Você está na página 1de 20

ATIVIDADES RECREATIVAS

Nº 96
Ano 8/2020
1ª Edição

ORDEM UNIDA
AVANÇADO
AR - 048
Ministério dos Desbravadores
Igreja Adventista do Sétimo Dia
EXPEDIENTE
1ª Edição: Disponível em
www.mundodasespecialidades.com.br

Direção Geral: Pedro Paz, Rossalles Freitas e


Victor Ariel
Equipe de Coordenadores:
Claudio Henrique | Colunas
Fábio Rezende | Publicidade
Gabriel Silveira | Guias de Desbravadores
Kaiio Victor | Diagramação
Maira Cardoso | Linguística Português
Nalva Martins | Guias de Aventureiros
Neto Sputinyk | Web
Ronald Vásquez | Linguística Espanhol

Revisão Linguística: Camila Perrud


Diagramação e Edição: Rossalles Freitas
Fotos: Luiza Baptista dos Santos
Autores: Erinaldo Melo e Rossalles Freitas

CONTATO
+55 81 9 9835-8482
Atenção Clube... Chegou o momento de avançarmos
em nossa marcha no conhecimento de Ordem Unida. Se DIREITOS RESERVADOS:
você está lendo este guia, é porque muito provavelmente A reprodução total ou parcial deste material por
qualquer meio, assim como a tradução ou difusão
já concluiu a especialidade básica e agora quer buscar os dos conteúdos do site Mundo das Especialidades
conhecimentos e concluir a especialidade avançada, não fica proibida, salvo se realizada a expressa
referenciação ao site e seus autores. Todos os
é mesmo? Deixe-nos então esclarecer algo importante an- direitos são reservados para o site Mundo das
tes de prosseguirmos. A Ordem Unida é um conhecimento Especialidades.

completo, sendo que não podemos dividi-la em manobras IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA
básicas e avançadas, e isso é um ponto importante. Porém, MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES
Recife, PE, Setembro de 2020
no estudo das especialidades, há uma divisão entre básica e
avançada para acompanhar o desenvolvimento em nível de Meu nome é Rossalles Freitas.
Sou Líder Master Avançado e
experiência de cada desbravador. Com o tempo, a tendência membro do Clube Missioneiro
em Santo Ângelo/RS. Sou De-
é aprimorar a execução e conhecimento da ordem unida e signer Gráfico e formado em
é com isso que queremos ajuda-lo através deste guia. En- Direito. Tem muita coisa que
me fascina, entre dinossauros,
tão mais uma vez, vamos arregaçar as mangas e formarmos leitura, trekking, vôlei, artes
agora um verdadeiro pelotão de elite! e design, enigmas, pregar o
Evangelho e viver aventuras
intensas. Meu ministério, com certeza, é o Clube de
Desbravadores e quero participar da última investidura:
a da coroa da vida eterna! Você vem comigo?

Sou Erinaldo Melo. Líder Mas-


ter Avançado e atualmente
sou coordenador da área 2 da
ANSR. Sou formado em admi-
nistração de empresas. Minha
vida na igreja adventista foi
CONHEÇA A FOTÓGRAFA DO GUIA! no Clube de Desbravadores.
Oi meu nome é Luíza, tenho 15 anos Servi o exército brasileiro em
e sou apaixonada pela natureza. 1995. Me especializei em Or-
Gosto de dinossauros, fotografias, dem Unida para desbravador.
de acampar e principalmente falar Gosto de acampar e de me aventurar no mato. Amo de-
sobre Jesus para as outras pessoas. senvolver tarefas, concursos, gincanas, aulas diversas e,
é claro, treinar ordem unida para os desbravadores. Meu
grande sonho é manter nossas crianças na esperança
do breve retorno de Jesus. Uso a ordem unida para aju-
dá-los a se manterem firmes na fé.

mundodasespecialidades@gmail.com mundodasespecialidades @mundodasespecialidades


Ordem Unida
básico e avançado
Como já alertamos no começo do guia, divi-
dir a ordem unida em movimentos, comandos e
manobras básicas e avançadas, seria pensar que
existem grupos e pelotões que estão aptos apenas
para uma gama de execuções, enquanto aqueles
que tem maior conhecimento e capacidade pode-
riam executar manobras mais complexas. Pensar
assim, porém, não nos parece uma ideia correta,
uma vez que a Ordem Unida não tem esse tipo de
divisão de comando. O que existe sim, é um avan-
ço no conhecimento de variedade de comandos
como comandos a pé firme, comandos em movi-
mento, comandos com corneta, com apito, com
espada, com armamento (adaptado para o nosso
bandeirim) e também o aprendizado de como co-
mandar. Isso é perceptível quando os requisitos
nomeados na especialidade em uma seção cha-
mada “Movimentos avançados” dizem respeito à
experiência com ordem unida.
É essa experiência de cada indivíduo que pra-
tica a ordem unida em um pelotão, que podemos
afirmar que pode tornar-se “avançada”. É natural,
portanto, que a medida que o tempo passa e que
realizamos exercícios, treinamentos e apresenta-
ções, os movimentos se tornam mais naturais e
precisos e aprendamos a executar os comandos
nas diferentes variedades como mencionados an-
teriormente.
Com esse pensamento, as especialidades bá-
sica e avançada de ordem unida são na verdade
um único tema, dividido por nível de experiência
para que o desbravador consiga perceber o quan-
to está progredindo e compreenda os demais âm-
bitos não contemplados anteriormente. Veja esta
especialidade (a avançada) portanto, como uma
forma de extensão do conhecimento e de refina-
mento de seus próprios movimentos, posturas e
teorias também.

3
Movimentos
com bandeirim
Uma das variedades de movimentos de or-
dem unida deixados para a especialidade avança-
da, foram os movimentos com bandeirim. O ban-
deirim é utilizado nos clubes, normalmente, em
duas situações: pelos capitães em uma formação
ou deslocamento sem cadência; ou por todo o
clube em apresentações. É fundamental que em
uma formação haja um padrão, ou seja, que todos
utilizem o bandeirim ou que ninguém esteja com
ele, ou ainda, que haja um pelotão de cada tipo se
houver esta possibilidade. Isso é importante em
razão da variação e na forma como os movimen-
tos serão executados, e também como o pelotão
será comandado. Se apenas os capitães portarem
o bandeirim, que seja de preferência por algum
deslocamento ou formação em que seja necessá-
ria a identificação das unidades. Se você observar
o exército brasileiro em desfiles cívicos, verá que
existem diferentes pelotões, que portam armas,
com mochilas, os camuflados, os que não portam
nada consigo, os que tem espadas, e isso demons-
tra que cada pelotão está unificado na mesma va-
riedade de comandos que lhe é própria.
Ao falarmos de ordem unida com bandeirim,
estaremos executando os movimentos de forma
análoga aos movimentos dos militares quando
portam armas. Sabendo que um desbravador não
está portando uma arma, a adaptação se faz ne-
cessária em nossos comandos, substituindo todas
as vezes a palavra “ARMA” pela palavra “BANDEI-
RIM”. Vejamos a seguir, a execução de movimentos
de ordem unida quando o desbravador estiver por-
tando o bandeirim.

Oriente-se!
Mencionamos aqui o exército brasileiro, pois você
deve lembrar, como foi mencionado no guia da
especialidade básica, que o Clube de Desbravadores
segue como padrão de ordem unida (no Brasil)
o manual do exército, chamado de Manual de
Campanha - Ordem Unida EB70-MC-10.308,
atualização do conhecido C-22-5. Existe o mínimo de
adaptações, feitas pelo MAD (Manual Administrativo
dos Desbravadores) que regulamenta e contextualiza
alguns movimentos em nosso meio, como a posição
de Maranata. Porém, de um modo geral, é o manual do
exército que deve servir de base para a execução de
nossos exercícios de ordem unida.

4
SENTIDO – Nesta posição, o bandeirim ficará na
vertical, ao lado do corpo, e encostado à per-
na direita. A base do mastro deverá ficar encos-
tada na ponta do pé, junto ao dedo mindinho,
pelo lado de fora do corpo. Os braços ficarão
ligeiramente curvos, de modo que os cotovelos
fiquem na mesma altura, assim como na posi-
ção de sentido regular. A mão direita segura o
bandeirim, com o polegar por trás do mastro,
os demais dedos unidos e distendidos à frente.
A mão esquerda e os calcanhares permanecem
da mesma forma como na posição de sentido
regular. Para tomar a posição de “sentido!”, o
desbravador unirá os calcanhares com energia
ao mesmo tempo em que baterá com a mão
esquerda na coxa.

Sentido

DESCANSAR – Para tomar esta posição, par-


tindo da posição de “sentido” o desbravador
deslocará o pé esquerdo a uma distância apro-
ximadamente igual à largura de seus ombros
para a esquerda, ficando as pernas distendidas
e o peso do corpo igualmente distribuído so-
bre os pés, que permanecerão no mesmo ali-
nhamento. A mão direita segurará o bandeirim
da mesma forma que na posição de “sentido”.
A mão esquerda ficará caída naturalmente, ao
lado do corpo, junto a costura da calça, com o
dorso voltado para a frente e o polegar por trás
dos demais dedos, formando uma “conchinha”.

Descansar

5
ORDINÁRIO MARCHE / ALTO – Quando
se porta o bandeirim, o comando de “ordi-
nário marche!” será sempre precedido do
movimento denominado bandeirim sus-
penso. Sendo que o deslocamento neste
caso deverá ser sempre curto. O comando
será dividido em duas partes. Na primeira
“ordinário!”, com o desbravador partindo
na posição de sentido, este deverá sus-
pender o bandeirim na vertical e apoiar
o cotovelo direito no quadril, mantendo
o antebraço na horizontal, e o punho fe-
chado segurando o bandeirim, tudo isso
em um movimento enérgico. A segunda
parte é o comando de “marche!” que ini-
ciará o deslocamento do pelotão, onde o
braço esquerdo irá movimentar-se de for-
ma regular, enquanto o braço direito, que
segura o bandeirim, permanecerá na posi-
ção de suspensão de forma imóvel. Com
o comando de “alto!” o pelotão procederá
de forma semelhante ao “alto!” em forma-
ção sem bandeirim. O comando é dado no
pé esquerdo e na próxima passada com
o pé esquerdo deverá se unir os pés de
forma enérgica e com uma batida da mão
esquerda na coxa. O bandeirim que esta-
va em suspensão será levado novamen-
te para junto da perna direita, como na
posição de sentido, em dois tempos. No
primeiro tempo o bandeirim será levado
para baixo na vertical sem tocar o solo. No
segundo tempo o bandeirim será trazido
para junto do corpo, retomando assim à
posição de “sentido”.

6
DIREITA/ESQUERDA/MEIA-VOLTA
VOLVER – Aqui também será utilizada
a suspensão do bandeirim. Em segui-
da, faz-se a volta para a direção co-
Direita / Esquerda / Meia-volta Volver mandada da mesma forma como no
comando regular, girando na ponta
do pé e na sola do outro a depender
do lado para que se pretende virar, e
sempre pelo lado esquerdo quando
for “meia-volta”. Quando o movimen-
to de giro for concluído, o bandeirim
também retornará para baixo e para
junto do corpo em dois tempos da
mesma forma como nos comandos
de “alto!” e “firme!”.

COBRIR/FIRME – Assim como no


comando de “ordinário marche!”, o
movimento de bandeirim suspen-
so também será utilizado aqui,
com a diferença de que não será
pronunciado previamente. Ao co-
mando de “cobrir!” suspende-se
o bandeirim e depois distende-se
o braço. Com o comando de “fir-
me!”, a mão esquerda é levada à
coxa com uma batida e o bandei-
rim deve sair em dois tempos da
suspensão, como no comando de
“alto!”.

7
OMBRO BANDEIRIM – Este comando é de vital
importância para que haja um domínio comple-
to dos movimentos com bandeirim. Pode pa-
recer de maior complexidade, mas precisa ser
compreendido de forma integral e quando devi- 1
damente treinado, assim como todo movimen-
to de ordem unida, poderá ser compreendido e
executado sem nenhum problema. Em essên-
cia, sua função é levar o bandeirim do lado di-
reito do corpo, partindo da posição de “sentido”,
para o ombro esquerdo para que aconteça um
deslocamento longo por parte do pelotão. Para
isso, o movimento será executado em 4 tempos: 2
TEMPO 1 – o desbravador erguerá o ban-
deirim na vertical, empunhando com a mão
direita, cotovelo junto ao corpo e para baixo;
o bandeirim ficará colado ao corpo. A mão es-
querda, abaixo da direita, segura o bandeirim,
e o antebraço esquerdo deverá ficar, então, na
vertical e colado ao corpo.
TEMPO 2 - ao mesmo tempo que a mão
esquerda traz o bandeirim inclinado para a fren-
te do corpo, a mão direita abandonará a posi-
ção inicial, indo segurar o bandeirim logo abaixo.
Nesta posição, a mão esquerda deverá estar na
altura do ombro e a direita na altura do cinto. O
cotovelo esquerdo ficará colado ao corpo e o di-
reito projetado para a frente. O bandeirim ficará
colado ao corpo, formando um ângulo de 45º
com a linha dos ombros.
TEMPO 3 - a mão direita erguerá o ban- 3
deirim, girando-o, até que ele fique apoiado no 4
ombro esquerdo. Simultaneamente, a mão es-
querda soltará o bandeirim e o segurará abai-
xo da mão direita. Por ser uma adaptação do
movimento que é feito com armas no exército,
algumas adaptações são necessárias, pois com
a arma, a mão esquerda à segura na base no
fim do movimento, mas com o bandeirim, a mão
esquerda fica com a palma voltada para fren-
te e por baixo do mastro, uma vez que se torna
difícil segurar o bandeirim pela base do mastro
em razão do tamanho, por medir 1,70m. O braço
esquerdo ficará colado ao corpo.
TEMPO 4 - o desbravador retira a mão di-
reita do bandeirim trazendo-a junto à coxa com
uma batida enérgica, como na posição de “sen-
tido”.

8
DESCANSAR BANDEIRIM – Partindo da posição
de “ombro bandeirim!”, o objetivo deste comando
1 é retornar o bandeirim do ombro do desbravador
para junto do corpo ao lado direito novamente.
Para isso, o movimento é realizado em 5 tempos:
TEMPO 1 - a mão direita subirá energica-
2 mente e empunhará o bandeirim acima da mão
esquerda, retornando assim, ao 3º Tempo de
“ombro-bandeirim”.
TEMPO 2 - a mão direita traz o bandeirim
para a frente do corpo de forma a cruzá-lo, en-
quanto a mão esquerda ficará na parte superior
do bandeirim, à altura do ombro esquerdo, reto-
mando, assim, ao 2º Tempo de “ombro-bandei-
rim”.
TEMPO 3 - a mão esquerda traz o bandeirim
para a vertical e para o lado direito do corpo, en-
quanto a direita o solta e empunha o bandeirim
logo acima da mão esquerda como no 1º Tempo
de “ombro-bandeirim”.
TEMPO 4 – o bandeirim é levado para baixo
na vertical sem tocar o solo, como no 1º Tempo
do comando “alto!”. A mão esquerda vai para jun-
to do corpo como na posição de “sentido”.
TEMPO 5 - o bandeirim será trazido para
3 junto do corpo, retomando assim à posição de
“sentido”.

Lembrete!
4 Lembra-se quando comentamos
no guia da especialidade básica
que em ordem unida, assim
como na música, existem tempos
para a execução harmônica dos
comandos? Não!? Então corre lá no
outro guia e dá uma olhada nesse
conceito para entender melhor
essa parte! ;)

9
APRESENTAR BANDEIRIM – Movimento
executado em dois tempos a partir da po-
sição de “sentido”. O primeiro tempo é igual
ao Tempo 1 do “ombro-bandeirim!”. No se-
gundo tempo o desbravador trará o ban-
deirim com a mão esquerda para a posição
vertical, à frente do corpo, com o punho
voltado para a frente, ao mesmo tempo em
que a mão direita se coloca abaixo do pu-
nho, costa da mão para cima, dedos unidos
e distendidos encostados no bandeirim. A
mão esquerda empunha o bandeirim com
os dedos unidos e o polegar distendido. Os
cotovelos se projetam para a frente e o an-
tebraço esquerdo fica na horizontal. Para
retornar a posição, utiliza-se o comando de
“descansar bandeirim!” em 3 tempos a co-
meçar do tempo 3 do mesmo comando.
É possível realizar o comando de
“apresentar bandeirim!” a partir da posição
de “ombro bandeirim”. Neste caso, os mo-
vimentos serão os mesmos do comando
“descansar bandeirim!” até o seu tempo 3
e depois posicionando-se o bandeirim na
vertical em frente ao corpo como expli-
cado anteriormente. Da mesma forma, da
posição de “apresentar bandeirim” pode-se
partir para a posição de ombro ban-
deirim, fazendo a movimentação in-
versa.
Este comando é utilizado como
uma espécie de saudação em for-
malidades de ordem unida, como
uma espécie de “Maranata” com o
bandeirim. Pode ser usado em sau-
dação a bandeira no momento do
hino, saudação a autoridades, mo-
vimento de respeito e honra, usado
em formaturas e momentos cívicos
ou de entradas em eventos como
cerimônias de Investidura, abertura
de Camporis, etc.
CRUZAR BANDEIRIM – Trata-se do
mesmo movimento do comando
“ombro-bandeirim”, partindo da po-
sição de sentido, até o tempo 2. Se
executado a partir da posição de
“ombro bandeirim”, os movimentos
são executados até o 2º Tempo do
comando “descansar bandeirim!”.

10
AO SOLO BANDEIRIM / APANHAR BAN- mada, deverá dar uma batida com energia
DEIRIM – Quando se deseja que um pelo- sobre a coxa, imediatamente acima do joe-
tão saia de forma deixando os bandeirins lho esquerdo. O desbravador, durante todo
no local, o comando de “fora de forma, mar- este tempo, permanecerá olhando para o
che!”, será precedido pelo comando de “ao bandeirim. O joelho direito não toca o solo.
solo-bandeirim!”. Este comando será dado TEMPO 2 – o desbravador larga o ban-
com o pelotão na posição de “sentido” e o deirim e retorna à posição de “sentido com
desbravador o executará em dois tempos: o movimento inverso.
TEMPO 1 - o desbravador dará um Para apanhar o bandeirim, o pelotão
passo à frente com o pé esquerdo e se abai- deverá estar na posição de “sentido” e exe-
xará, colocando bandeirim sobre o solo, ao cutará a mesma movimentação ao coman-
lado direito do corpo, com a bandeirola vol- do de “apanhar-bandeirim!”, recolhendo as-
tado para a frente. A mão esquerda, espal- sim, o bandeirim que está no solo.

3
4

Importante!
Achamos interessante trazer este comando, mesmo sendo adaptado
do comando de “ao solo-arma!” do exército. Lembre-se que nossos
desbravadores usam bandeirins e, ao colocá-los no chão, podem sujar ou
manchar por alguma razão. Tome os devidos cuidados e respeito com este
que é um dos símbolos da unidade.

11
Um Exército
de desbravadores
O pelotão é uma pequena unidade
elementar constitutiva das organizações
militares, este geralmente comandada por
um tenente. No Clube de Desbravadores
os pelotões são formados por unidades,
clubes ou um grupo específico. Você pode
se perguntar, porque meu clube precisa se
organizar em um pelotão de ordem unida?
Isso é realmente necessário? Bom, utilizar
a ordem unida tem várias funcionalidades
e benefícios como para uma determina-
da função. Alguns exemplos são: pelotão
de evoluções, organizar-se para uma ins-
trução, deslocamentos, formaturas e mo-
mentos cívicos.
Participar de um pelotão de ordem
unida no clube, traz muitos benefícios ao
desbravador como a disciplina, espírito
de equipe, perfeição na execução dos co-
mandos, autocontrole e espírito de lide-
rança.
Existem diversas oportunidades em
que seu clube poderá participar e utilizar a
ordem unida formando um bonito pelotão
que irá identificar nossa instituição para a
comunidade. Grande parte destes mo-
mentos acontecem no mês de setembro,
quando temos datas comemorativas rela-
cionados à pátria, como o desfile cívico no
dia 7, que comemora o dia da Independên-
cia do Brasil. Além desta importante data,
momentos como a chegada do Fogo Sim-
bólico da Pátria, que dá início a semana da
pátria, também são excelentes oportuni-
dade de utilizar o pelotão de ordem unida
do clube para estar envolvido e demons-
trar seu compromisso cívico.

Dica!
Praticamente todo clube executa
apresentações de ordem unida por meio
de um pelotão, então faça parte dele,
como aluno ou como instrutor! Se o seu
pelotão ainda não está organizado, o
que está esperando? Comece por você.
Organize-se, converse com a diretoria do
seu clube e mãos à obra!

12
Acerta o passo
mocorongo!
A marcha, na ordem unida, proporciona Além disso, é importante estar em
um momento de elegância que enche os sincronia com o denominado Homem
olhos dos espectadores. Manter a cadên- Base, lembra dele? É o primeiro desbrava-
cia e o passo certo, torna a marcha ainda dor da testa e da coluna da direita. É ele
melhor. Um dos segredos para manter o quem determinará a passada do pelotão e,
passo certo está no ouvido. Você deve es- por isso, o canto do olho deve estar atento
tar sempre atento, de ouvidos ligados na para manter a cadência que este irá de-
batida do pé dos seus companheiros, ao terminar. Nos treinamentos, é vital treinar
solo. Se houver banda, segue-se a passa- a movimentação corporal para a ordem
da do bumbo com a batida do pé direito unida, uma vez que devem ser evitados
ao solo. Para auxiliar na manutenção da alguns movimentos e posturas incorretas
cadência o instrutor deve executar as can- como os “passos gigantes” ou com a per-
ções de marcha, iniciando sempre quando na muita alta, movimento de braço e qual-
o pé esquerdo bate no chão. quer outra coisa que poderá interferir na
sincronia da cadência.

EXEMPLOS DE
CANÇÕES DE MARCHA
O instrutor fala – 1, 2 e o pelotão
responde 3, 4.

Outro exemplo: o instrutor fala 1, 2, 3, 4


e o pelotão responde – Desbravador é
um barato. O instrutor continua 4, 3, 2,
1 e o pelotão responde – Mas não é pra
qualquer um.

O instrutor poderá criar outras canções


de marcha respeitando sempre as
normas e doutrinas da igreja.

13
Evolução
Para deixar cada vez melhor seu pelo-
tão, você poderá criar e executar alguns
Exercícios de Precisão/Comando Combi-
nados, o que chamamos de Evolução. A
verdadeira evolução em ordem unida é
aquela que tem em sua base, somente, os
comandos existentes de ordem unida.
Para “criar” uma evolução você deve
saber quantos componentes tem seu pe-
lotão, o espaço físico que dispõe e o tem-
po a ser gasto. Com isso em mente, pegue
uma folha de papel em branco e uma ca-
neta, faça pequenos pontos, simbolizando
os membros o seu pelotão, em seguida
defina as direções que o pelotão, as filei-
ras e as colunas seguirão. Conte os passos
para cada movimento que será executa-
do. Depois faça o fechamento de maneira
que todos retornem ao seu ponto original.
Faça isso de várias maneiras, para todos
os lados, intercalando os comandos, assim
você terá várias evoluções.
É possível também, criar evoluções
que darão diferentes formas ao seu pelo-
tão. Use a sua imaginação e criatividade
para fazer as mais variadas combinações,
criar formações inusitadas e surpreender
o público. Porém, lembre-se do que já foi
dito: evolução de ordem unida verdadeira
é aquele que segue comandos de ordem
unida! Qualquer outra “firula”, “dancinha”,
comando inexistente é “apócrifo” à ordem
unida.

14
A Voz que Clama
na ordem unida
Uma das coisas que a experiência em ordem
unida nos traz, é a capacidade e possibilidade de
comandarmos um pelotão. Existem algumas coisas
importantes com relação a isso, para que você se
torne um bom comandante.
Desbravador! Instrutor! Seu pelotão só execu-
tará os comando de forma precisa e enérgica, se
você comandar de forma correta, precisa e com
energia.
Para isso, vamos lhe dar algumas dicas bem
legais que o auxiliarão nesse processo:

• Nunca grite, sua voz dever ter um volu- nunciada da forma correta, abrilhantará o pe-
me em que você tenha certeza que todos a lotão pela boa performance na execução dos
ouvirão. movimentos. Dê bastante ênfase na sílaba
tônica da palavra, exemplo, descanSAR, Sen-
• Sempre chame ATENÇÃO do pelotão an-
TIdo, ordinário MARche. A voz de execução
tes de dar qualquer comando, isso fará com
deve ser seca, forte, rápida e sem arrastar.
que todos se preparem para o que virá. A esse
chamado damos o nome de Voz de Atenção, • Quando nos é solicitado para comandar
ou Voz de Advertência. Não esqueça que será um pelotão de ordem unida, geralmente op-
usada uma única vez antes de uma sequência tamos pelos comando mais usados e simples
de comandos, não sendo necessário repetir de fazer, como por exemplo, sentido, des-
antes de pronunciar cada comando. cansar, cobrir, firme (não firmes), direita vol-
ver, esquerda volver, meia volta volver, frente
• Ao iniciar o pronunciamento do coman-
para esquerda, frente para direita, frente para
do, COMANDO PROPRIAMENTE DITO, todos
retaguarda, marcar passo, ordinário marche e
saberão o comando que será executado, mas
alto.
ninguém faz nada ainda. Nesse momento, a
voz deve ser um pouco mais lenta para que • Queremos desafiá-lo a executar os co-
todos se apercebam ao comando que virá. mandos menos utilizados, por exemplo, Per-
Exemplo, MEIA VOLTA... FRENTE PARA... filar, Trocar Passo (usado somente quando se
está aprendendo, depois disso ele será exe-
• Para o fechamento do comando, onde
cutado automaticamente para acertar o pas-
será o exato momento em que o pelotão exe-
so com os demais desbravadores), Olhar a Di-
cutará o movimento, sua voz deve ser enérgi-
reita/Esquerda (à pé firme e em movimento),
ca, forte, de um tom mais elevado e com uma
Sentado 1, 2, de Pé 1, 2, Em Direção a Direita/
boa dicção. A VOZ DE EXECUÇÃO quando pro-
Esquerda.

Fique ligado!
Não esqueça. Para se tornar um bom comandan-
te, é necessário que você compreenda e saiba
executar bem cada movimento e comando, para
saber exatamente o que vai exigir do pelotão.

15
Ensinando
ordem unida
Até aqui você já deve ter internalizado a ideia de que
ordem unida é experiência e que esta é a razão em termos
especialidade básica e avançada. Porém, existe um outro mo-
tivo muito importante para isso acontecer que é o desenvol-
vimento de liderança. Na especialidade avançada o desbra-
vador em seu treinamento tem o desafio de ensinar outros
alguns comandos de ordem unida, e isso é um procedimento
vital dentro do programa do Clube, pois trata-se de oportuni-
dade de aprendizado em liderança.
Sempre temos desbravadores novatos no Clube que
precisam das primeiras noções de ordem unida, e esta será
sua oportunidade! Passar este conhecimento aos novos, fará
com que eles entendam um pouco sobre a organização com
que executamos nossas atividades e saibam se posicionar
junto ao clube em cada momento de formação. É muito di-
vertido e empolgante participar de um pelotão de ordem uni-
da que consiga executar os movimentos em sincronia, e cada
novo desbravador que assiste as apresentações do clube,
sente vontade de fazer parte disso tudo, porém, precisa das
primeiras lições.
Assim como você precisou aprender em algum momen-
to, é preciso ensinar a outros para que nosso pelotão seja
renovado a cada momento, ficando ainda mais poderoso. E
como mencionamos anteriormente, é um excelente exercício
de liderança. Podemos reconhecer algumas características
de um líder através da forma como ele comanda sua unidade
ou clube. Por exemplo, quando um líder gosta muito de dar
ordens, ele executa os comandos com energia demais, em
alguns casos até de forma muito agressiva. Outros, dão in-
certeza e hesitação ao pelotão por usarem pouca energia em
seus comandos, o que demonstra que ele lidera com hesita-
ção em outras situações também. Impaciência com os que
estão ainda pegando o jeito da ordem unida, é uma forma de
demonstrar que ainda há muito a aprender sobre ensinar e
andar junto com os mais “fracos” do bando.
É bem verdade que ensinar é uma verdadeira arte e nem
todos tem aptidão para isso. Mas com o programa de desen-
volvimento do clube, existe espaço para que você tente e
experimente alcançar este dom, pode ser até que demore,
mas não desanime e não desista. Vamos dar algumas dicas
de como ensinar ordem unida para um grupo de novatos:

16
• Comece pelos movimentos que exijam menos
coordenação motora. Não saia querendo que os no-
vatos marchem com 5min de treinamento. Comece
aos poucos, ensinando os comandos mais comu-
mente utilizados.
• Ensine as posturas corretas, e para isso, observe
se o seu próprio posicionamento está correto tam-
bém. Lembre-se que eles verão em você o modelo
para imitar, por isso, sua execução e postura devem
ser perfeitos.
• Demonstre cada tempo de um movimento de
forma separada para que compreendam o que pre-
cisam executar.
• Não seja severo demais, nem muito brando. Seja
firme e tenha a postura de um comandante.
• Tome por base seu conhecimento e tente en-
sinar primeiro de uma forma que você mesmo
compreenda e consiga explicar. Se não funcionar,
experimente outro tipo de abordagem até se fazer
entender.
• Ordem Unida é prática, então, fale pouco e exe-
cute mais.
• Procure um cantinho silencioso para que seu
grupo possa concentrar-se unicamente em você e
não perca o foco.
• Treine sua dicção. Parece algo estranho, mas
não apenas a entonação da voz como a dicção, são
importantes para se fazer compreender por seu pe-
lotão.

17
Ordem
e progresso
A bandeira do Brasil é um de nossos mente dobradas sobre os braços estendidos,
símbolos nacionais e, portanto, exige um e os guarda-bandeiras que os acompanham
lugar de extremo respeito e consideração amarrarão a bandeira no respectivo mastro,
independente de situação política e econô- segurando a corda a uma distância segura
mica em que possamos nos encontrar. As para não arrastar a bandeira no chão. Os des-
bandeiras fazem parte de nossas cerimônias bravadores que farão o hasteamento, deve-
regulares em programações, e a ordem uni- rão estar posicionados de frente para o clu-
da vem atender a necessidade de se portar be. Caso isso não seja possível, por alguma
com distinção em momentos cívicos como razão, deverão estar posicionados de perfil
hinos, hasteamento e arriamento das ban- para o pelotão que enxergará o lado direito
deiras. do corpo. O hino nacional (outro símbolo na-
No Brasil, a Lei 5.700/71 regulamen- cional) será tocado e as bandeiras iniciarão
ta os cuidados que devem ser dispensados sua trajetória até o topo, sendo que deverão
aos símbolos nacionais, incluindo a bandei- atingi-lo em ordem de importância, deven-
ra, que traz diversos artigos elencando suas do fazer isso juntamente ao término do hino.
maneiras de uso. É com base nesta lei que Não deve haver hasteamento sem que haja
em Camporis e eventos de um modo geral, a bandeira nacional. O hino dos Desbravado-
realizamos as cerimônias cívicas. Basica- res ou algum outro hino estadual, é tocado
mente, a bandeira deve ser hasteada às 8h após a conclusão do hino nacional, também,
da manhã e arriada às 18h do mesmo dia, por ordem de importância. Após concluído
exceto se houver uma iluminação adequada o procedimento cívico, o pelotão de porta
para que permaneça hasteada também du- bandeiras pode ser dispensado ou sair em
rante a noite. formação uma vez mais.

As bandeiras serão portadas e has- O arriamento acontece de forma se-


teadas por um pelotão destacado. Normal- melhante, onde o pelotão fará o seu devido
mente a bandeira nacional irá entrar acom- posicionamento. Em seguida com o hino na-
panhada da bandeira do Estado, município e cional sendo entoado uma vez mais, as ban-
dos Desbravadores. Cada bandeira terá seu deiras devem descer uma vez mais em grau
portador e um acompanhante ou guarda- de importância, atingindo seu ponto mínimo
-bandeira. De preferência o pelotão entrará em culminância com o fim do hino. Em se-
marchando em coluna única, predispostos guida, são desamarradas do mastro, devi-
para interromper a marcha quando estive- damente dobradas e posicionadas sobre as
rem diante de seus respectivos mastros. Os mãos estendidas do porta-bandeiras. O pe-
portadores carregarão as bandeiras devida- lotão então fará seu deslocamento de saída
na formação devida.

Lembre-se!
Em dias de luto, as bandeiras devem ser haste-
adas a meio mastro, sendo que para isso, pre-
cisam primeiramente atingir o topo para depois
serem descidas até meio mastro, coincidindo
com o término do hino.

18
Requisitos
acompanhe seu desenvolvimento
1. Ter a especialidade de Ordem unida.
Movimentos com bandeirins
2. Com um bandeirim de unidade, executar corretamente a seguinte sequência de
comandos:
a) Sentido
b) Cobrir
c) Firme
d) Direita volver
e) Esquerda volver
f) Ordinário marche
g) Alto
h) Descansar
3. Saber como e quando usar as posições básicas do banderim de unidade na execução
dos comandos de ordem unida.
Movimentos avançados
4. Cumprir o seguinte:
a) Ser membro ativo de um pelotão de ordem unida por, pelo menos, 6 meses
b) Ter participado de, pelo menos, 2 apresentações de ordem unida no último ano em um
evento na comunidade, da Associação ou ao público
5. Demonstrar habilidade para manter o passo quando em forma com um pelotão em
deslocamento demonstrando completo sincronismo com o grupo, em todos os momentos.
6. Como membro de pelotão de ordem unida, fazer 4 séries de exercícios de precisão
(evolução). Incluir em pelo menos um deles, comandos combinados. Os comandos devem ser
baseados nos comandos regulamentares de ordem unida.
Comandando
7. Definir e exemplificar:
a) Voz de atenção
b) Comando propriamente dito
c) Voz de execução
8. Cumprir o seguinte:
a) Ensinar a um grupo de, pelo menos, 4 pessoas os comandos básicos
b) Ensinar os comandos básicos de deslocamento
c) Comandar este grupo dando comandos com eles parados e em deslocamento
9. Comandar todos os membros de um Clube de Desbravadores em, pelo menos, 10
movimentos de ordem unida.
Civismo
10. Participar de uma cerimônia de Hasteamento e arriamento da bandeira nacional com
a ajuda de uma unidade. A cerimônia poderá ser em um acampamento, reunião especial de
Desbravadores, programa do Dia dos Desbravadores, em um campori ou outra cerimônia com
momentos cívicos.

Referências:
Manual Administrativo do Clube de Desbravadores - Igreja Adventista do Sétimo Dia

Manual de Campanha - Ordem Unida EB70-MC-10.308 - 4ª Ed. 2019

Manual de Campanha - Ordem Unida C-22-5 - 3ª Ed. 2000

19
ME

Você também pode gostar