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O BATALHÃO DE INFANTARIA
ÍNDICE
Secções:
Secções:
I - Generalidade II-1
II - Organização para o combate II-1
Secções
CAPÍTULO 4 – OFENSIVA
Secções;
I - Generalidades IV-1
II - Fundamentos da Ofensiva IV-2
III - Manobra IV-4
IV -Operações Ofensivas IV-13
V - Planeamento do Ataque IV-26
VI -Conduta do Ataque IV-39
VII - Operações Ofensivas especiais IV-43
VIII - Operações Ofensivas em condições Especiais IV-47
CAPITULO 5 – OPERAÇÕES DE DEFESA
Secções
I - Generalidades V-1
II - Técnicas de Defesa V-4
III - Estrutura de Defesa V-9
IV - Fundamentos da Defesa V-15
V - Planeamento da Defesa V-17
VI - Preparação da Defesa V-21
VII - Conduta da Defesa V-24
VIII - Condições específicas de Defesa V-26
IX - Outras missões defensivas V-43
Secções
I- Generalidades VI-1
II - Rotura de Combate VI-1
III - Acção Retardadora VI-10
IV - Retirada VI-23
Secções:
I- Generalidades VII-1
II - Rotura de um Cerco VII-2
III - Operações de Junção VII-8
IV - Passagem de Linha VII-11
V- Rendição na Posição VII-15
Secções:
I - Generalidades VIII-1
II - Apoio de Fogos VIII-1
III - Planeamento de Fogos VIII-4
IV -Outros apoios de Combate VIII-17
Secções
I - Generalidades IX-1
II - Logística IX-4
III - Gestão do apoio Logístico IX-17
IV -Emprego do Apoio de Serviços IX-19
V - Apoio Administrativo IX-29
Secções:
ANEXO D – OBSTÁCULOS
ANEXO I – ABREVIATURAS
CAPÍTULO 1
Generalidades. Não há uma forma única para vencer as guerras. Nem sempre se assegura a vitória
derrotando o inimigo no campo de batalha. As Nações têm outros instrumentos de coacção que
influenciarão ou mesmo determinarão o resultado das guerras. Contudo, as guerras não se vencem
sem querer Nacional e forças militares capazes de o executar. Embora o sucesso das operações
militares não garanta a vitória, elas são uma parte indispensável para se vencer. Este manual tem
como finalidade de mostrar como se podem vencer campanhas e batalhas.
Os Exércitos, nos anos vindouros, poderão ter de combater num sofisticado campo de batalha
apoiados em infraestruturas de comunicações, de defesa aérea, logística e portos. Ou, num campo de
batalha relativamente pouco sofisticado, onde ele terá que criar essas infraestruturas ou optar
combater sem elas. Os exércitos devem preparar-se para combater forças ligeiras bem equipadas. tais
como movimentos de insurreição apoiados pelo exterior, ou grupos terroristas sofisticados. Em áreas
de maior interesse estratégico, podem- se esperar combates de maior âmbito e intensidade do que
anteriormente verificadas, sendo de prever o uso de armas nucleares e químicas. Tais batalhas serão
provavelmente, intensas letais e onerosas. Para vencer, deverão ser coordenadas todas as forças
militares disponíveis, na prossecução de objectivos comuns. Deve-se manter a iniciativa e
desorganizar a capacidade de combate do nosso oponente, em profundidade, com ataques à sua área
da retaguarda, eficaz potencial de fogo, e manobras decisivas. O Soldado, as Unidades, devem
preparar-se para tais batalhas, e os conceitos operacionais do Exército deverão possibilitar vencê-las.
Os quatro desafios básicos para o Exército serão então: o Campo de Batalha, a Acção de
Comando, a Prontidão e a Instrução.
No moderno campo de batalha, o Exército enfrentará um inimigo que espera garantir um rápido
movimento durante a ofensiva, e que provavelmente utilizará todo o tipo de armas de que dispõe.
As hostilidades não terminarão apenas porque se pára, ou restringe, o ataque terrestre inicial do
inimigo. Devemos estar preparados para combater em acções de considerável movimento,
completadas com imenso volume de fogos, e dificultadas pelo constante aumento de emprego de
armas sofisticadas e letais, utilizadas em áreas de grandes dimensões.
As forças oponentes raramente combaterão de forma ordenada, ao longo de linhas distintas. A
concentração maciça de tropas, ou de imensos fogos de destruição, provocarão penetrações
inevitáveis. Isto significa que a guerra linear será, na maior parte das vezes, uma situação
temporária, sendo na generalidade confundida a definição entre as áreas da retaguarda e as áreas
da frente. Por isso as forças de manobra, os fogos convencionais, nucleares e químicos, as acções
irregulares, os reconhecimentos agressivos, a vigilância, o esforço na aquisição de objectivos e a
guerra electrónica, deverão ser orientados, para as áreas avançadas e da retaguarda das forças
oponentes.
b. Sistemas Letais.
c. Sensores e Transmissões
Cada vez mais aumenta o número de países com capacidade para produzir e empregar armas
químicas e nucleares, e tudo parece que desejam empregá-las. Assim pode prever-se o combate
em tal ambiente, onde as armas químicas e nucleares representam um perigo real, havendo que
organizar, equipar e treinar forças, para enfrentar estes desafios específicos do campo de batalha
integrado. As armas nucleares tácticas, mudarão drasticamente a relação entre o fogo e a
manobra.
No moderno campo de batalha, os fogos nucleares podem tornar-se a expressão predominante do
potencial de combate, enquanto que pequenas forças tácticas poderão explorar os seus efeitos. Os
efeitos destruidores dessas armas, aumentam o ritmo do combate decisivo. Os combates serão
curtos e violentos e as Batalhas decisivas poderão demorar horas, em vez de dias ou
semanas.
e. Comando e controlo
Ao mesmo tempo que a batalha exige melhor e mais eficaz comando e controlo, as modernas
contramedidas electrónicas podem tornar esta tarefa mais difícil do que em batalhas anteriores.
Os Comandantes enfrentarão dificuldades em determinar o evoluir da situação. Pequenas
unidades terão muitas vezes de combater sem um conhecimento seguro acerca da situação da
unidade como um todo. A guerra electrónica, a vulnerabilidade dos meios de comando e controlo
e as acções de combate altamente móveis, exigirão uma elevada capacidade de iniciativa dos
Comandantes subordinados. O Comandante que for capaz de continuar a exercer um comando e
controlo eficaz no campo de batalha, possuirá uma vantagem decisiva sobre o seu oponente.
f. Sistemas Aéreos
A mobilidade e o potencial aéreo alongarão a batalha a novas profundidades, para todos os meios
de combate. Uma defesa aérea eficaz ou a superioridade aérea por parte de um dos oponentes,
poderá representar uma vantagem significativa na conduta das operações.
g. Apoio Austero
O Exército deve estar preparado para combater com longos e vulneráveis linhas de apoio
logístico. Poderá ter que combater sobrecarregado logisticamente, contra um inimigo com linhas
de reabastecimento significativamente mais curtas.
Os apoios planeados para a frente de combate, a partir das áreas da retaguarda, poderão estar
sujeitos a ataques de terrorismo, de subversão, de forças aerotransportadas, aeromóveis ou
anfíbias, ou ainda de fogo convencionalmente de longo alcance, químicos ou nucleares.
i. Combate Urbano
A natureza fluida da guerra moderna colocará a tónica de acção de comando, na coesão da unidade
na sua eficácia em operações independentes. As condições do combate, no próximo campo de
batalha, serão menos condescendentes em erros cometidos, e mais exigentes quanto à perícia de
comando, à imaginação e à flexibilidade, do em qualquer outro período da história. Todos os estudos
apontam no sentido de que os soldados combaterão decididamente, quando conhecem e respeitam os
seus chefes directos, e sentem que são parte de uma boa unidade.
As forças a deslocar para a frente de combate, poderão ter que combater e que se empenhar com
pouco de pré-aviso. Outros componentes da força, poderão ter apenas dias ou semanas para efectuar
os preparativos finais para a guerra. Os Comandantes devem ter planos eficazes para esses dias ou
semanas e devem treinar antecipadamente, para o cumprimento de missões específicas. Eles devem
assegurar que cada oficial, sargento e soldado, está individualmente preparado para combater e é
capaz de cumprir a sua função como parte da unidade.
A prontidão da unidade poderá nunca ser conseguida sem uma eficaz prontidão logística, a
disponibilidade e o adequado funcionamento do material, recursos, a disponibilidade de sistemas
para manter e apoiar continuamente as operações, num campo de batalha carente de meios, fluido e
destrutivo. A instrução para as unidades de apoio é tão importante como a instrução das unidades
combatentes, devendo elas ser intensa e eficientemente treinadas, em condições semelhantes às que
são previsíveis em combate.
0104 . INSTRUÇÃO
Os soldados devem estar preparados para combater, quer técnica, quer psicologicamente. A instrução
é a pedra angular do sucesso. A instrução é um trabalho a tempo inteiro para todos os comandantes
em tempo de paz, e continuado em tempo de guerra, nas zonas de combate, tendo em vista outras
missões e operações futuras. No dia da batalha, os soldados e as unidades combaterão melhor ou
pior, de acordo com a instrução recebida.
Os soldados recebem a maior parte da sua instrução nas próprias unidades, porque aí podem ser
melhor instruídos, quer individualmente, quer como elementos de equipas, sob condições que se
aproximem das de combate. A instrução da unidade apontará para o desenvolvimento da máxima
eficiência com armas combinadas e de apoio. Logo que a unidade tenha atingido níveis essenciais da
instrução, os comandantes deverão rever as mesmas tarefas sob condições mais difíceis, simulando,
tão próximo quanto possível, as condições e os aspectos fulcrais do moderno campo de batalha. A
instrução das unidades deverá incluir o trabalho de equipa para as armas combinadas e de apoio,
uma vez que é mais eficaz que a instrução em separado. A complexidade do combate moderno torna
cada vez mais relevante a instrução das unidades, sendo de particular importância a formação dos
Comandantes dos baixos escalões e das guarnições. Os que operam o sistema de armas têm de ser
tão competentes como os que comandam os baixos escalões. Os comandantes devem procurar o
equilíbrio entre a instrução dos soldados Os Comandantes devem procurar o equilíbrio entre a
instrução dos soldados e dos comandantes subordinados. Devem gastar tempo para instruir os
Comandantes subordinados, conquistando a sua confiança e ensinando-lhes a exercitar a iniciativa,
antes de tentarem cumprir tarefas colectivas complexas. Tal prática garantirá eficiência, quer ao
soldado, quer à unidade, bem como confiança e moral elevado.
essencial de qualquer batalha em que o Exército tenha de combater. O Exército pode vencer estes
desafios. Os Exércitos vencem, gerando potencial de combate superior nas batalhas, ao longo das
campanhas. Este poder de combate superior, depende de três fundamentos. Primeiro e acima de tudo,
depende de bom pessoal, soldados com carácter e determinação de vencer; eles não aceitarão
facilmente a derrota. Em segundo lugar, depende dos meios julgados suficientes para o cumprimento
da missão atribuída. Em terceiro lugar, depende da coerência e compreensão dos conceitos práticos
para combater.
As características do moderno combate tornam imperativo que o Exército lute como parte
de uma equipa, com os outros ramos das Forças Armadas, sendo também importante que os
Comandantes se preparem a si próprios, para combater ao lado de forças de uma ou mais Nações
Aliadas. O trabalho de equipa em operações combinadas, deverá ser um ingrediente:
SECÇÃO III – CONCEITOS OPERACIONAIS
0105 . INICIATIVA
0106 . PROFUNDIDADE
A profundidade, importante para todo o tipo de operações, refere-se ao tempo, distância e meios. O
impacto do ataque e a elasticidade da defesa, derivam da profundidade. O conhecimento do tempo
necessário para o deslocamento das forças, quer amigas, quer inimigas, é fundamental para se saber
como empregar o fogo e a manobra para destruir, desorganizar ou retardar o inimigo.
Os Comandantes devem utilizar toda a profundidade do campo de batalha para atacar o inimigo,
impedi-lo de concentrar os seus fogos e manobrar as suas forças para o local por ele escolhido. Os
Comandantes necessitam também de espaço adequado para disporem
as suas forças, tanto para manobrar como para dispersar.
A profundidade dos meios diz respeito ao número de homens, sistemas de armas e material, que
proporcionam flexibilidade ao Comandante e aumentam a sua influência sobre extensas áreas. Os
Comandantes necessitam de profundidade, tempo, espaço e meios, para contrariarem as acções
inimigas, combatendo as suas forças em contacto e atacando as suas forças na sua área da
retaguarda.
A batalha em profundidade deverá retardar, desorganizar ou destruir as forças inimigas, ainda não
empenhadas, por forma a poderem ser destruídas. A batalha em profundidade está estreitamente
ligada com o combate próximo, envolvendo todas as armas, unidades e meios de vigilância,
contribuindo para a satisfação do objectivo global do Comandante. Quando se combate um inimigo
escalonado, tais operações podem ser vitais para o sucesso.
As reservas desempenham um papel fundamental para se obter flexibilidade e profundidade. Em
qualquer tipo de combate, é importante a decisão do Comandante sobre a dimensão, composição e
posicionamento das suas reservas.
São empregues em acções decisivas, logo que o inimigo se tenha empenhado completamente, ou
tenha revelado uma vulnerabilidade.
Finalmente, os Comandantes devem estar preparados para lutar contra forças inimigas
aerotransportadas ou aeromóveis que ataquem as suas retaguardas. Devem assegurar-se que as suas
unidades de apoio de serviços podem sobreviver a ataques nucleares e químicos e ainda apoiar o
ritmo rápido do combate.
0107 . FLEXIBILIDADE
A flexibilidade exige formação adequada, espírito decidido, chefes flexíveis que possam actuar
mais rapidamente que o inimigo. Eles devem aperceber-se de imediato das alterações da situação
e decidir no sentido de evitar os pontos fortes do inimigo, e atacar as suas vulnerabilidades. Assim,
sempre que o inimigo inicia uma acção, uma reacção se lhe deve opor, como resposta, por forma a
alterar-lhe os seus planos, tornar a sua acção ineficaz, descoordenada e dividida e, eventualmente,
causar a sua destruição.
Uma organização flexível é determinada pela sua estrutura básica, de equipamento e sistemas. As
unidades devem ter uma correcta combinação de efectivos e equipamentos, para cumprirem as
missões atribuídas. A missão, inimigo, terreno, meios e tempo disponível (MITM-T) deverão
orientar qualquer organização, quer seja permanente ou temporária.
A flexibilidade mental, necessária para se combater num campo de batalha dinâmico é muito difícil
de descrever, embora fácil de conseguir.
O Exército deve orgulhar-se da capacidade dos seus soldados em pensarem por si próprios, verem e
reagirem rapidamente, face a alterações de situação. A flexibilidade mental deve ser desenvolvida
durante a educação militar dos soldados e mantida, posteriormente, através da instrução colectiva.
0108 . SINCRONIZAÇÃO
0109 . PROTECÇÃO
0110 . FOGO
0111 . MOVIMENTO
0112 . LIGAÇÃO
CAPITULO 2
ORGANIZAÇÃO DO BATALHÃO
SECÇÃO I – GENERALIDADES
0201. COMPOSIÇÃO
Um Batalhão de Infantaria está organizado e equipado por forma a que possa cumprir as suas
missões. Por um lado, ele tem capacidade para enfrentar regimentos inimigos, utilizando o alcance
máximo das suas armas orgânicas e de apoio; por outro lado é suficientemente pequeno por forma a
que o Comandante possa pessoalmente comandá-lo e imediatamente influenciar a sua acção no
combate.
0202. TIPOS
a. Infantaria
c. Infantaria Aerotransportada
0203. POSSIBILIDADES
. Deslocar-se a pé, de viatura, ou de avião ou ser transportado em cima dos carros de combate.
. Empregar os fogos directos e indirectos orgânicos, manobrar para derrotar as forças inimigas,
destruir blindados inimigos, aviões, artilharia e posições organizadas.
0204. LIMITAÇÕES
. Vulnerabilidade aos fogos. A menos que cavem abrigos ou consigam outra protecção, eles são
também às radiações nucleares, biológicas e químicas (NBQ).
A organização para o combate destina-se a atribuir elementos aos comandos subordinados. Estes
elementos podem ser dados em reforço, colocados em apoio directo ou sob o controlo operacional.
(Ver Cap. 3 Secção I)
Os Comandantes de Brigada e de Batalhão devem conhecer perfeitamente as possibilidades e
limitações das unidades que eles têm disponíveis para fazer a organização para o combate. Se são
atribuídos ao Batalhão elementos não orgânicos, ou se o Comandante de Batalhão deseja reorganizar
os seus elementos, deve ter em consideração a relação de comando e controlo, na atribuição daqueles
elementos. A relação de comando e controlo ou o método de emprego para as unidades subordinadas
não pode ser mais restritivo do que aquele que foi estabelecido para o Batalhão. Por exemplo, uma
Secção de Engenharia não pode ser atribuída às Companhias de manobra se o Pelotão de Engenharia
foi colocado em apoio directo do Batalhão. Ao fazer isto, o Comandante de Batalhão teria de
assumir o comando das Secções, não tendo comando sobre o Pelotão.
ORGANIZAÇÃO DO BATALHÃO
CCS CompApComb
Fig 2-1
ORGANIZAÇÃO SUMÁRIA DO BATALHÃO DE INFANTARIA
PESSOAL
Oficiais 39
Sargentos 142
Praças 704
Total 885
ARMAMENTO
MGACar
MGACarPes 12
MGACarMed (a) 27 (a)
VIATURAS
A organização para o combate é feita após se ter feito a análise da Missão, do Inimigo, do Terreno,
dos Meios e do Tempo disponível (MITM-T), os quais são discutidos detalhadamente nos capítulos
3, 4 e 5. Os factores do MITM-T podem ser usados como uma orientação na organização para o
combate na maioria das operações. Para operações especificas, veja-se a organização para o combate
no capitulo próprio.
a. Missão
. Qual a organização para o combate que melhor apoiará o plano táctico e o cumprimento da
missão?
b. Inimigo
. Que forças inimigas se nos opõem? Qual a sua organização? Composição (infantaria ligeira,
carros de combate, etc.)? Armas? Dispositivo (em posição preparadas, em posição fortificadas,
em deslocamento, etc.)? Possibilidades? Limitações?
d. Terreno
. Que tipo de terreno será encontrado? A organização para o combate é adequada ao terreno,
condições meteorológicas e de luz?
. Quantos pelotões de manobra (infantaria ou carros de combate) são necessários para cumprir a
missão?
. Cada companhia de manobra tem pelo menos dois pelotões e não mais do que cinco? (os
pelotões de manobra não deverão ser trocados entre as companhias).
. Cada companhia de manobra tem apoio de serviços de que necessita para se manter por si só até
cumprir a missão? Munições? Serviço de Saúde? Combustíveis e lubrificantes? Viveres?
. Há tempo disponível para que as unidades atribuídas recebam instruções, se desloquem para as
suas novas unidades, e sejam incorporadas no plano táctico?
. Foram previstas as missões e tarefas futuras para que haja um mínimo de mudanças mais tarde?
Os meios do Batalhão são organizados em diversos sistemas que devem operar em conjunto.
a. Sistemas de Manobra
O Batalhão tem os seus próprios morteiros, e normalmente dispõe de artilharia em apoio. Podem
também ter à sua disposição apoio aéreo-táctico e apoio naval. Veja capítulo 8
d. Sistema de Informações
São escassos os meios de pesquisa de notícias, orgânicos do batalhão são o Pelotão de
Reconhecimento, patrulhas de combate e outros elementos das companhias. O Batalhão depende
da Brigada para a obtenção oportuna de notícias e que ultrapassam a sua capacidade de pesquisa.
Mort
OfInf-OfOp
Rec
ApAerTact
SISTEMASISTEMA
CMDT Patr
Art PO
DE
At BAT SecDefAA
OfOp-CAt
OfOp
DEFESA DEFESA
SISTEMA MANOBRA
CC Vulcan
HeliAtq
AACarPes OfOp
AA
ENGENHARIA DE COMB
Transposições
MinasFig 2-3
AA
Dispersiveis (FASCAM)
CAPITULO 3
SISTEMA MOBILIDADE/CONTRAMOBILIDADE
COMANDO E CONTROLO
GENERALIDADES
Comando é a autoridade exercida por um Comandante, sobre os seus subordinados, em virtude do seu posto
e função. Inclui a responsabilidade pela utilização eficiente, dos meios disponíveis e pela organização,
direcção, coordenação e controlo do emprego de forças militares no cumprimento da missão atribuída. As
características do moderno campo de batalha, com tendência para, cada vez mais, aumentar a mobilidade, o
poder de fogo e a ameaça de (e capacidade para) destruições em massa, bem como a velocidade e o tempo
com que se desenrolarão as acções futuras, exigem um alto grau de flexibilidade no exercício do comando.
O Comandante deve tomar decisões rápidas e executá-las energicamente. As solicitações que, durante o
combate são feitas ao Comandante, podem impedi-lo de pessoalmente acompanhar ou directamente super
visar a execução de todas as tarefas, em tempo e na forma conveniente. Então, para cumprir a sua missão,
deve conduzir as operações através da cadeia de comando e do seu EM. O comando eficiente exige que o
Comando e o seu EM sejam uma equipa, em que o EM funciona como prolongamento do Comandante.
a. Autoridade
b. Chefia
O Comandante deve estar permanentemente sensibilizado para o estado físico e mental das suas
tropas, devendo aperceber-se das tensões e pressões do combate. As suas acções devem inspirar e
motivar o seu comando, para se obter o sucesso, não obstante as condições adversas. Deve provar
às suas tropas que os sacrifícios e as dificuldades não são desnecessariamente impostas e que está
interessado no seu bem estar.
A cadeia de comando é formada pelos sucessivos comandantes através dos quais o Comandante de
Batalhão exerce a sua acção de comando. As operações militares exigem uma perfeita adesão a esta
cadeia de comando. Contudo, em condições invulgares ou extremas, tais como uma penetração
inimiga na defesa do Batalhão, o Comandante pode achar conveniente ultrapassar alguns escalões da
cadeia de comando. O Comandante que ultrapassa a cadeia de comando assume a responsabilidade
das ordens dadas, informando o Comandante ultrapassado das acções tomadas. A cadeia normal de
comando é restabelecida logo que as condições o permitam.
Em algumas ocasiões, a parda de ligações pode ocasionar que os comandantes subordinados não
recebam ordens. Neste caso, os elementos subordinados devem agir como eles pensam que o seu
Comandante actuaria. Devido a este facto, é imperioso que os elementos subordinados sejam
informados da “visualização do combate” e das intenções do Comandante deve indicar a sucessão do
comando, desde a ausência temporária até à perda completa do Comandante e do EM.
a. Elemento Atribuído
b. Elemento de Orgânico
Um elemento orgânico de uma unidade é aquele que lhe está atribuído com carácter permanente,
em meios e pessoal, constituindo uma parte dos seus QOM. O Comandante tem autoridade
completa sobre os comandos das unidades subordinadas.
c. Elemento de Reforço
Unidade, meio ou conjunto de meios atribuídos a um comando que sobre eles passa a dispor de
total autoridade e responsabilidade, em relação ao seu emprego, e que são mantidos nesta situação
até final da operação para que especificamente tenham sido atribuídos, ou até final do período
fixado pelo escalão superior. O aspecto acabado de mencionar tem particular importância, uma
vez que permite o planeamento firme da aplicação dos reforços recebidos pelo comando que dos
mesmos passa a dispor, já que só em circunstâncias absolutamente excepcionais, e mediante aviso
prévio, poderão ser retirados por decisão superior. Qualquer reforço, a partir do memento em que
fica à disposição do comando a que é atribuído, consta nos efectivos a este subordinados, como se
de meio orgânico se tratasse. Isto inclui responsabilidades de apoio de serviços, disciplina,
instrução e operações. Contudo, a responsabilidade sobre as transferências e promoções continua
a pertencer à unidade que fornece o reforço. O reforço é a relação de comando mais ampla de uma
unidade de apoio por parte do Comandante reforçada, mas impõe-lhe um peso administrativo-
logistico à sua unidade. Unidade de igual escalão não são, geralmente, dadas de reforço uma à
outra, com excepção das unidades de artilharia.
Quando a uma unidade é cedido um elemento sob controlo operacional, o Comandante tem, sobre
ele, autoridade para dar ordens de modo a poder cumprir missões ou tarefas especificas,
normalmente limitadas (pela natureza, tempo ou localização), para montar o dispositivo com as
unidades envolvidas e para conservar o controlo táctico dessas unidades. Não inclui a autoridade
para utilizar separadamente os elementos que constituem as unidades envolvidas, nem tão pouco
comporta em si o controlo administrativo-logistico.
e. Comando Operacional
As relações de apoio são estabelecidas para definir relações e responsabilidades específicas entre a
unidade apoiada e a unidade apoiante.
a. Apoio directo
Uma unidade em apoio directo (A/D) de uma força dá prioridade de apoio àquela força. A unidade
apoiante responde a pedidos de apoio directamente da força apoiada, pode estabelecer ligação e
transmissões com ela, e fornecer-lhe concelho técnico. A unidade em A/D não tem relações de
comando com a força apoiada. Contudo, em algumas circunstâncias, tais como no caso de um
Pelotão de Engenharia ou de uma Secção de Defesa Aérea, o Comandante de Batalhão pode
retribuir parte destes elementos (secções e equipas, neste exemplo) tendo em atenção empregá-las
mais eficazmente.
b. Apoio Geral
Uma unidade em Apoio Geral (A/G) fornece apoio à força como um todo e não a qualquer
subdivisão da força apoiada. As subdivisões/unidades subordinadas podem pedir apoio através do
comando do seu escalão superior, mas somente o comando da força apoiada pode determinar
prioridades e indicar missões à unidade em A/G.
SECÇÃO II – O COMANDO E AS RELAÇÕES DE ESTADO MAIOR
O EM não reúne em si qualquer autoridade. A sua autoridade é estabelecida pelo Comandante e deve
ser exercida em seu nome.
Compete ao EM preparar estudos, planos e ordens. O EM actua dentro da orientação e conceito do
Comandante. Na ausência de qualquer orientação, o EM recorre ao Comandante. Se o Comandante
não está disponível, eles actuam por sua iniciativa em antecipação à intenção do Comandante.
O Comandante e o seu EM devem ter confiança e respeito mútuos. Contudo, o Comandante deve
preservar a sua identidade e conservar a sua perspectiva para garantir respostas prontas às ordens.
Na sua relação com os comandantes subordinados, o EM trabalha com espírito de servir, cooperação
e apoio. Ele transforma a decisão do Comandante em directivas claras e atempadas, mantém-se a par
da situação, informa o Comandante, os comandantes subordinados e as unidades adjacentes.
O Comandante assegura-se de que o contacto directo entre ele e os seus comandantes subordinados
não é obstruído pelo seu EM.
0308. COMPOSIÇÃO
a. Comandante de Batalhão
O Comandante comanda todos os elementos do Batalhão, incluindo os que foram atribuídos. Ele
actua sob as ordens do Comandante da Brigada, e tem acesso a ele em qualquer altura.
Para tirar o máximo rendimento da organização flexível do Batalhão, o Comandante deve
conhecer profundamente as operações das armas combinadas. O Comandante deve tomar decisões
atempadas e ser capaz de executar uma operação com uma missão tipo ordem, a qual exige
iniciativa e julgamento profissional, na sua execução. Por seu turno, ele fornece aos seus
subordinados a orientação necessária às suas operações, permitindo-lhes liberdade de acção na
implementação das suas ordens. O Comandante deve estar atento para explorar as oportunidades
de obter resultados decisivos que surjam durante o combate.
b. Sargento Chefe
O Sargento Chefe é o Sargento mais antigo do Batalhão. Ele actua em nome do Comandante
quando se relaciona com os outros sargentos do Batalhão, e é o principal conselheiro do
Comandante em assuntos relativos a sargentos e praças. Não e um administrador mas conhece
perfeitamente as funções administrativas, logísticas e operacionais do Batalhão. Mantém um
contacto estreito com os sargentos das unidades subordinadas e de reforço, e ajuda-os a melhorar
a execução dos seus deveres e no desenvolvimento dos seus conhecimentos profissionais. É um
militar com conhecimento profundo do Batalhão, como tal, a sua atenção deverá centralizar-se na
instrução e na forma como as directivas e decisões do Comandante são cumpridas.
(1)CHEFE DO EM
(2)OFICIAL DE PESSOAL
(4)OFICIAL DE OPERAÇÕES
(5)OFICIAL DE LOGISTICA
Tem responsabilidade de EM pelas acções que afectam as relações entre as forças militares, as
autoridades civis e civis na área de operações. É também responsável pelas operações
psicológicas para auxiliar a satisfação dos objectivos do comando. Na ausência de um oficial
de assuntos civis estas responsabilidades serão atribuídas ao Oficial de Operação.
(4)OFICIAL/SARGENTO QUIMICO
(5)ENGENHARIA
0310. GENERALIDADES
Para, em combate, comandar o Batalhão, o seu Comandante tem constantemente que tomar decisões.
Ele baseia as suas decisões em todas as informações disponíveis ou (se o tempo o permitir) a obter.
O Comandante, o seu EM, e a sua cadeia de comando, utilizam os procedimentos de comando e as
acções de comando e estado maior para desenvolver e executar decisões. A utilização daqueles
processos permite ao Comandante e ao seu EM, uma completa coordenação e desenvolvimento dos
estudos de EM, e a preparação de ordens detalhadas. O detalhe com que as acções são planeadas
depende do tempo disponível. Os procedimentos de comando são um processo de decisão
particularmente aplicáveis aos Comandantes de Companhia e escalões inferiores. O Comandante de
Batalhão deve estar familiarizado com os procedimentos de comando para que ele possa aplicá-los
no caso de não ter tempo para as acções de estado maior, tal como quando se confronta com rápidas
mudanças das condições de combate. Os Comandantes de escalão inferior a Batalhão utilizam os
procedimentos de comando porque não têm EM e devido à necessidade de decisões concisas e
imediatas. Os Comandantes de Companhia utilizam os procedimentos de comando para formularem
as instruções a dar aos seus subordinados, e para que a unidade possa cumprir a sua missão. As
decisões tomadas são baseadas no conhecimento pessoal da situação e nas informações disponíveis
ou prontamente obtidas.
Os passos dos procedimentos de comando são mais concisos do que os das acções de comando e
estado maior. O EM do Batalhão mantém o Comandante informado, o qual lhes dá a capacidade para
abreviar partes das acções de comando tomando assim decisões sem um estudo formal.
RELAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE COMNADO
COM AS ACÇÕES DECOMANDOE ESTADO MAIOR
1. MISSÃO RECEBIDA
3. ACÇÕES PRELIMINARES
. Difundir OPrep
. Plano Provisório
. Iniciar Movimentos
3. DIRECTIVA DE PLANEAMENTO
5. PROPOSTAS DO EM
6. DECISÃO E CONCEITO
MISSÃO CUMPRIDA
Fig 3-1
O processo de decisão é uma sequência das acções de comando e estado maior. É um processo
contínuo que se torna mais evidente quando o Batalhão tem de executar missões que necessitam de
planos pormenorizados. Porque as acções de comando e estado maior são um meio para atingir um
fim, bem como os procedimentos de comando, o Comandante de Batalhão segue-as consoante a
maior ou menor necessidade em tomar decisões oportunas.
A sequência das acções de comando e estado maior começa com a recepção da missão.
Normalmente, a missão de um Batalhão de Infantaria é atribuída pelo comando da Brigada. Na
melhor das hipóteses, o Comandante de Batalhão recebe pessoalmente a OOp, e o Comandante da
Brigada articula a missão por forma a que o Comandante de Batalhão compreenda perfeitamente a
sua intenção. Na pior das hipóteses, o Comandante da Batalhão pode receber a missão numa OOp
entregue por mensageiro.
Ao receber a missão, o Comandante de Batalhão e o seu Em trocam informação. O Comandante dá
ao EM uma Ordem Preparatória. Os elementos do EM põem em dia o Comandante sobre os assuntos
críticos, respeitantes às suas áreas de responsabilidade.
MISSÃO RECEBIDA
DIFUSÃO PLANOS/ORDENS
MISSÃO CUMPRIDA
Fig 3-2
a. Receber a Missão
Os Comandantes podem receber a missão verbalmente, através de uma OOp escrita ou através
de uma ordem parcelar. Após receber uma ordem, o Comandante começa o seu estudo de
situação e planeia o emprego do tempo disponível. Normalmente, o factor mais crítico quando
uma unidade recebe uma nova missão é o TEMPO, em especial o número de horas de
visibilidade diurna, durante o qual realiza os preparativos. O Comandante não deve desperdiçar
tempo, que tem de ser utilizado pelos seus subordinados para reconhecimentos e planeamento.
Como orientação, reserva-se um terço do tempo disponível para planeamento e deixa-se dois
terços para os Comandantes das unidades subordinadas.
O Comandante uma ordem preparatória logo que possível, de preferência, ao receber uma ordem
preparatória, ou imediatamente após a recepção de uma ordem do escalão superior. Na ordem
preparatória informa os subordinados da missão, da hora de partida, e da hora e local em que
será distribuída a ordem definitiva. Isto permite um melhor emprego do tempo disponível para
planeamento e para os preparativos. Normalmente a ordem preparatória é difundida
verbalmente. Veja o Anexo A para mais pormenores da preparatória.
O Comandante deve elaborar um plano provisório sobre a forma como ele pretende cumprir a
missão. Normalmente a missão é expressa em termos concretos de QUEM, O QUÊ, QUANDO,
ONDE e PARA QUÊ. O estudo do Comandante é baseado nos factores do MITM-T. Quando a
missão é complexa e se dispõe de tempo, poderá fazer-se um estudo mental formal. Quando há
pouco tempo, o estudo é informal e feito rapidamente. O estudo do Comandante resulta na sua
decisão de como ele concebe a operação. O conceito deve concluir um esquema de manobra e
um plano de apoio de fogos. O conceito que elabora serve de base à coordenação, ao Movimento
da Unidade, à reorganização (se necessário) e ao reconhecimento.
e. Reconhecer
Para melhor empregar as suas forças e os seus fogos, no terreno atribuído, o Comandante deve
ver esse terreno. Se possível, ele reúne-se com os Comandantes subordinados num ponto
dominante a partir do qual eles possam ver o terreno. Durante o reconhecimento, os
Comandantes devem garantir a sua própria segurança, tendo o cuidado de não se exporem à
observação e fogos do inimigo. Estas preocupações são necessárias para evitar a morte ou a
captura dos Comandantes, não revelar as intenções da unidade e evitar perda de surpresa. Isto é
particularmente importante nas operações ofensivas, quando a Linha de Contacto (LC) não está
bem definida e as posições inimigas são desconhecidas. Ocasião haverá em que o Comandante
apenas pode fazer um reconhecimento pela carta. O reconhecimento pela carta deve ser
completa pelo reconhecimento de helicóptero ou pela utilização de fotografias aéreas. Sempre
que a situação e o tempo o permitir, os Comandantes devem ir ao terreno. Durante o
reconhecimento, o Comandante confirma o seu plano provisório, ou modifica-o, para explorar as
possibilidades das armas e conferir a máxima protecção às tropas. Se o Comandante somente
pode ver uma parte da sua área de operações, então ele planeia em pormenor a operação apenas
no que respeita ao terreno observado, e planeia em termos gerais o restante, dando ordens aos
subordinados do tipo “prepara-se para”. Normalmente, o Comandante faz-se acompanhar por
alguns colaboradores, para poupar tempo e beneficiar dos seus conhecimentos, como sejam o
OAF, o OfInfo, o OfEng (se houver engenharia).
f. Completar o Plano
A maior parte das ordens são dadas verbalmente, por vezes a partir de um rascunho manuscrito
de acordo com o articulado da ordem de operações e um esboço ou transparente. Se o
Comandante de Batalhão fez o reconhecimento, normalmente dá a ordem de um local dominante
na área atribuída. Isto permite-lhe indicar e salientar determinados aspectos relevantes, no
terreno e na carta, e evita perder tempo a deslocar-se ao PC para se reunir com os subordinados,
que por seu turno, teriam então de se deslocar à frente para fazer o respectivo reconhecimento.
O Comandante tem a sua própria carta assinalada com medidas de coordenação e controlo.
Então ele pede aos seus subordinados para copiarem estas informações para as suas próprias
cartas.
Se todo o Batalhão se está a deslocar ou se está já envolvido numa operação, o Comandante
pode dar as suas ordens via rádio ou por mensageiro, ou pode reunir-se com cada um dos
Comandantes subordinados para lhe dar pessoalmente as suas instruções, enquanto a unidade
prossegue a sua actividade.
O Comandante deve ser bem claro, desde o princípio ao fim, no seu conceito da operação. Os
subordinados devem compreender como o Comandante visualiza a forma como o combate irá
ser travado e o que ele espera de cada um deles. Eles também devem compreender as tarefas dos
elementos adjacentes e de apoio. O Comandante deve também indicar-lhes quais os
procedimentos a tomar em situações previsíveis, caso percam a ligação com ele.
h. Supervisar e Aperfeiçoar
O Comandante e o seu EM devem supervisar para verificar se os preparativos para a conduta das
operações, incluindo a coordenação, a reorganização, o apoio de fogos, actividades de4
engenharia, a manutenção, o reabastecimento, o deslocamento, e outras actividades necessárias.
Á medida que a situação evolui, o Comandante deve controlar quer as actividades das forças
amigas quer as do inimigo e difundir ordens parcelares para alterar ou aperfeiçoar a operação.
Raramente uma operação será executada como inicialmente planeada. A actividade de
supervisar é contínua e é tão importante como emitir ordens.
Os planos e ordens resultam de estudos de situação. O estudo da situação táctica com a finalidade de
terminar a melhor forma de cumprir a missão, é designado estudo de situação de operações, e
quando é realizado pelo Comandante, designa-se estudo de situação do Comandante.
A elaboração do estudo da situação pode necessitar de poucos segundos ou horas, dependendo da
complexidade da missão e da situação, da experiência do Comandante e do EM, e do tempo
disponível. O estudo da situação do Comandante é mental e rápido e nele são avaliados os factores
do MITM-T que mais influenciam o cumprimento da missão. Seguindo uma sequência lógica, ele
responde (com factos ou deduções lógicas) às seguintes questões:
a. Missão
b. Situação
Que forças inimigas se nos opõem e onde se localizam? Como é o terreno e qual o partido que
dele se pode tirar? Quais são as forças disponíveis? Quais as missões das outras forças amigas?
Qual a influência das condições meteorológicos e de visibilidade?
c. Modalidades de acção
Uma M/A é um esquema de manobra exequível que permite cumprir a missão. Ela é formulada em
termos de O QUÊ (acções a executar), QUANDO (hora a que a acção ocorrerá), ONDE (a
localização da acção), COMO (meios a serem empregues), e PARA QUÊ (finalidade da acção).
As M/A podem ser formuladas genericamente ou em pormenor. Como regra, é melhor inicialmente
formular a M/A em termos genéricos e posteriormente juntar-lhe detalhes, durante a análise.
O OfOp desenvolve M/A, o OfOp tem em consideração a missão restabelecida, a directiva de
Planeamento do Comandante, qualquer M/A que o Comandante deseja que o EM dê preferência no
seu planeamento e todas as características do ambiente, no qual a missão deve ser cumprida.
O OfOp identifica os factos pertinentes da situação que afectam as possíveis M/A. Isto diz respeito à
área de operações, à situação do inimigo e à situação das nossas forças que podem influenciarem
tanto as acções do inimigo como as nossas. Na prática, o OfOp tem sempre conhecimento da maior
parte destes factos. Contudo, se for designada uma nova missão, ele normalmente necessita de rever
os seus conhecimentos sobre a situação, obter informações adicionais, e rever a sua avaliação
previsão de efeito que os novos factos podem ter na missão. Na ausência de factos ele pode fazer
suposições lógicas. Quanto melhor o OfOp conhecer as características de área de operações, a
situação do inimigo e das forças amigas, e das possibilidades do inimigo, tanto melhor será a sua
análise.
O OfInfo fornece ao OfOp a sua análise sobre as condições meteorológicas, o terreno, e outros
aspectos da área de operações. O OfOp toma em consideração a influência que estes factos tem
sobre as acções do inimigo e as acções das nossas tropas.
No que diz respeito às condições meteorológicas o OfOp dá um realce especial à visibilidade,
traficabilidade, e ao efeito das condições meteorológicas sobre o pessoal e material. Relativamente
ao terreno, toma em consideração as cinco características militares do terreno, toma em
consideração as cinco características militares do terreno, ou OCOPE: Observação e Campos de
tiro, Cobertos e Abrigos, Obstáculos, Pontos Importantes e Eixos de Aproximação.
As características sociológicas, politicas, psicológicas e económicas da área de operações são
também levadas em consideração pelo OfOp, uma vez que podem influenciar as acções do
inimigo e as das nossas forças.
O OfOp revê o seu próprio dispositivo, potencial, moral, e estado do equipamento, dos
reabastecimentos e da instrução. Ele considera isto segundo o ponto de vista da sua própria
situação, comparando-a com a situação do inimigo. Ele equaciona estes factos no potencial
relativo de combate.
c. Potencial Relativo de Combate
. As possibilidades dos apoios de fogos do inimigo, tais como nucleares, aéreos, químicos e
biológicos, são considerados em conjunto com as possibilidades de manobra do inimigo e não
separadamente.
O OfOp considera a possibilidade mais provável, que o inimigo irá adoptar. O OfInf fornece ao
OfOp as suas conclusões de qual é a M/A mais provável a utilizar pelo inimigo. Na ausência da
evidência do contrário, e se a sua unidade está a atacar, O OfOp pode presumir que o inimigo
irá defender. E se a sua unidade está a defender, ele pode presumir, para efeitos de análise, que
o inimigo irá atacar.
Os pontos fracos do inimigo, tais como um flanco exposto, que possa ser explorado, são
sempre tomados em consideração.
Exemplos de Modalidade de Acção na Ofensiva. Há muitos métodos para expressar uma M/A
na ofensiva. Uma forma simples é a de combinar eixos de aproximação com a manobra das
unidades subordinadas. Por exemplo:
Outro método de expressar a M/A é em termos de formação da força atacante. Por exemplo:
“Atacar em 01500Jun com uma formação em linha, com duas Companhias lado a lado: uma
companhia na direcção .410(7865); .450(7870); .480(7873); para conquistar .480; uma
Companhia na direcção .430(8065); .445(8070); .475(8075); para conquistar .475”
“Defender a partir de031800Nov ao longo do Rio Azul desde (073271) até (072243) ”
“Defender em sector a partir de 031800Nov, empregando uma Companhia desde (073271) até
(073280) e uma Companhia à direita até (082289); uma Companhia em reserva na região de
(070284) ”.
O OfOp fornece aos outros elementos de EM todas as M/A a serem consideradas para que eles
possam completar os seus estudos e forneçam as suas conclusões para proposta do EM.
A sequência de planeamento das operações ofensivas e das operações defensivas é dada nos
Capítulos 4 e 5. Aqueles capítulos descrevem a sequência normal do estudo de uma M/A, ou para
analisar os detalhes de uma operação, assim que se tenha adoptado uma M/A.
Todos os estudos de situação tácticos usados nos procedimentos de comando e nas acções de
comando e EM são desenvolvidos e analisados com base nos factores do MITM-T (como resumido
no Capitulo 2). A aplicação de aqueles factores, ajuda o Comandante a detectar e a isolar os
considerandos que afectam a missão. Os factores do MITM-T são considerados em cada fase do
estudo.
a. Missão
O processo de decisão analisa antes de mais, a missão. Como foi dito anteriormente, a missão
contém tarefas essenciais que têm de ser executadas. As tarefas podem ser explícitas, se estão
escritas na ordem, ou implícitas que o Comandante deve deduzir. Por exemplo, durante um
movimento para o contacto terá de transportar um rio. Então, terá de ser levado a cabo uma
operação de transposição de cursos de água. A análise da missão não determina apenas aquilo que
deve ser cumprido; ela deve também estabelecer claramente a intenção ou finalidade do
Comandante que ordenou a missão (o PARA QUÊ da operação) e as limitações (QUANDO,
ONDE, etc.) impostas pelo escalão superior.
A missão restabelecida é a base sobre a qual o restante estudo deve ser feito. Uma vez analisada a
missão, e feitas as deduções, são considerados todos os outros factores em termos do seu impacto
na missão. É por isso imperativo, que a missão seja completamente compreendido antes de se
continuarem os estudos.
b. Inimigo
O exame dos factores do inimigo pode ser imediato ou detalhado, dependendo do tempo
disponível. As considerações imediatas, podem ser:
Quem é ele?
Onde está?
Modalidades de acção prováveis – Qual a sua missão e objectivos prováveis, e como é que ele
provavelmente os cumprirá?
Os factores do inimigo devem ser examinados em ralação aos factores das nossas forças. Uma
dedução acerca do inimigo deverá resultar numa acção que as nossas forças devem levar a cabo
para deter ou derrotar o inimigo. Como os factores sobre o inimigo e as nossas forças são
examinados em conjunto, tornar-se-ão evidentes as vantagens e inconvenientes, os pontos fortes e
os pontos fracos de cada um deles. As deduções e o plano subsequente, deverão procurar explorar
as fraquezas do inimigo e negar ou minimizar as nossas, conter o forte do inimigo e tirar partido
dos pontos fortes das nossas forças.
Ao analisar quer os factores do inimigo quer os das forças amigas o Comandante de Batalhão
deverá tomar em consideração o plano da Brigada, certificando-se de que compreendem a
operação numa perspectiva global.
Uma análise do inimigo pode ser feita à luz dos seus factores MITM-T; por outras palavras, o
que ele tenta cumprir (a sua missão), que pontos fortes ou pontos fracos ele tenta ultrapassar ou
explorar (a sua análise sobre o inimigo), como ele utilizará o terreno, que forças e equipamento
tem, e quais são as suas limitações de espaço e de tempo?
Quando estuda as forças do inimigo, o OfInfo, durante as operações ofensivas, procura obter a
localização dos pelotões inimigos para que o Comandante possa organizar as suas subunidades
com um potencial que se sobreponha ao inimigo.
Ao mesmo tempo que o escalão das forças, o tipo das unidades inimigas e o seu equipamento,
devem ser comparados os sistemas de armas da infantaria. Face a unidade blindadas inimigas, as
secções de mísseis guiados pesados e emboscadas ACar, utilizando mísseis guiados médios,
podem ser colocados bem à frente. Entretanto a infantaria prepara-se para bater, em profundidade,
as unidades inimigas blindadas e de infantaria. As nossas forças tiram o maior partido de terreno
restritivo para degradar a mobilidade dos blindados e maximizar a eficácia das suas armas anti-
carro ligeiras, e armas ligeiras individuais.
Contra forças inimigas de Infantaria cujo poder de fogo não exceda o das nossas forças, as
unidades de infantaria podem iniciar a sua defesa na orla de matas para tirar o máximo partido dos
campos de tiro oferecidos por terreno mais aberto.
c. Terreno
Por observação, entende-se tudo aquilo que pode ser visto; os campos de tiro determinam
aquilo que pode ser batido. Isto refere-se tanto às forças amigas como inimigas.
Normalmente, o terreno elevado oferece boas linhas de vista e maiores campos de tiro,
especialmente importantes para o posicionamento das armas de tiro directo de longo alcance
e para bater o inimigo com fogos indirectos. Ter observação e campos de tiro é
particularmente importante para as forças na defensiva para as forças em apoio, na ofensiva.
Inversamente, as forças atacantes devem estar conscientes da observação e campos de tiro do
inimigo, para que as forças possam escolher itinerários cobertos e abrigados.
(3) OBSTÁCULOS
Ponto importante é qualquer área ou local que dá uma nítida vantagem a quem o conquistar
ou o controlar. O terreno também pode ser denominado como “decisivo” se ele tem um
grande impacto na missão. A designação de terreno decisivo vem do reconhecimento de que
o cumprimento da missão depende da sua conquista ou controlo. Os pontos importantes são
indicados no estudo de situação do Comandante ou no estudo de situação de operações.
Durante uma operação, os pontos importantes devem ser controlados pelas nossas forças.
Deve ser coberto por fogos e/ou limpo e ocupado por forças de manobra.
São considerados Eixos de Aproximação (EAprx) quer nas operações ofensivas quer nas
operações defensivas, sob o ponto de vista das forças inimigas e do inimigo.
Geralmente são considerados em termos de outros aspectos do OCOPE.
Um bom EAprx para forças de infantaria oferece um razoável grau de mobilidade com
poucos ou nenhuns obstáculos. (Contudo a utilização de terreno restritivo pode dar à
infantaria a vantagem da surpresa). Um bom eixo também oferece cobertos, abrigos e boas
linhas de comunicações e de reabastecimento.
Os EAprx inimigos são analisados mais em termos de espaço de manobra disponível e do
número de unidades que cada eixo pode conter, obstáculos que podem aí ser colocados, e os
locais onde o Comandante pode retardar, deter e derrotar o inimigo.
Para continuar a discussão do terreno como um factor do MITM-T, o Comandante deve
considerar o impacto das distâncias, por outras palavras, espaço, no cumprimento da sua
missão. Os movimentos gastam tempo e são considerados na ralação tempo necessário,
tempo disponível. As profundidades e as frentes das forças amigas e das forças inimigas
também ocupam espaço de terreno, espaço esse que deve permitir a dispersão das forças,
outra consideração importante, especialmente em ambiente NBQ.
Por isso, o tempo e o espaço estão interligados, particularmente quando há disparidade entre
a velocidade e a mobilidade dos elementos de manobra. Se houver pouco tempo, o
Comandante do Agrupamento, por exemplo, pode ter de deslocar os carros de combate como
unidade pura enquanto a infantaria os seguem. Ele também pode deslocar a unidade com a
infantaria montada nos carros. O Comandante deve utilizar todos os veículos ou aeronaves
disponíveis para sincronizar a velocidade e deslocamento dos carros de combate com a
infantaria.
Tal como o espaço, também as condições meteorológicas estão relacionadas com o terreno
como um factor do MITM-T. As condições meteorológicas afectam os homens, os
equipamentos e o terreno. As más condições meteorológicas têm mais impacto no emprego
das unidades do que quando faz bom tempo. Em temperaturas muito frias ou muito quentes, a
fadiga aumenta, reduzindo a eficiência da força.
A escuridão, o nevoeiro, a neve e outras situações de visibilidade limitada, limitam a
visibilidade no campo de batalha. Geralmente, a escuridão por si só facilita o combate, e pode
ser um recurso durante as operações. As forças com aparelhos de visão nocturna têm nítida
vantagem sobre as que não os têm. A visibilidade artificial, contudo, diminui a eficácia da
maioria dos aparelhos de visão nocturna. A infantaria pode tirar partido das más condições
meteorológicas, da escuridão e de outras condições de visibilidade limitada para se deslocar
sem ser detectada.
d. Meios
e. Tempo disponível
O tempo, como um factor do MITM-T, sendo crítico para cada fase da conduta de uma operação,
é uma das principais considerações a ter em conta na elaboração de qualquer estudo de situação.
Eis algumas considerações mais críticas a ter em atenção nos estudos de situação:
CONCEITO CONCEITO
DA CONCEITO ACTUALIZADO
OPERAÇÃO DETALHADO (VERBAL)
(ORAL E
ESCRITA)
Fig 3-3
Como foi dito anteriormente nos factores do MITM-T, é importante a distribuição do tempo
disponível, pelo Comandante. Os elementos de manobra devem ter o tempo necessário para planear e
preparar a operação, mesmo que o Comandante tenha de lhes dispensar algum tempo que ele tenha
reservado para si.
Antes do combate, o Comandante e seu EM terão de ter tempo para analisar em detalhe como ele irá
ser travado. Este processo culmina numa OOp, apresentada em linguagem lógica e acessível. Nestas
condições, o Comandante pode funcionar não apenas como entidade emissora da ordem mas também como
elemento do grupo de planeamento. O Comandante tem tempo para prestar atenção a um certo número de
pormenores.
Em circunstâncias normais de combate, o Comandante de Batalhão contará apenas com algumas
horas, ou talvez mesmo minutos, antes de executar a missão. Nestes casos a ordem será abreviada. E
provavelmente ela não será escrita, reproduzida, nem distribuída, mas deverá ser dada verbalmente sempre
que possível. O Comandante pode dar a ordem aos seus subordinados, a partir de notas, tendo por base o
articulado da OOp, de uma carta, de um transparente, ou de um esquema do terreno. Porque o tempo é
normalmente limitado, o Comandante, logo que possível, deve emitir uma Ordem Preparatória. Ele deve
informar as Companhias, o mais rapidamente possível, da nova missão e do esquema geral de manobra. Isto
permite que o 2º Comandante e os Oficiais Adjuntos das Companhias accionem o deslocamento das forças,
enquanto o Comandante e o seu EM adiantam pormenores do planeamento.
No auge do combate, O Comandante só terá tempo de acompanhar determinados aspectos da acção,
avaliar a situação, decidir e emitir ordens. Estas são ordens Parcelares, verbais e curtas, são instruções para
o deslocamento e missões das Companhias. Como as Companhias e os outros elementos do Batalhão estão
familiarizados com o conceito da operação do comandante, e com a ordem inicial, as Ordens Parcelares
devem desencadear uma reacção adequada de toda a força.
Se houver tempo disponível, o Comandante e o seu EM planeiam as operações em pormenor, de
acordo com a sequência das acções de comando e EM. Todavia, se a premência de uma acção imediata
impossibilita o planeamento detalhado, as decisões são baseadas no conceito da operação actualizado do
Comandante. Tal não significa que o EM não seja consultado nem empregue em situações de premência de
tempo. Ao contrário, a falta de tempo para realizar um planeamento pormenorizado exige maior eficiência
no trabalho de EM, de tal maneira que possibilita a continuidade das operações. Em tais condições, o EM
deve planear e executar, por sua iniciativa, as actividades consideradas de rotina, as quais têm de estar em
conformidade com o conceito da operação do Comandante. O uso de NEP tácticas, detalhadas e
actualizadas, economiza tempo, tornadas desnecessárias ordens e instruções.
O Anexo A tem exemplos de ordens emitidas pelo Comandante de Batalhão baseadas no tempo e nas
informações disponíveis.
0317. ORGANIZAÇÃO
Durante o combate, a direcção, coordenação e controlo das operações são levadas a efeito pelo
Comandante de Batalhão, o qual em conjunto com o seu Grupo de Comando (GrCmd), localiza-se
bem à frente, de onde possa ver e influenciar o combate. A direcção, coordenação e controlo do
combate são apoiadas a partir do Posto de Comando (PC) do Batalhão, e os elementos Batalhão não
directamente envolvidos no combate, são controlados pelo PC em conjugação com instruções
específicas do Comandante ou com base na sua intenção. O PC pode incluir o 2º Comandante
(CEM), elementos ou seus representantes do EM Coordenador, Oficiais do EM Técnico, OAF,
Pessoal de ligação com as viaturas e equipamentos necessários. Durante as pausas do combate, o
Comandante, acompanhado do seu GrCmd, pode voltar ao PC para planear operações futuras e
emitir ordens. O Centro de Operações Tácticas (COT), o qual inclui o OAF, está incluído na área do
PC. O apoio de fogos é coordenado no CCAF. O pessoal envolvido na coordenação do apoio de3
fogos inclui o OAF, o adjunto do OfOp, um elemento do PelMortP, o Oficial do Controlo Aéreo
Táctico (TACP), um Oficial de Ligação para apoio de fogos navais (se há apoio de fogos navais), o
Oficial NBQ, e representantes de outros meios de apoio de fogos. O OAF está normalmente
colocado no COT. Quando o GrCmd se destaca do PC, o TACP e o OAF seguem com este grupo.
A localização, funcionamento e mudança do PC estão normalmente contempladas em NEP. A
localização do PC deve ter em consideração o dispositivo das NF, do inimigo, das vias de
comunicação, da necessidade de transmissões, da situação táctica, da necessidade de espaço, de piso
consistente para viaturas e a necessidade de segurança.
No ataque, o PC deve localizar-se inicialmente bem à frente para facilitar o controlo e evitar
mudanças sucessivas. Na defesa é normalmente colocado na retaguarda do sector para evitar
mudanças face a penetrações inimigas, evitar interferências com os elementos de manobra das NF,
evitar os meios de guerra electrónica do inimigo e para minimizar os efeitos de artilharia inimiga.
O PC pode estar perto da reserva, por questões de segurança, mas o Comandante da CCS é o
responsável pela segurança imediata. Para montar esta segurança, o Comandante da CCS tem
diversas opções. A segurança pode ser montada pelos seguintes elementos:
. Pessoal da CCS
. Atiradores (Secções/pelotões das CAt)
. Pessoal do PC
. Pessoal de recompletamentos
As áreas urbanizadas são boas localizadas para o COT do Batalhão. Estas áreas fornecem bons cobertos e
abrigos da observação e dos fogos inimigos. O COT pode ser localizado numa cave ou noutro abrigo
disponível. Os veículos podem ser parqueados em garagens ou em armazéns. Pode-se manter a disciplina de
luzes tapando as janelas, o que permite trabalhar-se durante a noite com mínimo de risco. Quando não se
pode utilizar áreas urbanizadas, o COT deve-se localizar numa contra-encosta de forma a ter boa cobertura e
abrigo da observação e dos fogos do inimigo. Se possível, a área deve permitir dissimulação contra
observação e ataques aéreos. O terreno deve suportar o tráfego das viaturas e ter espaço suficiente para os
dispersar.
0318. GRUPO DE COMANDO DO BATALHÃO
OAZR
SEC OPERAÇÕES
SEC INFORMAÇÕES Cmdt Bat Grupo
CO
ElTAp FOGOS COT OfOp de
Of LIGAÇÃO OfInfo COMANDO
OAF
Cmdt CApComb PC
Cmdt Cat de
Cmdt Pel Tm Altn
Cmdt PelMortP
OAZR
Fig. 3-5
O PC de alternativa, para ser eficaz, deve estar apto a: apoiar a situação táctica; comunicar com os
escalões superior, adjacente e inferior; e ser constituído por pessoal com suficiente experiência de
forma a controlar o combate até que o PC principal fique novamente operacional.
O PC de Alternativa deve estar apto a assumir o controlo do combate, se o GrCmd e o PC ficarem
inoperacionais.
O PC de alternativa deverá estar a par da situação táctica para estar tão bem informado como o PC
Principal. O PC de Alternativa deverá manter-se em escuta rádio na rede de comando do Batalhão,
por questões de segurança, até que ele tenha de assumir as funções do PC Principal.
A organização, composição e equipamento do PC de Alternativa devem estar previstas em NEP do
Batalhão, mas a sua capacidade de instantaneamente assumir os deveres e funções do PC Principal,
sem perda de eficiência, é a preocupação fundamental da sua organização.
A secção de Quartéis desloca-se para a área do novo PC. A secção de Quartéis será normalmente
constituída por um oficial do comando (OfPess ou o Comandante da CCS), um elemento da
segurança, e representantes de várias secções de EM e das unidades que irão ocupar espaço na área
do PC. Depois do oficial da Secção de Quartéis ter escolhido o local exacto do PC, designa o local
para cada elemento e coloca guias para os elementos que vão chegando, orientando-os para as suas
áreas.
O PC normalmente desloca-se em dois escalões de forma a assegurar a continuidade das operações.
Normalmente o primeiro escalão é constituído pelo GrCmd. Enquanto o GrCmd se desloca para o
novo local e se prepara para operações, o resto do PC contínua na antiga localização, sob o controlo
do 2º Comandante. O Comandante da Brigada e, as unidades orgânicas, de reforço e de apoio são
informadas da localização exacta e a hora de abertura do novo PC. Quando o GrCmd está pronto
para operar na nova localização, 2º Comandante é informado e o resto do PC desloca-se para o novo
local. O GrCmd deve assumir todas as funções do COT até o novo PC estar estabelecido.
Durante as operações, o PC pode ser mudado frequentemente para se salvaguardar do conhecimento
da sua localização por parte do inimigo e dos fogos indirectos que o podem bater.
Por vezes o PC pode deslocar-se em bloco. Nesse caso, o comando e controlo é efectuado pelo
GrCmd.
O sistema de comunicações do Batalhão é o seu principal meio de comando e controlo das suas
operações.
Uma segura comunicação via rádio é uma forma rápida e fácil de o Comandante de Batalhão
comunicar com os Comandantes subordinados, mas os meios rádio são susceptíveis de interferências
em terreno arborizado e em más condições atmosféricas. Por isso devem-se utilizar antenas
direccionais ou controlo remoto.
Em operações estáticas, os telefones fornecem comunicações seguras entre as unidades, mas os
fios telefónicos são facilmente danificados pela artilharia, pelo tráfego de viaturas e por condições
atmosféricas adversas. Em algumas situações, podem ser necessários mensageiros para garantirem a
ligação entre Comandantes; em outras circunstâncias os sinais visuais podem ser o meio mais eficaz.
As transmissões por mensageiros tornam-se de crucial importância quando outros meios de
transmissões estão inoperacionais.
Durante as operações tácticas, normalmente o comandante desloca-se para o ponto crítico, ou para
perto dele, para que possa comunicar com as suas forças pessoalmente. Veja o Capitulo 8 e o
Anexo G para mais detalhes sobre comunicações.
SECÇÃO VIII – OPERAÇÕES DE SEGURANÇA
Deve-se manter a segurança em todas as fases se uma operação. As operações de segurança são
uma parte integrante do planeamento, da instrução da unidade e das operações de combate a todos os
escalões de comando. As operações de segurança negam informações ao inimigo sobre as
actividades das NF por forma a que as forças inimigas reajam tardiamente.
O OfOp tem a responsabilidade primária pelas operações de segurança, sendo ajudado pelo
OfInfo.
Para formular medidas de protecção para as operações de segurança, a unidade deve primeiro
realizar os seguintes passos:
. Determinar os aspectos essenciais da missão futura.
. Formular as prioridades das informações necessárias.
. Analisar os riscos.
. Determinar as necessidades de contra-m3edidas e de decepção.
. Completar uma estimativa das operações de segurança (verbal ou escrito).
. Prepara um plano de operações de segurança e/ou um plano de decepção (verbal ou escrito)
a. Contravigilância
b. Contramedidas
Medidas tomadas para eliminar ou reduzir o sistema de informações do inimigo e a sua guerra
electrónica, que ponham em perigo as actividades das NF.
c. Decepção
Medidas tomadas para criar uma falsa imagem das actividades e operações das NF.
CAPITULO 4
OFENSIVA
SECÇÃO I - GENERALIDADES
0401. DEFINIÇÃO
0402. FINALIDADE
b . Conseguir a profundidade
Conseguir a profundidade com uma reserva que possa manter o ímpeto do ataque. Antecipar-se às
reacções do inimigo e aos movimentos dos seus segundos escalões e das suas reservas. Iludir o
inimigo quanto às intenções das NF, por forma a que ele reaja demasiado tarde. Atacar em
profundidade – rapidamente - para enfraquecer as defesas inimigas em apoio mútuo, por forma a
permitir a sua derrota por partes.
c . Garantir a rapidez
Garantir a flexibilidade nas operações, que deverá ser tanto maior quanto maior for a da força a
bater. Isto impedirá que o inimigo reaja eficazmente, ou seja demasiado tarde. O Batalhão deve
surpreender o inimigo com acções rápidas e decisivas.
Conseguir e manter uma sincronização das armas combinadas, por forma a manter uma pressão
constante e violenta sobre o inimigo. Manter o impero do ataque, conseguindo a sua sincronização
entre os sistemas de combate e os sistemas logísticos. Uma boa sincronização aumenta o potencial de
combate do Batalhão e pode, mais do que tudo, compensar a falta de pessoal ou de sistemas de armas
individuais. A sincronização advém de um bom trabalho de equipa e execução perfeita de EM.
0404. INTRODUÇÃO
O sucesso do Batalhão no ataque será tanto maior quanto melhor o Comandante e o seu EM, os
Comandantes subordinados e as tropas, conhecerem e aplicarem os fundamentos da ofensiva. Estes
fundamentos, no escalão Batalhão, são:
A primeira exigência, em qualquer escalão de comando, é ver o campo de batalha. Isto significa
conhecer o inimigo, saber onde ele está a qual o seu dispositivo, conhecer as suas capacidades e
vulnerabilidades, comparadas com as do batalhão, e conhecer o terreno. O comandante de Batalhão
deve saber as possibilidades das armas do inimigo e conhecer perfeitamente a sua doutrina
defensiva. Como ele organiza a sua defesa em profundidade, como ele procura atrair o atacante para
dentro das bolsas de fogo e então contra-atacar, e como ele emprega obstáculos.
O Comandante deve estar pessoalmente envolvido na obtenção de informações. Ele analisa todos os
dados disponíveis fornecidos pelo comendo superior e procura obter mais notícias. Ele utiliza
patrulhas, radares de vigilância terrestre, e liga-se com as unidades familiarizadas com o terreno e
com o inimigo, parta obter mais informações.
O Comandante tem de conhecer todos os aspectos do terreno em que as suas forças irão actuar. Dado
que raramente consegue observar para além da elevação mais próxima, deve analisar e tirar
conclusões a partir da interpretação de fotografias aéreas e cartas.
Uma vez começado o ataque, os Comandantes subordinados seguem o avanço das suas unidades o
mais à frente possível. O Comandante de Batalhão desloca-se de ponto dominante em ponto
dominante para poder observar a actividade dos seus elementos mais avançados. “Sentindo o
combate”, ele pode alterar o ímpeto e a direcção do ataque.
Para cada situação de combate, existe uma combinação “óptima” dos sistemas de armas. Mas no
ataque, a situação muda rapidamente. Normalmente organizam-se as companhias com uma mistura
de infantaria e mísseis guiados anti carro pesados, o que torna esta organização mais flexível no seu
emprego.
Contudo, há excepções a esta estrutura. Por exemplo, se o conceito do Comandante é de penetrar
com uma Companhia enquanto as outras duas apoiam pelo fogo, ele pode manter o PelACar sobre o
controlo do Batalhão. Se não existe terreno a partir do qual as armas anti carro possam fazer tiro
eficaz, isto faz com que elas sejam retiradas às Companhias. Se houver um flanco que necessite de
forças de segurança adicionais, o PelRec poderá ser reforçado com armas anti carro.
Independentemente da organização adoptada pelo Comandante, ela tem garantia que os seus
sistemas de armas e as suas Companhias estão ajustadas à missão, ao terreno e ao inimigo que se
espera vir a encontrar. Todos os sistemas devem estar em apoio mútuo. Eles devem receber o apoio
de combate e o apoio de serviços de que necessitam. Os sistemas devem ser reorganizados à medida
que a situação evolui.
Se o inimigo não apresentar pontos fracos, pode-se criar um através da surpresa, da concentração de
fogos maciços, ou isolá-lo do apoio mútuo. O inimigo pode ser surpreendido quer pela hora, quer
pela localização, quer pela direcção do ataque, O potencial de fogos, quer directos, quer indirectos ,
pode enfraquecer uma área nas linhas defensivas. A supressão com fogos directos, de artilharia, e de
fumos, contra posições adjacentes, pode isolar a área escolhida para rotura e penetração das forças.
Atacando em períodos de visibilidade limitada também se pode isolar áreas do apoio de posições
adjacentes., A guerra electrónica, executada pela Divisão, pode também contribuir para a
desarticulação da capacidade de comando e controlo do inimigo.
Pode-se obter um potencial de combate superior concentrando forças numa frente estreita. Uma vez
que um Batalhão inimigo defenda com quatro a seis Pelotões à frente, o Batalhão poderá concentrar-
se em um, ou quanto muito dois Pelotões de cada vez, numa frente de cerca de um quilómetro.
O Batalhão investe através do ponto fraco das linhas inimigas, com toda a velocidade, potencial de
fogo, e violência que ele pode gerar. O Batalhão desloca-se com rapidez para dividir por partes a
defesa, atacando um pelotão de cada vez. Se possível as posições preparadas são ultrapassadas, e
apenas limpas, quando tal se torna absolutamente necessário. A velocidade do ataque ajuda muito a
manter a segurança do Batalhão. Se o ataque foi temporariamente parado, o Comandante deve tentar
ultrapassar a resistência através de um ataque imediato. O Comandante explora o sucesso,
procurando constantemente novos pontos fracos do inimigo. O Comandante conduz a unidade com
determinação para objectos na retaguarda do inimigo, desarticulando o seu sistema de comando e
controlo, a sua artilharia, a sua defesa aérea, e o seu apoio de serviços, o que apressará a destruição
da força defensiva.
0409. GARANTIR UM APOIO CONTÍNUO
A flexibilidade está contida nos outros cinco fundamentos da ofensiva. Ela é tratada separadamente
somente para realçar a sua importância. A flexibilidade obtêm-se através da instrução, de NEP já
bem testadas, e de decisões rápidas tomadas pelo Comandante e seus subordinados. Se se perder a
ligação, o conhecimento perfeito das intenções do Comandante permite que os seus Comandantes
subordinados utilizem a sua iniciativa para fazer face e ultrapassar, situações imprevistas. Um
planeamento e uma preparação detalhada, facilitam a rapidez da acção. A rígida obediência a um
plano, sem atender às mudanças de situação, pode levar a um desastre.
Manobra é o emprego de uma força através do movimento, apoiado pelo fogo, a fim de se obter uma
posição vantajosa, a partir da qual se possa destruir, ou ameaçar destruir, o inimigo. As formas básicas de
manobra para as operações ofensivas são o ataque frontal, a penetração e o envolvimento. Nas operações
ofensivas, a forças atacantes utilizam estas formas de manobra para obter uma vantagem tácti8ca sobre o
inimigo, aproximar-se dele e destrui-lo. O Comandante pode orientar o seu ataque sobre a frente, flancos ou
retaguarda do inimigo. Ele procura atacar a defesa inimiga nos seus pontos fracos. Normalmente, é
preferível atacar um flanco inimigo ou a sua retaguarda, do que executar um ataque frontal.
O comando superior raramente indica a forma de manobra a ser adoptada pelo Batalhão. A melhor forma de
manobra a adoptar é determinada pela análise da missão, pelas características da área de operações, do
dispositivo inimigo e do potencial relativo de combate (PRC). A forma de manobra a adoptar – quer seja a
penetração, o ataque frontal ou o envolvimento – reflecte as intenções do Comandante.
As intenções do Comandante podem variar de operação para operação, mas apresentam-se normalmente
numa das seguintes formas:
Num ataque, unidades diferentes do mesmo escalão, podem usar ao mesmo tempo formas de manobra
diferentes. Por exemplo, num ataque de Brigada, o Batalhão do centro pode fazer uma penetração, com os
Batalhões à esquerda e à direita levando a cabo um ataque frontal para fixar o inimigo nas suas posições,
enquanto o quarto Batalhão faz um envolvimento aéreo, para conquistar um objectivo na retaguarda do
inimigo.
0411. ATAQUE FRONTAL
No ataque frontal, as forças atacantes utilizam os itinerários mais directos, por forma a bater o
inimigo ao longo de toda a frente. Este ataque é utilizado para esmagar ou capturar um inimigo fraco
ou para fixar uma força inimiga na posição, por forma a apoiar outro ataque. O Batalhão
normalmente conduz um ataque frontal quando faz parte de uma GU.
Embora a força atacante bata o inimigo ao longo de toda a frente, dentro da sua zona de acção, isto
não quer dizer que todas as suas forças sejam empregues em linha ou que todas as forças conduzam
um ataque frontal.
Durante o ataque frontal, o Comandante procura criar ou tirar partido das condições que permitam
uma penetração ou um envolvimento das posições inimigas. As Companhias tentam conquistar os
seus objectivos a partir de uma direcção que não seja frontal às posições inimigas, desde que o
terreno e o dispositivo inimigo o permitam.
Deve-se constituir uma reserva para reforçar o ataque frontal ou para explorar qualquer sucesso. Se o
ataque não tiver êxito, a reserva não deve ser empenhada. Ao fazê-lo reforça-se o insucesso.
O ataque frontal é favorável contra um inimigo fraco ou desorganizado, quando a situação não está
completamente esclarecida, quando o atacante tem um PRC esmagador, quando a situação e o tempo
disponível exigem uma resposta rápida a uma acção inimiga, ou quando a missão impõe a fixação do
inimigo, iludi-lo, ou auxiliar o ataque principal.
O ataque frontal é normalmente empregue na exploração do sucesso ou na perseguição; pela força de
apoio num envolvimento; pela força de fixação num ataque secundário; num reconhecimento em
força; e algumas vezes pela força de contra-ataque.
O ataque frontal, a menos que se tenha um PRC esmagador, raramente é decisivo; consequentemente
é rara sua adopção no ataque principal, visto que existem outras formas de manobra mais decisivas e
com possibilidades de terem menos perdas.
0412. PENETRAÇÃO
Na penetração, o ataque principal (ou o esforço principal) rompe através das posições defensivas do
inimigo, para dividir e destruir a continuidade da defesa inimiga e derrotá-la
por partes. Uma penetração com sucesso necessita de potencial de combate superior no local
escolhido parta romper as defesas inimigos.
Se se tem potencial de combate suficiente, podem-se fazer penetrações múltiplas contra um inimigo
fraco. Em tais casos, as forças atacantes podem convergir sobre um único objectivo ou conquistar
objectivos independentes, na retaguarda inimiga.
a . Generalidades
A penetração é normalmente feita quando o inimigo não tem flancos acessíveis ou quando o
tempo disponível não permite outra forma de manobra.
Uma penetração é favorável quando o inimigo se instala em grandes frentes, quando são
detectados pontos fracos, quando o terreno e a observação são favoráveis, e/ou quando se dispõe
de um poderoso apoio de fogos.
A penetração contra uma posição bem organizada requer um PRC que permita ímpero contínuo
no ataque. O ataque deverá desenrolar-se rapidamente para destruir a continuidade da defesa, visto
que, se é lento e demorado, o inimigo pode ter possibilidades de reagir. Se a rotura não é feita
violentamente, e os objectivos não são prontamente conquistados, a penetração torna-se num
ataque frontal. Este procedimento pode resultar em perdas elevadas e permitir ao inimigo
retroceder intacto, evitando assim a destruição.
A escolha dos locais de penetração é baseada nas seguintes considerações:
(1) TERRENO
Devem ser possíveis movimentos laterais para que se possa explorar rapidamente o êxito do
ataque de uma companhia.
É desejável que o EAprx para o objectivo seja curto e directo, para evitar a fadiga e o tempo
de exposição aos fogos inimigos.
(5) SURPRESA
Deverá ser escolhido o local e o momento oportuno que permita a obtenção de resultados
rápidos e decisivos, por forma a que o inimigo não possa reagir.
(6) PLANOS DA BRIGADA
A escolha do local de penetração deve ser compatível com os planos da Brigada e favorecer o
seu cumprimento da missão.
O ataque principal, numa penetração do Batalhão, é feito numa frente relativamente estreita
(menos de 500 m) e dirigido para o objectivo imposto ou deduzido da missão. Normalmente, e
para um dado escalão, aquele objectivo situar-se-á em profundidade, pelo menos na área do
segundo escalão, do escalão semelhante, de modo que a sua conquista normalmente eliminará a
possibilidade do inimigo contra-atacar com a reserva.
A largura e profundidade da penetração depende da profundidade da posição inimiga e do
potencial de combate disponível do Batalhão. Uma penetração larga, torna mais difícil ao inimigo
contê-la, contudo, são necessários grandes meios para a executar. A
profundidade de penetração torna-se mais eficaz se se fizer recuar os seus bordos, dificultando o
restabelecimento da defesa inimiga, com retirada para nova posição Todavia, é fácil para o
inimigo fechar uma penetração profunda se contra-atacar os flancos expostos da força de
penetração.
O Comandante de Batalhão atribuirá objectivos intermédios ao ataque principal, somente se eles
são essenciais ao cumprimento da missão. Aos ataques secundários são atribuídos objectivos para
garantir uma largura adequada na área de rotura, para proteger os flancos, ou para evitar que a
força inimiga se desempenhe.
As medidas de controlo impostas pelo Batalhão, numa penetração, normalmente incluem de
reunião, bases do ataque, linha de partida, hora de ataque, zona de acção e/ou eixos de
progressão, objectivos, pontos de referência, pontos de passagem e linhas de fase.
b . Apoio de fogos
c . Conduta
Seguindo os fogos de preparação, as unidades em 1º escalão atacam através das posições inimigas.
Podem ser utilizados ataques secundários para neutralizar os elementos de apoio de fogos, órgãos
de comando e controlo inimigos, ou garantir terreno que bloqueie os movimentos das reservas do
inimigo ou facilite o deslocamento contínuo do ataque.
À medida que o ataque progride, as unidades conduzem ataques para proteger os flancos do
ataque principal ou para alargar a brecha. As reservas exploram o sucesso ou apoiam o ataque
principal. Os contra-ataques inimigos são batidos pela reserva e/ou pelos fogos de apoio.
Quando o ataque rompe através das defesas principais do inimigo, aumenta a sua velocidade e
ímpeto, para conquistar ou ultrapassar o objectivo de penetração (o objectivo do ataque principal).
As forças do ataque principal podem ser ultrapassadas ou reforçadas pela reserva, para manterem
o ímpeto do ataque. Quando a reserva é empenhada, outra é constituída ou designada, tão cedo
quando possível. Todos os esforços são devotados à manutenção do ataque durante a conduta da
penetração.
Uma vez conquistado o objectivo de penetração, o Batalhão pode receber a missão de explorar ou
destruir instalações inimigas ou de destruir unidades que tentem escapar. As
unidades inimigas fixadas ou isoladas, são normalmente destruídas pelas reservas dos escalões
superiores ou apenas pelos fogos. São prontamente nomeadas forças de segurança para detectar e
retardar reacções inimigas ao ataque.
0413. ENVOLVIMENTO
A força de envolvimento move-se rapidamente no ataque. Podem ser usadas acções de diversão
para mascarar os ruídos e a direcção do movimento.
O ataque principal e o ataque secundário podem ser lançados simultânea ou desfasadamente; o
ataque secundário pode ser lançado em primeiro lugar parta aumentar a decepção.
São planeados fogos de preparação, mas nem sempre são realizados em apoio da força de
envolvimento, devido à necessidade de manter o segredo, objectivos limitados., ou devido à
incapacidade do inimigo de impedir o ataque. Se houver preparação, ela será curta e intensa. O
ataque secundário pode ser ou não precedido por um envolvimento.
A força de envolvimento desloca-se rápida e directamente em direcção ao seu objectivo,
ultrapassando qualquer força inimiga que a possa retardar. As forças ultrapassadas são eliminadas
pelo fogo ou neutralizadas por outras forças. São utilizadas forças de segurança para protegerem
os flancos das unidades de envolvimento.
Os ataques secundários e os fogos fixam o inimigo nas posições e impedem o emprego das suas
reservas contra a força de envolvimento. Podem ser usadas infiltrações de unidades, para
desorganizar o apoio de fogos inimigo ou elementos de comando e controlo, para bloquear os
movimentos das reservas inimigas ou para garantir terreno que apoie a força de envolvimento.
A reserva, se utilizada, normalmente segue o ataque principal (ou força de envolvimento). O
Comandante de Batalhão deve estar preparado para capitalizar o sucesso obtido quer pelo ataque
secundário, quer pelo ataque principal.
c. Variantes do Envolvimento
Os envolvimentos poder ser estreitos ou largos, de acordo com as distâncias iniciais entre os
elementos de ataque. Num envolvimento estreito, os elementos de apoio de fogos do ataque
secundário podem apoiar também a força envolvente até ao seu objectivo. Num envolvimento
largo, a força envolvente progride a uma distância tal do ataque secundário que o apoio de fogos
se torna mais difícil, pelo que a força envolvente deve dispor de meios de apoio de fogos,
orgânico ou de reforço, em quantidade suficiente.
O envolvimento pode ter a forma de duplo envolvimento, de movimento torne ante ou de cerco.
No duplo envolvimento, o atacante procura passar simultaneamente à volta de ambos os flancos
do inimigo. A força de envolvimento deve ter mobilidade e potencial de combate superior às do
inimigo. São necessárias coordenação e sincronização. A deficiência em qualquer um destes
factores pode sujeitar a unidade atacante a ser destruída por partes.
No momento torneante a força de envolvimento procura contornar o inimigo, evitando as suas
forças principais, para conquistar um objectivo vital e profundo na retaguarda do inimigo. A
finalidade desta manobra é forçar o inimigo a abandonar as suas posições
ou obrigá-lo a desviar forças importantes para fazer face a esta ameaça. Pode ser necessário um
ataque secundário para fixar o inimigo; contudo, um movimento torneante não necessita sempre
de ser acompanhado por ataques secundários. Uma vez que a força que executa o movimento
torneante está fora do alcance de apoio dos outros elementos da unidade mãe, ela deve ser auto-
suficiente em mobilidade, e possuir adequado potencial de combate e apoio logístico, para actuar
independente. Segredo, maior mobilidade que o inimigo e medidas de decepção, aumentam a
possibilidade de sucesso.
O cerco oferece mais possibilidades de fixar o inimigo nas posições, para que ele possa ser
sistematicamente destruído ou capturado. O cerco é uma manobra difícil de executar, porque
exige que a força executante tenha uma superioridade esmagadora, quer numérica, quer em
mobilidade.
As forças aeromóveis aumentam a probabilidade de sucesso. Na conduta de um cerco, é preferível
ocupar simultaneamente toda a linha de cerco; todavia, se isto não é possível, deve-se bloquear
primeiro os itinerários mais prováveis de retirada. Os cercos são mais fáceis de concretizar
durante a exploração do sucesso ou da perseguição.
0414. INFILTRAÇÃO
Embora normalmente não seja considerada uma forma de manobra, a infiltração permite ao
Comandante deslocar a sua força em segredo, para colocá-la numa posição mais favorável ao
cumprimento da sua missão.
a. Generalidades
O Comandante pode determinar a execução de uma infiltração, para deslocar a totalidade ou parte
do Batalhão através dos intervalos das defesa do inimigo para:
b. Planeamento
O plano de infiltração deve ser simples. O Comandante de Batalhão deve reunir todas as
informações disponíveis sobre o terreno e o dispositivo inimigo, a partir de relatórios de
informações, fotografias aéreas, relatórios de patrulhamentos, condições meteorológicas e dados
de luz.
Estas informações são utilizadas para determinar:
• Áreas de passagem
Como foi descrito na Secção III, o Comandante pode empregar uma variedade de operações
ofensivas. Qualquer operação ofensiva pode permitir modificações importantes,
Dependendo do estudo de situação do Comandante e da sua análise do MITM-T.
Os cinco principais tipos de operações ofensivas são:
Embora a intenção do Comandante difira para cada uma daquelas operações, as tácticas e as técnicas
usadas na marcha para o contacto e no ataque (imediato ou deliberado) são as bases de todas as
operações ofensivas do Batalhão.
Os cinco tipos de operações podem ser considerados como o espectro para as operações ofensivas do
Batalhão. Qualquer operação deste espectro das operações ofensivas pode desenrolar-se, em qualquer
destas duas formas: ela pode evoluir para operações ofensivas mais fluidas, tais como a exploração
do sucesso e a perseguição; ou ela pode voltar ao ponto em que a força atacante perde o ímpeto e tem
de assumir uma atitude defensiva. Durante um combate prolongado, uma força não somente pode ter
de mudar de uma operação ofensiva parta uma operação defensiva, e vice-versa, como também deve
estar preparada para mudar de um tipo de operação ofensiva para outro.
b. Ataque Imediato
c. Ataque Deliberado
Quando não se tenha detectado qualquer ponto fraco, ou se um ataque imediato não teve sucesso,
deve ser lançado um ataque deliberado. Genericamente caracteriza-se por exigir mais tempo para
planeamento, mais notícias sobre o inimigo e maior sincronização de esforços. O conceito está em
detectar o local onde o inimigo é mais fraco, lançar fogos de supressão sobre as posições inimigas
que possam apoiar com fogos directos o defensor naquele local, e concentrar esforços contra o
ponto fraco, utilizando os itinerários mais abrigados e cobertos, e finalmente penetrar ou envolver
um flanco acessível.
d. Exploração do Sucesso
A exploração do sucesso é uma operação ofensiva que se segue a um ataque com êxito. O
Batalhão normalmente participa numa exploração do sucesso como parte de uma GU. No quadro
do Batalhão, a exploração de sucesso constitui uma série de marchas para o contacto e de ataques
imediatos, para conquistar objectivos profundos, umas e outros empregues com duas exigências
fundamentais: rapidez e violência. O atacante ultrapassa bolsas de resistência para se concentrar
na destruição de órgãos de comando, unidades de apoio de combate e de apoio de serviços. A
desarticulação do comando e controlo do inimigo, das suas actividades de reabastecimento de
combustíveis, de munições, de sobressalentes, víveres e outras necessidades, e a sua defesa aérea
e a artilharia, enfraquece ou destrói as suas defesas, e torna possível a uma pequena força vencer
outra numericamente superior. Quando um Batalhão de Infantaria segue e apoia formações
mecanizadas e blindadas, deve ser reforçado com viaturas ou helicópteros de transporte para que
possa ter, pelo menos, igual mobilidade à daquelas forças. As missões da força de seguimento e
apoio serão, provavelmente, de eliminar resistências do inimigo, ou de limpar a ZA de unidades
inimigas ultrapassadas.
e. Perseguição
A perseguição segue-se normalmente e uma exploração com sucesso. Ela está orientada para a
destruição de unidades inimigas em retirada. Aos batalhões que integram a força de perseguição
pode ser dada a missão de contornar resistências e progredir decididamente sobre objectivos
profundos, que constituam pontos críticos para o inimigo em fuga. Tal como a exploração do
sucesso, às unidades de infantaria participando numa perseguição, podem ser atribuídos veículos
ou helicópteros para aumentar a sua mobilidade. A força de perseguição tem de exercer uma
pressão contínua sobre o inimigo, de dia e de noite, apesar da fadiga ou da escassez de
abastecimentos, o que constitui um importante desafio aos comandantes da força de perseguição.
a. Generalidades
A marcha para o contacto é uma operação ofensiva destinada a estabelecer ou a restabelecer o
contacto com o inimigo. A finalidade fundamental da marcha para o contacto é esclarecer a
situação. Na marcha para o contacto, a intenção do Comandante é a de conquistar e manter a
iniciativa, localizar a força inimiga e atacar para a destruir.
À força que realiza uma marcha para o contacto, é normalmente atribuída um eixo de progressão
ou uma zona de acção e um objectivo de marcha para orientar o movimento. A força pode não ser
a necessidade de conquistar, manter ou ocupar, o objectivo de marcha. O objectivo pode ser
qualquer acidente de terreno facilmente identificável, a uma profundidade tal que garanta o
contacto com o inimigo.
A força desloca-se rápida e agressivamente. Um deslocamento lento e cauteloso é perigoso,
porque dá tempo ao inimigo para se movimentar ou colocar fogos sobre a força. As unidades
devem estar preparadas para iniciar ou continuar a marcha para o contacto quer de noite quer em
períodos de visibilidade limitada.
Em muitos casos, o Batalhão, por si só, pode levar a cabo uma marcha para o contacto, quando ele
perdeu o contacto com o inimigo. Se a força inimiga é significativamente maior do que o
Batalhão, ou se a distância à força inimiga é muito grande, o Batalhão realizará uma marcha para
o contacto fazendo parte de uma GU. Em qualquer dos casos, o Batalhão pode utilizar a marcha
de aproximação. Uma marcha de aproximação é a formação de marcha adoptada quando o
contacto com o inimigo é iminente, na qual são estabelecidas uma guarda avançada, guardas de
flanco e guardas da retaguarda para garantir segurança ao grosso das forças, durante o
deslocamento. Durante a marcha de aproximação, as unidades subordinadas utilizam técnicas de
progressão apropriadas à probabilidade de contacto com o inimigo.
b. Organização da Marcha para o Contacto
Excepto quando lhe é indicada a missão de força de cobertura (FCob), o Batalhão é organizado
em três componentes principais: vanguarda, guardas de flanco e de retaguarda, e grosso.
(1) VANGUARDA
A vanguarda actua à frente do grosso para a situação, garantir o avanço ininterrupto do grosso,
protegê-lo da surpresa e do seu desenvolvimento, se ele se empenhar. Quando o Batalhão é o
elemento da frente (excepto se é uma FCob) de uma GU, ele pode ser a missão de guarda
avançada. Quando o Batalhão se desloca como força IN dependente, o Comandante nomeia
uma companhia reforçada como vanguarda.
A engenharia em apoio do Batalhão deve ser colocada na vanguarda para facilitar o seu
deslocamento através dos obstáculos, e fornecer dados sobre os itinerários, tais como
transitabilidade de estradas e pontes.
A vanguarda envia elementos de segurança para a sua frente para manter a ligação com a
FCob (se houver) e para actuar na área entre a FCob e a vanguarda. A vanguarda garante a sua
própria segurança de flanco e da retaguarda.
Quando o Batalhão executa uma marcha para o contacto, o grosso encerra em si a parte
principal das forças do Batalhão. O grosso é organizado para o combate por forma a que as
unidades sejam empregues rapidamente, uma vez estabelecido o contacto com o inimigo. O
Comandante de Batalhão não deve empenhar o grosso da força até que as acções do inimigo
ou o seu dispositivo imponham um ataque imediato. O seu empenhamento deve tirar partido
das vantagens tácticas oferecidas pelo terreno, tempo disponível e do PRC.
• O Batalhão deslocar-se-á com um dispositivo que possibilite o contacto inicial com a menor
força possível, evitando baixas excessivas nos primeiros momentos do combate, em terreno
escolhido pelo inimigo.
• A parte principal do potencial do Batalhão está disponível para manobrar, ou colocar fogos
sobre o inimigo, quando é feito o contacto com o inimigo.
• O deslocamento manter-se-á sem interrupções. È essencial a segurança em todas as direcções, e
a parte principal do potencial de combate mantêm-se livre para permitir o seu rápido
desenvolvimento, após o contacto.
• Quando o contacto com o inimigo se torna iminente, os elementos do Batalhão desenvolvem-se
numa formação mais larga e dispersa, passando duma formação em coluna táctica para a
formação de marcha de aproximação, a vanguarda utiliza a progressão com sobre apoio ou
lanços com sobre apoio. A companhia é precedida por carros de combate, se os houver, a
menos que o terreno o não permita. Se a distância a percorrer é grande, e porque a utilização
repetida das técnicas de sobre apoio aumentam a fadiga, as unidades de infantaria devem ser
reguladamente substituídas.
O Comandante visualiza como irá empregar as suas forças após o contacto, e movimenta-as de
acordo com as suas intenções. Ele emprega as suas forças quer em coluna simples quer em
colunas múltiplas sobre os EProg ou na ZA, que lhe foi atribuída.
Quando o contacto é iminente, mas o dispositivo inimigo não está bem localizado, e quando o
tempo disponível não é crítico, o Comandante pode escolher, para maior segurança, manter a
parte principal da sua força em reserva e utilizar só a coluna simples, na marcha para o
contacto. A principal desvantagem da coluna simples é que ela permite que o inimigo obtenha
o máximo retardamento com o mínimo de forças.
Na formação em coluna simples, o PecRec normalmente será empregue à frente do Batalhão,
na marcha para o contacto. O PelRec é utilizado para localizar os dispositivos inimigos e
reconhecer itinerários, ou zonas, sobre as quais o Batalhão se deslocará. Se uma FCob actua à
frente do Batalhão o PelRec matem a ligação com aquela força. Uma vez determinado o
potencial a localização das posições inimigas, o Batalhão desenvolve para o combate. O
PelRec pode ser então empregue na segurança de um flanco ou de ligação entre os elementos
de ataque.
A Companhia testa, na coluna simples, é chamada de vanguarda. Esta Companhia, em
conjunto com o PelRec e a Engenharia garantem o avanço, removendo obstáculos, reparando
estradas e pontes, se estas forem essenciais à continuação do deslocamento, e cobrindo o
desenvolvimento do grosso da força, se ele se empenhar
na acção.
Quando estão disponíveis um número suficiente de itinerários traficáveis, e se o Comandante
de Batalhão deseja uma larga faixa de segurança à frente, ele pode construir dois pelotões
reforçados, saídos da vanguarda, para se deslocarem em colunas paralelas. Então, se um
itinerário está bloqueado pelo inimigo. Ou está intransitável, o resto do Batalhão (que
normalmente se desloca em coluna simples) pode mudar para o outro itinerário. O
deslocamento é feito a todo-o-terreno ou por estradas.
A organização da coluna do Batalhão, numa marcha para o contacto, varia com a situação. São
aplicadas as seguintes regras gerais de organização:
• Os Morteiros deslocam-se numa posição na coluna que garanta o apoio aos elementos da
testa.
• O PelCar normalmente ´+e empregue em sobre apoio do deslocamento. Ele desloca-se com
as secções dispersas ao longo da coluna, se não houverem posições de sobre apoio
disponíveis. Também se pode reforçar com SecACar do PelACar a Companhia testa, e os
elementos de segurança dos flancos e da retaguarda
• Os elementos de defesa aérea podem ser intercalados na coluna, ou eles podem sobre apoiar
o deslocamento a partir de pontos seleccionados ao logo do itinerário.
Quando a marcha para o contacto exige maior velocidade do que a que é oferecida pela coluna
simples, quando é desejável um desenvolvimento largo, ou quando os reforços conferem à
coluna uma extensão não desejável, o Batalhão pode ser organizado em colunas múltiplas, se
há itinerários disponíveis. Esta formação é de controlo difícil, mas apresenta múltiplas
ameaças ao inimigo.
A formação em colunas múltiplas é organizada com o GrCmd deslocando-se na coluna onde
melhor possa influenciar a acção. Pode ser formado um GrCmd de alternativa, sob o controlo
do 2º Comandante, do OfOp, ou do Cmdt da CompApComb, para se deslocar com a outra
coluna. As colunas múltiplas normalmente deslocam-se dentro da distância de apoio uma da
outra, e é mantida a ligação entre as colunas. Quando as colunas estão muito separadas, e a
ligação não pode ser mantida, cada coluna pode estabelecer e controlar, guardas de flanco
próprias.
Embora uma coluna simples seja fácil de controlar, há outros factores a considerar:
• Situação do inimigo. Situações em que o inimigo esteja a realizar uma defesa deliberada,
elas favorecem o deslocamento em profundidade e com um mínimo de forças à frente; por
outras palavras, a coluna simples. Para missões, tais como reconhecimento de uma zona,
pode ser exigido o emprego de colunas múltiplas.
c. Acções no Contacto
Muitas vezes, a marcha para o contacto resulta num combate de encontro. Um combate de
encontro pode ser um encontro de acaso entre duas forças oponentes. Tais encontros ocorrem
muitas vezes em operações de pequenas unidades e em situações onde o reconhecimento foi
ineficaz. Um combate de encontro também pode ocorrer quando cada oponente conhece
perfeitamente a situação do outro, e ambos decidem atacar de imediato, para obterem uma
vantagem táctica. Ou ainda, se um dos oponentes se decide por uma defesa imediata, e o outro
ataca antes que a defesa possa estar organizada.
A marcha para o contacto, em todos os escalões, é caracterizada por ser uma operação ofensiva
agressiva. Para se esclarecer a situação pode-se fazer reconhecimentos pelo fogo.
Independentemente se o Batalhão é a guarda avançada de uma GU ou se actua isolado, as suas
acções são caracterizadas por frequentes ataques lançados a partir de coluna de marcha sem um
reconhecimento pormenorizado ou sem um planeamento detalhado.
Quando se obtêm o contacto, a vanguarda lança ataques imediatos para destruir pequenas forças
de retardamento, ou ameaça-as de flanco. Se não tiver potencial de combate suficiente para
destruir a ameaça, pode ser pedido à vanguarda para determinar o volume da resistência inimiga
e fixar a força, até que possam ser empenhados elementos do grosso da força.
Uma vez estabelecido o contacto pela vanguarda, o Comandante de Batalhão pode decidir-se
por:
O Batalhão normalmente contornará forças inimigas que não ameacem o seu avanço ou o
cumprimento da missão (a Brigada pode ordenar que sejam ultrapassadas forças superiores). Se
o inimigo é fraco, o Batalhão ultrapassá-lo-á utilizando um itinerário coberto, ao mesmo tempo
que o bate com fogos de supressão e a cega com fumos. Se a força a ultrapassar é significativa,
o Comandante pode ter necessidade de deixar forças para o fixar. Deve ser dado conhecimento
ao escalão superior de todas as forças ultrapassadas. As técnicas de ultrapassagem incluem:
• Fixar o inimigo com a Companhia testa (com fogos de supressão e estar pronta a bloqueá-lo
se ele se deslocar) enquanto o remanescente do Batalhão o ultrapassa. Esta técnica é
apropriada quando é muito oneroso atacar o inimigo, quer devido ao seu potencial numérico,
quer pelo valor das suas posições. Após o Batalhão ter passado, a totalidade da força de
fixação pode ficar para trás ou romper o contacto a coberto de fogos indirectos. A decisão de
deixar uma força de fixação é baseada na mobilidade do inimigo, na sua capacidade de afectar
a missão do Batalhão, e das ordens do escalão superior.
• Suprimir uma pequena força inimiga com fogos indirectos e ao mesmo tempo ultrapassá-la.
Um elemento de segurança pode ser deixado para observar o inimigo ultrapassado e para
regular os fogos. Não se pode permitir que resistências ligeiras do inimigo retardem o avanço.
A missão é imperiosa.
Desde que o potencial das forças de seguimento do inimigo não possam ser exactamente
avaliadas, antes do combate do encontro, o Comandante deverá tentar rapidamente ocupar
terreno dominante e deslocar-se para evitar ser flanqueado por essas forças de seguimento.
Se o Batalhão se desloca como parte da coluna da Brigada (ou em uma das colunas múltiplas), a
organização básica é igual à que foi descrita na marcha para o contacto. Dependendo da
localização do Batalhão na coluna, certas responsabilidades de segurança podem ser
aumentadas ou eliminadas. Por exemplo, se o Batalhão marcha na coluna da esquerda. Com
exigências de segurança, de uma Brigada em colunas múltiplas, será dada importância a esse
flanco esquerdo.
Se o Batalhão é a guarda avançada da Brigada (ou Divisão), ele deve estar preparado para se
deslocar rapidamente para evitar que o grosso das forças, e ele próprio, se tornem um alvo
remunerador a armas nucleares. Normalmente a guarda avançada de uma GU deverá ser
mecanizada, motorizada ou aerotransportada, para aumentar a sua mobilidade e flexibilidade.
A velocidade máxima do deslocamento é aquela que é permitida pelo terreno, pela mobilidade
da força e pela situação do inimigo. Baseado na missão, o Comandante deve determinar o grau
de risco que está disposto a aceitar. Normalmente é melhor aumentar a distância entre os
elementos da frente e do grosso da força, correndo os riscos inerentes a tal decisão, do que
diminuir a velocidade de avanço. Se possível, são usadas as técnicas de progressão com
sobreapoio ou de lanços com sobreapoio. Numa situação na qual somente um dos contentores
está em movimento e a outro está defendendo, o inimigo tem sempre a vantagem de poder
realizar emboscadas à força que avança. O atacante deve evitar cometer o grave erro de entrar
nas zonas de morte do inimigo com a maior parte da sua força. Logo que a unidade mais
avançada se aproxima de posições inimigas suspeitas, o seu Comandante deve escolher
itinerários cobertos e abrigados e utilizar a técnica de progressão de lanços com sobreapoio.
É desejável transpor obstáculos sem demoras. Quando possível, as pontes a frente dos
elementos testa, são conquistadas intactas. As forças aeromóveis são ideais para esta missão.
Outros obstáculos são ultrapassados ou removidos pelos elementos testa, tão rápido quanto o
possível. Devem ser feitos todos os esforços para manter o ímpeto do deslocamento. Isto é
cumprido colocando Engenharia bem à frente, com os elementos testa. Se os elementos testa
não conseguem passar pelos obstáculos, os elementos seguintes ultrapassam-nos e tomam a
dianteira da força. Os obstáculos que possam retardar o apoio de serviços da força são
reduzidos pelas forças que seguem os elementos testa. Veja o Anexo D para mais detalhes sobre
operações de abertura de brechas.
O Comandante pode levar a cabo um ataque imediato para destruir o inimigo após uma marcha para
o contacto, para manter o ímpeto do ataque após a conquista de um objectivo, ou para conquistar ou
manter a iniciativa após uma defesa com êxito face a um ataque inimigo. A velocidade de ataque é
utilizada para suprir a falta de preparação detalhada. Todos os elementos de combate devem ser
empenhados no ataque.
Os Batalhões, Companhias, Pelotões e Secções normalmente empregam acções pré-planeadas, de
fogo e movimento, para reagirem imediatamente ao contacto com o inimigo. Acções especificas pré-
planeadas são assunto de NEP da unidade.
Qualquer que seja a acção pré-planeada, ela deve permitir ao Comandante manter o ímpeto e a
iniciativa. Após estabelecer o contacto com o inimigo, o Comandante mantém aquele contacto e
garante a segurança. Ele procura agressivamente o ponto fraco do inimigo, e desencadeia diversas
acções simultaneamente. O Comandante ordena os fogos directos de supressão para neutralizar a
capacidade de reacção do inimigo e garantir o apoio mútuo, concentra forças para esmagar o inimigo
num determinado local, e empenha aquelas forças, pelo fogo e movimento, para assaltar o inimigo.
A utilização imediata de fogos de supressão é essencial ao êxito do ataque imediato. Logo que o
ataque começa, os fogos são colocados sobre as armas de tiro directo do inimigo, posicionadas para
apoio da força inimiga, ou sobre as suas localizações prováveis. O Comandante deve repartir os
fogos de Artilharia de Campanha, de Morteiros, de Carros de Combate (se disponíveis) e de Armas
Anti carro por estes alvos. O OAF garante que a Artilharia de Campanha e os Morteiros suprimem as
armas de tiro indirecto do inimigo logo que estas sejam localizadas, para que os fogos inimigos não
interfiram com a manobra, ou que a sua interferência seja mínima. São empregues fumos para
mascarar os movimentos. Uma vez vencida a resistência inimiga, o Batalhão progride rapidamente
para explorar o sucesso.
O objectivo básico das operações ofensivas é o de destruir o inimigo. Isto é conseguido penetrando a
defesa do inimigo até à sua área da retaguarda , para destruir posições de artilharia, postos de
comando, áreas de apoio logístico, posições de artilharia antiaérea e linhas de comunicações. Quando
o Batalhão ou a força de que o Batalhão faz parte, depara com posições bem organizadas que não
podem ser eliminadas por um ataque imediato, o Batalhão realiza um ataque deliberado. Ao
contrário do ataque imediato, o tempo disponível é utilizado para planear cuidadosamente o ataque
em detalhe. A finalidade é concentrar um potencial de combate esmagador sobre um ponto fraco do
inimigo para abalar a sua defesa. Mas em qualquer situação de ataque, o tempo é uma vantagem para
o defensor.
Os planos devem ser rapidamente feitos para reunir todos os recursos disponíveis e empregá-los de
uma forma coordenada.
É indispensável obterem-se noticias detalhadas dos escalões superiores, subordinados e adjacentes.
As fontes de informação podem incluir patrulhamentos, reconhecimentos pelo fogo, fotografias
aéreas, prisioneiros, refugiados, radares, sensores e outros meios. As notícias sobre o terreno podem
ser pesquisadas por muitas destas fontes, Os Comandantes em todos os escalões devem fazer
reconhecimentos do terreno quer de dia, quer de noite. E pouco provável que o terreno possa ser
observado, ou reconhecido com pormenor, para além de alguns, poucos quilómetros, no interior do
território inimigo, Por isso o planeamento detalhado da manobra e dos fogos fica normalmente
restringido a esta área.
O planeamento das acções subsequentes será normalmente mais genérico.
Quando um ataque deliberado rompe as defesas inimigas, duas opções podem surgir ao atacante. A
primeira e exercer pressão com as forças empenhadas sobre o escalão seguinte do inimigo, ou sobre
a sua área de retaguarda. A segunda é manobrar para a esquerda ou para a direita da brecha a fim de
atingir mais posições inimigas, uma após outra, a partir do flanco; o escalão superior explora o
sucesso com outras forças. Na maior parte dos casos qualquer destas opções evolui com uma série de
ataques imediatos.
A grande diferença entre os ataques imediatos e os ataques deliberados reside no tempo de que se
dispõe para preparação e planeamento do ataque. Num ataque deliberado há que dispor de tempo
suficiente para reunir e estudar as noticias sobre o inimigo e para reconhecimentos, planeamento e
coordenação. O Batalhão pode ser reorganizado, e tem muitas vezes de se alterar a sua organização
interna, para tirar o melhor partido das suas forças, face à tarefa que tem de cumprir. Novas forças
podem ser dadas em reforço ou colocadas em apoio do Batalhão. È indispensável haver tempo
suficiente para que estas unidades se familiarizem com a situação, com a missão, com as NEP e com
as instruções temporárias de transmissões. O tempo disponível deve ser utilizado cuidadosamente
para proceder à atribuição e coordenação das missões de todos os meios disponíveis. Cada um deve
contribuir para o cumprimento da missão e ser empregue de forma adequada e assim dele se tirar o
máximo rendimento.
Se o inimigo tiver tempo para estabelecer uma posição defensiva bem organizada, a liberdade de
manobra será limitada, e será necessário um potencial de combate esmagador para o destruir. O
apoio mútuo das suas posições pode tornar impossível uma infiltração.
Para destruir tal defesa há que:
• Empenhar uma força capaz de esmagar o inimigo num ponto fraco detectado, ou criado. Ataques
sucessivos, ou por partes, estão condenados ao fracasso, mesmo que o PRC seja favorável.
• Isolar a área com fogos directos de supressão, com fogos de Artilharia de Campanha e de
Morteiros (granadas explosivas e de fumos).
• Minimizar a possibilidade de o inimigo reagir. Fixar outras posições inimigas na zona de acção,
pelo fogo, pela manobra, ou pela ameaça de manobra.
• Limpar todas as posições na área.
• Interdizer a área aos reforços inimigos
• Empenhar forças adicionais, lançando-as sobre a retaguarda inimiga.
• Utilizar munições químicas (se autorizado) para facilitar a criação de um ponto fraco na defesa.
Ás Companhias do escalão de ataque, são normalmente atribuídos objectos finais materializados em
acidentes de terreno que facilitem a reorganização e consolidação do objectivo, face a contra-ataques.
Posições inimigas especificas, ou acidentes de terreno, podem ser atribuídos como objectivos
intermédios, se não restringirem ou retardarem a manobra.
Os elementos de apoio de combate e de apoio de serviços devem ser posicionados onde melhor
possam apoiar a força de assalto. Os meios de engenharia são posicionados à frente, para abrirem
brechas em campos de minas e outros obstáculos, destruir posições capturadas, e dar apoio técnico à
infantaria. Poderão estar disponíveis carros de combate, artilharia autopropulsada e viaturas de
combate de engenharia, para completarem as armas anti carro, numa função de tiro directo. Os
reabastecimentos de munições e determinado equipamento especial, são reunidos em locais de
reabastecimento avançados, para estarem imediatamente disponíveis.
Na preparação para um ataque deliberado, o Comandante de Batalhão e o seu EM seguem os passos
descritos nos procedimentos de comando, no Capítulo 3.
As ordens preparatórias e os reconhecimentos assumem especial importância. As ordens
preparatórias servem para iniciar e orientar as actividades e os elementos subordinados, na
preparação do ataque. O reconhecimento do terreno em que vai ser realizado o ataque, pode reduzir o
perigo das unidades se desorientarem, de se perderem, ou de se desfasarem com a sincronização que
o ataque exige.
Poder reunir os Comandantes subordinados para lhes transmitir a ordem é uma importante vantagem,
normalmente impraticável a um Batalhão que vá lançar um ataque imediato. A operação pode ser
explanada em detalhe para que não hajam dúvidas sobre quem faz o quê, quando, onde e como. A
força de um ataque deliberado advém do facto de as unidades até ao escalão Pelotão e Secção,
poderem planear as suas acções iniciais e assim poderem gerar e aplicar, sobre o inimigo, todo o
potencial de combate disponível. Se for possível, a ordem é dada num local bem à frente, de maneira
que o Comandante de Batalhão possa indicar aspectos que considera importantes, quer no terreno,
quer na carta. Com todos os Comandantes presentes pode iniciar-se imediatamente a coordenação
entre as Companhias, e mesmo completar-se, antes que cada um disperse para continuar os seus
preparativos do ataque.
O Comandante de Batalhão e o EM supervisam os preparativos e a execução do plano de ataque. O
Comandante e os colaboradores por ele escolhidos têm de estar bem à frente, durante o ataque, para
controlarem a operação. O sucesso dela, depende em grande medida, da reacção imediata do
Comandante face à evolução da situação. O Comandante tem necessidade de ver o combate para
e4ficazmente controlar a manobra das suas forças.
Um ataque deliberado que vise romper uma posição cujo inimigo esteja bem equipado e com um
dispositivo adequado, pode redundar em baixas desnecessárias. Para compensar a vantagem de que o
inimigo dispõe tal situação, o Comandante pode conseguir infiltrar uma força na retaguarda da
posição inimiga durante períodos de visibilidade limitada, de más condições meteorológicas, ou de
escuridão (se o inimigo tiver reduzida capacidade de visão nocturna). Um ataque por infiltração,
especialmente por uma unidade de escalão Batalhão, exige uma execução disciplinada, uma
combinação favorável de condições meteorológicas, de terreno e da surpresa. Não obstante, os
Comandantes devem estar cientes das vantagens inerentes a este método de ataque e estarem
constantemente atentos às oportunidades que surjam de poder passar através das defesas. Tais
ataques, em geral, encurtam o tempo necessário para atingir o objectivo e quase sempre têm poucas
baixas.
a. Generalidades
As forças lançadas na exploração do sucesso ou da perseguição devem ter mobilidade pelo menos
igual à do inimigo. Esta mobilidade pode ser aumentada através do emprego de forças
aerotransportadas e aeromóveis actuando em conjugação com forças terrestres de junção. Estas
forças terrestres são reforçadas com todos os meios motorizados e helicópteros de transporte,
disponíveis.
O Batalhão de Infantaria apeado não é a força indicada para ser o elemento testa da exploração do
sucesso ou da perseguição sobre um inimigo mecanizado ou motorizado. Ele será normalmente
empregue numa função de seguimento-e-apoio, a menos que tenha disponíveis meios de
transporte (veja Secção VII).
b. Exploração do Sucesso
• Forças de exploração
• Forças de seguimento e apoio
• Reserva
c. Perseguição
A perseguição normalmente segue-se a uma exploração do sucesso e difere desta no facto da sua
finalidade se orientar principalmente para a destruição da força inimiga, em vez de visar
objectivos no terreno. A perseguição pode ser conduzida quer utilizando uma força de pressão
directa ou utilizando uma força de pressão directa e uma força de cerco.
O Batalhão pode ser parte quer de uma, quer de outra força.
Uma força de pressão directa mantêm pressão contínua, inexorável, no inimigo, forçando-o a para
e a empenhar-se. Então ataca-o para o destruir ou fixá-lo, até que uma força de cerco possa atacar.
Quando é utilizada uma força de cerco, ela desloca-se para a retaguarda do inimigo, bloqueia a sua
retirada, e então ataca para o destruir em conjugação com um ataque da força de pressão. Quando
o terreno e as condições tácticas o permitem, as forças de cerco avançam por itinerários paralelos
aos itinerários de retirada do inimigo, para alcançar pontos críticos (desfiladeiros, pontes, etc.)
antes que o grosso das forças inimigas o possam fazer. Quando não for possível atingir, em tempo
oportuno, terreno à retaguarda do inimigo, a força de cerco pode atacar o flanco inimigo. As
forças aeromóveis ou aerotransportadas são particularmente adequadas como forças cerco, a
empregar sobre infantaria, ou contra forças blindadas, se o terreno que canaliza a retirada do
inimigo poder ser ocupado e as defesas aéreas suprimidas. O Comandante, na perseguição,
organiza as suas forças consoante o grau de resistência do inimigo e da composição das forças de
retaguarda e de patrulhamento. O inimigo fará todos os esforços para retardar ou parar as forças
de perseguição, utilizando inclusivamente forças em reserva, ou deixando para trás forças nas
posições.
As unidades de perseguição que não estão em contacto com o inimigo, executam a perseguição
como se tratasse de uma marcha para o contacto, e planeiam por forma a utilizar eficazmente o
terreno ao longo do itinerário de perseguição. O fim em vista é evitar que as forças de perseguição
se empenhem a partir de posições desvantajosas.
Uma vez ordenada a perseguição, O Comandante pressiona o ataque com todos os meios
disponíveis. Se outros meios de transporte não estiverem disponíveis, podem utilizar-se meios de
transporte de reabastecimentos, meios de transporte civis, ou meios de transporte capturados ao
inimigo.
As posições de defesa imediata do inimigo são contornadas, e as bolsas de resistência isoladas são
ultrapassadas, ou destruídas pelo fogo. A presença da força de pressão directa evita que o grosso
das forças inimigas escape e reorganize uma defesa eficaz. Para controlar a perseguição, o
Comandante pode designar objectivos no terreno, linhas de fase ou pontos de referência. È dada
aos Comandantes subordinados a máxima liberdade de acção, compatível com a segurança e a
manutenção da integridade do comando.
O planeamento do ataque começa formalmente quando uma dada missão resulta da ordem do Comandante
do escalão superior ou da iniciativa do Comandante de Batalhão. O planeamento é contínuo, para que o
Comandante se possa antecipar a ordens recebidas e reagir com curto aviso prévio. O processo de
planeamento pode demorar poucos minutos ou poucas horas. Quando há tempo disponível, o planeamento
deverá ser detalhado. As técnicas de planeamento discutidas nesta secção podem ser genericamente
utilizadas no planeamento de todos os tipos de operações ofensivas. Contudo, a orientação aqui fornecida
deverá ser utilizada em conjugação com a análise do Comandante sobre o MITM-T e os procedimentos de
comando explanados no Capítulo 3.
Primeiro, a missão é analisada para se obter um perfeito conhecimento de todas as tarefas (explícitas
e implícitas) exigidas para o seu cumprimento. O EM fornece ao Comandante todas as informações
disponíveis que garantam que ele esteja a par da situação, enquanto estuda a sus missão.
O Comandante de Batalhão, baseado no estudo da missão, do conhecimento da situação da forças
amigas e do inimigo, nas directivas recebidas e nos seus conhecimentos e experiência, restabelece a
missão e dá a directiva de planeamento ao seu EM. A sua directiva de planeamento é normalmente
genérica, mas ele indica modalidades de acção que ele crê merecem atenção por parte do seu EM. O
comandante obstem-se de dar preferência a uma determinada modalidade, permitindo assim que o
EM possa fazer os seus estudos sem influências e possa explorar todas as modalidades que permitam
obter o êxito.
Depois de receberem a directiva de planeamento do Comandante, os oficiais do EM preparam
estudos de situação e propostas.
Após ter recebido a propostas do seu EM, o Comandante completa o seu próprio estudo e toma a
decisão. Frequentemente, todo este processo pode ser executado em poucos minutos. A decisão do
Comandante concretiza a M/A escolhida, dando-lhe a forma que responda às questões QUEM, O
QUÊ, QUANDO, ONDE, COMO e PORQUÊ. A decisão inclui a direcção e o (s) objectivo (s) do
ataque principal e dos ataques secundários (se considerados98 e o planeamento do emprego da
reserva. Adicionalmente, a decisão pode incluir informações sobre o esquema de manobra e uma
visualização geral do apoio de fogos, ainda que o último seja mais provavelmente incluído no
conceito do Comandante de como a operação irá ser conduzida. Quando o Comandante dá a sua
decisão e conceito, os Comandantes subordinados são normalmente informados (por ordens
parcelares) do plano geral, para que o planeamento concorrente possa ser iniciado.
Depois de expor a sua decisão, o Comandante dá ao seu EM o seu conceito de como a operação irá
ser conduzida (conceito do Comandante). Com isto ele especifica a sua decisão, explanando
quaisquer aspectos julgados necessários; e, em complemento, ele fornece directivas e instruções ao
EM para os planeamentos futuros e a preparação de ordens. O conceito do Comandante pode incluir
a explanação ou a clarificação de:
O esquema de manobra explana, através da manobra das forças, como o Batalhão irá cumprir a
sua missão. O esquema de manobra descreve:
O plano de apoio de fogos pormenoriza como os fogos irão ser colocados ou executados em
apoio do esquema de manobra. O plano de apoio de fogos pode ser dividido em três fases;
fogos de preparação, fogos durante o ataque e fogos em apoio da reorganização e
consolidação. O plano de apoio de fogos deve incluir:
O emprego das armas de tiro directo normalmente não faz parte do plano de apoio de fogos.
Tais armas são integradas no esquema de manobra das unidades por se admitir que as unidades
as empregarão numa função de fogo e movimento. Isto porque se se especificar a utilização
das armas de tiro directo, no plano de apoio de fogos, pode desnecessariamente restringir o seu
uso no ataque. Se se dispuser de helicópteros de ataque eles podem ser integrados no plano de
apoio de fogos. Eles têm melhor aplicação como unidade de manobra em missões de reserva
ou de exploração.
b. Ataque Principal
c. Ataque Secundário
Um ataque secundário, se usado, deverá contribuir para o sucesso do ataque principal, pelo
cumprimento de uma ou mais das seguintes tarefas:
d. Ataque Equilibrado
Por vezes, pode não ser possível definir um objectivo decisivo; neste caso, uma das modalidades
de acção a formular é a do ataque equilibrado a executar por forças com um potencial relativo de
combate equivalente. Pode empregar-se um ataque equilibrado quando as forças atacantes são
atribuídas missões de igual importância; ou quando, para além dos objectivos a alcançar, os eixos
de aproximação a utilizar e o dispositivo do inimigo oferecem iguais oportunidades de sucesso; ou
quando a força ataca em colunas múltiplas, a fim de esclarecer uma situação que se apresenta
vaga.
Logo que possível, à medida que a situação se esclarece, uma das forças poderá tornar-se força de
ataque principal, sendo-lhe fornecidos os meios necessários para a obtenção de resultados
decisivos, pelo que o dispositivo inicial deve ser estabelecido com grande flexibilidade.
e. Reserva
No ataque, o Batalhão mantêm uma reserva que poderá lançar no combate4 no local e momento
decisivos, para explorar o sucesso ou completar a missão. A reserva também fornece ao
Comandante meios para fazer face a situações imprevistas. A reserva deverá ter tanta mobilidade
quanto a possível. A reserva deverá ser utilizada para:
• Explorar o sucesso do ataque.
• Reforçar o ataque.
• Manter ou aumentar o ímpeto do ataque.
• Manter o terreno conquistado pelo escalão de ataque.
• Destruir ou conter os contra-ataques inimigos.
• Fornecer segurança (proteger os flancos ou a retaguarda do Batalhão).
• Cortar os itinerários de retirada do inimigo.
(2) LOCALIZAÇÃO
Normalmente a reserva deverá situar-se suficientemente atrás do ataque principal por forma
a não interferir com a sua progressão, ou evitar que ela fique espartilhada entre os elementos
avançados assim perca a sua flexibilidade de manobra.
(3) DESLOCAMENTO
Em operações rápidas, a reserva pode deslocar-se atrás do escalão de ataque, a uma distância
determinada. Em operações lentas, a reserva desloca-se por lanços e, em determinadas
situações, pode até ser transportada por meios aéreos. Independentemente da forma como se
desloca, a reserva deve manter-se dentro da distância a partir da qual possa apoiar as forças
empenhadas.
Antes do ataque devem ser feitos planos para reconstituir a reserva, se a reserva for
empenhada. O Comandante da Brigada deverá ser informado quando a reserva do Batalhão é
empenhada.
Alguns ataques são planeados sem uma reserva formal. O Comandante do Batalhão
aeromóvel pode, em algumas ocasiões, confiar na mobilidade do seu Batalhão (ou
Agrupamento) e no apoio de fogos disponível para influenciar a acção no moimento decisivo,
em vez de designar uma reserva formal. Todavia, o Comandante tem sempre em pensamento
uma das suas unidades como reserva, quando ele desloca elementos do Batalhão por lanços.
Unidades não empenhadas podem ser rapidamente deslocadas para locais decisivos do
combate para explorar o sucesso ou deter um ataque inimigo, tipo reserva à ordem é uma
técnica recomendada.
• Os carros de combate são colocados normalmente no escalão de ataque. Eles são um excelente
meio de influenciar o ataque principal.
• Os carros de combate podem apoiar pelo fogo quando o terreno impede os seus deslocamentos
com o escalão de ataque.
Quando se deslocam juntos no mesmo eixo, os carros podem seguir a infantaria por lanços, de uma
posição de tiro coberto e abrigada para a posição seguinte, ou se as armas anticarro foram eliminadas,
avançam rapidamente para a frente para destruir bolsas de resistência isoladas. Um pequeno número
de carros com uma força significativa de infantaria pode tornar-se decisivo. Os carros podem ser
utilizados como “armas de acompanhamento blindadas” ou como “canhões de assalto” operando bem
à frente, e integrados no fogo e movimento da infantaria.
O apoio a partir do PelACar do Batalhão pode reduzir a necessidade de sobreapoio a prestar pelos
carros de combate.
a. Objectivo
b. Objectivos Intermédios
• A sua conquista facilita o controlo das unidades subordinadas e o apoio mútuo entre elas
(devido à observação oferecida pelo terreno), ou é necessário fasear antes do objectivo final.
• Ele é necessário para o posicionamento das unidades subordinadas ou armas, para garantir uma
coordenação estreita, ou o apoio de um ataque contra uma posição inimiga forte.
c. Limites
Os limites definem as zonas de acção das unidades no ataque e auxiliam o controlo dos fogos e
os deslocamentos daquelas unidades. Os limites são normalmente delineados ao longo de
características de terreno facilmente identificáveis, e estão situados de modo a que não se
dividam responsabilidades por mais do que uma unidade, tais como, sobre pontos importantes e
eixos de aproximação. Os limites prolongam-se para além do objectivo pelo menos até à
profundidade necessária para coordenar os fogos e para o posicionamento de elementos de
segurança na conquista e consolação do objectivo. Os limites estendem-se igualmente para a
retaguarda na extensão necessária que permita espaço para o posicionamento dos elementos de
comando e elementos do apoio de combate e de apoio de serviços. A projecção à retaguarda dos
limites definem o limite à retaguarda da área de responsabilidade das unidades.
Os limites raramente são usados nos flancos expostos.
As unidades só podem deslocar-se ou realizar fogos através dos limites após coordenação com
as unidades adjacentes. Em certas circunstâncias, tais como em operações aeromóveis, os
limites só serão usados na linha de partida (LP) e na área do objectivo. As armas de tiro directo
podem fazer fogo para além dos limites desde que tenham referenciado unidades inimigas.
d. Zona de Acção
A zona de acção consiste na área atribuída para as operações dos elementos subordinados.
Normalmente, ela é o terreno entre dois limites laterais. O prolongamento dos limites para a
frente e para a retaguarda definem os limites anteriores e posteriores da zona. Dado que os
limites raramente são usados num flanco exposto, a frente da ZA estende-se na direcção do
flanco exposto. A frente da ZA estende-se na direcção do flanco exposto tão longe quanto o
Comandante considera necessário para cumprir a sua missão e garantia a segurança das suas
forças. Normalmente ela não se estende além das possibilidades de actuação ou do alcance
eficaz de armas orgânicas e de apoio.
As zonas de acção são atribuídas quando é necessário uma estreita coordenação e cooperação
entre unidades adjacentes, ou quando a missão das unidades exige uma definição clara das
zonas de responsabilidade. Se se deseja a eliminação de todas as forças amigas, a 00p deve-o
especificar. Se são ultrapassadas unidades inimigas, a Brigada destruí-las-á com a unidade de
seguimento e apoio, com a sua reserva, ou pelo fogo. O Comandante da Brigada deve ser
informado de todas as unidades inimigas ultrapassadas.
O Comandante é responsável por todas as operações na sua ZA, excepto aquelas que
especificamente forem assumidas pelo Comando superior, O Comandante é livre de manobrar
as suas unidades dentro da sua ZA. O Comandante é responsável pela localização e destruição
do inimigo na sua ZA, de acordo com o cumprimento da sua missão e de maneira a fornecer a
necessária segurança ao seu comando. Unidades inimigas referenciadas, cujo potencial ou
localização possam ameaçar o sucesso da Brigada ou do escalão superior, não serão
ultrapassadas sem autorização do Comandante da Brigada.
Não há uma regra única que possa estabelecer uma extensão apropriada das ZA, para um ataque
de Batalhão. A extensão da ZA, é baseada em função da missão, do inimigo, do terreno, do
espaço de manobra necessário e da extensão e natureza do objectivo. Cada um destes factores
deve ser considerado em relação aos outros. Visto que eles raramente estão em consonância, e
estando frequentemente em conflito, devem ser considerados em conjunto.
(1)MISSÃO
(2)INIMIGO
(3)TERRENO
(4)ESPAÇO DE MANOBRA
Deve haver espaço suficiente para a manobra das forças atacantes e par utilização eficiente
dos fogos de apoio. A ZA deverá ser suficientemente larga que permita aos comandantes
subordinados grade latitude na selecção de um esquema de manobra, e ser suficientemente
extensa para evitar congestionamentos das unidades, reduzindo desse modo o risco de
criação de alvos remuneradores à massa dos fogos defensivos inimigos.
(5)OBJECTIVO
É designado um EProg para indicar a direcção geral do movimento de uma unidade. A uma
unidade que progride por um eixo não lhe é exigido que limpe a área ao longo desse eixo; a
unidade pode ultrapassar forças inimigas que não ameacem o cumprimento da sua missão.
Todavia, quando são ultrapassadas forças, o Comando superior deve ser informado. Uma
unidade pode desviar-se do seu eixo, mas os grandes desvios devem ser comunicados. Os
Comandantes devem assegurar-se de que os desvios ao eixo de progressão não interferem com
os deslocamentos ou os fogos das unidades adjacentes.
Normalmente é usado um EProg quando as condições de progressão favorecem uma conquista
rápida de um objectivo profundo; em operações contra resistências inimigas ligeiras ou
descontínuas; e quando não há necessidade de ataques em apoio mútuo. Um EProg é mais
frequentemente usado nas operações com forças mecanizadas ou blindadas,
Quando é atribuído um EProg a uma Companhia, ela adopta a formação mais adequada à
situação. Quando o Batalhão utiliza dois EProg, eles devem estar suficientemente afastados de
modo a permitirem a liberdade de manobra em cada um, ainda que suficientemente perto que
permitam às unidades em cada eixo manobrem em apoio da outra.
O Comandante não necessita de empregar a sua unidade em coluna, no eixo que lhe foi
atribuído. Ele pode manter o eixo atribuído, que será utilizado pelas forças do ataque principal,
enquanto designa um eixo adjacente para o ataque secundário; ou o Comandante pode designar
dois eixos, de progressão, seguindo a direcção geral do eixo que lhe foi atribuído. A atribuição
de eixos adicionais não pode levar à possibilidade de interferência com as unidades adjacentes.
Pode ser indicado um EProg dentro da ZA, para melhor controlar a localização geral da unidade
subordinada dentro dela.
f. Direcção de Ataque
A direcção de ataque é geralmente mais restrita do que um EProg, dado que designa uma
direcção específica ou itinerário a ser utilizado pelo centro de gravidade das forças que aí se
deslocam. Dada a sua natureza restritiva, a direcção de ataque somente é usada quando é
necessário um apertado controlo sobre a manobra dos elementos subordinados ao longo de um
itinerário especifico. A atribuição desta medida de controlo tem particular aplicação no contra-
ataque.
g. Linha de Partida
É definida uma linha de Partida (LP) para coordenar a partida dos elementos de ataque. A LP
deve ser facilmente referenciada no terreno e na carta, e ser, na generalidade, perpendicular à
direcção do ataque. Ela deve permitir uma aproximação coberta e abrigada e oferecer protecção
contra a observação e fogos directos do inimigo. A LP deverá estar sob o controlo das forças
amigas e, se forem usadas armas nucleares, deverá corresponder às directivas do Comandante
sobre protecção das tropas, Quando a LP não poder ser fixada no terreno, como num contra-
ataque, a Linha de Contacto (LC) pode ser indicada como LP.
O Comandante de Batalhão pode escolher uma LP diferente da determinada pela Brigada,
providenciando que os seus elementos da testa atravessem a LP da Brigada no momento por ela
determinado. Quando as unidades atacantes estão demasiadamente separadas, o Comandante de
Batalhão pode, se necessário, determinar LP e horas de ataque diferentes.
h. Hora de Ataque
Designa-se por hora de ataque (Hora H), o momento em que os elementos da testa atravessam a
LP. Ela pode ser a uma hora prevista, a um sinal combinado, à ordem, ou após a execução de
uma acção táctica especifica. A escolha da Hora H inclui os seguintes factores: directivas
impostas pelo Comando superior; tempo necessário para as unidades subordinadas fazerem
reconhecimentos, preparar e coordenar planos, distribuir ordens, organizarem-se e deslocarem-
se para a LP; e a necessidade de surpreender o inimigo e tirar vantagem da sua fraqueza antes
que ele a possa corrigir.
O ataque dos elementos subordinados pode ser escalonado no tempo para iludir o inimigo e
permitir deslocar os fogos de apoio para os sucessivos ataques. Podem ser utilizadas horas
diferentes de ataque tendo em conta as diferentes velocidades de progressão das unidades,
garantindo assim que todas as unidades atacantes cheguem simultaneamente ao objectivo. Um
ataque simultâneo de todos os elementos impede que o inimigo concentre os seus fogos apenas
num elemento do ataque.
Quando são empregues armas nucleares ou químicas antes de um ataque, o seu emprego é
cuidadosamente coordenado com a hora do ataque. A Hora H deverá seguir-se o mais cedo
possível após a detonação da arma nuclear, para permitir a exploração imediata dos seus efeitos.
j. Zonas de Reunião
Uma Zona de Reunião (ZRn) é uma área na qual um comando prepara uma acção futura. A
Brigada normalmente prescreve zona (s) de reunião para o Batalhão. Nesta área (s), o
Comandante de Batalhão atribui zonas de reunião de Companhia, dispersas, para defesa em
todas as direcções. Aqui são distribuídas as ordens, terminados os reabastecimentos e a
manutenção, e completada a organização para o combate. As ZRn devem fornecer
dissimulação, dispersão, itinerários adequados para a frente, e segurança contra ataques aéreos e
terrestres. Quando possível, as ZRn devem ficar fora do alcance eficaz do grosso da artilharia
inimiga.
1. Linhas de Fase
Uma Linha de Fase (LF) consiste numa linha que atravessa completamente a zona ou a área
provável de acção. Deve localizar-se em terreno facilmente identificável, tal como uma crista,
curso de água ou uma estrada. A LF utiliza-se para controlar os deslocamentos das unidades;
todavia, as unidades não necessitam de para na LF, mas pode-lhes ser ordenado para o fazerem.
Uma LF pode ser utilizada para limitar o avanço dos elementos atacantes. As LF são
particularmente utilizadas nas operações de maior mobilidade. Às unidades normalmente é
pedido para informarem a chegada às LF.
m. Eixos de infiltração
Dentro da área de infiltração, são designados eixos que garantem espaço de manobra suficiente
a grupos de infiltração que se desloquem em segredo. Numa infiltração, para facilitar o controlo
e a coordenação dos fogos, o Comandante pode utilizar eixos de infiltração conjuntamente com
a designação em código dos grupos de infiltração e a sua sequência de deslocamento, pontos de
referência e LF. São designados pontos ou zonas de reunião ao longo do eixo (s) de infiltração e
na área do objectivo.
n. Pontos de Referência
Os pontos de referência são pontos utilizados para facilitar o controlo. Eles podem ser
seleccionados ao longo da ZA, do EProg ou de direcções de ataque. Por alusão a um ponto de
referência, um comandante subordinado pode rápida e correctamente informar as suas
sucessivas localizações e pedir apoio de fogos. O escalão superior pode usar pontos de
referência para indicar objectivos, linhas de partida, zonas de reunião, etc.
o. Base de Assalto
A base de Assalto (BAss) é uma área junto ao Obj., onde a unidade se desenvolve nas
formações de assalto. Deve ser coberta, abrigada e ter espaço suficiente para a unidade se
desenvolver. A força não deve parar nessa posição, ou perder o ímpeto durante o seu
desenvolvimento.
0423. SEGURANÇA
O Comandante de Batalhão é responsável pela segurança da sua unidade como um todo. Por seu
turno, os Comandantes de cada elemento subordinado são responsáveis pela segurança das suas
unidades. São tomadas medidas activas e passivas antes do ataque, para evitar que o inimigo
determine a hora e local do ataque, e dissimular a sus preparação. Embora o OOp do Batalhão
normalmente não inclua um anexo de medidas de segurança e decepção, todas as operações incluem
algumas medidas. Além disso o Batalhão auxiliará na implementação de tais planos elaborados pelo
Comando superior. O Comandante de Batalhão emprega unidades orgânicas e de reforço (ou
elementos delas) e forças de apoio para a segurança desejada. O PelRec ou elementos do Esquadrão
de Cavalaria do Ar/Divisão, o qual pode apoiar a Brigada ou o Batalhão, são ideais para missões de
segurança, devido à sua mobilidade orgânica e ao seu potencial de fogo. Durante o ataque, a
segurança é obtida pelo emprego de forças de segurança e de meios de vigilância, dispositivo das
unidades amigas, velocidade com que o ataque é realizado, controlo de pontos importantes, e
utilização dos fogos de apoio. Quando são empregues forças de segurança do Batalhão, elas
normalmente actuam sob o controlo directo do Batalhão, sendo-lhes dadas missões de acordo com a
situação. Na determinação das necessidades de segurança, o Comandante considera a segurança
oferecida por todos os meios disponíveis.
Quando o Batalhão actua numa frente extensa, podem surgir intervalos de considerável largura
entre as Companhias do Batalhão, ou entre o Batalhão e unidades adjacentes. A responsabilidade
pelo controlo de tais intervalos deve ser claramente definida.
Os intervalos são controlados, em principio por forças de segurança, por patrulhas. Por vigilância
aérea e terrestre e pelo fogo, utilizando os meios imediatamente disponíveis tais como meios
aerostáticos.
Se as forças inimigas detectadas nos intervalos são suficientemente fortes para interferir
seriamente com o cumprimento da missão, serão destruídas pelo fogo ou pelo fogo e movimento.
De preferência elas são destruídas pelo fogo, para evitar o empenhamento de forças. Se as forças
inimigas não constituírem uma séria ameaça, essas forças serão fixadas ou vigiadas por uma força
compatível com a missão, até que possam ser destruídas pela reserva da Brigada ou outras forças.
O Comandante de Batalhão é responsável pela segurança das transmissões de todas as suas redes
rádio, incluindo a segurança física, a segurança criptográfica e segurança das transmissões.
È necessária atenção especial às medidas de segurança das transmissões, de maneira a reduzir ao
mínimo a eficiência dos meios de informações do inimigo nas transmissões das forças amigas, nos
radares, e nos meios de vigilância de infravermelhos. As Companhias devem utilizar todas as
seguranças de transmissões disponíveis e meios de contra-contramedidas para reduzir os efeitos da
exploração das transmissões do inimigo e o seu impacto nas operações das unidades, Veja o
Anexo G sobre mais detalhes da segurança das transmissões.
• Determinar que objectivo (s) deve ser conquistado para assegurar o cumprimento da missão.
Um objectivo assim atribuído, será normalmente o objectivo do ataque principal.
• Assegurar que as Companhias têm espaço de manobra adequado para fisicamente ocupar o
objectivo ou para conquistar o terreno que domine o objectivo.
b. 2ª Tarefa. Identificar Eixos de Aproximação das Companhias, das suas Bases de Ataque para
os seus Objectivos.
• Incluir quer as unidades que inicialmente se opõem ao ataque, quer as que poderão reforçar a
defesa.
d. 4ª Tarefa. Visualizar quantos Pelotões podem ser colocados nos Eixos de Aproximação e como
eles deverão Progredir para os seus objectivos.
• Primeiro concentrar a atenção nos eixos que conduzem ao objectivo que foi atribuído ao ataque
principal.
• Atribuir pontos importantes, os quais facilitam os deslocamentos nos EAprx, bem como
objectivos intermédios.
• Ponderar o esforço da Companhia que executa o ataque principal (se for indicado um ataque
principal) fornecendo-lhe:
• Carros de Combate
• Apoio de helicópteros de ataque
• Prioridade de fogos
• Apoio aéreo próximo
• Reforço de Pelotões de Infantaria
• Apoio de engenharia
• Transportes aéreos (ou outros meios de mobilidade)
• Defesa antiaérea
• EAprx que mais facilite o cumprimento da missão
• Uma reserva.
• Assegurando que todas as unidades que executam ataques secundários têm potencial de
combate compatível com a sua missão. O seu potencial de combate pode ser aumentado com os
mesmos meios que foram indicados para o ataque, principal; contudo, o Comandante deve
evitar enfraquecer desnecessariamente o esforço principal. Se necessário, ele pode ajustar os
ataques secundários.
• Utilizar fumos para mascarar a progressão, para reduzir os fogos inimigos, e para enganar o
inimigo sobre a direcção do ataque principal.
• Se são planeados fogos nucleares ou fogos químicos, assegurar que são difundidas mensagens
de aviso de rebentamento NBQ amigo e que são tomadas medidas de protecção contra tais
fogos.
• Transmissões
• Reabastecimentos de armamento, munições e equipamento crítico.
• Evacuação
• Alimentação (incluindo água)
• Descontaminação NBQ
A fase preparatória de um ataque inclui acções preliminares, tais como, o deslocamento para as ZRn
e operações de reabastecimento. Se são utilizados fogos de preparação (aéreos e terrestres),
normalmente eles são iniciados nesta fase. È feita a avaliação imediata dos danos e baixos resultantes
de ataques nucleares e químicos e as equipas de detecção e reconhecimento químico e radiológico
das Secções NBQ informam sobre a actual área de perigo químico e o nível de radiação, para efeitos
de comparação com as necessidades calculadas de segurança das tropas no Guia de Exposição
Operacional (GEO). Veja o Anexo B para utilização do GEO.
É intensificada a actividade de recolha de notícias, particularmente a vigilância aérea e terrestre, para
detectar a reacção do inimigo aos fogos de preparação, ao deslocamento das forças, e
particularmente a quaisquer fintas, demonstrações ou a outras medidas de decepção conduzidas
como parte do plano de decepção da Divisão.
As forças saiem das ZRn as bases de ataque, ou atravessam-nas sem para, preparadas para
atravessarem a LP à Hora H.A progressão das ZRn para a frente deve ser feita a coberto dos fogos de
preparação.
Os princípios gerais da conduta do ataque são explanados na Secção II. Muitas das medidas especificas,
utilizadas na conduta do ataque, são discutidas na Secção IV. Esta Secção apenas apresenta um panorama
geral de como é conduzido um ataque. A informação aqui contida é aplicada na generalidade, a todos os
tipos de operações ofensivas.
O ataque começa quando as unidades atravessam a LP. A menos que hajam outras instruções, as
unidades atravessam a LP à hora prescrita na OOp. Se são utilizados itinerários para a LP eles devem
ser reconhecidos e sinalizados (ou utilizados guias).
O deslocamento para a LP deve ter inicio a uma hora que permita às armas de apoio, ou ás unidades
em sobreapoio, de se posicionarem perto da LP antes das unidades a atravessarem. As unidades
normalmente não param nas bases de ataque a menos que elas estejam adiantadas em relação ao
horário ou lhes seja ordenado que ocupem as bases de ataque. Se tal lhes for ordenado, as unidades
param. Mantêm o seu dispositivo de ataque, suficientemente disperso para garantirem a segurança
imediata, e esperam pela ordem ou sinal para avançarem. O Comandante de Batalhão vai junto da
LP, para fazer coordenações finais ou para observar o campo de batalha, enquanto atrás, o seu 2º
Comandante ou o OfOp deslocam o Batalhão. Os seus Comandantes de Companhia podem
acompanhá-lo ou não.
A formação para o deslocamento pode ser a coluna (por exemplo, como a que foi descrita na marcha
para o contacto9 ou, se a distância ao objectivo for curta, o Batalhão pode já estar em linha. Em
qualquer dos casos, as unidades subordinadas utilizam a técnica de progressão apropriada, consoante
a probabilidade de contacto com o inimigo. Normalmente a LP é a linha na qual se espera o contacto.
Então, será usada a técnica de deslocamento de progressão com sobreapoio. Os lança-foguetes, os
mísseis guiados anticarro (MGACar), e as metralhadoras em sobreapoio, fornecem fogos ajustados
em apoio dos elementos que se deslocam. Se não há posições de sobreapoio disponíveis, as armas de
tiro directo deslocam-se com aqueles elementos. Em alguns casos, quando não há posições
disponíveis ao longo do itinerário para o objectivo, os MGACar são deixados nas bases de ataque e
trazidos para a frente durante a consolidação do objectivo. Em qualquer dos casos, durante o
deslocamento para o objectivo, os fogos indirectos são utilizados para baterem posições inimigas
conhecidas ou suspeitas. Se a distancia ou objectivo está fora de alcance do apoio dos morteiros, eles
têm de se deslocar por escalões, para que possam garantir um apoio contínuo. No caso contrário, se a
distância ao objectivo está dentro do alcance dos morteiros, eles apoiam a partir de uma posição à
retaguarda da LP e são deslocados para a frente após a consolidação do objectivo.
Os fogos de preparação continuam até que os elementos de assalto cheguem às posições inimigas. À
medida que os alvos se revelam, são requisitados fogos de apoio a pedido pelos observadores
avançados dos morteiros ou de artilharia, que seguem com os elementos de assalto. Todo o ataque é
caracterizado por uma série de avanços rápidos e de assaltos. Se elementos blindados participam no
ataque, elementos de carros de combate e de infantaria actuam em subagrupamentos de armas
combinadas para complementarem as possibilidades e diminuírem as limitações de cada um. Durante
esta fase do ataque, os carros de combate podem utilizar o reconhecimento pelo fogo para
esclarecerem a situação, se não se procura obter a surpresa. O deslocamento faz-se ao longo de
EAprx cobertos e abrigados. Se não houver disponibilidades de tais EAprx, a observação inimiga
pode ser cegada através dos fumos, ou toma-se a opção de conduzir o ataque à noite ou durante
outros períodos de visibilidade limitada (por exemplo, nevoeiros, chuva ou neve), se houver tempo
disponível.
É absolutamente necessário manter o ímpeto do ataque. Deve-se prever que o inimigo utilize
obstáculos e minas, empregando-se todos os esforços para rapidamente abrir brechas e passar através
ou rodeando tais barreiras. Além disso, se as forças vestem roupas de protecção NBQ, o
deslocamento pode ser mais lento. Deve-se empregar todos os recursos disponíveis para melhorar a
mobilidade da força. Provavelmente será necessário observar-se o silêncio rádio, durante o
deslocamento, até que o inimigo descubra o ataque. De qualquer forma, o deslocamento deverá ser
controlado com ou sem a ajuda dos rádios.
Normalmente são evitados os altos nos objectivos intermédios, desde que não retardem o ataque e
aumentem grandemente a vulnerabilidade. A força deve chegar ao objectivo final com a maior
velocidade possível e no mais curto espaço de tempo e com o máximo potencial de combate;
demorar-se é expor-se aos fogos inimigos, e uma grande demora será a sua perda. A combinação da
velocidade, ataques múltiplos e todos os fogos de apoio disponíveis, aumenta-se o efeito de choque
da força de assalto. Quando os elementos empregam o fogo e o movimento, os Comandantes em
todos os escalões devem tomar uma atitude dinâmica para assegurarem que os deslocamentos são
rápidos e que toda a força continua o seu avanço sobre o inimigo. Resistências inimigas fracas são
ultrapassadas ou mesmo fixadas com um mínimo de forças. A Brigada é informada da localização
dos elementos ultrapassados. Se foi ordenado à unidade para limpar a zona, são deixadas forças
suficientes, e com adequado apoio de fogos, para destruir a força inimiga, sem diminuir o ímpeto do
ataque.
Durante o ataque as unidades seguem de perto os fogos de apoio. As armas de apoio mudam de
posição por escalões para garantirem um apoio contínuo. Contadores radiológicos e químicos, que
seguem com as unidades de ataque, informam sobre as áreas contaminadas. Estas áreas devem ser
ultrapassadas ou atravessadas rapidamente para reduzir a exposição.
À medida que o ataque progride, o Comandante muda o esforço do ataque para tirar partido de
sucesso táctico, para evitar posições inimigas fortes, conhecidas ou suspeitas, ou para tirar partido de
itinerários de progressão mais favoráveis, à medida, que eles se revelam. O Comandante muda o
esforço do seu ataque, sobretudo pela mudança da prioridade de apoio de fogos ou pelo emprego da
sua reserva. Através de um reconhecimento aéreo e terrestre agressivo, ele pode encontrar condições
de terreno ideais ou adversas para explorar as suas vantagens ou para diminuir o seu impacto nas
suas operações.
Os elementos de apoio de serviços devem seguir as unidades de manobra de uma distância tal que
evitem interferir com a manobra ou que fiquem sob fogos directos. Se possível, eles devem ficar uma
posição abrigada até serem levados para a frente, à medida que são precisos, ou à medida que os
deslocamentos para a frente sejam permitidos. Se a distância ao objectivo é curta, eles são retidos nas
bases de ataque e levados para a frente durante a consolidação do objectivo.
Õ ímpeto do ataque é mantido:
• Pela progressão, tão rápida quanto possível, das forças de escalão de ataque para os seus
objectivos.
• Pelo deslocamento oportuno dos elementos de apoio de fogos.
• Pelo emprego oportuno das reservas.
• Pela oportuna aplicação de planos de alternativa ou de contingência.
SE A Companhia é batida por fogos indirectos. Ela desloca-se rapidamente para fora da área batida,
ou contorna-a, e continua o seu avanço, se ela é atingida por fogos directos a curta distância do
objectivo, deve responder sem demora a tais fogos. Para neutralizar posições inimigas, ou para cegar
a sua observação, devem ser utilizados os fogos indirectos planeados. Pode ser ordenado ás
Companhias para ultrapassar posições inimigas que não afectem o cumprimento da missão do
Batalhão, o que depende da localização e tipo de resistência das posições inimigas, e do plano do
Batalhão. A Brigada é informada sobre as posições inimigas ultrapassadas. Se uma posição inimiga
não pode ser ultrapassada ou neutralizada pelos fogos indirectos, o Comandante de Batalhão indica a
uma Companhia (ou Companhias) para utilizar o fogo e o movimento para prontamente atacar e
destruir a posição, utilizando ordens parcelares para dirigir as suas forças. Deve-se ter o maior
cuidado para que uma pequena força inimiga não possa retardar o ataque desnecessariamente. Logo
que a resistência é vencida, o Batalhão reassume imediatamente a progressão para o objectivo.
À medida que o batalhão se aproxima das bases de assalto, ele não deverá retardar o seu avanço ou
parar Logo que o Batalhão se aproxima das bases de assaltos são aumentados os fogos sobre o
objecto. Loque que os fogos de artilharia são transportados do objectivo para outros alvos, o
Comandante deve estar preparado para deslocar rapidamente a sua unidade para o objectivo. Os
fogos são transportados para a retaguarda e para os flancos do objectivo para o isolar e evitar a fuga
de forças inimigas, que o objectivo seja reforçado, ou conter um contra-ataque. Logo que o Batalhão
atravessa a base de assalto, ele desenvolve (coloca as unidades em linha) ocupando a maior extensão
possível e começa o seu assalto. Se o Batalhão é forçado a parar na base de assalto, ele desenvolve,
preparado para atacar, mascara a sua posição com fumos, e espera ordem para o assalto. Os fogos
sobre o objectivo devem continuar, enquanto o Batalhão está parado nas base de assalto.
0429. O ASSALTO
O assalto começa logo que as unidades desenvolvam na base de assalto e continuem o seu
deslocamento para o objectivo. As Companhias e os Pelotões empregam o fogo e o movimento. Os
soldados utilizam lanços para continuarem num avanço agressivo. O importante é chegar
rapidamente ao objectivo, antes que o defensor possa reagir. As armas de tiro directo do Batalhão
apoiam o assalto a partir de uma posição de sobreapoio. Durante a consolidação elas deslocam-se
rapidamente para o objectivo. Veja o Capitulo 8 sobre outros fogos de apoio que o Comandante tem
à sua disposição.
O Comandante de Batalhão mantém a sua reserva perto, mas sem impedir a manobra das
Companhias de assalto. Ele pode utilizar a sua reserva para:
manobra das Companhias de assalto. Ele pode utilizar a sua reserva para:
Depois do objectivo ter sido limpo, o Comandante de Batalhão informa o Comandante de Brigada da
sua conquista.
O período para consolidação e reorganização deve ser breve porque o Batalhão, nesta fase do ataque,
encontra-se vulnerável a fogos convencionais, nucleares e químicos. È melhor continuar o ataque e
aparar numa posição para além do objectivo, que garanta segurança e dispersão. Se o Batalhão
necessita parar para se reabastecer e fazer o recompletamento das suas perdas, o Comandante da
Brigada pode fazer uma passagem de linha com outra unidade, para continuar o ataque.
Esta secção trata operações ofensivas especiais e suas missões que não são classificadas nos tipos principais
de operações ofensivas. Elas são:
• Reconhecimento em força
• O Batalhão como reserva da Brigada
• O Batalhão como força de seguimento e apoio
• Golpes de mão
• Finta
• Demonstração
0432. RECONHECIMENTO EM FORÇA
Embora o reconhecimento em força seja um meio eficaz de obter informações acerca do inimigo ele
não deverá ser empregue se tais informações poderem ser obtidas por outros meios. A possibilidade
de parte da força se empenhar em condições desfavoráveis assume grande importância no
planeamento e conduta da operação.
O batalhão é normalmente o menor escalão que executa um reconhecimento em força e pode ser
empregue independente ou como parte de uma GU. No reconhecimento em força da brigada, o
Batalhão pode constituir a força de reconhecimento ou pode ocupar posições defensivas até ao fim da
operação.
Se um batalhão de Infantaria é a força de reconhecimento, ele planeará e executará como se tratasse
de uma marcha para o contacto ou de um ataque. A força deve ter potencial de combate suficiente
para obrigar o inimigo a reagir, revelando as suas armas, o dispositivo e o plano de emprego dos seus
meios. A missão atribuída ao Batalhão pode ser de:
• Conquistar um objectivo no terreno que force o inimigo a reagir; preparar-se para continuar o
ataque a partir daquele objectivo;
• Ocupar um objectivo no terreno que obrigue o inimigo a reagir, posteriormente recolher à posição.
As forças aeromóveis são adequadas para este tipo de missão fase a forças de infantaria apeada.
A brigada, no ataque deliberado, pode inicialmente ter em reserva um Batalhão a duas ou três
Companhias. O Comandante e o EM deste Batalhão ficam com uma tarefa de planeamento diferente
de qualquer outra e, em muitos aspectos, mais complexa do que planear um ataque principal ou um
ataque secundário. A reserva destina-se a explorar o sucesso e continuar o ataque em curso, a manter
o ímpeto do ataque, ao empenhar uma força fresca no momento crítico, e a manter a segurança.
Para poder responder às necessidades do comando superior, a reserva deve estar posicionada
bastante à frente para rapidamente entrar em acção quando para tal lhe for ordenado por outro lado,
não pode estar tão à frente que fique sujeita aos fogos das armas de tiro directo e dos morteiros, ou
que fique imobilizada prematuramente, incapaz de empregar os seus fogos ou de manobrar à ordem
do Comandante da Brigada.
Por último, enquanto que a situação do inimigo pode estar esclarecida no inicio do ataque
deliberado, a situação que se deparar quando a reserva for empenhada, pode não estar
suficientemente esclarecida. Todos estes factores dificultam o planeamento à reserva.
a. Hipótese de Emprego
O Batalhão em reserva pode receber instruções para se preparar para um determinado número de
hipóteses de emprego. Dentro destas indicam-se as seguintes.
Isto pode querer significar sobreapoiar, fornecer fogos de supressão, ou manobrar. Qualquer
destas alternativas pode exigir o empenhamento de apenas uma Companhia ou de todo o
Batalhão.
Esta hipótese exige que o Batalhão em reserva ataque por ultrapassagem ou contornamento do
Batalhão da frente, para conquistar o (s) objectivo (s) atribuído (s) a esse Batalhão. Atacar por
contornamento é preferível por três razões. Primeiro, a passagem de linha pode ser difícil.
Segundo, a ultrapassagem do Batalhão em 1º escalão coloca a força de reserva em posição
frontal face a qualquer força inimiga que esteja a opor-se à unidade a ultrapassar. Terceiro, se
surgir uma oportunidade para empenhar a reserva, esta oportunidade normalmente não decorre
de se passar através de uma força empenhada, mas de se passar em torno dela, por um lado ou
por outro, para flanquear o inimigo.
Se há uma hipótese do tipo “continuar o ataque” que possa ser planeada em pormenor, então o
Comandante deve organizar as suas forças para esta missão, antes do inicio da operação.
b. Ligação
Um golpe de mão é uma operação executada dentro do território inimigo, com uma finalidade
específica, e sem intenção de conquistar ou ocupar terreno. A operação pode ser realizada por forças
apeadas, mecanizadas, aeromóveis ou anfíbias. AS força que executa o golpe de mão retira sempre
depois de cumprir a missão.
Os golpes de mão podem ter por finalidade:
• Capturar prisioneiros
• Capturar ou destruir determinado material inimigo, documentos ou instalações.
• Obter informações acerca de unidades inimigas, suas localizações, dispositivos, pontos fortes ou
pontos fracos e procedimentos operacionais.
• Forçar o inimigo a alterar os seus planos
• Libertar pessoal
A segurança é vital porque a força de golpe de mão é vulnerável a ataques de todas as direcções. A
surpresa e a rapidez de execução são de grande importância para o cumprimento da missão e
sobrevivência da força.
a. Objectivos
Quando o Batalhão recebe a missão de executar um golpe de mão, a sua finalidade é expressa com
pormenor. Por exemplo:
ou
ou
b. Hora de Início
Como acontece com os objectivos, a hora de inicio do golpe de mão pode ser explicitada,
normalmente para coincidir com outras operações ofensivas, quer para as apoiar quer para
beneficiar do seu apoio. Se a hora não for especificada, o Comandante considera que deve lançar o
golpe de mão de tal maneira que atinja a área do objectivo em condições que favoreçam a surpresa.
c. Itinerários
A força que executa o golpe de mão desloca-se para a área do objectivo e retira dela por itinerários
diferentes. A protecção conferida pelo terreno deve ser aproveitada ao máximo, especialmente de
dia. Durante a retirada da área do objectivo, a força deve manter aberto o itinerário quer utilizando
fogos quer ocupando temporariamente o terreno que o domina.
As forças através das quais irá passar a força devem estar preparadas para a apoiar se o inimigo a
perseguir. A coordenação das áreas de passagem principais e de alternativa, deve ser efectuada
antes da realização do golpe de mão.
e. Conduta
Há dois tipos de golpes de mão fundamentais. O primeiro é aquele em que a força se desloca para,
em torno, ou para a retaguarda do objectivo, empregando normalmente técnicas de infiltração, para
obter a surpresa no assalto. Cumprida a missão, a força recolhe rapidamente a uma área sobre o
controlo das forças amigas. Este tipo de golpe de mão é adequado a missões que exijam a captura
de prisioneiros ou a captura ou destruição de determinado material do inimigo, ou a destruição de
instalações. No segundo tipo de golpes de mão a força desloca-se rápida e violentamente numa
área controladas pelo inimigo, destrói tudo à sua passagem e regressa às linhas amigas. Este tipo
de golpe de mão corresponde a missões que exijam a destruição de uma força, de instalações ou
visem forçar o inimigo a alterar os seus planos.
O apoio de Artilharia de Campanha deve ser cuidadosamente planeado para que possa estar
permanentemente à disposição do Comandante da Força que executa o golpe de mão. Este apoio
pode ser garantido por unidades de artilharia posicionadas à retaguarda das linhas amigas. Em
casos excepcionais, alguma artilharia pode deslocar-se com o Batalhão. Se se admitir a
possibilidade de ataques aéreos inimigos enquanto a força estiver fora do alcance normal da
artilharia antiaérea, há que integrar alguns sistemas de defesa aérea, em complemento das armas
orgânicas do Batalhão. Será necessário meios de engenharia, se a força de golpe de mão tiver de
preparar e executar grandes demolições.
Esta secção trata das operações ofensivas sob condições especiais. Estas condições são especiais não apenas
porque exigem tratamentos especiais. Elas podem ser constantemente encontradas no campo de batalha. As
condições são:
• Visibilidade limitada
• Terreno urbanizado
• Obstáculos aquáticos
O Batalhão deve estar em condições de executar uma marcha para o conctato e atacar de noite e
durante períodos de visibilidade limitada. As operações ofensivas nestes períodos têm a vantagem de
atingir o defensor quando a sua observação. A eficácia das suas armas estão limitadas e quando o
apoio mútuo entre posições é mais difícil. Estas operações visam:
a. Operações Nocturnas
A visibilidade limitada pela neve, chuva, nevoeiro e fumos apresenta problemas específicos quer
quanto à orientação quer quanto à manobra das forças. Devido à dificuldade de identificar, quer as
forças amigas, quer as forças inimigas, a aquisição de objectivos é complicada.
à eficiência humana fica limitada pela incapacidade de ver, e muitas actividades que são simples
em tempo quente e seco, são de difícil execução com neve ou com chuva. Sobrecarregados com
impermeáveis, agasalhos, ou com outros artigos especiais de fardamento, os soldados necessitam
de mais tempo para realizar as tarefas elementares e causam-se mais depressa. A eficiência dos
radares é afectada pela neve, chuva ou nevoeiro, e os actuais equipamentos de visão nocturna
pouca utilidade têm. A iluminação pouco contribui para a melhoria da visibilidade.
c. Vantagens e Inconvenientes
O defensor dispõe da vantagem de conhecer o terreno e ter as suas armas instaladas para realizar
fogos de protecção final. O medo assume um aspecto preponderante, e consequentemente, diminui
a capacidade para manter a segurança. O defensor perde capacidade para:
• Manter o apoio mútuo entre posições
• Bater eficazmente objectivos inopinados
• Reforçar rapidamente com fogos ou manobra
• Detectar infiltrações
O Batalhão pode deslocar em períodos de visibilidade limitada, com finalidades diversas. A mais
frequente é a de manter o ímpeto ofensivo Disso é exemplo o Batalhão ter de manter uma pressão
contínua sobre uma força inimiga que foi desalojada das suas posições durante o dia, ou participar
na exploração do sucesso ou numa perseguição lançada pela Divisão ou Corpo de Exército.
O Batalhão desloca-se normalmente num único eixo, com distâncias reduzidas entre as unidades.
Escolhem-se itinerários ao logo do terreno que facilitem orientação e controlo. No escalão
Companhia, as técnicas de progressão não são só determinadas pela probabilidade de contacto
como inimigo, mas também pela capacidade de observação. Muitas vezes só será possível
empregar a progressão continua, mesmo quando o contacto é iminente, uma vez que as técnicas de
progressão com sobreapoio, ou de lanços com sobreapoio, podem somente criar confusão.
Pode-se utilizar elementos de reconhecimento em missões de segurança na frente, e nos flancos, ou
para controlar o deslocamento. Os elementos de Engenharia deslocam-se com a Companhia testa
para permitir uma rápida transposição de obstáculos.
À noite, é planeada iluminação ao longo de itinerário, e empregam-se dispositivos de
infravermelhos para se detectarem dispositivos iguais do inimigo. O pessoal com funções mais
importantes utiliza óculos de visão nocturna. A orientação é facilitada pela escolha de itinerários
paralelos a acidentes de terreno facilmente identificáveis, por fogos indirectos pré-planeados para a
frente do itinerário, ou por radares de vigilância terrestre transportados pelas unidades.
(1) INFILTRAÇÃO
Quando o defensor ocupa posições que lhe conferem boa observação e campos de tiro
extensos, os últimos 3000 m da aproximação para o ataque podem redundar em baixas
inaceitáveis. Nestas circunstâncias poderá ser preferível aguardar o período de visibilidade
limitada que antecede o inicio do dia para explorar as vantagens proporcionadas pior essa
situação.
São escolhidos objectivos de 4 a 5 Km da LP que se presuma não estejam ocupados pelo
inimigo e o ataque é, normalmente, lançado às últimas horas da madrugada para dar ao
inimigo o mínimo de tempo para interferir no ataque subsequente.
O Comandante de Batalhão deve realizar, durante o dia, as manobras necessárias para que a unidade
que tem de assaltar posições ocupadas possa ver, ainda de dia, o objectivo e o itinerário que a ele
conduz. Uma vez iniciado o assalto, este deve ser rápido e simples.
Dado que as duas forças em presença se encontram geralmente a curta distância uma da outra, a
possibilidade de obter a surpresa depende muito do mundo em que se lança o ataque. Logo que o
Batalhão se aproxima das áreas batidas pelos fogos indirectos (se usados) estes devem ser mudados e
iniciada a iluminação. Quando a artilharia e os morteiros mudam os seus fogos, os fogos directos de
sobreapoio devem garantir a supressão. A coordenação entre os elementos de sobreapoio e de assalto
é efectuada normalmente através de artifícios pirotécnicos, cabo telefónico de assalto ou via rádio,
ou por medidas de controlo, tais como uma Linha Limite de Progressão (LLP).
Meios auxiliares de identificação, tais como painéis coloridos, braçadeiras, fitas e outros meios,
podem contribuir para o controlo das forças. Os fogos directos são difíceis de regular. Caso hajam
dúvidas sobre a posição de um alvo e das forças amigas, os fogos são inicialmente transportados para
além do objectivo e encurtados depois até ao objectivo em causa. Os objectivos a conquistar são
normalmente de menores dimensões, do que em períodos de boa visibilidade. Às Companhias é
atribuída uma direcção de ataque para garantir o controlo e a segurança dos elementos de assalto.
a. Tempo de planeamento
A decisão do Comandante de lançar um ataque nocturno deve ser disseminada pelos Comandantes
subordinados por forma a que eles tenham tempo para fazerem os seus reconhecimentos, um
planeamento detalhado, e a coordenação com outras unidades. A profundidade do planeamento
depende do tempo disponível, especialmente quando o ataque nocturno se segue a um ataque
diurno. O Comandante deve ter em consideração os riscos inerentes num ataque deste tipo.
Contudo os ataques não são descontínuos apenas porque anoitece. As brigadas e as unidades
subordinadas do escalão de ataque, planeiam para continuar o ataque pela noite, a menos que lhes
seja ordenado não o fazerem.
b. Reconhecimento
É feito um reconhecimento detalhado, quer durante o dia quer durante a noite, do itinerário de
marcha, das bases de ataque, das posições dos morteiros, pontos de partida e, se possível, dos
itinerários para a linha provável de desenvolvimento e para o objectivo. O terreno que não está
ocupado pelas forças amigas pode ser reconhecido, durante o dia, por meios aéreos e a partir de
pontos controlados pelas unidades amigas.
O reconhecimento é feito por todos os Comandantes até ao escalão Pelotão, e se houver tempo
disponível, até ao escalão Secção. Quando é necessário efectuar uma passagem de linha, o
reconhecimento deve ser efectuado juntamente com as unidades através das quais se fará a
passagem de linha. No mínimo, as informações trocadas entre as unidades incluirá a localização e
identificação dos guias das unidades ao contacto, os itinerários que atravessam as posições amigas,
sinais de identificação e localização de campos de minas e obstáculos. São distribuídas fotografias
aéreas da áreas onde se irá realizar o ataque, no mínimo até ao escalão Companhia. Pode ser
necessário mandar sair patrulhas para recolherem informações pormenorizadas do terreno e da
localização e potencial dos elementos de segurança inimigos. Devem ser feitos todos os esforços
para localizar campos de minas inimigos, e, antes do ataque, são feitos planos para abrir brechas
quer nos campos de minas quer nos obstáculos.
c. Surpresa e Segurança
No ataque nocturno, a surpresa é obtida através do segredo. Para manter o segredo:
• O reconhecimento e outras actividades preparatórias são rigorosamente controladas para não
alertar o inimigo sobre a operação planeada.
• Executar ataques locais em áreas não designadas para a operação a efectuar.
• Iluminar áreas diferentes das do ataque real, para iludir o inimigo.
• Impor o silêncio rádio. Os rádios só são utilizados quando o ataque for descoberto.
• O ataque é conduzido sem iluminação até que a força de ataque esteja exposta ao inimigo ou até
ela encontrar a Linha Provável de Desenvolvimento (LPD).
d. Iluminação
Um ataque nocturno pode ser iluminado ou não iluminado. Em qualquer dos casos é sempre
planeada a iluminação. Se a surpresa pode ser obtida, a iluminação não é desencadeada até que o
inimigo coloque fogos eficazes sobre a força atacante, ou até o inimigo iluminar, ele próprio, o
campo de batalha.
e. Apoio de Fogos
Num ataque nocturno, os apoios de fogos são planeados e controlados como num ataque diurno.
Eles podem ser desencadeados, antes, durante e depois do ataque. Para obter a surpresa, a força
atacante pode progredir até à distância de assalto ao objectivo, sem apoio de fogos. Uma vez
começado o assalto, os fogos são mudados para isolar o objectivo, impedir ou limitar contra-
ataques, e apoiar a força de assalto. Os fogos normais são mantidos antes e durante um ataque não
iluminado. Eles não devem alertar o inimigo para um ataque iminente mas ajudar a manter o
segredo, abafando os ruídos da força a deslocar-se. São reconhecidas e marcadas posições para as
armas de apoio, e são preparados, durante o dia, os dados de tiro. As armas são deslocadas a
coberto da escuridão.
f. Transmissões
A TSF, é muitas vezes, o principal meio de transmissões, até o assalto começar ou se perder a
surpresa. Quando o inimigo descobre o ataque, é levando o silêncio rádio. São também planeados e
empregues meios suplementares de transmissões, tais como meios pirotécnicos e dispositivos
electrónicos.
g. Esquema de manobra
h. Formações
Num ataque, que inicialmente não é iluminado, as subunidades podem atravessar a LP em linha,
com os Pelotões em coluna ou em cunha. Os intervalos entre Companhias são suficientemente
largos para que os Pelotões possam desenvolver, quando necessário. A mudança dos pelotões para
a formação em linha, é feita quando a isso são forçados pelas acções do inimigo, ou chegam à
LPD, e assim obterem o máximo potencial de fogo e efeito de choque. Num ataque não iluminado
com apoio de fogos, ou quando a visibilidade o permite, os pelotões utilizam a formação em linha,
desde as bases de ataque até o objectivo. Em qualquer caso, a velocidade de progressão é
coordenada, para permitir um assalto simultâneo ao objectivo, pelos elementos em 1º escalão.
i. Hora do Ataque
A hora de ataque normalmente é escolhida para dar ao atacante a melhor oportunidade para obter a
surpresa. Se a finalidade for a conquista de terreno que permita a execução, em melhores
condições, de um ataque diurno, o ataque nocturno poderá ser lançado durante as últimas horas da
noite, de modo que o inimigo não tenha o mínimo de tempo para se reorganizar e interferir com o
ataque subsequente. Os ataques lançados às primeiras horas da noite permitem ao atacante tirar o
maior partido de um longo período de escuridão e explorar a confusão e a perda de controlo do
inimigo. Os ataques podem ser iniciados durante a noite e continuados, sem pausa, durante o dia.
a. A progressão
As forças atacantes atravessam a LP à hora prescrita pela OOp. Os Comandantes situam-se bem à
frente para assegurar um deslocamento agressivo das suas unidades, orientar e coordenar, quer
com outras unidades quer com os fogos de apoio. Um dos métodos que os Comandantes podem
utilizar, após atravessarem a LP, é o de conduzir o ataque não iluminado tão longe quanto possível,
e então, a partir do momento em que foi quebrada a surpresa, isto é, quando o ataque é descoberto,
utilizar o máximo de iluminação possível, e fazer a consolidação do objectivo utilizando as
mesmas técnicas como se tratasse de um ataque diurno. Quando os dispositivos de visão são
ineficazes, há várias formas de simplificar a orientação e o controlo. As forças de manobra podem-
se orientar pelas estradas, pelas linhas de água, pelos caminhos de ferro, e por outros acidentes de
terreno em conjugação com a bússola. Podem-se utilizar os radares de vigilância terrestre para
dirigir as unidades para os objectivos. As bússolas são o principal meio de orientação à noite.
As forças de segurança inimigas, encontradas durante a progressão, são fixadas pelos elementos
avançados. Esta acção pode exigir que as forças desenvolvam antecipadamente, em relação ao que
se tenha planeado. Pode ser ordenado às unidades que seguem a unidade empenhada, que a
contornem por um flanco e assumam a sua missão. Após ter vencido a resistência, a unidade
empenhada retoma um lugar na formação, e segue a força principal. Esta técnica é normalmente
utilizada quando o objectivo é profundo. Em qualquer caso, o ataque não deve para só porque os
elementos da frente se empenham com forças de segurança do inimigo.
b. Acções no Objectivo
Após a conquista do objectivo, são lançados para a frente elementos de segurança para alertarem
em tempo oportuno, de concentrações de forças inimigas que se preparam para contra-atacar e
garantir um alerta imediato sobre reforços inimigos. Durante a consolação e reorganização do
objectivo devem ser utilizados dispositivos de visão infravermelhos e térmicos. Isto torna-se
necessário porque, após terminar a iluminação,. A unidade “ficará cega” durante cerca de 15 ou 30
minutos. Antes de amanhecer, todos os elementos devem estar em posição, preparados para
continuar o ataque ou defender a posição.
Uma área edificada é um obstáculo para o atacante, e é normalmente ultrapassada quando a missão e
o terreno o permitam. Ela é facilmente fortificada e incorporada dentro do esquema defensivo do
inimigo. As forças de infantaria são as mais indicadas para atacar áreas edificadas, devido às
restrições que tal terreno apresenta à mobilidade, à observação, aos campos de tiro e à necessidade
de limpar ou preparar posições em edifícios.
A intenção do Comando Superior ao atacar uma área uma área edificada poderá ser:
• Considerando-a um obstáculo que não pode ser ultrapassado, limpar apenas a parte necessária para
a passagem de uma determinada unidade.
• Conquistar e controlar um objectivo decisivo no interior da área edificada, ou que ela domine
(pontes, instalações de telecomunicações, etc.).
• Reassumir o controlo da área edificada pelas forças amiga, por razões políticas.
• Limpar toda a área edificada e mantê-la sob controlo, devido à sua localização táctica/estratégica e
à sua influência nas operações futuras.
a. Fases do Ataque
Há três fases no desenvolvimento do ataque, podendo qualquer delas ser alterada ou eliminada em
consequência do conceito do Comandante, do potencial do inimigo, das dimensões e tipo de
construção empregue na área edificada, e das forças disponíveis.
Esta fase realiza-se ocupando uma área no interior da área edificada e visa dispor de uma
zona coberta e abrigada da observação e dos fogos directos do inimigo, e que permita o
deslocamento de forças e equipamento (incluindo locais de reabastecimento avançados e
postos de socorros). Esta acção é necessária sempre que o Batalhão tenha de se deslocar a
partir de uma posição com limitada protecção e cobertura (a partir de terreno aberto para uma
zona residencial).
A base firme de apoio corresponde a um ou dois quarteirões a atribuir, como objectivo
intermédio, a uma Companhia. A insuficiência de cobertos e abrigos devem ser compensados
pelo isolamento do objectivo com fogos e com fumos, ou pelo ataque em períodos de
visibilidade limitada.
(3) LIMPAR A ÁREA EDIFICADA
• Rápido progressão. Pode ser utilizada uma rápida progressão quando foi identificado um
objectivo decisivo. Este objectivo pode ser qualquer instalação, estrutura ou acidente de terreno
que forneça uma vantagem significativa à força que o ocupa ou o domina.
Os objectivos decisivos podem ser um edifício ou grupos de edifícios fundamentais para o
sistema defensivo do inimigo ou uma instalação de utilidade pública, tal como uma estação
de tratamento de águas, uma ponte ou um campo de aviação.
Uma força significativa progride rapidamente sobre o objectivo decisivo e limpa apenas a zona
julgada necessária para manter a progressão. Enquanto aquela força progride, o remanescente
do Batalhão limpa a área (incluindo as áreas sumariamente limpas pela força em progressão
rápida). A desarticulação da defesa do inimigo, realizada pela força em progressão rápida,
facilitará a limpeza da zona.
Em termos ideais, a força que executa uma progressão rápida deve aproveitar um ponto fraco
conhecido do inimigo. A superioridade aérea local e a supressão das armas de defesa antiaérea
do inimigo pode permitir o emprego de helicópteros para transporte da força até ao objectivo
decisivo ou às suas proximidades.
O PelRec pode ser empregue para vigiar um flanco exposto, garantir a segurança da área da
retaguarda, patrulhando zonas previamente limpas, estabelecer pontos de observação ou fazer da
força de isolamento.
Fogos ajustados de longo alcance, de PelACar podem contribuir para isolar a área urbanizada ou
para apoiar a conquista da base de apoio., As posições e campos de tiro adequados, ficarão
limitados durante a fase de limpeza. Devem ser batidos os eixos favoráveis a carros de combate,
tais como ruas e áreas abertas.
O emprego do PelMortP não difere muito numa área edificada. Como problemas especiais,
referem-se as restrições para fazer fogo, a dificuldade em encontrar posições de tiro cobertas mas
não mascaradas e a proximidade de forças amigas e inimigas.
(2) ARTILHARIA
(3) ENGENHARIA
(4) HELICÓPTEROS
As transposições de cursos de água importantes são planeadas em detalhe na Brigada e nos escalões
superiores. Este planeamento visa obter uma rápida dispersão em largura e em profundidade na
margem afastada, possibilitar espaço de manobra às unidades que executam a transposição e
projectar o maior potencial de combate possível para a margem afastada no mais curto espaço de
tempo possível. A possibilidade de emprego de helicópteros para rapidamente colocar forças amigas
na margem afastada, aumenta significativamente a probabilidade de êxito.
a. Transposição Imediata
b. Transposição Deliberada
Uma transposição deliberada é caracterizada por uma paragem na margem próxima, uma
concentração gradual de forças e uma acção de transposição estreitamente coordenada com outros
elementos da Brigada e da Divisão. Exige um planeamento pormenorizado até ao escalão Secção,
e realiza-se normalmente em períodos de visibilidade limitada.
A transposição deliberada é empregue quando não foi possível uma transposição imediata, em
consequência da solidez da defesa do inimigo, ou da falta de pessoal e equipamento necessários,
ou quando se retoma a ofensiva depois de as forças amigas terem garantido a posse da margem
próxima. A LP é normalmente o bordo da margem próxima.
A decisão de atacar numa frente larga ou numa frente estreita põe-se nos mesmos termos que na
transposição imediata. Há normalmente uma preparação de Artilharia de Campanha, antes e
durante a transposição das forças de assalto.
O reconhecimento aéreo e pela carta, conjugado com os elementos de informação adicionais
recebidos do escalão superior e da população civil local, constituem uma boa base de partida para
planear a transposição. As áreas gerais de transposição são indicadas ao Batalhão pela Brigada;
contudo, é necessário o reconhecimento aos locais de transposição, para o Batalhão poder elaborar
o seu planeamento. Este reconhecimento deve incluir pessoal de engenharia que preste conselho
técnico, localizar, informar e sinalizar os locais de transposição adequados. O plano final relativos
aos locais exactos de transposição para o assalto depende de informações acerca das entradas, das
saídas e da velocidade da corrente. Os locais adequados ao emprego de trens de navegação. E para
o lançamento de pontes, dependem de informações adicionais relativas às condições do leito e
profundidade do curso de água, com vista ao emprego do equipamento de engenharia.
O realce dado em (5), na figura anterior, deve ter em conta o seguinte esquema:
• Obtém-se informações acerca das intenções do inimigo sobre o obstáculo e sobre o próprio
obstáculo.
• Elabora-se um plano provisório e, se praticável, realiza-se um reconhecimento. O plano táctico
é completo, e o Batalhão e organizado num escalão de assalto, num escalão de seguimento e
num escalão de apoio.
• Uma companhia ocupa a margem de saída até a unidade de assalto ter transposto. Normalmente
ela apoia com fogos a transposição inicial e mantém os seus elementos intactos, até todos
estarem em condições de fazer a transposição simultaneamente.
• A infantaria conquista os objectivos na margem de entrada para impedir que o inimigo faça
fogos ajustados sobre os locais de transposição. A engenharia começa a preparar os trens de
navegação, enquanto a infantaria continua o ataque na margem afastada. A artilharia de
campanha começa a estabelecer posições de fogo na margem próxima.
• Se o escalão de assalto inclui carros de combate, estes passam o curso de água a vau ou são
transportados em trens de navegação, imediatamente após a infantaria de encontrar na margem
inimiga, e retomam o seu emprego normal. As viaturas de recolha devem passar em trens de
navegação logo que possível, porque as viaturas avariadas podem obstruir um dos locais de
transposição ou não conseguir sair dos trens de navegação, o que demoraria a operação.
Os problemas de comando e controlo do Batalhão resultam fundamentalmente dos aspectos
relacionados com o espaço, a circulação e as transmissões.
Depois de escalão de assalto ter transposto o curso de água e de o ataque continuar, o 2º
Comandante do batalhão deve controlar a transposição do curso de água de acordo com o plano de
transposição pormenorizado e sob a supervisão do 2ºComandante da Brigada. De acordo com o
plano de transposição e da situação táctica, ele deve estar nos locais de transposição para
assegurar o fluxo normal do escalão de seguimento e do escalão de apoio do Batalhão. Tal permite
ao GrCmd do Batalhão dedicar a sua atenção ao ataque propriamente dito. Depois da transposição
da reserva e do escalão recuado, as operações ofensivas continuam e a unidade que seguir o
Batalhão assume a responsabilidade pelos locais de transposição.
CAPÍTULO 5
OPERAÇÕES DE DEFESA
SECÇÃO I – GENERALIDADES
As operações de defesa são um esforço coordenado de uma força para derrotar um atacante, evitando
assim que ele atinja os seus objectivos.
0501 . FINALIDADE
A finalidade imediata de qualquer defesa é a de provocar insucesso do ataque inimigo. Contudo, uma
defesa pode ter qualquer das seguintes finalidades:
a. O defensor tem significativas vantagens sobre o atacante. Ele não só escolhe o terreno onde se
desenrolará o combate, bem como o ocupa primeiro e organiza de acordo com o seu plano.
Poderá manter fortes reservas até que o inimigo materialize o seu esforço actuando então no
momento e local por si seleccionados. Favorece ainda o defensor o efeito dos obstáculos, do fogo
dos meios aéreos e de armas convencionais sobre as tropas expostas e ainda de certos aspectos de
guerra nuclear, química e electrónica.
Sempre que a defesa de determinadas áreas seja previsível desde o tempo de paz, devem ser
elaborados os planos de obstáculos, tendo em vista o efeito da contra-mobilidade e poderá ser
previsto o pré-posicionamento dos materiais necessários à execução dos referidos obstáculos.
d. O espírito ofensivo é fundamental no decorrer das operações defensivas. Variadas acções deverão
ser desencadeadas a fim de se criarem condições para desorganizar, desgastar e destruir o
inimigo. Para tanto, há que manter um elevado espírito agressivo por parte das tropas e conseguir
uma chefia firme, com elevada capacidade técnica e táctica, a fim de que os meios possam ser
empregues, sem hesitações e decisivamente, no local e momento próprios. Uma operação
decisiva eficaz pode constituir uma oportunidade para a destruição do inimigo.
a. De acordo com o grau de resistência que deve oferecer e, consequentemente, com o grau de
empenhamento que pode ter de aceitar, uma unidade, no quadro da acção defensiva do escalão
superior, pode receber uma das seguintes missões: defender, retardar ou vigiar.
b. Uma unidade de manobra que tenha a missão de defender, emprega todos os meios e processos a
fim de evitar, resistir e/ou destruir um ataque inimigo, ainda que para o efeito, tenha de
empenhar-se decisivamente.
c. Uma unidade de manobra que tenha a missão de retardar, troca espaço por tempo e desgasta ao
máximo o inimigo, mas sem se empenhar decisivamente.
d. Uma unidade de manobra que tenha a missão de vigiar, estabelece uma série de postos de
observação e organiza patrulhamentos que permitam manter sob observação os eixos de
aproximação inimigos, conservando o comando superior constantemente informado sobre a
situação. Embora a unidade garanta a sua própria protecção e, dentro das suas possibilidades
possa destruir ou repelir forças inimigas ligeiras, que tentem penetrar no sector sob vigilância,
não pode esperar que ofereça uma forte resistência ao inimigo.
a. Generalidades
Baseado no estudo e análise dos factores do MITM-T o Comandante define missões, articula as
suas forças, atribui os meios de combate e de serviços e decide onde concentrar as suas forças e
onde pode correr riscos.
Este estudo permite-lhe decidir sobre a forma de defesa a adoptar: Defesa Avançada ou Defesa
em Profundidade.
Na Defesa Avançada o Comandante para além dos meios a colocar na Zona da Força de
Cobertura, atribui a maior parte do seu potencial de combate e do seu esforço defensivo
posicionando forças junto da OAZR, tão cedo quanto possível, e planeando contra-ataques bem à
frente, na Zona de Resistência ou para lá dela.
Na Defesa em Profundidade parte das forças, em virtude além de se disporem na Zona da Força
da Cobertura, são colocadas na Zona de Resistência, junto à OAZR, a fim de identificarem,
definirem e controlarem a profundidade do esforço principal do inimigo e de deter ataques
secundários, ao mesmo tempo que outras forças, após a identificação dos flancos inimigos,
realizam contra-ataques para isolar e destruir as forças inimigas no interior da Zona de
Resistência.
As opções do Comandante não estão limitadas à adopção de uma defesa avançada ou em
profundidade pois a situação pode aconselhar uma forma intermédia de defesa.
b. Defesa Avançada
O sucesso da defesa depende em elevado grau da capacidade das forças em conservarem as suas
posições e controlarem intervalos entre elas, por forma a manterem a coesão de dispositivo. À
reserva destina-se, prioritariamente, a reforçar as forças da frente, conferir profundidade ao
dispositivo pela ocupação de posições de detenção e contra-atacar.
A conduta da defesa caracteriza-se pelo facto do combate decisivo se desenrolar à frente da
OAZR, com o apoio de um grande volume e variedade de fogos.
Os contra-ataques destinam-se a destruir o inimigo além da OAZR ou a expulsar ou destruir
forças inimigas que tenham penetrado na posição e ameacem terreno importante para a defesa,
por forma a restabelecer a integridade daquela. Apesar de se tratar de uma defesa baseada na
ocupação do terreno tal não significa imobilismo ou reacção apenas a acções do inimigo. A
iniciativa deve ser persistentemente reconquistada pelo defensor, através de uma acção defensiva
imaginária e enérgica e todas as oportunidades para a destruição do inimigo devem ser
aproveitadas.
A defesa avançada reduz o perigo dos ataques de noite e das acções por infiltração e obriga o
atacante a concentrar um elevado potencial de combate para efectuar uma penetração.
c. Defesa em profundidade
J A forma de defesa a adoptar pode ser claramente indicada pelo comando superior ou, se não
for o caso, definida pelo Comandante. Ela depende da missão, do inimigo, do terreno e dos
meios e ainda do tempo disponível para organizar a posição.
0505 . GENERALIDADES
Cada uma das formas de defesa pode utilizar dois tipos de técnicas de defesa: a técnica da defesa
estática e a técnica de defesa dinâmica.
Nenhuma das técnicas referidas é exclusiva numa operação de defesa e o predomínio de qualquer
delas depende da missão, composição, potencial relativo e mobilidade das forças e de ambiente
operacional.
Na técnica de defesa estática procura-se manter a posse do terreno e o fogo executado,
essencialmente a partir de posições fixas, sobrepondo-se à manobra.
Na técnica de defesa dinâmica a destruição das forças inimigas é prioritária em relação à
manutenção da posse do terreno e a manobra sobrepõe-se ao fogo.
Ao planar a sua defesa os Corpos de Exército, Divisões Brigadas e Batalhões combinam estas duas
técnicas, estática e dinâmica, dando realce à que de acordo com o estudo realizado pelo Comandante
melhor contribua para o cumprimento da missão.
A execução das técnicas de defesa é normalmente levada a efeito nos escalões Brigadas e inferiores.
a. Defesa Estática
Esta técnica de defesa pode adoptar-se quando:
- A missão recebida impõe a posse de terreno.
- O terreno restringe o movimento das nossas forças.
- O inimigo dispõe de mobilidade táctica superior.
- O inimigo dispõe de superioridade aérea para limitar ou impedir o movimento das reservas ou
de outras forças..
- O tempo disponível permite uma boa organização da posição.
b. Defesa Dinâmica
Esta técnica de defesa pode adoptar-se quando:
- A destruição do inimigo é prioritária.
- O terreno facilita a manobra das forças em profundidade e não possui valor defensivo
natural.
- A mobilidade táctica é igual ou superior à do inimigo.
- O tempo disponível não permite uma organização do terreno suficientemente desenvolvida.
- Se está a actuar em ambiente NBQ e o defensor dispõe de armas nucleares.
- A falta de informação não permite determinar com razoável segurança onde e com que
- meios o inimigo atacará.
As técnicas de defesa podem ser caracterizadas quanto à sua finalidade, mobilidade. configuração,
sua localização num sector defensivo, ou quanto ao tempo necessário para as empregar,. Quanto à
sua finalidade as técnicas defensivas podem variar entre a defesa orientada para garantir a posse de
terreno até à defesa destinada a destruir forças inimigas. As técnicas defensivas caracterizadas
quanto à mobilidade, variam desde a defesa dinâmica, defesa assente na manobra, até às defesas
relativamente imóveis, defesa estática. As técnicas de defesa caracterizadas quanto à sua
configuração variam da defesa em frente extensas à defesa em perímetro. As técnicas de defesa de
acordo com a sua localização no sector, variam desde a defesa avançada até à defesa em
profundidade. Finalmente as técnicas de defesa caracterizadas pelo tempo necessário á sua
preparação, várias desde a defesa imediata à defesa deliberada.
a. Quanto à Finalidade
As técnicas de defesa quanto `a sua finalidade variam desde a defesa orientada para garantir a
posse de terreno até à defesa destinada a destruir as forças inimigas, com combinações entre elas.
Uma das técnicas da defesa será indicada para garantir, pelo menos, algum terreno, enquanto a
outra será planeada para destruir forças inimigas.
Todavia, a diferença entre as técnicas de defesa, está no conceito do Comandante. Se ele deseja
evidenciar aos subordinados de que não está para destruir forças inimigas, o Comandante pode
informar que tenciona orientar a sua defesa para a destruição do inimigo. Por outro lado se ele crê
que necessita de garantir a posse de uma área de terreno a todo o custo, ele transmite a sua
intenção, frisando quem utilizará uma técnica de defesa orientada para a retenção do terreno.
Ao nível batalhão esta técnica depende da concentração de forças e fogos sobre ou entre o
terreno a ser garantido e o inimigo. Muitas vezes isto significa que a defesa pode conter em si
a técnica de defesa de combater a partir de posições relativamente fixas ou estáticas. Todavia,
esta não é a única forma de conduzir uma defesa orientada para garantir terreno. Uma defesa
de contra-encosta, que tenha de garantir uma linha de alturas pode também ser eficaz.
Situações existem em que a Infantaria contra-ataca através de terreno restritivo para garantir a
posse de um terreno, e/ou em condições de visibilidade limitada, ou pelo rápido
reposicionamento de unidades, utilizam helicópteros. Em qualquer dos casos, o importante é
que os meios empregues pelo Comandante cumpram a intenção de escalão superior, que é o
de garantir a posse do terreno.
Quando um Comandante não tem um bom terreno para defender, dispõe de potencial de
combate superior, ou não necessita de defender uma área de terreno específica, ele pode
escolher uma técnica de defesa que vise a destruição das forças inimigas. Particularmente nos
dois primeiros casos, a utilização desta técnica por parte do Comandante, depende sempre da
maior ou menor mobilidade das suas forças em relação ao inimigo. A utilização constante de
contra-ataques sobre os flancos do ataque inimigo, à medida que ele penetra no sector, um dos
exemplos de como empregar a técnica orientada para a destruição do inimigo. A táctica de
“bate e foge” executada por pequenas forças contra forças atacantes superiores, é um outro
exemplo. Contudo, a destruição das forças inimigas também pode ser executada através de
fogos maciços especialmente quando se dispõe de armas nucleares ou químicas. A
característica que distingue esta técnica da outra não é tanto quanto aos meios utilizados, mas
sim quanto ao conceito do Comandante, que visa destruir o inimigo, e não necessariamente,
garantir a posse do terreno.
b. Quanto à Mobilidade
Como anteriormente se disse, as técnicas de defesa variam de defesa dinâmica, em que é dado
ênfase à manobra até uma defesa estática, a qual utiliza pouca ou nenhuma manobra. No passado
foi dada pouca importância ao emprego da Infantaria nas técnicas de defesa orientadas para a
manobra. Outras vezes, a Infantaria foi erradamente relegada só para executar defesas estáticas. A
Infantaria pode ser empregue nas defesas dinâmicas desde que se verifiquem certas condições,
(1) DEFESA DINÃMICA
Para utilizar a técnica de defesa dinâmica, o defensor deverá ter pelo menos mobilidade igual
ou maior que a do atacante. Há diversas formas das forças de Infantaria na defesa de
conseguirem ter a mobilidade necessária para poderem executar uma defesa dinâmica.
Primeiro a Infantaria pode utilizar helicópteros de transporte, orgânico ou de reforço, para
rapidamente ser reposicionada no campo de batalha, segundo, ela pode, mesmo apeada, ser
capaz de levar de vencida uma força atacante constituída predominantemente por forças de
Infantaria. Terceiro, a Infantaria pode conduzir uma defesa dinâmica em terreno restritivo, tais
como áreas urbanizadas, regiões montanhosas, ou em áreas densamente arborizadas. Nestes
terrenos, os movimentos das forças não somente não podem ser nulos, como também as tropas
podem deslocar-se onde os veículos não conseguem movimentar-se, ou onde os helicópteros
não podem aterrar ou desembarcar tropas, sem dificuldades. Quarto, as forças de Infantaria, às
vezes, podem ter vantagem de mobilidade em terreno não restritivo, desde que executem
operações à noite ou em outros períodos de visibilidade limitada. Finalmente, quando a
Infantaria é entregue em conjunto com forças mecanizadas ou blindadas, pode executar
qualquer das funções acima mencionadas, ou pode ser utilizado para defender a partir de
posições estáticas.
Algumas vezes o Comandante tem conveniência em materializar a sua defesa pela sua
configuração no terreno, com a finalidade de transmitir o seu conceito aos subordinados, ou ao
escalão superior. Obviamente, tal materialização aplica-se mais às defesa estáticas que às defesas
orientadas para a manobra. A configuração de uma defesa é determinada pela análise do MITN-
T. O terreno é muitas das vezes um factor dominante. O erro mais comum de um Comandante
inexperiente é o de decidir prematuramente quanto à configuração da defesa, antes de fazer a
análise do terreno.
Uma defesa em frentes extensas normalmente implica que as forças sejam posicionadas numa
linha de defesa relativamente pouco profunda, ao longo de um sector ofensivo. Em frentes
largas, a defesa em frentes extensas pode ser a melhor forma de defesa, desde que ela permita
à força que defende colmatar os intervalos no seu dispositivo. Tal defesa é normalmente
utilizada ao longo de cursos de água ou outros terrenos restritivos. A defesa em frentes
extensas também permite ao Comandante o concentrar e coordenar os seus fogos orgânicos.
As principais vulnerabilidades de uma defesa em frente extensa são a falta de profundidade, a
falta de flexibilidade, e não permitir a defesa em todas as direcções. Se o inimigo penetrar a
posição num ponto, o resto da força fica exposta a ataques de flanco, os quais podem destruir
a integridade da defesa. A defesa em frentes extensas pode ser empregue em conjugação com
fogos maciços convencionais, ou com munições nucleares ou químicas, para parar
penetrações inimigas. Se tais fogos não estiverem disponíveis, o Comandante pode ter de
retirar, manobrando as suas forças, para parar a penetração do inimigo. Se a mobilidade das
forças atacantes é superior à do defensor, o Comandante pode não ser capaz de reposicionar as
suas forças a tempo de parar o ataque. É importante que se planeiem posições suplementares e
de alternativa. Normalmente, e porque a defesa em frentes extensas não garante a segurança
em todas as direcções, ela deve estar apoiada num bom obstáculo ou por outras unidades. Se
estes apoios não existirem, a defesa em frentes extensas é vulnerável a ataques por
envolvimentos, ou sob os flancos.
Ela fornece segurança em todas as direcções, como o seu próprio nome indica. Tal tipo de
defesa é utilizada por unidades cercadas por forças inimigas, ou quando conduzem operações
como força independente, e a direcção do ataque inimigo, ou a sua localização, não é
conhecida. Uma unidade pode utilizar a defesa em perímetro para proteger, por exemplo, uma
instalação, uma ponte importante, um aeroporto, zonas de aterragem, um desfiladeiro ou uma
vila.
Porque falta profundidade à defesa em perímetro, a sua principal fraqueza reside na
vulnerabilidade a ataques de forças blindadas, e à concentração de fogos. A extensão do
perímetro depende das condições do terreno, do potencial de combate disponível, das
possibilidades do inimigo, da sua organização e da missão atribuída à unidade. O perímetro
defensivo deve ter espaço suficiente para dispersar os elementos das armas anticarro e dos
elementos de apoio de combate e de apoio de serviços. Contudo, a linha que define o
perímetro deve tirar partido dos pontos importantes, dos obstáculos, e de outras vantagens
oferecidas pelo terreno, tendo em consideração de que o perímetro defensivo não deve ficar
demasiado estreito ou a área defensiva demasiado pequena. Um Batalhão de Infantaria
normalmente estabelece uma defesa em perímetros com um diâmetro de 1 a 2 quilómetros.
Em certos terrenos (montanhas, florestas e desertos) estas distâncias podem ser aumentadas
ou reduzidas.
d. Defesa em Sector
Por vezes é atribuído um sector defensivo sem dizer ao Comandante onde ele deve colocar as
suas forças. Um Comandante pode expressar genericamente o seu conceito, no que respeita à
localização das suas forças no sector, sem definir que pretende uma defesa avançada, que
pretende uma defesa em profundidade, ou uma combinação de ambas. A defesa avançada
implica que a maior parte do potencial de combate pode ser empregue junto do OAZR. Tal
forma normalmente exige que o esforço seja empregue relativamente cedo no combate. Por
outro lado, uma defesa em profundidade permite que as forças estejam inicialmente
escalonadas em profundidade por forma a bater o inimigo à medida que ele entra dentro do
sector. Se o defensor tem mobilidade pelo menos igual à do inimigo, o Comandante pode
utilizar uma combinação destas formas posicionando inicialmente as suas forças bem à frente
do sector, deslocando-as posteriormente para a retaguarda, para posições de alternativa e
suplementares à medida que o inimigo avança. (veja a defesa dinâmica)
Esta defesa pode ser realizada quer posicionando as forças em posições avançadas ou
utilizando contra-ataques para derrotar o inimigo, logo que ele penetre o sector. Por vezes,
o melhor terreno defensivo disponível pode estar situado na frente do sector. Em tais
casos, pode ser favorável defender a frente. Se no interior do sector existe terreno
defensivo disponível, ou o terreno na área avançada não confere vantagens ao defensor,
outras opções defensivas podem ser consideradas. <tal como a defesa em frentes extensas
(quer estática quer dinâmica), a defesa avançada pode originar que a defesa perca
profundidade e flexibilidade. O Comandante deve tomar medidas que compensem aquelas
desvantagens.
O tempo disponível para preparar uma defesa é um factor crítico, Por exemplo, se um
Comandante exprime a intenção de conduzir uma defesa imediata, ele poderá dizer que o tempo
disponível apenas permite o posicionamento das armas colectivas, de preparar posições
defensivas ligeiras e de lançar campos de minas expeditos. Contudo, se ele disser que irá conduzir
uma defesa deliberada, ele expressará a sua intenção por forma a que se estabeleçam posições
defensivas com cobertura superior, trincheiras de comunicação, ligações TPF entre as posições,
grande utilização de campos de minas, fossos anticarro e redes de arame farpado. Obviamente há
muitas opções entre estes dois extremos. Contudo, em qualquer dos casos, a defesa deverá ser
continuamente melhorada, se o tempo disponível e a situação táctica permitirem.
A defesa imediata é muitas vezes utilizada quando uma unidade em progressão tem de
assumir uma posição defensiva temporária, como forma de protecção própria. O grau de
preparação da defesa pode já estar definido em NEP da unidade.
Na defesa deliberada é necessário tempo para preparar posições defensivas tais como
fortificações e obstáculos. O Batalhão pode participar numa defesa deliberada como parte de
uma GU defendendo em frentes extensas, ou utilizar a defesa deliberada, dentro do seu sector,
estabelecendo um ou dois pontos fortes, com unidade tipo Companhia. Os Comandantes não
podem erradamente pensar que a preparação de posições estáticas consomem mais recursos
do que os são necessários para uma defesa dinâmica. Quando se emprega uma defesa
dinâmica, o grande número de posições de combate preparadas ou ocupadas, pode ocasionar a
necessidade de mais tempo disponível, de mais meios, de equipamentos e mais materiais do
que uma defesa estática.
a. Generalidades
Qualquer que seja a forma e a técnica de defesa utilizadas, as forças são organizadas para fazer
face às seguintes acções:
As acções indicadas não são missão de todos os escalões. Assim o combate em profundidade para
além da linha de contacto e as operações da força de cobertura, só são desencadeados, em
princípio, pelos escalões acima de Brigada, pois só esses possuem os meios necessários. Também
a Protecção da Área da Retaguarda assume maior relevância à medida que se sobe de escalão.
b. Combate em Profundidade
A Zona da Força de Cobertura começa no OAZR e estende-se, para a frente, até à Linha
Avançada das Nossas Forças (FLOT).
O objectivo de uma força de cobertura é o de fornecer segurança, retardar o ataque inimigo
empenhando-se, forçando o inimigo a revelar a sua localização, e direcção do seu ataque
principal. O Comandante da FCob deve obter e manter contacto com o inimigo, retardar o seu
avanço, desgastar o seu potencial de combate e informar dos seus movimentos. A FCob deve
ser empregue suficientemente afastada para permitir que as forças na Zona de Resistência
tenham tempo para se concentrarem e prepararem as suas posições. A FCob desarticula as
unidades de reconhecimento inimigas, obriga o inimigo a manobrar para a contornar e destrói
as forças do inimigo quando ele lança ataques imediatos. À medida que o inimigo manobra,
emprega a sua artilharia e se concentra para lançar um ataque deliberado, ele está a revelar a
sua composição, potencial e a direcção provável do seu ataque. A FCob visa também iludir o
inimigo quanto à localização da Zona de Resistência.
A FCob deve ser constituída por unidades altamente móveis. Se a Infantaria participar no
combate na ZFCob, deve ser reforçada com maior poder de fogo e mobilidade, se a ameaça
for motorizada ou blindada. Em terreno restritivo, a Infantaria, também pode contribuir para o
combate da FCob, onde ela pode combater ou deslocar-se sem ficar sujeita à totalidade dos
fogos e à mobilidade dos elementos blindados. O Batalhão de Infantaria, como parte de uma
FCob, pode ter a missão de defender, retardar ou contra-atacar. Ele deve estar apto a retardar a
partir das suas posições iniciais, quando tal lhe for ordenado.
A Zona de Reserva de uma unidade estende-se para a retaguarda da Zona de Resistência, até
ao limite à retaguarda da unidade.
É nesta zona que se localizam, normalmente, a reserva, os órgãos de Comando e Controlo e
a maior parte das unidades de apoio de combate e de apoio de serviços.
A reserva é constituída pelas forças não empenhadas, mantida sob controlo das unidades e
pelas armas nucleares não atribuídas e representa o principal meio pelo qual o Comandante
pode influenciar a acção e retomar a iniciativa.
A reserva garante uma maior flexibilidade de manobra através de:
É especialmente crítica a transição (ou passagem) do combate da FCob para as unidades situadas na
Zona de Resistência. À medida que o inimigo se aproxima, os Comandante da ZFCob devem não só
combater o inimigo, mas também, informar sobre os seus movimentos e potencial, para que as forças
na Zona de Resistência possam receber o combate em posição vantajosa. Pode ser útil utilizar uma
linha de fase 2 a 5 Km à frente da OAZR para coordenar a passagem do combate e o fim de missão
da FCob. Se o escalão superior não indicou esta linha de fase, o Batalhão deverá coordenar com os
elementos da FCob situados à sua frente, a designação de tal linha de fase. A linha de fase representa
o acidente do terreno a partir do qual as unidades da Zona de Resistência recebem o combate da
FCob. Esta linha de fase deve estar dentro da observação e ao alcance dos fogos directos dos
elementos mais avançados do Batalhão. Há também outras técnicas que ajudarão a fazer a passagem
do combate da ZFCob para a Zona de Resistência. (A maioria destas técnicas são igualmente
aplicáveis à coordenação entre as unidades de combate na Zona de Reserva e as unidades situadas na
Zona de Resistência). Os Comandantes devem assegurar-se de que:
• As unidades da Zona de Resistência estão familiarizadas com o terreno e com os planos das
unidades das FCob, situadas à sua frente.
• Os eixos de aproximação mais perigosos do inimigo estão continuamente controlados, à medida
que o inimigo passa da ZFCob para a Zona de Resistência.
• As unidades da Zona de Resistência e da FCob coordenam os pontos de passagem, áreas de
passagem através dos obstáculos e os procedimentos dos elementos mais avançados da Zona de
Resistência. (Por exemplo sinais de reconhecimento, guias, fogos, fecho dos pontos de passagem
e troca de informações).
• As unidades da Zona de Resistência escutam as redes rádio (de comando e controlo de tiro) das
unidades da ZFCob `sua frente.
• As unidades da Zona de Resistência e da FCob devem coordenar os procedimentos a executar
caso o inimigo chegue à Zona de Resistência antes ou misturado com as FCob.
(*) Coincide com o fim de linha de missão da FCob
Fig 5-2
Os Comandantes a todos os níveis organizam os seus esforços defensivos baseados aos factores do
MITM-T, para planear e executar a defesa. A análise do MITM-T é feita inicialmente como parte do
estudo de situação do Comandante, mas é continuamente revisto à medida que ocorre planeamento,
preparação e execução da defesa.
(a). Missão
A missão da unidade especifica QUEM defende, QUANDO deve estar preparada para defender,
ONDE a unidade irá defender, PARA QUÊ defende. O QUÊ está implícito na missão “de
defender”, o Comandante deverá perguntar a si próprio:
(a). Inimigo
Com respeito ao inimigo o Comandante deve perguntar a si próprio como irá defender:
(c). Terreno
(d). Meios
• Sou afectado pelo tempo disponível que tenho para planeamento (reconhecimentos,
coordenação, composição e reorganização das forças, planeamento dos fogos, distribuição
das ordens até ao nível Secção, etc.)?
• Sou afectado pelo tempo disponível e/ou necessário para a preparação da defesa
(deslocamento para as posições ou sector, ocupação e preparação das posições, coordenação
entre unidades, apoio logístico, etc.)?
SECÇÃO IV – FUNDAMENTOS DE DEFESA
Relativamente às razões porque se conduz a defesa, ou à forma como ela é descrita , vários
fundamentos orientam a sua conduta, são:
• Conhecer o inimigo
• Ver o campo de batalha
• Combater com uma força de armas combinadas
• Explorar as vantagens do defensor
• Concentrar o potencial de combate no momento e locais críticos
Antes do combate, o Comandante deve familiarizar-se com as técnicas de combate inimigas e com o
terreno, no qual irá travar a batalha, por forma a visualizar três coisas
O Comandante deve comunicar com clareza aos seus subordinados como ele “visualiza o combate”.
A sua visualização do combate é à base do seu conceito de operação. Logo que o combate se inicia,
o Comandante posiciona-se onde melhor possa observar todo o seu sector (ou na área mais crítica do
seu sector). O Comandante utiliza todos os meios de vigilância disponíveis (radares, sensores, postos
de observação, patrulhas. Reconhecimento aéreo, etc.) para seguir os movimentos inimigos e assim
executar a sua defesa.
O defensor dispõe de um certo número de vantagens que lhe permitem derrotar uma força atacante
muito superior à sua. O defensor estuda o terreno com todo o pormenor e analisa todos os acidentes
de terreno que interfiram com as suas possibilidades de sucesso. O atacante, por outro lado, toma
contacto com o terreno, pouco a pouco, vendo cada um dos seus compartimentos pela primeira vez.
O defensor pode preparar posições, construir obstáculos e ocultar as suas actividades com
antecedência. O atacante tem muitas vezes de “adivinhar” onde se encontra o defensor ou despender
muitos dos seus esforços para determinar a localização exacta das suas posições. O defensor pode
iniciar o combate a partir de posições estacionárias, de detecção difícil e que proporcionam protecção
dos fogos do inimigo. O atacante, para reagir, deve fazer fogo em movimento ou então, procurando
posições abrigadas, perde o ímpeto. O defensor, por outro lado, pode elaborar planos flexíveis para o
controlo de fogos, de movimentos, de transmissões e de logística, por forma a fazer face a situações
previsíveis. O atacante segue um esquema mais rígido, que se arrisca a ser destruído, ou então altera
os seus planos arriscando-se a conduzir esforços descoordenados. O atacante tem de reabastecer as
suas unidades em movimento. O defensor pode utilizar as suas posições preparadas para se proteger
contra os efeitos das armas nucleares. O atacante tem de expor as suas unidades a uma possível
destruição, enquanto elas se movimentam.
Ao elaborar o seu plano de defesa o Comandante deve identificar o sector crítico para o sucesso da
sua defesa. Para manter a integridade da defesa, o Comandante pode designar qual o sector onde irá
exercer o esforço, atribuindo-lhe maior potencial de combate. O Comandante pode designar o
esforço da seguinte forma:
Durante o combate, o Comandante deve estar apto a concentrar todo o seu potencial de combate no
sector mais crítico. Se as condições se alterarem, o Comandante também deve estar apto a mudar o
seu potencial de combate para outros sectores, o que ele faz alterando a prioridade de fogos,
deslocando unidades, ou uma combinação de ambas
Uma defesa com sucesso começa com um bom planeamento, O plano resultante pode ser alterado
mais tarde, mas fornece uma base comum a partir da qual se podem introduzir alterações. (Veja
Capítulo 3, Secção V, e a análise do MITM-T para emprego de técnicas defensivas explanadas neste
capítulo). De notar que algumas das tarefas abaixo indicadas podem ser executadas
concorrentemente e o seu pormenor de execução dependerá do tempo disponível para planeamento.
Determinar o tipo e o escalão da força que provavelmente possa vir a utilizar cada um dos Eaprx.
Determinar os Eaprx apropriados a forças blindadas e mecanizadas e a Infantaria. Se existe uma
ameaça blindada, esta deve ser enfrentada em primeiro lugar. Alguns Eaprx inimigos podem
entrar no sector do Batalhão a partir dos seus flancos ou pela sua retaguarda. Não devem ser
menosprezados. Mais tarde eles podem ser mais perigosos do que os Eaprx que abordam o sector
frontalmente
Os pontos importantes podem ser o terreno elevado que domine o sector ou um Eaprx, uma
ponte, um desfiladeiro, um nó rodoviário, estação de rádio, locais com boa observação, ou outros
aspectos característicos do terreno cuja posse confira nítida vantagem a qualquer um dos
contendores. O terreno importante no sector defensivo no Batalhão pode ser considerado como
objectivo de ataque das forças inimigas
c. 3ª Tarefa. Determinar os locais, ao longo dos Eixos de Aproximação das Forças Inimigas,
Onde as Forças Podem ser Posicionadas para se Obter Observação e/ou Campos de Tiro.
Deve-se estimar o número de viaturas e/ou forças desmontadas que o inimigo pode colocar
inicialmente num dado Eaprx e o tempo de exposição desses alvos. A estimativa é baseada no
conhecimento da organização e doutrina táctica do inimigo, no estudo cuidadoso do terreno e nos
efeitos esperados dos obstáculos existentes da área.
Identificar, no sector, todas as localizações a partir das quais se podem bater os Blindados
inimigos. Após o posicionamento dos Carros de Combate disponíveis determinar quantas armas
anticarro são necessárias para parar o previsível ataque blindado. Posicionar, conforme as
necessidades, Secções Anticarro Pesadas e Pelotões de Atiradores (com duas armas anticarro
médias por pelotão). Podem ser atribuídos mais Pelotões de Atiradores para cobrir intervalos.
O número de Pelotões e a sua localização exacta, depende da análise do MITM-T por parte do
Comandante, e da forma e técnica de defesa a utilizar. Normalmente, para efeitos de
planeamento, um Pelotão pode opor-se a uma Companhia inimiga. Podem posicionar-se outros
Pelotões para cobrir intervalos entre Eaprx, mantendo a integridade da frente. Nesta fase, o
Comandante não necessita de identificar, especificamente, as unidades, isso é feito na tarefa
seguinte.
Normalmente o Batalhão combate com três Pelotões de Atiradores por Companhia. Contudo, se a
análise na tarefa anterior aponta para que um Pelotão deva ser atribuído a outra Companhia, para
reforçar um dado sector ou uma posição, o Comandante pode assinalar essa decisão na
Composição e Articulação do Batalhão. Geralmente é melhor deixar os comandantes
subordinados combater com os seus Pelotões orgânicos, com os quais eles estão mais
familiarizados. Se lhe foi atribuído um Pelotão de Engenharia ou Equipas de Defesa Aérea, eles
ficam normalmente sob o controlo do Batalhão. Pode ser mantido sob o controlo do Batalhão, um
Pelotão de Atiradores como reserva, ou como elemento de protecção da área da retaguarda.
h. 8ª Tarefe. Integrar o Apoio de Fogos Disponível com os Obstáculos para Assegurar que os
Eaprx Inimigos são Batidos pelo Fogo.
Planear obstáculos para protecção das posições, canalizar, retardar e desgastar o inimigo. Os
obstáculos aumentam o tempo de exposição do inimigo e a eficácia dos fogos anticarro. As saídas
planeadas de apoio aéreo próximo podem garantir uma resposta rápida e a concentração de um
potencial de fogo aéreo, no início dos confrontos. O lançamento aéreo de minas dispersáveis, e a
precisão de munições guiadas, podem destruir blindados e infantaria, quer à frente, quer no sector
do Batalhão. Os morteiros e a artilharia podem aumentar a eficácia das armas anticarro,
suprimindo e cegando os elementos inimigos em sobreapoio, obrigando os blindados a fechar as
escotilhas e canalizando o inimigo. Podem também destruir o ataque da infantaria desmontada.
Os helicópteros de ataque aumentam significativamente o poder de fogo aéreo e podem ser
rapidamente utilizados para massificar armas anticarro e anti pessoal, onde tal seja necessário, e
fornecer a segurança nos flancos, ou em outras áreas não ocupadas.
i. 9ª Tarefa. Posicionar Forças de Segurança e Meios de Alerta para Garantir um Aviso
Atempado do Ataque Inimigo.
Determinar a composição, localização e missões das FSeg do Batalhão. Esta força, normalmente
organizada com base no Pelrec garante um alerta oportuno, ilude o inimigo sobre a localização
das unidades na Zona de Resistência, e no caso de existirem posições de tiro, bate a força inimiga
pelo fogo. Esta força actua à frente do Batalhão, geralmente desenvolvida em linha sobre um
Eaprx inimigo. Podem ser atribuídas Secções ACar e carros de combate, dados em reforço à força
de segurança, desde que sejam viáveis fogos de longo alcance. À medida que o inimigo continua o
seu avanço as FSeg são reposicionadas em posições previamente preparadas em terreno, em
terreno restritivo a carros, no interior da Zona de Resistência. Se uma FCob actuar à frente das
FSeg do Batalhão uma das missões prioritárias da FSeg é a de facilitar a passagem do combate,
informando o Batalhão que a FCob está próxima da Zona de Resistência, e de guiar os elementos
mais avançados da FCob para pontos de passagem, ao longo da OAZR. O Comandante poderá
utilizar sensores para aumentar as possibilidades da FSeg, posicionando-se bem à frente (quando
não exista FCob) ou nos seus flancos e intervalos. Os radares vigilância terrestre podem ser
utilizados para garantir segurança adicional no interior da Zona de Resistência, a partir de
posições fixas, desde que estejam protegidos por forças.
Se houver tempo disponível uma das formas de completar o plano é preparar um transparente que
explique como se irá conduzir a defesa. Colocando o plano nos cinco parágrafos da OOp também
assegurará que os pormenores mais significativos, tais como tarefas para as unidades
subordinadas, instruções de coordenação, necessidades administrativas/logísticas bem como de
comando e transmissões, estão contemplados.
Logo que a OOp seja difundida, quer verbalmente, quer sob a forma escrita, tem início a
preparação da defesa.
O Comandante planeia o posicionamento das forças por forma a barrar os prováveis Eaprx inimigos,
e para obter a máxima protecção, observação e campos de tiro para cada um dos seus sistemas de
armas. Simultaneamente, o Comandante procura dissimular e proteger as suas posições dos fogos
inimigos. Ao mesmo tempo ele procura tirar partido dos pontos importantes e integra os obstáculos
na sua defesa. A sigla OCOPE ajuda-o a le3mbrar-se destas considerações:
A observação evita a surpresa e permite bater o inimigo mais cedo. O Comandante deve ter
sempre sobreposição de observação entre todas as suas unidades. Durante períodos de
visibilidade limitada, a sobreposição de observação pode forçar ao reposicionamento de alguns
elementos.
b. Campo de Tiro
Os Campos de Tiro são áreas sobre as quais se desencadeiam fogos para destruir as forças
inimigas, os seus veículos e equipamentos. Os campos de tiro podem ser melhorados, cortando
selectivamente erva e mato, demolindo edifícios ou abrindo faixas, do tipo controlo de incêndio,
em matas densas. O Comandante confronta-se com a exigência de obter boa observação e campos
de tiro em detrimento da protecção conferida pelos cobertos e abrigos. O Comandante procura
encontrar locais para instalar as unidades onde a observação e os campos de tiro atinjam, pelo
menos, o alcance eficaz das suas armas. Por exemplo em áreas densamente arborizadas, a crista
militar de uma elevação oferecerá muitas vezes as melhores posições para a Infantaria. Os
MGACarP podem ser posicionados na crista topográfica para obterem a observação de que
necessitam e assim tirar partido da sua precisão às longas distâncias.
c. Cobertos
d. Abrigos
Os abrigos fornecem protecção local contra os efeitos dos fogos e da guerra electrónica do
inimigo. Obtêm-se abrigos posicionando os elementos em contra-encosta, nas orlas das matas, em
edifícios, e pela construção de posições de combate.
e. Obstáculos
Os obstáculos reforçam a eficácia defensiva do terreno. Deve-se tirar o máximo partido dos
obstáculos existentes e utilizar obstáculos artificiais onde seja necessário impedir a mobilidade do
inimigo, canalizar os seus movimentos e aumentar a eficácia das armas das unidades amigas. Os
obstáculos artificiais devem ser integrados com os obstáculos existentes e devem ser empregues
em profundidade.. Os obstáculos artificiais devem ser integrados com os obstáculos existentes e
devem ser empregues em profundidade.
f. Pontos Importantes
Os pontos importantes são sempre incluídos quando se estabelece um sistema defensivo. A defesa
deve organizar-se por forma a tirar o máximo partido dos pontos importantes.
g. Eixos de Aproximação
Os eixos de aproximação devem estar sob observação constante e/ou sob vigilância. São
posicionadas forças por forma a cobrir os EAprx, como resultado da análise do MITM-T.
Normalmente é executado um reconhecimento antes das unidades chegarem ao local da defesa. Quando as
unidades chegam, imediatamente começam a preparar as suas posições defensivas.
Muitas das tarefas são executadas concorrentemente, mas o Comandante de Batalhão pode dar
prioridade a determinadas tarefas, baseado no seu plano defensivo.
Sugere-se a seguinte sequência:
A FSeg, empregue à frente da Zona de Resistência, deverá ser constituída pelos elementos do
Batalhão com maior mobilidade. Normalmente a FSeg é organizada com base nos PelRec. Equipas
de defesa antiaérea, morteiros, radar de vigilância terrestre, SecACar, observadores avançados, ou
atiradores podem ser dados em reforço ou em apoio da FSeg, podem ser utilizados helicópteros,
carros de combate ou veículos de lagartas, para aumentar a mobilidade a mobilidade ou o potencial
da FSeg.
A composição e o potencial da FSeg dependem da largura do sector, da natureza do terreno, e das
tarefas específicas que a FSeg terá de executar. À FSeg é sempre dada a missão de dar o alerta o mais
cedo possível. A FSeg deverá ser reforçada com meios que lhe permitam localizar e informar
atempadamente sobre a localização e dispositivo do inimigo. Quando existe uma FCob, a FSeg do
Batalhão tem a missão de estabelecer a ligação com ela, e apoiar a sua passagem para a retaguarda.
Quando não há FCob, pode ser necessário que a FSeg se desloque bastante para a área da Zona de
Resistência para que possa, mais cedo, dar informações sobre o inimigo.
O Comandante determina quais os sistemas necessários às FSeg para que esta possa cumprir as suas
missões. A FSeg pode ser reforçada com atiradores, se:
Devem ser fornecidos meios aos atiradores que aumentem a sua mobilidade. As Equipas de Defesa
antiaérea podem assegurar a protecção aos pontos de passagem obrigatória que possam estar
vulneráveis a ataques aéreos inimigos.
Os morteiros apoiam as FSeg. É utilizada iluminação para ajudar e detectar o Inimigo. São utilizadas
granadas de fumos e explosivos para bater o inimigo, apoiando o desempenhamento ou o
deslocamento da FCob ou da FSeg. Pode ser dada prioridade de fogo de morteiro às FSeg, até á sua
retirada. A FSeg também deve receber o apoio de fogos de artilharia disponíveis. Esta artilharia é
utilizada para retardar e destruir o inimigo às longas distâncias e apoiar o seu cegamento por fumos.
A FSeg normalmente é controlada pelo Comandante do PelRec. Se o PelRec for reforçado com
grandes meios, o seu controlo deverá ser feito pelo Comandante da Companhia de Apoio de
Combate.
Se existe uma FCob à frente do Batalhão, é essencial a coordenação e controlo de fogos e
movimentos, entre a FCob e a Feeg do Batalhão. Normalmente empregam-se linhas de fase e pontos
de ligação para se obter esta coordenação e controlo. Procede-se também à coordenação das
comunicações e à troca de outras informações necessárias. (Veja a Secção III sobre a passagem de
combate, e veja o Capítulo 7 sobre passagem de linha).
0521 UTILIZAÇÃO DE UMA RESERVA
Seja qual for a técnica defensiva utilizada, deve-se sempre considerar a constituição de uma reserva.
O Batalhão pode não ter capacidade para constituir uma reserva forte. Em dadas circunstâncias,
pode-se empregar uma Companhia na reserva. Em outras vezes, pode-se designar como reserva uma
força de escalão mais pequeno. O Comandante de Batalhão pode querer constituir uma reserva fraca
(de escalão Pelotão) para empregar no combate no local e momentos decisivos. O empenhamento da
reserva no combate é uma excelente forma de que o Comandante dispõe para utilizar a sua iniciativa.
Há três formas principais para utilizar a reserva:
Primeiro. A reserva pode estar posicionada atrás da Companhia que defende o EAprx mais perigoso.
Ela também pode ter a missão de preparar uma ou mais posições, que ocupará à ordem, nos EAprx
menos perigosos. A reserva detém qualquer penetração, até que o inimigo seja destruído ou sejam
empregues outras forças
Segundo. A reserva pode também ter a missão de reforçar uma unidade da frente cujas baixas, ou a
pressão que o inimigo exerce sobre ela, reduziu o seu PRC.
Terceiro. Pode ser necessário à reserva contra-atacar para reconquistar posições ou terrenos críticos.
O contra-ataque deve ser lançado para eliminar pequenas penetrações ou infiltrações, quando o
inimigo está fraco, e pode ser isolado dos seus apoios e reforços por fumos e fogos.
Todos os elementos da reserva, quer para posições de combate, quer para contra-atacar ou reforçar,
devem ser feitos por itinerários que garantam cobertos e abrigos contra fogos directos, ou da
observação aérea. Podem ser utilizados os fumos para mascarar os movimentos através de áreas
abertas.
Para mais informações acerca da decisão do Comandante para contra-atacar, veja a Secção VII. Para
mais informações sobre o emprego do Batalhão como reserva da Brigada ou da Divisão, veja a
Secção IX.
O Batalhão normalmente inicia a sua defesa quando o contacto com o0 inimigo é eminente. Logo
que a FCob ou os elementos de segurança do escalão superior passam pelas FSeg do Batalhão, esta
aumenta a sua observação, empregando todos os meios de reconhecimento e vigilância disponíveis
sobre os prováveis EAprx do inimigo. Logo que a FSeg do Batalhão estabelece o contacto com as
unidades de manobra do inimigo, ela procura controlar a progressão do inimigo, sem contudo se
empenhar decisivamente. Logo que se obtenha observação sobre o inimigo, ele é submetido a fogos
directos e indirectos, à guerra electrónica, a agentes químicos (se possível) ao apoio aéreo próximo e
aos helicópteros de ataque. À medida que o inimigo progride aumenta o volume de fogo sobre ele.
À medida que a FSeg do Batalhão retira (normalmente sob pressão do inimigo) as unidades em
primeiro escalão executam os preparativos finais (como por exemplo, fechando as passagens através
dos obstáculos),ficando prontas a receber o ataque inimigo. Logo que a artilharia inimiga inicia a sua
acção, as tropas devem precaver-se contra a utilização por parte do inimigo, de munições químicas, e
se a sua força de assalto segue de perto a mudança, ou o levantamento, dos fogos de artilharia.
Antes que o inimigo consiga penetrar o sector defensivo do Batalhão, e conquistar ou ameaçar
conquistar, território importante, o Comandante deverá primeiro tentar destruí-lo ou repeli-lo
utilizando todos os fogos disponíveis. Se esta tentativa falhar, o Comandante deve decidir se irá
bloquear a penetração com a reserva ou com forças menos empenhadas. Ele não deverá mandar
contra-atacar sem que a força de penetração tenha sido parada e isolada dos seus reforços. Esta
decisão é baseada em duas considerações: primeiro, é difícil atacar uma força em movimento;
segundo se o ataque continua a ser reforçado, a força de penetração pode esmagar a força de contra-
ataque. A força de contra-ataque, com, o seu apoio de fogos, deve ter potencial de combate suficiente
para destruir ou expulsar o inimigo da bolsa e restabelecer a integridade da defesa.
Uma vez conhecida a localização e extensão da penetração , e ter decidido contra-atacar, o
Comandante de Batalhão deve informar imediatamente o Comandante da Brigada da sua decisão. As
unidades da frente não devem deixar aumentar a penetração, mantendo as suas posições.
Simultaneamente, o Comandante de Batalhão ordena fogos indirectos para isolar a bolsa e evitar que
a penetração seja reforçada. A força de contra-ataque desloca-se pelo itinerário pré-determinado,
quer seja coberto ou dissimulado, para atacar a força contida na bolsa, por um dos seus flancos.
Durante a execução do contra-ataque, é dada prioridade de fogos à força que o executa. O itinerário
de contra-ataque deverá interpor-se entre as forças amigas e o inimigo, cegando os seus fogos,
durante muito tempo. Devem ser utilizados fumos para mascarar o deslocamento da força de contra-
ataque, através de áreas abertas.
0526 GENERALIDADES
Esta secção fornece, sumariamente, as condições especiais de defesa com que um Comandante se
pode confrontar. Elas incluem:
• Posições de tiro enterradas, dispondo no mínimo de parapeito. À medida que o tempo disponível
e os meios o permitirem, as posições devem ser melhoradas com cobertura superior.
• Defesa em todas as direcções.
• Minas de protecção e outros obstáculos para valorizar as possibilidades de defesa anticarro e
canalizarem o inimigo para zonas de morte. Veja Anexo D.
• Posições em apoio mútuo para armas principais.
• Itinerários de reabastecimento ou de retirada cobertos e abrigados.
• Emboscadas anticarro, com armas ACar médias e ligeiras, colocadas entre as posições de
combate para impedir o seu envolvimento por forças mecanizadas ou blindadas, em períodos de
visibilidade limitada.
• Segurança, através de patrulhamentos intensivos, durante períodos de visibilidade limitada, para
evitar a infiltração de elementos inimigos apeados.
EXEMPLO Nº 1
Porque o terreno é restritivo, o Comandante posiciona as suas forças em profundidade por forma a
destruir a ameaça de blindados. O Comandante organizou a sua defesa em volta de duas do morte
distintas, ao longo de EAprx apropriado a blindados. Os MGACarP são posicionados por forma a
tirarem o máximo partido das suas possibilidades e ficarem em apoio mútuo. As forças de infantaria
são posicionadas para protegerem os MGACarP dos ataques apeados do inimigo.
EXEMPLO Nº 2
Neste exemplo, uma ameaça blindada será retarda por um curso de água situado à frente do sector.
Porque o terreno, ao longo do curso de água é densamente arborizado, o Comandante colocou aí a
maior parte dos seus atiradores para deter as tentativas de transposição. As SecACar foram colocadas
à retirada dos atiradores, em terreno a partir do qual podem bater o inimigo na área descoberta,
situada além do curso de água. Foram retirados seis mísseis médios à Companhia da direita e
posicionados em profundidade, ao longo da estrada penetrante, na parte central do sector.
Quando o Batalhão tem de se defender em profundidade, ela organiza e posiciona elementos em
posições que se situam em terreno restritivo a blindados, para concentrar fogos anticarro sobre os
EAprx do inimigo. São exemplos de terreno adequado para aquelas posições:
Há dois aspectos, na localização do ponto forte, que assumem grande importância. Primeiro, é
preciso muito tempo para preparar um ponto forte. Segundo, se o terreno nos flancos do ponto forte
não restringe o avanço do inimigo, o Batalhão pode ser isolado e destruído. Podem-se empregar
contra-ataques com forças mecanizadas ou blindadas e/ou o uso intensivo de fogos (aéreos, de
artilharia e de munições nucleares e químicas) para fazer a junção com os pontos fortes cercados.
O Comandante de Batalhão que recebe a missão de preparar e ocupar um ponto forte, deve realizar
um reconhecimento terrestre, acompanhado pelo Comandante de Engenharia que está em apoio do
Batalhão. Em termos genéricos as suas prioridades são:
Todas as posições no interior de um ponto forte de Batalhão estão localizadas por forma a ficarem
ligadas com as posições adjacentes. As suas localizações também devem permitir a concentração dos
fogos, de duas ou mais unidades, contra um ataque inimigo, a fim de evitar que este isole posições de
combate e as possa bater por partes. Os sectores de tiro devem permitir o estabelecimento da
coordenação de fogos entre todas as posições.
São designados sectores de tiro por forma a assegurar que todos os fogos são coordenados entre todas
as posições. Os eixos de aproximação para o ponto forte, que não possam ser batidos a partir de
posições principais, devem, no mínimo, ser mantidos sob vigilância e serem batidos a partir de
posições suplementares. Estas posições são ocupadas à ordem.
São planeados contra-ataques para destruir ou expulsar as forças inimigas que tenham penetrado no
ponto forte , estes contra-ataques são normalmente executados pelos atiradores disponíveis, apoiados,
se necessário, por armas anticarro.
A defesa antiaérea constitui um sistema coerente de medidas passivas, tais como a camuflagem e
vigias do ar, e de medidas activas, tais como o posicionamento de armas antiaéreas orgânicas ou de
reforço. Tomam-se também medidas destinadas a bater aeronaves com armas ligeiras.
O Comandante do Batalhão pode utilizar a defesa do ponto forte, dentro do seu sector, designando,
uma ou mais companhias para prepararem e ocuparem pontos fortes.
Como o nome indica, a defesa em perímetro está orientada para fazer face a ataques vindos de todas
as direcções. O Batalhão pode organizar uma defesa em perímetro para cumprir uma missão
específica, ou para garantir a sua própria segurança. A defesa em perímetro emprega-se quando o
Batalhão tem de garantir terreno crítico, em áreas onde não há ligação com as unidades adjacentes.
Esta situação ocorre, por exemplo, `retaguarda das linhas inimigas, quando se conquista um objectivo
isolado (uma ponte, um desfiladeiro ou um campo de aviação). O Batalhão pode ainda estabelecer
uma defesa em perímetro quando for contornado e isolado pelo inimigo, tendo de defender a posição
que ocupa. A defesa em perímetro é utilizada, também quando o Batalhão tem de preparar e
defender um ponto forte.
A necessidade de garantir e proteger determinados terrenos característicos (pontes, campos de
aviação ou zonas de aterragem) da observação e dos fogos inimigos, restringe o posicionamento das
unidades.
Estes factores, associados à dificuldade em dispor de profundidade, tornam a defesa em perímetro
particularmente vulnerável a blindados (veja nesta secção a defesa contra blindados). O Comandante
tem a possibilidade de minimizar tais vulnerabilidades se:
• Instalar os sistemas de armas anticarro em terreno restritivo a carros de combate, para concentrar
os fogos sobre os eixos de aproximação favoráveis a carros.
• Aproveitar a maior profundidade possível conferida pelo diâmetro do perímetro defensivo com a
localização dos elementos de segurança, da reserva, e com a atribuição de sectores de tiro
secundários, às armas anticarros.
• Construir obstáculos que sucessivamente retardem ou detenham o inimigo, para que ele possa se
eficazmente batido.
Embora o tempo para planeamento possa variar, a sequência das tarefas a realizar na preparação
numa defesa em perímetro é , em terrenos genéricos, a mesma que foi referida para outros tipos de
defesa.
Deve ser escolhida uma linha de perímetro aproximada. que possa tirar partido do terreno, esta linha
abrange apenas a área que a unidade é logicamente capaz de defender.
A defesa em perímetro compreende, em termos de articulação das forças, elementos do perímetro,
elementos de segurança e a reserva.
a. Elementos do perímetro
A maior parte dos elementos de manobra do Batalhão têm por missão defender determinadas
áreas do perímetro. A largura e profundidade de sector, bem como o quantitativo e o tipo de forças
atribuídas a uma dada unidade, depende das seguintes considerações:
• Qual o terreno, caso exista, que deve ser mantido para cumprir a missão? Qual a missão ulterior (
operação de junção, se retirada, ou da rotura de um cerco)?.
• Qual o potencial do inimigo? Qual o seu dispositivo e de que forças dispõe?
• Quais são os pontos importantes no interior da posição? Como é que os obstáculos podem
contribuir para a defesa?
• Onde é que os eixos de aproximação penetram no perímetro e qual o tipo de unidades que cada
um deles comporta?
• As unidades do perímetro e a reserva têm disponíveis cobertos e abrigos contra os fogos directos?
• Quais os meios disponíveis (quantidade e tipo)?
• Que mudanças são necessárias na composição e organização das forças? Há tempo para as
realizar?
b. Elementos de segurança
c. Elementos de Reserva
A reserva pode ser constituída por uma unidade para tal designada, ou por uma força temporária
constituída por pessoal de comando e apoio. A reserva constitui a segunda linha de defesa, à
retaguarda dos elementos de perímetro. Deve ser a mobilidade necessária para fazer face ao
inimigo em qualquer local do perímetro. É posicionada por forma a barrar o eixo mais perigoso e
são-lhe atribuídas posições para ocupar à ordem, em outros eixos críticos. Os carros de combate,
que ocupam inicialmente posições de tiro no perímetro, podem ter a missão de, à ordem, reforçar
a reserva.
Caso haja uma penetração no perímetro, a reserva detém a penetração ou contra-ataca para
restabelecer a integridade da posição. Ao empenhar a reserva, o Comandante deve reconstituir
uma reserva para fazer face a outras ameaças. Esta força normalmente provém de uma unidade
que não esteja empenhada noutra área do perímetro. Se uma força não empenhada é empregue
para constituir uma nova reserva, há que deixar forças suficientes no sector, por forma a
guarnecer e defender o sector enfraquecido.
d. Apoio de Fogos
e. Apoio Logístico
Os elementos de apoio de serviços podem apoiar de dentro do perímetro, ou de outro local, o que
depende da missão e da situação do Batalhão, de tipo de transporte disponível, das condições
meteorológicas e do terreno. Frequentemente o reabastecimento é feito por via aérea. A existência
de zonas de aterragem e de largada, protegidas da observação e dos fogos do inimigo, é
fundamental para escolher e organizar a posição. Visto que o reabastecimento aéreo é vulnerável
às condições meteorológicas e aos fogos do inimigo, deve dedicar-se a maior atenção à economia
no consumo dos abastecimentos e à protecção dos níveis existentes.
Todos os meios do apoio de serviço no interior do perímetro devem situar-se em locais
protegidos, a partir dos quais possam garantir o apoio logístico contínuo. A sua localização e
funcionamento não deve afectar, nem ser afectado pelos fogos ou manobras do perímetro, nem
pelas unidades de apoio de fogos ou em reserva.
0530. DEFESA EM CONTRA ENCOSTA
Por definição, a defesa em contra-encosta é uma técnica de posicionamento das formas defensivas,
na vertente oposta de um monte, cumeeira, ou montanha, à que se apresenta o inimigo.
A contra-encosta está protegida dos fogos directos e da observação inimiga pela crista topográfica.
Uma defesa em contra-encosta com sucesso baseia-se em negar ao inimigo a crista topográfica.
Uma vez que o inimigo conquiste esta crista, o defensor perde as vantagens oferecidas pela contra-
encosta, tendo o defensor de contra-atacar para reconquistar o domínio de observação fornecida por
essa crista. A figura seguinte mostra duas formas de defesa em contra-encosta.
O Batalhão raramente conduz uma defesa em contra-encosta ao longo de toda a sua frente: contudo,
pode haver situações em que alguns elementos do Batalhão tenham de ser empregues, com
vantagem, em defesa de contra-encosta. O Comandante de Batalhão pode adoptar uma posição de
contra-encosta, para parte do seu Batalhão, nas seguintes condições:
b. Desvantagens
• A observação sobre o inimigo pode ser limitada e o defensor ser incapaz de bater eficazmente
os campos de minas e os obstáculos à sua frente.
• O alcance eficaz das armas de tiro directo é limitado pela crista topográfica.
• Ao conquistar a linha de altura o inimigo estará na posse de terreno dominante e o seu ataque
será a descer, enquanto um contra-ataque será a subir.
• A defesa em contra-encosta está dependente do sucesso ou insucesso das posições adjacentes.
• Devido à necessidade que se tem de controlar a crista militar, a defesa em contra-encosta não
é tão eficaz em períodos de visibilidade limitada.
c. Organização
A defesa em contra-encosta tem por finalidade causar o máximo de baixas ao inimigo à frente da
posição; enganá-lo quanto à verdadeira zona de localização da Zona de Resistência; garantir o
máximo efeito de fogos se surpresa, logo que o inimigo se recorte na linha do horizonte, e negar-
lhe a crista topográfica.
A posição defensiva é organizada com os fundamentos aplicados a todas as posições defensivas.
Uma característica especial de uma posição de defesa em contra-encosta é a necessidade de bons
campos de tiro para a crista. Os fogos devem ser colocados sob a crista topográfica e na área entre
esta e a OAZR. A organização da defesa em contra-encosta é afectada pelos cobertos e abrigos
existentes e pela localização de obstáculos existentes.
A distância entre a OAZR e a crista topográfica deve estar dentro do alcance eficaz das armas
portáteis; todavia, a OAZR deve estar suficientemente afastada da crista por forma a que os
campos de tiro garantam ao defensor tempo para fazer fogo ajustado sobre o inimigo, antes de ele
atingir as posições defensivas. As posições defensivas devem permitir que os fogos sejam feitos
sobre os flancos e sobre a crista da elevação, e ainda sobre as encostas dos incidentes de terreno
adjacentes.
Uma defesa em contra-encosta é particularmente eficaz quando os fogos flanqueantes das
unidades adjacentes podem ser colocados sobre a vertente virada ao inimigo.
Se a situação o permitir, deve ser instalada à frente da posição uma força de segurança para reter
ou retardar o inimigo, desorganizar o seu ataque, e enganá-lo quanto à verdadeira localização da
posição. Quando esta força retira, é ainda necessário que haja observação e segurança à frente.
Devem ser montados PO sobre a crista topográfica, ou à sua frente, para garantir observação a
grandes distâncias sobre toda a frente. Estes PO são normalmente fornecidos pela reserva, e os
seus efectivos podem variar desde três homens a uma Secção reforçada. Os PO devem incluir
observadores avançados e serem reforçados com metralhadoras, armas anticarro e carros de
combate. Devem ser montados um número de PO suficientes, para que haja observação ao longo
de toda a frente e segurança para a Zona de Resistência. À noite, o número de PO aumenta, por
forma a garantir maior segurança.
Uma posição altamente aconselhada para os elementos da reserva, pode situar-se na crista militar
da elevação imediatamente à retaguarda (se está dentro da distância de apoio aos elementos em 1º
escalão) ou sobre os flancos.
d. Conduta
As medidas de defesa antiaérea tomadas pelo Batalhão incluem medidas passivas de protecção, um
sistema de alerta, atribuição de sectores de tiro e de alvos, de acordo com as regras estabelecidas.
As unidades de defesa antiaérea podem operar na área do Batalhão, sob o seu controlo, sob o
controlo da Brigada, da Divisão ou de escalões mais elevados. São preparados planos detalhados para
o emprego dos meios antiaéreos pelos respectivos Comandantes, em coordenação com o OAF.
As armas orgânicas, não antiaéreas, tais como as armas automáticas portáteis e colectivas, podem
parcialmente enfrentar aviões inimigos, voando a baixa altitude, empregando grande volume de
fogos. As unidades devem dar a máxima atenção a uma adequada defesa imediata contra aeronaves,
que ataquem as suas posições; contudo, devem ser evitados os fogos indiscriminados, de armas não
antiaéreas , contra aeronaves.
A infiltração é uma ameaça constante para uma defesa, particularmente quando as forças em
primeiro escalão estão muito dispersas. O inimigo pode tentar acções de infiltração como uma forma
de operação desorganizante e flagelar instalações na área da retaguarda, ou pode tentar acções
maciças de infiltração como um tipo de operação ofensiva. As medidas específicas para controlo de
infiltrações incluem acções de contra-reconhecimento, patrulhas de combate, obstáculos anti pessoal,
sistemas de alerta, meios de vigilância electrónica.
Se existe uma ameaça de ataque por infiltração, pode ser dada a uma força de combate, com
mobilidade, como missão principal, a de enfrentar as forças atacantes.
0533. DEFESA CONTRA ATAQUES NBQ
Para discussão das medidas de protecção contra o uso de armas NBQ pelo inimigo, veja o ANEXO
B.
A visibilidade limitada é uma circunstância comum, que exige um estudo cuidadoso em todas as
operações de defesa.
a. A Noite
As forças inimigas podem atacar à noite para manter o ímpeto ou para obter a surpresa. As forças
mecanizadas e blindadas do inimigo normalmente deslocam-se e batem os seus objectivos
recorrendo à iluminação artificial ( artifícios luminosos, projectores, equipamentos de
infravermelhos). A dependência do inimigo em relação aos sistemas activos pode tornar-se uma
vantagem para o defensor que esteja dotado com equipamento passivo de visão nocturna.
Quer as forças de infantaria inimiga montadas, quer as apeadas, têm possibilidade de lançar um
ataque apeado em segredo. Se o inimigo emprega o segredo, é obrigado a deslocar-se lentamente,
em terreno favorável à progressão e com pontos facilmente identificáveis, e em formações
cerradas. Eis algumas medidas para utilizar durante a visibilidade limitada:
A urbanização pode obrigar a que o Batalhão tenha de defender em áreas com muitas aldeias e vilas
pequenas, algumas vilas de maiores dimensões e mesmo vastos complexos urbanos.
No escalão Batalhão, a defesa em aldeias, em vilas pequenas e em faixas urbanizadas passa a ser
frequente. As grandes vilas e as cidades pequenas afectam as operações das Brigadas e das Divisões.
As grandes cidades ou os complexos urbanos importantes, exigem operações ao nível escalão
Divisão ou Corpo do Exército. Normalmente um Batalhão actua em grandes áreas edificadas
somente como parte de uma GU. As aldeias podem ser utilizadas para estabelecer pontos fortes de
escalão Companhia, num sector de Batalhão.
a. Vantagens do Defensor
Quem defende em áreas edificadas tem vantagens. O defensor dispõe de protecção contra os
fogos directos e indirectos, bem como itinerários cobertos e abrigados, no interior da área. A área
edificada apresenta-se em si mesma como um obstáculo para o atacante, e com arame farpado,
minas, crateras e pedras soltas, e o seu valor como um obstáculo ficará acrescido. O atacante pode
atacar e isolar algumas áreas edificadas, mas terá de atravessar outras. Fica, então, na situação de
combater do exterior para o interior de uma posição bem definida.
b. Desvantagens do Defensor
Apesar das vantagens referidas, o defensor numa área edificada deve atender a que:
Face a mais condicionamentos, há algumas modificações na forma de emprego dos vários meios
de que o Batalhão dispõe:
• Controlar um EAprx, especialmente quando a área é um ponto crítico, ou é uma zona que o
inimigo tem de atravessar.
• Bater pelo fogo um obstáculo(rio de difícil transposição, por exemplo).
• Bater pelo fogo uma área para dentro da qual uma força inimiga pode ser canalizada por
obstáculos ou fogos de outras unidades.
• Impedir o acesso do inimigo a instalações críticas.
a. A Missão
O conceito de vigiar envolve o emprego de uma área do PO com capacidade para detectarem
o inimigo, informar o escalão superior e pedir o desencadeamento de fogos indirectos sobre o
inimigo. O volume de cada PO é variável. Os Po que dominem os EAprx mais prováveis,
devem ter capacidade para fazer a sua segurança imediata e para bater com fogos directos
elementos ligeiros inimigos. Os PO que dominem os EAprx menos prováveis podem ter a
dimensão de Esquadras. Estes evitam ser detectados e pedem, quando necessário, o
desencadeamento de fogos indirectos.
Os PO, quando possível, devem ser montados em profundidade, conforme as forças
disponíveis, o terreno e a largura do sector. Quando não for possível dispor os PO em
profundidade, pode ter que haver PO avançados que acompanhem a actividade do inimigo, e
continuem a informar a sua localização e pedindo fogos indirectos.
No planeamento de uma operação de vigilância, O Comandante escolhe a localização geral
dos PO e designa pontos de coordenação ou de ligação entre as unidades. Ao escolher a
localização dos PO, ele deve atender:
• Organizar e executar um contra-ataque para destruir uma força inimiga enfraquecida e recuperar
posições defensivas perdidas.
• Preparar posições defensivas numa área de combate à retaguarda de outros Batalhões, que estão
empenhados ou sujeitos a ameaça.
• Ocupar uma zona de reunião e preparar-se para possíveis missões ulteriores.
• Executar missões de segurança na área da retaguarda, incluindo a detecção de operações inimigas
aeromóveis ou aerotransportadas, de actividades de guerrilha e de infiltração.
• Reforçar unidades empenhadas com determinados sistemas de armas (MGACar, morteiros).
0538. O BATALHÃO COMO FORÇA DE CONTRA-ATAQUE
O Batalhão em reserva pode ter frequentemente que preparar planos de contra-ataque, para executar
à ordem. Em muitos aspectos, o contra-ataque é semelhante a qualquer outro ataque. O Comandante
do contra-ataque pode normalmente ter um perfeito conhecimento do campo de batalha onde irá
operar tem tempo para planear e ensaiar com os comandantes subordinados. Além disso a força de
contra-ataque normalmente recebe meios de transporte para permitir o seu rápido empenhamento.
Normalmente o Comandante do escalão superior determina as possíveis áreas de penetração
inimigas, escolhe e atribui a prioridade sobre itinerários, determina a prioridade de planeamento dos
contra-ataques. Ele também fornece instruções relativamente à forma como quaisquer outros meios
da Brigada ou da Divisão, são integrados no plano. O Comandante da força de contra-ataque executa
um planeamento detalhado e submete o seu plano à aprovação do comando superior. O plano de
contra-ataque também inclui as missões das unidades em contacto, e atribui responsabilidades aos
elementos em apoio ou em esforço.
Face a blindados, a força de contra-ataque manobra apenas o necessário para bater o inimigo com
fogos eficazes anticarro, a partir dos flancos ou da retaguarda, se possível. Os contra-ataques de
infantaria contra blindados não são mais eficazes durante períodos de visibilidade limitada (à noite,
com nevoeiro, etc.) empregando emboscadas anticarro. Se o contra-ataque é executado contra
infantaria inimiga já enfraquecida, a força de contra-ataque estreita o contacto com o inimigo para o
destruir.
O contra-ataque é executado para destruir elementos inimigos e/ou recuperar terreno importante, e
visa restabelecer a integridade da defesa. O contra-ataque terá uma alta probalidade de sucesso se:
a. Medidas de Controlo
No contra-ataque, é crítico o controlo dos movimentos dos fogos. Se houver tempo disponível, são
difundidas as medidas de controlo necessárias pelo Comandante da força de contra-ataque, em
coordenação com o escalão superior, com o seu EM e com outros elementos interessados. Em
condições ideais tal é possível após a realização de um minucioso reconhecimento terrestre. Estas
medidas podem ser razoavelmente bem definidas com base na previsão do local onde o inimigo
provavelmente irá atacar e penetrar. Estas medidas de controlo podem ser alteradas durante a
execução do contra-ataque.
(1) BOLSA
Durante a análise do terreno, o Comandante prevê onde o inimigo vai empregar as suas forças, e
o tipo de forças que terá e o dispositivo que irá adoptar. A partir destes elementos formula uma
hipótese detalhada da área mais provável em que o inimigo pode penetrar.
O itinerário de contra-ataque deve ser tão directo quanto a situação táctica, os meios de transporte
e o plano de manobra o permitirem. Deve tirar o máximo partido dos cobertos e abrigos e afectar,
no mínimo possível, os fogos e a manobra das unidades que estão a defender. É indicado um
ponto de irradiação onde as Companhias iniciam o deslocamento sob o seu próprio controlo. Este
ponto de irradiação pode também servir de local de desembarque, se forem utilizados meios
transporte auto.
(3) LINHA DE PARTIDA
(4) OBJECTIVO
b. Conduta de um Contra-Ataque
Ocupa-se uma ZRn com a finalidade de conferir segurança enquanto se fazem os preparativos para
operações futuras. Estes preparativos podem incluir a reorganização, a distribuição de ordens, a
recepção e distribuição de abastecimentos e a manutenção de veículos e equipamentos.
A ocupação de uma ZRn pode ser ordenada pelo escalão superior (como acontece quando a unidade
é designada como reserva) ou pelo Comandante de Batalhão (como acontece durante a rendição,
numa rotura de combate ou no movimento aéreo).
Independentemente da sua finalidade, a ZRn deve permitir:
• Cobertura da observação aérea e terrestre.
• Abrigo dos fogos directos.
• Espaço suficiente para a dispersão.
• Entradas, saídas e itinerários interiores com condições adequadas.
• Boas condições de drenagem e de consistência do solo, para suportar as viaturas do Batalhão.
A força de ZRn deve ter sempre uma força amiga entre ela e o inimigo. Apesar desta protecção, o
Batalhão deve ter capacidade para se defender por si só, no caso do inimigo fazer uma penetração ou
envolver os outros elementos amigos, ou se a ZRn for detectada por meios aéreos. Ao montar a
segurança numa ZRn, o Batalhão utiliza as mesmas técnicas que são usadas para uma defesa em
perímetro.
A fim de reduzir a possibilidade de detecção durante a ocupação, é normalmente constituída uma
Secção de Quartéis para reconhecer e organizar a ZRn antes da chegada do Batalhão. A Secção de
Quartéis verifica se a área tem as características necessárias, divide-a pelas subunidades, pelo COT e
pelos Trens. Utilizando guias, a Secção de Quartéis, orienta sem demora para as suas posições, os
elementos que vão chegando.
A ZRn pode ser organizada atribuindo, no perímetro sectores às subunidades.
A segurança da área pode ser reforçada através da utilização de observação visual, de sensores e
equipamentos de vigilância
O PelRec pode receber a missão de reconhecer itinerários para locais de contra-ataque, posições
defensivas, ou passagem de linha, ou ainda garantir a segurança montando PO, obstáculos ou postos
de fiscalização de circulação
Os elementos de apoio de combate localizam-se juntos das unidades que irão apoiar ou ficam
localizados onde possam prestar A/G a todos os elementos da força.
Os PO situam-se por forma a vigiar os pontos importantes e os EAprx.
O COT e os Trens do Batalhão situam-se numa posição central para disporem de segurança e para
facilitar a distribuição de ordens, distribuição de reabastecimentos e outras actividades. Podem ficar
numa área atribuída a uma subunidade para maior segurança, ou para coordenação de operações
futuras.
As transmissões entre os diversos elementos faz-se por TPF (se houver tempo disponível para a sua
instalação) ou por mensageiros; os rádios só são utilizados em caso de emergência.
As ZRn das subunidades devem ter dimensões suficientes para garantirem a dispersão e disporem
cobertos e abrigos face à observação e aos fogos directos do inimigo. A sua posição dentro da ZRn
do Batalhão deve facilitar os deslocamentos para operações futuras.
CAPITULO 6
OPERAÇÕES RETROGRADAS
SECÇÃO I – GENERALIDADES
Uma operação retrógrada é qualquer movimento táctico organizado, de uma unidade para a retaguarda,
ou de afastamento em relação ao inimigo. A operação pode resultar da acção do inimigo ou pode ser
voluntária, e pode mesmo fazer parte do esquema de manobra do escalão superior. As operações retrógradas
são caracterizadas por um planeamento centralizado e execução descentralizada. Ao contrário da defesa, o
Comandante normalmente evita o empenhamento decisivo (por exemplo, não permitindo que o inimigo
coloque fogos ajustados sobre as forças amigas por forma a restringir a manobra).
Uma operação retrógrada tem a finalidade de preservar a integridade da força até que se possa retomar a
ofensiva. A finalidade inerente a todas as operações retrógradas é a de infligir ao inimigo o maior número de
baixas que a situação permita. Adicionalmente as operações retrógradas são executadas com uma ou mais
das seguintes finalidades:
. Flagelar, desgastar, resistir e retardar o inimigo.
. Canalizar o inimigo para uma posição desvantajosa.
. Permitir a concentração de forças noutra zona.
. Evitar o combate em condições desvantajosas.
. Ganhar tempo sem se deixar empenhar num combate decisivo.
. Reposicionar forças.
. Desempenhar uma força.
. Encurtar linhas de comunicações e de reabastecimentos.
. Deixar livres zonas para que as forças amigas possam utilizar fogos nucleares ou químicos.
Há três tipos de operações retrógradas: rotura de combate, acção retardadora e retirada.
0601. DEFINIÇÃO
Rotura de combate é uma operação na qual toda ou parte de uma força desenvolvida para o combate
se desempenha do inimigo, sem pressão ou sob pressão, mantendo o contacto com o inimigo apenas
com a finalidade de decepção e segurança.
A rotura de combate pode ser executada por parte ou pela totalidade do Batalhão que participa numa
defesa, numa acção retardadora ou numa operação ofensiva. São designados elementos para ficarem
em contacto com o inimigo, para evitar que a força principal seja perseguida. Nas roturas de
combate, as reservas são normalmente posicionadas bem à frente para apoiarem com fogos ou com
ataques terrestres. O Batalhão pode tomar parte numa rotura de combate de uma brigada ou de uma
Divisão como guarda de flanco ou de retaguarda dessa força. Quando o Batalhão realiza uma rotura
de combate sob pressão do inimigo, a sua reserva pode lançar ataques a varrer para desorganizar,
destruir ou retardar o ataque do inimigo. A reserva pode ser constituída pela última unidade que foi
empenhada.
Quando o Comandante de Batalhão necessita de reposicionar toda ou parte das suas forças, ele leva a
cabo uma rotura de combate para se desempenhar do inimigo. Há dois tipos de rotura de combate:
rotura de combate sob pressão do inimigo e rotura de combate sem pressão do inimigo. Ambos
os tipos de rotura são realizados enquanto o Batalhão está em contacto. A principal diferença reside
na intensidade da pressão do inimigo. Por exemplo, uma força atacante inimiga pode exercer mais
pressão de uma força inimiga numa fase de consolidação da sua operação. Na rotura de combate sob
pressão o inimigo procura desalojar o Batalhão da posição que ocupa. Na rotura de combate sem
pressão do inimigo, o Batalhão não está sob um ataque e não espera ser atacado durante a rotura.
a. Missão
MISSÃO
. Reserva . Reserva
Fig 6-1
b. Inimigo
c. Terreno
. Do terreno disponível qual é o que favorece a rotura de combate?
. Como podem os obstáculos favorecerem a rotura de combate?
. Qual a influência dos itinerários, das posições de sobreapoio e dos pontos de passagem
obrigatório, no deslocamento?
. Pode-se obter uma previsão da visibilidade da área onde irá decorrer a operação, e se ela
favorece a rotura de combate?
. Que influência terão as condições meteorológicas na traficabilidade?
. Quanto tempo há para reconhecer, planear, dar ordens, para as forças se deslocarem para as
posições iniciais, e para prepararem obstáculos e posições de combate?
. Que meios estão disponíveis para aumentarem a mobilidade do Batalhão?
E para diminuir a mobilidade do inimigo?
. A Brigada tem uma força de segurança e, em caso afirmativo, onde está localizada? Se não
existirem forças de segurança da Brigada, deve o Batalhão fornecer esses elementos?
0604. PLANEAMENTO DE RETURA DE COMBATE
a. Fase Preparatória
b. Fase de Desempenhamento
Determinados elementos iniciam os seus movimentos para a retaguarda. Quando se tiver rompido
o contacto com o inimigo, estes elementos reúnem-se e executam um movimento táctico para a
posição seguinte.
c. Fase de Segurança
Antes de se iniciar uma rotura de combate sem pressão do inimigo, fazem-se reconhecimentos e
estabelecem-se medidas de coordenação e controlo, de forma a assegurar uma acção eficaz de
comando e controlo. Para isso é indispensável que os elementos mais importantes de cada
Companhia possam fazer reconhecimentos; estes elementos só necessitam de reconhecer a área onde
irão actuar. Os Comandantes de Companhia e de Pelotão devem ter um perfeito conhecimento do
que irão fazer todos os seus elementos, até ao nível secção; os Comandantes de Secção necessitam
de estar a par de tudo o que irá fazer a Companhia.
Durante o reconhecimento, os comandantes devem familiarizar-se com a localização dos pontos
iniciais, com os itinerários, com a localização dos pontos de irradiação e com as zonas de reunião.
Faz-se a escolha dos itinerários com base nos cobertos e abrigos que eles proporcionam, tendo um
mínimo de pontos críticos ou de passagem obrigatória. Os reconhecimentos devem ser feitos durante
períodos de visibilidade tão próximas quanto possível dos que se esperam vir a encontrar durante a
rotura de combate, podendo, se necessário, fazer-se um reconhecimento diurno e nocturno. Em caso
de necessidade utilizam-se guias de forma a garantir que as unidades se desloquem na direcção certa.
Normalmente, o Comandante de Batalhão informa os seus Comandantes de Companhia do seguinte:
. Quando começa a rotura de combate.
. Onde se localiza a zona de reunião do Batalhão, e o que cada Companhia faz ao lá chegar.
. Quais o itinerários a utilizar, da ZRn da Companhia para a ZRn do Batalhão, ou para a posição
seguinte.
. Organização, composição, missão e quem é o comandante dos ELDC.
. Missões ulteriores do Batalhão e das Companhias.
O êxito da rotura de combate sem pressão do inimigo depende sobretudo da rapidez de execução e
das medidas de decepção. O Comandante de Batalhão prevê romper o contacto e desloca-se para
um novo local sem ser detectado pelo o inimigo; por isso a rotura de combate sem pressão deve, se
possível, ser conduzida rapidamente, de noite, ou em períodos de visibilidade limitada. Na maior
parte das situações os ELDC ficam em posição para iludir o inimigo e proteger o desempenhamento
do grosso do Batalhão. Quando o Batalhão tiver vantagem de mobilidade em ralação às forças do
inimigo (por exemplo, se houver um obstáculo de valor a separar o Batalhão em relação ao inimigo,
ou houver meios de transportes disponíveis), torna-se praticável um desempenhamento e um
deslocamento simultâneos, de todos os elementos do Batalhão, sem necessidade de ELDC. Se a
rotura de combate for realizada por mais de um Batalhão, a ordem da Brigada pode determinar o
emprego de ELDC. Na rotura de combate sem pressão, os ELDC, se existirem, são normalmente
constituídos por elementos de cada Companhia em contacto, ou que esteja nas proximidades do
inimigo. O comando e controlo dos ELDC são normalmente exercidos por uma parte do elemento de
comando do Batalhão, a fim de simular, tanto quanto possível, as actividades normais do Batalhão.
O 2º Comandante de Batalhão pode comandar os ELDC do Batalhão, enquanto os oficiais adjuntos
das Companhias comandam os seus ELDC. Outro método consiste em o Comando de Batalhão
deixar uma Companhia como ELDC, sob o controlo do seu comandante. Quando isto acontece,
elementos dessa Companhia têm de ser reposicionados para cobrirem todo o sector do Batalhão.
Dentro das limitações impostas pela Brigada, o Comandante de Batalhão define o volume dos
ELDC. Pode também determinar que meios (por exemplo, carros de combate, e MGCar) constituam
a base da força. Em regra, os ELDC são constituídos por um terço da força e por metade das armas
colectivas. Os ELDC devem estar em condições de detectar o inimigo e de o bater com fogos
directos e indirectos, em todos os EAprx que conduzem à posição, e no interior desta. A localização
dos ELDC deve ser tal que possam intervir eficazmente no combate, caso o inimigo ataque durante a
rotura. Devido às características da sua missão, ao ELDC devem dispor de helicópteros, de carros de
combate, viaturas de transportes gerais ou de outros meios que lhe permitam a maior mobilidade
possível.
O grosso do Batalhão é constituído por todos os elementos de manobra, de apoio de combate e de
controlo, que não sejam necessários aos ELDC. O grosso tem por missão desempenhar-se em
segredo, deslocar-se por itinerários previamente determinados, reunir-se e deslocar-se para um novo
local, a fim de preparar a missão ulterior.
A reserva, ou os elementos posicionados em profundidade dentro do sector, podem romper o
contacto antes, durante, ou depois do desempenhamento dos elementos das companhias da frente,
mas geralmente, eles rompem o contacto após o desempenhamento dos elementos das companhias
da frente. Este escalonamento permite mais flexibilidade e segurança, acaso o inimigo detecte a
rotura de combate e ataque. A reserva pode romper o combate ant6es do núcleo principal das
unidades da frente, quando a força de segurança for fornecida pelo escalão superior, ou quando a
preparação do Batalhão para a missão ulterior, for de prioridade mais elevado do que a segurança
que a reserva pode conferir às unidades que rompem o combate.
O grosso desloca-se, de acordo com as prioridades estabelecidas pelo Comandante, nos itinerários
previamente designados, até à posição seguinte. Os elementos do grosso podem também receber
missões, do tipo “à ordem”, para defender, retardar ou contra-atacar, durante a rotura de combate.
a. Medidas de controlo
Os itinerários são designados por um nome ou por um número; iniciam-se num local
facilmente identificável (de preferência à retaguarda das ZRn ou da posição) e prolongam-se
pelo caminho mais directo para a posição seguinte, de tal maneira que as unidades irradiem
só depois de transporem os últimos obstáculos à frente daquela posição. Também são
escolhidos itinerários de alternativa, que podem vir a ser empregues se os primeiros não
poderem ser utilizados. Um itinerário de retirada pode ser utilizado por mais de uma unidade,
se for estabelecida a respectiva prioridade. Quando se efectua uma rotura de combate, face a
uma força blindada, todos os itinerários de retirada devem situar-se em terreno restritivo a
carros de combate. Os obstáculos são activados, com a finalidade de impedir que inimigo
concretize a perseguição.
As ZRn localizam-se sobre bons itinerários de retirada, situadas bem à frente, para facilitar o
reassumir rápido do controlo das unidades e devem dispor de bons cobertos e abrigos contra
os fogos directos e à observação do inimigo. Ficam localizados lateralmente para permitir um
rápido acesso a todos os utentes, afastados dos PC e de elementos de apoio de fogos, e com
dimensões suficientes para permitir a dispersão.
(3) POSTOS DE FISCALIZAÇÃO DE CIRCULAÇÃO (PFC)
Os PFC podem ser estabelecidos nos cruzamentos de itinerários ou onde possam surgir
dificuldades ou engarrafamentos de tráfego, durante o movimento.
Estas posições são indicadas para elementos do Batalhão, tendo em vista missões futuras.
(1) Antes da hora definida para a rotura de combate, as viaturas e o pessoal que não forem
necessário, bem como as secções dos quartéis das unidades do Batalhão, deslocam-se para as
posições seguintes, usando técnicas de infiltração.
(2) A hora indicada para a rotura os elementos da frente, que não sejam necessários para integrar
os ELDC, saíam das posições, deslocam-se para a retaguarda e reúnem-se.
(5) Nesta situação, o Comandante de Batalhão deixa a reserva em posição até os outros
elementos começarem o seu deslocamento, porque não há força de segurança do escalão e
existem apenas dois itinerários para a retaguarda.
(6) Depois das companhias da frente terem passado uma determinada zona (neste caso uma linha
de fase), a reserva desloca-se para a sua nova posição e prepara-se para a missão ulterior.
(7) Os elementos do grosso do Batalhão são recebidos no PIrrd por elementos da secção de
Quartéis, deslocam-se para as novas posições que ocupam, e continuam a preparação para a
nova missão.
(8) O Comandante dos ELDC passa a controlar e a assumir a responsabilidade do sector do
Batalhão, protege o deslocamento do grosso e mantém as actividades previamente
desenvolvidas pelo Batalhão, a fim de iludir. O Comandante dos ELDC depende do
Comandante dos WLDC do escalão superior (normalmente Brigada).
A sequência dos acontecimentos numa rotura de combate sob pressão do inimigo diferente da
sequência numa rotura de combate sem pressão do inimigo.
Numa rotura de combate sob pressão do inimigo, o reconhecimento é feito para a retaguarda, se
houver tempo disponível. É feito o reconhecimento para identificar os itinerários que melhores
cobertos e abrigos oferecem e para determinar o apoio de engenharia que é necessário para superar
os obstáculos existentes. O planeamento assemelha-se ao que é efectuado para uma acção
retardadora, no que respeita ao emprego dos meios orgânicos e não orgânicos. O Comandante de
Batalhão pode determinar as seguintes medidas de controlo, de forma a auxiliar a sua acção de
comando e controlo durante a rotura de combate sob pressão do inimigo:
. Sectores – para restringir e coordenar os fogos e os movimentos.
. Passagem de Linhas – para as unidades que têm de executar uma passagem de linhas para a
retaguarda.
. SEQUÊNCIA
. MEDIDAS DE CONTROLO
Uma LF para auxiliar o controlo dos movimentos e dos fogos das unidades e para indicar o
momento da transferência de responsabilidade do sector.
São designados antecipadamente limites, efectivos à ordem, para serem utilizados caso a
força de segurança não consiga retardar o inimigo, é ultrapassada, ou não consegue
efectuar o desempenhamento do Batalhão.
(2) OBSERVAÇÃO A LONGAS DISTÂNCIAS
Por vezes, em terreno relativamente aberto, a segurança do Batalhão, que está a conduzir uma
rotura de combate com pressão do inimigo, é fornecida pelo o escalão superior. Esta força de
segurança é constituída por elementos com capacidade para detectar o inimigo às longas
distâncias (forças de cavalaria do ar ou forças aeromóveis) e é apoiada por fogos de longo
alcance (artilharia, apoio aéreo próximo e helicópteros de ataque). Todas as forças de
Batalhão executam simultaneamente o desempenhamento, a coberto dos fogos dos elementos
de segurança, que empregam fumos e realizam a supressão dos elementos inimigos. Quando
o desempenho estiver realizado, o Batalhão reúne os seus elementos, e normalmente desloca-
se por diversos itinerários, ou meios aéreos, para um local pré-determinado.
. SEQUÊNCIA
. MEDIDAS DE CONTROLO
Os limites laterais são a cheio até onde as forças de segurança tiverem responsabilidades
do sector.
São definidas áreas de passagem e pontos de ligação ás unidades que fazem a passagem de
linha, aos elementos de apoio e às unidades não em contacto.
São fixados limites, efectivos à ordem, caso a força de segurança seja ultrapassada, seja
incapaz de retardar o inimigo ou de desempenhar o Batalhão.
Emprega-se um LF para auxiliar o controlo de movimentos e dos fogos das unidades, e
para indicar o momento da transferência de responsabilidade do sector.
O sucesso de uma rotura de combate sob pressão do inimigo está dependente da eficácia com que
se realiza o desempenho pelo fogo e pela a manobra, e pelos fogos desencadeados pela força de
segurança (a unidade/elemento a quem foi dada a missão de garantir a segurança à rotura de
combate). Há muitas opções quanto à organização e emprego da força de segurança. Se a situação
o permitir, a unidade pode ser colocada numa posição de sobreapoio a partir da qual garante a
segurança da rotura de combate. Esta posição de sobreapoio a partir da qual garanta a segurança
da rotura de combate. Esta situação depende sobretudo do terreno, da mobilidade, do inimigo e da
pressão que ele exerce. Tal missão pode ser atribuída a uma unidade em reserva ou ser garantida
pelo escalão superior. As Companhias da frente utilizarão o fogo e o movimento retirando para
trás das forças de segurança, as quais recebem o combate. Para apoiar os elementos da rotura, para
permitir que o grosso do Batalhão se desempenhe, a força de segurança deve ter capacidade para
detectar e abater inimigo, com fogos, em todos os EAprx. Se o terreno só permite a observação
sobre o inimigo às curtas distâncias, o Batalhão terá necessidade de formar a força de segurança à
custa das Companhias da frente. Esta força de segurança posicionar-se-á de forma a observar os
eixos propícios à infantaria apeada e dirigirá o0s fogos de artilharia, de morteiro, de apoio aéreo
táctico e da cavalaria dom ar, em apoio da força, de forma a:
Ao ser dada a ordem para a rotura de combate, todos os elementos devem bater o inimigo com
fogos directos e indirectos. Estes fogos, em complemento com os obstáculos e com um adequado
aproveitamento do terreno, criam uma vantagem temporária de mobilidade para a força de rotura
de combate, possibilitando que os seus elementos se desempenhem, se reúnam, e se desloquem
para a posição seguinte. A força de segurança deve receber o combate dos elementos da frente que
se desempenharam, assume a responsabilidade de todo o sector do Batalhão, retarda o avanço do
inimigo enquanto o grosso do Batalhão conduz um movimento para a retaguarda, e então, à
ordem, desempenha-se e desloca-se, por sua vez, para a retaguarda. De acordo com a missão
ulterior do Batalhão, pode ser necessário que a força de segurança mantenha o contacto com
inimigo, durante a sua vinda para a retaguarda.
À ordem, a força de segurança pode reunir-se ao grosso, ou passar pela posição seguinte já
ocupada e deslocar-se por um itinerário para uma posição pré-determinada, mais à retaguarda.
Deve-se prever ter de parar um ataque inimigo, durante a rotura de combate. O Comandante da
força de segurança da Brigada pode empenhar a reserva da Brigada para fazer face a acções
ofensivas do inimigo, ou pode executar contra-ataques com as unidades do Batalhão que do
anterior já se tenham desempenhado. Se os elementos do Batalhão são necessários, devem ser
utilizados os meios de maior mobilidade disponíveis para reforçar ou apoiar o desempenhamento
dos elementos da força de segurança, sob a direcção do Comandante da força de segurança da
Brigada. A utilização oportuna de helicópteros de ataque ou de apoio aéreo próximo pode evitar
que as forças terrestres tenham de se empenhar novamente com o inimigo, antes de completada a
rotura de combate.
. Garantir abrigos para os fogos directos do inimigo, e estarem cobertos da observação aérea
e terrestre do inimigo. Um itinerário pode ser utilizado por mais do que uma unidade, se
for estabelecida a prioridade de deslocamento. São escolhidos e utilizados, se necessário
itinerários de retirada de alternativa. São planeados e executados obstáculos ao longo dos
itinerários de retirada, para impedir que o inimigo efectue a perseguição.
. Outras medidas de controlo tais como pontos de referência, pontos de ligação e linhas de
fase, podem ser utilizadas para auxiliar o controlo do movimento.
(2) SEQUÊNCIA
Os fogos de apoio são concentrados para obter a supressão ou neutralização dos fogos
inimigos, desencadeados sobre a área do elemento que rompe o contacto.
Os fogos anticarro de todas as unidades são desencadeados sobre o inimigo, à medida que
este vai ficando exposto.
1 . Os atiradores que não forem necessários para garantir a segurança das armas anticarro,
reúnem-se e deslocam-se para a retaguarda.
2 . Forças de segurança garantem a segurança da rotura de combate dos atiradores, e depois
desempenham-se.
Á medida que os elementos rompem o combate, o potencial de fogo orgânico do Batalhão vai
ficando reduzido. Estes elementos ficam cada vez mais dependentes dos fogos indirectos, dos
helicópteros de ataque e dos obstáculos, para retardar o inimigo. Se não for possível colocar
potencial de combate numa determinada área, as unidades poderão ter de empregar a
infiltração, em períodos de visibilidade limitada.
0608. DEFINIÇÃO
A acção retardadora uma operação pela qual uma força sob pressão do inimigo troca espaço por
tempo, ao mesmo tempo que provoca um máximo de danos ao inimigo, evitando empenhar-se
decisivamente.
O Batalhão pode ter a missão de retardar quando for empregue como parte de uma Força de
Cobertura. O retardamento pode ocorrer ainda, na Zona de Resistência, quando as forças forem
inadequadas para a defesa.
O Batalhão de Infantaria pode receber a missão de retardar num sector muito extenso, em situação de
economia de forças, por necessidade de concentração de forças noutro local.
0609. FINALIDADE
A finalidade da acção retardadora é opor ao inimigo uma força que obrigue a perder tempo a
concentrar as suas forças a fim de se empenhar e destruir a força de retardamento. O Comandante da
força de retardamento tem quatro tarefas principais:
. Nunca se empenhar decisivamente mantendo a força com a liberdade suficiente para manobrar.
O Comandante da força de retardamento instala os seus elementos em posições que disponham dos
melhores campos de observação e de tiro possíveis. Quando houver tempo disponível, reforça os
obstáculos naturais e cria novos obstáculos para melhor colocar as forças sob os fogos das suas
armas.
0610. MÉTODOS DE RETARDAMENTO
Uma acção retardadora pode ser realizada em uma única posição, retardar em posições sucessivas,
retardar em posições alternadas, ou através de uma combinação adequada dos dois últimos métodos.
Qualquer um destes métodos pode sofrer alterações consoante for necessário para fazer face à
situação.
Este método de retardamento exige que a força combata de posição em posição, em direcção à
retaguarda, garantindo a sua posse enquanto possível ou durante um período de tempo específico.
As unidades retardam nas/ou entre estas posições.
O retardamento em posições sucessivas é utilizado quando o sector é tão extenso, que as forças
disponíveis não podem mais do que uma linha de posições. Esta forma de retardamento é fácil de
controlar. A desvantagem do retardamento em posições sucessivas é a de que é mais fácil numa
penetração inimiga, porque há menos profundidade, menos tempo para preparar a posição
seguinte, e possivelmente há intervalos entre as unidades.
O retardamento em posições alternadas impõe que haja duas unidades de manobra num único
sector. Estes elementos alternam entre si os deslocamentos para a retaguarda. Enquanto uma
unidade está a combater, a outra ocupa posição seguinte à retaguarda, e prepara-se para assumir a
responsabilidade do combate. A primeira força desempenha, faz uma passagem de linha ou
contorna a segunda, e prepara-se para reassumir o retardamento a partir de uma posição mais à
retaguarda, enquanto a segunda força assume o combate.
O retardamento em posições alternadas pode ser utilizado quando o Batalhão tem uma frente
estreita, ou foi reforçado, de forma a garantir uma segurança em profundidade. O método de
posições alternadas garante maior segurança à força de retardamento e mais tempo para preparar
ou melhorar posições de retardamento e mais tempo para preparar ou melhorar posições de
retardamento. É necessária uma coordenação constante de fogo e movimento.
Há factores básicos que influenciam a escolha do método de retardamento a utilizar e que devem ser
considerados durante a análise do MITM-T.
a. Missão
b. Inimigo
Devem ser utilizados todos os órgãos de pesquisa de notícias para se determinar o potencial
inimigo, a sua localização, a sua mobilidade e as suas possibilidades. O OfInfo faz o seu estudo de
situação e apresenta as conclusões do estudo ao Comandante de Batalhão e/ou ao OfOp, com vista
às possibilidades de actuação do inimigo.
Quanto maior for o potencial de combate do inimigo em relação à força de retardamento mais
favorável se torna fazer o retardamento em posições alternadas.
c. Terreno
O Comandante de Batalhão deve conhecer perfeitamente quais os meios e o tempo que tem
disponíveis, para o cumprimento da missão.
Se o Batalhão for reforçado com carros de combate, pode-se utilizar o retardamento em posições
alternadas, posicionando-se inicialmente à frente, protegidos por atiradores, permitindo que as
restantes forças de atiradores preparem posições em profundidade. Os carros de combate podem
tirar o máximo partido da sua mobilidade, do seu poder de fogo e da sua protecção blindada, para
rapidamente se deslocarem para uma nova posição. Podem-se utilizar helicópteros de ataque para
uma nova posição. Podem-se utilizar helicópteros de ataque para garantir protecção anticarro,
segurança de flancos, e em sobreapoio para desempenhamento dos atiradores.
Baseado nos factores de decisão MITM-T, o Comandante de Batalhão faz a organização para o9
combate, integrando todos os meios necessários, incluindo os elementos dados em reforço, em
apoio directo e em acção de conjunto. Uma acção retardadora exige um planeamento centralizado
e uma execução descentralizada.
b. Comando e controlo
. Medidas de controlo, tais como sectores, linhas de fase, itinerários e postos de controlo de
tráfego.
. Localização/organização do PC e do COT.
c. Conceito da Manobra
d. Apoio de Combate
O plano do Comandante indica, de uma forma geral, como serão empregues os meios de apoio de
combate. Estes meios podem incluir:
(1) MORTEIROS
Normalmente, os meios anticarro ficam sob o controlo do Batalhão. Eles são empregues em
profundidade. Inicialmente, e para bater o inimigo às longas distâncias, o Comandante pode
querer empregar os seus MGACarP o mais à frente possível. Posteriormente, os MGACarP
deslocam-se para posições à retaguarda de forma a garantir fogos anticarro em profundidade
e em sobreapoio à execução do retardamento.
Durante o retardamento, o PelRec pode executar diversas missões. Ele pode ser empregue à
frente da posição inicial de retardamento para garantir um alerta oportuno, e fornecer
noticias. O PelRec pode ainda ser utilizado para a vigilância de um flanco, reconhecer os
itinerários que atravessam o sector, estabelecer a ligação com unidades adjacentes, ou vigiar
intervalos entre posições de retardamento, situados num sector muito largo.
(4) ARTILAHRIA
O apoio de fogos para retirada deve ser planeado de forma a bater todo o sector em
profundidade. Durante a retirada, as minas dispensáveis, lançadas pela artilharia, são um
meio excelente para ajudar uma unidade a desempenhar-se ou para fechar um intervalo.
O Batalhão deve utilizar os seus meios de protecção antiaérea para proteger as suas forças, os
órgãos logísticos, pontos de passagem obrigatórios e o grupo de comando.
(9) ENGENHARIA
(10) Deve-se utilizar ao máximo redes de TPF especialmente nas posições iniciais. Devem-se
utilizar ao mínimo as comunicações rádio para evitar que o inimigo localize as posições
amigas. Deve-se também considerar o emprego de outros meios, tais como mensageiros e
sinais pirotécnicos. Podem-se obter meios de guerra electrónica da Brigada para iludir o
inimigo e desorganizar o seu sistema de comando e controlo.
e. Apoio se Serviços
Para que a acção retardadora possa ter sucesso, o deslocamento dos trens e dos outros meios de
apoio de serviços deve ser feito com oportunidade. Estes meios devem garantir um apoio de
serviços eficaz, ainda que os seus deslocamentos não devam provocar emassamentos do campo
batalha. Os reabastecimentos e os equipamentos e os equipamentos que não possam ser possam
ser utilizados ou evacuados devem ser destruídos, contudo é uma violação à Convenção de
Genebra destruir medicamentos.
(1) CLASSE V
É essencial para a moral dos soldados de que, “se for ferido, serei evacuado”. Dado a
possibilidade de intensos combates, deve prever-se um grande volume de baixas. Devem
utilizar-se todos os meios de transporte disponíveis para evacuar os feridos que não podem
andar. Quando possível, os feridos devem ser imediatamente evacuados, para evitar que a
força de retardamento seja atrasada nos seus deslocamentos, devido a eles.
f. Ambiente NBQ
O Comandante de Batalhão deve encarar o emprego das suas forças em ambiente NBQ como uma
acção de rotina, e não como uma operação especial. Em ambiente químico o Comandante pode
escolher o método de retardamento em posições alternadas para dispersar as suas forças e ter
tempo para fazer a descontaminação até poderem deslocar-se para uma posição a partir da qual
outros elementos assumam o combate. Nas posições à retaguarda, a descontaminação poderá ser
completam, e fazer-se a troca de equipamento de protecção, se necessário.
Durante a análise do terreno, o Comandante deve dar prioridade a qualquer obstáculo que tenha de
abrir ou transpor, durante o retardamento, como por exemplo um curso de água. No caso da
transposição de um curso de água os locais de transposição devem ser protegidos. No caso de não
existirem locais de transposição, pode-se utilizar a engenharia para preparar esses locais. O
planeamento evitará que os cursos de possam pôr em perigo o retardamento.
As operações militares em áreas urbanizadas não devem ser consideradas como operações
especiais. Elas devem ser consideradas dentro da análise dos factores da decisão MITM-T. As
áreas urbanizadas podem constituir-se como grandes obstáculos /ou bom terreno defensivo.
i. Visibilidade Limitada
A posição inicial é ocupada da mesma maneira como se de uma posição defensiva se tratasse. As
técnicas de segurança e de trabalhos que são aplicados numa defesa são as mesmas a aplicar quando
se conduz um retardamento. A utilização de medidas de decepção pode levar o inimigo a pensar que
irá encontrar uma determinada defesa, aumentando-se assim o retardamento desejado.
Logo que o inimigo se aproxima, ele é batido por fogos de longo alcance. São feitos todos esforços
para lhe infligir o máximo de baixas, desorganizá-lo, e forçá-lo a parar para se reorganizar. Se o
inimigo se concentrar, ele pode ficar sujeito aos fogos do Batalhão.
Num retardamento, deve-se evitar um empenhamento decisivo, a menos que tal seja necessário para
o cumprimento da missão. Cada posição ocupada por uma unidade em primeiro escalão é defendida
até que o inimigo ameace empenhar ou envolver a posição.
O Comandante de Batalhão propõe ao Comandante da Brigada o momento apropriado para
abandonar as posições sem autorização prévia do Comandante da Brigada. O Comandante de
Batalhão pode tomar a decisão de retirar de posições por si seleccionadas, mas tem de coordenar
essa retirada com a unidade superior e unidades adjacentes. A retirada das posições pode começar de
acordo com os planos, à ordem do escalão superior, ou para se evitar um empenhamento decisivo.
Como o Batalhão fica mais vulnerável quando retira de uma linha ou posição, o deslocamento só é
levado a cabo após se ter em consideração as seguintes questões:
. Qual o valor da posição que ocupa face ao valor de outras posições a ocupar? Se foram
desenvolvidos muitos esforços na preparação da posição, ou se ela é a ultima de que se dispõe, o
Comandante de Batalhão pode ser forçado a aceitar um empenhamento decisivo.
. Será a sobrevivência da unidade, ou será o tempo de retardamento, o factor mais importante para
o cumprimento da missão? Se o factor é um retardamento prolongado no tempo e o Batalhão
apenas ganhou uma hora num período previsto para cinco horas, então há que fazer todos os
esforços para continuar a manter a posição.
. Podem ser utilizados outros meios, além do abandono da posição, para continuar o retardamento
(fogos convencionais, químicos e nucleares, ataques a varrer, reforços, etc.)?
. Quando se atinge o máximo do retardamento possível, ou o retardamento que foi exigido, começa
o deslocamento para a posição seguinte de retardamento. É importante a coordenação de fogos
entre forças que se deslocam e os elementos adjacentes, de apoio e de sobreapoio. Devem ser
planeados sinais para marcar as posições exactas dos elementos da testa, de flanco e da cauda,
para todas as condições de visibilidade, para se garantir o emprego de todo o potencial de combate
disponível.
Se os elementos do Batalhão estão ameaçados por um empenhamento decisivo ou ficarem
decisivamente empenhados, o Comandante tem várias modalidades de actuação para ajudar o seu
desempenhamento. Indicam-se, por ordem de prioridade, as seguintes opções:
. Ordenando às unidades adjacentes para bater objectivos inimigos, na frente da unidade ameaçada.
Se o Batalhão dispuser de carros de combate ou de helicópteros de ataque, eles devem fazer parte da
força de contra-ataque.
Durante o retardamento, devem ser empregues todas as forças disponíveis. O Comandante de
Batalhão pode designar a ultima força empenhada, para constituir a reserva: Este processo utiliza-se
quando se retarda em posições sucessivas. No retardamento em posições alternadas, a reserva pode
ser constituída por uma força que se encontre à retaguarda, na posição seguinte. A reserva pode ter as
seguintes missões:
. Contra-atacar.
. Apoiar o desempenhamento.
. Sobreapoiar.
A reorganização das forças deve estar contemplada em NEP. Deve ser feito o recompletamento do
mais importante, a redistribuição de munições e reorganizados os elementos da força. Pode ser
necessário a reintegração de soldados, secções ou pelotões, em outras unidades para manter o seu
potencial de combate: Deve-se estabelecer a cadeia de comando. As guarnições das armas colectivas
devem ter prioridade de recompletamento e o remuniciamento completado, de forma a assegurar a
máxima eficácia na utilização dos sistemas. Os rádios são repostos nas redes mais importantes (por
exemplo na rede de comando e controlo e na rede de tiro). O comando e controlo, no retardamento,
exige uma grande coordenação. A técnica de retardamento em posições sucessivas, que o
Comandante de Batalhão pode controlar de uma posição bem à frente, pode ser mais fácil de
controlar do que o retardamento em posições alternadas. No retardamento em posições alternadas, o
Comandante de Batalhão pode, inicialmente, situar-se numa posição bem à frente, enquanto o
segundo Comandante pode tomar a responsabilidade das forças situadas à retaguarda, uma vez que as
forças em primeiro escalão retirem das suas posições, e ordenar ao segundo Comandante para
reorganizar as forças até então empenhadas e para supervisar a preparação das posições seguintes.
SECÇÃO IV – RETIRADA
0614. DEFINIÇÃO
A retirada é uma operação em que uma força que não está em contacto se afasta do inimigo para
evitar o combate em condições desfavoráveis.
Uma rotura de combate transforma-se numa retirada depois da força principal se ter desempenhado
do inimigo e se organizar em colunas de marcha. Um Batalhão normalmente executa uma retirada
integrada numa GU. Uma retirada pode ter um impacto negativo no moral das tropas amigas. Há que
manter a disciplina e uma acção de comando positiva. Devem ser parados quaisquer boatos
associados à conduta da retirada, mantendo as forças informadas da finalidade da retirada e das
intenções futuras dos Comandantes de Batalhão.
0615. CONCEITO DE RETIRADA
A retirada pode ter lugar para aumentar a distância entre o defensor e o inimigo, para ocupar terreno
mais favorável, para reduzir a distância entre os elementos de manobra e os elementos de apoio de
serviços, obedecer às disposições do comando superior, ou permitir o emprego de uma unidade
noutro sector.
A retirada é planeada da mesma forma do que uma acção retardadora ou uma rotura de combate.
Numa retirada, o Batalhão escalona-se de forma inversa à empregada na marcha para o contacto.
Estabelece-se a conveniente segurança à frente, nos flancos e à retaguarda. Quando o contacto com o
inimigo é provável, como é o caso de uma retirada precedida de uma rotura de combate,
normalmente emprega-se uma forte guarda na retaguarda. Se o inimigo atacar a retaguarda, a guarda
da retaguarda adoptará as técnicas e táctica da acção retardadora, para aumentar a distância entre o
grosso da força e o inimigo, para que aquela fique fora do alcance dos fogos e da observação do
inimigo.
CAPITULO 7
SECÇÃO I – GENERALIDADES
Este capítulo engloba quatro tipos de operações que necessitam de considerações especiais:
. Rotura de um cerco.
. Operação de junção.
. Passagem de linha.
. Rendição na posição.
Estas operações necessitam de considerações únicas, quer no planeamento, quer na execução, apesar
de se aplicarem as tácticas e as técnicas apropriadas a outras operações.
Rotura de um cerco é uma operação ofensiva levada a cabo por uma força cercada. Uma rotura é
normalmente constituída por um ataque (penetração) efectuado por uma força de rotura para abrir
uma brecha, através das forças que estão a efectuar o cerco.
Um cerco pode ser intencional ou não intencional. O inimigo pode cercar intencionalmente uma
força para a fixar ou para a destruir. O inimigo pode cercar uma força, ultrapassando-a, ao atacar
para conquistar objectivos mais profundos ou para manter o ímpeto do ataque. Uma unidade pode
ficar cercada quando executa uma operação ofensiva, uma operação defensiva ou uma operação
retrógrada. É de admitir que uma unidade seja cercada e não o saiba e que o inimigo cerque uma
unidade, e também não o saiba.
Ao nível Batalhão, é de se presumir que os cercos ocorrem normalmente sem intenção. As tácticas
do inimigo determinam que se mantenha o ímpeto e se ultrapasse unidades para atacar objectivos
profundos. Consequentemente, uma força defensiva pode ter forças inimigas à sua retaguarda ou ao
seu lado, e ter de se opor aos segundos escalões da força inimiga.
Considera-se que uma força está cercada, quando uma força inimiga lhe cortou todos os itinerários
terrestres de evacuação e de reforço. Em operações que envolvem grande mobilidade, o Comandante
de Batalhão deve fazer planos para fazer face à possibilidade de ser cercado.
Uma unidade cercada deve tomar imediatamente medidas para preservar as suas forças e para decidir
quando irá executar a rotura do cerco. Uma análise do MITM-T facilitará o planeamento para a
acção a executar imediatamente e para executar a rotura do cerco.
a. Missão
Uma força que foi cercada pode assumir uma nova missão ou continuar a missão anterior. O
Comandante, com autorização do escalão superior, escolhe uma modalidade de acção, a qual virá
a ser a missão. As suas opções são as seguintes:
. Continuar a defender ou assumir uma posição defensiva e esperar por uma junção de forças
amigas.
. Fazer uma rotura do cerco para continuar ou assumir uma missão ofensiva.
. Fazer uma rotura de cerco para fazer a junção com elementos amigos.
Quando uma força verifica que está cercada, há tarefas especificas que ela tem de executar e que são
essenciais à preservação da força.
. Estabelecer uma cadeia de comando, em que o Oficial mais graduado ou mais antigo assuma o
comando. Durante o cerco, é possível que outras unidades amigas fiquem também cercadas. A
força cercada deve então ser organizada, ficando o Oficial mais antigo, ou mais graduado, a
comandá-la.
. Tentar comunicar com o escalão superior. Se se pode estabelecer as comunicações com o escalão
superior, um esforço coordenado com aquele comando aumentará a possibilidade de
sobrevivência da força cercada. O Comandante da força cercada dá uma estimativa da sua
situação e pede instruções de junção ou para executar a rotura do cerco. Em qualquer dos casos, o
apoio de fogos e o apoio logístico do escalão superior devem ser integrados na operação.
b. Inimigo
Parta planear a rotura de um cerco é necessário ter uma estimativa do potencial do inimigo, das
suas intenções e do seu dispositivo. A pesquisa de notícias ajudará a determinar se uma unidade
está cercada e identificará as vulnerabilidades ou intervalos no dispositivo inimigo. Se são
detectados int6ervalos, deve-se manter uma vigilância constante sobre eles para garantir que a
força cercada não fique comprometida quando tentar passar por ele. As notícias mais recentes são
importantes para determinar a direcção da rotura do cerco.
As notícias podem indicar que o inimigo não se apercebeu de que tem uma unidade cercada, ou
podem confirmar de que o inimigo planeia executar um cerco. Se a intenção de o inimigo é de
completar o cerco, ele pode estabelecer fortes posições de detenção sobre os possíveis eixos de
saída da área cercada, empregando elementos de vigilância entre aquelas posições. Assim sendo,
quando se planeia uma rotura de cerco sem se terem noticias seguras, deve-se evitar os itinerários
que possam levar às posições de detenção do inimigo.
c. Terreno
As forças amigas devem tirar todas as vantagens ofer4ecidas pelo o terreno. A força cercada,
enquanto está numa situação defensiva, tem a vantagem de estar familiarizada com o terreno. Os
itinerários de saída do cerco já reconhecidos, devem facilitar os factores de planeamento e de
tempo. Devem-se utilizar as posições defensivas já existentes, contudo, por que a força está
cercada, a postura defensiva tem de ser modificada para uma defesa em perímetro. Os períodos de
visibilidade limitada podem auxiliar a execução de uma infiltração como forma de se escapar de
um cerco.
d. Meios e Tempo Disponível
A força cercada pode ser constituída por um Batalhão ou por uma mistura de forças amigas. O
Batalhão pode ser um elemento subordinado de uma GU cercada. Em qualquer dos casos, é
necessário fazer-se uma estimativa das possibilidades e do potencial e do potencial das forças. As
forças devem ser organizadas e integradas numa força de rotura de cerco, de forma a assegurar-se
a unidade de comando.
Um Batalhão cercado apresenta-se como um objectivo remunerador para armas nucleares,
químicas ou de artilharia. Consequentemente, é necessário dispersar as forças em conjugação com
outras medidas que possam ser tomadas.
Inicialmente, o tempo disponível pode ser o factor mais importante. Se o inimigo pretende cercar
completamente a força, ele terá de ter tempo para redistribuir e posicionar as suas forças. Neste
espaço de tempo, antes de ocorrer um cerco completo, a rotura do cerco terá de ser realizada.
A necessidade de decidir rapidamente não pode levar a que o Comandante realize uma rotura de
cerco sem um planeamento adequado.
No planeamento da rotura de um cerco, é muito importante manter informados os subordinados das
instruções do comando superior. Se os comandantes subordinados estiverem informados dos planos
do seu Comandante, o planeamento da rotura do cerco será facilitado. Por exemplo, o conhecimento
das operações ulteriores podem auxiliar o Comandante da força cercada no planeamento da direcção
da sua rotura. O da rotura do cerco deve incluir as seguintes considerações:
O plano da rotura de cerco será pormenorizado é organizado em quatro núcleos de forças funcionais.
a. Força de Rotura
A força de rotura será constituída por elementos de manobra com potencial suficiente para
penetrar a linha inimiga. O potencial da força atacante é organizado com base no conhecimento do
potencial do inimigo. Pode-se obter um PRC favorável através da surpresa, do potencial da força,
da mobilidade e do potencial de fogo. A força de rotura tem de ter capacidade para alargar a
brecha feita pelo ataque e manter os flancos até cercadas passarem por ela.
b. Força de Reserva
A reserva segue a força de rotura para manter o impacto do ataque ou para garantir os objectivos
de rotura. Se a força de rotura mantém os flancos da brecha, a reserva normalmente assume a
missão daquela força e será o elemento testa. Se a reserva mantém os flancos da brecha, é
empregue como guarda da retaguarda após a retirada dos restantes núcleos das forças.
Estes elementos são constituídos essencialmente pelos Trens, pelos veículos vazios, soldados
feridos, e por aqueles elementos de apoio de combate que não foram dados em reforço a qualquer
um dos outros núcleos de forças. Estes elementos deslocam-se em conjunto sob o controlo de um
Comandante (Comandante). Para facilitar o movimento para fora da área cercada, deve-se ter um
controlo apertado sobre o tráfego nos itinerários.
Há dois métodos para organizar a rotura de um cerco. Primeiro, se a força cercada é principalmente
constituída por unidades de um Batalhão de Infantaria, pode ser mantida a integridade da unidade
atribuindo áreas funcionais, como missões ás Companhias (por exemplo, a 1CAt pode ser a força de
rotura, a 2CAt pode ser a força de reserva, a 3CAt pode ser a força que garantirá a segurança, e
elementos da Companhia de Apoio de Combate poderão executar um ataque de diversão). Segundo,
um Batalhão pode ser somente parte de uma força cercada, a maior parte da qual é constituída por
uma mistura de unidades. Nestas circunstâncias, a força cercada deve ser organizada numa unidade
de combate coesa. A coesão da unidade pode ser obtida organizando as unidades disponíveis em
quatro elementos cada um com potencial suficiente, e atribuindo a cada um destes elementos uma
função. Se a identidade das unidades se perdeu, pode ser fácil organizar a força de acordo com as
funções a executar e identificando-as com essas funções: força de rotura, força de reserva, força de
cobertura ou como grosso da força.
Se não existir potencial de combate suficiente para criar uma brecha ou se o Batalhão está localizado
em terreno arborizado, uma infiltração durante um período de visibilidade limitada pode oferecer
maiores possibilidades de executar uma rotura de cerco com sucesso.
O plano de rotura de um cerco deve incluir disposições sobre a destruição de equipamento e
abastecimento desnecessários.
a. Comando e Controlo
As principais tarefas de uma rotura cerco são a coordenação do deslocamento e a integração dos
fogos de apoio. Durante a rotura, o Comandante deve situar-se onde melhor possa influenciar o0
ataque de rotura. Uma boa localização pode ser atrás do ataque de rotura ou no perímetro próximo
do ponto de rotura, para o deslocamento da reserva. O 2º Comandante pode ser utilizado como
Comandante de força de cobertura. Normalmente são estabelecidas medidas de controlo restritivas
para a rotura do cerco para facilitar o comando e controlo. Estas medidas incluem:
(1) OBJECTIVOS
Os objectivos podem ser indicados para localizações do inimigo ou para posições do terreno.
No mínimo, um objectivo pode ser escolhido como ponto onde o ataque de rotura irá
penetrar. Podem ser indicados objectivos subsequentes, em profundidade, assentes em
características de terreno bem definidas, para assegurar um movimento agressivo para fora da
área cercada.
As linhas de fase são utilizadas para coordenação e controlo. Elas estão normalmente
assentes sobre características de terreno facilmente identificáveis, que atravessam a Zona de
acção.
O faseamento no tempo e os meios pirotécnicos são outras técnicas de controlo que auxiliam a
execução de uma rotura de cerco. O faseamento no tempo é utilizado para iniciar uma sequência
de acontecimentos, tais como um ataque de diversão. Os meios pirotécnicos são utilizados para
levantar e mudar os fogos, para sinalizar o emprego da reserva ou para sinalizar o início do ataque
de diversão.
b. Apoio de Fogos
As forças cercadas podem ter apoio de fogos disponíveis. Se assim for, estes meios ficam sob
controlo centralizado, e a coordenação do apoio de fogos é integrada no plano da rotura de cerco.
Uma vez começada a rotura, a artilharia pode ser usada em tiro directo. Adicionalmente, pode ser
pedido apoio de fogos ao escalão superior, se este estiver dentro do seu alcance.
c. Feridos
Todos os feridos que estejam em condições de combater devem realizar tarefas compatíveis com o
seu estado. O pessoal que não esteja em condições de cuidar de si próprio deve ser evacuado, se
houver meios disponíveis. O estado moral da força ficará grandemente abalado se os feridos
forem abandonados. No entanto situações haverão em que o transporte de feridos pode levar à
destruição do Batalhão. Se bem que deixar feridos, acompanhados por pessoal do serviço de
saúde, seja uma opção pouco desejável, a preservação da força constitui a responsabilidade
fundamental do Comandante.
d. Equipamento e Abastecimentos
Visto que o segredo e a segurança são essências na execução de operações de rotura de cerco, deve-
se determinar uma sequência cuidadosa de acontecimentos e dissiminá-los por todas as unidades
participantes. Há três formas de executar uma rotura de cerco.
No primeiro método, se a situação do inimigo o permitir, o Comandante pode estabelecer a
segurança, atribuindo essa missão de segurança a uma Companhia, ou a uma Companhia reforçada,
que ocupará o perímetro defensivo. As restantes unidades devem ocupar posições dentro do
perímetro e prepararem-se para a rotura de cerco. A principal vantagem deste método é que é
necessário um mínimo de movimentos para organizar e posicionar as unidades para executar a rotura
de cerco. A desvantagem é de que, a menos que a rotura seja executada imediatamente, o
emassamento das forças dentro do perímetro pode resultar em pesadas baixas.
O segundo método para executar uma rotura de cerco pode ser utilizado quando a situação do
inimigo exige que o perímetro seja ocupado por todas as forças disponíveis. Quando chega a hora
para executar a rotura, as forças de segurança ficam no perímetro para iludir o inimigo quanto às
intenções do Batalhão e para proteger a concentração das forças de rotura e das forças do ataque de
diversão. A força de segurança é constituída por elementos deixados em contacto, enquanto o
remanescente das unidades se desloca para iniciar a rotura. São essenciais uma coordenação e
execução adequadas para que se evitem paragens e para manter o ímpeto, uma vez iniciada a rotura.
O terceiro método para executar uma rotura de cerco é melhor utilizado em condições de visibilidade
limitada. Quando o Comandante chega à conclusão de que não é possível um ataque com sucesso
para a rotura de um cerco, então pode ser necessário que o Batalhão execute uma infiltração em
segredo para sair da área cercada. A força cercada é organizada em pequenos grupos, sob o comando
dos comandantes das unidades de baixo escalão, e infiltra-se através dos intervalos da força de cerco,
utilizando o segredo, a visibilidade limitada e a surpresa. A infiltração pode exigir a destruição das
principais armas e abastecimentos, por forma a que eles não caiam nas mão do inimigo. Se possível
os feridos e outros indisponíveis são levados com força. Contudo as circunstâncias podem não
permitir que isto seja feito, dando-se prioridade a preservação da integridade da força. Em tais casos,
os feridos são deixados com pessoal acompanhante e medicamentos suficientes. Nos dois primeiros
métodos para executar uma rotura, a sequência de procedimento é a seguinte:
. É executado vigorosamente o ataque de diversão para iludir o inimigo quanto ao ataque de rotura.
No ataque de diversão as medidas de decepção, o potencial de assalto e os fogos de apoio devem
ser adequados, de forma a convencer o inimigo de que se trata da verdadeira tentativa de rotura de
cerco. Não se pode deixar de lado a possibilidade de o ataque de diversão ter sucesso. Se a
possibilidade se concretizar, o Comandante deve estar preparado para explorar o seu sucesso.
. O ataque de rotura começa logo que o ataque de diversão desviou a atenção do inimigo; ele é
dirigido contra o ponto fraco do inimigo. Todavia, outras considerações podem levar a que o
ataque de rotura seja conduzido na direcção das forças amigas ou para atacar um objectivo.
. A reserva assegura que seja mantido o ímpeto do ataque de rotura. Ela pode estar posicionada
dentro do perímetro ou pode ser designada para defender o perímetro. A designação da reserva
para defender o perímetro permite que esta fique em posição, mantendo a integridade do
perímetro e efectue menos deslocamentos. Logo que a força de rotura passa através da porção do
perímetro atribuída à reserva, está criada uma brecha. A força de rotura garante os flancos da
brecha, enquanto a força de reserva passa através da brecha e continua o ataque. O sucesso das
operações de rotura de cerco, depende em larga medida da velocidade de execução. Uma vez
executada a rotura, os elementos do Batalhão devem deslocar-se rapidamente para fora da área
cercada.
No terceiro método para a execução de uma rotura de cerco, ocorre a seguinte sequência:
. A mesma sequência para uma infiltração apeada – apenas merecem considerações especiais os
feridos e o equipamento. Em complemento, e devido ao potencial risco de uma infiltração apeada,
deve-se determinar, primeiro, de que a decisão de utilizar este método de infiltração compensa os
riscos envolvidos, o segundo, que este método garante uma oportunidade exequível para o
Batalhão encontrar as linhas amigas.
0706. DEFINIÇÃO
Uma junção é uma operação que envolve o encontro de forças terrestres amigas (por exemplo,
quando uma força terrestre encontra uma área previamente conquistada por uma força
aerotransportada ou aeromóvel, quando uma força cercada rompe o cerco para se juntar às forças
amigas, ou quando forças em manobra convergente se encontram). A operação de junção pode fazer
parte de operações aerotransportadas ou aeromóveis, um ataque para apoiar a rotura de forças
cercadas, ou um ataque para juntar uma força de infiltração. O Batalhão pode participar numa
operação de junção como parte de uma GU, ou executá-la com os seus próprios recursos.
Uma operação de junção exige uma coordenação e um planeamento detalhados dos movimentos, dos
fogos, das medidas de controlo e dos procedimentos de identificação. Antes da operação deve-se, se
possível, proceder à troca de oficiais de ligação. O comando que dirige a operação de junção
estabelece as relações de comando. Dependendo da missão posterior à junção, qualquer força pode
ser dada em reforço à outra ou ambas ficam sob o controlo do comando que dirige a operação.
a. Missão
A missão de uma força de junção é a de chegar intacta ao ponto de junção o mais rapidamente
possível. A junção pode ser similar a uma marcha para o contacto, excepto no que respeita às
forças inimigas e aos obstáculos que se deparam à força, até à junção, que deverão ser objecto de
contornamento ou transposição. Sempre que possível deve-se evitar um empenhamento decisivo.
b. Inimigo
c. Terreno
São planeados itinerários para o objectivo no terreno de menos provável utilização pelo inimigo,
mas em terreno que favoreça a mobilidade da força de junção. Uma das técnicas que pode ser
utilizada é a infiltração das forças de junção, a qual exige uma cuidadosa selecção e coordenação
do itinerário de infiltração. A segurança pode ser reforçada, deslocando a força a coberto da
visibilidade limitada.
O Batalhão é organizado de uma forma idêntica a uma marcha para o contacto (por outras
palavras, é garantida a segurança à frente, nos flancos e à retaguarda por forma a garantir um
alerta oportuno ao grosso da força). Aplica-se princípio do empenhamento inicial com o inimigo
com o mínimo de forças possíveis. O tempo disponível pode influenciar o método de
deslocamento.
a. Manobra
As forças de junção devem proceder à troca dos respectivos esquemas de manobra para se
assegurarem de que eles são compatíveis. As alterações ao esquema de manobra de uma força
devem ser objecto de coordenação com a outra força. Devem ser trocados os planos de apoio de
fogos, e estabelecidas as medidas de controlo. Se a situação táctica o permitir, o Pelotão de
Reconhecimento está apto a executar a ligação entre as unidades para assegurar uma coordenação
oportuna.
b. Medidas de Controlo
As medidas de controlo são objecto de coordenação, tais como pontos de junção, pontos de
referência, zonas de acção, linhas de fase, eixos de progressão ou direcções de ataque. Os pontos
de junção são especialmente importantes. Se necessário, são escolhidos pontos de junção de
alternativa; o número de pontos de junção depende das características do terreno e dos eixos de
progressão das forças. Estes pontos devem ser facilmente identificáveis no terreno, e podem estar
sujeitos a ajustamentos durante a conduta.
c. Fogos
d. Logística
Em operação de junção que envolvam grandes distâncias, o Batalhão pode exceder a sua
capacidade de transportes; então, ele necessitará de ser reforçado com viaturas ou de ser
reabastecido por via aérea.
Quando a área do objectivo tem de ser defendida conjuntamente pela força de junção e pela força
aerotransportada ou aeromóvel, os reabastecimentos para a força de junção podem ser
transportados por via aérea até à área do objectivo e aí serem pré-posicionados.
A evacuação dos equipamentos e de indisponíveis pode criar graves problemas à força de junção;
se os itinerários de reabastecimento não estiverem cortados, aplicam-se os procedimentos normais
de evacuação; quando os itinerários terrestres de reabastecimento não forem seguros, podem ser
utilizados helicópteros para a evacuação das baixas, enquanto que o equipamento danificado pode
ser transportado com a força de junção até que haja oportunidade para a sua evacuação.
e. Comando e Controlo
f. Procedimento de Identificação
Deve ser definido um sistema de identificação mútuo, para evitar que as unidades amigas façam
fogo uma sobre a outra. Tal sistema pode abranger meios visuais, tais como, braçadeiras, painéis,
bandeira, sinais nas viaturas, códigos de luzes, fumos, dispositivos de infra-vermelhos, radares ou
sinais de mãos e braços. Embora menos desejáveis, os sinais sonoros são muitas vezes necessários
em terreno restritivo ou durante períodos de visibilidade limitada (apitos, buzinas e senhas e
contra-senhas).
g. Planos de Contingência
Antecipadamente, estabelecem-se acções a serem levadas a cabo após se concretizar a junção das
forças. A força de junção pode reforçar ou assumir a defesa da área, executar um ataque
coordenado, ou passar pela área de junção e continuar o ataque. Podem ser feitos planos de
alternativo com a finalidade de que a força de junção possa alcançar o ponto de junção no
momento previsto. Os planos de contingência devem incluir os fogos de apoio, o apoio aéreo
próximo e o reabastecimento aéreo.
A junção entre duas unidades em movimento é a mais difícil de coordenar. Á medida que a junção
das unidades se torna iminente, maiores são os riscos de elas se atingirem mutuamente com os
fogos; por isso as unidades testa das suas forças devem ajustar reciprocamente a respectiva
progressão e devem manter uma coordenação permanente numa rede rádio destinada a esse fim.
Uma vez estabelecido o contacto os elementos testa informam a respectiva unidade e preparam-se
para a guiar até à outra unidade. Os elementos testa podem ser empregues para manter o contacto
entre as duas unidades, caso não tenha sido planeado qualquer integração física. Se a missão a
cumprir após a junção, ou entre elas, ou se exigir que as unidades integram as suas forças, devem
seguir guias com o elemento testa. Se possível uma ou ambas as forças devem fazer um pequeno
alto antes de se realizar a junção.
b. Junção de uma Unidades em Movimento com uma Unidade Estacionada
A junção entre uma força em movimento e uma força estacionada exige uma coordenação
detalhada, particularmente se a força estacionada se encontrar sob pressão do inimigo. A força
estacionada se encontrar sob pressão do inimigo. A força em movimento orienta o seu
deslocamento em direcção à força estacionada e mantêm-se informadas da sua localização. A
força estacionada guia, via rádio, o elemento testa até ao ponto de contacto, ou pode, se a situação
do inimigo o permitir, destacar uma patrulha para se reunir a força em movimento e guiá-la. Os
guias facilitam a passagem nos campos de minas e em outros obstáculos defensivos situados na
frente e no interior do sector defensivo da força estacionada. A força estacionada deve estar
preparada para recolher a força em movimento, fornecer guias para a sua posição e se necessário,
posicioná-las. Se a ambas as forças foi ordenado para se integrarem, elas estão extremamente
vulneráveis a ataques inimigos, quando se reunirem. Os guias devem encaminhar, com rapidez e
eficiência, a força em movimento.
0710. FINALIDADE
Uma passagem de linha é executada para permitir que uma unidade passe através de uma unidade
estacionada, como quando elementos de uma força de cobertura retira para aquém da OAZR. Uma
passagem de linha pode ser executada em operações ofensivas, defensivas ou retrógradas. Uma
passagem de linha pode ser realizada para a frente ou para a retaguarda da força estacionada. Um
plano e uma execução deficientes de uma passagem de linha, pode resultar na perca de homens e
equipamento, num insucesso em manter a sequência da acção, ou dar azo que unidades amigas
combatam entre si. Na execução de uma passagem de linha é essencial a coordenação e controlo.
a. Missão
Normalmente, uma passagem de linha tem a categoria de tarefa implícita, dentro de uma missão
atribuída. Por exemplo, se um Agrupamento, está em Zona de Reunião, recebe a missão de “atacar
às 0500 para conquistar o Objectivo Azul”, então esta missão implica que terá de executar uma
passagem de linha. A missão de uma passagem de linha é a de passar através de uma força com a
velocidade, em segredo e com segurança.
b. Inimigo
Antes de se executar uma passagem de linha, deve-se analisar o dispositivo inimigo de forma a
assegurar que a não coloque numa força amiga face a um ponto forte do inimigo. Devem ser
escolhidos pontos de passagem que explorem os intervalos no dispositivo inimigo. Deve-se ter em
consideração as possibilidades e intenções do inimigo porque um ponto de passagem apenas pode
provocar o emassamento das forças, fazendo com que as forças amigas fiquem vulneráveis a
fogos convencionais, nucleares ou químicos. Se uma unidade está a executar uma rotura de
combate e está a fazer uma passagem de linha, o Comandante deve prever que pressão o inimigo
pode exercer.
c. Terreno
O terreno a utilizar deverá impedir o ajustamento dos fogos do inimigo e garantir bons cobertos e
abrigos para a passagem de linha. Ao mesmo tempo, os itinerários utilizados deverão facilitar os
movimentos. Durante os períodos de visibilidade limitada, a passagem de linha torna-se-á mais
fácil através de um reconhecimento completo e utilizando o máximo de medidas de controlo.
Os meios e o tempo disponível têm uma relação directa na forma como irá ser executada a
passagem de linha. As unidades que executam a passagem de linha devem utilizar diversos
itinerários para passar através das posições da unidade estacionada e evitar a utilização de Zonas
de Reunião e outras paragens dentro das posições. Um Batalhão que executa uma passagem de
linha normalmente necessita de diversos pontos de passagem. Diversos pontos de passagem
exijam um plano mais centralizado e pormenorizado e aumenta a necessidade de controlo do
Comando devido à sua execução descentralizada. O tempo necessário à execução da passagem de
linha depende da missão, a qual pode influenciar o número de pont6os de passagem necessários.
A passagem de linha deve dar a máxima importância à velocidade para evitar a aglomeração das
forças.
O Batalhão está particularmente vulnerável durante uma passagem de linha. O pessoal e as unidades
podem estar mais concentrados do que é desejável, os fogos da unidade estacionada só
temporariamente é que podem ser executados com eficiência e com segurança e a unidade que faz a
passagem de linha pode não se encontrar em condições adequadas para reagir a acções do inimigo.
Tornam-se indispensável um reconhecimento e uma coordenação detalhados, para que a passagem
de linha se realize rápida e ordenadamente.
a. O plano Provisório
O Comandante da Unidade que faz a passagem de linha faz um plano provisório respeitante ao
conjunto da operação. O plano inclui:
(1) ORGANIZAÇÃO
b. Transferência de Responsabilidade
Zonas de Reunião são áreas onde uma unidade se prepara e reorganiza para a acção ulterior.
Devem ser escolhidas de forma a não interferir com as posições das forças amigas situadas à
frente.
Base de Ataque é a ultima posição que uma força de ataque pode ocupar antes de atravessar a
linha de partida.
Áreas de Passagem são as áreas ao longo das quais se desloca uma unidade para evitar
unidades estacionadas e obstáculos. O planeamento deve prever áreas de passagem principais
e de alternativa. Ao contrário de uma área de passagem, um intervalo tem espaço para a
unidade poder manobrar.
(4) PONTO DE PASSAGEM
O Ponto de Passagem é o local onde uma unidade passa através de uma outra, quer numa
operação ofensiva quer numa operação retrógrada. Ele está localizado onde o Comandante
deseja que as unidades subordinadas executem fisicamente a passagem de linha.
O Hora da Passagem pode ser indicada pelo comandante que ordena a passagem.
Os sinais de Reconhecimento são utilizados para enviar mensagens. Os sinais podem ser
constituídos por uma ou mais letras, palavras, caracteres, sinais de bandeiras ou sons
específicos previamente combinados pelos quais as pessoas e as unidades possam ser
identificados.
Ponto de Ligação é o ponto do terreno onde duas ou mais unidades têm de fazer o contacto
físico.
(9) ITINERÁRIO
Itinerário é o terreno que uma unidade percorre desde um ponto de origem até a um destino
específico.
d. Apoio de Fogos
O planeamento de apoio de fogos é um elemento essencial para uma passagem de linha com
sucesso. Os fogos directos e indirectos da unidade estacionada normalmente são integrados no
plano de apoio de fogos da unidade de passagem de linha. Os meios de controlo de fogos podem
ser co-posicionados para permitirem a execução de um apoio de fogos coordenado e detonado de
prontidão de resposta.
e. Reconhecimento
O Reconhecimento, que deve ser minucioso, deve abranger os itinerário para a área de passagem,
os itinerários no interior da área de passagem e para além dela. Ele deve incluir ainda as posições
ocupadas e previstas. Devem ser tomadas medidas no sentido0 de não alertar o inimigo quanto ás
intenções da unidade; por conseguinte, pode tornar-se necessário limitar o número e o efectivo dos
elementos que farão o reconhecimento, ou pode ser conveniente utilizar as viaturas e helicópteros
da unidade estacionada.
f. Ligação
A ligação envolve a troca de informações que são necessárias à conduta da passagem de linha. Ela
inclui:
. Apoio de fogos
. Situação do inimigo
. Itinerários
. Quaisquer mudanças nas localizações das unidades amigas através dos pontos de passagem.
0714. DEFINIÇÃO
Rendição na posição é uma operação na qual toda ou parte de uma unidade é substituída em combate
por outra unidade. As responsabilidades pela missão e pelo sector ou zona de acção da unidade
rendida, são assumidas pela unidade que rende. A rendição na posição pode ocorrer durante
operações ofensivas ou defensivas.
A finalidade fundamental da rendição na posição é a de conservar a eficiência para o combate de
elementos empenhados, tendo em vista continuar uma operação. Uma rendição na posição pode ser
executada para:
. Interromper a acção de uma unidade que sofreu pesadas baixas.
a. Missão
A missão não pode simplesmente determinar: “Batalhão x rende o Batalhão y”. A missão deve
especificar a finalidade da rendição e as missões subsequentes da unidade rendida e da unidade
que rende. É necessário uma estreita coordenação dos planos (e uma estreita cooperação, entre os
comandantes e os comandantes subordinados de ambas as forças).
b. Inimigo
c. Terreno
O terreno deve ser minuciosamente reconhecido e escolhidos itinerários que garantem o máximo
de cobertos e abrigos. Os itinerários da unidade que rende e da unidade que é rendida devem
evitar pontos de estrangulamento e o emassamento das forças. A visibilidade limitada ajudará a
manter o segredo da rendição, pelo que as operações de rendição tem melhores probabilidades de
sucesso à noite ou em outros períodos de visibilidade limitada.
Os planos são detalhados, simples e bem coordenados entre todos os escalões da unidade que rende e
da unidade que é rendida. A ordem para a rendição para a rendição deve ser especificar, no mínimo,
quando se inicia e quando deve estar completada a rendição, os itinerários, as mediadas de controlo
mais importantes, a sequência e o método da rendição, quando ocorre a transferência de comando e
as missões ulteriores. São elaborados planos de contingência, para fazer face a situações de
emergência. Ambas as unidades envolvidas devem manter a respectiva eficiência para o combate.
Elas coordenam planos para bater o inimigo nas posições da frente, caso o inimigo venha a detectar a
rendição e inicie um ataque.
A sequência da rendição é baseada no dispositivo das forças. Numa defesa em que o mínimo das
forças está à frente, a rendição começa da retaguarda para a frente. Quando a maior parte das forças
está à frente, a sequência começa da frente para a retaguarda. Esta sequência permite que a rendição
seja executada no menor espaço de tempo possível e reduz a vulnerabilidade a ataques inimigos.
Esta sequência é chamada sequência em profundidade.
Quando tiver sido determinado a sequência, há que decidir a forma de rendição das forças da frente.
É o que se chama sequência lateral. As forças da frente podem ser rendidas na base de uma unidade
de cada vez, o que é o método mais lento mas mais seguro; ou todas as unidades podem ser rendidas
ao mesmo tempo, o que é mais rápido mas de mais fácil detecção pelo inimigo.
Quando há três elementos subordinados empregues na frente do sector da defesa, a unidade do
centro pode ser rendido em primeiro lugar, seguida das unidades dos flancos simultaneamente; ou as
unidades de flanco podem ser rendidas simultaneamente, seguidas pela unidade do centro.
Com bastante antecedência, em relação ao início da operação, deve proceder-se à troca dos planos e
do pessoal de ligação entre a unidade rendida e a unidade que rende. O pessoal de ligação é
estabelecido até ao escalão Companhia. O pessoal de ligação da unidade rendida permanece na
unidade que rende até que este esteja familiarizado com a situação. O reconhecimento deve ser
efectuado quer de dia quer de noite, uma vez que os elementos da unidade que rende têm de saber a
localização das posições individuais, das armas, das trincheiras de comunicação, dos postos de
comando, do posto de socorros, e de todos os outros órgãos essenciais. Este reconhecimento também
deve incluir os itinerários a utilizar pelas viaturas e por pessoal apeado, a localização exacta das
Zonas de Reunião e das unidades de apoio de serviços, bem como a indicação da hora de
deslocamento dos Trens e do início do seu funcionamento. Os destacamentos de reconhecimento nas
áreas da frente devem ser pequenos e o seu número limitado pelo Comandante de Batalhão.
Os planos de decepção devem contribuir para o estabelecimento do segredo e da surpresa. É
importante manter a fisionomia das actividades normais, por parte da unidade rendido, até ficar
ultimada a rendição, o que permite que esta não fique comprometida por mudanças de actividade na
área em causa.
A rendição é realizada no mais curto espaço de tempo possível, a fim de reduzir a concentração das
forças e a vulnerabilidade. Concorrem para esta finalidade a dispersão adequada entre as unidades, a
disciplina de luzes e ruídos e a fiscalização da circulação em todas as estradas e itinerários de
marcha.
As medidas de segurança das transmissões incluem a utilização de meios filares como principal meio
de ligação. Os rádios são utilizados o menos possível, e os equipamentos rádio da unidade a render
ficam guarnecidos até se ultimar a rendição, a fim de evitar que o i9nimigo detecte a alteração.
Contribui ainda para a segurança a permanência dos observadores avançados e dos oficiais de
ligação da artilharia, na posição, até se completar a rendição.
Continua a actividade normal das patrulhas e dos radares; contudo, as patrulhas não devem incluir
elementos da unidade que rende porque, uma vez capturados poderiam revelar a presença de uma
nova unidade na área e, como tal, comprometer a rendição. As equipas de vigilância e os seus
radares, da unidade rendida, ficam na posição até se completar a rendição.
A fiscalização da circulação é uma tarefa fundamental em operações de rendição. Devem ser
indicados os itinerários e especificadas as propriedades de utilização. O controlo de tráfego é
facilitado colocando posto de fiscalização nos pontos críticos dos itinerários. São designadas Zonas
de Reunião, e especificadas as actividades a executar nessas áreas. São designados guias, da unidade
que é rendida e da unidade que rende, e informados dos locais e das horas onde devem apresentar-se.
A unidade que rende e a unidade rendida utilizam os mesmos meios de transporte, para reduzir o
número de viaturas na área. Embora a atribuição de elementos de apoio conste normalmente das
NEP, deve dar-se a máxima importância a que as unidades atinjam os locais adequados, no mesmo
oportuno. Todas as unidades devem conhecer a localização dos pontos inicias e dos pontos de
irradiação.
A fim de garantir a execução de um apoio contínuo, os elementos de apoio de combate são rendidos
depois das unidades de manobra. Por exemplo, as unidades de morteiros são rendidas após os
atiradores, ficando os seus observadores avançados na posição até se completar a rendição. Dada a
dificuldade de apontar as armas com exactidão, em períodos de visibilidade limitada, as cartas de
tiro e as listas de objectivos já preparados pela unidade que é rendida, devem ser dados a unidade
que rende, para que se possa assegurar um apoio contínuo e eficaz de fogos. Os tripés das
metralhadoras e os pratos-base dos morteiros podem ser deixados nas posições e trocados com
unidade que rende. O material telefónico também fica na posição. Os campos de minas são objecto
de relatório assinado pelo Comandante e transferidos os registos dos campos de minas. A unidade
que rende e a que é rendida coordenam a transferência de munições e outros abastecimentos, o
reabastecimento de combustíveis e a utilização dos órgãos logísticos que estão na área. São feitos
entendimentos de forma a garantir o apoio sanitário e o apoio de manutenção contínuos.
O momento da transferência de comando pode ser especificado na ordem da Brigada. Se não, os
Comandantes de Batalhão, de comum acordo, fixam a sequência e o momento da transferência.
Durante a rendição os comandantes de cada escalão estão juntos, nos postos de comando ou nos
postos de observação. Se o inimigo lançar um ataque durante a rendição, o Comandante que nessa
altura tiver maior volume de forças na área, assume a responsabilidade pela defesa. Normalmente a
transferência do comando ocorre quando o núcleo principal, ou dois terços da unidade, que rende,
estão em posição.
CAPÍTULO 8
APOIO DE COMBATE
SECÇÃO I – GENERALIDADES
O Comandante de batalhão utiliza o apoio de combate para aumentar o potencial de combater das suas companhias
de manobra. Os elementos de apoio de combate podem ser orgânicos do Batalhão ou não orgânicos. Eles podem
executar um grande número de missões, garantindo apoio de fogos directos e indirectos, segurança, informações,
manobra e controlo de fogos.
Este capítulo aborda o apoio de combate em duas grandes áreas: apoio de fogos e outros apoios de combate.
O apoio de fogos indirectos inclui todas as armas em que os seus apontadores não necessitam de ver o alvo
para o bater por fogos. Os elementos que garantem o apoio de fogos ao Batalhão, são:
Em complemento ao apoio efectuado à unidade a que pertence, o Pelotão de Morteiros pode também
garantir o apoio de fogos a outras unidades. Esta situação verifica-se quando:
a. Emprego
Quando o Pelotão é empregue como um todo, todos os morteiros respondem às missões de tiro em
apoio de Batalhão como um todo. As Secções podem estar dispersas, por razões de segurança, e
evitarem os fogos indirectos do inimigo. Quando o Pelotão se subdivide em dois núcleos, cada núcleo
responde aos pedidos de tiro do(s) elementos(s) de manobra a quem foi dado em apoio. O emprego por
núcleos pode também ser utilizado quando a zona de acção ou sector do Batalhão é demasiado extenso
para que o Pelotão o possa cobrir a partir de uma única posição. Cada núcleo é colocado numa posição
a partir da qual melhor possa colocar os seus fogos na área de responsabilidade da unidade apoiada.
b. Relações de Comando
Como elemento orgânico, de apoio de fogos indirectos, do Batalhão, o Pelotão de Morteiros apoia todos
os elementos de manobra do Batalhão (incluindo unidades em reforço e sob o controlo operacional). O
Comandante de batalhão normalmente atribui a prioridade de fogos, do Pelotão de Morteiros, a uma das
suas Companhias. Isto permite ao Comandante de Batalhão ficar com um controlo centralizado,
tornando o apoio de fogos a uma Companhia, mais eficaz.
Dada a prioridade de fogos, o Pelotão deve posicionar-se por forma a garantir o apoio à unidade a quem
foi dada essa prioridade. Os pedidos de tiro feitos pela unidade com prioridade de fogos são
automaticamente satisfeitos. Quando é atribuída a prioridade a um objectivo, o Pelotão de Morteiros,
entre cada missão, coloca as suas armas com os elementos de tiro necessários a garantir um apoio
imediato.
Situações há em que o Pelotão de Morteiros não pode apoiar todo o Batalhão, se ficar sob o seu
controlo, Por exemplo, quando uma companhia está separada do Batalhão por um acidente de terreno.
Estas situações também ocorrem quando a uma unidade de manobra foi dada a missão de se separar do
resto do batalhão. Tal missão pode ser de:
Nestas situações, o Pelotão, o mais provavelmente duas Secções, podem ser dadas em reforço, ou
colocadas sob o controlo operacional da unidade de manobra subordinada.
(1) REFORÇO
Quando todo o Pelotão ou uma das suas partes é dado em reforço, ele é controlado pelo
Comandante da unidade a quem foi dado em reforço.
Aquele Comandante escolhe a localização geral do elemento do Pelotão dado em reforço, e
controla o seu emprego bem como os seus fogos. Ele é também responsável pelo apoio logístico e
pela segurança do elemento do Pelotão de Morteiros. O reforço é mais indicado quando são
atribuídas às unidades missões independentes, tais como emboscadas em terrenos fora do alcance
da posição principal do Pelotão/Secções de Morteiros. Visto que o reforço reduz a flexibilidade e
(quando são dadas duas secções em reforço a capacidade de concentrar fogos, esta situação deverá
ser evitada, dispusermos de um apoio de fogos adequados fornecido por outros meios.
Quando o Pelotão de Morteiros, ou duas Secções, são colocadas sob o controlo operacional, o
Comandante da Unidade que recebeu os morteiros controla o seu emprego táctico, os seus
deslocamentos e atribui-lhes missões. Ele não assume a responsabilidade pelo apoio logístico e
administrativo. Uma vez cumprida a missão, os morteiros voltam ao controlo do Batalhão.
c. Considerações de Planeamento
O Comandante do Pelotão de Morteiros deve manter-se a par do desenrolar do combate através das
informações transmitidas pelos observadores avançados e através da rede de comando. O Pelotão deve
estar preparado para mudar frequentemente para posições subsequentes ou de alternativa.
d. Segurança
O Pelotão de Morteiros monta a sua própria segurança imediata. Aos serventes dos morteiros e aos
calculadores do PCT são organizados e atribuídas sectores para fazer face a ataques de forças
terrestres. Os morteiros fazem fogo com uma carga e uma elevação que permita uma trajectória baixa,
o que aumenta a segurança, pois o inimigo fica com menos capacidade de detectar e localizar o Pelotão
com os seus radares contra-morteiros. Actualmente, o Pelotão pode actuar em Secções divididas (mais
comummente utilizadas quando se actua num sector/zona de acção muito larga) para encontrar um
certo grau de segurança face aos fogos de contra morteiro.
e. Mudança de Posição
O Pelotão de Morteiros pode mudar de posição de uma só vez, ou por Secções. A mudança do Pelotão
como um todo só é utilizada se a situação táctica não exige o apoio de fogos às unidades de manobra,
durante a mudança de posição dos morteiros. A mudança por Secções, duas Secções de cada vez, é o
método mais indicado para efectuar a mudança, quando é necessário apoio de fogos aos elementos de
manobra, durante4 o deslocamento dos morteiros. O PCT muda, metade dele acompanhando duas
Secções. Duas Secções deslocam-se para a nova posição de tiro, e quando elas estão prontas para fazer
fogo, as outras duas Secções executam a mudança por sua vez. Quando planeia o emprego dos fogos
dos morteiros o Comandante de Batalhão deve ter em consideração de que são necessários 4 minutos
para acabar o fogo e iniciar o movimento. A nova entrada em posição demora cerca de 8 minutos.
a. Emprego
b. Tarefas
c. Fogos de Supressão
Os fogos de Artilharia Naval são dados em apoio de anfíbias e a unidades de manobra actuando
perto da costa. A cada navio de apoio de artilharia é dada uma missão táctica de A/D ou A/C. Um
navio em A/D normalmente apoia um Batalhão e garante fogos planeados e inopinados, Um navio
em A/C normalmente apoia uma Brigada.
0805. RESPONSABILIDADES
O Comandante de Batalhão é responsável pela integração dos fogos com a manobra. O OfOp é o seu
principal colaborador. Os Oficiais que a seguir se indicam, participam directamente no planeamento
dos fogos.
• Estabelecer transmissões com o PCT do GAC em A/DE. Actuar como observador avançado do
comandante, transmitindo pedidos de tiro e pedidos de levantamento e/ou transporte de tiro.
• Transmitir informações sobre o inimigo, entre o seu GAC e o Batalhão, incluindo a preparação
de relatório de bombardeamento (SHELREP) e a consolidação e o envio de transparentes de
zonas vistas e não vistas.
O Comandante de Pelotão de Morteiros Pesados tem como principal função comandar o Pelotão, e
é responsável pela coordenação de todos os fogos de morteiros pesados; reconhece e escolhe as
posições, planeia e supervisa o deslocamento e controla o reabastecimento de munições de cada
elemento de tiro; aconselha o OAF em assuntos relativos ao emprego dos morteiros,
nomeadamente quanto às suas possibilidades, limitações, a objectivos adequados para morteiros, e
métodos de ataque. O Comandante do Pelotão de Morteiros actua como OAF quando não há um
Oficial de Artilharia para desempenhar tal função.
Se o Batalhão é apoiado por Artilharia Naval, recebe um Grupo de Controlo de Fogos, em terra,
constituído por uma equipa de ligação de artilharia naval e por uma equipa de observadores de
artilharia naval. O OLAN coordena todos os fogos navais e supervisa a equipa de ligação de
artilharia naval, aconselha o OAF sobre todos os assuntos relativos ao emprego de fogos navais,
incluindo as suas possibilidades, limitações e sobre os objectivos adequados para os fogos navais.
b. Repartição de Fogos
Distribuir os fogos por forma a garantir que todos os objectivos inimigos sejam batidos. Definir
para cada unidade, ou para sistema de armas numa área ou uma porção do objectivo a bater. Isto
não somente aumenta as baixas no inimigo como também poupa munições.
c. Superioridade de Fogos
Logo que sejam conhecidas, ou se suspeite da localização das posições inimigas, ou que estejam
identificados os seu eixos de aproximação, as armas são instaladas para desencadear fogos sobre o
inimigo, mal este sejam detectado, a fim de que se possa alcançar a superioridade de fogos. Para se
obter a superioridade de fogos, deve fazer-se como que o inimigo se proteja, disparando nós em
primeiro lugar.
d. Concentração de Fogos
Sempre que possível o empenhamento deve começar com emassamento de fogos. Os fogos
macivos, desencadeados de surpresa, permitem pouco tempo de reacção ao inimigo e,
normalmente, são os mais eficazes. Com efeito, se todas as bocas de fogo de um Grupo de
Artilharia dispararem uma granada ao mesmo tempo, sobre um mesmo objectivo, quase sempre
obtêm melhores resultados de que daria uma Bateria a disparar três salvas sucessivas, embora o
total de granadas empregue seja o mesmo.
e. Prioridades
Raramente o Comandante de Batalhão tem meios de fogos suficientes para bater simultaneamente
todos os objectivos conhecidos ou suspeitos. É necessário, então, estabelecer prioridades às
unidades e aos objectivos.
Para isso há que:
• Fazer a atribuição de munições. Uma qualidade limitada de granadas de morteiro 8l pode levar
o Comandante de Batalhão a dotar as suas companhias de manobra com o mínimo de granadas
por forma a assegurar o cumprimento da missão. No seu planeamento, o Comandante deve
determinar o tipo e a quantidade de munições de que necessita e a possibilidade em as obter.
g. Planos Simples
As restrições sobre os fogos devem ser evitadas. As restrições (por exemplo limites) são utilizadas
somente se forem necessárias para proteger as unidades dos fogos amigos ou para tirar o máximo
partido daqueles fogos sobre o inimigo. Deverá haver um mínimo de interferência com outros
meios de lançamento de fogos. Por e4xemplo, os fogos de artilharia que obrigam uma força
blindada inimiga a fechar as escolhidas, podem também limitar a capacidade dos mísseis e dos
carros de combate verem e destruírem as viaturas do inimigo.
O planeamento do apoio de fogos indirectos é feito quer ao nível Batalhão quer ao nível de
Companhia. O planeamento do apoio de fogos da Companhia é executado após a recepção da ordem
de operações do Batalhão. O plano de apoio de fogos toma a forma de listas de objectivos (e um
transparente). O plano apoia o conceito de manobra do Comandante de Companhia e é enviado ao
OAF do Batalhão. O planeamento do apoio de fogos do Batalhão apresenta a seguinte sequência:
• Determinação dos sistemas de armas de que o Batalhão dispõe e da sua prontidão de resposta. Por
exemplo, se houver artilharia naval (além do apoio normal da artilharia e orgânico), o seu emprego
é planeado, com a noção de que algumas missões de prioridade mais elevada, noutras áreas, podem
obrigar à sua anulação.
• Identificação dos objectivos inimigos conhecidos ou suspeitos, ou áreas onde é provável a sua
localização. Determinar as dimensões, constituição, forma, vulnerabilidade e mobilidade do
objectivo.
• Escolha dos sistemas de armas que podem bater, em melhores condições, cada um dois objectivos.
Para tanto considerar:
As medidas de controlo de fogos indirectos são normalmente objectivos planeados e são utilizados
para facilitar o emassamento de fogos sobre o inimigo.
Um objectivo planeado é aquele para o qual o tiro foi antecipadamente preparado. Esta preparação
permite o ataque, ajustado e oportuno, aos objectivos que possam afectar o cumprimento da missão
do Batalhão. Os objectivos planeados podem ser objectivos a horário ou objectivos a pedido.
Objectivos a horário são aqueles sobre os quais está previsto o desencadeamento de tiro segundo um
horário. O momento de desencadeamento do tiro é definido em minutos antes ou depois de
determinada hora ou relativamente a determinado acontecimento. Objectivos a pedido são objectivos
sobre os quais o tiro será desencadeado quando for pedido.
Objectivo prioritário é um objectivo sobre o qual as unidades de tiro apontam, sempre que não
estejam empenhadas numa missão de tiro. O Comandante de Brigada pode designar objectivos
prioritários a um ou mais Batalhões, os quais, por seu turno, podem atribui-los às suas Companhias.
O Comandante de Batalhão pode também atribuir objectivos prioritários ao Pelotão de Morteiros.
Os objectivos simples podem ser designados como convencionais, lineares, circulares ou
rectangulares, os objectivos múltiplos podem ser designados como grupo de objecti8vbos, série de
objectivos, série de objectivos ou programa de objectivos.
Na ofensiva, os fogos são planeados para desencadeamento antes e durante o ataque. Antes do
ataque, os fogos de flagelação e de interdição têm por finalidade manter o inimigo em desequilíbrio,
provocar baixas, desarticular os seus preparativos de defesa, afectar a sua capacidade de
reabastecimento e impedir o movimento das suas reservas. Os fogos de preparação são normalmente
planeados; usualmente escalonados para desgastar o inimigo, antes das forças de ataque atingirem a
sua posição. É o Comandante da Brigada ou da Divisão quem normalmente decide da realização da
preparação.
Quando se executa uma preparação, o OAF do Batalhão, sob a orientação do Comandante do
Batalhão, transmite objectivos de interesse para a unidade, ao OAF da Brigada para incluir na
preparação.
Os factores a considerar na decisão de executar uma preparação, são:
Pode o inimigo recuperar antes que as forças amigas explorem os efeitos dos fogos?
Os fogos durante o ataque são planeados para desencadeamento aquém, sobre e para além do
objectivo. Os fogos aquém do objectivo são planeados para suprimir as armas e a observação do
inimigo, que possam interferir com a progressão para o objectivo. Os fogos sobre o objectivo são
planeados para suprimir ou destruir o pessoal e o equipamento do inimigo. Os fogos para além do
objectivo e sobre os flancos do objectivo visam bater o inimigo em retirada ou que tente reforçar.
• Fogos de flagelação e de interdição, para desarticular o ataque do inimigo, afectar a sua capacidade
de reabastecimento, retardar e desorganizar a sua aproximação.
• Fogos «de contra preparação, para compensar os efeitos potenciais da preparação do inimigo,
quebrar o ímpeto do seu ataque e destruir o seu comando e controlo. São normalmente
desencadeados à ordem do Comandante de Brigada ou do escalão superior, quando for detectado o
ataque inimigo.
• Fogos sobre os eixos de aproximação mais prováve4is, em conjugação com os obstáculos. São
também planeados para a frente e retaguarda das posições.
• Fogos de barragem para proteger as tropas e instalações amigas, construindo uma barreira
previamente preparada.
• Fogos de barragem colocados onde melhor possam aumentar os efeitos dos fogos das armas
orgânicas do Batalhão.
Os fogos de barragem são utilizados somente na defesa e só é atribuída uma barragem a cada Bateria
de Artilharia, ou a um Pelotão de Morteiros Pesados. Pode ser atribuída a uma Companhia do
Batalhão uma barragem de artilharia enquanto a outra Companhia é atribuída uma barragem do
pelotão de morteiros Pesados. A largura de barragem é de 300 metros para Bateria de obus 15,5cm, e
200 metros para a Bateria de 10,5cm e para o Pelotão de Morteiros 10,7cm. A barragem é
normalmente atribuída à Companhia que está sobre o eixo de aproximação mais perigoso favorável a
viaturas. O Comandante de Companhia por seu turno, indica a sua localização exacta, que é
normalmente no eixo de aproximação mas perigoso favorável a forças desmontadas. Os primeiros
impactos ocorrem em cerca de 30 segundos, acrescidos ao tempo de trajectória, após a barragem ter
sido pedida. Uma vez iniciada a barragem, a unidade em apoio continua o tiro até receber ordem de
fim de missão ou quando tiver consumido todas as munições.
0811. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO DE FOGOS
Estas medidas facilitam uma rápida coordenação e garantem a segurança das fo9rças amigas. Como
norma, elas são propostas pelo OAF, estabelecidas pelo Comandante e graficadas em cartas e
transparentes. As medidas de coordenação classificam-se em três categorias:
• Limites
• Medidas permissivas
• Medidas restritivas
a. Limites
b. Medidas Permissivas
Havendo medidas permissivas não se torna necessário a coordenação para bater quaisquer
objectivos afectados por tal medida.
• Medidas e sua finalidade: é uma linha para além da qual os morteiros, a artilharia de
campanha ou a artilharia naval, podem desencadear fogos de superfície, em qualquer
momento, sem necessidade de coordenação na área do comando que a estabeleceu.
• Medida e sua finalidade: é uma linha para além da qual todos os objectivos podem ser
batidos por qualquer sistema de armas (incluindo aeronaves e armas especiais) sem fazer
perigar as forças amigas ou necessidade de coordenação com o comando que estabeleceu.
• Difusão: através dos canais de comando e de apoio de fogos para o escalão superior, e às
unidades subordinadas, adjacentes e de apoio, incluindo órgãos de controlo de apoio de
fogos.
• Medida e sua finalidade: é uma área bem definida no interior da qual qualquer meio de apoio
de fogos pode fazer fogos sem coordenação entre a força que os pode, e/ou os desencadeia, e
o comando que estabeleceu a área.
c. Medidas Restritivas
Uma medida restritiva impõe certas exigências de coordenação especificas antes dos objectivos
efectuados por aquela medida, poderem ser batidos.
• Medidas e sua finalidade: é uma área na qual não são permitidos fogos ou os seus efeitos. Há
apenas duas excepções:
(a) Quando o comando que determinou AFP, aprova a execução de fogos
(temporariamente), com base na missão.
(b) Um comandante pode bater com fogos uma força inimiga dentro da AFP, se o inimigo
representar uma ameaça significativa para a segurança da sua força.
• Medida e sua finalidade: é uma área em que foram impostas determinadas restrições. Os
fogos que excedam aquelas restrições não podem ser empregues na área, sem coordenação
com o comando que a estabeleceu.
• Difusão: através dos canais de comando e de apoio de fogos para o escalão superior, unidades
subordinadas, adjacentes, e unidades de apoio.
• Medida e sua finalidade: é a linha estabelecida entre duas forças convergentes amigas (uma
ou mais podem estar em movimento), para além da qual não podem ser desencadeados fogos
sem coordenação com a força afectada.
• Localização: acima do objectivo, como recomendado pelo oficial de ligação da força aérea.
• Difusão: através dos canais de comando e de apoio de fogos para o escalão superior,
unidades subordinadas, adjacentes e de apoio. A informação deve incluir a altitude máxima e
mínima de voo das aeronaves, comprimento (duas coordenadas), largura, e o grupo data-hora
a que se torna efectiva.
• Representação gráfica: o PRF grafica-se (nas cartas e transparentes) por um rectângulo (sua
projecção horizontal), desenhado a encarnado e contendo no seu interior as inscrições PRF
e/ou o nome de código do plano, e comando que o estabeleceu, os grupos data/hora em que
está em vigor e as altitudes.
O apoio aéreo ofensivo é constituído pelo apoio aéreo próximo, interdição aérea do campo de batalha
e reconheciment6o aero-táctico, que são levadas a cabo em apoio deire4cto das operações terrestres.
Este apoio pode ser dado como resposta a pedidos do comandante das forças terrestres, ou pode ser
garantido pelo escalão superior, como parte do plano geral das operações.
A BAI é uma acção aérea dirigida contra forças inimigas e seus órgãos de apoio, em situação de
poderem directamente influenciar e afectar o decurso das operações terrestres, ou que não podem
ser batidos por outros meios por qualquer razão de ordem táctica A BAI é utilizada para isolar o
inimigo dos seus segundos escalões, dos seus reforços, reabastecimentos e para restr5ingir a sua
liberdade de manobra. As missões das BASI são planeadas para qualquer dos lados da LCAF.
As missões de voo contra objectivos próximos da LCAF podem ser de apoio aéreo próximo
(CAS) e da BAS; as missões de CAS devem ser integradas com os planos de fogos e de manobra
do comandante terrestre e por ele são pedidas e controladas; distintas das missões de CAS, as
missões de BAI são somente coordenadas no plano conjunto das forças terrestres com a Força
Aérea Táctica (FAT). Devido à natureza da situação terrestre, pode não ser necessário integrar em
detalhe, cada missão de BAI com o fogo e a manobra das forças amigas. Comparada com a
interdição do espaço aéreo, a BAI contribui directamente para o combate terrestre num curto
espaço de tempo após o seu pedido. Tanto quanto possível, as missões da BAI devem
corresponder o objectivo renumeradores. Os pedidos da BAI podem ser satisfeitos utilizando
aeronaves em alerta no solo ou no ar ou desviando aeronaves de outras missões. Se possível as
aeronaves destinadas a CAS devem ter uma área/objectivo que deverá ser atacada se a missão de
CAS não poder ser executada.
(1)PLANEAMENTO
(2) POSSIBILIDADES
• Grande velocidade e longo alcance, o que permite o emassamento e mudança dos meios
aéreos, nas suas missões.
(3) LIMITAÇÕES
• Indisponível na altura. Mesmo quando planeado, ele pode ser mudado para outras áreas mais
críticas.
Num movimento para o contacto, o principal objectivo estará no corpo principal das forças
inimigas. Como consequência, deverão ser atacados objectivos importantes para além do
alcance das armas terrestres.
Num ataque imediato/deliberado, o apoio aéreo ofensivo pode reforçar o ataque principal e a
ajudá-lo a manter o ímpeto do ataque. À medida que o ataque progride, o apoio aéreo ofensivo
é concentrado nos segundos escalões do inimigo ou sobre os seu7s elementos de reforço.
Numa exploração de sucesso ou numa perseguição, à medida que as forças terrestres avançam
para destruir o inimigo, o apoio aéreo ofensivo é particularmente eficaz na destruição dos
sistemas de comando e controlo do inimigo, retardando a sua mobilidade no campo de batalha,
e interdizendo a chegada dos seus reforços.
(6) PEDIDOS
• Quando os fogos das armas orgânicas e de apoio não podem bater eficazmente o objectivo
ou não são em número suficiente para obterem resultados decisivos.
• Para complementar os fogos directos e indirectos e para bater objectivos que estão fora do
alcance da artilharia de campanha.
O número de saídas de CAS por dia, são dadas pelo Comandante de Batalhão, na ordem de
operações. Normalmente saídas de CAS não serão atribuídas ao nível Batalhão, mas serão
fornecidas com base num estudo sobre os pedidos planeados, ou baseadas na necessidade imediata
do comandante das forças de manobra. Por outras palavras, os pedidos de CAS podem ser
planeados ou imediatos.
O pedido planeado é utilizado quando há tempo para planear e coordenar o pedido, escolhido o
armamento a utilizar e informar os pilotos antes de levantarem voo. Um pedido feito a nível
Companhia é analisado pelo OOAA, pelo OAF e pelo OLFA que avaliam a adequabilidade do
objectivo. Se o pedido é aprovado, o OOAA junta-o a outros pedidos planeados, elimina
duplicações, consolida os restantes pedidos e atribui-lhes prioridades e precedências, e envia-os ao
OOAA da Brigada através da rede operações/informações.
Se o objectivo pode ser concr4tizado mas a hora a que será executado não pode ser determinada,
ainda assim as missões podem ser planeadas. As aeronaves podem ser colocadas quer em alerta no
solo quer em alerta no ar por forma a diminuir o tempo de reacção.
AERONAVES EM ALERTA EM VOO estão sobre pontos e altitudes pré-designados para
rapidamente atacar objectivos com o mínimo de atraso. Este método será utilizado
PASSOS DO PLANEAMENTO DA BATALHA AEROTERRESTRE
Fig.
8–
1
dur
ant
e
ope
raç
ões
flui
das,
de
APOIO AÉREO INTERDIÇÃO AÉREA
gra
PRÓXIMO DO CAMPO DE INTERDIÇÃO
nde
BATALHA AÉREA
mo
bili
OBJECTIVO AFECTANDO DIRECTAMENTE AS COM ACÇÃO
dad
OPERAÇÕES DAS NT INDIRECTA NAS
e, e
OPERAÇÕES DAS
dur
NT
ant
e a
ÁREA EM CONTACTO AQUEM OU ALÉM PARA ALÉM DA
fase
OU NAS DA LCAF, MAS NÃO LCAF
de
PROXIMIDADES PERTO DAS NT
ass
DAS NT
alto
de
um
INTEGRAÇÃO PLANEAMENTO/ COORDENAÇÃO
a
NECESSIDADES DETALHADA COORDENAÇÃO SUPERIOR
ope
DE COM OS FOGOS CONJUNTO AO AO ESCALÃO
raç
COORDENAÇÃO E A MANOBRA NÍVEL ASOC - CE ASOC - CE
ão
DAS NT
aer
otra
NECESSITA DE NÃO NECESSITA DE NÃO NECESSITA nsp
CONTROLO CONTROLO CONTROLO DE CONTROLO orta
da.
AE
RI
ONHAVES EM ALERTA NO SOLO estão prontas a entrar em acção, armadas com as munições
pedidas, pilotadas e prontas a levantar voo em resposta a um pedido de missão. A ordem que
coloca as aeronaves em alerta no solo, fixa o grau de prontidão, isto é,5 minutos., 15 minutos, 30
minutos. No caso do alerta 5’, as aeronaves têm de estar prontas para descolagem, normalmente
com as tripulações no “cockpit”. Em estados de alerta mais longos, as aeronaves têm de ser
assistidas e municiadas com a antecedência necessária para lhes permitir as descolagem no tempo
estipulado. A autoridade para atribuir missões a aeronaves em alerta no solo é normalmente retida
pelo órgão que faz o accionamento das ordens de execução.
Um pedido imediato de CAS é utilizado quando surge uma necessidade urgente e inesperada e não
há tempo para um planeamento detalhado e para coordenação. Os pedidos imediatos começam ao
nível Companhia e são enviados para o CCAF, coordenado pelo OOAA e pelo OAF e enviado
para o DCAT. O DCAT transmite o pedido directamente ao Centro de Controlo Aéreo Táctico [
CCAT (ASOC – Air Supp0ort Operation Center *) ] através do canal da Força Aérea.
As aeronaves que executam o CAS podem estar ameaçadas pela precisão e actividade das armas de
defesa aérea do inimigo. Se tal acontecer, serão necessárias saídas para supressão das defesas aéreas
e acções de guerra electrónica, para garantir a sobrevivência das aeronaves. Em conjugação com
estas medidas tomadas pelos altos escalões, é imperativo que as unidades terrestres dêem prioridade
de supressão às defesas aéreas inimigas sempre que aquelas unidades terrestres estejam a ser
apoiadas pela Força Aérea Táctica. Os objectivos prioritários para a supressão das defesas aéreas do
inimigo deverão ser as armas anti-aéreas tais como as ZSU23-4, SA-7, SA-9/13 e SA-8. A área de
responsabilidade do Comando das Forças Terrestres estende-se para além da Linha Avançada das
Nossas Forças (FLOT) até ao limite dos fogos observados. Durante a execução do ataque aéreo, não
deverá ser obrigatório a “verificação dos fogos”. Depois do FAC* e/ou OLFA definirem a direcção
do ataque aéreo, podem os fogos das forças terrestres serem transportados para posições de artilharia
anti-aérea conhecidas ou suspeitas.
O grau de controlo das ar4mas anti-aéreas deverá ser alterado para “tiro restrito” por forma a
minimizar a possibilidade de perdas das nossas aeronaves atingidas por fogos da artilharia anti-aérea
das forças amigas.
Os fogos directos das armas orgânicas das forças amigas sobre o inimigo, não afectam o emprego
das aeronaves sobre os objectivos.
Quando o apoio é fornecido pela artilharia naval, um Pelotão da Companhia de Ligação de fogos
Navais será, normalmente, atribuído à Brigada. Ele fornecerá especialistas e as transmissões
necessárias ao controlo e coordenação e recomenda o emprego da artilharia naval.
Deste Pelotão, o Batalhão recebe um Grupo de Controle de Fogos em Terra [ GCFT (SFCP – Slore
Fire Controlo Party*) ]. O GCFT inclui uma Equipa de Ligação de Artilharia Naval que funciona
como estado maior especial do Batalhão, para emprego dos fogos navais. O GCFT também inclui
uma Equipa de Observadores de Artilharia.
• Tem a responsabilidade de comando dos Pelotões e das Secções da Companhia, embora muitas
vezes não exerça o controlo operacional sobre esses elementos, numa situação táctica.
• É um oficial do estado maior especial, fazendo propostas de emprego dos seus elementos ao
Comandante de Batalhão e mantendo uma estreita coordenação com o estado maior coordenador.
Liberta, assim, os Comandantes de Pelotão/Secção, que podem dedicar mais atenção aos
respectivos elementos.
a. Pelotão de Reconhecimento
(1) RECONHECIMENTO
• Efectuar patrulhas.
b. Pelotão Anticarro
(1) MISSÃO
(2) EMPREGO
Tal como os meios de fogos indirectos, são utilizadas medidas de controlo para as armas de
tiro directo com vista à concentração e distribuição de fogos sobre as forças inimigas. As
medidas de controlo para fogos directos incluem:
As medidas de controlo de fogos são difundidas pelo OfOp aos elementos de manobra bem
como às Secções Anticarro Pesadas, garantindo-se assim a cobertura em profundidade da área
do Batalhão, através dos mísseis anticarro pesados, carros de combate, mísseis anticarro
médios e armas ligeiras anticarro evitando que mais do que um sistema bata
desnecessariamente o mesmo objectivo.
PONTO DE REFERÊNCIAÇÃO DE OBJECTIVOS. Um PRO é um ponto facilmente
identificável no terreno e serve pata identificar objectivos inimigos, para controlar os fogos
directos e para alterar os sectores de tiro existentes. Os PRO podem ser empregues para
indicar os objectivos às Companhias, aos Pelotões, às Secções e às armas individuais. Podem
ser também utilizados para designar o centro de uma área na qual o Comandante planeia
distribuir, ou fazer convergir os fogos de todas as suas armas numa acção de surpresa. Em
geral os PRO são designados pelos Comandantes de Companhia (ou de Pelotão) mas podem
ser utilizados pelo Comandante de Batalhão, sobretudo quando pretender emassar fogos às
longas distâncias. Os PRO são numerados e incluídos no plano de apoio de fogos e listas de
objectivos.
fig. 8-2
PRIORIDADE DE DESENCADEAMENTO DE FOGOS. Face a uma ameaça de forças
blindadas, surgem normalmente objectivos de vários tipos, como sejam carros de combate,
viaturas blindadas de transporte de pessoal, lança mísseis guiados anticarro (LMGACar) e
armas antiaéreas. Os fogos podem ser rápida e eficazmente distribuídos, indicando o tipo de
viatura a bater em primeiro lugar, por exemplo: “a 1SecACar bate as viaturas blindadas, a
2SecACar bate os carros de combate”; ou “os MGACarP batem os carros de combate, a
artilharia bate as viaturas blindadas, os morteiros fazem a supressão dos atiradores”.
SECTORES DE TIRO. Os sectores de tiro são atribuídos a uma unidade ou a uma arma. Eles
destinam-se a garantir a cobertura completa duma área com os fogos e com a observação, e
não limitam um elemento a fazer fogo somente dentro do seu sector, Os sectores de tiro são
normalmente definidos por um limite esquerdo e por um limite direito em termos de
acidentes de terreno facilmente identificados ou por PRO. Um sector pode estender-se desde
as posições da unidade até a um limite afastado, com um limite direito e um limite esquerdo,
ou pode ser constituído por uma área restrita, relativamente afastada /mais aplicável aos
sistemas de armas anticarro). As unidades/armas podem bater os blindados inimigos em
profundidade, até ao alcance máximo das armas anticarro.
Todas as unidades e elementos subordinados devem informar imediatamente nos casos em
que os respectivos sectores de tiro não possam ser batidos.
ZONA DE MORTE. A zona de morte é uma área situada num eixo de aproximação, onde o
Comandante pretende concentrar os seus fogos sobre o inimigo. Para se obter a eficácia, o
Comandante deve estar razoavelmente seguro de que o inimigo ou vai atravessar aquela zona
ou pode ser canalizado para ela, em resultado do posicionamento das unidades, do emprego
de obstáculos ou do emprego de fogos indirectos.
Quando se ocupa uma posição, é necessário garantir que todo o terreno à frente, nos flancos e
na retaguarda da posição são adequadamente batidos com o fogo. Quando existem intervalos
ou espaços mortos, as armas são reposicionadas ou são planeados fogos indirectos para bater
uns e outros. Os Comandantes de Companhia elaboram um simples transparente, enviado ao
OfOp do Batalhão, onde indicam as áreas que podem bater com as suas armas. Isto habilita o
Comandante de Batalhão a detectar intervalos ou espaços mortos na sua defesa e a fazer os
ajustamentos necessários. Os esboços e transparentes não substituem a inspecção pessoal às
posições das unidades. Os Comandantes e os seus subordinados devem percorrer o terreno e
verificar se cada uma das suas armas está convenientemente posicionadas e se dispõe de
cobertos e abrigos em relação aos fogos e à observação do inimigo.
As medidas restritivas de coordenação de fogos aplicáveis às armas de fogos indirectos são
também aplicáveis às armas de tiro directo. Todavia uma identificação clara de forças
inimigas é uma razão suficiente para fazer fogo para além de um limite ou parta além de uma
medida de coordenação de fogos não restritiva.
O Batalhão vulgarmente pode dispor de uma combinação variada de outros elementos de apoio de
combate, conforme as necessidades decorrentes da missão. Normalmente, estes elementos incluem:
• Artilharia antiaérea
• Engenharia de combate
• Meios de informações
• Aviação
• Meios e unidades de NBQ explanados no Anexo B)
a. Artilharia Antiaérea
(1)CONSTRUÇÕES DE PLANEAMENTO
• Os meios de defesa antiaérea podem defender um único meio (por exemplo os Trens do
Batalhão ou das Companhias).
• Uma ou mais Equipas podem defender uma actividade de reabastecimentos ou de controlo
(por exemplo, o COT ou os Trens) enquanto as outras são colocadas em apoio das
Companhias de Atiradores.
• O potencial deve ser concentrado sobre o corredor aéreo conhecido ou mais provável.
• As aeronaves devem ser batidas antes que elas possam utilizar o seu armamento ou
bombas.
Para permitir que as aeronaves amigas actuem num ambiente aéreo hostil, os elementos de
controlo do espaço aéreo da Divisão ou do Corpo de Exercito fixam por vezes corredores de
“segurança”. Por exemplo “as armas em tiro condicionado, excepto armas em tiro restrito
das 1300-1330 para aviões voando de Oeste sobre a área A “, permite o ataque às aeronaves
Hostis, mas garante protecção especial aos voos a aviões amigos, vindos de Oeste, e
esperados entre as horas mencionadas.
O alerta oportuno de ataque aéreo inimigo é dado, em geral, pelo Grupo de Artilharia
Antiaérea Divisionária, normalmente a probabilidade de ataque é referida a uma das três
situações:
b. Engenharia de Combate
O Batalhão pode receber apoio de engenharia da Companhia de Engenharia que está em A/D da
Brigada. A Brigada pode estabelecer uma prioridade de trabalhos à Companhia de Engenharia a
todo o sector da Brigada ou dá prioridade de trabalhos a cada um dos sectores dos batalhões,
consoante as próprias prioridades da Brigada. A Brigada, além disso, pode dar elementos de
engenharia em A/D ao Batalhão. A engenharia é normalmente empregue em quatro funções
básicos:
• Mobilidade -
CAPÍTULO 9
APOIO DE SERVIÇOS
SECÇÃO I – GENERALIDADES
O apoio de serviços consiste num conjunto de acções logísticas e administrativas para manter a
capacidade de combate do Batalhão. O Comandante de Batalhão, principalmente através
do seu Segundo Comandante, do OFPess e do OfLog, é responsável por prever e planear
as necessidades de Apoio de Serviços para cumprir a missão.
O Batalhão assegura uma variedade de Apoio de Serviços às suas Companhias, e constitui o elo
ligação de Apoio de Serviços entre as Companhias e as unidades de apoio de serviços da Brigada, da
Divisão e do corpo de Exército.
As unidades de apoio de serviços fornecem apoio de::
a. Abastecimentos
Os abastecimentos são entregues nas unidades da frente sempre que possível. Este método de
reabastecimento é designado fornecimento no órgão, e é um processo em que o utente deve
dirigir-se ao local de reabastecimento e aí levantar os abastecimentos. Normalmente os
abastecimentos das classes III e V (combustíveis, óleos e lubrificantes, e munições) são
fornecidos nos locais de reabastecimento. O Batalhão obtém os seus abastecimentos através da
combinação de fornecimentos na unidade e fornecimento no órgão. Quando há escassez de
artigos críticos, as unidades de apoio do Corpo do Exército entregam-nos directamente no
Batalhão. A isto chama-se encaminhamento directo, e é frequentemente empregue para fornecer
conjuntos principais e outros artigos necessários, considerados essenciais.
b. Manutenção
A manutenção realiza-se (quando a situação táctica o permite)no mais baixo escalão capaz de a
executar. Frequentemente, equipas de contacto pertencentes a unidades de manutenção da Divisão
trabalham com as unidades da frente , auxiliando-as na reparação de equipamento inoperacional a
fim de que este possa tornar a ser utilizado em combate o mais depressa possível.
c. Apoio Sanitário
O apoio sanitário é realizado ao mais baixo escalão possível. Este apoio á também prestado o
mais à frente possível, a fim de permitir o regresso rápido do pessoal às suas unidades e assim
manter os efectivos das unidades.
A Companhia de Comando e Serviços tem quatro pelotões que prestam apoio de serviços ao
Batalhão: Pelotão de apoio de serviços, Pelotão de Manutenção, Pelotão de transmissões e Pelotão
Sanitário.
c. Pelotão de Transmissões
O Pelotão Sanitário é constituído por uma Secção de PS por socorristas que prestam assistência
sanitária às baixas do Batalhão e por uma Secção de Evacuação que transporta as baixas para o
Posto de Socorros (PS) do Batalhão. O Pelotão é comandado por um Oficial do Serviço de Saúde
que planeia, coordena e supervisa as actividades sanitárias do Batalhão. O Pelotão Sanitário
armazena e fornece os abastecimentos sanitários ao PS do Batalhão e fornece socorristas às
Companhias, e faz a manutenção orgânica (1º escalão) de todo o equipamento sanitário do
Batalhão.
0903. RESPONSABILIDADES DO BATALHÃO
• O OfPess é responsável pelo Centro de Administração do Pessoal (CAP), o qual garante o apoio
de administração do pessoal e de serviços administrativos, incluindo a manutenção de efectivos
na unidade; administração de pessoal e manutenção da moral e da disciplina, lei e ordem. O
OfPess pode exercer supervisão de EM relativamente ao Comandante do Pelotão Solitário.
SECÇÃO II - LOGÍSTICA
0904. REABASTECIMENTOS
a. Classes de Abastecimentos
Os abastecimentos são divididos em dez classes principais, a fim de acelerar os procedimentos de requisição e
distribuição.
Quando as refeições confeccionadas pela Secção de Alimentação do Pelotão de Apoio de Serviços, são
fornecidas a unidades completas (por exemplo às Companhias), tal designa-se por
distribuição por unidade. As rações de combate para o Batalhão são automaticamente
requisitadas pelo Batalhão de Reabastecimento e Transporte divisionário, com base no
mapa diário da força (MDF) enviado pelo OfPess ao Ajudante Geral da Divisão. Em
circunstâncias anormais, quando é necessário um determinado artigo específico, o OfLog
do Batalhão pode enviar uma requisição de rações, em separado, ao comando de Apoio de
Serviços Divisionários (CASD).
Pelotão de Apoio de Serviços normalmente levanta as rações de um local de Reabastecimento (LR) da
classe I do CASD, situado na área de apoio de serviços da Brigada. Raramente o LR da classe I ficará
situado na área de apoio de serviços da Divisão. As rações podem ser entregues (às Companhias, e a
outras unidades de reforço ou orgânicas do Batalhão) pela Secção de Alimentação do Pelotão de Apoio de
Serviços, ou podem ser fornecidas através dos canais de reabastecimento.
(CLASSE II)
São considerados nesta classe os abastecimentos e o equipamento (excepto o criptográfico)
constante dos quadros orgânicos e meios (QOM), e das Listas de Níveis Orgânicos (LNO). Esta
classe de abastecimentos abrange o fardamento, o equipamento individual, o material de
bivaque, as colecções de ferramenta manual e os abastecimentos de carácter administrativo.
Quando um artigo da classe II se perde, é destruído ou está gasto, as unidades do Batalhão
requisitam a sua substituição através do OfLog do Batalhão, o qual consolida as requisições e
envia-as ao CASD.
(3) COMBUSTÍVEIS, ÓLEOS E LUBRIFICANTES (CLASSE III)
Os auto tanques vazios dos batalhões, vão ao LR, atestar e regressam. As NEP do Batalhão
devem determinar a forma de proceder neste aspecto. O OfLog do Batalhão providencia para
que haja combustível no momento e local adequados, para reabastecer as Companhias e para
que a maior parte das viaturas de combustíveis a granel se mantenham atestadas, sejam quais
forem os procedimentos em vigor. Se houver carros de combate em reforço, as operações de
atestamento dos sub agrupamentos
Podem ocorrer de duas formas:
NA POSIÇÃO. A viatura de combustível vai até ás posições dos pelotões.
FORA DA POSIÇÃO. Mantendo uma segurança nas posições, os carros de combate
deslocam-se alternadamente até às viaturas de combustível, que estão em local central.
Fazer deslocar as viaturas de combustível às posições é talvez o processo mais discreto de
atestar. O processo de atestar fora das posições, ou seja, deslocando os carros de combate até ao
auto tanque, é talvez o processo mais rápido mas o mais ruidoso. Quando for empregue o
processo de reabastecimento fora das posições, podem ser feitos também os abastecimentos das
classes I e V no mesmo local. As NEP do Batalhão devem definir os procedimentos relativos ao
funcionamento das operações de reabastecimento, e tais procedimentos devem ser praticados
em exercícios de campo, para garantir que as operações se processem sem dificuldades
A classe VI abrange os artigos de uso pessoal, vendidos por intermédio dos serviços de cantinas
ou de Destacamento de Vendas dos Batalhões de Reabastecimento e Serviços do CASCE. As
requisições destes artigos são enviadas pelo OfLog através dos canais logísticos.
Os artigos da classe VII, tais como veículos e armas anticarro pesadas, são normalmente
fornecidos com base em requisições formais. Os artigos de grandes dimensões são entregues
directamente ao Batalhão ou às unidades, pelo CASD ou pelo CASCE. Os artigos mais
pequenos são normalmente levantados pelo Pelotão de Apoio de Serviços do Batalhão, no LR
divisionário, situado na área de apoio de serviços da Divisão.
0905. MANUTENÇÃO
b. Decisão de Reparação
O equipamento deve ser reparado o mais à frente possível, de acordo com a situação táctica e
com as qualificações do pessoal de manutenção e a disponibilidade de ferramentas e de
equipamento. As cartas de manutenção, constantes dos manuais técnicos, indicam qual o escalão
de manutenção que tem capacidade, e está autorizado, para realizar determinadas reparações
específicas.
Normalmente o equipamento é reparado no próprio local onde se encontra ou evacuado para
locais de manutenção orgânica onde as reparações são feitas. As reparações no próprio local são
em regra executadas pelo Batalhão ou pelas Equipas de Contacto de A/D, quando há tempo
suficiente para as realizar, quando as Equipas de Contacto não tenham de ficar expostas aos fogos
directos do inimigo e quando o local possa ter razoáveis condições de segurança. Condições há,
no entanto, em que a em que a importância do equipamento inoperacional, em termos de missão,
exige a reparação no local, em condições menos favoráveis. Em tais condições, o Comandante
deve considerar as vantagens resultantes para a missão, face à potencial degradação das
possibilidades de manutenção de longa duração, que poderão resultar em baixas de pessoal de
manutenção qualificado. Se a reparação no local não for possível, o equipamento é evacuado para
a área dos trens de campanha ou para outros locais de reunião, para o efeito indicados.
A consolidação das actividades de manutenção em locais de reunião de material tem,
normalmente, as vantagens de reduzir a exposição das Equipas de Contacto aos fogos do inimigo,
de eliminar o tempo de trajecto para fazer as reparações no próprio local, e de garantir um
conjunto permanente de mão-de-obra e de equipamento para fazer face a necessidades previstas.
As Equipas de Manutenção do Batalhão e as Equipas de Contacto A/D, quando for necessário são
utilizadas nestes locais de reunião de material. Se o volume dos trabalhos necessários de
manutenção não permite a reparação nestes locais, o equipamento é evacuado para locais de
Reunião de Material (LrnMat) na área de apoio de servidores de Brigada. A situação táctica e a
natureza crítica do equipamento em termos da missão do Batalhão, devem ser sempre tidas em
consideração quando se tomam decisões de reparação. Por isso, é essencial que todo o pessoal
responsável pelas actividades de manutenção esteja em ligação estreita e permanente com o
Oficial de Operações do Batalhão e com os Comandantes de subunidades, para garantir um maior
grau de prontidão de apoio possível. O Comandante deve estabelecer prioridades relativas à
reparação de equipamentos.
c. Equipamentos de Transmissões
d. Equipamento Sanitário
e. Armamento
(1) Veículos
O Comandante é responsável pela recolha das suas viaturas danificadas. Quando as viaturas
são abandonadas em combate, a recolha constitui responsabilidade do comando em cuja área
se encontram. As viaturas danificadas ou abandonadas são imediatamente recolhidas, para
evitar a destruição ou captura pelo inimigo.
As viaturas recolhidas são inspeccionadas, reparadas e repostas em operações, a fim de que
possam rapidamente tornar a ser utilizadas.
Os veículos que exijam grandes reparações ou os salvados, são levados quer para o órgão de
manutenção ou local de reunião de material, do escalão superior, ou são objecto de relatório.
Este relatório refere a localização, o número, o tipo e a situação em que se encontra a viatura.
(2) Equipamento
O material capturado é reunido e evacuado sob a supervisão do OfInfo. Poderão ser necessários
os meios logísticos do Batalhão para evacuar os abastecimentos capturados. Dependendo dos
condicionalismos impostos, pelo comando, as viaturas e outros tipos de equipamentos do inimigo
podem não ser evacuados mas utilizados como suplemento aos meios de transporte e ao material
orgânico. O material capturado é sempre objecto de relatório a enviar ao escalão superior, onde
pode constituis uma origem de notícias.
Quando se tornar necessário, o material (excepto o sanitário) é destruído para negar a sua
utilização ao inimigo. A decisão de destruir equipamento só se toma, normalmente, com a
competência que for delegada pelo Comandante de Divisão ou do Corpo de Exército. Uma vez
decidida, a destruição deve executar-se rápida e eficientemente, Para tal, os planos de destruição
são elaborados com antecedência ou fazem parte das NEP do Batalhão.
0906. SERVIÇOS
A Secção de evacuação é constituída por seis equipas de evacuação. Cada equipa, por seu
turno, é constituída por um socorrista e um condutor de ambulância. As equipas de
evacuação são controladas pelo Comandante do Pelotão Sanitário. Uma equipa de
evacuação é empregue em A/D de cada Companhia de Atiradores empenhada.
A Equipa de Evacuação apoia a Companhia durante toda a operação e assim os seus
componentes ficam familiarizados com o terreno e com a situação táctica. Como a
evacuação a partir dos Pelotões se realiza para o Posto de Primeiros Socorros da
Companhia, a Equipa de Evacuação permanece neste local, quando não tiver indisponíveis
a evacuar, de tal maneira que a sua actividade possa ser controlada pelo socorrista da
Companhia.
As Equipas de Evacuação que não estejam em A/D, são empregues em A/G do Batalhão.
Estas Equipas destinam-se a reforçar as equipas de A/D e a apoiar a reserva quando
empenhada. De acordo com a situação táctica, o socorrista destas equipas poderá auxiliar
no PS ou funcionar como socorrista na Companhia de Comando e Serviços.
Os socorristas fazem tratamento de emergência, dentro das suas possibilidades, e
providenciam para que os indisponíveis que necessitem de evacuação sejam adequadamente
preparados e imediatamente evacuados. Embora a companhia possa montar um PPS é
normalmente preferível evacuar os feridos para fora da área da Companhia o mais
rapidamente possível. Os socorristas nas Companhias, por isso, fazem fundamentalmente a
triagem de indisponíveis, para definir quais os que necessitam de tratamento posterior e os
que podem regressar ao serviço.
Os indisponíveis que necessitem de tratamento posterior podem ser evacuados para o PS do
Batalhão, numa ambulância da Secção de Evacuação do Pelotão Sanitário. Dependendo da
gravidade dos ferimentos, os indisponíveis podem ser evacuados directamente para o PS
divisionário, localizado na área de apoio de serviços da Brigada, ou para um Hospital de Apoio
de Combate (HAC) do Corpo de Exército. A evacuação directamente do campo de batalha para
os órgãos de apoio sanitário da Divisão ou do Corpo de Exército é realizada frequentemente por
helicópteros.
b. Serviço de Alimentação
A Secção de Alimentação do Batalhão está organizada para funcionar numa única área para
apoiar toda o Batalhão, ou para destacar equipas de alimentação, com equipamento de cozinha,
para apoiar cada uma das Companhias do Batalhão.
O Comandante do Pelotão de Apoio de Serviços é responsável pela escolha da área de cozinhas e
pela coordenação com as unidades a alimentar. Tem no sargento de alimentação o seu principal
auxiliar. As cozinhas ficam normalmente situadas nos trens de campanha do Batalhão, na área de
apoio de serviços da Brigada. A escolha exacta da área das cozinhas é feita normalmente pelo
sargento de alimentação, a qual deve reunir o maior número possível das características
desejáveis para uma área de trens.
A Secção de Alimentação pode confeccionar as refeições numa área central e transportá-las
depois em recipientes isotérmicos até às Companhias; ou então, quando a situação táctica o
permitir, as refeições podem ser confeccionadas e distribuídas na área das Companhias.
O OfLog do Batalhão, ou o Comandante do Pelotão de Apoio de Serviços, elabora um plano de
alimentação que é um conjunto de instruções relativas à forma e ao horário de fornecimento da
alimentação. Estas instruções, que em geral são divulgadas verbalmente, abrangem os seguintes
aspectos:
• Horário e local de funcionamento das rações; limpeza do equipamento de cozinha; hora de
saída e de chegada das viaturas às áreas de cozinhas, e quando é que passam ao controlo das
unidades e quando é que revertem ao controlo do Batalhão.
• Localização das cozinhas.
• Forma de distribuição e viaturas a utilizar no fornecimento.
• Outros abastecimentos que devem ser fornecidos com as refeições.
• Necessidade de guias e indicação de pontos de irradiação.
A situação táctica influencia, em grande medida os tipos de ração a fornecer para as várias
refeições. Como as considerações de natureza táctica normalmente não permitem o deslocamento
diurno das viaturas das Equipas de Alimentação à área das Companhias da frente, é normalmente
confeccionada uma refeição quente e carregada nestas viaturas ao anoitecer. As viaturas
deslocam-se de noite sob o controlo do Batalhão(se partirem dos trens de campanha do Batalhão)
para pontos de irradiação da Companhia.
O Comandante de Companhia escolhe a área de cozinhas da Companhia, envia um guia para
esperar a viatura da equipa de alimentação no ponto de irradiação de companhia e providencia
para que todo o pessoal tome a refeição. Quando, ao anoitecer, há para distribuição uma ração
para um dia completo, as viaturas das Equipas de Alimentação deslocam-se a partir dos trens de
campanha e fornecem, às posições avançadas, de uma só vez, todas as três refeições. Este
procedimento exige apenas uma viagem por dia entre os trens de campanha do Batalhão e as
áreas de cozinhas das Companhias; no entanto, pode ser impraticável, quando as unidades
estiverem em contacto.
A água é fornecida através de atrelados de água, rebocados por viaturas das Equipas de
Alimentação, como parte da sua carga normal.
Sempre que possível a água obtém-se a partir de recursos locais. Quando os recursos naturais são
escassos, a engenharia divisionária pode montar e operar um ou mais locais de reabastecimento
de água , onde podem ser atestados os bidões e atrelados de água. A água pode ser transportada
para as unidades da frente, por via aérea, em recipientes adequados.
(2) LAVANDARIA
O Oficial de Logística do Batalhão faz a gestão de apoio de serviços, pela coordenação das
operações fundamentais de reabastecimento, de evacuação e hospitalização, de transporte , de
manutenção e de serviços, e pelo relacionamento destas funções com as operações tácticas do
Batalhão. Desempenha a sua função de gest5ão através de:
O plano logístico pode ser escrito quando se tratam de operações complexas. Este plano deve
incluir disposições relativas às actividades de reabastecimento, de transporte, de manutenção,
de apoio sanitário e de serviço de alimentação.
O reabastecimento e o plano táctico são inseparáveis. O plano táctico deve ser elaborado de
tal maneira que as forças possam ser eficazmente reabastecidas. O OfLog coordena muito
estreitamente com o OfOp no sentido de poder apoiar o plano táctico.
O plano de reabastecimento é elaborado pelo OfLog e contém:
Uma vez aprovado o plano, as unidades e outros elementos do Batalhão são informados do
que ele contém, através de instruções de carácter administrativo tais como o anexo de apoio
de serviços; o parágrafo 4 da ordem de operações; os anexos à ordem de operações; e as
ordens parcelares, directivas verbais, mensagens ou NEP.
Umas NEP da Unidade, curtas e concisas, contribuem substancialmente para um apoio
logístico eficiente. Para ter eficácia, as NEP devem reflectir os procedimentos em vigor,
aplicáveis a aspectos gerais e de rotina das operações logísticas.
O OfLog, como aliás os outros oficiais de EM, deve verificar se as ordens que emitiu em
nome do Comandante estão a ser executadas. Inspecciona frequentemente os trens de
combate e os trens de campanha, e desloca-se com frequência às Companhias para verificar
se dispõe dos artigos de que precisam no momento adequado. Supervisando estreitamente a
execução das ordens, o OfLog apercebe-se não só da forma como0 as directivas e outras
instruções estão a ser cumpridas como detecta a oportunidade de alterar as ordens em vigor.
SECÇÃO IV – EMPREGO DO APOIO DE SERVIÇOS
As operações dos trens para assegurar o apoio dos planos tácticos do Batalhão,
compreendem:
• ORGANIZAÇÃO dos trens, com base nos meios disponíveis, de acordo com a melhor
forma de prestar um apoio eficaz.
• LOCALIZAÇÃO dos meios de apoio de serviços por forma a permitir uma resposta
oportuna e flexível às necessidades previstas, e simultaneamente minimizar a
possibilidade de exposição aos fogos e à manobra do inimigo.
A organização dos trens varia, fundamentalmente, com a missão do Batalhão e com os meios
disponíveis. Por vezes é vantajoso reunir todos os meios logísticos numa só localização
(como por exemplo numa zona de reunião ou na preparação e/ou execução de uma operação
aerotransportada ou de uma operação aeromóvel). A reunião dos trens num só local permite
facilidade de coordenação e controlo dos meios logísticos, e boa capacidade de segurança.
No caso de actuarem concentrados, os trens do Batalhão designam-se por trens da unidade,
mas frequentemente eles actuam divididos em duas partes, designados, respectivamente por
trens de combate e trens de campanha. Esta divisão só é aplicável (e sempre que tal seja
julgado necessário) nos escalões Companhia/Esquadrão e Batalhão/Grupo de Carros de
Combate/Grupo de Reconhecimento. A divisão dos trens possibilita um apoio logístico com
prontidão imediata de resposta, flexibilidade de emprego, e grande probabilidade de
sobrevivência dos meios.
Os trens de combate são constituídos de acordo com a situação táctica, com a missão, com o
terreno, com as condições meteorológicas, com os meios de transporte disponíveis e com as
considerações de espaço e tempo. Normalmente compreendem elementos de combustíveis,
óleos e lubrificantes (CombLub), munições e outros artigos de material, Equipas de Contacto e
o PS do Batalhão (mnemónica: 35MM-classeIII, classe V, médico e manutenção). A
constituição exacta depende da situação táctica e da missão. Assim numa situação defensiva em
que haja poucos movimentos de viaturas, pode haver pouca necessidade de CombLub nos trens
de combate. O esquema anterior apresenta um exemplo de organização e dispositivo dos trens
de combate do Batalhão.
Todos os meios logísticos do Batalhão que não sejam necessários na área dos trens de combate,
ficam localizados nos trens de campanha do Batalhão, os quais normalmente ocupam uma zona
na área de apoio de serviços da Brigada. Os trens de campanha do Batalhão compreendem as
restantes viaturas do CombLub e de munições, da Secção de Transportes do Pelotão de Apoio
de Serviços, os restantes elementos do Pelotão de Manutenção, o Comando0 do Pelotão de
Apoio de Serviços, a Secção de Reabastecimentos e a Secção de Alimentação. As operações
dos trens de campanha são normalmente supervisadas pelo Comandante do Pelotão de Apoio de
Serviços.
Quando o Batalhão cede uma unidade subordinada, normalmente uma parte proporcional dos
trens do Batalhão acompanha essa unidade. Como regra geral, para uma Companhia de
Atiradores, essa parte proporcional inclui os Socorristas da Companhia, a Equipa de Evacuação,
com ambulância, e a Equipa de Alimentação, com viatura.
Os trens de combate devem situar-se tão à frente quanto o possível, mas fora do alcance das
armas de tiro directo ou dos morteiros ligeiros do inimigo. Como os trens de combate estarão
normalmente, dentro do alcance da artilharia e dos morteiros pesados do inimigo, a área onde
estão localizados deve oferecer condições de cobertura de desenfiamento e de dispersão. Todas
as viaturas e todo o pessoal não essenciais devem localizar-se na área dos trens de campanha do
Batalhão. As vilas, aldeias, as fábricas e outras estruturas urbanas reúnem as melhores
condições de abrigo e cobertura e, como tal, devem ser utilizadas para instalar os trens.
A área dos trens de combate não deve ocupar o espaço necessário às Companhias da frente, e a
circulação das viaturas de reabastecimento e de manutenção não deve impedir a liberdade de
acção dos elementos de manobra e de apoio de combate.
Uma boa localização dos trens de combate deve ter:
Raramente se encontrará um local que reuna todas estas características, por isso deve-se dar
prioridade àquelas características que se revelam de maior importância para a missão e para a
situação táctica. Devem evitar-se as áreas onde um acidente de terreno, como por exemplo um
rio não navegável, possa constituir uma barreira quer às operações de reabastecimento quer às
operações de evacuação.
Durante operações aerotransportadas e aeromóveis, os elementos dos trens de combate podem ficar
na base de operações. São empregues aeronaves para o reabastecimento e para evacuação sanitária.
Este processo permite:
O apoio a prestar a partir de uma base distante, neste tipo de operações, depende:
• Da disponibilidade de aeronaves.
• Da incapacidade de o inimigo desarticular as actividades de reabastecimento.
• Da existência de condições meteorológicas favoráveis.
O OfLog do Batalhão deve estabelecer uma estreita relação com o OfLog da Brigada e com o OfOp
do batalhão, para garantir um adequado apoio logístico, de acordo com as necessidades, na conduta
destas operações.
Para ser uma força combatente eficaz, o Batalhão precisa de dispor de apoio administrativo. Tem de
ter pessoal para operar as armas e equipamento, com moral elevada e constituir uma força
disciplinada.
O OfPess trabalha normalmente junto do OfLog, nos trens de combate do Batalhão. A sua
localização junto do OfLog facilita a coordenação e a obtenção do maior rendimento possível dos
limitados recursos em pessoal e em meios de transmissões.
O OfPess desloca-se constantemente. As suas atribuições repartem-se pelo PC, pelo PS, pela Secção
de Pessoal e por outros locais onde se desenvolvam actividades que ele tenha de supervisar ou de
coordenar. Poderá ter de se deslocar juntamente com o 2º Comandante ou com o OfLog, face aos
escassos meios de transporte.
O Local de Reunião de Transmissões (LrnTransv), o Local de Reunião de Prisioneiros de Guerra
(LRnPG) e o PS do Batalhão, situam-se normalmente nos trens de com bate do Batalhão. Em
consequência da falta de meios de segurança nas operações aeromóveis ou aerotransportadas, a
Secção de Pessoal funciona normalmente nos trens de unidade, situados na base/cabeça de ponte
aérea da Brigada. Neste caso, o LrnTransv e o LRnPG situar-se-ão junto do PC do Batalhão. Se o
Batalhão estiver a actuar numa área relativamente segura, com boa rede de estradas, as unidades de
apoio de serviços podem ser organizadas em trens de combate e trens de campanha, como acontece
nas operações terrestres normais. Todavia, havendo disponibilidade de helicópteros, raramente
existirá uma base de Batalhão separada da base/cabeça de ponte aérea de Brigada.
Para poder executar as suas atribuições de apoio administrativo, o OfPess tem de analisar os
elementos fornecidos pelos Mapas Diários da Força (MDF), mensagens de efectivos, Relatórios
Periódicos de Pessoal (SITPES), relatórios de baixas e relatórios de exposição à radiação, para
determinar as necessidades do Batalhão em recompletamentos. Os dados recolhidos destes
documentos são consolidados e apresentados, diariamente, ao Comandante de Batalhão, sob a forma
verbal ou em quadro ou em gráfico e enviados à Divisão.
Os relatórios dos efectivos em contacto têm como finalidade fornecer ao comando os efectivos
em contacto e não contacto da sua unidade. É elaborado unicamente pelas Subunidades em
contacto e destina-se a determinar o efectivo disponível, o que exclui o pessoal presente que por
diversos motivos não está pronto para o serviço.
O Batalhão elabora o MDF para actualizar os elementos de efectivos a incluir nas mensagens de
efectivos. O MDF é enviado ao escalão superior apenas no primeiro dia e nas situações de
cedência ou de reforço. Nos dias seguintes, o envio dos elementos constantes do MDF é feito
através da mensagem de efectivos. As unidades que o Batalhão cede não figuram no MDF.
A mensagem de efectivos do Batalhão serve para informar os Comandantes tácticos dos escalões
superiores, de forma rápida e fácil, acerca do efectivo do Batalhão, e serve de base para o
planeamento operacional, de pessoal e logístico. A mensagem de efectivos inclui todas as
categorias de perdas e ganhos de pessoal no período de 24 horas considerado. Quer para o MDF
quer para a mensagem de efectivos, as unidades são designadas por números de linha, indicados
pelo escalão superior.
O SITPES é elaborado, quando for determinado, a fim de permitir ao Comandante e aos Oficiais
de EM interessados numa recapitulação periódica dos factos relativos a todas as actividades de
pessoal no Batalhão. Ao comparar tais factos com os referidos em relatórios anteriores, quer o
Comandante quer o EM podem detectar as actividades que exijam mais atenção.
0922. RECOMPLETAMENTOS
O EM do Batalhão providencia para que a unidade receba, com oportunidade, o quantitativo e o tipo
adequados, de recompletamentos. A exactidão dos relatórios de efectivos das Companhias é
conferida com as perdas transmitidas através dos canais operacionais. A coordenação entre o
Comandante e o OfOp permite a definição de prioridades que são comunicadas ao Ajudante Geral
(AG) da Divisão, de tal maneira que os recompletamentos possam ser distribuídos directamente às
Companhias. As faltas críticas de pessoal são comunicadas ao Comandante de Batalhão.
Quando o OfPess é informado de que há recompletamentos para receber, ele coordena com:
• Licenças e dispensas
• Informação do comando
• Serviço postal
• Actividades religiosas
• Serviços comerciais
• Serviço de finanças
• Assistência jurídica
• Actividades de bem-estar
O OfPess deve providenciar para que estes serviços de pessoal decorra com eficiência e
imparcialidade.
0924. MANUTENÇÃO DA DISCIPLINA, LEI E ORDEM
Os objectivos principais nesta área são os de contribuir para a eficiência da unidade pelo combate
pela preservação do respeito pela Autoridade, pelo cumprimento das leis e regulamentos, pela
eliminação das condições propícias a quedas de disciplina e de minimizar as perdas de pessoal, por
motivos de ordem criminal ou disciplinar, bem como o número de transviados. O OfPess mantêm o
Comandante informado acerca de todos os assuntos que afectem o estado disciplinar e propõe
medidas tendentes a manter, ou a melhorar, o grau de disciplina no Batalhão. Ele auxilia o
Comandante na manutenção da disciplina, ao supervisar as actividades da lei e ordem, como sejam o
controlo e encaminhamento de transviados e a administração da Justiça Militar do Batalhão. Ele deve
ser conhecedor de todos os factores que possam afectar o estado disciplinar, detectando os inícios de
quebras de disciplina, tais como:
O controlo de transviados é uma atribuição primária da Polícia do Exército (PE), mas constitui
também uma responsabilidade de todos os Oficiais e Sargentos. Os postos de controlo de transviados
são frequentemente estabelecidos pela Brigada. Normalmente estes postos não são estabelecidos ao
nível de Batalhão, porque a guarda de serviço interno, quando a unidade se encontra em bivaque, tem
finalidade semelhante. O Batalhão monta LrnTransv à retaguarda das Companhias empenhadas,
normalmente na área de trens de combate. Estes locais são supervisados pelo OfPess e/ou pelo Chefe
de aquartelamento. Os transviados são reenviados às suas unidades ou evacuados para a retaguarda
pela PE, ou se estiverem indisponíveis, através dos canais de evacuação sanitária. Os LrnTransv,
durante as operações aerotransportadas ou aeromóveis, terão de ser montadas nas proximidades do
PC do Batalhão. Na maior parte dos casos, os transviados são integrados no Batalhão, até que
possam recolher às unidades a que pertencem.