja
da Reconciliação, de 1894, que ficou restrita aos moradores do lado comunista. Na década
de 80, com o objetivo de criar uma área junto ao muro (que ficou conhecida como zona da
morte), o governo da RDA optou por sua demolição, em 1985.
Outro lugar dilacerado foi o Cemitério Sophien que passou a ser acessível somente aos
berlinenses orientais. Sua área foi cortada e vários corpos não foram retirados
adequadamente.
Porém, uma rua se tornou o símbolo desta divisão: a "Bernauer Strasse" (rua Bernauer).
Com 1,4 km de extensão, o Muro ocupou quase toda sua área e os edifícios contíguos
tiveram suas janelas emparedadas.
Ali, se produziu a primeira vítima mortal que tentou escapar de Berlim Oriental, em 22 de
agosto de 1961, quando uma moradora saltou do terceiro andar e veio a falecer com a
queda.
Estima-se que 118 pessoas tenham morrido arriscando cruzar o Muro. Outras 112 foram
alvejadas ou despencaram das alturas, mas sobreviveram e foram presas juntas com cerca
de 70 mil pessoas acusadas de traição por tentar fugir da República Democrática Alemã.
No entanto, 5.075 pessoas conseguiram superar todas essas barreiras e alcançar a Alemanha
Ocidental.
As fugas da porção oriental para a ocidental eram corriqueiras antes de 1960 e cerca de 2
mil pessoas evadiam-na diariamente, em busca de melhores condições de vida no lado
capitalista.
Em 1961, a fim de evitar mais fugas, Walter Ulbricht (1893-1973), Secretário Geral do Partido
Comunista da República Democrática Alemã, decreta um novo bloqueio ao livre trânsito
das forças armadas nos dois lados na cidade de Berlim.
No dia 27 de outubro de 1961, devido a um incidente, tanques dos EUA chegaram a enfrentar
tanques soviéticos, no posto fronteiriço CheckPoint Charlie. Felizmente, ninguém disparou
e a situação foi resolvida pela via diplomática.
A história do Muro de Berlim segue em paralelo com o Guerra Fria.
Tanto a URSS quanto seus sócios do bloco comunista passavam por uma crise econômica e
política. Por isso, usavam estratégias de abertura para oxigenar seus regimes.
Em 1987 foi a vez do presidente americano Ronald Reagan desafiar a Mikhail Gorbachev a
derrubar o Muro. Enquanto isso, Gorbachev preparava a abertura paulatina da União
Soviética ao mundo.
Na mesma época, são registradas várias manifestações por mais liberdade em ambos os
lados da fronteira alemã. Numa declaração transmitida pelas televisões, os políticos da
Alemanha Oriental anunciam a abertura da fronteira.
No próprio bloco da Europa Oriental, vários países realizavam tímidas reformas. Em 1989,
por exemplo, o governo da Hungria abre suas fronteiras, permitindo aos alemães
alcançarem, em massa, a Alemanha Ocidental.
Como não disseram nenhuma data em concreto, uma multidão de berlinenses se dirigiu ao
Muro no dia 9 de novembro de 1989, e começou a derrubá-lo com suas próprias
ferramentas. Apesar de todo esse esforço, o Muro só foi realmente destruído por
escavadeiras.
Até hoje parte do Muro de Berlim foi mantido na capital alemã. Parte dele virou um mural
de pinturas para artistas consagrados internacionalmente, enquanto outras servem como
monumentos para que nunca mais se esqueça esta terrível construção.
Conferência de Bandung
1. Afeganistão;
2. Birmânia;
3. Camboja;
4. China;
5. Ceilão;
6. Filipinas;
7. Índia;
8. Japão;
9. Nepal;
10. Paquistão;
11. Laos;
12. Vietnã;
13. Tailândia;
14. Arábia Saudita;
15. Jordânia;
16. Síria;
17. Líbano;
18. Etiópia;
19. Egito;
20. Turquia;
21. Gana.
No entanto, não se preocupe: não é necessário decorar todos esses nomes. Apenas
compreenda o contexto e saiba que os representantes foram países asiáticos e africanos!
Com a conferência, foram postulados Dez Princípios, todos baseados na Carta das Nações
Unidas. Eles são:
Uma das principais invenções da Primeira Revolução Industrial foi a locomotiva a vapor.
Isso é evidenciado pela estatística trazida por Eric Hobsbawm que mostra como o salário
do trabalhador inglês caiu com o surgimento da indústria. O exemplo levantado foi Bolton,
cidade no oeste da Inglaterra. Lá, em 1795, um artesão ganhava 33 xelins, mas, em 1815, o
valor pago havia caído para 14 xelins e, entre 1829 e 1834, esse salário havia despencado para
quase 6 xelins |2|. Percebemos aqui uma queda brusca no salário e esse processo deu-se em
toda a Inglaterra.
Essa situação degradante fez com que os trabalhadores mobilizassem-se pouco a pouco
contra seus patrões. Isso levou à criação das organizações de trabalhadores (mais
conhecidas no Brasil como sindicatos) e chamadas na Inglaterra de trade union. Os
trabalhadores exigiam melhorias salariais e redução na jornada de trabalho.
O movimento cartista, por sua vez, surgiu na década de 1830 e lutava por direitos
trabalhistas e políticos para a classe de trabalhadores da Inglaterra. Uma das principais
exigências dos cartistas era o sufrágio universal masculino, isto é, o direito de que todos os
homens pudessem votar. Os cartistas também exigiam que sua classe tivesse
representatividade no Parlamento inglês.
Essa lei foi fundamental, pois protegeu o comércio, enfraqueceu a concorrência dos
ingleses e garantiu que os navios ingleses controlassem as rotas comerciais marítimas. Isso
enriqueceu a burguesia inglesa e permitiu-lhes acumular capital. Esse capital foi utilizado
no desenvolvimento de máquinas e na instalação das indústrias.
Mas não bastava somente excedente de capital para garantir o desenvolvimento industrial.
Eram necessários trabalhadores, e a Inglaterra do século XVIII tinha mão de obra
excedente. Isso está relacionado com os cercamentos que aconteciam na Inglaterra e que se
intensificaram a partir do século XVII.
Sem nenhum tipo de qualificação, esses camponeses viram-se obrigados a trabalhar nos
únicos locais que forneciam empregos – as indústrias. Assim, as indústrias que se
desenvolviam na Inglaterra tinham mão de obra excedente. Isso garantia aos patrões poder
de barganha, pois poderiam forçar os trabalhadores a aceitarem salários de fome por uma
jornada diária exaustiva.
Por último, destaca-se que o acaso e o fortuito também contribuíram para que a Inglaterra
despontasse pioneiramente. O desenvolvimento das máquinas e das indústrias apenas
ocorreu, porque a Inglaterra tinha grandes reservas dos dois materiais essenciais para isso:
o carvão e o ferro. Com reservas de carvão e ferro abundantes, a Inglaterra pôde
desenvolver sua indústria desenfreadamente.