Você está na página 1de 71

Conteúdo 5: OPERAÇÕES DEFENSIVAS

Assunto I: Fundamentos doutrinários das


Operações Defensivas
OBJETIVOS
a) Conhecer o Pel C Mec, Pel CC, Pel Fuz Bld;
b) Analisar os fundamentos doutrinários da Defensiva;
c) Distinguir os tipos e as formas de defesa e suas
características;
d) Distinguir os tipos de operações Defensivas e suas
características;
e) Distinguir os Graus de Resistência;
f) Aplicar os fatores da decisão;
g) Empregar os dados médios de planejamento das
Operações Defensivas; e
h) Empregar os fundamentos doutrinários das Operações
Defensivas.
SUMÁRIO
I - INTRODUÇÃO
II - DESENVOLVIMENTO
a) Pel C Mec, Pel CC e Pel Fuz Bld;
b) Fundamentos doutrinários da Defensiva;
c) Tipos e as formas de defesa;
d) Tipos de operações Defensivas;
e) Graus de Resistência;
f) Fatores da decisão; e
g) Dados médios de planejamento das Op Def.
III - CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
O QUE SÃO OPERAÇÕES DEFENSIVAS? INTRODUÇÃO

As operações defensivas (Op Def) são operações


terrestres normalmente realizadas sob condições adversas,
como a inferioridade de meios ou a limitada liberdade de
ação, em que se procura utilizar integralmente o terreno e
as capacidades disponíveis para impedir, resistir ou se
sobrepor a um ataque inimigo, infligindo-lhe o máximo de
desgaste e desorganização, buscando criar condições
favoráveis para a retomada da ofensiva.
O QUE SÃO OPERAÇÕES DEFENSIVAS?

Estas operações devem ser encaradas como transitórias.


A defesa é uma postura temporária adotada por uma
força e serve como um recurso para criar as condições
adequadas para passar à ofensiva, com vistas à obtenção
dos resultados decisivos desejados. Nela, a força inimiga
atacante é inquietada continuamente pelos fogos e por
ações ofensivas, conforme for apropriado.
O QUE SÃO OPERAÇÕES DEFENSIVAS?

Nas operações defensivas o conceito guerra de


movimento é caracterizado pelas ações dinâmicas da defesa
e pela adoção de um dispositivo de expectativa em larga
frente, em que tropas com alta mobilidade serão empregadas
em locais decisivos e oportunos.
O QUE SÃO OPERAÇÕES DEFENSIVAS?

O defensor esforça-se para diminuir as vantagens


pertinentes ao atacante, escolhendo uma área de
engajamento, forçando-o a reagir em conformidade com o
plano defensivo e explorando suas vulnerabilidades e
insucessos. Deve utilizar todas as vantagens que possua ou
que possa vir a criar, assumindo riscos calculados,
economizando forças para utilizá-las no momento e no local
oportunos.
O QUE SÃO OPERAÇÕES DEFENSIVAS?

O defensor deve aproveitar as vantagens que lhe


proporcionem o plano de dissimulação adotado pelo escalão
superior, suas próprias forças de segurança, sua
ocultação, o posicionamento adiantado de suas armas, suas
vias de transportes mais curtas e o fato de ele encontrar-
se em um terreno selecionado, conhecido e organizado para
a defesa.
FINALIDADES DAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS

As Op Def empregam todos os meios disponíveis para


buscar uma vulnerabilidade inimiga e devem manter
suficiente flexibilidade em seu planejamento para explorá-
la, tendo por finalidades principais:
a) ganhar tempo, criando condições mais favoráveis às
operações futuras;
b) impedir o acesso do inimigo a determinada área ou
infraestrutura;
c) destruir forças inimigas ou canalizá-las para uma
área onde possam ser neutralizadas;
d) reduzir a capacidade de combate do inimigo;
FINALIDADES DAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS

e) economizar meios em benefício de operações


ofensivas em outras áreas;
f) produzir conhecimento necessário ao processo
decisório;
g) proteger a população, ativos e infraestruturas
críticas;
h) obrigar uma força inimiga a concentrar-se,
tornando-a mais vulnerável às forças empregadas na defesa;
e
i) distrair a atenção do atacante, enquanto se
preparam operações em outras áreas.
E A CAVALARIA NAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS?

As unidades de Cavalaria podem conduzir ou participar


de todas as operações defensivas: a defesa em posição e o
movimento retrógrado, sendo mais aptas para esta última.
DESENVOLVIMENTO
Pel C Mec
O Pelotão de Cavalaria Mecanizado é a unidade básica
das forças mecanizadas, constituindo a peça de manobra do
Esquadrão de Cavalaria Mecanizado. O Pel C Mec é
constituído por cinco grupos: Grupo de Exploradores, Grupo
de Comando, Grupo de Combate, Seção VBR e Peça de Apoio.
Pel CC

O Pelotão de Carros de Combate é o elemento de manobra


do Esquadrão de Carros de Combate. Seu emprego mais comum,
é como integrante de uma Força-Tarefa.
O pelotão de carros de combate emprega seu poder de
fogo, mobilidade, flexibilidade e proteção blindada para
conduzir ou participar de operações ofensivas e
defensivas; amplos desbordamentos e envolvimentos;
aproveitamento do êxito e perseguição do inimigo;
operações de segurança; movimentos retrógrados e ações
dinâmicas da defesa; conquistar e manter o terreno.
Pel CC
Pel CC
Pel Fuz Bld

O Pel Fuz Bld constitui elemento básico de emprego do


Esqd/Cia Fuz Bld, sendo o grupo de combate (GC) sua menor
fração de emprego.
Dotado da versatilidade conferida pelos fuzileiros,
constitui o elemento de manobra que ameniza as
deficiências inerentes à tropa blindada e confere a
capacidade de palmilhar e ocupar o terreno.
Pel Fuz Bld
Pel Fuz Bld
Diferença de pessoal
Pel CC X Pel Fuz Bld

Pel CC:
16 militares

Pel Fuz Bld:


41 militares
FUNDAMENTOS DAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS
São fundamentos das operações defensivas:

a) apropriada utilização do terreno;


b) segurança;
c) apoio mútuo;
d) defesa em todas as direções;
e) defesa em profundidade;
f) flexibilidade;
g) máximo emprego de ações ofensivas;
h) dispersão;
i) utilização do tempo disponível; e
j) integração e coordenação das medidas de defesa.
APROPRIADA UTILIZAÇÃO DO TERRENO

O terreno é fator importante na seleção das áreas de


defesa e na localização e distribuição das forças. É
necessário um estudo judicioso do terreno, para se
organizarem forças suficientes e adequadas à sua defesa.

Nas partes que favorecem a defesa, são economizados


meios, liberando parte significativa deles para as áreas
mais vulneráveis ao ataque.

As características defensivas naturais do terreno são


exploradas por intermédio das tarefas das funções de
combate proteção e movimento e manobra, levantadas durante
o estudo de situação.
APROPRIADA UTILIZAÇÃO DO TERRENO

IN
IM
IG
O
SEGURANÇA

O atacante pode escolher a hora, o local, a direção e


o valor do ataque. Em consequência, o defensor deve adotar
todas as medidas possíveis para não ser surpreendido.

Tais medidas compreendem o estabelecimento de meios


para proporcionar o alerta sobre a aproximação do inimigo
e o emprego de forças de segurança à frente, na direção
provável de atuação do inimigo, nos flancos e na
retaguarda, para manter a segurança em todas as direções.
SEGURANÇA
APOIO MÚTUO
As forças de defesa são localizadas no terreno de tal
forma que possam apoiar-se mutuamente. Esse apoio mútuo
completa-se pelos fogos, pela observação e por elementos
de manobra, tanto à frente como em profundidade. O sistema
de núcleos é concebido de forma a garantir que a queda de
um deles não provoque o rompimento da posição, ficando o
inimigo submetido aos fogos dos núcleos vizinhos e da
retaguarda.
O apoio mútuo dificulta a infiltração inimiga entre os
núcleos, pois o espaço entre eles fica permanentemente sob
observação e batido por fogos. Se há espaços vazios entre
os diferentes núcleos, estes devem ser controlados. O
apoio mútuo entre os núcleos de defesa é considerado no
escalão batalhão e inferiores.
APOIO MÚTUO

IN
IM
IG
O
DEFESA EM TODAS AS DIREÇÕES
No planejamento da defesa, considera-se que o inimigo
pode atacar de qualquer direção. Os flancos e a retaguarda
da posição podem ser atingidos por meio de desbordamento
terrestre, infiltração, assalto aeromóvel ou
aeroterrestre, ou ainda, por meio de ações de guerrilha em
larga escala. O defensor dispõe suas forças para impedir
que o inimigo, utilizando a surpresa, obtenha uma vantagem
decisiva ou marcante, quanto à direção ou ao local do
ataque.
O planejamento deve permitir a economia de meios, pela
disposição apropriada no terreno dos elementos de defesa e
de segurança, e por meio da manutenção de uma reserva, com
adequada mobilidade, em condições de deslocar-se por toda
a posição defensiva.
DEFESA EM TODAS AS DIREÇÕES
DEFESA EM PROFUNDIDADE

As forças de defesa são dispostas em profundidade, à


frente da região que deve ser mantida. É essencial uma
profundidade adequada para que o inimigo seja detido,
canalizado, destruído (sempre que possível) ou repelido
pelas forças de defesa, caso force a entrada ou penetre na
região a ser defendida.
A profundidade da defesa é obtida pelo(a):
a) adequado desdobramento das forças;
b) utilização de posições de bloqueio, de
fortificações de campanha e de obstáculos em profundidade;
c) manobra; e
d) emprego adequado de reservas e de fogos.
DEFESA EM PROFUNDIDADE

IN
IM
IG
O

Base de fogos Reserva


FLEXIBILIDADE
A disposição das forças de defesa e o planejamento de
seus fogos e deslocamentos têm por objetivo fazer face ao
maior número possível de situações. A posição defensiva é
organizada de forma a permitir a mudança da manobra
planejada.

A mobilidade da reserva, os fogos e os meios de guerra


eletrônica fornecem ao comandante a liberdade necessária
para conduzir o combate defensivo. Em regiões amplas, a
flexibilidade é obtida, também, pela adoção do dispositivo
de expectativa.
FLEXIBILIDADE
PLANEJADO

IN
IM
IG
O

Base de fogos Reserva


FLEXIBILIDADE
EXECUTADO

INIMIGO
Base de fogos Reserva
MÁXIMO EMPREGO DE AÇÕES OFENSIVAS
As forças defensivas mantêm-se alertas para aproveitar
todas as oportunidades de retomar a iniciativa e destruir
o inimigo pela ação ofensiva.

Patrulhamento agressivo, incursões, contra-ataques de


desorganização e outros, apoiados por fogos e pela guerra
eletrônica, são meios pelos quais o espírito ofensivo é
mantido.
MÁXIMO EMPREGO DE AÇÕES OFENSIVAS

INIMIGO
Base de fogos Reserva
MÁXIMO EMPREGO DE AÇÕES OFENSIVAS

INIMIGO
Base de fogos Reserva
DISPERSÃO
A dispersão é essencial para reduzir a vulnerabilidade
das forças. Ao organizar-se a defesa, as forças são
dispersas o quanto lhe permitam as imposições dos fatores
da decisão, evitando que se constituam alvos compensadores
ou, pelo menos, reduzindo sua vulnerabilidade.

A dispersão em profundidade é preferível à dispersão


em largura, pois evita que as frentes se tornem muito
extensas para o defensor. Proporciona mais meios para a
reserva, evita movimentos laterais em presença de um
ataque inimigo, facilita a descoberta e a destruição de
elementos de infiltração, e proporciona um melhor
dispositivo de forças para a realização de contra-ataques.
DISPERSÃO
UTILIZAÇÃO DO TEMPO DISPONÍVEL

A utilização judiciosa do tempo e uma cuidadosa


seleção de tarefas a serem executadas são essenciais para
o cumprimento de uma missão defensiva.

Todo o tempo disponível é utilizado na preparação da


posição defensiva e, após a sua ocupação, os trabalhos ou
os melhoramentos da posição prosseguem, mesmo durante as
ações de defesa.
UTILIZAÇÃO DO TEMPO DISPONÍVEL
INTEGRAÇÃO E COORDENAÇÃO DAS MEDIDAS DE
DEFESA

O plano geral de defesa envolve a integração e a


coordenação cuidadosa de todas as medidas defensivas.

O plano de defesa dos níveis mais baixos deve atender


ao objetivo dos escalões superiores.
TIPOS DE OPERAÇÕES DEFENSIVAS

As Op Def, em seu sentido mais amplo, abrangem todas


as ações que oferecem certo grau de resistência a uma
força atacante.

São dois os tipos de operações defensivas: defesa em


posição e movimento retrógrado. Normalmente, ambos os
tipos se combinam entre si. Em cada um deles alternam-se
elementos estáticos e dinâmicos, que proporcionam a
constante e flexível atividade que caracteriza a
defensiva.
DEFESA EM POSIÇÃO

Na defesa em posição, uma força procura contrapor-se à


força inimiga atacante numa área organizada em largura e
em profundidade e ocupada, total ou parcialmente, por
todos os meios disponíveis, com a finalidade de:
a) dificultar ou deter a progressão do atacante, em
profundidade, impedindo o seu acesso a uma determinada
área;
b) aproveitar todas as oportunidades para
desorganizar, desgastar ou destruir as forças inimigas; e
c) assegurar condições favoráveis para o
desencadeamento de uma ação ofensiva.
DEFESA EM POSIÇÃO
MOVIMENTO RETRÓGRADO

É qualquer movimento tático organizado, de parte de


uma força terrestre, para a retaguarda ou para longe do
inimigo, seja forçado por este, seja executado
voluntariamente, como parte de um esquema geral de
manobra, quando uma vantagem marcante possa ser obtida.

O movimento retrógrado (Mov Rtg) é caracterizado pelo


planejamento centralizado e pela execução descentralizada.
MOVIMENTO RETRÓGRADO

Havendo dificuldades para a defesa de largas frentes,


é mais apropriado atrair o inimigo a uma situação
desfavorável, utilizando-se o Mov Rtg para o
estabelecimento de uma P Def em melhores condições,
partindo-se então para uma contraofensiva.
MOVIMENTO RETRÓGRADO
O Mov Rtg visa a preservar a integridade da força, a
fim de que, em uma ocasião futura, a ofensiva seja
retomada. Pode ter uma ou mais das seguintes finalidades:
a) inquietar, exaurir e retardar o inimigo, infligindo
o máximo de baixas ao inimigo;
b) conduzir o inimigo a uma situação desfavorável;
c) permitir o emprego da força ou de uma parte da
mesma em outro local;
d) evitar o combate sob condições desfavoráveis;
e) ganhar tempo, sem se engajar decisivamente em
combate;
f) desengajar-se ou romper o contato;
g) adaptar-se ao movimento de outras tropas amigas; e
h) encurtar os eixos de transporte e suprimento.
MOVIMENTO RETRÓGRADO
FORMA DE MANOBRA DAS Op Def
O comandante pode empregar cinco formas de manobra
tática defensiva:
a) defesa de área e defesa móvel, na defesa em
posição; e
b) retraimento, ação retardadora e retirada, no
movimento retrógrado.
GRAUS DE RESISTÊNCIA
Os graus de resistência oferecidos a uma força
atacante são os seguintes:

- Defender;

- Retardar; e

- Vigiar:
GRAUS DE RESISTÊNCIA

- Defender: ação tática que implica empregar uma força


para conservar a posse de uma área ou para conservar a
integridade de uma unidade ou conjunto de unidades, por
meio do estabelecimento de uma posição defensiva.

Uma tropa que defende uma Via A deve conter um ataque


inimigo pelo fogo e combate aproximado. Seu poder de
combate deve ser compatível com a dimensão da Via A e a
capacidade do Ini. No escalão Rgt, a ruptura e a
penetração da P Def devem sempre ser defendidas.
GRAUS DE RESISTÊNCIA
- Defender:

Núcleo de defesa SU
preparado mas não
ocupado
GRAUS DE RESISTÊNCIA
- Retardar: ação tática que implica trocar espaço por
tempo, obrigando o inimigo a desdobra-se e a manobrar,
procurando infligir-lhe o maior desgaste possível, sem
que a força que retarda se engaje decisivamente no
combate.
Uma tropa que retarda em uma Via A combate pelo fogo
para desorganizar o ataque inimigo, trocando o mínimo de
espaço pelo máximo de tempo, sem se engajar decisivamente
em combate.
A tropa que retarda só deve retrair quando sob ameaça
de engajamento decisivo e mediante ordem do Esc Sp. Para
retardar, o defensor pode empregar menor poder de combate
do que quando está defendendo e ocupar núcleos defensivos
de maiores proporções.
GRAUS DE RESISTÊNCIA
- Retardar:

Quando determinada unidade ocupar


um núcleo de defesa que foi preparado
para ser ocupado por um escalão
imediatamente superior, denota
atitude de apresentar grau de
resistência inferior ao de defender, ou
seja, retardar.
GRAUS DE RESISTÊNCIA
- Vigiar: ação tática que visa proporcionar segurança à
determinada região ou força, pelo estabelecimento de uma
série de postos de observação, complementados por
adequadas ações, que procuram detectar a presença do
inimigo assim que o mesmo entre no raio de ação ou campo
dos instrumentos do elemento que executa a vigilância.
Não se destina à manutenção de terreno ou à destruição
do inimigo.
Uma tropa que vigia uma Via A estabelece uma série de
postos de vigilância e patrulhas para detectar a presença
do inimigo. A força que vigia provê a própria segurança e,
se pressionada, retrai, mantendo contato com o Ini.
GRAUS DE RESISTÊNCIA

- Vigiar:
FATORES DE DECISÃO
O exame de situação, metodologia concebida para a
solução de um problema militar, em qualquer nível, é
sustentado pelo estudo de aspectos relevantes que são
organizados e orientados por determinados fatores.

As partes constitutivas dessa metodologia são os


fatores da decisão, isto é, elementos que orientarão o
processo decisório.

Os principais fatores da decisão são: missão, inimigo,


terreno e condições meteorológicas, meios, tempo e
considerações civis.
MITMeTCo
MISSÃO

A missão é definida pela finalidade e ações a


realizar. Normalmente, é o primeiro fator a ser
considerado durante o processo decisório.

O enunciado da missão contém: o “quê”, o “quando”, o


“onde” e o “porquê” da operação.

A missão é prescrita pelo escalão superior, contendo


os principais aspectos que norteiam as ações daquele
escalão.
INIMIGO

Esse fator aborda o dispositivo do inimigo


(organização, tropas com suas localizações e mobilidade
tática), a doutrina, o equipamento, as capacidades, as
vulnerabilidades e as prováveis linhas de ação. Esses
aspectos são obtidos por meio da análise integrada da
situação do inimigo na operação em estudo e do
conhecimento anterior, disponível em bancos de dados.

O estudo das peculiaridades e deficiências do inimigo


servirá de base para o levantamento de suas
possibilidades, vulnerabilidades e linhas de ação.
TERRENO E CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

O estudo do terreno e das condições meteorológicas


está condicionado à missão e ao escalão considerado.
Nos escalões menores, o estudo do terreno e das
condições meteorológicas é realizado por meio da análise
detalhada:
a) das condições de observação e campos de tiro;
b) das cobertas e abrigos;
c) dos obstáculos que restringem ou impedem o
movimento;
d) dos acidentes capitais;
e) dos corredores de mobilidade;
f) das vias de acesso; e
g) das condições meteorológicas locais.
MEIOS

Os meios a serem considerados para as operações


militares incluem os recursos materiais e humanos,
constituindo-se em tropas adequadamente adestradas para o
emprego.

A análise desse fator considera os meios necessários e


os disponíveis para o cumprimento da missão, adequando-os
à realidade e confrontando-os com as eventuais
peculiaridades, deficiências e vulnerabilidades do
inimigo.
TEMPO

O comandante avalia o tempo disponível para o


planejamento, a preparação e a execução das tarefas
ligadas às operações. Inclui avaliar o tempo necessário
para compor os meios, movimentar e manobrar as unidades em
relação ao inimigo e o tempo de planejamento dos
subordinados.
CONSIDERAÇÕES CIVIS
As considerações civis são traduzidas pela influência
das agências, instituições e lideranças civis, da
população, da opinião pública, do meio ambiente e de
infraestruturas sobre o espaço de batalha.

A opinião pública favorável é um objetivo a ser


buscado desde o nível político até o tático.

Outro aspecto significativo relacionado às


considerações civis são as questões jurídicas, que se
aplicam à considerável parcela das operações militares. A
legitimidade, no ambiente operacional, é um dos princípios
mais importantes em relação ao apoio interno e/ou
internacional.
DADOS MÉDIOS DE PLANEJAMENTO
NAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS
Para o planejamento das ações defensivas, serão
adotados como base os seguintes dados:

Rasância das armas automáticas 600 m


Afastamento mínimo entre 2 núcleos 200 m
Afastamento máximo entre 2 núcleos 2000 m
DADOS MÉDIOS DE PLANEJAMENTO
NAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS
Núcleos defensivos
Elemento Frente Profundidade
Pel C Mec 600 m 500 m
Pel Fuz Bld 600 m 500 m
Pel CC 600 m 500 m
Esqd Fuz Bld 1 a 2,5 Km 1,5 Km
Esqd C Mec 1 a 2,5 Km 1,5 Km
RC Mec 2 a 5 Km 5 Km
RCB 2 a 3 Km 5 Km
DADOS MÉDIOS DE PLANEJAMENTO
NAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS
Frentes a defender
Elemento Frente Profundidade
Pel C Mec 1 km 500 m
Pel Fuz Bld 1 km 500 m
Pel CC 1 km 500 m
Esqd Fuz Bld 1 a 3 km 1,5 km
Esqd C Mec 1 a 3 km 1,5 km
RC Mec 2 a 6 km 5 km
RCB 2 a 4 Km 5 Km
DADOS MÉDIOS DE PLANEJAMENTO
NAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS
Ação Retardadora
Elemento Frente
Pel C Mec 2 km
Pel Fuz Bld 1,5 km
Pel CC 2 km
Esqd Fuz Bld 4,5 Km
Esqd C Mec 6 Km
RC Mec 16 Km
RCB 21Km
DADOS MÉDIOS DE PLANEJAMENTO
NAS OPERAÇÕES DEFENSIVAS
Vigilância

Elemento Frente
Pel C Mec 32 km
Esqd C Mec 48 km
RC Mec 96 km
DESENVOLVIMENTO

Você também pode gostar