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c. O sistema de comando e controle depende da eficácia das


comunicações, o que o torna alvo primordial do esforço de busca do inimigo,
objetivando não só dificultar a intervenção do comandante no combate,
como também a coordenação dos elementos desdobrados.
d. O sistema de comunicações da companhia deve ser estabelecido
segundo a rígida observância da segurança, tendo em vista a maior
proximidade com o inimigo. Um maior grau de segurança será obtido pela
diversificação dos meios de comunicações, pelo uso restrito do meio rádio e
pela priorização do uso dos circuitos físicos, de sinais convencionados,
mensagens preestabelecidas e desencadeamento de ações por horário.
Todos os componentes da companhia devem ter a noção exata de que, com
o advento da guerra eletrônica, não basta negar ao inimigo o conteúdo das
mensagens, é preciso também ocultar a sua própria transmissão.
e. A missão de instalar e operar os meios de comunicações do
comando da companhia cabe ao grupo de comunicações da seção de
comando da companhia. O grupo é composto pelo sargento auxiliar de
comunicações, um Cb radioperador, um Cb construtor de linha / telefonista,
um Sd radioperador e um Sd construtor de linha / telefonista.
f. Todas as ordens e diretrizes do escalão superior sobre a instalação e
exploração dos meios de comunicações, bem como as prescrições a serem
observadas na operação em curso, devem constar das instruções para
exploração das comunicações (IECom), do parágrafo 5º COMANDO E
COMUNICAÇÕES da ordem de operações do batalhão e de ordens
particulares do comandante do batalhão.

2-5. POSTO DE COMANDO


a. Posto de Comando é o local onde se instala o comando da
companhia para planejar e conduzir as operações. Nele são reunidos os
meios necessários ao exercício do comando, incluindo a coordenação e
controle dos elementos de combate e de apoio.
b. No nível companhia ele só existe como instalação em ações
estáticas, como uma defesa de área ou durante a ocupação de uma zona
de reunião. Durante a execução de operações que exigem movimento, o
comandante de companhia desloca-se constantemente com os integrantes
do posto de comando, posicionando-se onde melhor possa conduzir as
ações e exercer efetivo comando e controle.
c. Integrantes – Comandante da companhia, comandante do pelotão
de apoio, OA de artilharia, OA do pelotão de morteiros do batalhão, OA da
seção de morteiros da companhia, radioperadores / telefonistas e, conforme
a situação, o subcomandante da companhia.

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ARTIGO II
MEIOS DE APOIO DE FOGO

3-2. MEIOS DE APOIO DE FOGO


a. A companhia, normalmente, irá dispor do apoio de fogo dos seguintes
meios: artilharia, morteiros médios (da Cia e do Btl) e leves (dos Pel),
mísseis anticarro (do Btl), canhões sem recuo (da Cia), lança- rojões (AT-4
dos Pel) e metralhadoras (dos Pel). Poderá receber do escalão superior
outros meios dependendo da missão, como por exemplo apoio aéreo,
carros de combate e fogo naval. As armas orgânicas dos pelotões de
fuzileiros, normalmente, não constarão do plano de fogos da SU.
b. A artilharia de campanha, normalmente, proporciona o grosso do
apoio de fogo ao elemento de manobra. O apoio da artilharia é,
normalmente, o mais flexível e destrutivo apoio que o comandante de
companhia pode dispor. A artilharia de campanha pode realizar fogos com
granadas alto-explosivas, com espoleta tempo, iluminativas e fumígenas.
c. O apoio de fogo de morteiro compreende os fogos do pelotão de
morteiros médios da companhia de comando e apoio, da seção de morteiros
médios do pelotão de apoio e dos morteiros leves do pelotão de fuzileiros.
Os fogos de morteiros são normalmente empregados para destruir ou
neutralizar tropas e armas coletivas, complementando os fogos da artilharia,
particularmente quando não houver possibilidade ou disponibilidade de
apoio de fogo de artilharia. Os morteiros também podem realizar fogos
iluminativos e fumígenos. A principal vantagem dos morteiros em relação à
artilharia é a maior rapidez no desencadeamento dos seus fogos.
d. As armas anticarro que a companhia tem à sua disposição são os
mísseis do pelotão anticarro da companhia de comando e apoio, os
canhões sem-recuo da seção anticarro do pelotão de apoio e os lança-
rojões (AT-4) dos pelotões de fuzileiros. Estes armamentos têm como alvos
prioritários as viaturas blindadas inimigas. Entretanto, poderão ser
empregados contra armas coletivas e abrigos inimigos, desde que não haja
comprometimento de sua missão principal. Os canhões sem-recuo também
podem ser empregados contra tropas, utilizando granadas alto-explosivas
antipessoal, granadas fumígenas para obscurecimento ou granadas
iluminativas.
e. As metralhadoras dos pelotões de fuzileiros constituem um
importante meio de apoio de fogo. Elas realizam o tiro direto, mas podem
executar tiros indiretos, por cima da tropa, e são particularmente empre-
gadas para bater objetivos como pessoal desabrigado (sobretudo em
formação cerrada ou em profundidade em relação ao eixo de tiro), armas
automáticas ou anticarro, e outros. No ataque suas posições devem estar

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mais elevadas para permitir maior alcance, podendo estar localizadas


perpendicular ou lateralmente à direção de ataque e realizar fogos nos
flancos e intervalos da tropa amiga. Na defesa, o emprego principal das
metralhadoras é no LAADA, especialmente para execução do tiro de
flanqueamento, tendo em vista o seu maior efeito na linha de proteção final,
onde o fogo atinge o máximo de intensidade.

3-3. FORMAS DE EMPREGO


a. Durante uma operação, o comandante de companhia determina
formas de emprego às suas frações de apoio de fogo, de acordo com as
necessidades de apoio de fogo de seus elementos subordinados e
possibilidades de comando e controle do tiro. Em função dos mesmos
fatores, a companhia de fuzileiros poderá receber o apoio direto de
elementos de apoio de fogo da companhia de comando e apoio, ou mesmo
recebê-los em reforço.
b. Ação de conjunto
(1) É a forma na qual a seção atua, como um todo, em proveito da
companhia. Nesta situação, as frações de apoio estão subordinadas, tática
e logisticamente, ao comandante do pelotão de apoio. O controle do tiro, se
possível, será exercido pelo mesmo, podendo ser feito pelo comandante de
seção ou chefe de peça. Em geral, elas são mantidas nesta situação
enquanto possa ser exercido este controle, a fim de proporcionar o máximo
de apoio, pois proporciona maior flexibilidade, facilidade de coordenação,
controle, comunicações e suprimento.
(2) O comandante da companhia pode atribuir a prioridade de fogos a
determinado pelotão de fuzileiros. As frações em ação de conjunto deverão
estar imediata e totalmente em condições de apoiar o pelotão que recebe a
prioridade de fogos, entretanto poderá apoiar outros pelotões quando não
estiver executando seus fogos de prioridade.
(3) É utilizada quando, de uma mesma posição, o tiro e a observação
permitirem o cumprimento da missão, e o comandante do pelotão de apoio
possa exercer, em boas condições, o comando e o controle de suas
frações.
c. Apoio direto
(1) É a forma de emprego na qual uma seção ou peça atua em
proveito de um pelotão de fuzileiros, executando missões mediante pedido
direto. Caracteriza-se pelo fato de a fração estar administrativamente
subordinada ao comandante do pelotão de apoio e receber missões de tiro
do pelotão de fuzileiros apoiado. Somente por ordem do comandante da
companhia seus fogos deixarão de apoiar este pelotão. Seus próprios
comandantes ficam com a responsabilidade de controlar seus tiros.

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(2) Quando uma fração está em apoio direto deve posicionar-se de


forma a atirar, nas melhores condições, em qualquer parte da frente do
pelotão apoiado. As mudanças de posição são feitas mediante ordem do
comandante do pelotão de apoio, mas o comandante do pelotão apoiado
deve ser informado antes de se iniciar qualquer deslocamento.
(3) É empregada quando não for possível manter o controle da
missão de tiro de determinada seção ou peça, sendo mantidos pelo pelotão
de apoio o controle administrativo e um baixo grau de controle operacional.
Esta forma de emprego apresenta, como vantagem sobre a ação de
conjunto, a rapidez no atendimento aos pedidos de fogos, feitos diretamente
do comandante pelotão fuzileiros apoiado ao chefe de peça ou comandante
de seção.
d. Em reforço
(1) É a situação em que uma seção ou peça fica diretamente
subordinado ao comandante do elemento apoiado, que se torna
responsável pelo seu emprego tático, controle de tiro e suprimento,
passando a fazer parte do pelotão reforçado.
(2) Uma peça ou seção é posta em reforço quando é impraticável ou
inconveniente o seu emprego em ação de conjunto ou apoio direto, em
virtude de limitações no controle e nos campos de tiro e observação.
Raramente toda uma seção é passada em reforço a um pelotão fuzileiros.
e. Emprego de frações temporárias - A organização da companhia de
fuzileiros permite o cumprimento de todas as suas missões de combate sem
que sejam necessárias modificações profundas em sua estrutura.
Entretanto, em virtude dos fatores da decisão, o comandante de companhia
pode decidir por reunir as armas de apoio dos pelotões de fuzileiros em uma
fração temporária. Assim, ele pode optar por reunir as metralhadoras ou os
morteiros leves em uma única fração. Não obstante as vantagens advindas
deste tipo de modificação, o comandante deve considerar as implicações
decorrentes, como a designação de um comando para esta nova fração, a
estruturação de uma rede de comunicações eficaz, seu suporte logístico,
além da coordenação e controle dos seus tiros.

ARTIGO III
PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO DE FOGOS

3-4. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


a. A coordenação do apoio de fogo visa a obter dos meios disponíveis o
melhor rendimento possível, realizando a integração dos fogos com a
manobra, evitando duplicações de esforços e batendo os alvos da forma
mais adequada.

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4-2. APOIO LOGÍSTICO


a. O apoio logístico é o conjunto de atividades que visa a fornecer os
recursos e serviços necessários às tropas orgânicas e em reforço, nos
ramos de pessoal e material.
b. No âmbito da companhia existem cinco funções logísticas, com suas
respectivas tarefas, a saber:
(1) Suprimento - Levantamento das necessidades, obtenção,
controle e distribuição de todas as classes de suprimento;
(2) Transporte - Deslocamento de pessoal e material;
(3) Saúde – Evacuação e controle sanitário. Visa à conservação do
potencial humano da força terrestre em operações;
(4) Manutenção - Conservação, reparação e evacuação de material;
(5) Recursos humanos - Controle de efetivos, recompletamentos,
repouso, recuperação, recreação, sepultamento, mão-de-obra, suprimento
reembolsável, banho, lavanderia e serviço postal. As demais tarefas
referentes ao pessoal (disciplina e justiça militar, moral, assistência religiosa
e assuntos civis), realizadas no TO, são integradas ao sistema comando,
não fazendo parte do subsistema logística.
c. Para maiores informações, relativas às funções logísticas, deve ser
consultado o manual de campanha C 100-10 - LOGÍSTICA MILITAR
TERRESTRE.

ARTIGO II
LOGÍSTICA NA COMPANHIA DE FUZILEIROS

4-3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS


a. O gerenciamento das atividades logísticas é orientado para os
objetos e objetivos básicos da logística - o MATERIAL e o HOMEM.
b. Assim, a logística divide-se em dois grandes ramos, a LOGÍSTICA
MATERIAL e a LOGÍSTICA PESSOAL. Esta divisão da logística tem por
finalidade simplificar as estruturas organizacionais e os procedimentos
logísticos, permitindo maior coordenação e controle do comandante da
companhia e maior eficiência no apoio prestado aos elementos
subordinados.
c. O encarregado de material e o sargenteante, auxiliados pelos
demais integrantes da seção de comando, são os responsáveis pela
condução e controle das atividades logísticas nos seus respectivos ramos
de atuação, de acordo com as ordens e diretrizes emanadas pelo
comandante da companhia.

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d. A LOGÍSTICA DE PESSOAL, a cargo do Sargenteante, engloba


todas as funções logísticas voltadas para o apoio aos efetivos (HOMEM):
(1) RECURSOS HUMANOS: o controle do pessoal, o nivelamento
dos efetivos, o controle das baixas, o processamento dos
recompletamentos, o repouso, a recuperação, a recreação, o moral da tropa
e os serviços em campanha, banho, lavanderia (troca de fardamento),
sepultamento, serviço postal etc;
(2) SAÚDE: o apoio prestado pela turma de evacuação e todas as
tarefas, ações e procedimentos referentes à atividade de saúde realizados
na SU, inclusive a evacuação de feridos.
e. A LOGÍSTICA DE MATERIAL, a cargo do Encarregado de Material,
engloba todas as funções logísticas centradas no material:
(1) SUPRIMENTO: pedidos, recebimentos, estocagem e distribuição
às diversas frações;
(2) MANUTENÇÃO: de todo o material (viaturas, armamento,
comunicações, equipamentos diversos etc), incluindo o processamento do
suprimento de manutenção e a evacuação do material;
(3) TRANSPORTE: controle dos meios para a realização dos
deslocamentos da tropa, a distribuição de suprimentos (Sup), evacuação de
material (Mnt) e de mortos (Pes).
f. No nível subunidade, sempre que possível, o apoio logístico deve ser
planejado e executado de modo que todas as funções desenvolvidas pela
companhia sejam deslocadas em direção aos elementos subordinados, de
modo a liberar os comandantes de pelotão para as atividades de combate,
sobrecarregando-os o mínimo possível com preocupações logísticas e
evitando que os pelotôes desloquem-se para a ATSU em busca de Ap Log.
O encarregado de material e o sargenteante devem atuar de modo a colocar
o suprimento, a manutenção, o apoio de saúde, os meios de transporte,
rações e água no momento e no local (ATSU ou posições dos Pelotão) que
se fizerem necessários para apoiar as atividade de combate da SU.
g. Os comandantes de pelotão têm a responsabilidade de providenciar
os primeiros socorros a seus homens, evacuar os feridos o mais
rapidamente possível e providenciar a identificação dos mortos de sua
fração. Devem permanecer a par do nível de munição do pelotão e
providenciar a tempo os pedidos de remuniciamento. Devem ter perfeito
conhecimento, também, do estado do material e do armamento e solicitar o
recompletamento da dotação logo que possível, esclarecendo se o material
foi perdido, destruído ou encontra-se em mau estado. Solicitam o
suprimento de água sempre que necessário e, em operações defensivas,
calculam e requisitam o material de fortificação necessário para a
organização do núcleo de defesa. No tocante às atividades de pessoal, os
comandantes de pelotão devem dar especial atenção à manutenção da

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disciplina e moral da tropa, além do controle de efetivos. Em todas essas


atividades são auxiliados pelos respectivos adjuntos.

4-5. SEÇÃO DE COMANDO


a. A seção de comando (Seç Cmdo) da companhia concentra os meios
de apoio logístico da subunidade, sendo complementada em suas
deficiências pelo apoio direto prestado pelas frações da companhia de
comando e apoio. É composta pelo grupo de comando, grupo de
comunicações e grupo logístico (turma de suprimento e turma de
manutenção), podendo receber da companhia de comando e apoio uma
turma de evacuação e o grupo de apoio direto de suprimento classe I.
b. O encarregado do material é o comandante da seção de comando e
executa as atividades relacionadas à logística do material. Supervisiona o
trabalho do furriel no P Remn da subunidade. Fiscaliza, orienta e controla as
atividades das frações e elementos de manutenção e suprimento orgânicos
e os recebidos em apoio direto ou reforço. Coordena os trens da SU,
cabendo-lhe a montagem dos comboios e controle do movimento das
viaturas. Coordena a distribuição de rações e água e de todas as classes de
suprimento, exceto classe V.
c. Grupo de Comando (Gp Cmdo)- Apóia a logística da SU e a
operação do posto de comando da subunidade. É composto pelo
sargenteante, Cb Op micro, um Sd auxiliar e um Sd motorista. O
sargenteante desenvolve atividades relacionadas à logística do pessoal.
Fiscaliza, orienta e controla as atividades de evacuação de feridos das
frações e elementos de saúde recebidos em apoio ou reforço. Cabe ao
sargenteante o controle do efetivo, de licenças, dos registros sobre justiça e
disciplina e da distribuição de recompletamentos, conforme diretriz do Cmt
SU. Diariamente, em hora marcada pelo comandante da companhia,
enviará a mensagem diária de efetivos (MDE) que será transmitida à U
(S1).
d. Grupo de comunicações (Gp Com) – Comandado pelo sargento
auxiliar de comunicações, instala e opera os meios de comunicações do
comando da SU, estando encarregado da Mnt 1º Esc do Mat Com no
âmbito da SU. Composto pelo Sgt Aux Com, um Cb radioperador, um Cb
construtor de linha / telefonista, um Sd radioperador e um Sd construtor de
linha / telefonista.
e. Grupo Logístico (Gp Log) - Esse grupo possui uma subdivisão
interna em uma turma de suprimento e uma turma de manutenção.
(1) Turma de manutenção (Tu Mnt) - Comandada pelo sargento
mecânico de viatura, que é o encarregado da supervisão e auxílio à
manutenção de 1º escalão das viaturas, auxiliado pelo Sd Aj Mec Vtr. O Cb

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(b) Onde estão as instalações logísticas do Batalhão;


(c) Quando os recursos logísticos estarão disponíveis para
elementos apoiados; e
(d) Como os recursos logísticos podem ser disponibilizados.
(3) Baseado nessa análise, o planejamento logístico será
desenvolvido, reagindo-se às disponibilidades.
d. Estimativa logística na companhia
(1) A estimativa logística é uma análise dos fatores que podem
afetar o cumprimento da missão traduzida sob forma de necessidade. O
comandante da companhia utiliza-se desta estimativa para o planejamento
logístico em apoio à manobra idealizada. A chave para essa estimativa é a
situação do suprimento disponível, particularmente das Classes III, V (Mun)
e IV (em operações defensivas).
(2) No nível subunidade, raramente a estimativa logística constará
de um documento escrito. O Sargenteante e o Encarregado de Material
freqüentemente irão formulá-la em termos que respondam as seguintes
perguntas:
(a) Qual a situação atual da manutenção, dos suprimentos e dos
transportes?
(b) Quanto e o que é necessário para apoiar a operação?
(c) Que tipo de apoio externo (Esc Sp) é necessário?
(d) As necessidades poderão ser atendidas através do processo
normal, ou serão necessários outros processos de suprimento?
(e) O que está faltando e qual a conseqüência dessa falta na
operação?
(f) Onde estão os elementos a serem apoiados durante a
operação?

4-7. TRENS
a. Generalidades
(1) Trens é a designação genérica dada ao conjunto dos elementos
em pessoal, viaturas e material destinados a proporcionar apoio logístico a
uma subunidade.
(2) A finalidade dos trens da SU é operacionalizar a execução das
atividades logísticas da companhia. Fornecem apoio logístico contínuo e
cerrado aos pelotões e aos elementos em reforço, particularmente no que
se refere à manutenção orgânica, todas as classes de suprimento,
evacuação de feridos, transporte de suprimento, evacuação do material
danificado, capturado e salvado e registro e evacuação de mortos.
b. Composição normal dos trens da SU
(1) Trem de munição - Operado pelo Furriel
- 01 VTNE ¾ t, com reboque

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(2) Trem de manutenção - Operado pelo Sgt Mec Vtr


- 01 VTNE 5 t GUINCHO, utilizada para Mnt Armt e Vtr.
(3) Trem de saúde - Operado pelo Cb Atendente
- 01 VTE ambulância, ¾ t .
(4) Trem de cozinha - Operado pelo Gp Ap Dto Sup Cl I
- 01 VTNE 5 t com VRE, cisterna de água de 1500 l .
(5) Trem de bagagem - Controlado pelo Enc Mat
- 01 VTNE 5 t com reboque.
c. Área de trens de subunidade - ATSU
(1) Os trens da SU instalam-se, normalmente, dentro da zona de
ação da companhia, numa área bem próxima do posto de comando, que se
denomina área de trens de subunidade (ATSU).
(2) Por motivo de segurança a ATSU deve se localizar a uma
distância de 500m da LP na ofensiva e 1000m do LAADA na defensiva.
(3) A localização da área de trens é atribuição do comandante da
companhia, que mantém estreito entendimento com o S4 do batalhão.
(4) Com os trens desdobrados, as dimensões mínimas da ATSU,
face à necessidade de dispersão das viaturas e instalações, são de 50 x
100 m.
(5) Em algumas oportunidades, e no caso da companhia se
constituir na reserva do batalhão, esses meios ou parte deles podem se
desdobrar na área de trens de combate (ATC) ou até mesmo na área de
trens de estacionamento (ATE), de acordo com a análise dos fatores da
decisão.
(6) Para melhor atender à prestação do apoio logístico, a análise da
localização de uma área de trens deve considerar os seguintes fatores:
manobra, terreno, segurança (do fluxo e das instalações) e situação
logística. Para maiores detalhes sobre os fatores de localização da área de
trens, consultar o manual de campanha C 7-20 – BATALHÕES DE
INFANTARIA.
d. Instalações logísticas das área de trens (Fig 4-1)- Para o
funcionamento dos meios logísticos em campanha há necessidade de dispô-
los em locais adequados, resultando, assim, as instalações logísticas. A
tropa pode ser atendida nas diversas instalações, ou, em determinadas
situações, os meios poderão ir à frente para servir à tropa, retirando dos
comandantes de pelotão preocupações com encargos logísticos.
(1) Área de Manutenção de Viaturas e Armamentos - Local onde é
realizada a manutenção destes materiais. Deve ser localizada em local
amplo, coberto, de fácil acesso e de boa trafegabilidade. É o local onde são
estacionadas as viaturas pertencentes aos elementos da ATSU. É operada
pelo Sgt Mec Vtr.
(2) Posto de remuniciamento – Local onde é desdobrado o posto de
distribuição de suprimento classe V (munição). Deve estar próximo do E

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Sup Ev / Batalhão e afastado de outras instalações, de acordo com o tipo e


a quantidade de munição armazenada. Deve estar coberto e abrigado para
evitar danos às outras instalações. Deve possuir condições mínimas para
armazenamento de munição. É operado pelo Furriel.
(3) Refúgio de Feridos - Instalação que recebe os feridos do campo
de batalha, preparando-os para a evacuação, se for o caso, sendo operado
pelo Cabo Atendente. É o local onde se prepara os feridos para a
evacuação (SFC). Deve localizar-se na orla anterior da ATSU, em local de
fácil acesso e de fácil localização. No caso de operações ofensivas, cerra à
frente, no desenrolar das ações, de forma a encurtar as distâncias de
evacuação.
(4) Área de Cozinha - Local onde é preparada a alimentação da SU,
quando recebe o Gp Ap Dto Sup Cl I. É o local onde é instalada a cozinha,
quando descentralizada, e onde é preparada a alimentação. Deve ser
localizada em local coberto, próximo à fonte de água e distante do P Col
Mor. Devem ser escolhidos locais de consumo próximos às cozinhas, para
os integrantes da ATSU. É operada pelo grupo de apoio direto de
suprimento classe I.
(5) Posto de Distribuição de Suprimentos (P Distr Sup) – É o local
onde o encarregado de material realiza a distribuição de todo o suprimento
da companhia, à exceção do suprimento classe V. Desdobra-se no mesmo
local de distribuição das refeições.
e. Controle
(1) O comandante dos trens da subunidade é o subcomandante da
companhia. A esse oficial caberá determinar a localização específica de
cada instalação na área de trens, bem como a responsabilidade pela
execução dos deslocamentos, o controle e a segurança dos trens.
(2) O subcomandante estuda continuamente a situação, a fim de
propor a oportunidade do deslocamento dos trens, de maneira a facilitar o
apoio às operações. Após a decisão do comandante de realizar um
deslocamento, aciona o reconhecimento dos itinerários e das novas áreas e
expede a ordem de deslocamento, normalmente verbal.
f. Segurança dos Trens
(1) A segurança dos trens será realizada pelos seus próprios
elementos.
(2) A segurança afastada é obtida pela localização dos trens
próximos ou dentro do perímetro de segurança dos elementos de combate e
da reserva.

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(4) Suprimento de cartas - Cabe à seção de inteligência do batalhão


estabelecer planos e normas de distribuição para o material de cartografia.

4-9. SUPRIMENTO PARA A POPULAÇÃO CIVIL


a. Incluem os artigos destinados à manutenção das condições mínimas
de vida, tais como: alimentos, medicamentos, roupas e os destinados a
ajuda econômica.
b. A obtenção dos suprimentos para a população poderá ser feita por
intermédio dos canais normais, quando se tratar de artigos consumidos pela
força terrestre, que serão armazenados pelo batalhão ou nas companhias.
Entretanto, a sua distribuição deve ser feita por intermédio dos canais de
assuntos civis, podendo utilizar-se da companhia para tal.

4-10. EIXO DE SUPRIMENTO E EVACUAÇÃO (E Sup Ev)


a. E Sup Ev é a estrada, caminho ou, eventualmente, uma direção,
selecionada para unidade, através da qual deverá ser executado o grosso
das atividades de suprimento e evacuação da sua responsabilidade.
b. O E Sup Ev se estende da área de trens de estacionamento (ATE)
do batalhão à ATSU que realiza o esforço principal, passando pela área de
trens de combate. Ramifica-se, de acordo com as necessidades, para os
demais elementos de primeiro escalão.
c. O batalhão é responsável pela segurança do seu E Sup Ev.
d. No ataque, para evitar possível interrupção do remuniciamento, pode
ser fixado um eixo de remuniciamento que indica o deslocamento previsto
para os P Remn do batalhão. O eixo de remuniciamento pode coincidir
como o E Sup Ev, e como este, ser balizado por uma estrada, caminho ou
eventualmente uma direção.

4-11. PROCESSOS DE DISTRIBUIÇÃO DE SUPRIMENTOS


a. Os processos de distribuição normais são o de entrega na
subunidade e na instalação de suprimento.
(1) No processo de entrega na subunidade a instalação provedora
do batalhão supre, com seus meios, os elementos subordinados,
entregando os suprimentos em suas instalações logísticas.
(2) No processo de entrega na instalação de suprimento a
subunidade, com seus próprios meios, desloca-se para a instalação
provedora do batalhão, a fim de apanhar o suprimento necessário.
b. Os processos especiais de distribuição de suprimento são: reserva
móvel, suprimento aéreo, comboio especial de suprimento e posto de
suprimento móvel.

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6-3. FINALIDADES
As operações ofensivas são executadas com uma ou mais das
seguintes finalidades:
a. Destruir as forças inimigas;
b. Conquistar acidentes capitais do terreno;
c. Obter informações sobre o inimigo;
d. Privar o inimigo de recursos que lhe sejam necessários; e
e. Desviar a atenção do inimigo de outras áreas.

6-4. TIPOS DE OPERAÇÕES


Os tipos de operações ofensivas são as seguintes:
a. Marcha para o combate;
b. Reconhecimento em força;
c. Ataque;
d. Aproveitamento do êxito; e
e. Perseguição.

6-5. FUNDAMENTOS DA OFENSIVA


a. Os fundamentos da ofensiva constituem a plena aplicação dos
princípios de guerra às situações de combate ofensivo e servem como um
guia geral para o emprego da companhia em operações dessa natureza.
b. Os fundamentos da ofensiva são:
(1) Estabelecer e manter o contato;
(2) Esclarecer a situação;
(3) Explorar as deficiências do inimigo;
(4) Controlar os acidentes capitais do terreno;
(5) Conservar a iniciativa;
(6) Neutralizar a capacidade de reação do inimigo;
(7) Progredir pelo fogo e movimento;
(8) Manter a impulsão do ataque;
(9) Concentrar um superior poder de combate em local e momento
decisivos;
(10) Aproveitar o êxito; e
(11) Manter a integridade e a segurança da força.
c. Para maiores esclarecimentos, consultar o manual C 7-1 EMPREGO
DA INFANTARIA.

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(a) A seção se desloca enquadrada no escalão de combate.


Normalmente atua em ação de conjunto, podendo, eventualmente, ser
empregada em apoio direto ao escalão de reconhecimento.
(b) A viatura da seção desloca-se por lanços, com o material e
munição, à retaguarda do escalão de combate.
(c) O observador avançado da seção acompanha o escalão de
reconhecimento.
(d) Sempre que a coluna pára por imposição do inimigo, a
seção entra em posição.
(e) Dependendo da provável ação do inimigo, do seu valor e
também do terreno, poderá ser determinado à seção de morteiros que
ocupe posições de tiro sucessivas, a fim de fornecer apoio imediato caso
haja o contato com o inimigo. Os deslocamentos e entradas em posição
sucessivas devem ser coordenados com os deslocamentos do pelotão de
morteiros do batalhão.

6-17. APOIO LOGÍSTICO


a. Trens da subunidade - Marcham juntos com a companhia,
normalmente à retaguarda da formação. O subcomandante da companhia
deslocar-se-á o mais à retaguarda possível da coluna de marcha, à frente
apenas da viatura de manutenção, de forma a auxiliar no controle da
companhia.
b. Refeições – Durante as duas primeiras fases da marcha, o Gp Ap
Dto Sup Cl I, ainda centralizado na companhia de comando e apoio, se
desloca com o destacamento precursor do batalhão para preparar a refeição
a fim de que a tropa possa se alimentar ao chegar no seu destino ou nos
locais de grande alto. Poderá também permanecer na última região de
destino para confecção das refeições, devendo executar seu movimento de
modo a encontrar a coluna de marcha na região do grande alto para
distribuição da refeição. Durante a marcha de aproximação, normalmente,
será consumida a ração operacional.
c. Suprimento CIasse III – Há previsão de elevado consumo. As
viaturas deverão ser reabastecidas pela viatura cisterna do trem de
combustível que percorre a coluna de marcha por ocasião dos altos.
d. Suprimento Classe V (munição) – Nas fases iniciais da marcha
para o combate não há previsão de elevado consumo de munição. O furriel
deve aproveitar todas as paradas para realizar o ressuprimento dos
elementos de primeiro escalão a fim de que cheguem aos objetivos finais
com a dotação completa, pois é nesse momento que há a maior
possibilidade de confronto com o inimigo.

6-17
C 7-10

b. Ataque de oportunidade
(1) O ataque de oportunidade é um ataque imediato, realizado
após rápido reconhecimento, sendo essenciais a manutenção da velocidade
e da impulsão. Pode ser realizado contra forças paradas ou em movimento.
(2) O ataque se caracteriza pela imediata expedição de ordens
fragmentárias pelo comandante, destinadas aos elementos de manobra e
apoio de fogo, privilegiando a rapidez, a iniciativa e a manutenção da
impulsão.
(3) A diferença básica entre este e o ataque coordenado reside no
tempo disponível para o planejamento da operação. O tempo necessário
para sua preparação é da ordem de 1/3 a 1/2 do exigido pelo ataque
coordenado.
(4) A companhia pode realizar um ataque de oportunidade
isoladamente ou enquadrada no batalhão.

6-23. FORMAS DE MANOBRA


a. A companhia participa das seguintes formas de manobra ofensiva
desenvolvidas pelo batalhão e escalões superiores: ataque frontal,
penetração, desbordamento, envolvimento e infiltração.
b.. A companhia pode atacar os objetivos mediante uma ação frontal
ou de flanco. Sempre que possível, o comandante de companhia deve
priorizar as ações de flanco, procurando atingir o inimigo onde ele é mais
fraco. (Fig 6-3)
c. Para maior detalhamento acerca das formas de manobra ofensivas
consultar o manual C 7-20 BATALHÕES DE INFANTARIA.

6-24. PLANEJAMENTO DO ATAQUE


a. Recebimento da missão - Enquanto a companhia se prepara
para o ataque (de preferência sob a fiscalização do subcomandante), seu
comandante dirige-se ao posto de comando do batalhão para receber
ordens, acompanhado do comandante do pelotão de apoio, do auxiliar de
comunicações, de um rádio-operador e de um mensageiro. A ordem do
batalhão prescreve se a companhia inicialmente faz parte do escalão de
ataque ou se fica em reserva e quais os elementos que terá em apoio e/ou
em reforço. Se a companhia fizer parte do escalão de ataque, receberá a
direção geral do ataque, uma zona de ação e um ou mais objetivos.

6-20
C 7 - 20

REVISADO EM Nov 2007

1) Localização
a) Assessorado pelo O Com, o S 3 propõe ao Cmt Btl a
localização do PCP, normalmente entre a Área de Trens da SU (AT SU) e a
Área de Trens de Combate (ATC), próximo à reserva do batalhão. O
comandante do PCP é o comandante do Pelotão de Comunicações.
b) O local do PCP variará conforme o tipo de operação. As
formas de localização do PCP são as seguintes: designação de uma região
ou local, pelo escalão superior; atribuição de um eixo de comunicações,
pelo escalão superior; e liberdade de escolha pelo escalão subordinado.
c) Quando for dada a liberdade de escolha do local do PCP,
alguns fatores devem ser considerados por influenciarem significativamente
nas Op. São eles:
(1) Situação Tática:
(a) orientado na direção do esforço principal ou para a
frente mais importante (tendo como referência os objetivos finais do Btl);
(b) prover o apoio cerrado;
(c) proporcionar espaço para o desdobramento dos
elementos subordinados e outras instalações sem, no entanto, interferir na
manobra tática nem na manobra logística da U;
(d) proximidade e acessibilidade a postos de observação
(PO) do BI.
(2) Terreno:
(a) ter facilidade de acesso (ter estradas, boa
trafegabilidade do solo e não possuir Obt que dificultem esse acesso );
(b) ter boa circulação interna na área para pessoal e
viaturas (não possuir Obt no interior da área do PC) ;
(c) possuir área compatível para dispersão entre as
instalações do PCP (considerar como um quadrado de 1 km de lado);
(d) estar apoiado em rede de estradas que permitam os
deslocamentos rápidos nas mudanças de PCP e desdobramento de PCT;
(e) apresentar instalações ou edificações; e
(f) favorecer a adoção de medidas de controle de
pessoal e material.
(3) Segurança:
(a) ser protegido por massa cobridora (desenfiado face
ao inimigo);
(b) estar coberto ou possuir facilidade de camuflagem
natural;
(c) estar próximo da reserva ou unidade de manobra;
(d) atender à distância mínima de segurança, medida da
linha de contato, em operações ofensivas, ou da orla anterior dos últimos
núcleos de aprofundamento do BI, nas operações defensivas;
(e) estar afastado de flancos expostos e de caminhos
favoráveis à infiltração inimiga; e
(f) distanciar-se de pontos vulneráveis e possíveis alvos
de interesse do inimigo.
(4) Comunicações:
(a) estar afastado de fontes de interferências naturais ou
artificiais;
(b) estar em um local que permita equilíbrio de
distâncias para o sistema de comunicações;

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C 7 - 20 REVISADO EM Nov 2007

5) Em princípio, o ataque de oportunidade deve priorizar as


manobras desbordantes, associadas à fixação do inimigo.
6) Apesar de ser um ataque possível de ser realizado por
uma força de qualquer natureza, as tropas blindadas e mecanizadas
são as mais aptas para executá-lo. Deve ser realizado, em princípio,
nos escalões Bda e inferiores.
7) O fator da decisão “tempo” possui elevada prioridade no
planejamento do ataque de oportunidade. A diferença básica entre
este e o ataque coordenado reside no tempo disponível para o
planejamento da operação. O tempo necessário para sua preparação
é da ordem de 1/3 a 1/2 do exigido pelo ataque coordenado.

4-19. FORMAS DE MANOBRA


O Btl pode realizar ou participar das seguintes formas de
manobra ofensiva: o ataque frontal, a penetração, o desbordamento,
o envolvimento e a infiltração.
a. Ataque frontal
1) No ataque frontal a infantaria ataca com a mesma
intensidade em toda a frente do inimigo com a finalidade de destruir
ou capturar uma força inimiga muito mais fraca ou de fixar o inimigo
em suas posições (Fig 4-5).
2) O Btl participa de um ataque frontal realizado por escalões
superiores ou pode realizar um ataque frontal de fixação - ataque
secundário - com o objetivo de manter a pressão sobre o inimigo e
evitar o seu desengajamento.
3) O ataque frontal, a menos que haja uma grande
superioridade do poder de combate da força atacante, raramente
conduz a resultados decisivos; por isto, a infantaria deve estar
preparada para criar ou aproveitar as vantagens e condições que lhe
permitam evoluir para uma forma de manobra que propicie obter
êxito.

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Fig 4-5. Um batalhão (-) no ataque frontal para fixar o inimigo


b. Penetração
1) Na penetração, o ataque principal passa através da
principal posição defensiva inimiga, a fim de quebrar a continuidade
de sua defesa.
2) A penetração é feita em três etapas:
a) rompimento ou ruptura da posição defensiva do
inimigo;
b) alargamento e manutenção da brecha; e
c) conquista e manutenção de objetivos que quebrem a
continuidade da defesa inimiga e criem a oportunidade do
aproveitamento do êxito.
3) Para o Btl, a ruptura dar-se-á na linha de alturas onde se
localizam os pelotões reservas das companhias inimigas de primeiro
escalão (faixa do “DEFENDER” do Btl/Rgt Ini). A quebra da
continuidade da defesa - dar-se-á quando forem conquistadas as
regiões dos aprofundamentos da companhia reserva do batalhão
inimigo de primeiro escalão (faixa do “CONTINUAR DEFENDENDO”
do Btl/Rgt Ini) (Fig 4-6)
4) A infantaria realiza uma penetração quando:
a) o inimigo não apresenta flancos vulneráveis;
b) o inimigo está distendido em frente muito extensa;
c) o terreno permite boa observação e o emprego
eficiente das armas de apoio; e
d) há disponibilidade de forte apoio de fogo.

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Fig 4-6. O Batalhão na penetração


c. Desbordamento
1) O desbordamento é uma forma de manobra ofensiva onde
o ataque principal contorna a posição defensiva principal do inimigo,
evitando um combate de vulto, a fim de conquistar objetivos em sua
retaguarda imediata, sujeitando-o à destruição na própria posição (Fig
4-7).
2) Quando a situação permitir a escolha da forma de
manobra, o desbordamento será preferível face às vantagens por ele
proporcionadas na aplicação do poder de combate. A abordagem do
dispositivo inimigo pelo flanco multiplica o poder de combate do
ataque principal. O inimigo é forçado a combater simultaneamente em
duas ou mais direções, provocando o engajamento de suas forças no
contato e em profundidade ao mesmo tempo.
3) São condições favoráveis à adoção de uma manobra de
desbordamento:
a) O Inimigo apresentar flanco vulnerável, o que se
caracteriza por dois aspectos: existência de via de acesso que
desborde a principal posição inimiga; e, nesta via de acesso, o
inimigo deverá estar apresentando uma fraca resistência. Cabe
ressaltar que um flanco vulnerável poderá ser criado por ações
prévias (ataque secundário atraindo a reserva, por exemplo);
b) houver possibilidade de obtenção da surpresa.
4) A surpresa pode ser obtida através da mobilidade da força
desbordante, prioritariamente com o emprego de blindados, e
combinada com a realização de uma ação diversionária (dissimulação

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tática). O emprego de blindados requer boas condições de


transitabilidade ao longo do eixo de progressão.

5) O ataque de desbordamento é organizado em:


a) força desbordante (ataque principal);
b) força de fixação (ataque secundário); e
c) reserva.

6) O ataque principal é o elemento desbordante, e o ataque


secundário realiza uma ação frontal para fixar o inimigo em posição.
No escalão Btl, o desbordamento é um ataque pouco profundo, e os
objetivos, a princípio, não devem ser marcados além da penetração
do Btl inimigo. A capacidade de fixação do ataque secundário
influenciará a profundidade do ataque principal. A força desbordante
poderá receber uma zona de ação, um E Prog ou uma direção de
ataque.

Fig 4-7. O Batalhão no desbordamento

7) A força de fixação deve possuir suficiente poder de


combate para conservar o inimigo inteiramente engajado durante a
progressão da força de desbordamento. O ataque principal -
desbordante - deve atuar dentro da distância de apoio do ataque
secundário - fixação - e deve também ser apoiado pelo escalão
enquadrante. Quando houver necessidade, deve ser prevista uma
proteção de flanco para o ataque principal.
8) O movimento rápido da força de desbordamento para seu
objetivo é essencial para evitar que as reservas inimigas contra-
ataquem ou ocupem posições preparadas. Os ataques desbordante e
de fixação podem ser desencadeados simultaneamente ou não.
Quando defasados, o ataque desbordante é desencadeado mediante

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C 7 - 20 REVISADO EM Nov 2007

ordem após o ataque secundário, a fim de aumentar a surpresa e


diminuir a possibilidade de reação imediata do inimigo. A reserva
normalmente segue à retaguarda do ataque principal.
9) O Btl pode realizar um ataque de desbordamento ou ser
empregado como a força de desbordamento da Brigada.
d. Envolvimento
1) No envolvimento, a força atacante contorna, por terra e/ou
pelo ar, a principal força inimiga para evitá-la e conquistar objetivos
profundos em sua retaguarda, com a finalidade de forçá-la a
abandonar sua posição ou a desviar importantes forças para fazer
face à ameaça envolvente. (Fig 4-8)
2) A força envolvente deve ser dotada de grande mobilidade
e potência de fogo, além de outros meios de apoio ao combate, que a
tornem capaz de operar independentemente. Uma força de fixação é
empregada contra a força inimiga para impedir sua interferência
contra a força envolvente. Essas forças - envolvente e de fixação -
operam além da distância de apoio mútuo.
3) O Btl não possui meios para conduzir uma manobra de
envolvimento, porém poderá participar da força de fixação ou da força
envolvente de escalões superiores.

Fig 4-8. A DE no envolvimento

e. Infiltração
1) Generalidades
a) Conceito
- A Infiltração é a forma de manobra tática
ofensiva onde uma força é desdobrada à retaguarda de uma posição
inimiga por meio de um deslocamento dissimulado, com a finalidade
de cumprir missão que contribua diretamente para o sucesso de uma
manobra do escalão enquadrante da força infiltrante.

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b) Objetivos da Infiltração
- Atacar posições sumariamente organizadas;
- Atacar pontos fortes, reservas, instalações de
comando ou logísticas no flanco ou retaguarda do inimigo;
- Ocupar posições importantes que contribuam
com a ação principal do escalão superior;
- Conquistar terreno decisivo no contexto geral da
operação; e
- Conduzir operações de inquietação e desgaste à
retaguarda do inimigo.
c) Tipos de Infiltração
- Considerando-se o meio de transporte utilizado
pela força infiltrante, a infiltração pode ser terrestre aérea e aquática.
d) Vantagens da forma de manobra de infiltração
- Multiplicar o poder de combate, permitindo que
uma tropa seja empregada contra um inimigo de maior poder de
combate;
- Menor número de baixas, desde que mantido o
sigilo e obtida a surpresa;
- Possibilidade de garantir posse de região vital
em profundidade com rapidez, desarticulando o sistema defensivo do
inimigo no escalão considerado;
- Possibilidade de desorientar e desorganizar
inimigo voltado para o combate linear.
e) Tropas aptas a realizar a infiltração
- As unidades de infantaria leve, de montanha,
pára-quedista, de selva e motorizada são as tropas mais aptas a
realizarem a infiltração, considerando-se suas peculiaridades de
emprego e os respectivos ambientes operacionais.
- Os escalões batalhão de infantaria ou menores
são os mais adequados às operações de infiltração.
2) Fatores de emprego
a) Qualquer que seja o escalão executante, há fatores
que favorecem a realização da infiltração, tais como:
- existência de faixas de terreno em que a
observação e vigilância inimigas sejam limitadas, permitindo a
ocultação do deslocamento da força infiltrante (matas, pântanos,
áreas alagadas, etc) ;
- disponibilidade de tempo suficiente para a
infiltração da tropa com os meios de deslocamento disponíveis;
- condições de restrição de visibilidade como
nevoeiros, períodos noturnos sem luar, precipitações pluviométricas,
etc;
- inimigo apresentar dispositivo defensivo
disperso, com intervalos não ocupados ou vigilância deficiente;
.
3) Medidas de coordenação e controle
a) Na realização desta forma de manobra, o
comandante do batalhão empregará várias medidas de coordenação,
determinadas por este ou impostas pelo escalão superior,

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EB70-MC-10.376

4.5.2.5 Ataque Contra uma Força Estacionária

4.5.2.5.1 Um ataque de oportunidade contra uma força estacionária é iniciado


após as tropas em contato realizarem o reconhecimento da força inimiga para
delimitar seus flancos e encontrar falhas no seu dispositivo que possam ser
exploradas pela FT. A busca de informações deve ser feita com rapidez para
que a FT não perca a iniciativa.

4.5.2.5.2 O assalto é realizado, sempre que possível, embarcado. Em função


do terreno ou da situação tática, um ataque embarcado pode não ter condições
de sucesso ou ser impraticável. Nesse caso, um assalto desembarcado dos
Fuz Bld é realizado para destruir o inimigo. Os CC e as demais viaturas
blindadas apoiam pelo fogo, deslocando-se para o objetivo quando os fuzileiros
iniciarem a sua consolidação.

4.5.2.5.3 Em ambos os casos, o estudo dos fatores da decisão dá ao Cmt as


respostas que melhor atendam à situação apresentada, sendo que o fator
tempo é determinante para o planejamento e execução do ataque de
oportunidade.

Fig 4-6 – Esquema de manobra de um Ataque de Oportunidade

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EB60-ME-11.401

CAPÍTULO III
OPERAÇÕES

3.1 OFENSIVA 3.1 OFENSIVA


3.2 DEFENSIVA
3.3 AÇÕES COMUNS ÀS OPERAÇÕES
BÁSICAS
3.1.1 INFILTRAÇÃO 3.4 ÁREAS A SEREM OCUPADAS POR
TROPAS EM ZONA DE REUNIÃO
As velocidades para o cálculo da infiltra- 3.5 TEMPOS
ção são as seguintes: 3.6 VELOCIDADES
- velocidade média de infiltração do ERS: 3.7 PODER RELATIVO DE COMBATE
250 m/h; (PRC)
- velocidade média de infiltração da tropa 3.8 OPERACIONALIDADE
valor GC: 500 m/h; 3.9 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E ME-
- velocidade média de infiltração da tropa TEOROLÓGICAS
valor Pel: 400 m/h; e 3.10 MARCHAS ADMINISTRATIVAS
- velocidade média de infiltração da tropa 3.11 OPERAÇÕES CONTRA FORÇAS
valor Cia: 300 m/h. IRREGULARES
3.12 OPERAÇÕES TIPO POLÍCIA
3.13 EFETIVO DAS FORÇAS LEGAIS
3.14 EFETIVO DAS FORÇAS DE GUER-
3.1.2 FRENTE IDEAL DE ATAQUE RILHA
Natureza Elemento Frente (km) Obs
Pel Fzo Mtz e L 0,15 a 0,3 (1)
Pel Fzo Bld e Mec 0,2 a 0,4
Cia Fzo Mtz e L 0,3 a 0,8 (1)
Cia Fzo Bld e Mec 0,5 a 1
Infantaria BI Mtz e BIL 1a2 (1)
BIB e BI Mec 1,5 a 4,5
Bda Inf Mtz e Bda Inf L 3a6
Bda Inf Mec 4a8
Bda Inf Bld 4a8
Pel Fzo Bld 0,2 a 0,4 (2)
Pel C Mec 0,2 a 0,4
Pel CC e Pel CC (SR) 0,2 a 0,4
Esqd Fzo Bld 0,4 a 1 (2)
Esqd C Mec 0,4 a 1
Cavalaria Esqd CC e Esqd CC (SR) 0,4 a 1
RCB 1,5 a 4,5
R C Mec 1 a 2,5
RCC e RCC (SR) 1,5 a 4,5
Bda C Mec 2,5 a 7
Bda C Bld 4a8
FT SU Variável (3)
Força-Tarefa
FT U Variável (4)
Observações
(1) Em casos excepcionais, utilizar os mesmos dados para a Inf Sl, Inf Fron e Inf Pqdt.
(2) Em casos excepcionais, utilizar os mesmos dados para a Cav Sl, Cav L e Cav Pqdt.

3-1

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