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Os Cavaleiros Templários

A história dos templários com certeza é a mais oculta e mais difusa e apresentada em livros e estudos ou
romances como vemos atualmente. Alguns afirmam que eles eram mágicos, alquimistas e bruxos.

A primeira informação histórica sobre os templários, amplamente conhecida, foi feita por um
historiador frâncico, Guillaume de Tyre, que descreveu em 1175 a 1185. Foi a época do ápice das
cruzadas, quando os exércitos ocidentais já haviam conquistado a Terra santa e estabelecido o reino de
Jerusalém - ou como era chamado pelos templários reino de Ultramar, A terra além do mar (esse termo
foi ainda muito utilizado em outros contextos).

Quando Guillaume de Tyre iniciou os seus escritos, a ocupação da Palestina já tinha se iniciado a 7 anos
e a existência dos Templários a mais de 50. Tudo que ele relatou foi tento como base testemunhas
sempre em segunda ou terceira pessoa. Pois só houve cronista em Ultramar depois de 1144. Portanto
não existe registro das épocas cruciais.

E como não sabemos muito sobre as fontes de Guillaume de Tyre, isso nos lança algumas dúvidas, mas
ele nos fornece algumas informações básicas.

Segundo o mesmo, a Ordem do pobres cavaleiros de Cristo do Templo de Salomão foi fundada em 1118
por Hugues de Payen um nobre da região de Champagne, vassalo do conde de Champagne. - Runciman
history of the crusades v2 p. 477 (Payen nasceu no baixo Reno, seu registro de nascimento foi
encontrado e a data é 9 de fevereiro de 1070).

Segundo a narrativa, Payen na companhia de 8 cavaleiros se apresentou no palácio de Bouillon I rei de


Jerusalém, ao qual o recebeu cordialmente , e o mesmo o fez líder religioso local e emissário do Papa.

O Objetivo declarado do, continua Guillaume, era tanto quanto permiti-se suas forças, manter as
estradas e vias seguras (...) Era um objetivo um tanto meritório, tendo em vista que o rei destacou uma
ala inteira do seu exército a disposição dos cavaleiros, que mesmo mediante a seu voto de pobreza se
instalaram na luxuosa casa.
Segundo a tradição, o quartel dos templários foi erguido sobre as ruinas do antigo templo de Salomão.
Daí o nome da ordem.

Durante 9 anos, conta Guillaune, os 9 cavaleiros não aceitaram que outras pessoas entrassem na ordem,
e a pobreza era tamanha que várias ilustrações mostravam 2 cavaleiros montados em um único cavalo,
que mostra a fraternidade mas a penúria de se andar em 2 cavalos separados, completa o narrador -
que essa cela existe desde do inicio da ordem, contudo ele data de um século depois, quando os
templários não eram nada pobres - se é que eles um dia foram.

Escrevendo meio século depois Guillaune, diz que os templários se estabeleceram em 1118 e mudaran-
se para o palácio do rei a fim de proteger os peregrinos, mas o rei tinha o seu próprio biógrafo, Fulk
Chatres, e ele não escreveu 50 anos após a fundação da ordem mas durante os anos em questão.
Curiosamente ele não mencionada Hugues de Payen ou seus companheiros ou qualquer outra
coisa, mesmo que remotamente falando sobre os templários.

Na realidade existe é um enorme silencio sobre os primeiros anos da ordem, e nem mais tarde se tem
relatos de peregrinos sendo protegidos pela ordem.

E não podemos deixar de admirar tão poucos homens darem cabo de tarefa tão gigantesca. Nove
homens para proteger os peregrinos de todos os cantos da terra santa? só 9? Não podemos esquecer
que durante muito tempo não foi admitido mais ninguém além dos 9.

A despeito disso, uma década depois a fama dos templários correu por toda Europa. Autoridades
Eclesiásticas falavam deles com louvor e aplaudiam seu trabalho cristão. Por volta de 1128, um panfleto
elogiando suas virtudes e qualidade foi produzido por ninguém menos que São Bernardo . O panfleto
eElogio á nova cavalaria declara os templários a apoteose de valores cristãos.

Nove anos depois em 1127, os 9 cavaleiros retornam a Europa e recebem uma acolhida triunfal,
orquestrada por São Bernardo.

Em Janeiro de 1128 um conselho doi criado, e os templários foram incorporados e reconhecidos como
uma ordem militar religiosa com a benção do Papa, e Hugues de Payen recebeu o título de Grão mestre,
e seus monges seriam os soldados de Cristo combinando disciplina militar, com a vida austera e zelo por
Cristo.
Os templários faziam votos de santidade castidade e obediência, eram obrigados a cortar os cabelos
mas deixar as barbas, sua dieta e rotinas eram regulados. Todos eram obrigados a usar hábito ou
sobretudo toga branca. A lei era: Somente os cavaleiros de Cristo podem usar hábitos e togas brancas.

Assim em forma simbólica poderiam mostrar para o mundo que abandonaram um mundo negro, para
lutar e morrer na Luz pura e branca de Cristo

Em 1139 uma encíclica seria enviada ao Papa Inocêncio II, antigo monge protegido de São Bernardo,
afirmando que os templários não obedeceriam ninguém além do Papa.

Tocando em miúdos: eles eram independentes de país, reino, ou ordem sendo um conjunto e
organismo internacional .

Quando Hugues de Payen visitou a Inglaterra foi acolhido como Herói nacional, o rei Henrique I quase o
"adorou” em 1128. Filhos de nobres e ricos se enfileiravam para entrar na ordem, e o dinheiro ia para os
cofres da ordem de forma exorbitante.

Ao adentrar na ordem, todos os homens eram compelidos a doar seus bens para a ordem, 12 meses
após a visita a Inglaterra a ordem adquiriu terras na:

França, Escócia, Alemanha, Hungria, Espanha, Portugal e Flandres.

Embora os cavaleiros estivem presos a um voto de pobreza, a ordem não estava, abarcava cada vez mais
posses. Em contra partida a ordem não podia se desfazer de nada, nem que seja para resgatar um líder.
Então quando o seu líder voltou para Palestina em 1130, deixou na Europa vários pedaços de terras para
a ordem.

Em 1146, os templários adotaram a cruz vermelha (pattée), com esse símbolo eles decoraram seus
mantos, e acompanharam o rei Luiz VII a segunda cruzada, estabelecendo sua reputação de zelo marcial
insano.
Selo templário

Todos os cavaleiros eram impelidos a lutar até a morte, só lhes era permitido bater em retirada caso os
cavaleiros enfrentassem um grupo que fosse o triplo do seu contingente. Caso capturados não poderiam
pedir clemencia e nem resgate.

Nos 100 anos seguintes após a formação da ordem os templários, eles se tornaram um organismo
internacional (semelhante hoje a ONU), e acabaram se engajando em diplomacia de alto nível, entre
monarcas e cléricos, há vários reis ingleses, incluindo o rei João, residiram durante alguns anos na
preceptoria dos templários de Londres, é possível encontrar a assinatura do Grão mestre dos templários
junto a assinatura do monarca na carta Mágna (o Rei Ricardo I quando partiu para Jerusalém o fez
disfarçado de templário em 1192 - History of Knights p. 148).

Ligações de amor e ódio também se estabeleceram no mundo mulçumano - sendo que a ordem durante
um certo período de tempo conseguiu a admiração dos Sarracenos, é creditado também a ordem
aliações secretas com os Hashishins (Assassinos), a famosa seita de assassinos profissionais e
frequentemente fanáticos, era o equivalente mulçumano, da ordem dos templários. Assim os
templários foram colocados como árbitros oficiais nas mais diversas disputas.

Henrique III da Inglaterra, ousou desafia-los em 1252, ameaçando confiscar algumas terras que estavam
aos cuidados da ordem.

Argumentando:

"Vocês templários (...) tem tantas liberdades e tantas concessões que as suas enormes posses fazem
com que esnobem com orgulho e insolência. Aquilo que foi imprudentemente dado, deve portanto, ser
prudentemente retomado, e aquilo que foi desconsideradamente oferecido, deve consideravelmente
ser recuperado" - Daraul History of secret socities p. 46 [Tradução Livre].

Quanto a essa provocação o Grão Mestre da ordem rebate:

"Que dizeis vós tu ó rei! Longe esteja a vossa boca a pronunciar tão desagradáveis palavras. Enquanto
exercer justiça reinará. Mas se vós infringir injustiça cessareis de reinar"

[Obs.: ao leitor mais desatento, a partir daqui comece a reparar nos: termos, números, datas e formas
de tratamento e já inicie uma contextualização para os nossos tempos; a exemplo dos termos acima
utilizados, pois o ajudará a dar saltos no entendimento da história que se segue nesse estudo
.

O Grão mestre estava implicitamente chamando para si e para sua ordem um poder que nem mesmo os
Papas ousavam reclamar para si, o poder de coroar de depor monarcas (Objetivo esse alcançado na
revolução Francesa).

Com os recursos que ficaram a disposição da ordem os templários, eles criaram as primeiras instituições
bancárias, através de empréstimos de várias somas em dinheiro para coroas endividadas, até por fim se
tornarem os grandes financiadores dos tronos europeus.

O primeiro empréstimo está registrado em 1315, como a usura (juros sobre juros) era uma prática ilegal
na época, os juros eram cobrados em frente ao solicitante e colocados no valor total do empréstimo, só
para depois serem divididos em parcelas, se acaso o empréstimo era para ajudar em uma eventual
safra, o pagamento era feito através dos frutos da terra. - The Monks of War p .213

Como as preceptoras estavam espalhadas em toda Europa, era possível depositar o dinheiro em uma
cidade e retira-lo em outra, por meio de notas promissórias com intrincados códigos, dando assim inicio
aos cheques.

A ordem não só vendia e emprestava dinheiro, eles também vendiam idéias, pois estando em contato
com as culturas: Judaicas, Árabes e Cristãs, eles extraíram um pouco de cada, e diluíram na metalurgia,
artesãos em couro, pedreiros, arquitetos e engenheiros. (repare bem no que esta em negrito)

Tendo a necessidade de cuidar de ferimentos causados em batalhas, eles, a ordem, também foram uma
das primeiras a utilizar drogas em seus tratamentos. Com a grande prosperidade do Templo, seus
cavaleiros eram cada vez mais arrogantes e despretensiosos a expressão:
"Beber como um templário" se tornou clichê na época.

Mas enquanto a ordem atingia notoriedade na Europa, a mesma ia perdendo em Jerusalém, em 1185
morreu o rei Baudon I, ao qual antes de morrer, fez um pedido de sucessão ao Grão Mestre Rideford, ao
qual não a cumpriu, levando o reino a beira de guerra civil pela sucessão, o que levou a um
enfraquecimento interno do mesmo, abrindo assim, uma porta para o ataque dos sarracenos. Além do
mesmo tratar a Saladino rei dos sarracenos com um certo desdém; rompendo assim uma antiga trégua
entre os grupos, levando ao que culminou a um novo ciclo de hostilidades e terminando com a
aniquilação dos cristãos e a retomada de Jerusalém ao controle sarraceno, um século depois de sua
tomada.

Por volta 1291, quase todo o Ultramar já havia sido tomado, somente o Acre resistia, sendo perdido em
Maio desse mesmo ano, na batalha que culminou entre os atos mais heróicos da ordem, evacuando em
galeses (navios), mulheres e crianças, enquanto todos os cavaleiros até os feridos, resolveram ficar até a
morte, quando o ultimo estandarte caiu, as paredes ao redor do Acre ruíram por causa da gravidade do
ataque dos sarracenos, ao qual acabou desmoronando, matando defensores e atacantes soterrados.

Com a queda dos reinos na terra santa, a ordem se voltou para Europa, mas um século antes, o Templo
ajudou na criação de outra ordem, "Os Cavaleiros Teotonicos". Criando um principado independente
para si, situado no leste europeu, longe do controle eclesiástico (lá os estudos secretos ocorreram sem a
presença da Igreja).

Os templários sempre invejaram a autonomia dessa ordem irmã, e após a queda das terras santas, mais
do que nunca eles sonhavam com um estado templário, mas diferente dos teotonicos, os templários
estavam acostumados a opulência, não pela "rude e selvagem" Europa do leste.

A ordem absorveu muitas coisas de outras culturas, muitos dos seus cavaleiros eram fluentes em árabe,
era comum um Grão mestre ter um secretário árabe ou Judeu, com o inicio da Cruzada Albigense.

Muitos cátaros ingressaram na ordem, trazendo consigo a dualidade e a gnósis sobre o pensamento
cristão. Além do fato obscuro que iremos tratar sobre os 9 anos de silencio a respeito da fundação da
ordem.

Por volta de 1306, Felipe o Belo, que esta em dívida com a ordem, se sentiu humilhado pela mesma,
pois fugindo de uma revolta em Paris, ele se viu obrigado a pedir refúgio na Preceptoria da Paris, tendo
assim contato com os tesouros da ordem, a ponto de ele pedir para ingressar na mesma, mas
mantendo-se como rei, pedido esse que foi negado.

Além disso juntando ao fato de que estava mais cada vez claro que ele teria um estado templário
vizinho ao seu reino, isso foi o suficiente para induzi-lo a agir e tirar o seu trono do endividamento e
aumentar suas terras.

Mas primeiro Felipe precisaria do apoio do Papa, ao qual a ordem devia obediência .

Entre 1304 e 1305, o rei francês e seus ministros engredaram o seqüestro e a morte do Papa Bonifácio
VIII e muito provavelmente a morte do seu sucessor Benedito XI por envenenamento. Então em 1305,
Felipe consegue assegurar a eleição do seu próprio candidato, o arcebispo de Bordeaux para o trono
Papal vago. O novo pontífice tomou o nome de Clemente V. Comprometido com a influência de Felipe,
ele não podia recusar as solicitações do mesmo. E essas solicitações incluíam a supressão dos
templários.

Felipe planejou cada movimento cuidadosamente antes do bote. Uma lista de acusações foram
copiladas, em parte por espiões em parte por supostas confissões voluntária de um suposto templário
renegado. Armado dessas acusações, Felipe podia agir. Quando atacou, o fez de modo contundente e
letal. Numa operação digna da SS ou da Guestapo, o rei enviou ordens secretas e seladas aos seus
homens em todo o império. Elas deveriam ser abertas simultaneamente e suas ordens acatadas
imediatamente. Na madrugada do dia 13 de outubro de 1307, todos os templários na França deveriam
ser capturados e presos pelos homens do rei e as preceptorias deveriam ser colocadas sobre guarda real
e os bens confiscados. O objetivo de surpreender foi alcançado, mas o principal interesse - a imensa
fortuna da ordem - lhe escapou entre os dedos. Ela jamais foi encontrada. O que aconteceu com o
fabuloso tesouro dos templários é um mistério. [que será descortinado nesse estudo]

Na realidade o ataque surpresa de Felipe contra a ordem não foi tão surpresa, evidencias consideráveis
nos levam a crer que os templários receberam algum tipo de aviso. Logo após o inicio das prisões, por
exemplo o grão mestre Jaques De Molay, requisitou muitos livros e regulamentos vigentes e mandou
queima-los. Um cavaleiro que deixou a ordem nessa época, ouviu de um tesoureiro que o fim era
iminente. Uma nota oficial circulou por todas as preceptorias enfatizando que nada da ordem poderia
ser informado sob pena de morte.

De qualquer modo, tendo eles sido avisados ou se eles pressentiram que o fim era iminente, as
precauções foram tomadas.

Uma das quais a ordem pode ter sido avisada sobre a catástrofe, pode ter sido através de Jean de
Joinville. Senescal de Champangne, ele pode ter recebido as ordem de Felipe para efetuar as prisões. O
mesmo era abertamente simpatizante das idéias dos templários. Seu tio André, havia sito preceptor da
ordem em Payns em 1206 [Leonard Introducion au catulaire p 145]

Outras evidências que apontam o fato da ordem ter sido avisada é que os cavaleiros parecem que foram
instruídos a terem uma posição passiva sobre as ordens do rei, pois não há nenhum um registro de
resistência contra os homens de Felipe. Ainda existem evidencias de uma fuga organizada, virtualmente
todos os cavaleiros que tiveram relações com um certo tesoureiro, escaparam.

Felipe da França

Segundo rumores, os tesouros da ordem foram levados para a base naval da ordem em La Rochelle - e
carregado em 18 navios das quais nunca mais se ouviram falar.

Mas é fato, que nem um navio da ordem foi confiscado pela coroa Francesa e os mesmos parecem ter
simplesmente sumido do mapa. Na França os templários foram capturados e julgados e muitos
torturados. Confissões foram arrancadas e acusações ainda mais pesadas foram feitas.

Os templários adoravam o demônio Baphomet, em suas cerimônias secretas, supostamente eles


falavam com uma cabeça barbada, que lhes dava poderes.

Ainda foram acusados de cometer: Infanticídio, ensinar mulheres a abortar, homossexualidade, dar
beijos obscenos na iniciação de postulantes, ainda foram acusados de tripudiar, e negar a cristo e cuspir
na cruz.

Jean escreveu um juramento na qual mencionava o ato de cuspir na cruz, na época em que os
templários estavam sendo acusados de o fazerem, e o mesmo afirmou que São Luís sabia disso a 50
anos antes e o mesmo não os censurou (Jean Joinville lifes Saint Lois p 254). Jean também organizou
uma liga para tentar acabar com os abusos de Felipe, porém, com a morte do monarca, a mesma se
mostrou supérflua.
Sobre a última acusação, talvez isso não deve ser estendida a todos os templários, pois estamos falando
de pessoas que abandonaram seus lares, abandonaram a chance de se casarem, até para poderem lutar
com um manto no qual eles acreditavam ter a proteção de Cristo; ou seja morreram muito inocentes
também.

Primeira sede dos cavaleiros

Na França, o destino da Ordem foi selado, e o rei cada vez mais pedia ao Papa medidas mais rigorosas, a
ponto de queimarem cavaleiros de forma industrial, em 1312 o papa declarou a Ordem oficialmente
dissolvida, sem um veredicto conclusivo se a ordem era culpada ou inocente das acusações, mas nos
domínios de Felipe, os julgamentos e mortes continuaram até 1314, o grão mestre Jaques De Molay e
Geoffroi Charnay, preceptor da Normandia , foram queimados em fogo lento. Tirando assim os
templários de cena.

Felipe tentou influenciar ainda outros monarcas, é até compreensível da parte de Felipe ele tentar
acabar com a ordem, mas tentar extermina-la em todas as partes do mundo, beira a uma tentativa de
não sofrer vingança? Teria algo mais que ele tentou se apoderar? Felipe não era um exemplo de virtude,
o mesmo acabou com a vida de dois Papas.

Em todo caso, a tentativa de Felipe de eliminar a ordem fora da França não deu certo, por exemplo,
Eduardo II da Inglaterra que era genro de Felipe saiu em defesa da ordem, quando foi pressionado pelo
Papa e pelo rei da França, o mesmo tomou atitudes lentas e parciais. A maioria dos templários acusados
foram absolvidos, e os que foram condenados pegaram penas brandas, ficando alguns anos servindo em
abadias e monastérios, tendo condições de vida confortáveis, bem diferente de uma cela.

As terras na Inglaterra foram finalmente cedidas ao hospital dos cavaleiros da ordem de São João, mas
os templários mesmo escaparam da morte, diferente dos seus compatriotas de ordem na França.

"Um Cavaleiro Templário é verdadeiramente um cavaleiro destemido e seguro de todos os lados, para
sua alma que é protegida pela armadura da fé, assim como seu corpo está protegido pela armadura de
aço. Ele é, portanto, duplamente armado e sem ter a necessidade de medos de demônios e nem de
homens."
Bernard de Clairvaux, c. 1135, De Laude Novae Militae—In Praise of the New Knighthood

Em outros locais da Europa a eliminação dos templários foi ainda mais difícil.

A Escócia, por exemplo estava em guerra com a Inglaterra, e o caos daí resultante, deixava poucas
oportunidades para implementação da Lei. A dissolução da ordem a mando da encíclica Papal nunca foi
promulgada na Escócia, onde a ordem tecnicamente nunca foi dissolvida. Muitos templários ingleses e
franceses encontraram refúgio na Escócia, e um contingente enorme parece ter lutado ao lado de
"Robert Bruce" e Wiliam Walace. Na batalha de Bannockburn 1314 - Existem evidencias que apóiam a
idéia de que a ordem se manteve como um corpo coerente na Escócia por mais de 4 séculos.

Na luta de 1668-91 Jaime II da Inglaterra foi deposto por Willian Orange. Na Escócia, aliando do monarca
Stuart sitiado, ergueram-se em revolta e na batalha de Killiecrankie em 1668, Jhon Claverhouse visconde
de Dundee, foi morto no campo de batalha. Quando seu corpo foi resgatado, ele estava usando uma
grande cruz da Ordem do Templo - não era nem um modelo novo, mas um datado de antes de 1307.
[Parzival p. 208]

Jaques De Molay

No principado de Lorraine que na época fazia parte da Alemanha e não da França, os templários eram
apoiados por Duques locais, a maioria obedeceu as ordens das preceptorias e cortaram as barbas e
começaram a usar hábito seculares e integraram-se na comunidade.

Na Prússia os templários desafiaram o poder local abertamente e intimidaram, os Juízes e ameaçaram


pegar em armas alegando inocência. Quando a ordem foi dissolvia na Alemanha todos os templários
migraram para a Ordem Teotonica ou para o Hospital de São João.

Na Espanha os templários também resistiram aos seus perseguidores e encontraram refúgio em outras
ordens.

Em Portugal é onde está o fato mais curioso, para não perder a linha de raciocínio por ora, vamos
contar a história de frente para trás, mas Portugal nos afeta diretamente e também é o local que tem
suas terras mais marcadas pelas ordem do que qualquer outra e até hoje o país é mandado e
desmandado pelos sucessores da ordem até sua história e seu nascimento esta obscuro nas histórias
das entranhas da Ordem.
Em Portugal a ordem foi "purificada" por uma investigação e simplesmente modificou de nome, então a
Ordem dos Templários passou a se chamar Ordem dos Cavaleiros de Cristo. Com esse novo títulos eles
passaram a continuar funcionando a pleno vapor mesmo no século XVI. Em Portugal a Ordem se
dedicou as atividades marítimas [Pois o sonho de ter um Estado Templário ainda não havia morrido].

Vasco da Gama era um cavaleiro de Cristo, e o infante Navegador Henrique, o Navegador, era grão
mestre da ordem. Os Navios da Ordem dos cavaleiros de Cristo [O Nome Genérico dos templários na
península Ibérica] eram adornados com a mesma Cruz vermelha em um fundo Branco igual a ao Manto
da ordem dos templários, E foi Sob essa mesma cruz vermelha que as 3 Caravelas de Colombo Cruzaram
o Atlântico, para a descoberta do novo mundo.

Nau de Pedro Álvares Cabral no Livro das Armadas (Biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa).
Repare a Cruz nas velas

O próprio Colombo era casado com a filha de Ex Cavaleiro de Cristo, tendo tido acesso aos mapas e
diários do seu sogro. Assim em 1500 Pedro Álvares Cabral, [Que também era um cavaleiro de Cristo]
Atravessa o Atlântico e descobre o Brasil. [Interessante notar o primeiro nome ao qual nosso país foi
Batizado] vejamos:

Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande
monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chão, com grandes
arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra a Terra de Vera
Cruz! Terra de Vera Cruz, ou terra da verdadeira Cruz. Advinha qual era a verdadeira Cruz? A cruz
templária.

Assim, de diferentes maneiras, os templário sobreviveram ao ataque de 13 de outubro de 1307. Assim


em 1522, a ordem dos cavaleiros tectônicos, se secularizou e repudiou sua lealdade a Roma e lançou
apoio incondicional as idéias e a uma causa de um "rebelde" chamado Martin Lutero. Dois séculos
depois da dissolução da Ordem, a mesma se viu na chance de poder se vingar contra a mesma Roma
que os dissolveu embora de forma indireta.

Mas mesmo das sombras, a ordem ainda maquina algumas coisas, é o que veremos mais adiante, onde
iremos adentrar as entranhas da ordem e seus ideais no passado e os planos para o futuro ao qual nos
afeta diretamente.
De forma bastante resumida, o que foi dito até agora é a história oficial do inicio e fim da ordem dos
templários, muitos historiadores a reconhecem como a versão final, porém nossas pesquisas nos
levaram a caminhos diferentes a partir de agora.

Caro leitor, tudo o que for escrito aqui, para muitos terá uma nova dimensão. Pois a história se torna
mais difusa, e mais provocativa e agora o leitor será apresentando com mais profundidade sobre temas,
como Baphomet e Graal.

Ainda durante a existência da ordem dos templários, os mesmos viviam sobre o mito de serem magos,
feiticeiros e adeptos dos segredos da alquimia. Muitas pessoas os repreendiam como no caso do Papa
Inocêncio III, que os reprendeu explicitamente por práticas de necromancia (lembram do Gole?). Por
outro lado, haviam pessoas que os elogiavam como os mais destemidos e fanáticos guerreiros. No fim
do séc. XII, Wolfran von Eschenbach visitou o Ultramar, a fim de conhecer a ordem em ação, e por volta
de 1195 e 1220 o maior dos romancistas, compôs um romance épico "Parzival", na qual ele exalta a
ordem como detentora do cálice sagrado.

O mito que envolveu a ordem sobreviveu a mesma, segundo os últimos registros sobre a ordem,
enquanto o ultimo Grão Mestre, Jacques de Molay, era queimado em Março de 1314, dizem-se que
enquanto o fogo e a fumaça o consumiam - de acordo com a tradição ele chamou seus acusadores
Clemente o Papa e o rei Felipe - para se juntarem com ele e se apresentarem diante de Deus para ver
quem teria razão, naquele mesmo ano.

O Papa Clemente morreu um mês depois de diarréia aguda, e no fim daquele mesmo ano, o rei Felipe
morreu também de causas obscuras até hoje. Não há motivos para explicações sobrenaturais nesse caso
(porém até caberia). Pois era conhecido de todos que os templários aprenderam muitas técnicas de
venenos para serem utilizados em flechas, a durante essa perseguição haviam pessoas simpáticas as
causas templárias em diversas camadas da sociedade para executar a vingança.

Entretanto, a aparente concretização da praga do grão mestre deu crédito a crença geral nos poderes
ocultos da ordem. Mas a praga de Jacques de Molay não parou ai, projetando ainda infortunos, nas
gerações futuras de toda a linhagem real da França e seus ecos, ainda encontram poderes místicos
através dos séculos.

No séculos seguintes muitas fraternidades secretas e semi-secretas admiravam os templários como


magos e iniciados místicos. Muitos maçons se consideram os próprios predecessores dos templários
(sendo que muitos afirmam que eles descendiam da parte de construtores dos mesmos). Algumas
afirmações são absurdas, porém tem uma certa validade, pois a ordem se manteve muito coesa na
Escócia (e em Portugal).

Em 1789, as lendas sobre a ordem tinha adquirido proporções místicas e sua realidade histórica foi
obscurecida por uma aura romântica e mística. Eles eram conhecidos como adeptos do oculto e das
artes alquímicas, "iluminados", magos e sábios além de mestres construtores, e verdadeiros
conhecedores do oculto - quase super homens embutidos de um incrível e misterioso arsenal de poder e
conhecimento. Eram tidos também como heróis e mártires, anunciadores do espírito anti-clerical da
época, muitos maçons ao conspirarem contra Luix XVI sentiam-se ajudando a implementar a praga
lançada por Jacques de Molay sobre a linhagem real francesa.

Dizem que quando a cabeça do rei caiu dentro do cesto após sua decapitação pela guilhotina, um
homem desconhecido subiu ao cadafalso. Ele teria mergulhado sua mão no sangue do monarca e
respingado sangue na multidão e gritando aos berros: "Jacques de Molay! tu estais vingado",

Após os eventos da revolução francesa, muitas lojas maçônicas adotaram o grau templário e afirmam
possuir uma genealogia que remonta desde 1314 (caso desejem, tentaremos postar).

No fim do séc. XIX, uma sinistra ordem que reclamava para si o título de Ordem dos novos templários se
estabeleceu na Alemanha e na Áustria, e de dentro desse movimento nasceu um partido ao qual seu
emblema era uma cruz suástica, ao qual conhecemos como partido NAZI.
Figuras como H.P Blavatsky (veja a Parte 14 da série para entender mais) fundadora da teosofia e Rudolf
Steiner afirmavam ser uma antiga tradição esotérica que retrocedia através dos séculos pelos rosas
cruzes até os cátaros e os templários. Nos EUA adolescentes são admitidos na Sociedade De Molay, sem
eles ou seus mentores, não tem grandes noções sobre a origem do nome, como na Inglaterra assim
como em outros lugares. No Ocidente, os Rotary Clubes reconditos, se dignificam com o nome templário
e incluem figuras públicas eminentes.

Lá no reino celeste que sonhou conquistar com sua espada, o mundo de Hugues Payen deve agora olhar
com certa perplexidade para os cavaleiros de hoje - calvos, barrigudos de óculos - que ele engredou.
Deve também estar impressionado com a durabilidade e a vitalidade do seu legado.

Agora vamos tomar em um ponto da história bastante intrigante, Baphomet, essa figura dualista
conhecida por muitos, chama a atenção pelo enorme número de relatos e confissões [retiradas sob
tortura]. Para ser algo inventado por uma preceptoria ou por outra. Vale lembrar que se o estudo fosse
somente focado na figura de Baphomet o mesmo daria um estudo igual ou maior do que esse ensaio
que se segue.

Segue a transcrição dos documentos do relatório do processo contra os templários:

“- ... (Informa-se) que em cada província a ordem tinha ídolos, nomeadamente cabeças, das quais
algumas tinham três faces e algumas uma, e outras tinham uma caveira humana.
- que eles adoravam estes ídolos ou esse ídolo, e especialmente nos seus grandes capítulos e
assembléias.
- que eles (os) veneravam.
- que (eles os veneravam) como Deus.
- que (eles os veneravam) como o seu Salvador...
- que eles diziam que a cabeça os podia salvar.
- que [ela podia] fazer riquezas.
- que ela fazia as árvores florescer.
- que [ela fazia] a terra germinar.”
“Uma cabeça de um homem com uma grande barba, cabeça que eles beijavam e veneravam em todos
os seus capítulos provinciais, mas isto nem todos os irmãos sabiam, exceto apenas o Grão-Mestre e os
antigos.” – instruções de Filipe aos seus senescais.

Durante o julgamento dos Templários em 1307 o Irmão Jean Taillefer de Genay deu testemunho. Ele "foi
recebido na ordem em Mormant, uma das três perceptorias sob a jurisdição do Grande Priorado de
Champagne em Voulaine. Ele disse que na sua iniciação ‘um ídolo representando uma cara humana’ foi
colocado no altar à sua frente. Hughes de Bure, outro Burgundiano de uma casa-filha de Voulaine,
descreveu como a ‘cabeça’ foi tirada de uma bandeja na capela, e que lhe parecia ser de ouro ou prata,
e representar a cabeça de um homem com uma longa barba. O Irmão Pierre d’Arbley suspeitou que o
‘ídolo’ tinha duas caras, e o seu parente Guillaume d’Arbley garantiu que o próprio ‘ídolo’, ao contrário
de outras cópias, era exibido em capítulos gerais, implicando que só era mostrado aos membros
sêniores da ordem em ocasiões especiais”. “O tesoureiro do templo de Paris, Jean de Turn, falou de uma
cabeça pintada na forma de um retrato, que ele tinha adorado num destes capítulos.”

De acordo com o testemunho mais consistente, o ídolo era: “... mais ou menos do tamanho natural da
cabeça de um homem, com uma face de aspecto muito feroz, e barba.” – Depoimento de Jean Tallefer.
INQUISIDOR: Agora fala-nos sobre a cabeça.

IRMÃO RAOUL: Bem, a cabeça. Eu vi-a em sete capítulos presididos pelo Irmão Hugh de Peraud e
outros.

INQUISIDOR: O que era preciso fazer para a venerar?

IRMÃO RAOUL: Bem, era assim. Ela era apresentada, e todos se prostravam, retiravam os seus
capuchos, e veneravam-na.

INQUISIDOR: Como era a (sua) face?

IRMÃO RAOUL: Terrível. Parecia-me ser a face de um demônio, de um maufé [espírito maligno].
Cada vez que eu a via, ficava aterrorizado de maneira que quase não conseguia olhar para ela,
tremendo em todos os meus membros.” – – retirado de M. Michelet, Processo dos Templários.

Caput Algol, ou a Cabeça do Demônio, é normalmente vista como uma das mais maléficas estrelas no
céu e tradicionalmente ‘afligia a face e cabeça ao ponto de decapitação ou estrangulamento’. É a estrela
Beta de Perseu, astrologicamente colocando-a no signo de Touro [Nota: curiosamente, o signo Touro
rege o pescoço...]. A sua natureza é de Júpiter e Saturno. A pedra de Algol é o diamante, e as plantas são
o heléboro negro e a Artemísia. Algol é chamada "o Demônio", "a Estrela-Demônio" e é também
conhecida como "o Demônio que pisca" porque faz parte de um sistema estelar binário no qual uma
estrela menos brilhante eclipsa periodicamente a sua parceira mais brilhante. Algol tem uma reputação
muito má entre os astrólogos. Vivian Robson diz, “É a estrela mais maligna nos céus.” – As Estrelas Fixas
e as Constelações na Astrologia (Sun Books 1995) página 124.

Na magia cerimonial, a estrela Algol era simbolizada por uma cabeça decepada, uma cabeça de um
homem com barba, com aspecto demoníaco; dizia-se que a cabeça protegia contra o mal, trazia boa-
sorte, fertilidade e abundância. Lembrem-se que o nome ALGOL vem da expressão árabe «Ras al- Ghul»
[Quem conhece o Batman já viu esse nome antes], que significa "Cabeça do Demônio". A cabeça
("Baphomet") venerada pelos Templários era também uma cabeça com barba e aspecto demoníaco.
Dizia-se que trazia boa-sorte, fertilidade e abundância, e que "salvava" (isto é, protegia contra o mal).

Origem da expressão "Baphomet"

A origem da palavra Baphomet ficou perdida, e muitas especulações podem ser feitas, desde uma
corruptela de Muhammad (Maomé - o nome do profeta do Islã), até Baph+Metis do grego "Batismo
de Sabedoria". Outra teoria nos leva a uma composição do nome de três deuses: Baph, que seria
ligado ao deus Baal; Pho, que derivaria do deus Moloch; e Met, advindo de um deus dos egípcios, Set.
A palavra "Baphomet" em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash
(método de codificação usado pelos Cabalistas judeus), obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se
Sophia, palavra grega para "sabedoria".

Todavia ainda existem fontes que afirmam uma outra origem do termo. Segundo alguns, o nome veio da
expressão grega Baph-Metra (mãe-Metra ou Meter-submersa; Baph-em sangue). Ou seja, a Mãe de
sangue, ou a Mãe sinistra. Grande parte dos historiadores que afirmam essa versão se baseiam no fato
que o culto á cabeça esta relacionada com conjurações de entidades femininas.

Mas sabemos por documentos e cartas da época que alguns elementos da ordem estavam envolvidos
com o Hermetismo o que nos leva a pensar que toda a filosofia hermética se baseia nos segredos
ocultos da Natureza e, assim como Baphomet, era inegavelmente um talismã cabalístico. O nome de Pã
era de grande virtude mágica naquilo que Eliphas Levi chamava de “Conjuração dos Elementais”.

O símbolo do Baphomet é fálico, haja vista que em uma de suas representações há a presença literal do
falo, devidamente inserido em um vaso (símbolo claro da vulva). O Baphomet de Levi possui mamas de
mulher, e o pênis é metaforicamente representado por um caduceu (símbolo de Mercúrio, usado hoje
na Medicina). Esse tipo de simbologia sexual aparece com freqüência na alquimia (o coito do rei e da
rainha), com a qual o ocultismo tem relação.

Pode ser interpretado em seu aspecto metafísico, no qual pode representar o espírito divino que “ligou
o céu e a terra”, tema recorrente na literatura esotérica. Isso pode ser visto no Baphomet de Eliphas
Levi, que aponta com um braço para cima e com o outro para baixo (em uma posição muito semelhante
a representações de Shiva na Índia). No ocultismo, isso representaria o conceito que diz: “Assim é em
cima, como é embaixo”.

Imagem feita por Eliphas Levi

Agora quero apresentar um personagem muito importante: Eliphas Levi Zahed é tradução hebraica de
Alphonse Louis Constant, abade francês, nascido no dia 8 de fevereiro de 1810 em Paris. O maior
ocultista do século XIX, como muitos o consideram, era filho do modesto sapateiro Jean Joseph
Constant e da dona de casa Jeanne-Agnès Beaupurt. Tinha uma irmã, Paulina-Louise, quatro anos mais
velha que ele. Apesar de mostrar desde menino aptidão para o desenho, seus pais o encaminharam
para o ensino religioso.

Foi assim que, aos 10 anos de idade, ingressou na comunidade do presbitério da Igreja de Saint-Louis
em L´lle, onde aprendeu o catecismo sob a direção do abade Hubault, que selecionava os garotos mais
inteligentes que demonstravam alguma inclinação para a carreira eclesiástica. Desse modo, Eliphas foi
encaminhado por ele ao seminário de Saint-Nicolas du Chardonnet, para concluir seus estudos
preparatórios. A vida familiar cessou para ele a partir desse momento. No seminário, teve a
oportunidade de se aprofundar nos estudos lingüísticos e, aos 18 anos, já era capaz de ler a bíblia em
seu texto original.

Após 15 anos de estudos, Eliphas Levi deixou o grande seminário para ingressar no mundo; tinha então
26 anos de idade. Sua mãe, ao saber disso, suicidou-se. Abalado e sem nenhuma experiência do mundo,
teve muitas dificuldades para encontrar um emprego. Essa barreira aumentava ainda mais pelo boato
que correu, segundo o qual ele teria sido expulso do seminário. Após ter percorrido o interior da França,
trabalhando em um circo, Eliphas encontrou em Paris alguns trabalhos como pintor e jornalista. Fundou,
com seu amigo Henri-Alphonse Esquirros, uma revista intitulada As Belas Mulheres de Paris, na qual se
aplicava como desenhista e pintor, e Esquirros atuava como redator.

Eliphas Levi passou por vários empregos, sempre perseguido pelo clero que via nele um apóstata. Foi
então que escreveu sua bíblia da liberdade, desejando dividir com seus irmãos as alegrias de suas
descobertas (1841). Essa publicação lhe custou oito meses de prisão e 300 francos de multa. Foi acusado
de profanar o santuário da religião, de atentar contra as bases da sociedade, de propagar o ódio e a
insubordinação.

Ao sair da prisão, realizou pequenos trabalhos, principalmente pintura de quadros e murais de igrejas, e
fez colaborações jornalísticas. Apesar dos contratempos materiais, não deixou jamais de aperfeiçoar
seus conhecimentos e enriquecer sua erudição. Foi após Emanuel Swedenborg que encontrou os
grandes magos da Idade Média, os quais o lançaram definitivamente no Adeptado: Guillaume Postel,
Raymond Lulle, Henry Corneille Agrippa. Assim, em 1845, aos 35 anos de idade, escreveu sua primeira
obra ocultista, intitulada O Livro das Lágrimas ou o Cristo Consolador.

Em 1855, fundou a Revista Filosófica e Religiosa (cujos artigos principais se encontram em seu livro A
Chave dos Grandes Mistérios). Nesse mesmo ano, publicou seu Dogma e Ritual da Alta Magia e o poema
Calígula, identificando no personagem o imperador Napoleão III. Por causa disso, foi preso
imediatamente. No fundo da prisão escreveu uma réplica, o Anti-Calígula, retratando-se. Foi então
posto em liberdade.

Eliphas Levi

No dia 31 de maio de 1875, faleceu Eliphas Levi. Aqueles que o acompanharam até o último momento
testemunharam sua grande coragem e resignação. No momento de expirar, estava bastante calmo. Sua
vida tinha sido plena de realizações espirituais. Havia cumprido a missão de iniciado e de iniciador.

Ilustração mais famosa de Eliphas Levi sobre Baphomet, que muitos conhecem, seja de cartas de Tarot,
como o demônio, seja como símbolo ocultista, é esta:

“Figura panteística e mágica do absoluto. O facho colocado entre os dois chifres representa a
inteligência equilibrante do ternário; a cabeça de bode, cabeça sintética, que reúne alguns caracteres do
cão, do touro e do burro, representa a responsabilidade só da matéria e a expiação, nos corpos, dos
pecados corporais. As mãos são humanas, para mostrar a santidade do trabalho; fazem o sinal do
esoterismo em cima e em baixo, para recomendar o mistério aos iniciados e mostram dois crescentes
lunares, um branco que está em cima, o outro preto que está em baixo, para explicar as relações do bem
e do mal, da misericórdia e da justiça. A parte baixa do corpo está coberta, imagem dos mistérios da
geração universal, expressa somente pelo símbolo do caduceu.

O ventre do bode é escamado e deve ser colorido em verde; o semicírculo que está em cima deve ser
azul; as pernas, que sobem até o peito, devem ser de diversas cores. O bode tem peito de mulher e,
assim, só traz da humanidade os sinais da maternidade e do trabalho, isto é, os sinais redentores. Na sua
fronte e em baixo do facho, vemos o signo do microcosmo ou pentagrama de ponta para cima, símbolo
da inteligência humana que, colocado assim, embaixo do facho, faz da chama deste uma imagem da
revelação divina”.

Esse panteu deve ter por assento um cubo e, para estrado, uma bola e um escabelo triangular. É uma
boa representação; no entanto, peca historicamente e não deve ser tomado como “verdadeiro”
Baphomet, pois essa figura é muito parecida com a curiosa representação do Diabo, esculpida alguns
anos antes da sua “tese”, em 1842, no pórtico da igreja de Saint-Merri, em Paris.

Em relação aos Templários, encontramos uma gárgula que poderia ter servido de inspiração a Levi na
comendoria de Saint Bris le Vineux que pertencia à Ordem.

Spectrum nos dá alguns esclarecimentos:

“…Em meio às diversas polêmicas que compõem o tema do satanismo, alguns pontos não ficam
totalmente esclarecidos. Por exemplo, a representação de uma cabra com corpo humano encontrada
nos cultos do satanismo religioso é denominada Baphomet, que já era conhecida desde os tempos pré-
cristãos. Portanto, não possui nenhuma relação com o demônio conhecido no cristianismo. Para os
satanistas, Baphomet é uma energia da natureza que os motiva a conseguir nossos objetivos. Nesse
caso, a cabra com corpo humano e asas simboliza força, fertilidade e liberdade, características muito
valorizadas pelos povos pagãos.

Os chifres duplos simbolizavam a natureza bipolar da força que era tanto boa quanto má, luz e
escuridão, beleza e terror, positivo e negativo. Ainda mais, a imagem do Deus Cornudo dava uma
impressão da espantosa e temível natureza desse tipo de poder.

Blavatsky relaciona Baphomet a Azazel, o bode expiatório do deserto, de acordo com a Bíblia Cristã, cujo
sentido original – segundo a ocultista russa – foi deploravelmente deturpado pelos tradutores das
Sagradas Escrituras. Ela ainda explica que Azazel vem da união das palavras Azaz e El, cujo significado
assume a forma de um interessante “Deus da Vitória”. Não obstante a essa definição, Blavatsky vai além
em seus preceitos, quando equipara Baphomet – O Bode Andrógino de Mendes – ao puro Akasha, a
Primeira Matéria da Obra Magna.

Blavatsky

O Akasha é o princípio original, o espaço cósmico, o éter dos antigos, o quinto elemento cósmico. Ele é o
substrato espiritual do Prakriti diferenciado. Segundo a Teosofia, ele está relacionado a uma força
chamada Kundalini. Eliphas Levi o chamou de Luz Astral. Na Filosofia Hindu é um lugar, o elemento éter.
Também significa ar, atmosfera, luz. Designa o espaço sutil onde estão armazenados todos os
conhecimentos e feitos humanos, desde os primórdios.
Ao longo das obras de Crowley, são fartas as referências a Baphomet, chamado por ele de “Mistério dos
Mistérios”, no cânone central de sua religião, composto na forma de um missal denominado Liber XV –
A Missa Gnóstica. Tal era sua identificação com Baphomet, que esse nome foi adotado como um de seus
mais importantes pseudônimos, ou motes mágicos.

O assunto é tão relevante que nos Rituais de Iniciação da Ordo Templi Orientis, uma das Ordens
lideradas por Crowley, praticamente todas as consagrações são feitas em nome de Baphomet, não
importando se os consagrados estejam conscientes ou não a respeito do sentido de tal ato e muito
menos de suas implicações futuras. Tamanha é a proeminência do conceito implícito ao termo que no VI
Grau da referida Ordem, a título de ilustração, numa clara referência a suas supostas raízes orientais, a
palavra Baphomet é declarada como aquela que comporta os Oito Pilares (as oito letras que formam a
palavra) que sustentam o Céu dos Céus, a Abóbada do Templo Sagrado dos Mistérios, no qual está o
Trono do Rei Salomão.

Crowley

Ainda em sua Missa Gnóstica, Crowley identifica Baphomet com um símbolo chamado “Leão-Serpente”,
que, assim como Baphomet, é a representação do andrógino ou hermafrodita. Mais especificamente,
ele é um composto que possui em si mesmo o equilíbrio das forças masculinas e femininas
transmutadas num só elemento.

O Leão-Serpente, na verdade, é uma forma cifrada de mencionar a concepção humana, a união dos
princípios masculinos (Leão) com os femininos (Serpente), ou do espermatozóide com o óvulo,
formando o zigoto. Há, seguindo com os preceitos de Crowley, diversos modos de mencionar essa
dualidade: Sol e Lua, Fogo e Água, Ponto e Círculo, Baqueta e Taça, Sacerdote e Sacerdotisa, Pênis e
Vagina, além de várias outras duplas de eternos polares.

Originalmente, o símbolo representado pelo Leão-Serpente consta em alguns dos mais antigos
documentos gnósticos, os quais remontam ao começo do século II d.C.

Apresentado sob a forma de uma figura arcôntica com cabeça de leão e corpo de serpente, o
Leontocéfalo era a própria imagem do Demiurgo do Mundo, sendo a versão gnóstica para o Jeová
mosaico.

Crowley considerava Baphomet como o supremo Mistério Mágico dos Templários, segredo este que
estaria concentrado nos graus superiores de sua Ordem. Da mesma forma, ele clamava que esse era o
mesmo mistério oculto nos graus superiores da Maçonaria. Será que ele se enganou? Ou conhecia um
outro rito na Maçonaria?
Com todo o material coletado e explorado ao longo do estudo podemos concluir o seguinte:

1 - Hughues de Payen na companhia de 8 cavaleiros se apresentou no palácio de Bouillon I, rei de


Jerusalém, ao qual o recebeu cordialmente , e o mesmo o fez líder religioso local e emissário do Papa.

2 - Durante 9 anos conta Guillaune que os 9 cavaleiros, não aceitaram que outras pessoas.

3 - Existe um enorme silencio sobre os primeiros anos da ordem, e nem mais tarde se tem relatos de
peregrinos sendo protegidos pela ordem.

4 - Uma década depois a fama dos templários correu por toda Europa.

5 - O senhor de Hughues de Payen ao recebe-lo de volta na Europa, se torna vassalo de Hughues de


Payen.

A ordem só poderia ser estabelecida sua primeira preceptoria onde foi o antigo templo de Salomão dai
vem o nome da Ordem dos Cavaleiros Templários do Templo de Salomão. Onde sua primeira
preceptoria foi fundada.

Muitas fontes de locais diferentes também afirmam que os trabalhos dos templários se resumiam a
escavar o templo, “pois cai entre nós”, 8 homens para tomar conta de todo o caminho que se segue da
Europa ao oriente médio, é um pouco demais.

Dessas escavações muitas coisas foram especuladas, como algumas fontes afirmam que os templários
encontraram o corpo de cristo, outros afirmam que eles encontraram a linhagem de uma suposta
família de Jesus com Maria Madalena, outros afirmam que eles encontraram as chaves de Salomão (a
Goétia), porém a mesma é de uma data bem posterior aos templários, uma outra linha afirma que os
templários encontraram o cálice de Cristo...

Como vimos anteriormente, o culto a cabeça está relacionado com o paganismo, e a figura de Baphomet
é uma figura andrógena que nos remete ao hermetismo e dualismo, uma outra antiga fonte, nos remete
a seguinte explicação:

- As lendas medievais nos da a época dos templários, que nos remete a um segredo que estava oculto na
Palestina, e esse segredo segundo consta a tradição era o segredo da sabedoria de Salomão, que nos
leva a cabala. Pois só temos relatos das mesmas dentro do círculo dos templários.

Ou seja isso nos leva a pensar que: A instituição da ordem dos templários teve como plano de fundo,
uma espécie de uma "carta branca" para que os mesmos pudessem praticar a cabala em baixo das
“fuças” da Igreja Católica, e protegido pela mesma.
Vimos sobre a cabeça dos ao qual os templários veneravam e sobre o Baphomet, porém Baphomet nos
leva frontalmente até a cabala, vejamos:

Os braços significam Chokmah (Misericórdia) e Geburah (Severidade) em perfeito equilíbrio na Árvore


da Vida. Portanto o Facho de Luz na testa representa Kether, a ponta de cada chifre Binah
(Compreensão) e Chesed (Sabedoria). No centro do peito esta Tiphareth (Beleza), representado em
algumas figuras por uma “Rosa-Cruz”. O Caduceu é, claro, Yesod (Fundação) e cada joelho Netzch
(Esplendor) e Hod (Vitória). História da cultura dos templos pagãos P. 450

Segundo o texto cada parte da figura de Baphomet esta relacionado as sephirots da cabala.

Para quem não sabe o que é cabala, uma breve explicação se encontra aqui.

Não é por acaso que uma das possíveis grafias de "Baphomet" em hebraico é Beth-Phe-Mem-Teth
(2+80+40+9), que totaliza 131... o valor de PAN, já descrito acima.

Nem um outro conhecimento foi mantido por envolto em tanto mistério como o conhecimento
cabalista, ao qual havia, ainda não era conhecido dos europeus, e o mesmo só foi adquirido após as
cruzadas.
Então temos o seguinte:

1 - Após o inicio da segunda Cruzada um grupo de 8 homens vai até Jerusalém com a desculpa de
proteger os viajantes (é impossível 8 homens protegerem peregrinos vindo da Europa até Israel).

2 - Os 8 cavaleiros durante anos não tem nada sobre si relatados,

3 - Após seu retorno são recebidos como heróis.

4 - O senhor dos cavaleiros se torna vassalo do líder dos seus cavaleiros e se integra a ordem.

5 - Anos após a fundação da ordem, a mesma se vê em cultos e figuras de Baphomet.

6 - Baphomet ou Pan esta entrelaçado com o conhecimento cabalista.

7 - A sede do templo esta sobre as ruinas do antigo templo de Salomão.

8- A ordem se auto proclamou a serviço somente da ICAR e do PAPA.


A ordem foi com um único propósito para Israel, procurar pela Cabala e depois de reunir o
conhecimento que precisavam escavando o templo, encontraram registros sobre a Cabala e começaram
a decifra-lo, é interessante notar que dos 8 cavaleiros, todos eram bem letrados, após decifrar (os 3
fascículos de 21 paginas cada). Eles regressaram a Europa onde foram aclamados como heróis
(principalmente pelos clamores públicos de São Bernardo).

Após a declaração de que os cavaleiros seguiriam somente as ordens do PAPA, e tiveram a aprovação do
mesmo, a ordem conseguiu uma licença para estudar a cabala bem em baixo das “fuças” de Roma.

Temos que salientar que estamos no inicio da ascenção da Alquimia, ao qual as chaves para o
conhecimentos que alguns acreditavam pertencer a Salomão (A cabala), era uma enorme arma de
barganha e que com a descoberta da mesma pelos templários, Roma a ganhou de "mão beijada".

Bastava somente aceitar a ordem como uma ordem militar religiosa, assim Roma teria o controle das
terras santas asseguradas pela ordem e o controle do conhecimento cabalístico, é interessante notar,
que a data do retorno dos templários a Europa, é muito próxima com a criação do centro astronômico
da Igreja Católica ao qual não reconheceu séculos mais tarde o gênio de Galileu.

Nenhuma outra literatura foi tão bem guardada, e tão envolta em mistério quanto a Cabala, símbolos
como penta e hexagrama tiveram sua origem dentro da Cabala, práticas como leitura de mãos tem
como fundamento a arvore da vida.

Com suas 10 sephirots e 22 caminhos, até mesmo a Wicca usa a cabala em seus rituais, cientistas das
mais diversas áreas de conhecimento a usam, pois alegam que é um ótimo exercício mental, Albert
Einstein era um excelente cabalista, Aleister Crowley criou um sistema inteiro de magia através dela,
Nicolas Flamel em seus livros comenta que aprendeu a maior parte de seu conhecimento através de um
livro de 3 fascículo cada um contendo 7 páginas, o mesmo da Cabala, Eliphas Levi extraiu a maior parte
dos seus escritos da Cabala.

Exemplo da cabala aplicada a leitura de mãos (Quiromancia)


Assim como a Wicca, a bruxaria atual, e até mesmo o satanismo, no nosso século receberam um cunho
mais brando, e uma nova "maquiagem", ao qual promovem idéias de paz e coloca o cristianismo, como
o gerador de todos os males, a cabala também recebeu uma nova "maquiagem" no nosso século e como
muitos rabinos afirmam, já era hora de todo o mundo conhecer e poder praticar os mistérios da cabala,
porém assim como as sociedades secretas tem muitos mistérios, a cabala tem mais ainda, e é
interessante notar a postura de certos maçons ao afirmarem que a mesma não se trata de religião, mas
tem suas iniciações e práticas cabalistas.

Igualmente era os chefes templários ao qual se diziam "iniciados": basicamente a cabala tenta invocar
ao homem certas "bênçãos" que lhe são de direito (qualquer idéia parecida com a teologia da
prosperidade não é mera coincidência).

Logo, a arvore da vida que forma a cabala deve ter o homem como centro da mesma:

E todos os sefiroths são as condições que o homem deve trilhar para obter essas bênçãos ao longo dos
10 sefiroths e 22 caminhos.

O cabalista ainda assume o caráter de tentar acessar os "mundos" ao qual cada caminho leva, segundo
Aleister Crowley, a Cabala foi o caminho usado para ele poder acessar as mais diversas zonas do inferno,
para poder conversar com o próprio Satanás, todas as datas de rituais são tiradas da cabala, alguns
cabalistas afirmam que cada sifiroth (as bolinhas da arvore da vida), podem ser comparadas aos
planetas do nosso sistema solar, logo se alinharmos as posições dos astros para 21 de dezembro de
2012, a data do suposto fim do mundo e jogarmos as posições dos astros na cabala teremos o seguinte
resultado:
Exato, um pentagrama no céu!

Não podemos esquecer um principio básico que os egípcios usavam, e que a alquimia pegou
emprestado, era de a terra é um espelho do céu.

Contrariando frontalmente Êxodo 20:4


"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem
em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra."

Logo podemos esperar mega-rituais, mas segundo aponta essa pesquisa nada de mega rituais de
sacrifício e sim um mega ritual festivo.

A Cabala na Ciência

Segundo Aleister Crowley: A ciência também é uma forma de magia

Complemente seu estudo vendo o vídeo abaixo:

Causa uma certa estranheza para muitos céticos que cientistas renomados se utilizem da Cabala, os
alquimistas já se utilizavam dela, para fazer a "grande obra".

Inclusive Fulcanelli que nasceu em 1839 e muitos acreditam estar vivo até hoje (e olha que os indícios
não são poucos), foi o primeiro homem a transmutar 100 gramas de chumbo em ouro em Setembro de
1922 na presença do pintor Julien Champagne e do químico Gaston Jean-Baptiste Sauvage o laboratório
da fábrica de gás de Sarcelles.

Uma frase interessante de Fulcanelli próximo ao inicio da Era atômica foi a seguinte:

O segredo da alquimia é o seguinte: existe uma maneira de manipular a matéria e a energia, de modo
a produzir o que os cientistas modernos chamam de " um campo de força ". O campo atua sobre o
observador e coloca-lo em uma posição privilegiada vis-à-vis o Universo . A partir desta posição, ele
tem acesso a realidades que normalmente são ocultadas de nós pelo tempo e espaço , matéria e
energia . Isto é o que nós chamamos a Grande Obra . "

Albert Einstein que criou a equação da transformação de matéria em energia (como descrito por
Fullcaneli) teve a idéia da equação segundo o mesmo imaginado como seria poder surfar em um raio de
luz (a descrição bate também com o relato de Fullcaneli).
P. A. Schilpp (Ed.). Albert Einstein — Autobiographical Notes. Open Court, 1979. pp.8–9

Mas se você leitor quiser viver para sempre é muitos simples, basta aceitar Jesus como seu Único e
Suficiente Salvador

Muitos não entendem algumas sutilezas da Cabala pelo fato de não entenderem que ela deve ser
entendida como em esquema em 3D, ao qual o observador da mesma tem que desenvolver uma visão
panoraminal, no qual ele possa visualizar ela em todos os ângulos possíveis.

Com isso fica mais fácil de entender alguns símbolos que se originaram da mesma, como a pesquisa
indica, parece ser cada símbolo uma pequena "cabala condensada" ou cada símbolo se usa dos sefiroths
que melhor lhe convém, não será postado aqui um estudo profundo sobre o significado de cada
sefiroth, por que essa nunca foi a intenção da pesquisa.

O exemplo abaixo é para que apenas você leitos seja capaz de ver algumas formas geométricas na
cabala, que lhe são familiar por Exemplo:

Repare que no alto da mesma tem uma pirâmide.

Se fosse possível pegar esse esquema em 3D em suas mãos e o "achate-se" você leitor seria capaz de
transformar esse esquema em um pentágono, e logo pentagramas estão contidos em pentágonos e
pentágonos são os centro dos pentagramas (O micro no macro e o macro no micro cosmos). Veja na
imagem:

Um outro aspecto da cabala é o fato de existirem arvores da vida, dentro das arvores da vida, ou seja
cabalas nas cabalas, o documento abaixo foi extraído de um estudo cabalístico.
Repare que estamos vendo um esquema de arvores dentro das arvores, sabendo que a representação
do universo é a arvore da vida, então podemos concluir que dentro de cada sefiroth temos universos
tão bem esquematizados como o nosso (logo vem a idéia de multi-universos, dimensões paralelas).

Uma nota: Multi universos e dimensões paralelas, não são teorias científicas?

Sim, mas lembre-se de que Crowley disse que a ciência é uma forma de magia.

Uma outra coisa interessante, na época de Fulcanelli, era que muitos físicos estavam aplicando a cabala
em seus estudos, e comparando o esquema da arvore da vida com o esquema atômico, é interessante
notar que o modelo atômico de Rutherford, se assemelha muito com o esquema da arvore da vida,
mesmo apesar do mesmo o modelo de Rutherford não ser mais o modelo aceito como certo pela
comunidade científica, ele ainda é usada para se explicar muitas coisas.

Quando Fullcaneli fez sua demonstração de chumbo em ouro, na frente de um químico não foi por
acaso, algumas estruturas químicas que aprendemos hoje em dia também tem muitas coisas
semelhantes a Cabala.

Isso acima não é arvore da vida e sim a representação do molécula de benzeno.

Mais uma representação cabalística dos universos e micro e macro cosmos:


Podemos concluir que:

1 -A cabala foi uma das principais descobertas dos templários

2 -A cabala foi utilizada por muitos cientistas e ainda é.

3 - Conceitos cabalísticos foram usados para explicar uma realidade (ou conceitos da realidade já
estavam na cabala).

4 - Durante os anos que seguiram antes da era atômica, muitos cientistas encontraram na cabala
respostas para suas pesquisas, de Fullcaneli a Einstein.

5 - Modelos atômicos foram comparados a modelos cabalísticos

6 - E assim como uma alquimista usava a cabala para modificar seus elementos, os físicos se utilizaram
da cabala para alterar o micro cosmos (Átomos).

Atualmente o campo que mais cresce, é o da engenharia genética, seguido do campo da robótica,
sendo que, o primeiro esta avançando para dentro do microcosmos humano ou a arvore da vida que
esta dentro de cada homem (a molécula de DNA), através de estudos com células tronco, os maiores
resultados estão sendo encontrados com células tronco embrionárias (gametas ou como Fullcaneli
preferia Óvulos e esperma) e o segundo ramo, a robótica, esta atrás da I.A, inteligência artificial ou
seja o GÓLEM.
Simbolismo Cabalístico
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Muitos símbolos usados atualmente foram criados inicialmente dentro da cabala, no exemplo acima
temos o selo de Salomão (ESTRELA QUE NUNCA FOI DE DAVI) e o hexa-unicursal criado por Aleister
Crowley, segundo a magia da Tthelema, os dois basicamente tem o mesmo significado, a diferença é
que o unicursal pode ser feito com um único golpe sem precisar levantar a mão da região ao qual ele
esta sendo aplicado diferente do selo de Salomão.

Um Adendo

As teorias de cálculo avançado também são fruto de uma visão cosmogônica e cabalista. Tais teorias
(como a de espaços dimensionais e universos alternativos, bem como a teoria das supercordas da Física)
são usadas para abertura de portais e comunicação com os demônios.

Eis alguns dos vários livros que podemos encontrar tais evidências (escritas de forma muito sutis):

- Principia Mathematica (Introdução à filosofia matemática), de Bertrand Russel

- Lectures on Physics (Lições de Física), de Richard Feynmann

- Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios matemáticos de filosofia natural), de Sir Isaac
Newton

Um exemplo é o "princípio da incerteza de Heisenberg", teoria que basicamente afirma que não se pode
medir a posição e a velocidade de um elétron simultaneamente. Heisenberg parecia não ter
praticamente noção alguma de Cálculo; no entanto, começou a fazer contas aleatórias e soube depois,
através de um amigo matemático, que ele estava operacionalizando matrizes (algo que aprendemos
hoje, de forma básica, no ensino médio).

Como ele conseguiu tal façanha? Com certeza não foi através de genialidade ou alto grau de
conhecimento, uma vez que ele era, pelo menos até criar as bases da Mecânica Quântica e o Princípio
da incerteza, um quase completo ignorante quanto aos cálculos avançados e formulações matemáticas
necessárias para sustentar suas teorias, analiticamente.

Como o estudo já mostra e ratifica, toda a Física e a Matemática não são fruto de apenas raciocínios
lógicos de pessoas "pensantes". São fruto de algo muito mais denso, profundo e negro, que é a Cabala e
seus ensinamentos.

Os atuais detentores dos títulos dos templários os maçons também gostam de usar as alegorias da
cabala, e assim como Crowley tem seu simbolismo usando os sefirots que mais lhe convém, os atuais
detentores do título de templários também o fazem.
Até mesmo algumas obras conhecidas, como o homem renascentista de Leonardo da Vinci, foi atribuído
simetria com o arvore da vida, porém, o mesmo fica mais no ramo da especulação do que de provas
concretas, mas não podemos esquecer que a morfologia da arvore da vida, é semelhante a forma
humana logo a mesma pode ser usada em qualquer figura humana. Veja na imagem abaixo:

Outra coisa que é interessante notar sobre os atuais dententores do título de templários é o fato de que
os mesmos também se utilizam de alguns elementos da arvore da vida.

O que nos leva a pensar que o homem renascentista não é nada mais nada menos que uma
representação cabalística do homem, é o fato das posições dos membros serem os mesmos ao qual
apontam os caminhos da arvore da vida da cabala, como mostrado abaixo:
Apesar de não encontrarmos nada a respeito dos documentos da inquisição que liga os templários ao
graal, muito se tem falado sobre a ligação dos dois, e não é pelo fato de não encontrarmos um
documento, que o mesmo não possa existir, o mesmo aconteceu com o livro de Daniel por ter tido por
muitos como escrito após os eventos e profecias do mesmo, mas após descobertas como a Pedra
Moabita e os rolos do mar morto muitas coisas foram esclarecidas.

A etimologia da palavra Graal é um tanto duvidosa, mas costuma-se considerá-la como oriunda do
latim gradalis - cálice.

Durante a pesquisa descobrimos que ao Graal foi atribuído aos seguintes substantivos:

O Graal-pedra, O Graal-livro, Um Graal científico, O Graal uma Linhagem [Como Dan Brow mostra em
seu livro]

A primeira referência literária ao Graal é O Conto do Graal, do francês Chrétien de Troyes, em 1190, mas
muitos alegam que o universo medieval já era dominado por esses contos, muito antes disso. Porém é
muito interessante notar que o caráter do que o Graal pode ter significado tanto como pedra [Filosofal],
como livro [Um livro com 3 fascículos de 7 pág.] ou cientifico [sabedoria].Isso nos remete a alquimia e a
alquimia nos remete a cabala [Procurem saber sobre Nicolas Flamel e Fullcaneli].

Sendo assim podemos deduzir facilmente sobre o que era o graal.


Agora vamos nos situar no tempo, o ano é 1291 e a Igreja Romana detém em suas mãos 1/4 (Um
quarto) de toda a riqueza do mundo, ou seja se fosse possível dividir a riqueza do mundo em 4 partes
iguais, somente a Igreja Romana teria uma. Além disso, ela também detinha 1/10 de todos os ganhos de
todos os Cristãos na face da terra (é dízimo não foi algo exclusivo do protestantismo e nem do
Judaísmo).

Os Templários da Palestina e Chipre vão para a Península Ibérica


Enquanto viveram na Palestina, houve sempre uma rivalidade entre os Templários e os Hospitalários,
que não poucas vezes, se traduziu em lutas armadas que muito enfraqueceram as posições cristãs na
Terra Santa.

Após a queda de S. João de Acra em 1291, ambas as Ordens transferiram-se para Chipre que Ricardo
Coração de Leão tinha dado ao rei de Jerusalém. Essa rivalidade prolongou-se até à extinção da Ordem
dos Templários pelo Papa Clemente V a instâncias do rei de França Filipe, o belo. Mas enquanto os
Cavaleiros do Hospital se conservavam no Mediterrâneo Oriental, os Templários, na linha da sua missão
universal, expandiram as suas implantações no Ocidente da Europa. Os seus templos constituíam
verdadeiras fortalezas, inexpugnáveis, que subsistem ainda hoje em Portugal.

Portugal País Templário

Foi principalmente na Península Hispânica, e em particular em Portugal, nas campanhas de reconquista


contra os mouros, que os Templários mantiveram a sua ação de luta pela propagação da fé cristã. Como
na França e na Inglaterra não tinham as mesmas condições, dedicaram-se sobretudo à atividade
financeira, o que os tornou odiosamente vítimas da inveja dos grandes senhores feudais e mesmo dos
reis. Para tal, contornavam as disposições da igreja que proibiam os cristãos de exercer tal atividade.

Foram até banqueiros do Papa, de reis, de príncipes e de particulares. O seu grande poderio financeiro
pô-los mais tarde em conflito com a maioria dos soberanos, ao pretenderem estes, defender os seus
interesses e dos seus vassalos, que com jactância cobiçavam as suas riquezas, denunciavam
publicamente as mais altas instâncias eclesiásticas, a duvidosa origem lícita dos bens dos Templários.
Por assim dizer, eram um estado dentro de outro estado, que originavam muitas vezes graves
perturbações de prosperidade econômica no entender dos ditos soberanos.

Os Templários na Península Ibérica tiveram uma atuação benemérita que foi reconhecida e
recompensada pelos reis com benefícios importantes. Estavam isentos de impostos e da jurisdição
episcopal, como os censos eclesiásticos gerais. Ao contrário do que ocorria em França e na Inglaterra, na
Península Ibérica os reis concediam-lhes privilégios e doações de territórios muitos dos quais situados
nas fronteiras, de preferência em zona de combate e de vanguarda cristã contra os mouros.

O Nobre Cruzado Borgonhês, Henrique, Funda a Dinastia Templária do Condado “PORTUGALENSIS”

Sabe-se que os condes borgonheses D. Henrique e D. Raimundo chegaram à Península Ibérica nos finais
do século XI a convite de Afonso VI de Leão e Castela, como fronteiros e em espírito de cruzada para o
auxiliar na defesa e na reconquista contra os almorávidas.

O Conde D. Henrique, 4° filho de Henrique de Borgonha, bisneto de Roberto I de França, irmão dos
duques Hugo e Eudes de Borgonha, e sobrinho-neto de S. Hugo, abade de Cluny, foi no seu tempo na
Península um dos representantes mais ativos do espírito europeu da época.

Era natural que os reis de França quisessem que os duques de Borgonha concretizassem a sua
vassalagem, e como em teoria eram sujeitos da coroa, fruíam de uma independência que não era vista
com bons olhos pelos reis de França. Revelada a expansão do Catarismo no Languedoc que se estendeu
pela Borgonha, Provença, e por Aragão, os borgonheses viram-se envolvidos nas campanhas albigenses.

D. Henrique, como cruzado, foi atraído por zonas de combate contra os infiéis e quis ligar à Terra Santa
a sua posição de fronteiro do Ocidente. Durante a queda da Ordem em toda a Europa Jacques de Molay,
deu a famosa ordem a seus homens:

Protejam a todo Custo o Graal, da expressão protejam o Graal nasceu Portugal.

Para compensar D. Henrique dos serviços prestados na sua luta contra os mouros, o rei Afonso VI, no
ano de 1095 dá-lhe em casamento a sua filha D. Tareja, oferecendo como dote o ‘fronteiro’ condado
Portugalensis, integrado nos estados do rei de Leão, no que restava da antiga Lusitânia. Este condado
surge em meados do século IX abrangendo ao norte o Alto Minho, para o oriente a hoje província de
Trás-os-Montes, Douro, e Coimbra. O distrito de Coimbra abrangia o Douro, Mondego, até ao Tejo; no
ano de 1097 D. Henrique dominava o território do Minho a Santarém.

Os sucessos militares ocorridos na primavera de 1095 moveram Afonso VI a acentuar mais a separação
do condado portugalensis dos outros territórios peninsulares, sem a qual era mais difícil continuar a
fazer a guerra na fronteira com os sarracenos.

Segundo o testemunho da Crônica Lusitana, muitos franceses tinham passado os Pirenéus para
participar na batalha de Zalaca, e ainda depois desta.

Nada indica que o Conde D. Henrique tivesse abraçado a doutrina cátara, mas decerto como Bolonhês
perfilharia as razões da luta do Languedoc contra as hordas capetianas, e condenaria as medidas
repressivas tomadas pela Cúria Romana. Foi ‘cruzado’ e em Jerusalém contatara com os Templários a
quem tinham sido revelados os princípios da religião ‘dualista’, com origem na antiga doutrina de
Zoroastro.

A primeira referência a D. Henrique é de 1072, (Chartes de Cluny) e em 1082, num documento de


Molesme é considerado ‘puer’. Na data do seu casamento em 1095 andaria pelos seus 30 anos de idade,
pelo que se conclui, que deveria ter nascido em 1065. Usava o manto de Cruzado, pelo que se supõe ter
estado na Terra Santa, e é entre estas duas datas que se distingue na fronteira sudoeste da Península
Ibérica contra os almorávidas. Formou a sua corte de fidalgos, artistas e sábios predominantemente
borgonhesca e provençal, que continuou durante a dinastia de seu filho o rei Afonso Henriques.

Note-se a coincidência de algumas datas significativas :

1115 – Fundação por D. Hugo, Conde de Troyes, do Mosteiro de Claraval, de que o Primeiro Abade foi S.
Bernardo de Claraval.

1119 - Fundação da Ordem dos Templários ou Ordem da Cavalaria do Templo de Salomão por Hugo de
Payens.

1124 – No dia do seu aniversário natalício, dia consagrado ao Espírito Santo, D. Afonso Henriques, tendo
envergado ele próprio as suas vestes de guerreiro, como era atributo das pessoas reais, foi armado
cavaleiro ao pé do altar da igreja de S. Salvador, em Zamora.

1126 – Primeira doação aos Templários em Portugal : Fonte Arcada.

1128 – Doação aos Templários, também por D. Teresa, do Castelo de Soure e das terras entre Leiria e
Coimbra. Confirmação da Ordem dos Templários no Concilio de Troyes.

1128 – Vitória do Infante D. Afonso Henriques sobre a sua mãe na batalha de São Mamede.

1131 – Redação definitiva, por S. Bernardo de Claraval, da Regra Templários.

1140 – Vitória de D. Afonso Henriques sobre os mouros na batalha de Ourique.

1143 – Reconhecimento do título de Rex, usado por D. Afonso Henriques, com o apoio do Papa Eugênio
III, que fora discípulo de Bernardo de Claraval. O Mosteiro de S. João de Tarouca passa à obediência de
Claraval, seguido dos Mosteiros de Lafões, Salzedas, Sever, Fiães, S. Pedro das Aguias.

1147 – Conquista, por D. Afonso Henriques, de Santarém e de Lisboa. Cedência aos Templários das
possessões e dos rendimentos das igrejas de Santarém.

1153 – Fundação do Convento de Santa Maria de Alcobaça, que passa a ser a cabeça e o centro
espiritual e intelectual dos Cistercienses em Portugal, sob a jurisdição de Claraval.

1157- Concessão aos Templários, por D. Afonso Henriques, de privilégios extraordinários: inviolabilidade
de propriedades e de pessoas; isenção de tributo e de serviços; isenção de portagens; isenção de
pagamento do dízimo dos terrenos que eles próprios cultivavam ou mandavam cultivar à sua custa ; os
Templários não podiam ser capturados, nem se lhes podia exigir penalidades por crimes cometidos,
sendo os pleitos decididos pele sentença de « homens bons ».

1158 – Tomada de Alcácer do Sal. Gualdim Pais é investido 6° Mestre dos Templários portugueses.

1159 – Doação aos Templários do vasto território de Cêras.

1160 - Construção, neste território, do Castelo de Tomar, com a sua igreja e Charola, projeção
arquitetônica da Cruz Templária, a Cruz das oito beatitudes.
1185 – Morte de Gualdim Pais, o Mestre que mais consolidou os domínios Templários em Portugal, os
quais possuíam nessa altura os Castelos de Tomar, Almourol, Zêzere, Pombal, Idanha-a-Velha, Cêras,
Cardiga, Sousa e Monsanto, entre outros, além de muitas propriedades em Lisboa, Sintra, Santarém,
Leiria, Évora e Beja.

Este sincronismo de datas indica perfeitamente a realidade histórica: durante a soberania do Conde D.
Henrique, o território estava sujeito ao Mosteiro de Cluny ; depois de D. Afonso Henriques é com o
apoio moral e religioso dos Cistercienses e com o auxílio decisivo dos Templários que se faz a conquista,
a ocupação e a cristianização do território português.

A independência de Portugal é pois marcada e qualificada pela convergência da aliança borgonhesa -


lusitana e do espírito cristão, segundo o ideal Cisterciense e Templário, sob o magistério de S. Bernardo
de Claraval.

É no triângulo Guimarães/Braga, Tomar e Alcobaça que assenta a nova nação européia. O 1° rei de
Portugal é um cavaleiro templário, o que explica a sua total identificação com a Ordem. Portugal será a
ponta de lança afiada contra o Islão ao mesmo tempo que o espaço exemplar de um país missionado.

O ímpeto cruzado e templário de D. Afonso Henriques, não só conduziria à conquista total do território
português, como levaria a Cruz de Cristo aos confins da África, à Índia, ao Extremo Oriente e às
Américas:

« Porque eu sou o fundador e o distribuidor dos impérios do mundo, e em ti, e a tua geração, quero
fundar para mim um reino, para cuja indústria será meu nome notificado a gentes estranhas » - Frei
Bernardo de Brito na Crônica de Cister

Nesse tempo verificava-se um elo espiritual entre o Sanjoanismo (doutrina do Evangelho de S. João), o
Templarismo e o Graalismo; ou seja, a devoção ao Espírito Santo (Divino Paracleto) e a S. Bernardo de
Claraval. A própria arquitetura do Convento de Tomar reflete-nos essa mesma confluência do Templo de
Salomão, do Mosteiro de Caraval, e da Demanda do Santo Graal.

Roma sempre suspeitou de desvios da ortodoxia por parte dos cavaleiros portugalensis, que considerava
« Terra dos Templários » (Tempreiros) apesar desta ter sido extinta no resto da Europa, e ter-se
prolongado no seio da Ordem de Cristo.

Assim, a Cúria Romana criou durante séculos dificuldades e decisões injustas na arbitragem de pleitos ao
reino de Portugal. E durante séculos até ao último rei português, desde o filho bastardo do rei Afonso
Henriques que foi Grão-Mestre não da ‘’Ordem do Templo ‘’ mas da ‘’religião de São João’’ conforme se
indica na lápide do seu túmulo na Igreja de São João do Alporão em Santarém, imbuída na devoção ao
Espírito Santo, passando pelos rei D. Dinis e Isabel que foram os repropulsores do culto do Espírito
Santo.

Mas quando o Ouro e o lucro das especiarias começou a chegar no Vaticano as suspeitas acabaram.

O Conde D. Henrique nunca deixou de fazer viagens à Síria e à Terra Santa em Cruzadas. E como Cruzado
morreu em 1112, na terra que tinha libertado dos infiéis. Seu filho, D. Afonso Henriques escolheria a
Cruz de Cristo das Cruzadas de seu pai e templária como símbolos do escudo de armas que imortalizou
na bandeira portuguesa.

Interessante notar que ao fundo do Brasão de armas de Portugal em sua atual bandeira se encontra
uma esfera armilar (Antigo modelo da terra):

Que não tem muito haver com uma autentica esfera armilar, como vemos abaixo:

Mas é fascinante quando colocamos um pingo em cada "Nó" da suposta esfera armiliar e encontramos
um padrão interessante vejamos:
O Templo de Cristo e o Graal

Se na sua primeira fase a ação templária em Portugal foi principalmente de combate, no apoio a D.
Afonso Henriques e na luta contra os mouros, terá sido a partir de 1160, com a construção do Castelo e
da Igreja de Tomar, que iniciou a sua fase por assim dizer espiritual.

Gualdim Pais era um velho companheiro de D. Afonso Henriques, que aos 21 anos tomara parte na
batalha de Ourique, onde foi armado cavaleiro. Pouco depois, partiu como cruzado para a Palestina,
onde permaneceu cinco anos e onde se distinguiu em várias batalhas. Foi na Palestina que ingressou na
Ordem do Templo, sendo de crer que os seus feitos e a sua personalidade o tenham elevado até à mais
alta hierarquia. Foi certamente iniciado na doutrina joanina da Ordem, tendo aí compreendido que a
ação dos monges cavaleiros de Deus, visando muito mais do que a defesa física dos lugares santos.

Ao regressar a Portugal, está compenetrado da missão que lhe cabe (se é que dela não foi
conscientemente incumbido). Em 1158, foi investido no cargo de 6° Mestre da Ordem Templária
portuguesa. Pouco depois, a 1 de Março de 1160, D. Gualdim Pais lança os fundamentos do Castelo de
Tomar, que será a Sede dos Templários.

O templo que foi construído não tem, na sua forma, tradição conhecida em Portugal. É um templo
octogonal, tendo no interior uma capela igualmente octogonal, quase circular pela disposição dos
pilares, no centro da qual está o altar.

Havia primitivamente uma única porta, que dava diretamente para o Convento, sendo a única serventia
dos cavaleiros.
Tal como outras igrejas templárias, teve por modelo a igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém.

As colunas que sustentam a cobertura, marcando o espaço da capela interior são encimados por capiteis
de inspiração orientalista ou fitomórfica, tendo um deles, hoje voltado para a nave aberta por D. Manuel
I, a cruz templária gravada e realçada a vermelho.

Nas cerimônias litúrgicas ou quando em oração, os templários dispunham-se em circulo, segundo o


arquétipo dos cavaleiros da Távola Redonda, buscadores do Graal. A Charola de Tomar forma como que
um circulo, sendo o central, o do altar, da mesa ou da távola, em redor do qual se alinhavam os
cavaleiros; é uma Távola Redonda.
Como se sabe, nos romances da Demanda do Santo Graal, os Templários são os guardiões do Graal, que
usavam uma cruz vermelha sobre uma túnica branca ou uma veste branca com uma cruz vermelha ao
peito.

Como vimos anteriormente Felipe o Belo, junto com o Papa tramaram contra a ordem, mas o rei de
Portugal usou uma estratégia a favor dos templários, vejamos:

Avisados os reis da Península para irem a esse concílio ao qual acabaria com a ordem, alguns deles se
fizeram representar, menos o rei de Portugal, que fez saber que nunca tivera motivos de queixa dos
Templários, e graças a eles combatera os infiéis alargando e prosperando o país.

Para evitar que fossem perseguidos, e ao mesmo tempo como o Papa pretendia dispor dos bens da
Ordem por esta lhe estar diretamente subordinada, os reis de Portugal, Castela e Aragão, para obstar à
sua alienação, alegaram que esses bens tinham sido outorgados com o intuito de favorecer a sua ação
missionária. Por esse motivo desaparecendo a Ordem, desaparecia a causa da doação devendo os bens
regressar à Coroa.

Seja como for, parece demonstrado que o Papa acreditou, nomeando comissões de inquérito, cujas
conclusões não foram definitivas, mas que levaram à extinção da Ordem. Daí conclui-se a atroz
cumplicidade do Papa com Filipe IV, que doravante tinha condições de foro jurídico-eclesiástico para
prender, julgar e condenar à fogueira o Grão-Mestre Jacques Molay e todos os cavaleiros que se
encontravam em França.

Com a metamorfose dos Cavaleiros do Templo em Cavaleiros da Ordem de Cristo, o estandarte albi-
negro dos Templários, que o acusador francês Guillaume de Nogaret malignamente denunciara como
símbolo dualista do Reino da Luz e do reino das Trevas, Deus e Baphomet, é substituída pela cruz
vermelha, sempre de identificação templária com a qual os portugueses levariam a mensagem na
descoberta do mundo.

Como é notório e histórico, o rei português D. Dinis cuja casa real e base da nobreza, assim como grande
parte da população eram formados por templários, cátaros, e judeus, (os qual os havia até na Ordem)
que desde a fundação da nacionalidade vieram com o conde D. Henrique, popularam e constituíram a
maior parte da região, mudou-lhes o nome para ‘’Cavaleiros da Ordem de Cristo’’ evitando assim a
perseguição às componentes templárias- cátaras – judias da Ordem.

A ‘’Ordem’’ continuou através dos séculos levando a Cruz de Cristo de um outro Henrique Infante, Grão-
Mestre da Ordem (Templária) de Cristo por entre terras e mares desconhecidos, “evangelizando”,
gentes na infância da civilização, guerreando o Islão, e levando “messianicamente o Espírito Santo
mensageiro a toda a parte”, desenvolvendo e colocando Portug(ra)al no cume das nações, casta de
valores fundidos no universo.

No acesso à Ordem entravam os que tivessem ganho ‘’Gentileza’’, condição primordial para ser
Cavaleiro. Nas ‘Ordenações Afonsinas’ mandadas reunir por D. Afonso V, definia-se a entrada para a
Ordem de Cavalaria, o 1° grau da nobreza dizendo ‘’esta Gentileza vem de três maneiras : a primeira por
linhagem, (origem familiar); a segunda por saber; a terceira por bondade; bons costumes e habilidade.

O saber e a habilidade levaram também muitos judeus conversos à Gentileza e à Cavalaria do mar
(cavaleiros – navegadores).

Com D. João II intensificar-se-ia a divisa templária ‘’Sigillum Militum Christi’’ « Política de Sigilo ».

Sábios, navegadores e descobridores, e muitos outros foram irmãos da Ordem de Cristo. Mas não só a
cavaleiros e marinheiros era permitido pertencer à Ordem. Também se achavam ligados a ela
matemáticos, cartógrafos e médicos e entre eles havia-os de ascendência judaica.

Pela história, pela arqueologia, pela epigrafia, e genética, ciências exatas, prova-se que tesouros, do que
restou e particularmente o Santo Graal, que velado ‘através do Tempo’ encontra-se sigilosamente
guardado na terra Portusgalensis, nome proveniente do Cálice Sagrado que o acolheu : Portus Calixis – o
mesmo que Porto Graal.

Graal que, segundo a memória coletiva das gentes portuguesas, terá sido guardado algures ‘’no Altar-
mor ‘’ do Convento de Cristo de Tomar.

Ao qual com o dinheiro da ordem, elegeu posteriormente 2 papas oriundos dos resquícios da ordem.

Fim desse estudo, em breve mais séries de textos e estudos.

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