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TEMA : GUERRA FRIA

CONCEITO

A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que foi travado entre Estados Unidos
(EUA) e União Soviética (URSS), entre 1947 e 1991. O conflito travado entre esses dois
países foi responsável por polarizar o mundo em dois grandes blocos, um alinhado ao
capitalismo e outro alinhado ao comunismo.
Ao longo da segunda metade do século XX, a polarização mundial resultou em uma série
de conflitos de pequena e média escala em diferentes locais do mundo. Esses conflitos
contavam, muitas vezes, com o envolvimento indireto de EUA e URSS, a partir do
financiamento, da disponibilização de armas e do treinamento militar.
Contudo, nunca houve um confronto aberto entre americanos e soviéticos, sobretudo
pela possibilidade de destruição do planeta em larga escala caso houvesse um conflito
entre os dois. Apesar dos discursos afiados e da intensa atuação estratégica para manter
sua zona de influência, americanos e soviéticos foram cautelosos ao extremo e evitaram um
conflito contra o outro.

IDEOLOGIAS

Socialismo: Socialismo é uma doutrina política, econômica e filosófica surgida no final do


século XVIII. Caracteriza-se pela ideia de transformação da sociedade através da tomada
dos meios de produção e do controle dos recursos econômicos pela classe trabalhadora,
bem como a gestão pública orientada pelo princípio da igualdade social.
O socialismo surgiu durante a Revolução Industrial como programa político das classes
trabalhadoras. Ele nasce como uma reação às condições de vida dos operários nos
grandes centros industriais da Europa, contrapondo-se ao liberalismo e ao individualismo e
defendendo uma total reformulação da sociedade.
Capitalismo: O capitalismo é um sistema econômico que visa ao lucro e à acumulação
das riquezas e está baseado na propriedade privada dos meios de produção. Os meios de
produção podem ser máquinas, terras, ou instalações industriais, por exemplo, e eles têm a
função de gerar renda por meio do trabalho.
Há duas classes sociais principais nesse sistema: os capitalistas (ou burgueses) e os
proletários (ou trabalhadores). Os capitalistas são os donos dos meios de produção, eles
empregam os trabalhadores e a eles pagam salários. Os proletários, por sua vez, oferecem
sua mão-de-obra para realizar determinado trabalho em troca de uma remuneração.

CONFERÊNCIA DE POTSDAM

A Conferência de Potsdam dava continuidade às tratativas sobre a Segunda Guerra


Mundial, as quais já tinham sido iniciadas na Conferência de Teerã e na Conferência de
Yalta. Contudo, dessa vez, com a Alemanha já rendida, as sanções que seriam impostas ao
país derrotado era a pauta principal a ser discutida pelos países aliados.
Enquanto os “Três Grandes” - Harry S. Truman, Josef Stalin e Winston Churchill -
decidiam qual seria o futuro da Alemanha, os representantes da França e da República
Nacionalista da China se ativeram à elaboração do tratado de paz com a Itália, Bulgária,
Finlândia, Hungria e Romênia. 
As decisões tomadas pelos países que estiveram na Conferência de Potsdam resultaram
em exploração do território alemão e enfraquecimento do nazismo e do fascismo, sendo a
divisão da Alemanha entre França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e URSS a decisão de
maior impacto. Com essa repartição, cada nação teve o direito de explorar os recursos
existentes em sua respectiva área. O mesmo se deu com a cidade de Berlim. 
Com o intuito de assegurar que a Alemanha não voltaria a se configurar como uma
ameaça mundial, os Países Aliados determinaram sua desmilitarização. Com isso, todas as
indústrias envolvidas na produção de armas foram desativadas. E como medida de combate
ao nazismo o partido nazista foi declarado ilegal, as leis nazistas foram revogadas e foi
promovida uma reestruturação no âmbito judicial, educacional e cultural do país, removendo
todos os signos associados ao nazismo.

ALIANÇAS ECONÔMICAS E MILITARES

A Guerra Fria provocou a formação de duas alianças politico-militares: A Organização do


Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o Pacto de Varsóvia

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) era a aliança militar que representava
os interesses dos países capitalistas, sob a liderança dos Estados Unidos. Vale dizer que a
OTAN existe até hoje, porém não há mais a “disputa” com o Pacto de Varsóvia (aliança
militar socialista que já não existe mais), pois a Guerra Fria (1948-1989) terminou com a
desintegração da União Soviética e o fim do socialismo no Leste Europeu.

Principais países que faziam parte da OTAN:

- Estados Unidos (país líder)


- Alemanha Ocidental
- França
- Reino Unido
- Itália
- Portugal
- Dinamarca
- Holanda
- Bélgica
- Luxemburgo

Pacto de Varsóvia
Era a aliança militar, liderada pela União Soviética, e representava os países socialistas. A
sede da aliança ficava na cidade de Moscou. Foi oficialmente extinta em 1 de julho de 1991.
Seu lema era “União da Paz e do Socialismo”.

Os principais países que faziam parte do Pacto de Varsóvia eram:

- União Soviética (URSS)


- Alemanha Oriental
- Hungria
- Polônia
- Romênia
- Tchecoslováquia
- Albânia (até 1968)
- Bulgária

O COMECON foi uma organização de cooperação econômica que surgiu após a Segunda
Guerra Mundial. Esta organização é formada por países comunistas, em toda a URSS.
Entre seus objetivos estava o de promover as relações comerciais entre os países
membros, contrariando assim as organizações econômicas internacionais de economia
capitalista. Uma alternativa ao Plano Marshall, desenvolvido pelos Estados Unidos, e
também equivalente à Comunidade Econômica Européia.

Estados membros
União Soviética.
Checoslováquia.
Hungria.
Polônia.
Bulgária.
Romênia.
Alemanha Oriental.
Albânia.
Mongólia.
Cuba.
Vietnã.

Doutrina Truman foi o nome que ganhou a política externa dos Estados Unidos, no final da
década de 1940, cujo objetivo principal era barrar a expansão geopolitica da União
Soviética, no contexto da Guerra Fria.

Ela teve início com o pronunciamento realizado pelo presidente dos Estados Unidos, Harry
Truman, em 12 de março de 1947, declarando imediata ajuda econômica e militar aos
governos da Grécia, ameaçada pela insurreição comunista, e Turquia, sob pressão da
expansão soviética na área do Mediterrâneo.

O Plano Marshall foi um programa de recuperação econômica feito pelos Estados Unidos
para ajudar a Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Com ele, pretendia também
evitar o crescimento do comunismo e a expansão da influência soviética no continente.
Os principais objetivos desse plano eram garantir o apoio dos países da Europa Ocidental
ao lado norte-americano e evitar o avanço da União Soviética sobre o Ocidente. Dessa
forma, os Estados Unidos garantiam a presença capitalista na Europa, contrapondo-se ao
comunismo liderado pelos soviéticos.

GUERRA EM OUTROS PAÍSES ( CORÉIA, VIETNÃ E AFEGANISTÃO)

Guerra da Coréia

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as disputas pelo domínio de zonas de influência
voltaram a ser destaque nos conflitos mundiais. No entanto, com o fim da ascensão fascista
e a vitória dos Aliados, duas ideologias, pós-1945, saíram vencedoras: o socialismo
representado pela URSS e o capitalismo, liderado pelos EUA. Assim, enquanto as duas
grandes potências vencedoras aumentavam suas zonas de influência e suas
forças militares, os países do eixo, com a derrota, perderam territórios e poder político. Na
Ásia, os japoneses desocuparam a península coreana após as derrotas para as tropas
soviéticas ao norte e para os americanos ao sul, deixando na Coreia a marca de uma
presença cruel e repleta de barbaridades.
Livre da influência japonesa, os aliados decidiram o futuro do país durante a Conferência de
Potsdam, mantendo a ocupação militar soviética ao norte e a americana ao sul, separadas
pela fronteira do Paralelo 38. Apesar do descontentamento das populações locais, que não
foram consultadas, o governo socialista de Kim IL-Sung foi estabelecido ao norte e o
capitalista de Syngman Rhee ao sul. Apesar dos EUA e da URSS retirarem suas ocupações
em 1948 e 1949, as revoltas sociais e o fracasso nas eleições de 1948 ampliaram o clima
de tensão entre as duas Coreias.
Kim Il-Sung, em constante contato com a União Soviética e ambicionando uma unificação
das Coreias, desrespeitou os limites do paralelo 38 e invadiu a Coreia do Sul com apoio de
soldados chineses e armas soviéticas enviadas por Stálin, que desejava manter o poder
político da URSS na Ásia. Por outro lado, os Estados Unidos apoiaram os sul-coreanos,
visando a manutenção da influência americana na ásia com o apoio ao governo do sul
capitalista. A guerra durou até 1953 e terminou com as ameaças americanas de
bombardear com armas nucleares a China e a Coreia do Norte se as hostilidades não
parassem, assim, os nortistas e sulistas assinaram o armistício que estabelecia uma zona
desmilitarizada ao longo do paralelo 38.
Até hoje a tensão na península ainda é grande, mas recentes esforços para a
reaproximação dos dois países, em conjunto com os Estados Unidos, têm avançado na
resolução dos problemas diplomáticos.

Guerra do Vietnã

Ainda neste período da Guerra Fria, outro conflito que foi influenciado pela bipolarização do
mundo foi a guerra do Vietnã. A guerra foi uma consequência direta dos desdobramentos
da chamada Guerra da Indochina, que tornou o Vietnã independente da França e separado
em norte socialista, liderado pelo revolucionário Ho Chi Minh e sul capitalista, governado por
Diem Dinh. As tentativas de reunificação do país através de eleições não foram bem
sucedidas, ampliando ainda mais a tensão entre os dois países e a influência da União
soviética ao norte e de países capitalistas ao sul.
A guerra começou oficialmente em 1959 quando guerrilheiros socialistas do Sul (Viet
Congs) iniciaram ataques ao Vietnã do Sul, com o objetivo de derrubar a ditadura de Diem
Dinh e reunificar o país. Com o assassinato de Diem Dinh em 1963, os americanos
começaram a enviar as primeiras tropas ao país, intensificando a presença em 1964, com o
suposto ataque de Viet Congs ao navio americano USS MaDdox.
Com essa intervenção o cenário político e social entrou em convulsão nos Estados Unidos.
Enormes protestos contra a guerra do Vietnã aconteceram, principalmente protagonizados
por ativistas associados à cultura hippie, aos movimentos de esquerda e ao movimento
pelos direitos civis dos negros (tendo em vista que havia um grande alistamento de
soldados negros). Assim, com o baixo apoio popular à guerra e com as
sucessivas derrotas americanas no Vietnã (graças às florestas tropicais desconhecidas
pelos estadunidenses e as apuradas técnicas de guerrilha do exército vietnamita) os
americanos desistiram da guerra em 1973, que terminou com a assinatura do Acordo de
Paris e a retirada definitiva das tropas em 1975.

REVOLUÇÃO CUBANA E DITADURAS LATINO-AMERICANAS

A Revolução Cubana foi um processo revolucionário responsável pela derrubada do


governo ditatorial imposto por Fulgêncio Batista que resultou na tomada de poder da
guerrilha liderada por Fidel Castro no ano de 1959. Apesar de, a princípio, não se basear
em uma ideologia socialista, o movimento cubano acabou se alinhando ao comunismo
soviético.
Golpe de Fulgêncio Batista
Cuba tornou-se independente em 1898, a partir do apoio dos EUA contra a Espanha, e
desde então tornou-se uma espécie de quintal dos EUA, onde inúmeros negócios
norte-americanos se desenvolviam com lucros altíssimos às custas da exploração da
economia cubana. O processo de oposição contra o poder em Cuba se iniciou a partir do
golpe político realizado por Fulgêncio Batista, em 10 de março de 1952, que resultou na
derrubada do então presidente Carlos Prío Socarrás.
O novo governo cubano que se estabeleceu tinha em Fidel Castro seu grande nome e
realizou uma série de mudanças no país, que atraíram a atenção dos Estados Unidos. Os
americanos, insatisfeitos, romperam relações com Cuba e tentaram derrubar o governo
cubano em 1961. A quebra de relações com os EUA resultou na aliança dos cubanos com a
União Soviética.
A partir do golpe, Fulgêncio Batista instituiu uma forte ditadura militar com forte
repressão da imprensa e de qualquer movimento político de oposição e com ela se iniciou a
luta de Fidel Castro e seus partidários. Podemos afirmar, portanto, que o movimento
liderado por Fidel Castro é, ao mesmo tempo, uma luta contra a ditadura de Fulgêncio
Batista e também uma luta nacionalista contra as intervenções norte-americanas nos
assuntos cubanos, tanto em questões políticas quanto em questões econômicas.

CORRIDA ARMAMENTISTA
Por “Corrida Armamentista” entende-se um fenômeno característico do período da Guerra
Fria, que pode ser definido pela concorrência entre as grandes superpotências
político-militares da época, Estados Unidos e União Soviética, pela construção do arsenal
bélico, ou da arma mais tecnologicamente sofisticada e com mais poder de destruição. Essa
“corrida” em busca da “arma total” teve como “pontapé” inicial o lançamento das duas
bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, nos dias 06 e 08
de agosto de 1945, por parte dos EUA.De forma gradativa EUA e URSS foram
incrementando seus respectivos arsenais, para isso foram realizados investimentos de
bilhões de dólares, tais recursos eram utilizados para o desenvolvimento de modernos
equipamentos militares e também nucleares, além disso, houve um aumento significativo
das tropas militares Os dois países tentavam medir força, buscavam produzir cada vez mais
armamentos de destruição em massa, como forma de ameaçar o inimigo.
O processo da corrida armamentista resultou também na propagação da tecnologia
aeroespacial e o aumento da rivalidade entre EUA (capitalista) e URSS (socialista).“Xadrez
geopolítico”

A partir de 1947, os então aliados EUA e URSS, mas com perspectivas ideológicas opostas,
rompem oficialmente, e passam a delimitar “zonas de influência”, ou blocos, dividindo o
globo. Tendo em vista a superioridade dos EUA após a demostração do potencial destrutivo
de Little Boy e Fat Man, os soviéticos aceleraram o seu programa nuclear. Em 20 de agosto
de 1949, em Semipalatinsk, no Cazaquistão, foi detonada a primeira bomba nuclear
soviética. O uso de tecnologia nuclear como arma de guerra, dessa forma, deu a tônica da
corrida armamentista.

O potêncial de destruição das ogivas nucleares acabou por servir como anteparo, ou freio,
contra uma eventual Terceira Guerra Mundial com armamentos convencionais. Desse
modo, o que se fez durante a Guerra Fria foi uma espécie de “xadrez geopolítico”, em que
cada superpotência procurava estabelecer posições ao construir bases de mísseis
nucleares em locais estratégicos contra o inimigo, como forma de, por meio da ameaça de
um “apocalipse nuclear”, evitar disputas que desencadeassem um confronto direto.

O ponto mais tenso desse “xadrez” foi a Crise dos Mísseis, ocorrida em 1962, em
decorrência da instalação de uma base nuclear soviética na ilha de Cuba, com mísseis
apontados para cidades dos Estados Unidos.

CORRIDA ESPACIAL

Até então desconhecido, o espaço começou a ser explorado no período da corrida espacial,
e americanos e soviéticos disputavam quem faria as maiores descobertas. Assim, foram
lançados satélites artificiais, sondas espaciais, expedições tripuladas para o espaço, até
que, finalmente, foi enviada uma viagem tripulada para a Lua.
“Dominar” o espaço era algo fundamental dentro da disputa que era travada entre as duas
nações, pois aquele que conquistasse essa nova fronteira da humanidade evidenciaria seu
papel de potência. Explorar o espaço também se mostrava útil militarmente, pois permitiria
monitorar os movimentos feitos pelo inimigo e abria uma nova possibilidade de ataque em
caso de guerra
O primeiro grande marco da corrida espacial foi um feito soviético. No dia 4 de outubro de
1957, às 22h28m, no horário de Moscou, foi lançado o Sputnik 1, o primeiro satélite artificial
a ficar na órbita da Terra. Alguns minutos depois, o satélite começou a emitir os primeiros
sinais de rádio e o Sputnik 1 permaneceu em órbita por 22 dias.
Em 4 de novembro de 1957, foi lançado o Sputnik 2 que possuía 508 kg e transportou a
cadela Laika para o espaço. A cadela foi encontrada nas ruas de Moscou e morreu 10 dias
depois, em resultado do superaquecimento da estrutura. Ao todo, os soviéticos enviaram
dez satélites sob a designação de Sputnik.
Os soviéticos foram os primeiros a enviarem um satélite para o espaço, os primeiros a
enviarem um ser vivo e os primeiros a enviarem uma sonda que orbitou o Sol. Depois de
tudo isso, os soviéticos ainda foram os primeiros a enviarem um homem ao espaço. A
seleção para isso aconteceu em janeiro de 1961 e selecionou dois homens: Yuri
Alekseyevich Gagarin e German Stepanovich Titov.
Yuri Gagarin foi o primeiro homem a ser enviado para o espaço e a espaçonave que o
transportou chamava-se Vostok 1. O lançamento aconteceu no dia 12 de abril de 1961, e a
nave em que Gagarin estava ficou na órbita durante 108 minutos. Uma vez no espaço,
Gagarin pronunciou a frase “a Terra é azul”.
O último grande acontecimento da corrida espacial foi o envio de expedições tripuladas
para a Lua. Esse foi um feito dos americanos, e o projeto foi anunciado pelo presidente
americano John F. Kennedy, em 1961. O envio de expedições tripuladas à Lua eram uma
obsessão americana, uma vez que as maiores inovações da corrida espacial haviam sido
realizadas pelos soviéticos.
Um desses momentos foi a expedição Apollo 8 que enviou uma tripulação para orbitar a
Lua, em 1968. A missão que de fato enviou o homem ao solo lunar foi a Apollo 11, formada
por Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins. Eles foram enviados à Lua no dia 16 de
julho de 1969. No dia 19, chegaram à Lua e, no dia 20, iniciaram a descida.

FIM DA GUERRA FRIA

A Guerra Fria terminou com a crise do socialismo e desintegração da União Soviética.

Fim da Guerra Fria

A Guerra Fria começou a esfriar durante a década de 1980. Em 1989, a queda do muro de
Berlim foi o ato simbólico que decretou o encerramento de décadas de disputas
econômicas, ideológicas e militares entre o bloco capitalista, comandado por Estados
Unidos e o socialista, dirigido pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Na
sequência deste fato, ocorreu a reunificação da Alemanha (Ocidental com Oriental).

Principais causas

Podemos afirmar que a crise nos países socialistas funcionou como um catalisador do fim
da Guerra Fria. Os países do bloco socialistas, incluindo a União Soviética, passavam por
uma grave crise econômica na década de 1980. A falta de concorrência, os baixos salários
e a falta de produtos causaram uma grave crise econômica. A falta de democracia também
gerava uma grande insatisfação popular.

No começo da década de 1990, o presidente da União Soviética Mikhail Gorbachev


começou a implementar a Glasnost (reformas políticas priorizando a liberdade) e a
Perestroika (reestruturação econômica). A União Soviética estava pronta para deixar o
socialismo, ruma a economia de mercado capitalista, com mais abertura política e
democrática. Na sequência, as diversas repúblicas que compunham a União Soviética
foram retomando sua independência política. Futuros acordos militares entre Estados
Unidos e Rússia garantiriam o início de um processo de desarmamento nuclear.

Na década de 1990, sem a pressão soviética, os outros países socialistas (Polônia,


Hungria, Romênia, Bulgária, entre outros) também foram implementando mudanças
políticas e econômica no sentido do retorno da democracia e engajamento na economia de
mercado.

Portanto, a década de 1990 marcou o fim da Guerra Fria e também da divisão do mundo
em dois blocos ideológicos. O temor de uma guerra nuclear (com uso de armas atômicas) e
as disputas armamentistas e ideológicas também foram sepultadas.
“12 de março de 1947 – 26 de dezembro de 1991”

CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA FRIA NA ATUALIDADE

A URSS se foi e os arsenais nucleares diminuíram drasticamente graças aos tratados de


não proliferação entre Washington e Moscou nas décadas de 1980 e 1990. Nas últimas
décadas, os EUA e a Rússia cooperaram em várias questões globais, incluindo conflitos no
Afeganistão e a guerra ao terror.

Mas a Guerra Fria ainda afeta a geopolítica moderna. Ambas as nações ainda têm
interesses geopolíticos divergentes, grandes orçamentos de defesa e bases militares
internacionais. A Otan ainda exerce poder político e cresceu para incluir 30 estados
membros. A aliança agora se estende até as fronteiras da Rússia e inclui ex-estados
soviéticos e membros do Pacto de Varsóvia, como a Polônia e os Estados Bálticos. Desde a
década de 1990, a Rússia vê a expansão da Otan para o leste como uma ameaça à sua
segurança .

A tensão entre a Rússia e o Ocidente atingiu um novo pico após a invasão russa da Ucrânia
em fevereiro de 2022, que se candidatou para dar os primeiros passos para a adesão à
OTAN em 2008, antes de um novo presidente arquivar o plano dois anos depois. Alguns
comentaristas compararam a crise atual ao início de uma nova Guerra Fria.

E outros resquícios da Guerra Fria no mundo atual são a separação da Coreia do Norte e
do sul, a existência de ogivas nucleares americanas em base da Alemanha e a tensão nas
relações entre Rússia e os Estados Unidos.

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