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INSTITUTO BATISTA DO AMAZONAS

Emanuella Hortêncio Lemos

TRABALHO DE HISTÓRIA
Guerra Fria

Manaus - AM
2023

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Emanuella Hortêncio Lemos

TRABALHO DE HISTÓRIA
Guerra Fria

Trabalho apresentado a(o) professor(a)


Samuel Rosa, da disciplina de História
para obtenção da nota parcial do 3°
Bimestre.

Manaus - AM
2023

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Sumário

Introdução………………………………………………………………………………4
Desenvolvimento………………………………………………………………………5
Conclusão……………………………………………………………………………….8
Anexo…………………………………………………………………………………….9
Bibliografia…………………………………………………………………………….10

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Introdução
A Guerra Fria foi um período de intenso conflito geopolítico e ideológico que durou desde o fim da
Segunda Guerra Mundial em 1945 até o colapso da União Soviética em 1991. Durante este
período, os Estados Unidos e a União Soviética emergiram como duas superpotências que
dominam o mundo, cada uma liderando blocos separados de nações e disputando a influência
global.
Em vez de serem caracterizados por um combate direto entre os dois países, os conflitos da era
da Guerra Fria foram caracterizados por uma série de confrontos indiretos, competição
econômica, propaganda ideológica e corrida armamentista. As diferenças políticas e econômicas
entre os sistemas capitalista e socialista representados pelos Estados Unidos e pela União
Soviética, respectivamente, foram as principais razões para esse conflito.
O termo "Guerra Fria" reflete a natureza tensa e hostil da relação entre essas duas
superpotências, embora não tenha havido conflito militar direto. A polarização do mundo em duas
esferas de influência entre os Estados Unidos e a União Soviética moldou a política global e levou
a alianças estratégicas como a OTAN e o Pacto de Varsóvia, bem como crises notáveis como a
Crise dos Mísseis de Cuba em 1962.
A Guerra Fria teve efeitos profundos em muitas partes do mundo, incluindo Europa, Ásia, África e
América Latina, e os conflitos regionais muitas vezes refletiam as rivalidades das superpotências.
Com o tempo, porém, mudanças políticas, econômicas e sociais lançaram dúvidas sobre as raízes
desse conflito, e a Guerra Fria acabou com a dissolução da União Soviética, deixando um legado
duradouro nas relações internacionais e no tecido da geopolítica moderna.

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Desenvolvimento
A Guerra Fria foi um período marcado pelo conflito político ideológico entre os Estados
Unidos e a ex-União Soviética (União Soviética) de 1947 a 1991. Durante esta era, o mundo
foi polarizado em dois grandes blocos, o bloco pró-capitalista e o bloco pró-comunista.

O termo "Guerra Fria" foi atribuído pela primeira vez a este período em 1945 pelo
romancista britânico e autor de 1984, George Orwell. Após o fim da Segunda Guerra
Mundial, que marcou o bombardeio das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, o
autor usou o termo em um ensaio que evitou a eclosão de uma guerra entre as grandes
potências, chamando-a de "previsão permanente de que uma guerra nasceria. Uma
situação de guerra fria surgirá.

Em 1947, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, dirigiu-se ao Congresso dos
Estados Unidos para combater o comunismo e a influência soviética. Nela, ele disse que os
Estados Unidos favorecem nações livres que desejassem resistir às tentativas de
governantes estrangeiros. A regra a que ele se referia era o crescimento da União Soviética
e sua influência em novas áreas.

Nesse mesmo ano, o secretário de Estado dos EUA, George Marshall, lançou o Plano
Marshall para fornecer ajuda econômica aos países da Europa Ocidental. O plano surgiu
em meio ao crescimento dos partidos de esquerda devido ao desemprego e à crise geral.

Os Estados Unidos, portanto, temiam que mais e mais revoluções socialistas estourassem e
que os Estados Unidos perdessem sua esfera de influência sobre a União Soviética.
Em resposta, a União Soviética criou o Cominform, responsável pela unificação dos
principais partidos comunistas da Europa. Também era sua função distanciar os países sob
sua influência da hegemonia norte-americana e criar um bloco da "Cortina de Ferro".

Além disso, o Comecon, uma espécie de Plano Marshall para os países socialistas, foi
lançado em 1949. Durante a Guerra Fria, as duas superpotências competiram em áreas que
vão desde corridas espaciais a conflitos regionais. Um aspecto central desta era foi uma
corrida armamentista, com os Estados Unidos e a União Soviética se esforçando
constantemente para desenvolver armas mais avançadas e mais poderosas, incluindo
armas nucleares e sistemas de mísseis balísticos intercontinentais. Esse cenário contribuiu
para a instabilidade global, pois a posse dessas armas criou um equilíbrio de medo
conhecido como Princípio da Destruição Mútua Assegurada (MAD) que impedia o ataque
direto entre as superpotências.

Esse conflito também se manifestou em conflitos indiretos como a Guerra da Coréia


(1950-1953) e a Guerra do Vietnã (1955-1975), em que Estados Unidos e União Soviética
apoiaram lados opostos em lutas de influência regional. A disseminação das ideologias
capitalista e socialista levou a lutas por influência ideológica em todo o mundo, com cada
lado promovendo seu sistema como superior e buscando alianças de várias nações.

Um ponto crítico notável foi a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962, quando a União
Soviética implantou mísseis nucleares em Cuba e levou os Estados Unidos à beira de um

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conflito total. A crise foi resolvida após intensas negociações e a retirada dos mísseis
soviéticos de Cuba em troca da retirada dos mísseis americanos da Turquia.

A década de 1970 viu um período de tensão entre os blocos, culminando em tratados de


controle de armas e acordos de cooperação, como o Tratado de Limitação de Armas
Estratégicas (SALT) e o Tratado de Mísseis Antibalísticos (ABM).
No final dos anos 1980, a União Soviética enfrentou dificuldades devido a reformas internas
e restrições econômicas. O líder soviético Mikhail Gorbachev implementou reformas de
liberalização política (glasnost) e reformas econômicas (perestroika), que levaram ao
afrouxamento dos controles estatais e à expansão da liberdade de expressão.

A queda do Muro de Berlim em 1989 e a subsequente reunificação da Alemanha


simbolizaram o enfraquecimento dos países do Bloco de Leste. A Guerra Fria terminou
oficialmente em 1991 com a dissolução da União Soviética. As consequências deste
período tiveram efeitos duradouros na ordem mundial, com os Estados Unidos a emergirem
como a superpotência dominante, mas também colocaram em causa a estabilidade e a
composição geopolítica após o colapso da divisão bipolar.

A Guerra Fria terminou abruptamente após o colapso da União Soviética, mas suas
consequências continuaram a moldar a política mundial e as relações internacionais. Novos
desafios e oportunidades surgem à medida que a polarização avança para a unipolarização
liderada pelos Estados Unidos.

A dissolução da União Soviética levou à independência de vários países do antigo bloco


comunista e a mudanças políticas e econômicas significativas na Europa Oriental e na Ásia
Central. Muitos desses países enfrentaram o desafio de fazer a transição para sistemas
políticos democráticos e economias de mercado enquanto tentavam definir suas identidades
pós-soviéticas.

A Guerra Fria deixou uma cicatriz profunda nas relações internacionais. Fundada como uma
aliança para conter a expansão soviética, a OTAN redefiniu sua missão e expandiu sua
influência para além da Europa. Entretanto, surgiram novos desafios, incluindo conflitos
étnicos e religiosos em áreas anteriormente governadas por regimes totalitários.
O fim da Guerra Fria também trouxe à tona problemas globais prementes, como a
proliferação nuclear e a ameaça do terrorismo internacional. A disseminação do
conhecimento nuclear e as preocupações sobre a aquisição de armas nucleares por grupos
não estatais aumentaram a necessidade de controle de armas e medidas de segurança
internacional.

Após a Guerra Fria, os avanços nas tecnologias de comunicação e transporte permitiram


interconexões mais profundas entre as economias mundiais, acelerando a globalização
econômica. No entanto, essa interdependência também traz desafios como a desigualdade
econômica, o desemprego estrutural e os problemas ambientais.

A queda do Muro de Berlim e a reunificação da Alemanha marcaram um dos eventos mais


icônicos e transformadores do pós-Guerra Fria. A divisão na Alemanha, que simboliza a
divisão do próprio mundo, foi finalmente superada. Isso não apenas cimentou a transição da
Europa Oriental para um sistema democrático e de livre mercado, mas também abriu o

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caminho para uma maior integração europeia por meio da expansão da União Européia
para incluir muitos países que já estavam sob influência soviética.

No cenário internacional, muitos desafios regionais e globais surgiram quando os Estados


Unidos emergiram como a superpotência dominante. O Oriente Médio, por exemplo, passou
por uma série de conflitos complexos, muitos dos quais têm suas raízes na Guerra Fria,
como o conflito israelo-palestino. Além disso, o surgimento de novos atores regionais e a
ascensão de potências emergentes como a China redefiniram o equilíbrio de poder global.

O fim da Guerra Fria também possibilitou o fortalecimento da cooperação internacional em


algumas áreas. Acordos de controle de armas e não proliferação, como o Tratado de
Redução de Armas Estratégicas (START), foram negociados para reduzir os arsenais
nucleares e minimizar a ameaça de armas de destruição em massa.

No campo da diplomacia e resolução de conflitos, a Guerra Fria deixou uma importante


estratégia negocial e um legado diplomático ainda hoje. A diplomacia de soft power ganhou
destaque por meio de instrumentos como diplomacia pública, negociações bilaterais e
multilaterais e esforços de formação de coalizões para enfrentar desafios globais.

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Conclusão
A Guerra Fria foi uma luta política e militar entre o socialismo e o capitalismo liderada pela
União Soviética e pelos Estados Unidos. Essa conflagração ocorreu após a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945), especificamente em 1947, quando o presidente dos EUA,
Henry Truman, declarou no Congresso dos EUA que os EUA poderiam intervir em governos
antidemocráticos.
Este período é tão famoso porque os dois países nunca se enfrentaram diretamente em um
conflito militar. A Guerra Fria terminou com a queda do Muro de Berlim em 1989 e o colapso
da União Soviética em 1991.
Os Estados Unidos venceram este conflito. A Guerra Fria acabou, mas seu legado continua
vivo em muitos aspectos da política internacional.
Os conflitos entre blocos são uma era complexa, com múltiplos atores, desafios globais
interconectados e preocupações de segurança que continuam a moldar a dinâmica do
sistema internacional.
Compreender as lições da Guerra Fria é fundamental para enfrentar de forma eficaz e
coletiva os desafios do século XXI.
A Guerra Fria moldou a ordem global por décadas, e seu fim trouxe novas dinâmicas e
desafios para o cenário internacional.
O mundo pós-Guerra Fria é caracterizado por uma maior complexidade, com uma
multiplicidade de atores estatais e não estatais interagindo em questões que vão da
segurança ao comércio e ao meio ambiente.

8
Anexo

9
Bibliografia

https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2022/11/o-que-foi-a-guerra-fria

https://www.todamateria.com.br/guerra-fria/

https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-fria.htm

https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/guerra-fria.htm

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