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PELOTÃO ESECÇÃO DEATIRADORES

Esta publicação resultou da necessidade de apoiar os


cursos ministrados na Escola Prática de Infantaria, em
matéria de Táctica e Operações de Infantaria ao nível de
Secção e Pelotão de Atiradores.

Tem como referência o Manual de Pelotão e Secção de


Atiradores da EPI (doutrina), constituindo-se como uma
possível resolução de situações operacionais.

É resultado da experiência dos instrutores de táctica


do Tirocínio para Oficiais (TPO), Curso de Formação de
Sargentos (CFS) e ensinamentos colhidos nos Estados Unidos
da América durante a frequência do IOBC e IOAC.

Está dividida em três capítulos:

I - Táctica de Secção

II - Táctica de Pelotão

III - Táctica de Pelotão (Anexos)

Espera-se, que a publicação assim apresentada facilite


o estudo aos instruendos, por forma a tirar o máximo
rendimento dos meios postos à sua disposição.

O COMANDANTE,

LUIS FERNANDO DA FONSECA


SOBRAL
Cor Inf
TRABALHO ELABORADO POR:

- Estudo Técnico:

. Capitão Inf JORGE MANUEL BARREIRO SARAMAGO


. Tenente Inf SERGIO AUGUSTO VALENTE MARQUES
. Tenente Inf SEBASTIÃO JOAQUIM REBOUTA
MACEDO
. Tenente Inf MANUEL ANTÓNIO RODRIGUES
GALHANAS
. Tenente Inf JOSÉ CARLOS LOURENÇO MARTINS

- Desenhos e Esboços:

. Tenente Inf FRANCISCO JOSÉ FERREIRA DUARTE

- Edição Electrónica:

. 2ºSargento RC RUI MANUEL MARTINS FERNANDES

- Introdução de Texto:

. 3ºOficial MARCOLINO GOMES


Mafra, Julho de 1993

PELOTÃO ESECÇÃO DEATIRADORES


CAPÍTULO I

TÁCTICA DE SECÇÃO
CAPÍTULO II

TÁCTICA DE PELOTÃO
CA PÍ TULO I I I

TÁCTICA DE PELOTÃO
( ANEXOS)
ESCOLA PRÁTICA
DEINFANTARIA
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

A infantaria ligeira é usada para combater forças ligeiras do


inimigo em qualquer tipo de terreno sob quaisquer condições
de clima e meteorológicas.

Conquista, mantém ou controla o terreno pela ocupação física


e/ou pelo emprego dos seus fogos.

Quando combate forças mecanizadas, assumindo que não é


reforçada, a infantaria ligeira, deve ser empregue em terreno
que dê ênfase às suas capacidades únicas. Move-se em formações
pequenas e pouco referenciaveis, o que lhe permite tirar
partido dos eixos de aproximação cobertos e dos mais pequenos
acidentes de terreno.

O seu treino e tácticas assentam no combate próximo, terreno


restritivo (florestas, selvas, montanhas e áreas urbanas),
devendo evitar ser detectada pelo inimigo, aproveitando
inteligentemente os cobertos e abrigos e adoptando medidas de
dissimulação, dispressão e de segurança, incluindo a das
comunicações.

Esta publicação foca as tácticas e técnicas basicamente usadas


pelo infante de uma unidade de infantaria ligeira. Foi
concebido para garantir a inovação. É uma aplicação agressiva
dos princípios doutrinários, não para ser usado como a
“solução do livro” para toda a situação táctica.
O treino das tarefas críticas garante a base para as acções
do pelotão/secção.

Elas são extremamente importantes para os comandantes de pelo-


tão/secção, uma vez que focam acções chave que ocorrem normal-
mente durante as operações e pelo treino se tornam um proce-
dimento automatizado.

As soluções apresentadas são uma referência, não devendo ser


consideradas únicas.

1. OBJECTIVO

O objectivo principal do tipo de instrução a ministrar no bloco


da táctica é instruir o futuro líder de pequenas unidades de
infantaria (pelotão/secção) no desempenho de tarefas que são
críticas para a sobrevivência em combate.
INTRODUÇÃO / Pag. 2

2. GENERALIDADES

a. Natureza das tarefas críticas:

(1) Existe um grande conjunto de actividades que podem ser


consideradas tarefas a desempenhar por pequenas
unidades no campo de batalha. Concentrando-nos na
realidade operacional, podemos, desse grande conjunto,
seleccionar algumas tarefas colectivas que, pela
frequência com que a pelotão/secção é solicitado a
desempenhá-las em combate, são consideradas críticas
e podem ser organizadas por grupos consoante a área da
táctica a que se referem.

(2) Essas tarefas são caracterizadas pelo seguinte:

(a) São tarefas coletivas críticas.

(b) Constituem suporte ao desempenho de missões


tácticas.

(c) São constituídas por acções normalizadas que são


iniciadas por uma solicitação inicial e complemen-
tadas, quando necessário, por ordens de comando
concisas e rápidas.

(d) Integram tarefas individuais e colectivas numa


forma de treino por repetição.

(e) Exigem reacção rápida e espontânea com poucas ou


nenhumas ordens de comando.

(f) Podem ser treinadas separadamente e/ou encadeadas


entre si para o desempenho de uma missão, inserida
numa determinada situação táctica.

(g) Reforçam a proficiência individual e a eficiência


colectiva e preparam as unidades para missões
tácticas mais complexas.

b. Importância do treino das tarefas críticas:

(1) As tarefas críticas, como ferramentas de treino,


reforçam os seguintes princípios básicos da instrução:

(a) Baseados na missão da unidade e objectivos


específicos, condições e níveis.

(b) São táctica e tecnicamente estruturadas.

(c) Evoluem do simples, para o complexo e concentram-


se primeiramente no que é básico.

(d) Treinam de uma forma realística, a forma como a


unidade combaterá.

(e) Permite a crítica contrutiva entre os instruendos


e instrutor/instruendos.

(f) Desenvolve a capacidade de comando e de trabalho


INTRODUÇÃO / Pag. 3

em equipa.
(2) Adicionalmente e na sua essência, as tarefas são
críticas pelas seguintes razões:
(a) Aumentam as probalidades de sobrevivência indivi-
dual/colectiva no campo de batalha.
(b) Reduzem o tempo de reacção, aumentam a velocidade
de execução e tipificam as acções de combate em
situações críticas.
(c) Asseguram que os soldados optimizam o desempenho
das tarefas individuais e que saibam o que fazer na
ausência de ordens.
(d) Favorecem o espírito de disciplina e o nível ope-
racional durante situações-chave no campo de
batalha.
(e)Desenvolvem o espírito de corpo e a coesão sob
condições de stress.
c. Treino das tarefas críticas:
As tarefas críticas são treinadas por fases:
(1) Explicação/Demonstração:
O instrutor (comandante de pelotão/secção) explica a
tarefa passo-por-passo, descrevendo o que cada indi-
viduo/equipa deve fazer.
(2) Prática:
A unidade executa a tarefa crítica passo-por-passo, por
forma a que todos compreendam o que têm que fazer
(3) Execução:
A unidade executa automática e rapidamente a tarefa
desde que fornecida a solicitação inicial
d. Encadeamento das tarefas críticas na realização de exercí-
cios. O passo final no processo sequencial de treino das
tarefas críticas, é:
(1) Encadear as julgadas necessárias para a execução de um
exercício.
(2) Deduzir da missão que for dada às tarefas críticas que
a compõem.
(3) Executá-las na sequência lógica.
Esta será pois, a filosofia de treino a seguir na instrução
de táctica.

3. INSTRUÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DESTA PUBLICAÇÃO

a. Todos os utentes desta publicação podem e devem colaborar


no seu melhoramento. Com essa finalidade, solicita-se o
envio à Direcção de Instrução da EPI, das críticas,
propostas de alteração ou aumento, visando a sua permanente
INTRODUÇÃO / Pag. 4

actualização e melhoria. Devem para isso, enviar os


comentários acompa-nhados de justificação e indicação da
tarefa crítica em causa.
b. As fichas em que esta publicação está organizada:
(1) São individualizadas para cada tarefa crítica.
(2) Podem ser utilizadas como listas de verificação na
execução das tarefas críticas.
(3) Podem ser separadas e reagrupadas para utilização
personalizada em cursos ou missões específicas.
(4) Permite o aumento do número de tarefas críticas por
proposta das unidades utilizadoras à Direcção de
Instrução da EPI.
(5) Agrupam-se em três grandes Capítulos:
Capítulo I - Táctica de secção
Capítulo II - Táctica de pelotão
Capítulo III - Anexos de táctica de pelotão
c. Verificar a operacionalidade de um pelotão ou secção de
atiradores.
(1) A executar:
(a) Quando tomar posse, para verificar o nível de conhe-
cimentos e proficiência do seu novo pelotão/secção.
(b) Periodicamente, para verificação e correcção do
nível da instrução colectiva.
(c) Na preparação de um exercício ou missão.
(2) Objectivo:
(a) Como avaliador exterior ao pelotão, quantificar o
seu grau de operacionalidade.
(b) Como comandante de pelotão ou companhia, detectar
as tarefas críticas que necessitam de ser treinadas
e elaborar horários para a instrução colectiva
(ICOL).
(3) Esta verificação é executada no campo, através da
obser-vação das secções ou pelotão na execução das
tarefas críticas.
(4) Utilização do impresso de verificação (figura da página
seguinte):
(a)A escolha das tarefas críticas a avaliar, é depen-
dente:
1. Programa existente para a ICOL.
2. Tarefas necessárias ao cumprimento de uma missão
atribuida.
3. Indicações do comandante sobre tarefas obri-
INTRODUÇÃO / Pag. 5

gatórias a desempenhar num exercício ou missão.


4. Tarefas críticas em que se tenha detectado
deficiente execução.
(b) Após a escolha das tarefas críticas a avaliar,
numerá-las, escrever o seu nome e estabelecer

TAREFA 1 2 3 Cmd Pel Prioridade OBSEVAÇÕES

Sec
FOGO
CSec
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SP/CP
M OVIM ENTO
Pel
Sec P P P
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6 U
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SP/CP T
T
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prioridades entre elas.


(c) Preencher no impresso, as quadrículas sombreadas
INTRODUÇÃO / Pag. 6

na tarefa nº 1 - Executar fogo e movimento.


Preencher com as letras:

N - Não treinada P - Precisa prática T - Tre-


inada

O preenchimento das quadrículas da coluna do


pelotão, são o resultado da análise do desempenho
das secções e dos comandantes (incluindo o
comandante e sargento de pelotão). Apresentam-se no
impresso preenchido, exemplos de conclusões sobre
avaliação do pelotão em várias tarefas críticas.

(d) Da análise feita, extraem-se as tarefas críticas


de secção e pelotão que precisam de ser treinadas.

(e) Inserir na coluna das observações:

1. Problemas verificados durante a execução.

2. Tarefas críticas individuais com desempenho


defi-ciente. Esta observação servirá para lançar
em ho-rário essas tarefas críticas individuais
(que po-dem, normalmente, ser encontradas no MC-
110-10).

(f) No final da avaliação, redefinir as prioridades das


tarefas críticas para a execução de revisões e
treino.

(g) Esta publicação foi elaborada com base nas


publicações referidas em cada ficha no parágrafo
"2. REFERÊNCIAS" e nos dados acumulados nesta
Direcção de Instrução pelos sucessivos tirocínios
para oficial e cursos de formação de sargentos.
ESCOLA PRÁTICA
DEINFANTARIA
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO INDÍCE

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I - TÁCTICA DE SECÇÃO

Introdução 1

01 - Comandar uma secção de atiradores num reconheci- 5


mento de área.

02 - Comandar uma secção de atiradores no planeamento 13


e montagem de postos de observação/postos de
escuta (PO/PE).

03 - Comandar uma secção de atiradores no planeamento 19


e execução de uma patrulha de segurança.

04 - Comandar uma secção de atiradores na aquisição de 25


objectivos e distribuição de fogos dentro do seu
sector.

05 - Comandar uma secção de atiradores no assalto a uma 31


casa-mata.

06 - Comandar uma secção de atiradores na travessia de 35


uma área perigosa linear.

07 - Comandar uma secção de atiradores na montagem de 43


emboscada anti-carro.

CAPÍTULO II - TÁCTICA DE PELOTÃO

Introdução 1

01 - Comandar um pelotão de atiradores na ocupação de 5


uma zona de reunião.

02 - Comandar um pelotão de atiradores na preparação 9


para combate.

03 - Comandar um pelotão de atiradores em contacto 11


improvável.

04 - Comandar um pelotão de atiradores em contacto 15


provável.

05 - Comandar um pelotão de atiradores em contacto 19


iminente.
INDÍCE / Pag. 2

06 - Comandar um pelotão de atiradores numa passagem 23


de linha.

07 - Comandar um pelotão de atiradores na travessia de 27


uma área perigosa aberta.

08 - Comandar um pelotão de atiradores na reacção a 29


fogos indirectos.

09 - Comandar um pelotão de atiradores na reacção a um 31


ataque aéreo.

10 - Comandar um pelotão de atiradores na reacção a um 35


ataque nuclear.

11 - Comandar um pelotão de atiradores na reacção a um 39


ataque quimico.

12 - Comandar um pelotão de atiradores na reacção a 41


atiradores especiais.

13 - Comandar um pelotão de atiradores na reacção a uma 43


emboscadas.

14 - Comandar um pelotão de atiradores na reacção ao 47


contacto.

15 - Comandar um pelotão de atiradores na condução de 49


fogo e movimento.

16 - Comandar um pelotão de atiradores numa rotura de 53


contacto.

17 - Comandar um pelotão de atiradores na limpeza de 55


uma trincheira.

18 - Comandar um pelotão de atiradores durante a 61


consolidação e reorganização.

19 - Comandar um pelotão de atiradores no estabeleci- 65


mento de uma posição defensiva imediata.

20 - Comandar um pelotão de atiradores na ocupação, 67


preparação e defesa de uma posição de combate.

21 - Comandar um pelotão de atiradores na execução de 79


uma rendição.

22 - Comandar um pelotão de atiradores na montagem de 83


um pequenos altos e grandes altos.

23 - Comandar um pelotão de atiradores no ataque a um 87


edifício.

24 - Comandar um pelotão de atiradores na prepação de 91


um edifício para a defesa.

25 - Comandar um pelotão de atiradores na execução de 97


uma emboscada anti-pessoal.
INDÍCE / Pag. 3

26 - Comandar um pelotão de atiradores numa emboscada 107


imediata.

27 - Comandar um pelotão de atiradores numa rotura de 109


combate sem pressão do inimigo.

28 - Comandar um pelotão de atiradores numa rotura de 113


combate sob pressão do inimigo.

29 - Comandar um pelotão de atiradores na abertura de 117


uma brecha num campo de minas.

30 - Comandar um pelotão de atiradores no lançamento 121


de um campo de minas de protecção imediata.

CAPÍTULO III - TÁCTICA DE PELOTÃO (ANEXOS)

Introdução 1

01 - Organizar um pelotão de atiradores. 3

02 - Enunciar as missões individuais dos elemento da 7


orgânica do pelotão de atiradores.

03 - Organizar um pelotão de atiradores desfalcado. 11

04 - Descriminar a sequências das acções de comando. 13

05 - Construir uma caixa de areia. 17

06 - Elaborar e dar uma ordem preparatória. 19

07 - Elaborar e dar uma ordem de operações. 21

08 - Elaborar o esboço de uma posição defensiva de um 27


pelotão de atiradores.

09 - Elaborar um esboço de sensores remotos "Classic" 33


RGS2470.

10 - Elaborar o esboço de uma posição defensiva de uma 39


secção de atiradores.

11 - Elaborar o esboço de uma posição defensiva de uma 45


secção de atiradores numa área edificada.

12 - Elaborar um plano de contigências. 51

13 - Executar um reconhecimento de comandantes. 53

14 - Caracteristicas do armamento orgânico do pelotão 55


e de reforço ou apoio.

15 - Elaborar um relatório de situação (SITREP). 59

16 - Elaborar um relatório NBQ1 nuclear inicial e 61


subsequente.
INDÍCE / Pag. 4

17 - Elaborar um plano de defesa do comandante de 63


pelotão.

18 - Empregar o alarme automático para agentes quími- 69


cos.
71
19 - Executar sinais de combate.
75
20 - Elaborar um plano de segurança e repouso.
79
21 - Comunicar com aéronaves utilizando o código de
emergência terra - ar.
83
22 - Elaborar um relatório imediato (RELIM).
85
23 - Elaborar um pedido inicial de tiro (PIT).
89
24 - Planear e conduzir uma tomada de posse do pelotão.
93
25 - Manusear prisioneiros de guerra, equipamento e
documentos capturados.
103
26 - Comandar um pelotão de atiradores numa operações
de junção.
107
27 - Comandar um pelotão de atiradores num deslocamento
administrativo.
111
28 - Elaboração e esposição de um giro do horizonte.
115
29 - Construir e camuflar o espaldão da metralhadora
ligeira HK-21.
119
30 - Elaborar uma carta de tiro para metralhadora
ligeira HK-21.
127
31 - Conduzir uma revisão após a acção (RAA).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DEINFANTARIA
CAPÍTULO:
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

O soldado de infantaria é o expoente de mais poderosa arma do


moderno campo de batalha.

O infante é único; não no que faz, mas como faz. Treina para
combater não como um indivíduo, mas como uma equipa para
atingir o cumprimento da missão.

O estilo do comandante e a sua experiência conjuntamente com


a análise do MITM-T determinará como a doutrina é aplicada à
situação de combate.

Este capítulo fornece ao comandante de pelotão/secção os


princípios fundamentais e as acções essenciais para o sucesso
em combate.

Discussões das técnicas que podem ser usadas na maioria das


situações de combate são analisadas nesta publicação.

Este capítulo foi concebido para garantir a inovação. É uma


apli-cação agressiva dos princípios doutrinários, não para
ser usado como a “solução do livro” para toda a situação
táctica.
O treino das tarefas críticas garante a base para as acções
do pelotão/secção.

Elas são extremamente importantes para os comandantes de pelo-


tão/secção, uma vez que focam acções chave que ocorrem normal-
mente durante as operações e pelo treino se tornam um proce-
dimento automatizado.

As soluções apresentadas não devem ser consideradas únicas


devendo ser consideradas como uma referência.

1. TREINO DAS TAREFAS CRÍTICAS

As tarefas críticas são treinadas em três fases:

a. Explicação/Demonstração:

O instrutor/comandante de pelotão, explica a tarefa passo-


-por-passo, descrevendo o que cada indivíduo/equipa deve
fazer. Executa também as seguintes tarefas:

(1) Estabelece os objectivos intermédios e respectivos


níveis de que se compõe a tarefa crítica.

(2) Estabelece claramente, o objectivo da tarefa crítica,


ta-refas individuais a desempenhar e o contexto
operacional em que é executada.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 2

(3) Identifica as solicitações iniciais e/ou ordens de


execu-ção para as acções-chave da tarefa crítica.

(4) Demonstra as tarefas, se apropriado, conduzindo uma ex-


plicação passo-por-passo de toda a tarefa crítica.

(5) Responde a questões.

b. Prática:

A unidade executa a tarefa crítica passo-por-passo, por


forma a que todos compreendam o que tem a fazer. O instrutor/
co-mandante de pelotão executa as seguintes tarefas:

(1) Assiste e critica cada passo da execução.

(2) Para a execução, quando necessário, corrige e continua


a execução da tarefa.

(3) Repete a execução da tarefa até que a unidade atinja


os níveis sem a sua interferência.

c. Execução:

A unidade executa automática e rapidamente a tarefa crítica


desde que dada a ordem.

(1) A tarefa crítica e executada sob várias condições de


di-ficuldade e realismo.

(2) Forças inimigas e sistemas de simulação de combate são


incorporados por forma a realçar o realismo da situação
e dos resultados.

2. ORGANIZAÇÃO DA INSTRUÇÃO

a. Para este capítulo foram seleccionadas as seguintes tarefas


críticas:

(1) Comandar um pelotão de atiradores na ocupação de uma


zona de reunião.

(2) Comandar um pelotão de atiradores na preparação para


combate.

(3) Comandar um pelotão de atiradores em contacto


improvável.

(4) Comandar um pelotão de atiradores em contacto provável.

(5) Comandar um pelotão de atiradores em contacto iminente.

(6) Comandar um pelotão de atiradores numa passagem de


linha.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 3

(7) Comandar um pelotão de atiradores na travessia de uma


área perigosa aberta.

(8) Comandar um pelotão de atiradores na reacção a fogos


indirectos.

(9) Comandar um pelotão de atiradores na reacção a um


ataque aéreo.

(10) Comandar um pelotão de atiradores na reacção a um


ataque nuclear.

(11) Comandar um pelotão de atiradores na reacção a um


ataque quimico.

(12) Comandar um pelotão de atiradores na reacção a


atiradores especiais.

(13) Comandar um pelotão de atiradores na reacção a uma


emboscadas.

(14) Comandar um pelotão de atiradores na reacção ao


contacto.

(15) Comandar um pelotão de atiradores na condução de


fogo e movimento.

(16) Comandar um pelotão de atiradores numa rotura de


contacto.

(17) Comandar um pelotão de atiradores na limpeza de uma


trincheira.

(18) Comandar um pelotão de atiradores durante a


consolidação e reorganização.

(19) Comandar um pelotão de atiradores no estabelecimento


de uma posição defensiva imediata.

(20) Comandar um pelotão de atiradores na ocupação,


preparação e defesa de uma posição de combate.

(21) Comandar um pelotão de atiradores na execução de uma


rendição.

(22) Comandar um pelotão de atiradores na montagem de um


pequenos altos e grandes altos.

(23) Comandar um pelotão de atiradores no ataque a um


edifício.

(24) Comandar um pelotão de atiradores na prepação de um


edifício para a defesa.

(25) Comandar um pelotão de atiradores na execução de uma


emboscada anti-pessoal.

(26) Comandar um pelotão de atiradores numa emboscada


imediata.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 4

(27) Comandar um pelotão de atiradores numa rotura de


combate sem pressão do inimigo.

(28) Comandar um pelotão de atiradores numa rotura de


combate sob pressão do inimigo.

(29) Comandar um pelotão de atiradores na abertura de uma


brecha num campo de minas.

(30) Comandar um pelotão de atiradores no lançamento de


um campo de minas de protecção imediata.
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 01

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na ocupação de uma zona de reunião.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Ordem para ocupar uma zona de reunião.

c. NÍVEL:
(1) Fazer o reconhecimento de zona.
(2) Guiar o pelotão até à zona de reunião.
(3) Atribuir sectores a cada secção.
(4) Designar postos de observação.
(5) Estabelecer prioridades de trabalho.
(6) Coordenar com unidades adjacentes.
(7) Elaborar dois esboços de pelotão.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Montar um pequeno alto a cerca de 400 metros da provável


zona de reunião.

b. Executar o reconhecimento da zona de reunião (reconhecimento


de comandantes).
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 6

c. Analisar as características de uma zona de reunião:

- Fácil defesa
- Cobertura
- Espaço suficiente para dispersão
- Bons itinerários para a frente
- Segurança contra ataques aéreos e terrestres

d. O sargento de pelotão conduz o pelotão para a zona de reunião


guiado pelo comandante de secção vindo do reconhecimento
de comandantes.

e. Indicar a cada comandante de secção a posição e o sector


da sua secção.

f. Designar PO’s e tipo de ligação que estes terão com o posto


de comando do pelotão (preferência TPF).

g. Estabelecer prioridades de trabalho:

(1) Posicionar armas colectivas.

(2) Posicionar os elementos do pelotão.

(3) Estabelecer redes telefónicas das secções para o posto


de comando do pelotão (silêncio rádio imperativo).

(4) Limpar os campos de tiro.

(5) Construir posições defensivas imediatas individuais e


armas colectivas.

(6) Preparar as cartas de tiro.

(7) Posicionar alarme de agentes químicos.

(8) Posicionar os sensores remotos.


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 7

(9) Camuflar as posições.

(10) Distribuir munições e equipamento especial.

(11) Fazer a higiene pessoal.

(12) Planear a próxima missão.

(13) Treinar as tarefas críticas relacionadas com a futura


missão.

(14) Fazer a manutenção de armas e equipamento.

(15) Inspeccionar pessoal e equipamento do pelotão.

(16) Testar armas se a situação táctica o permitir.

(17) Preparar as armas com dispositivos de visão nocturna


(especialmente armas colectivas).

(18) Elaborar plano de retirada.

(19) Elaborar plano de segurança/repouso e alimentação.

(20) Completar as prioridades de trabalho à medida que o


tempo o permita.

h. Efectuar coordenações com as unidades adjacentes.

i. Elaborar dois esboços do pelotão (um para o comandante de


companhia e outro para si).

NOTA: Salvaguardando as tarefas prioritárias de zona de


reunião descritas nas alineas anteriores, a sua
preparação é semelhante à de uma posição de combate. Uma
zona de reunião levará muito mais tempo a chegar a um
nível de preparação idêntico ao de uma posição de
combate.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 02

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na preparação para combate.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo, em zona de reunião.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma ordem para executar uma missão.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes itens:

(1) Dar a ordem preparatória e ordem de operações.


(2) Obter os reabastecimentos necessários.
(3) Garantir a preparação de pessoal e material para
a acção.
(4) Verificar se o pelotão está pronto para iniciar a
missão.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO:

a. Face à ordem do escalão superior, dar a ordem preparatória


aos comandantes de secção e sargento de pelotão (Anexo 6).

b. Mandar verificar o equipamento e armamento orgânico


atribuído ao pelotão. Verificar após a ordem de operações,
para se assegurar que o mesmo está operacional.

c. Verificar em especial os meios de transmissões:

- Canais.
- Codoper.
- O estado dos meios de transmis-
sões.
- Os sinais luminosos ou sonoros de
emergência ou específicos.

d. Supervisar o
reabasteci-
mento das vá-
rias classes
de abasteci-
mentos, em especial:

- Munições.
- Alimentação.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 9

- Água.
- Equipamento de primeiros socor-
ros.
e. Supervisar a manutenção e verificar
as armas distribuídas, aparelhos
de visão nocturna, equipamento NBQ
e outro equipamento especial na
posse das secções.

f. Dar a ordem de operações.

g. As secções treinam as tarefas


críticas (colectivas ou individ-
uais) que se irão aplicar no
cumprimento da missão, de acordo
com o tempo disponível.

h. Comandar o treino das tarefas críticas do pelotão (após


final do treino das secções.

i. As secções executam a camuflagem individual e comparecem


à ordem de operações de secção, já equipadas e armadas para

combate.

j. Os comandantes de secção dão as ordens de operações.

k. Inspeccionar para verificar se os homens e o equipamento


estão prontos para o combate.

l. Assegurar, através de perguntas, o conhecimento dos homens


acerca da missão e das suas tarefas específicas.

m. Introduzir, em simultâneo e à ordem, munição na câmara.

n. Iniciar a acção à hora designada.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 03

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores em contacto improvável.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Numa situação de contacto improvável.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes itens:

(1) Manter a ligação.


(2)Manter velocidade adequada à probabilidade de
contacto.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Tarefas individuais dos elementos do pelotão:

(a) Manter contacto visual e manter entre si um


intervalo de 10 metros (distância pode variar,
consoante o terreno e a visibilidade).

(b) Manter a disciplina de ruídos ao longo de todo o


deslocamento.

(c) Observar o sector que lhe for atribuído.

(d) Imitar os respectivos comandantes (técnica de imi-


tação).

(e) Transmitir todos os sinais que virem fazer.

(f)Os comandantes posicionam-se onde melhor possam


con-trolar o deslocamento.

(g) Os comandantes, posicionam as armas chave onde


melhor as possam controlar (normalmente perto de
si).

(2) Tarefas do comandante de pelotão:

(a) Designar a formação inicial a adoptar baseada no


ter-reno e na situação. Quando o pelotão se deslocar
integrado na companhia, o comandante de companhia
pode determinar qual a técnica de movimento a
utilizar pelo pelotão.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 11

(b) Mudar a técnica de movimento, com base no terreno


e na situação do inimigo.

(c) Usar sinais de combate e a técnica de imitação para


controlar o deslocamento do pelotão, até se
estabelecer o contacto com o inimigo.

(d) Utilizar o rádio, a voz, apitos, sinais luminosos,


visuais, etc.

(e) Designar uma secção-base pela qual se guiam as


outras secções.

(f) Com base na situação do inimigo empregar uma das


seguintes técnicas de movimento:

Progressão contínua contacto improvável

Progressão sobreapoiada contacto provável

Lanços com sobreapoio contacto iminente.

(g) Nas técnicas de deslocamento, descrevemos a


formação do pelotão "em coluna" por ser aquela que
garante mais fácil controlo e maior velocidade no
deslocamento.

b. Progressão contínua (contacto improvável):

(1) A distância entre esquadras é de 20 metros.

(2) A distância entre a secção flecha e o comando do pelotão


é de 20 metros.

(3) O pelotão desloca-se em coluna, com as secções em coluna


e as esquadras em cunha.

(4) Comandante de pelotão desloca-se normalmente entre a


primeira e a segunda secção, leva consigo o observador
avançado dos morteiros médios mais o radiotelefonista,
o radio-telefonista do pelotão e uma esquadra de metra-
lhadora ligeira.

(5) O sargento de pelotão desloca-se à frente da secção da


cauda para auxiliar o controlo das secções da
retaguarda. Leva consigo o socorrista (eventualmente)
e uma esquadra de metralhadora ligeira.

(6) Os homens levam a arma cruzada no braço. Munição intro-


duzida na câmara, arma em segurança e a alça na posição
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 12

LEGENDA

"2" durante o dia e na posição "1" durante a noite.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 04

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores em contacto provável.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Numa situação de contacto provável.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes itens:

(1) Manter a ligação.


(2)Manter velocidade adequada à probabilidade de
contacto.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Tarefas individuais dos elementos do pelotão:

(a) Manter contacto visual e manter entre si um


intervalo de 10 metros (distância pode variar,
consoante o terreno e a visibilidade).

(b) Manter a disciplina de ruídos ao longo de todo o


deslocamento.

(c) Observar o sector que lhe for atribuído.

(d) Imitar os respectivos comandantes (técnica de imi-


tação).

(e) Transmitir todos os sinais que virem fazer.

(f)Os comandantes posicionam-se onde melhor possam


con-trolar o deslocamento.

(g) Os comandantes, posicionam as armas chave onde


melhor as possam controlar (normalmente perto de
si).

(2) Tarefas do comandante de pelotão:

(a) Designar a formação inicial a adoptar baseada no


ter-reno e na situação. Quando o pelotão se deslocar
integrado na companhia, o comandante de companhia
pode determinar qual a técnica de movimento a
utilizar pelo pelotão.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 14

(b) Mudar a técnica de movimento, com base no terreno


e na situação do inimigo.

(c) Usar sinais de combate e a técnica de imitação para


controlar o deslocamento do pelotão, até se
estabelecer o contacto com o inimigo.

(d) Utilizar o rádio, a voz, apitos, sinais luminosos,


visuais, etc.

(e) Designar uma secção-base pela qual se guiam as


outras secções.

(f) Com base na situação do inimigo empregar uma das


seguintes técnicas de movimento:

Progressão contínua contacto improvável

Progressão sobreapoiada contacto provável

Lanços com sobreapoio contacto iminente.

(g) Nas técnicas de deslocamento, descrevemos a


formação do pelotão "em coluna" por ser aquela que
garante mais fácil controlo e maior velocidade no
deslocamento.

b. Progressão sobreapoiada:

(1) A distância entre a secção flecha e o comandante de


pelotão aumenta para 50 m a 100 m.

(2) A secção flecha utiliza a técnica de progressão


sobreapoiada enquanto as restantes mantêm a progressão
contínua, à excepção da arma que fica apontada para a
frente.

(3) Na secção flecha em progressão sobreapoiada a distância


entre as duas esquadras é de 50 metros.

(4) O pelotão desloca-se em coluna, com as secções em coluna


e as esquadras em cunha.

(5) Comandante de pelotão desloca-se imediatamente à frente


da segunda secção, leva consigo o observador avançado
dos morteiros médios e radio-telefonista, o radio-
telefonista do pelotão e uma esquadra de metralhadora
ligeira.

(6) O sargento de pelotão desloca-se à frente da secção da


cauda para auxiliar o controlo das secções da
retaguarda. Leva consigo o socorrista (eventualmente)
e uma esquadra de metralhadora ligeira.

(7) Todos os elementos do pelotão testa, levam as armas


apontadas para a frente, munição introduzida na câmara,
em segurança, alça em "2" durante o dia e na posição
"1" durante a noite.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 15

LEGENDA

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 05

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores em contacto iminente.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Numa situação de contacto de iminente.

c. NÍVEL: Comandar o pelotão de forma que ao estabelecer-se


o contacto com o inimigo:

(1) Só parte do pelotão é batido pelos fogos do inimigo.


(2) O comandante de pelotão conserva e lidera a manobra.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades

(1) Tarefas individuais dos elementos do pelotão:

(a) Manter contacto visual e manter entre si um


intervalo de 10 metros (distância pode variar,
consoante o terreno e a visibilidade).

(b) Manter a disciplina de ruídos ao longo de todo o


deslocamento.

(c) Observar o sector que lhe for atribuído.

(d) Imitar os respectivos comandantes (técnica de imi-


tação).

(e) Transmitir todos os sinais que virem fazer.

(f)Os comandantes posicionam-se onde melhor possam


con-trolar o deslocamento.

(g) Os comandantes, posicionam as armas chave onde


melhor as possam controlar (normalmente perto de
si).

(2) Tarefas do comandante de pelotão:

(a) Designar a formação inicial a adoptar baseada no


ter-reno e na situação. Quando o pelotão se deslocar
integrado na companhia, o comandante de companhia
pode determinar qual a técnica de movimento a
utilizar pelo pelotão.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 17

(b) Mudar a técnica de movimento, com base no terreno


e na situação do inimigo.

(c) Usar sinais de combate e a técnica de imitação para


controlar o deslocamento do pelotão, até se
estabelecer o contacto com o inimigo.

(d) Utilizar o rádio, a voz, apitos, sinais luminosos,


visuais, etc.

(e) Designar uma secção-base pela qual se guiam as


outras secções.

(f) Com base na situação do inimigo empregar uma das


seguintes técnicas de movimento:

Progressão contínua contacto improvável

Progressão sobreapoiada contacto provável

Lanços com sobreapoio contacto iminente.

(g) Nas técnicas de deslocamento, descrevemos a


formação do pelotão "em coluna" por ser aquela que
garante mais fácil controlo e maior velocidade no
deslocamento.

b. Lanços com sobreapoio (contacto iminente):

(1) Uma secção executa o lanço com as esquadras na formação


de cunha. Pode utilizar a progressão sobreapoiada ou
lanços com sobreapoio dentro das secções, dependendo
do terreno, tempo disponível e necessidade de segurança.

(2) A extensão do lanço não deve ultrapassar os 150 metros


para além do elemento que se encontra a fazer o sobre-
apoio. De igual forma este deve ser feito de forma a
manter o contacto visual.

(3) O comandante de pelotão tem que informar o comandante


da secção que executa o lanço do seguinte:

(a) A direcção ou a localização mais provável do


inimigo.

(b) A posição do elemento que fica em sobreapoio.

(c) A sua próximo posição de sobreapoio.

(d) O itinerário por onde se vai deslocar para a nova


posição de sobreapoio.

(e) O que fazer quando chegar à nova posição de sobre-


apoio.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 18

(f) Como obter ordens posteriores.

(4) Acções da secção que executa o lanço:

(a) Utilizar itinerários cobertos e abrigados.

(b)Deslocar-se tacticamente e tão rápido quanto for


possível

(c) Utilizar itinerários por forma a não cruzar o sector


de tiro do elemento em sobreapoio

(d) Após terminar o lanço, estabelecer uma posição de


so-breapoio, para apoiar o deslocamento da secção
que vai executar o próximo lanço.

(5) Permanecer em posição de sobreapoio enquanto a outra


secção executa o lanço, e a terceira aguarda ordens.

(6) Acções da secção em sobreapoio:

(a) Ocupar uma posição que permita observar e fazer


fogo, por forma a sobreapoiar o deslocamento da
secção que executa o lanço.

(b) Orientar as suas armas para prováveis posições ini-


migas.

(c) Preparar para executar o próximo lanço.

(7) O comandante de pelotão deve ficar junto à secção em


sobreapoio e informar o comandante desta secção dos
seguintes pontos:

(a) Direcção ou a localização (mais provável) do


inimigo e atribuir sector de tiro (utilizar pontos
bem referenciáveis para dar os limites).

(b) Indicar qual é o itinerário da secção que efectua


o lanço e a posição de sobreapoio que ela vai ocupar.

(8) O comandante de pelotão posiciona as metralhadoras li-


geiras (eventualmente as armas anti-carro médias, se
atribuidas), dando-lhe uma direcção principal de tiro.
(10) Dentro dade técnica
(9) O sargento pelotão de
e oprogressão
comandantededa lanços
secção,com
que
sobreapoio, imposta
aguarda ordens, pelo escalãojunto
posicionam-se superior ou adoptadade
ao comandante
pelo comandante de pelotão, este escolhe uma das
pelotão.
técnicas operacionais - lanços sucessivos ou
alternados, de acordo com as caracteristicas que
influenciam a escolha da técnica operacional:

(a)Facilidade de controlo e segurança (maior nos


sucessivos)

(b)Velocidade de deslocamento (maior nos alternados).


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 19

LANÇOS ALTERNADOS

LANÇOS SUCESSIVOS

(c) Configuração do terreno (transversal ou longitu-


dinal à direcção de progressão). Utilizar os lanços
sucessivos na configuração transversal, devido à
impossibilidade de observar além da linha de
alturas para onde se deslocou a secção que fez o
lanço anterior).

(d) Visibilidade.

(11) Para evitar o stress que advém de ser sucessivamente


a mesma (ou mesmas) secção a executar o lanço, deve
fazer--se rotação na ordem de marcha das secções.

(12) As secções ao executar um lanço (sucessivo ou


alternado), deslocam-se em lanços de esquadra, ou em
progressão sobreapoiada.

2. REFERÊNCIAS
- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 06

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores numa passagem de linha.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- A missão de executar uma acção à frente das
linhas amigas e regressar.

c. NÍVEL:
(1) Estabelecer todas as coordenações com a unidade em
primeiro escalão.
(2) Executar a passagem de linha e reentrada de acordo
com as coordenações estabelecidas.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Passagem de linha:

(1) Durante a fase de planeamento da sua operação, o


comandante de pelotão coordena com o comandante da
unidade em 1º escalão, a passagem de linha. A
coordenação deve incluir:

(a) Numero de elementos que vão passar através das


linhas amigas.

(b) Ponto de reunião inicial (do lado das nossas


tropas).

(c) Ponto de reunião no objectivo (PRnO).

(d) Ponto de reunião final (entrada - lado inimigo).

(e) Ponto de saída.

(f) Fita do tempo que deve incluir a hora de saída e


hora prevista de entrada (não fornecer mais
informações do que as necessárias sobre a missão).

(g) Se existem patrulhas na área e localização de PO/


PE.

(h) Itinerários.

(i) Senha e contra-senha e senha de emergência.

(j) Localização do posto de comando da unidade em 1º


escalão.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 21

(k) Pontos de referência na carta.

(l) Apoio de fogos.

(m) Ponto de encontro com o guia.

(2) O comandante de pelotão leva o pelotão para a zona de


reunião avançada onde dá a sua ordem.

(3) O comandante de pelotão encontra-se no ponto de encontro


previamente definido com o guia.

(4) O guia encaminha o pelotão para o ponto de reunião


inicial.

(5) O comandante de pelotão dá o plano de contingências e


desloca-se ao posto de comando da unidade em 1º escalão
para fazer as coordenações finais e verificar se não
houve alterações em relação ao anteriormente
estabelecido. Faz-se acompanhar de uma esquadra como
elemento de segurança.

(6) Após ter efectuado as coordenações finais, o comandante


de pelotão regressa ao ponto de reunião inicial
acompanhado pelo guia e esquadra de segurança.

(7) O pelotão desloca-se com o guia para uma posição coberta


e abrigada, próxima do ponto de partida.

(8) Uma equipa de reconhecimento (constituída por uma


esquadra) acompanhada pelo guia reconhece a área do
ponto de partida.

(9) A equipa de reconhecimento monta segurança ao ponto de


partida e o guia vai buscar o pelotão para o conduzir
até ao ponto de partida.

(10) O sargento de pelotão conta os elementos à medida


que passam no ponto de partida.

(11) O guia conduz o pelotão através de obstáculos (arame


farpado, minas, etc) instalados à frente da sua
unidade.

(12) A unidade desloca-se rápida e silenciosamente para o


local onde vai efectuar um pequeno alto (para lá da área
dos fogos de protecção final da unidade que apoia a
passagem).

(13) Durante este pequeno alto, o pelotão adapta a visão e


au-dição ao ambiente do campo de batalha.

(14) Executa a missão.

b. Reentrada

(1) A unidade pára e estabelece segurança no ponto de


reunião final.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 22

(2) O comandante pelotão contacta via rádio a unidade que


apoia a entrada e comunica que o pelotão está pronto
para a entrada (ver técnicas operacionais).

(3) O comandante de pelotão dá o plano de contingências


e desloca-se com uma equipa de segurança para o ponto
de entrada.

(4) O comandante de pelotão estabelece contacto com o guia


através do reconhecimento afastado e próximo.

(5) O comandante de pelotão faz sinais para a sua unidade


se deslocar para o ponto de entrada ou regressa para
junto dela e trá-la com ele para o ponto de entrada.

(6) O sargento pelotão ou comandante de secção designado


conta e identifica cada membro do pelotão à medida que
passam no ponto de reentrada.

(7) O guia conduz a unidade através das linhas amigas.

(8) A unidade segue o guia até à zona de reunião (sargento


de pelotão comanda).

(9) O comandante de pelotão apresenta-se no posto de comando


da unidade que apoiou a passagem e comunica ao
respectivo comandante notícias com valia táctica que
tenha detectado e que se relacione com a sua área de

responsabilidade.

(10) O comandante junta-se ao seu pelotão em zona de reunião


e leva-o de regresso à sua posição.

c. Técnicas Operacionais:

(1) Comandante envia uma mensagem rádio (palavra de código


préviamente combinado) para informar a unidade que
apoia a passagem, que a sua unidade está pronta para
a reentrada.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 23

(2) Se a comunicação rádio não é possível, um homem entra


em contacto com um PO utilizando a senha e contra-senha.
O PO entra então em contacto com o comandante da unidade
amiga.

(3) Se nenhuma comunicação pode ser estabelecida e não é


encontrado nenhum PO, o comandante de pelotão leva
consigo uma pequena equipa de segurança e reconhece o
ponto de entrada.

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 07

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na travessia de uma área perigosa


aberta.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Necessidade de atravesar uma área perigosa
aber-ta.
(4) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.

c. NÍVEL: O pelotão atravessa a área perigosa aberta com segurança


e o mais rápido possível, tendo sempre um elemento em
movimento e outro em sobreapoio.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Área perigosa é toda a área de terreno onde a


probabilidade de detecção é maior e onde existe a
possibilidade de o inimigo ficar em superioridade, se
nesse local se estabelecer o contacto.

(2) As áreas perigosas devem ser evitadas ou contornadas.

(3) Considerar uma área perigosa aberta, quando tem uma ex-
tensão superior à do alcance prático das armas ligeiras
inimigas.

b. Actuação

(1) Quando o comandante da esquadra da frente (da secção


flecha) encontrar uma área perigosa informa, normalmente
através de sinal de combate, para a retaguarda, "área
perigosa" e o pelotão faz alto e estabelece segurança
em todas as direcções.

(2) Chegar à frente e observar a área.

(3) Nomear a secção flecha e indicar a ordem de marcha das


restantes secções, para a travessia da área perigosa.

(4) Indicar o ponto de reunião próximo e afastado.

(5) Reiniciar o deslocamento utilizando a técnica de movi-


mento de "progressão sobreapoiada".
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 25

(6) Quando a secção flecha estiver dentro do alcance prático


das armas ligeiras inimigas, o pelotão inicia a
execução de lanços com sobreapoio até ao final da área
perigosa aberta, adoptando depois a técnica de

deslocamento inicial.
2. REFERÊNCIAS

- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DEINFANTARIA
CAPÍTULO:
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO I
PELOTÃO - 09

OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na reacção a um ataque aéreo.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Dada a direcção de aproximação da aeronave.

c. NÍVEL: O pelotão dispersa após soar o alarme/sinal,


colocando--se numa direcção prependicular à linha de
voo da aeronave.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) O grau de controlo das armas tem por objectivo conferir


protecção aos aviões amigos, enquanto se continua a
garantir a defesa anti-aérea. Inclui 3 modalidades:

(a) Tiro livre: as armas podem abrir fogo contra


qualquer aeronave que não seja identificada como
amiga.

(b) Tiro condicionado: as armas só podem abrir fogo


contra aeronaves positivamente identificadas como
inimigas.

(c) Tiro restrito: as armas só podem abrir fogo em auto


defesa.

(2) Executar tiro com armas ligeiras contra aeronaves


hostis é uma medida activa de defesa anti-aérea.
Consider uma aeronave hostil quando:

(a) Atacar a nossa unidade.

(b) Lançar fumos ou spray sem prévia coordenação.

(c) Largar pará-quedistas ou desembarcar tropas sem


pré-via coordenação.

b. Actuação:

(1) Ao soar o alarme/sinal de ataque aéreo, procurar abrigo


(com protecção superior se possível).

(2) Dar indicações para o pelotão ao dispersar procurar


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 32

ficar numa posição perpendicular à linha de voo da


aeronave (de modo a que a aeronave não execute fogo
enfiado).
(3) Se a aeronave atacar o pelotão, este responde ao fogo,
excepto se a aeronave for amiga.

(4) Se a aeronave não atacar o pelotão, não fazer fogo, para


evitar revelar a posição (quando em tiro restrito).

(5) Se a aeronave não atacar mas for identificada como ini-


miga, em situação de tiro livre ou condicionado,
ordenar execução de fogo.

(6) Reorganizar o pelotão quando soar o sinal de fim de


alarme ou na ausência deste, quando considerar que
terminou o ataque.

(7) Elaborar um AVIREP (relatório de sobrevoo de aeronaves).

(8) Continuar a missão.

c. Visar aeronaves hostis com armas ligeiras:

(1) Posições de tiro para bater aeronaves são iguais às nor-


mais, com a excepção de “deitado de costas”.

(2) Pontos de pontaria

Executar pontaria em função do tipo de aeronave e da


sua trajectória:
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 33

(a) Aeronave a jacto com trajectória transversal. O


ponto de pontaria deve ser dois campos de futebol
à frente do nariz.
(b) Aeronave a jacto com trajectória frontal. O ponto

de pontaria deve ser um campo de futebol a frente


do nariz.

(c) Aeronave a jacto com trajectória na direcção do


combatente ("voo picado"). O ponto de pontaria deve
ser ligeiramente acima do nariz da aeronave.

(d) Aeronave é um helicoptero com a trajectória trans-


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 34

versal. O ponto de pontaria deve ser meio campo de


futebol a frente do nariz da aeronave.

(e) Aeronave é um helicoptero com a trajectória

frontal. O ponto de pontaria deve ser directamente


a aeronave ou ligeiramente a cima.

(f) Aeronave a é um helicoptero com a trajectória na

direcção do combatente ("voo picado"). O ponto de


pontaria deve ser ligeiramente a cima da aeronave.

2. REFERÊNCIAS

Manual da Companhia de Atiradores - Provisório (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 10

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na reacção a um ataque nuclear.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Perante uma situação simulada de ataque
nuclear.

c. NÍVEL: O pelotão deverá ser capaz de tomar as medidas de pro-


tecção individuais e as medidas de protecção colecti-
vas, durante e após o ataque.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Se for apanhado a descoberto pelo rebentamento (acção indi-


vidual):

(1) Abrigar se o abrigo estiver à distância de um pulo.

(2) Fechar os olhos, deitar rapidamente no chão e manter-


se deitado de barriga para baixo.

20 KT

A 1800 metros, deitar proteje

(3) Voltar a cabeça para o ponto de explosão, colocar mãos


debaixo da cara e protejer a pele exposta (Figura).

(4) Ficar imóvel até que os fragmentos pesados deixem de


cair.

(5) Colocar a máscara e fato de protecção NBQ. Na sua falta


tapar a boca e o nariz com um lenço, além de todas as
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 36

partes expostas da pele.


(6) Verificar onde e como estão as armas.

(7) Retomar a ligação.

(8) Sacudir a poeira do uniforme e equipamento, se o tempo


o permitir.

b. Uma pequena dobra ou depressão do terreno oferece proteção.

20 KT

A 1200 metros, as dobras de terreno dão boa protecção

c. Um aqueduto oferece excelente protecção.

d. Uma vala oferece boa protecção.

e. Uma elevação de terreno oferece boa protecção.

f. Um muro ou parede oferece razoável protecção.

g. Dentro de abrigos, os homens deitam-se de costas no fundo,

20 KT

A 800 metros, os abrigos individuais dão excelente protecção


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 37

fechando a abertura do abrigo.


h. Dentro de uma casa, atirar-se para debaixo de uma mesa ou
cama.

i. Acção do comandante de pelotão após o ataque:

(1) Elaborar relatórios NBQ1 Nuc, inicial e subsequente


(Anexo 16).

(2) Iniciar o controlo da radioactividade e reconhecimento


radiológico (radiómetro e dosímetro).

(3) Determinar a extensão das baixas.

(4) Restabelecer a comunicação com o comandante da


companhia.

(5) Conduzir as acções de primeiros socorros.

(6) Observar o terreno modificado pela explosão para


adaptar a ele a sua conduta.

(7) Preparar para continuar a missão.

NOTA: Entenda-se que a protecção referida nesta ficha, é


contra os efeitos de luz, calor, sopro e radiação no
primeiro minuto. A radiação residual exige outro tipo
de protecção.

2. REFERÊNCIAS

- Publicação do Curso de Defesa NBQ da Escola de Instrução e


Defesa NBQ da EPE.
- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 11

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na reacção a um ataque químico.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Numa situação simulada de ambiente químico.

c. NÍVEL: O pelotão executa correctamente as medidas de protecção


individuais e colectivas contra agentes químicos.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Tarefas individuais:

(1) Tomar medidas de protecção contra agentes químicos


sempre que houver um relato que um ataque inimigo está
iminente e quando:

(a) Ocorrer um ataque de artilharia, morteiro ou avião


perto das suas posições com menos poder explosivo
que o habitual.

(b) Houver fumo ou neblina proveniente de uma fonte


desco-nhecida que atinja a área.

(c) Suspeitar de um ataque químico por qualquer outra


razão.

(d) Entrar numa área que está, ou se suspeita que


esteja, contaminada.

(e) Entrar numa área balizada com marcadores químicos.

(f) Soar um alarme automático para agente químico.

(g) Alguém dá o alarme químico.

(h) Vir alguém a colocar a máscara de protecção.

(i) Por outra qualquer razão óbvia ou se vejam ou sintam


qualquer dos seguintes sinais ou sintomas:

- Corrimento nasal.
- Sensação de sufocação ou aperto no peito ou na gar-
ganta.
- Visão enevoada e dificuldade em focar objectos
perto.
- Irritação nos olhos.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 39

- Dificuldade em respirar ou aumento do ritmo da


respiração.

(j) Por ordem do comandante.

(2) Colocar a máscara, se não se encontrarem PPOM 4, sempre


que deparar com uma situação idêntica à dos pontos
anteriores ("(a)" a "(j)").

(3) Dar alarme com: sinal de combate visual, sonoro (ruídos


metálicos ou gritos de "Gás").

(4) Utilizar os estojos de antidotos, (MKI e ampolas de


netrito de amilo), se aparecerem sintomas da presença
de agentes químicos.

(5) Descontaminar a pele contaminada, (feridas, olhos e


boca só água) com o estojo M258/M258A1.

(6) Descontaminar o uniforme (com M13/M258A1) e equipamento


(com ABC M11 ou M13/M258A1), que esteja em contacto com
o operador, (gatilho, guarda-mato, auscultadores de
telefone).

b. Tarefas do comandante de pelotão:

(1) Utilizar o Kit M256 e identificar o agente químico (ou


um elemento por ele nomeado).

(2) Enviar o relatório NBQ químico para o escalão superior.

(3) Informar o comandante da companhia com um relatório de


sitaução (SITREP).

(4) Continuar a missão.

2. REFERÊNCIAS

- Publicação do Curso de Defesa NBQ da Escola de Instrução e


Defesa NBQ da EPE.
- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).
- Company Comanders NBQ guide (ST21-40-3 FY84).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 12

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na reacção a atiradores especiais.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Numa situação simulada de reacção a atiradores
especiais.

c. NÍVEL: Retirar da área batida pelo fogo inimigo quando forem


exe-cutados os fogos directos e sob o controlo do
comandante de pelotão.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

A doutrina inimiga prevê a utilização de atiradores


especiais localizados normalmente à frente das unidades em
1º escalão. A sua missão é executar fogo ajustado sobre o
nosso pelotão de modo a desorganizar-nos, retirando de
seguida sem se empenharem decisivamente. Se o pelotão
começar a ser batido por fogos directos esporádicos,
causadores de baixas e não conseguir identificar o local
exacto a partir do qual o tiro é executado, o pelotão deve
actuar partindo do princípio que está a ser batido por
atiradores especiais.

b. Reagir a atiradores especiais:

(1) Dar ordem para instalar e tentar obter localização geral


dos elementos inimigos. Simultâneamente ordenar
lançamento de granadas de fumo.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 41

Instalar. Lançar fumos.


Comandante de pelotão designa o ponto de reunião

(2) Designar um ponto de reunião que se encontra fora da


possibilidade da observação inimiga.

(3) Informar o comandante de companhia.

(4) Após localizar o inimigo pedir fogos indirectos sobre

ele.

(5) Romper o contacto (Pelotão-16)

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO: II
INFANTARIA PELOTÃO - 13

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na reacção a uma emboscada.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma situação simulada de reacção a uma embos-
cada inimiga.

c. NÍVEL: Reagir de imediato, tomando as acções indicadas nesta


ficha.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades

Existem dois tipos de emboscada em função da distância a


que é desencadeada a mesma. A emboscada próxima e a
emboscada afastada. Considera-se que uma emboscada é
próxima quando a distância entre o inimigo que se encontra
emboscado e os restantes que ficam dentro da zona de morte
e igual ou inferior a 35 metros (distância média a que um
combatente lança uma granada de mão). Considera-se que uma
emboscada é afastada quando a distância é superior a 35
metros.

b. Reagir a uma emboscada próxima:

(1) Acção dos combatentes apanhados dentro da zona de morte:

(a) Instalar de imediato e responder ao fogo, sem


e s p e r a r
q u a l q u e r
ordem ou si-
nal.

(b) Lançar grana-


das de mão
ofensivas
para a posição
inimiga e
granadas de
mão de fumos
para a frente
d e s s a
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 43

posição, de mo-do a mascarar a nossa posição e

reacção.

(c) Assaltar a posição inimiga.


(2) Acção dos combatentes que ficaram fora da zona de morte:

(a) Movimentar de imediato para um local que permita


montar uma boa posição de fogo sobre o local de
emboscada inimigo.

(b) Executar um grande volume de fogos supressivos


sobre a posição inimiga.

(c) Fazer alto ao fogo ou transportar o fogo,quando a


posição inimiga é assaltada.

(3) Continuar o assalto para eliminar os elementos inimigos


emboscados ou romper o contacto conforme for ordenado
pelo comandante da força que lança o assalto.

(7) Definir um ponto de reunião para onde o pelotão se


desloca, indicando direcção e distância.

(8) Reorganizar o pelotão para posteriormente continuar a


missão.

c. Reagir a uma emboscada afastada:

(1) Acção dos combatentes apanhados dentro da zona de morte:

Instalar de imediato e responder ao fogo, sem esperar


qualquer ordem ou sinal.

(2) Acção dos combatentes que ficaram fora da zona de morte:

Reagir ao contacto e executar fogo e movimento de modo


a ocupar uma posição que permita boa observação, campos
de tiro sobre a posição inimiga e que garanta protecção
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 44

contra os seus fogos para:

(a) Apoiar a retirada dos elementos que estão dentro


da zona de morte.

(b) Lançar um ataque de flanco à posição inimiga de


acordo com as ordens dadas pelo comandante de
pelotão.

(3) Pedir fogos indirectos quando o inimigo rompe o contacto


ou quando a distância entre as suas tropas e o inimigo
é suficientemente grande para evitar baixas amigas.

(4) Lançar granadas de fumos antes de assaltar ou retirar,


para evitar fogos ajustados sobre o pelotão.

(5) Reorganizar o pelotão no ponto de reunião de modo a poder


continuar a missão.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores.


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 14

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na reacção ao contacto com o inimigo.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Dada uma situação simulada de contacto, pelo
fogo, com o inimigo.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes itens:

(1) Instalar e responder ao fogo.


(2) As secções batidas pelo fogo devem desenvolver.
(3) Os comandantes das secções batidas e o comandante
de pelotão fazem o relatório imediato (RELIM - Anexo
22).
(4) O comandante de pelotão executa a acção que tiver
decidido ou lhe tiver sido ordenado pelo comandante
de companhia.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO:

Estabeler o contacto pelo fogo com o inimigo:

a. Instalar de imediato, responder ao fogo, desenvolver para


ocu-par as melhores posições cobertas e abrigadas dis-
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 46

poníveis fazer fogo ajustado na direcção do inimigo.


b. Desenvolver de modo a localizar o inimigo e fazer fogo
ajustado sobre ele.

c. Estabelecer a ligação com os homens à sua esquerda e à sua


direita.

d. Os comandantes de secção contactam visualmente com o coman-


dante de pelotão.

e. Os comandantes das secções batidas pelo fogo fazem o RELIM


ao comandante de pelotão.

f. Utilizar a técnica de imitação para retransmitir ordens e


sinais a todos os elementos do pelotão.

g. Avaliar rapidamente a situação e fazer o RELIM ao comandante


da companhia.

h. Executar a acção que tiver decidido ou lhe tiver sido


ordenado o comandante da companhia.

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 15

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVOS DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na condução de fogo e movimento.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma direcção de progressão.

c. NÍVEL: Manter a segurança e a capacidade de ligação e


influênciar o combate.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) As técnicas de progressão a adoptar dependem das


probabi-lidades de contacto.

(2) Quando o pelotão entra em contacto com o inimigo, deixa


de empregar as técnicas de progressão e começa a desen-
volver em fogo e movimento, que não é mais do que uma
extensão dos lanços com sobreapoio.

(3) O conceito de fogo e manobra só é empregue para efectivos


de companhia ou superiores. Por exemplo, a companhia
poderá deslocar-se utilizando o fogo e manobra, mas
cada um dos seus pelotões, desloca-se através de fogo
e mo-vimento.

b. Emprego:

Conduzir o fogo e movimento para:

(1) Permitir a aproximação ao inimigo e a sua destruição.

(2) Saber algo mais sobre o seu potencial e dispositivo.

(3) Nos afastarmos do inimigo (rotura de combate).

c. Actuação:

(1) Designar um elemento de fogo e um elemento de movimento.

(2) Seleccionar um itinerário coberto e abrigado para o ele-


mento de movimento. Acompanhar sempre este elemento.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 48

(3) Seleccionar um sector de tiro para o elemento de fogo


que, quando se encontra em posição, executa fogos de
supressão (fogos ajustados e contínuos) sobre o
inimigo, que se considera suprimido quando se encontra
fixado e não consegue responder ao fogo.

(4) Após suprimir o inimigo, o elemento de fogo reduz a


cadência de fogos, mas mantem-no nessa situação. Quando
o elemento de movimento se aproximar do objectivo,
aumenta a cadência de fogo.

(5) O itinerário seguido pelo elemento de movimento nunca


deve interceptar nem interferir com o sector de tiro
do elemento de fogo, até o elemento de movimento para
fazer o sinal para o levantamento ou transporte de
fogos.

(6) O elemento de fogo é controlado pelo sargento de


pelotão.

(7) De acordo com os cobertos e abrigos disponíveis e a dis-


tância para a posição inimiga, alterar as funções entre
o elemento de fogo e o elemento de movimento. Antes do
elemento de movimento avançar para além do alcance de
apoio do elemento de fogo, ocupa uma posição da qual
consiga bater o inimigo, passando o elemento de fogo
a elemento de movimento.

(8) Progredir para o objectivo em fogo e movimento,

colocando no elemento de fogo as metralhadoras


ligeiras, as armas anti-carro médias e os lança-
granadas.

(9) Caso o elemento de fogo e o elemento de movimento troquem


de funções, o comandante de pelotão, as armas anti-
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 49

carro e as metralhadoras ligeiras ficam sempre junto


do elemento de fogo.

(10) Quando o elemento de movimento se aproximar do


objectivo, aumenta a cadência de tiro do elemento de
fogo, para impedir o inimigo de fazer fogo ajustado,
isto permite ao elemento de movimento lançar o assalto
sem o inimigo reagir.

(11) Antes de iniciar o assalto, o comandante de pelotão faz


o sinal para levantar ou transportar os fogos e usar
fumos para mascarar o assalto final, de acordo com a
alínea "e.".

(12) O elemento de fogo levanta ou transporta os fogos (es-


querda, direita, para trás do objectivo ou para outra
posição inimiga conhecida).

(13) O elemento de movimento combate até ao lado afastado


do objectivo.

(14) O elemento de fogo desloca-se para o objectivo.

(15) Consolidar e reorganizar (Pelotão 18).

(16) Enviar o SITREP ao comandante de companhia (Anexo 16).

e. Aplicação dos fumos

(1) Colocar fumos em cima ou entre o inimigo e as nossas


forças, perto da sua posição para dificultar a sua
observação e tiro. O fumo provém geralmente de fogos
indirectos (morteiros ou artilharia). Os fumos lançados
perto do inimigo, reduzem a eficácia dos seus fogos.

(2) Usar os fumos para:

(a) Mascarar posições e movimentos das nossas tropas.

(b) Sinalizar posições inimigas, pontos de referência


(PR) e localização de unidades. Os fumos podem ser
utilizados para sinalizar o início ou o final de
outras acções de combate.

(c) Enganar o inimigo acerca das nossas intenções.

(3) Efeitos dos fumos:

(a) Psicológico - Devido à falta de visibilidade, o pes-


soal que está debaixo dos seus efeitos pode sentir
medo e/ou ansiedade por não poderem detectar o
inimigo nem manter a ligação.

(b) Fisiológico - A exposição prolongada sob grandes


concentração de fumos pode causar dificuldades em
respirar, inflamação no aparelho respiratório,
vertigens ou vómitos.

(c) Factores operacionais - Os fumos diminuem a capa-


cidade de manobra, combate, ligação da unidade,
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 50

diminuem a facilidade de movimento e aumentam o


esforço de coordenação.

d. Em resumo:

O fogo e movimento consiste em duas acções que têm lugar


simul-taneamente:

(1) O elemento de fogo cobre o deslocamento do elemento de


movimento e executa fogos de supressão sobre a posição
inimiga.

(2) O elemento de movimento desloca-se para a frente, ou


para estreitar o contacto com o inimigo, para a
rectaguarda (romper o contacto) ou para uma posição de
onde possa bater o inimigo.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 16

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVOS DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na rotura de contacto.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Um pelotão de atiradores inimigo que vai
estabelecer o contacto pelo fogo.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Pedir fogos indirectos sobre a posição inimiga,


após receber ordem do comandante de companhia para
romper o contacto.
(2) Nomear um elemento de fogo e um elemento de
movimento.
(3) Conduzir fogo e movimento até se encontrar fora do
alcance prático das armas ligeiras inimigas e a
partir deste momento adoptar a técnica de
deslocamento lanços com sobreapoio.
(4) Executar um pequeno alto quando o pelotão se
encontrar fora das vistas e dos fogos do inimigo.
(5) Organizar ao seu pelotão e transmitir o relatório
de situação (SITREP) ao comandante de companhia.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Após o estabelecimento do contacto com o inimigo e feito


o relatório imediato (RELIM), o comandante de pelotão
recebe ordem do comandante de companhia para romper o
contacto com o inimigo.

b. Pedir fogos indirectos (granadas explosivas e granadas de


fumos), sobre a posição onde o inimigo se revelou, de modo
a poder cobrir a retirada do pelotão.

c. Nomear um elemento de fogo e um elemento de movimento. O


elemento de fogo deve ser aquele que se encontra em melhor
posição (ou em condições de ocupar uma posição que deve
possuir bons campos de observação e tiro).

d. Conduzir fogo e movimento para se afastar do inimigo tendo


a preocupação que a distância entre as posições de
sobreapoio devem ser inferiores ao alcance prático das
armas ligeiras.

e. O elemento de fogo executa fogos ajustados de modo a neutra-


lizar o inimigo e aumenta o volume de fogos para cobrir a
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 52

retirada do elemento de movimento.

f. O elemento de movimento retira em lanços individuais, por


pa-relhas, ou num lanço simultâneo dependendo do grau de
camuflagem que o itinerário de retirada lhe confere.

(1) Durante a execução do lanço, os combatentes não executam


fogo nem perdem tempo para observar na direcção do
inimigo.

(2) Quando o pelotão se encontra bastante próximo do inimigo


a duração dos lanços não deve exceder 3 a 5 segundos

(5 a 7 passos).

g. Aumentar o numero de elementos que efectuam o lanço, à


medida que se afastam do inimigo. Utilizar lanços de
esquadra, logo que esteja fora do alcance prático das armas
ligeiras. Esta técnica vai permitir:

(1) Maior velocidade no deslocamento.

(2) Menor consumo de munições.

h. Efectuar um pequeno alto quando o pelotão se encontrar fora


das vistas e do fogo inimigo, onde é feita:

(1) A reorganização do pelotão.

(2) É transmitido o SITREP ao comandante de companhia.

i. Preparar para continuar a missão.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 17

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na limpeza de uma trincheira.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Um sector de limpeza.
- Um ponto de penetração.
- Os obstáculos de arame foram previamente
remo-vidos ou não estão instalados.

c. NÍVEL: O pelotão deverá limpar correctamente o sector que lhe


foi atribuído no sistema de trincheiras.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades

(1) Um pelotão quando assalta uma posição entrincheirada


inimiga, fá-lo como parte do assalto da companhia.

(2) O comandante de companhia normalmente coloca um pelotão


em apoio e manobra com os outros dois no sentido de
assaltar e limpar o sistema de trincheiras inimigo.

(3) Quando o inimigo defende, fá-lo apoiado em pontos fortes


e ao nível de pelotão, de acordo com o esquema que se
segue:
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 54

Executa patrulhamentos constantes e melhora permanen-


temente a organização do terreno.
A posição do pelotão está distanciada de outra posição
de pelotão em + 200 m mas garantindo apoio mútuo.

b. Preparar e organizar o pelotão para o assalto.

(1) O comandante de pelotão organiza o pelotão em elemento


de apoio, (2 secções) e elemento de assalto, (1 secção).

(2) Após a entrada de toda a secção que assalta na


trincheira, as secções que estão em apoio vão-se
transformando em elemento de assalto à medida que vão
sendo precisos elementos para reforçar o assalto e
limpeza. Se necessário, todo o pelotão ou mais que um
pelotão poderão ir reforçando a força de assalto.

(3) O comandante do elemento de limpeza organiza equipas


de assalto com 2 elementos cada (equipa A, B, C...)

(4) Todos os homens colocam a baioneta na espingarda auto-


mática.

(5) Os elementos mais antigos de cada parelha definem quem


é o elemento nº 1 e 2.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 55

(6) O comandante de secção planeia a limpeza do sistema de


trincheiras e estabelece a direcção inicial de ataque
(esquerda ou direita), sequencia da limpeza e limites.

b. O pelotão de atiradores assalta a trincheira inicial no


ponto de penetração.

(1) O comandante de pelotão pede fogos indirectos e fumos


sobre a trincheira.

(2) O elemento de apoio, apoia pelo fogo o movimento das


equipas de assalto.

(3) O elemento de apoio não permite que o inimigo saia da


trincheira para se evadir ou para reentrar em áreas que
já foram limpas.

(4) A equipa de assalto A, desloca-se através da zona de


obstáculos até próximo do ponto de penetração, enquanto
as outras equipas de assalto apoiam pelo fogo o seu
movimento.

(a) Os elementos da equipa A, próximo da trincheira,


pre-param-se para lançar uma granada de mão cada um,
após o sinal dado pelo comandante da secção que
assalta, lançam-nas para dentro da trincheira pelo
ponto de penetração.

(b) Após o rebentamento das duas granadas, os 2 homens


rolam para dentro da trincheira, aterrando de pé e
disparando em direcções opostas.

(c) Desloca-se cada um para a esquina da trincheira para


onde está voltado e tomando a posição de atirador
deitado, lançam uma granada, apoiando em seguida a
entrada da equipa B.

(d) A equipa B entra na trincheira também pelo ponto


de penetração, (entre os dois elementos da equipa
A) e desloca-se na direcção definida para a limpeza.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 56

(e) Após a passagem da equipa B, o elemento da equipa


A que se encontra do lado que se vai executar a
limpeza, reúne-se ao outro elemento da sua equipa
e montam segurança para o lado da trincheira que não
está a ser limpo. Este elemento, ao passar no ponto
de penetração, faz sinal para avançar a equipa C.

(f) A equipa C entra pelo ponto de penetração e caso


a equipa B já tenha dobrado a esquina, faz sinal para
avançar a equipa seguinte, e avança até se ligar com
a equipa B, e assim consecutivamente.

(g) As equipas devem manter a ligação mantendo uma


esqui-na, ou 20 metros, entre elas de modo a não
serem atingidas ambas pela mesma mina, granada ou
rajada. (A equipa que segue na frente deve avançar
o mais rapidamente possível mas, deve ir verificando
a ligação de modo a não se isolar no sistema de
trincheiras).

(h) Se um elemento da equipa da frente esgota as


munições, é morto, etc., a equipa que os segue
ultrapassa-os, reorganizando-se a primeira
(constituindo novas equipas), caso existam baixas,
na rectaguarda da sua secção.

(i) Técnicas de limpeza

1. O elemento de assalto desloca-se rapidamente


atra-vés da trincheira na direcção pré-determinada
com o homem da frente (nº1) disparando curtas
rajadas e tentando detectar arames de tropeçar
(avisa caso existam) e o nº2 apoiando pelo fogo,
se necessário.

2. Todas as esquinas devem ser limpas utilizando


granadas, (caso não haja falta). A trincheira
pode terminar imediatamente após a esquina,
devendo por isso o lançador da granada espre-
itar, com um movimento rápido, antes de a lançar.
Após o reben-tamento, dobrar rapidamente a
esquina disparando rajadas curtas. Mesmo que ao
espreitar não detecte nunhum elemento inimigo,
deve mesmo assim lançar a granada, pois podem
existir elemento escondidos ou armadilhas que
serão, provavelmente, destruídas.

3. Todas as equipas vão passando granadas para a que


está a executar a limpeza.

4. A equipa que segue na frente, após o rebentamento


da granada que limpa a sua quinta esquina
consecutiva, instala, sendo de imediato ultra-
passada pela equipa que a segue. Após instalar,
aguarda que toda a sua secção a ultrapasse e
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 57

engrena no final.

(j) Caso apareça uma trincheira de ligação para o


interior do sistema de trincheiras, é limpa só até
à primeira esquina, ficando uma equipa a fazer
segurança com um elemento em cada esquina desse
braço de trincheira (um faz segurança e o outro
informa as equipas que passam qual a direcção a
seguir).

(k) O elemento de assalto desloca-se pela trincheira


até atingir o limite do sector que lhe foi atribuído
(ou até onde puder ir). Então, a secção que segue
na rectaguarda, à ordem, inicia a limpeza para o
outro limite lateral do sector atribuído (ou até
onde poder ir).

(l) As equipas de assalto limpam, para a esquerda e


direita, até atingirem os limites laterais do
sector, antes de se deslocarem para uma trincheira
de comunicações mais para o interior do sistema. O
comandante de pelotão estabelece (se não o planeou)
que braço de comunicação com a próxima linha de
trincheiras deve ser limpo e indica qual a secção
que segue na frente.

(m) Numa “junção, pivot” ou abrigo, o nº 1 da equipa


que segue na frente avisa os outros enquanto prepara
a sua granada. O nº 2 avança e cobre o nº 1. O nº
1 lança a granada para dentro da trincheira de
ligação (pivot), ou abrigo e utiliza fumos para
cobrir a travessia da trincheira de ligação ou
abrigo enquanto os outros continuam o seu assalto
pela trincheira abaixo.

(5) (a) Nas intersecções entre as trincheiras de comunicação


e as de defesa, os elementos da equipa da frente,
lançam uma granada para cada lado da trincheira de
defesa, simultaneamente e disparam rajadas curtas
nessas mesmas direcções continuando o assalto
lateralmente de acordo com as NEP’s do pelotão.
(Devem ser as mesmas usadas para o assalto à
primeira linha de trincheiras).

(b) O comandante do pelotão manda que seja feita a


marcação das secções gerais do sistema de trincheiras
que tenham sido limpas e indicar a direcção do
movimento através da trincheira.

(c) Os feridos graves são deixados com um acompanhante


até que o socorrista chegue ou são transportados por
dois homens para a rectaguarda. Os acompanhantes
juntam-se depois à secção.

(d) Os feridos ligeiros ou permanecem no local até que


chegue o socorrista, deslocam-se para a rectaguarda
até ao socorrista ou continuam no assalto (se for
possivel).
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 58

(e) Não é deixada para trás nenhuma secção de


trincheiras por limpar.

(f) A secção limpa o sector que lhe foi atribuído


neutra-lizando todas as forças opositoras que nele
se encontrem, destruíndo-as ou fazendo prisioneiros
de guerra e recolhendo todos os documentos que
encontrar.

(5) Após a limpeza da trincheira o pelotão de atiradores


consolida e reorganiza.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


- Artigo Jornal de Infantaria "Techniques de nettoyage des
tranchèes Sovietiques" pelo Capitão J.D.Kyle.
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DEINFANTARIA
CAPÍTULO:
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO I
PELOTÃO - 18

OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores durante a consolidação e reorganização.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Depois o pelotão completar uma operação de
combate.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Posicionar um posto de observação (PO) à frente da


posição ocupada.
(2) Ocupar posições defensivas imediatas e montar segu-
rança em todas as direcções.
(3) Reconhecer a zona à frente da posição ocupada.
(4) Designar pessoal para revistar e guardar prisioneiros
de guerra (PG) e equipamento.
(5) Atribuir sectores de tiro às secções e posicionar
as metralhadoras ligeiras.
(6) Reorganizar o pelotão (Anexo 3)
(7) Transmitir o relatório de situação (SITREP) do seu
pelotão ao comandante de companhia.
(8) Preparar-se para nova missão.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. O pelotão procede à consolidação no objectivo:

(1) Posicionar um PO à frente da posição ocupada para


fornecer segurança e certificar-se que os elementos do
pelotão estão alerta contra possíveis contra-ataques
inimigo.

(2) O pelotão ocupa/reocupa posições defensivas imediatas


(Pelotão 2) e monta o dispositivo de segurança em todas
as direcções.

(3) Os comandantes de secção reajustam as posições por forma


a que sejam cobertos os provaveis eixos de aproximação
inimigo e que seja assegurado o apoio mútuo entre as
secções e unidades (pelotão) adjacentes.

(4) Atribuir sectores de tiro às secções e colocar as esqua-


dras de metralhadora ligeira batendo os prováveis eixos
de aproximação para tropas apeadas inimigas.

(5) Os comandantes de secção/esquadra atribuem sectores de


tiro que cubram prováveis eixos de aproximação
inimigas.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 62

(6) Reconhecer a zona à frente do objectivo (enviando uma


patrulha de segurança) por forma a ter-se a certeza de
que não há inimigo.

(7) Se necessário são preparadas posições defensivas e


insta-lados obstáculos.

(8) As equipas de prisioneiros de guerra revistam e guardam


o equipamento do inimigo.
PELOTÃO NUMA POSIÇÃO ISOLADA

PELOTÃO ENQUADRADO NA COMPANHIA

b. O pelotão procede à reorganização no objectivo:

(1) Estabelecer a cadeia de comando imediatamente

(2) Preencher as posições chave, de acordo com as


prioridades indicada na tarefa crítica, "reorganizar
o pelotão desfalcado".
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 63

(3) Os comandantes redistribuem munições e equipamento.

(4) Reorganizadas as secções se necessário.

c. Os comandantes de secção comunicam ao comandante de pelotão


o estado do pessoal, equipamento, munições, prisioneiros
de guerra e procedem ao pedido de apoio sanitário/médico.

d. Comunicar o estado do pelotão e proceder ao pedido de


recomple-tamento de pessoal, armas, munições e equipamento
(Anexo 15).

e. Os comandantes certificam-se que os prisioneiros de guerra


são manuseados de acordo com as normas vigentes e preenchem
os impressos referentes aos prisioneiros de guerra.

f. Administrar os primeiros socorros aos feridos.

g. Reunir documentos (ITTM, cartas topográficas, ordens,


transparentes, etc), dos mortos e feridos em combate.

h. Evacuar as baixas:

(1) Os feridos que não possam ser tratados no local são


evacuados para o posto de socorros da companhia, via
terrestre ou por helicóptero.

(2) Os mortos em combate são evacuados para os trens do ba-


talhão.

i. Preparar para iniciar nova missão.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA PELOTÃO - 19

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVOS DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores no estabelecimento de uma posição defensiva


imediata.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma situação simulada, de modo a estabelecer
uma posição defensiva imediata.

c. NÍVEL: No final o Pelotão deverá ter todos os seus elementos


posicionados em locais que forneçam camuflagem adequada,
abrigo e estar apto a bater qualquer inimigo que se
aproxime, garantindo o apoio mútuo.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. O pelotão faz um alto numa posição coberta e abrigada.

b. Dar o plano de contigências ao sargento de pelotão.

c. Os comandantes, juntamente com o elemento de segurança e


rá-diotelefonista, procedem ao reconhecimento da posição.

d. Escolher/atribuir a cada secção: posição principal e suple-


mentar e sector de tiro.

e. Escolher/atribuir posições e sectores de observação/tiro


pa-ra: o(s) posto de observação/posto de escuta (PO/PE),
metra-lhadoras ligeiras e armas anti-carro.

f. Dar ordem para ocupação da posição.

g. Comandantes de secção vêm à rectaguarda buscar as suas


secções e deslocam-nas para a posição.

h. O(s) PO/PE ocupam a respectiva posição.

i. As armas principais ocupam a posição e iniciam os trabalhos


respectivos.

j. O resto do pelotão ocupa as suas posições e iniciam os traba-


lhos respectivos.

k. Os elementos do pelotão preparam posições para atirador


dei-tado.

l. Os comandantes verificam, rapidamente, as posições


escolhidas pelos seus homens.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 65

m. Esta tarefa crítica acaba quando todos os elementos do


pelotão estão em posição.

PERIMETRO

SECTOR

NOTA: A partir daqui o comandante de pelotão pode dar início


à tarefa crítica "ocupar, preparar e defender uma
posição defensiva".

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 20

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na ocupação, preparação e defesa de uma


posição de combate.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma situação simulada, de modo a ocupar, pre-
parar e defender uma posição de combate.

c. NÍVEL: No final, o pelotão deverá estar apto a repelir um


ataque do inimigo.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Ocupar (acompanhar pela figura).

(1) Receber a ordem do comandante de companhia. Normalmente,


será uma ordem de operações dada no posto de comando
da companhia.

(2) Dar a ordem preparatória ao sargento de pelotão e coman-


dantes de secção, na zona de reunião da companhia.

(3) Elaborar o plano provisório na zona de reunião da com-


panhia.

(4) Com o observador avançado, uma esquadra de segurança,


um comandante de secção e um rádio-telefonista vão
reco-nhecer a zona de reunião do pelotão e um ponto de
encontro.

(5) O comandante de secção (guia), regressa à zona de


reunião da companhia para guiar o pelotão até à zona
de reunião do pelotão

(6) O comandante de pelotão vai com uma esquadra de


segurança, o observador avançado e o rádio-telefonista,
reconhecer a posição do pelotão e elaborar a ordem
final.

(7) O sargento de pelotão após a chegada do comandante de


secção (guia), desloca o pelotão para a sua zona de
reunião e monta segurança em perímetro.

(8) Após estabelecer o perímetro, o sargento de pelotão e


comandantes de secção deslocam-se para o ponto de
encontro (sendo guiados para o posto de comando/posto
de observação (PC/PO) do pelotão por um elemento da
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 67

esquadra de segurança, que vem ao ponto de encontro


buscá-los).

(9) A esquadra de segurança instala-se à frente da posição


do pelotão, montando segurança. Regressa à ordem do
comandante de pelotão.

(10) No PC/PO do pelotão, dar a ordem de operações ao


sargento de pelotão e comandantes de secção. Mostrar
no terreno:
(a) Posições a ocupar e sectores de tiro a bater
(secção/metralhadoras ligeiras/armas anti-carro).
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 68

(b) Onde ligar com as secções ou pelotão adjacentes.

(c) Espaços mortos e obstáculos.

(d) Onde devem ser instalados os PO/PE.

(e) Localização do PC/PO de alternativa.

(f) Indicar as prioridades de trabalho.

(11) Os comandantes de secção vão reconhecer as suas


posições e o comandante de pelotão aguarda que
terminem.

(12) O sargento de pelotão, no final da ordem de


operações, regressa à zona de reunião do pelotão.

(13) Os comandantes de secção reconhecem as suas


posições, tendo em conta:

(a) Posições de tiro dos homens.

(b) Sectores de tiro.

(c) Localização das secções ou pelotões adjacentes.

(d)Localização das armas de apoio que tenham que


proteger.

(e) Posições suplementares/alternativa.

(14) O sargento de pelotão desloca o pelotão da zona de


reunião para o ponto de encontro, que passa a ser
simultâneamente ponto de irradiação do pelotão.

(15) As três secções, após chegada dos comandantes de


secção, deslocam-se para uma zona à retaguarda das
posições das secções a ocupar.

(16) Os comandantes de secção instalam (2 a 3 homens) para


montar segurança imediata para a frente.

(17) Os comandantes de secção dão a ordem de operações


à secção.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 69

(18) Os comandantes de secção indicam a cada atirador a


posição a ocupar e os sectores de tiro principal e
secundário (utilizando pontos de referência bem
visiveis).

(19) Em conjunto com sargento de pelotão e comandantes


de secção, supervisar os trabalhos.

b. Preparar uma posição de combate:

(1) Os comandantes de secção reajustam/designam posições


para as armas individuais da sua secção.

(2) Os elementos do pelotão preparam as posições de acordo


com as prioridades de trabalho, tempo disponível,
mantendo cercar de 1/3 do pelotão em missões de
segurança. Normalmente as prioridades serão:

(a) Estabelecer segurança local (PO’s).

(b) Instalar armas anti-carro, metralhadoras ligeiras,


homens e atribuir os respectivos sectores de tiro.

(d) Limpar campos de tiro.

(e) Elaborar cartas de tiro e montar processos


expeditos de alarme.

(f) Preparar posições de tiro.

(g) Instalar fio telefónico (rádiotelefonista verifica


ligações das secções para PC/PO do pelotão e deste
para PC/PO da companhia e eventualmente do PC/PO
principal para o alternativo).

(h) Implantar obstáculos, minas (anti-pessoal, anti-

car-ro), sistemas de alerta (sensores, radares,


alarmes quimicos, expeditos, etc), de acordo com o
plano da companhia.

(i) Melhorar as posições (protecção superior).

(j) Preparar posições suplementares e alternativa (se


necessário).
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 70

(k) Armazenar munições, alimentos e água.

(l) Permanente melhoramento da posição (trincheiras de


ligação).

(3) O comandante de pelotão selecciona posições de


alternativa e suplementares para as secções.

(4) O comandante de pelotão (coadjuvado pelo observador


avan-çado) prepara o plano de fogos (directos e
indirectos).

(5) Os comandantes de secção preparam o esboço do respectivo


sector e enviam-no para o comandante de pelotão, 45
minutos após o início da ocupação (ver Anexo 10).

(6) Elaborar dois exemplares do esboço do respectivo


sector, envia um para o comandante de companhia e ficar
com o outro exemplar, 1 hora após início da ocupação
(ver Anexo 8).

(7) Se o tempo o permitir, o pelotão continua a melhorar


as posições e a treinar os deslocamentos para as
posições de alternativa e suplementares, contra
ataques, etc.

c. Defender uma posição de combate

(1) O(s) PO(s) do pelotão detectam e comunicam a aproximação


do inimigo.

(2) O comandante de pelotão pede fogos indirectos.

(3) Proceder ao deslocamento de fogos directos sobre o ini-


migo, de acordo com a ordem de operações ou ordem
parcelar do comandante de companhia:

(a) Utilizar armas anti-carro para bater viaturas blin-


dadas (se possível, executar o primeiro disparo
simultaneamente).

(b) Utilizar as espingardas automáticas e metralhadoras


ligeiras para bater a guarnição dos CC/VCI/VBTP e
elementos inimigos apeados.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 71

(4) Proceder ao desencadeamento do plano de obstáculos de


acordo com a ordem de operações ou ordem parcelar do
comandante de companhia.

(5) Aumentar o volume de fogos à medida que o inimigo se


aproxima das nossas posições e do alcance das armas
ligeiras.

(6) Reposicionar as secções em posições de alternativa e


suplementares, utilizando itinerários cobertos e
abrigados.

(7) À medida que as nossas posições recebe fogos ajustados,


o pessoal desloca-se para trás do parapeito frontal e
executa tiro de flanco.

(8) O comandante de pelotão pede FPF às unidades de apoio


de fogos, indirectos, assim que o inimigo se aproxima
da linha de protecção final (LPF).

(9) Defender a posição contra um assalto apeado:

(a) Iniciar FPF (directos e indirectos). As metralhadoras


ligeiras disparam em cadência elevada sobre a linha
de protecção final.

(b) Outras armas disparam a uma cadência elevada par


o seu sector.

(c) Utilizar minas claymore para bater elementos


inimigos de assalto e usar granadas de mão à medida
que o assalto continua.

(d) Combate corpo a corpo, com baionetas.

(10) Defender a posição contra viaturas inimigas que


penetrem na posição de combate:

(a) Bater as viaturas inimigas pela retaguarda.

(b) Continuar a bater as viaturas inimigas que se seguem


por forma a proteger o pessoal que está a fazer fogo
contra viaturas inimigas que penetraram na posição.

(c) Atirar/disparar granadas contra viaturas inimigas


e elementos inimigos a apear.

(d) Assim que as portas/rampas da retaguarda das


viaturas inimigas abram, utilizar as metralhadoras
ligeiras para bater os elementos inimigos apeados.

(11) Continuar a defender até:

(a) O inimigo ser repelido.

(b) O pelotão receber ordem para romper o contacto.

d. Tarefas dos elementos do pelotão


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 72

(1) Comandante de pelotão:

(a) Estabelecer segurança local. Estabelecer PO(s) (se


ainda não o fez).

(b) Executar o reconhecimento de comandantes com os


comandantes de secção. Escolher e atribuir posições
para as secções, metralhadoras ligeiras e armas de
reforço. Escolher a localização do PC/PO. Designar
posições de alternativa e suplementares. Designar
sectores de tiro, prioridades para bater alvos
(para fogos directos e indirectos) e FPF.

(c) Verificar o PC/PO; dar directivas ao sargento de


pelotão no que respeita a assuntos relacionados com
a logística.

(d) Elaborar o esboço do sector e envia-o para o


comandan-te de companhia uma hora depois da
ocupação da posição.

(e) Antes de o pessoal começar a cavar o abrigo, passar


pelas posições das secções para confirmar ou
alterar o que achar incorrecto e executar a
coordenação com as unidades à esquerda e à direita.

(f) Elaborar um plano de segurança que inclua patrulhas


de segurança, alertas, sentinelas e PO's/PE's.

(g) Coordenar com o comandante de companhia sobre qual-


quer mudança na situação ou novas ordens a receber.

(h) Após o pessoal ter preparado as posições, verifica-


-as (olhar para elas do lado do inimigo e corrigir
qualquer deficiência encontrada).

(i) Verificar:

1. Se o pessoal está a par das ordens/informações


dadas pelo canal de comando.

2. Se os sectores de tiro se sobrepoem (apoio mútuo


entre posições).

3. As zonas mortas.

4. A segurança.

5. A camuflagem.

(j) Reconhecer os itinerários de e para as posições de


alternativa e/ou suplementares e informar o
comandante de secção.

(k) Verificar:

1. Se o plano de segurança e alerta está a ser cum-


prido.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 73

2. O plano de patrulhas está em execução.

3. As transmissões.

4. A parte logística.

(l) Supervisar continuamente.

(2) Sargento de pelotão:

(a) Estabelecer o posto de comando do pelotão.

(b) Coordenar com o adjunto da companhia a parte logís-


tica.

(c) Enviar um estafeta para orientar o fio telefónico


desde o posto de comando da companhia até ao posto
de comando do pelotão.

(d) Ajudar o comandante de pelotão na elaboração do


esboço do pelotão.

(e) Requisitar e distribuir ferramentas, equipamento


de sapadores, água, rações de combate e munições.

(f) Passar pelas posições com o comandante de pelotão.


Supervisar a colocação das secções, das metralhadoras
ligeiras e a elaboração das cartas de tiro.

(g) Estabelecer o plano de alerta e segurança, plano


do pessoal que vai descansar e informa o comandante
de pelotão sobre estes assuntos

(h) Supervisar continuamente.

(3) Comandante de secção:

(a) Estabelecer segurança local (até ordens em


contrário, pelo menos um terço do pessoal).

(b) Posicionar os homens da sua secção.

(c) Coordenar com as secções à esquerda e à direita.

(d) Elaborar o esboço do respectivo sector e envia-lo


para o comandante de pelotão.

(e) Passar pelas posições antes de os homens começarem


a cavar o abrigo e verifica os sectores de tiro,
cartas de tiro, estacas de pontaria e as zonas
mortas de cada posição.

(f) Dar ordem aos soldados para começarem a cavar o


abrigo depois do comandante de pelotão verificar as
posições.

(g) Assegurar-se de que o fio telefónico chega à sua


posição.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 74

(h) Distribuir rações, água, munições, ferramentas e


outro material.

(i) Difundir aos seus homens os planos, informações e


ordens adicionais.

(j) Supervisar as equipas de lançamento de minas e fio


telefónico.

(k) Dar a ordem às patrulhas pré-planeadas.

(l) Pôr em execução o plano de segurança e alerta.

(m) Reconhecer as posições de alternativa/suplementares


e os respectivos itinerários com o comandante de
pelotão. Seguidamente, informar os comandantes de
esquadra.

(n) Supervisar continuamente.

(4) Comandante de esquadra:

(a)Coadjuvar o comandante de secção no que for neces-


sário.

(b) Supervisar os seus homens e a prioridade de


trabalhos.

(5) Restantes elementos da secção:

Se lhes é dada uma missão de segurança, não fazem


absolutamente mais nada; devidamente uniformizados e
armados eles observam permanentemente o sector que lhes
foi atribuído.
Se não estão em missão de segurança, procedem de acordo
com o seguinte:

(a) Colocar estacas delimitadoras do sector e asseguram-


se que este é batido da posição em que estão.

(b) Andar no sector, determinando zonas mortas e


distân-cias (utilizam equipas de dois homens).

(c) Limpar campos de tiro.

(d) Elaborar cartas de tiro.

(e) Colocar minas claymore à frente da posição


(assegurar-se de que as minas estão voltadas para
o inimigo e que o fio eléctrico não se dirige
directamente para a posição).

(f) Começar a cavar a posição depois do comandante de


pelotão confirmar a posição.

(g)Participar em tarefas adicionais (lançar fio, ir


buscar rações de combate, munições, etc) e
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 75

patrulhas.

(h)Executar higiene pessoal, tomar as refeições e des-


cansar de acordo com o horário estabelecido pelo
respectivos comandante de pelotão.

(i) Construir a cobertura superior, proceder à


camuflagem e melhoram a posição.

(j) Continuar a melhorar a posição permanentemente.

e. Planos de segurança:

As medidas de segurança (passivas e activas) são tomadas


para atingir dois objectivos: surpresa e tempo de reacção.
Através da surpresa, a localização e intenções da nossa
unidade permanecem desconhecidas até ser demasiado tarde
para o inimigo reagir.
As medidas de segurança devem assegurar que, no caso de
contacto com o inimigo, a vulnerabilidade da nossa unidade
seja limitada e que uma reacção rápida e violenta da nossa
parte seja decisiva para que a situação se resolva
favoravelmente.

(1) Medidas passivas:

(a) Camuflagem individual para todas as operações


tácti-cas.

(b) Disciplina das transmissões.

(c) Disciplina de ruídos e luzes.

(d) Controle do lixo.

(e) Quando abandonar as posições deixe-as tal e qual


como as encontrou, sem quaisquer vestígios da
presença da unidade.

(2) Medidas activas:

(a) Estabelecer posições defensivas falsas para


confundir o inimigo.

(b) Estabelecer PO(s) à frente da posição e nos flancos,


da posição

(c) Estabelecer patrulhas de segurança bem à frente da


posição de combate, em zonas mortas, em intervalos
entre pelotões e companhias e para a retaguarda e
flancos

(d) Instalar: alarmes químico, sensores remotos e


outros sistemas expeditos de alerta.

(e) Os comandantes estabelecem turnos entre si por


forma a que esteja sempre um supervisando a linha
defensiva do pelotão.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 76

(f) Em cada posição há sempre um homem a garantir a


segurança

(g) São executados pelo menos dois alertas, com duração


média de uma hora (que incluam o nascer e pôr do
sol). Qualquer dos alertas termina à ordem do
comandante. À hora do alerta os elementos do pelotão
estão todos em posição, devidamente uniformizados,
armados e com as mochilas prontas.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 21

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na execucão de uma rendição.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Instalado no terreno, num período de actividade
reduzida.

c. NÍVEL: Esta operação é executada sem ser detectado pelo


inimigo.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) A rendição é a substituição de uma unidade, por outra


ins-talada no terreno.

(2) É uma operação característica da defesa que requer


segredo na preparação e execução.

(3) É normalmente executada de noite ou em períodos de


actividade reduzida.

(4) Durante a rendição as unidades são bastantes vul-


neráveis às acções do inimigo.

b. Actuação (acompanhar pelas figuras):


(1) Na zona de
reunião do pelotão
o comandante de
pelotão e comandan-
tes de sec-ção da
unidade que rende,
prepara-se para
reconhecer e
coordenar a rendição
com a unidade ren-
dida.

(2) O comandante de
pe-lotão desloca-se
pa-ra a posição de
combate, reconhece
o terreno, verifi-
ca e coordena:

(a) Posição das


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 78

armas principais.

(b) Cartas de tiro.

(c) Sectores de tiro.

(d) Posições principais.

(e) Posição de alternativa.

(f) Posição suplementar.

(g) Localização dos obstáculos.

(h) Localização do posto e observação.

(i) Localização dos postos de sentinela especiais.

(3) Na posição de combate das secções, cada comandante de


secção que rende, vai junto do comandante da secção
rendida para reconhecer e coordenar:

(a) Características do terreno.

(b) Sectores de tiro.

(c) Cartas de tiro.

(d) Posições principais.

(e) Posição suplementar.

(f) Localização de obstáculos.

(g) Equipamento que fica na posição.

(h) Actividade recente do inimigo.

(4) O comandante da secção que rende, mais um guia da secção


rendida, deslocam-se à zona de reunião do pelotão.

(5) O sargento de pelotão (com o guia), leva o pelotão até


ao ponto de irradiação.

(6) O comandante da secção (com o guia), leva a secção para


o ponto de irradiação da secção e estabelece segurança
local.

(7) O comandante de secção (com o guia) leva metade da secção


(uma esquadra), para a posição de combate da secção
rendida, ficando cada elemento atrás do abrigo que vai
ocupar.

(8) Na posição de combate, o comandante da secção que rende


posiciona os homens, à medida que vai retirando (por
parelhas ou esquadras) os elementos da secção que está
a ser rendida.

(9) De seguida, o guia leva metade da secção rendida para


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 79

o ponto de irradiação.

(10) O guia leva a 2ª esquadra para render para a posição


de combate, onde são posicionados pelo seu comandante
de secção. Os elementos da secção que está a ser rendida
só saem do abrigo após indicarem ao seu substituto o
sector de tiro a bater.

(11) O guia, mais o comandante a secção rendida, levam


o resto da secção rendida para o ponto de reunião à
rectaguarda. Leva ainda as guarnições das armas
principais que eventualmente lhe estejam atribuídas.

(12) Na posição de combate, o comandante da secção que


rende informa o comandante de pelotão que está pronto
e de seguida quando o comandante de pelotão tiver as
secções todas prontas informará o comandante de
companhia de que está pronto. Os comandantes verificam
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 80

e corrigem se
necessário, o plano
de defesa da unidade
rendida.

(13) As secções
rendidas chegam as
respectivas zonas de
reunião.

(14) Junção das


secções rendidas na
zona de reunião do
pelotão (que foi
coordenado entre o
comandante de pelo-
tão e secção antes da
rendição).

(15) O pelotão desloca-


se para a zona de
reunião da companhia.

c. Em caso de ataque, du-


rante a rendição (antes
do comandante da unidade
que vai render, informar
que a sua unidade está
pronta). O comandante da
unidade rendida assume o
comando de todas as
forças.

d. Material que deve ser deixado na posição, pela unidade


rendida para que a operação seja conduzida com a maior
rapidez, menor ruído e maior eficácia:

(1) Obstáculos, minas, arame farpado e sistemas de


alerta.

(2) Meios de ligação TPF.

(3) Tripés.

(4) Cartas de tiro.

(5) Munições.

(6) Esboço da posição das secções.

(7) Esboço da posição do pelotão.

(8) Esboço do campo de minas.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 22

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na montagem de um pequeno alto e de um


grande alto.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Existir necessidade de executar um alto no
movimento.

c. NÍVEL: Após transmissão da ordem, por imitação o pelotão


executa o alto correctamente.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Pequenos altos:

(1) Duração máxima de 15 minutos.

(2) Tem como finalidade:

(a) Verificar a ligação.

(b) Observar e escutar.

(c) Transmitir ordens.

(d) Descansar.

(e) Navegar.

(f) Tratar pequenos feri-


mentos.

(g) Imobilizar.

(3) Após ser dada a ordem e


por imitação:

(a)D i s p e r s a r , a f a s -
tando--se, mas
mantendo o disposi-
tivo básico do
deslocamento.

(b) Instalar em posições


abrigadas para exe-
cutar tiro na posição
de deitado.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 82

(c) Continuar a observar os sectores que lhes foram


atribuídos durante a progressão.

(d) Posicionar as armas pricipais do pelotão nos eixos


de aproximação do inimigo mais prováveis para a
posição.

(e) Não dormir, fumar, falar ou comer, salvo se


autorizado pelo comandante de pelotão.

(f) Reduzir os movimentos ao mínimo.

(g) Observar cuidadosamente (binóculos ou aparelhos de


visão nocturna) os homens e áreas onde o inimigo
possa estar escondido.

b. Grandes altos:

(1) Duração entre os 15 minutos a várias horas.

(2) Tem como finalidade:

(a) Dormir.

(b) Evacuar mortos ou feridos.

(c) Preparar/aguardar ordens.

(e) Receber abastecimentos.

(3) Após ser dada a ordem:

(a) Escolher o terreno com melhores caracteristicas de


defensa e que tenha no mínimo:

1. Bons cobertos e abrigos.

2. Bons campos de tiro e observação.

3. Bons itinerários de retirada.

(b) Atribuir a cada comandante de secção uma posição


a ocupar pela seção e o respectivo sector de tiro.

(c) Se a rapidez for muito importante pode utilizar o


método do relógio.

(d) Posicionar as metralhadoras ligeiras e armas anti-


-carro.

(e) Reajustar o perimetro.

(f) Determinar a posição dos postos de observação


(PO's).

(g) Determinar o plano de patrulhas a executar no


exterior da posição.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 83

(h) Limpar os campos de tiro.

(i) Cavar abrigos e fazer a respectiva camuflagem, em


função do tempo disponível.

(j) Cumprir o silêncio rádio.

(k) Reduzir os movimentos ao mínimo.

(l)Lançar patrulhas de segurança/reconhecimento no


exterior.

(m) Basicamente o pelotão monta uma defesa em


perímetro.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


- Manual da Companhia de Atiradores - Provisório (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 23

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores no ataque a um edifício.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Um edifício e um local de onde seja possível
apoiar o ataque pelo fogo.

c. NÍVEL Entrar no edifício pelo piso mais alto possível e


limpar o mais rápido possível com o mínimo de baixas.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Normalmente, um pelotão ataca um edifício de cada vez e


orga-niza-se em elemento de assalto e de apoio.

(1) O elemento de apoio é normalmente constituído pelas


Armas, anti-carro, metralhadoras ligeiras e uma ou duas
secções (pode ainda ser equipado com LAW's, lança-
chamas.

(2) O elemento de assalto é normalmente constituído por uma


ou duas Secções. Deve ser equipada com LAW's e uma
dotação extra de granadas.

b. A secção pode ter, como o pelotão, a missão de atacar e


limpar um edifício. Neste caso e sendo reforçada com uma
equipa de metralhadoras pode ser organizada da seguinte
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 85

forma:

c. Considerar três fases no ataque a um edifício:

(1) Os fogos indirectos de apoio isolam o edifício. O


elemento de apoio ocupa uma posição de sobreapoio para
poder executar fogo com as suas armas e para regular
os fogos indirectos de modo a neutralizar as forças
inimigo existentes no edifício e edifícios circundan-
tes.

(2) O elemento de assalto penetra no edifício para


conquistar uma base firma e imediatamente após o
transporte dos fogos de apoio.

(a) O deslocamento do elemento de assalto deve ser por

um itinerário coberto e abrigado (utilizar se


necessário granadas de fumos).

(b) O elemento de assalto deve entrar no edifício pela


parte superior porque:

1. É no rés do chão e cave que se encontram as defesas


mais fortes do inimigo.

2. O telhado dum edifício é normalmente mais fraco


do que as paredes.

3. É mais fácil combater escada abaixo do que escada


acima.

(c) Se não existir um itinerário abrigado que conduza


ao telhado, devemos entrar por um andar inferior ou
rés do chão. Neste caso, deverá conquistar
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 86

rapidamente uma base firme, combater até ao piso


mais elevado e, então, efectuar a limpeza de cima
para baixo.

(3) O elemento de assalto limpa o edifício sala por sala.

(a) O pelotão deve lutar e limpar o edifício a partir


de um só ponto de entrada, se as paredes do edifício
não conferirem protecção contra os projecteis.

(b) Se as paredes oferecem protecção contra os


projecteis (pedra ou cimento), o pelotão pode
entrar por mais que um ponto de entrada para a
limpeza. Neste caso, isto implica uma clara
compreensão sobre qual a parte do edifício que cada
secção limpa.

(c) As secções não devem ter mais que um ponto de


entrada.

(d) Técnica operacional para limpeza de compartimento.

1. Uma das equipas de assalto (2 ou 3 homens),


desloca-se coberta pelo fogo para o ponto de
entrada.

2. Um homem lança uma granada de mão para dentro do

compartimento.

3. Após a explosão, outro homem entra no compar-


timento disparando rajadas curtas e coloca-se
num local que lhe permita bater todo o compartimento
e grita "compartimento limpo".

4. Os outros elementos da equipa de assalto gritam


"vou entrar" e entram, um deles faz uma busca
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 87

rápida.

5. Repete-se os procedimentos anteriores até todo


o edifício estar limpo, marcar os compartimentos
limpos com um sinal pré-combinado ou estabelecido
em normas de execução permanente (NEP) do
pelotão.

6. Estabelecer segurança no compartimento já limpo.

7. Uma vez limpo o edifício marcar com sinal pré-


esta-belecido. Pode aproveitar-se em seguida
este edifício para apoiar pelo fogo o assalto ao
edifício seguinte.

(4) Pontos a ter em atenção:

(a) As portas e as janelas estarão cobertas pelo fogo


do inimigo e poderão estar armadilhadas. Não se deve
entrar por elas, a menos que seja possível
neutralizar o inimigo e as armadilhas.

(b) Os projécteis das espingardas podem perfurar a


maior parte das paredes interiores. Quem disparar
através duma parede deve estar seguro de quem se
encontra do outro lado.

(c) Embora um escadote, uma cadeira ou um cabo com


fateixa possam auxiliar a entrada por um piso
elevado, deve haver o cuidado de os utilizar em
locais abrigados. Se não houver desenfiamento não
se deve tentar escalar o edifício.

(d) Não andar pelo meio das ruas, progredir encostado


às paredes pelo lado do inimigo.

(e) Não revelar a silhueta ao passar frente a janelas.

(f) Descavilhar as granadas de mão, soltar a alavanca


de segurança, aguardar 2 segundos e lançá-la então.

(g) Não atirar granadas escada acima.

2. REFERÊNCIAS

Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
II
INFANTARIA PELOTÃO - 24

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão na preparação de um edifício para a defesa.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Um edifício e tempo disponível para o fazer.

c. NÍVEL: O pelotão de atiradores prepara o edifício com o tempo


que tiver disponível e com os materiais existentes no
local, por forma a que este proporcione:

(1) Protecção.
(2) Condições para que seja defendido.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. A preparação de um edifício para a defesa, (em semelhança


a uma posição defensiva), obedece a princípios muito
rigorosos, assim:

(1) Posições:

(a) As melhores, são as conferidas por edifícios de


betão ou tijolo. Os edifícios que ardem facilmente
devem ser evitados.

(b) As posições óbvias devem ser evitadas.

(c)Preparar posições principais, alternativas e suple-


mentares

(d) Devem ter bons campos de tiro em todas as direcções.

(e) Devem conferir apoio mútuo

(2) Utilizar itinerários desenfiados para deslocamentos e


reabastecimentos, (os melhores itinerários são os que
correm por trás, pelo interior ou pelo subsolo do
edifício).

(3) Evitar edifícios que necessitam de muitos preparativos


quando o tempo disponível é curto e os materiais
escassos.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 89

b. Logo que o comandante do pelotão receber o(s) edifício(s)


que irá defender, instalar os seus homens, metralhadoras
e armas anti-carro (se as tiver) tendo em atenção:

(1) As metralhadoras devem ficar nos pisos inferiores para


poderem executar tiro rasante:

(a) Reforçar a posição da metralhadora ligeira com


sacos de terra.

(b) Molhar a zona circundante para evitar incêndios e


não levantar poeiras.

(c) Fazer um fosso de granadas exterior e outro


interior.

(2) As armas anti-carro (LAW’s), devem ser posicionadas nos


pisos superiores, de modo a dispôr de campos de tiro

extensos:

(a) As posições podem ser em esquina, (janela - janela).

(b) Posição em telhados.

(c) Atenção ao escape de gazes.

(d) Para além do espaço livre para o escape de gazes


deve o compartimento dispôr no mínimo de 2m2 de área
coberta e todo o pessoal presente na sala deve usar
tampões nos ouvidos e colocar-se à frente da
extremidade traseira das armas por causa da
deslocação do ar no compartimento.

c. As posições de atiradores devem permitir uma defesa a toda


a volta:
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 90

(1) As posições em janelas devem tirar partido das sombras,


deve evitar-se a proximidade imediata da janela

(2) As posições devem ser melhoradas com sacos de terra ou


escombros e dispôr de cobertura superior.

(3) Sempre que possível, devem utilizar-se seteiras que:

(a)Devem localizar-se onde estejam escondidas e não


sejam esperadas.

(b) Devem ser mais estreitas no exterior e mais largas


no interior.

(c) Abertas discretamente com escopro e martelo, não


com explosivos

(4) Camuflar as posições com o auxílio de escombros ou


arbustos.

(5) As áreas poeirentas podem ser revestidas com cobertores


(exemplo) humedecidos com água, para impedir o
levantamento de poeiras quando as armas disparam.

(6) Retirar os vidros das janelas.

(7) Colocar redes de arame para evitar a entrada de granadas


de mão pelas janelas, mas que permitam o lançamento de
granadas de mão para o exterior.

d. Outros aspectos importantes na preparação de um edifício


para a defesa:

(1) Reforçar os tectos com barrotes.

(2) Cobrir os soalhos com terra ou água para evitar


incêndios.

(3) Preparar equipamento de combate a incêndios - extin-


tores, caixas com areia e depósitos com água.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 91

(4) Desligar o gás e a electricidade.

(5) Abrir buracos entre compartimentos para permitir o


acesso a posições de alternativa e suplementares.

(6) Fazer o movimento entre pisos através de passagens


abertas para o efeito e com escadas facilmente
removíveis.

(7) Barricar os terraços com minas e obstáculos para evitar


o envolvimento vertical.

(8) Lançar linhas telefónicas através do edifício.

(9) Camuflar as antenas dos rádios (coloca-las junto das


paredes).

(10) Um cortinado ou um pedaço de pano suspenso numa janela


ajudará a ocultar os homens num compartimento assim
escurecido.

(11) Barricar os esgotos e as passagens subterrâneas não


utilizados.

(12) Após receber autorização superior, colocar minas e


armadilhas. Executar o registo e sinalizar, para evitar
que as nossas tropas as accionem inadvertidamente.

(13) À ordem, retirar a sinalização de todas as armadilhas


e sinalizar as minas somente com a indicação do compo
de minas.

(14) A partir do ponto anterior, considerar as zonas minadas


e armadilhadas, zonas interditas a movimentos, excepto
por patrulhas de segurança e gurnições de PO,
utilizando itinerários bem referenciados ou guias.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 92

(15) Utiliar minas e obstáculos para cobrir espaços mortos


e para impedir o inimigo de utilizar ruas, travessas
ou te-lhados. Cobrir obstáculos pelo fogo.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DEINFANTARIA
CAPÍTULO:
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO I
PELOTÃO - 25

OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na execução de uma emboscada anti-


pessoal

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma situação simulada e uma missão para
executar uma emboscada anti-pessoal.
- Uma zona de morte.
- Local adequado para emboscada.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes itens:

(1) Organizar o pelotão de acordo com o descrito nesta


ficha.
(2) Montar a emboscada sem ser dectectado.
(3) Destruir pelo menos 80% da força inimiga que se en-
contra dentro da zona de morte.
(4) Não sofrer baixas no pelotão.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Definição

Emboscada é um ataque de surpresa feito a partir de uma


posição coberta e abrigada contra um alvo em movimento ou
temporaria-mente parado. Pode incluir um assalto para
estreitar o contacto com o inimigo e destruí-lo ou pode ser
apenas um ataque pelo fogo.

b. Organização

Cmd

GRUPO GRUPO GRUPO


SEGURANÇA APOIO ASSALTO

(1) Subdividir os grupos nas equipas necessárias.

(2) A organização do pelotão para montar uma emboscada anti-


-pessoal é igual à organização de uma patrulha para o
mesmo efeito.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 98

c. Finalidades

(1) Destruição

Se a destruição do inimigo e do material é a finalidade


da acção, deve montar-se uma emboscada proxima. O grupo
de assalto é posicionado perto da zona de morte para
poder lançar o assalto. A emboscada deve pois, ser
realizada em terreno fechado e complementada com a
montagem de obstáculos de modo a restringir o movimento
do inimigo.

(2) Flagelação

Para esta finalidade, montar uma emboscada afastada.


Emboscadas de flagelação com sucesso provocam no
inimigo menos agressividade e uma atitude mais
defensiva. As tropas ficam com o moral mais reduzido
e a sua eficácia para o combate diminui. O grupo de
assalto é normalmente colocado afastado da zona de
morte e em terreno com bons campos de tiro e itinerários
de retirada. Algumas das formas de flagelação têm por
finalidade:

(a) Destruir pessoal ou equipamento.

(b) Dificultar os movimentos do inimigo.

(c) Canalizar o inimigo tornando alguns itinerários


impraticáveis.

(d) Obter notícias.

d. Formações

(1) A formação a utilizar numa emboscada é determinada por


uma ponderação entre as vantagens e desvantagens de
cada uma em relação ao terreno, condições de visibili-
dade, pessoal disponível, armamento, equipamento,
facilidade de controlo, alvo a ser atacado e situação
do inimigo.

(2) Descrição dos tipos de formações e principais


caracteris-ticas:
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 99

(a) Emboscada em linha

1. Dispor o grupo de assalto ao longo do eixo de pro-


gressão do inimigo e paralelamente a este.

2. Sujeitar o inimigo um grande volume de fogos


flan-queantes.

3. Seleccionar os alvos que vão ser batidos na zona


de morte (inicio da formação inimiga, meio ou
cauda).

4. Apropriada para terreno fechado que restrinja o


movimento do inimigo. Se em terreno aberto, esta
restrição é obtida através do emprego de
obstáculos artificiais (minas, armadilhas,
explosivos).

5. Tem como maior vantagem a facilidade do controlo

de fogos em todas as condições de visibilidade.

(b) Emboscada em L

1. É uma variante de formação anterior, o eixo mais


longo do grupo de assalto é colocado paralelamente
à zona de morte. O eixo mais curto é normalmente
ocupado pelo grupo de apoio e faz fogo enfiado
em relação à zona de morte.

2. É uma formação muito flexível, pode ser estabe-


lecida na curva de uma estrada ou de um rio.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 100

3. O fogo do grupo de apoio pode ser transportado


de modo a impedir que o inimigo retire,
afastando-se do grupo de assalto.
(c) Emboscada em Z

É uma variante de formação anterior na qual o grupo


de assalto é desenvolvido em linha em que a "perna
do Z" que se adiciona, tem as funções de: bater
forças inimigo que tentem escapar ou venham
reforçar as forças emboscadas, isolar a zona de

morte e restringir o flanco impedindo envolvimen-


tos.

(d) Emboscada em V
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 101

1. Desenvolver o grupo assalto ao longo dos dois


lados do eixo de progressão do inimigo.

2. Necessidade de cuidada coordenação para as duas


equipas de assalto não se baterem mutuamente
pelo fogo. É a forma mais difícil de controlar.
3. Tem como grande vantagem a dificuldade do inimigo
se aperceber da emboscada antes de se encontrar
na zona de morte e ser difícil de reagir a ela,
pois é batido pelos dois lados.

(e) Emboscada de zona

Não é formação em si mas um conjunto de emboscadas


pontuais coordenadas entre si.

e. Emboscadas não usuais

Existem emboscadas feitas em locais pouco propícios, mas


que se obtêm um grande efeito de surpresa. Estas emboscadas
podem ser de dois tipos:

(1) Emboscada de demolição

O pelotão
m o n t a
explosivos e
m i n a s
controladas à
distância num
itinerário com
fracas car-
acterísticas
para embosca-
das. Depois de
terminadas as
ligações ape-
nas dois hom-
ens ficarão a
vigiar o lo-
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 102

cal, eles accionam os explosivos quando a maior parte


do alvo se encontrar na zona de morte. Estes dois homens
co-locam-se afastados da zona de morte para não serem
detectados e juntam-se ao resto do pelotão após se
certifica-rem que os explosivos foram accionados. O
resto do pelotão monta uma posição defensiva imediata.
(2) Emboscada salto do chão

Este tipo de emboscada é normalmente utilizada em


locais abertos tipo desertos, que não sejam propícios
a embos-cadas convencionais. O grupo de assalto
encontra-se em posições escavadas no terreno ao longo
do eixo de pro-gressão do inimigo, quando este se
encontra na zona de morte o pessoal sai dos buracos e
desencadeia fogos sobre o inimigo (as cargas devem ser
colocadas a uma distância suficiente do pessoal
enterrado).

f. Sinais utilizados

Para desencadear uma emboscada com sucesso são necessários


cinco sinais:

(1) Aproximação do inimigo

Sinal dado pelas equipas de segurança ao Comandante de


Pelotão da aproximação do inimigo. Esse sinal pode ser
através do telefone, fio ou rádio (evitar sempre que
possível o rádio).

(2) Início de emboscada

Sinal dado pelo comandante de pelotão que deve provocar


sempre baixas. Pode ser o rebentamento de explosivos,
granadas, minas, LAW, etc. Deve existir sempre um sinal
alternativo.

(3) Cessar ou transportar o tiro

Sinal dado pelo comandante de pelotão antes do início


do assalto. Utilizar sinais sonoros ou pirotécnicos.

(4) Início do assalto

Sinal dado pelo comandante de pelotão através de sinais


sonoros ou em conjugação com o anterior.

(5) Retirada

Sinal dado pelo comandante de pelotão atravé de sinais


sonoros ou pirotécnicos e que deve ser repetido pelos
elementos do grupo de assalto, se for um sinal sonoro.

g. Execução

(1) Na execução de uma emboscada existem três tarefas espe-


cíficas a considerar: segurança, assalto e apoio.

(2) Tarefas dos grupos de segurança, assalto e apoio.


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 103

(a) Segurança

1. As tarefas das equipas de segurança podem incluir


todas ou algumas das seguintes: segurança dos
flancos; alerta próximo; isolamento da zona de
morte para impedir fugas ou dificultar os
reforços; impedir envolvimentos; auxiliar o
grupo de assalto; cobrir a retirada dos outros
grupos.

2. É sempre o primeiro a entrar em posição e o último


a retirar.

3. Manter o comandante de pelotão informado sobre


o inimigo enquanto os grupos de assalto e apoio
entram em posição.

4. Só abrir fogo antes do início da emboscada se de-


tectado ou à ordem do comandante de pelotão.

5. Isolar o local, após o inicio da emboscada,


cobrir a retirada do resto do pelotão e retirar
à ordem, a sinal pré-combinado ou a horário.

(b) Apoio

1. Além das espingardas automáticas pode ser


constituído por metralhadoras ligeiras, armas
anti-car-ro ou morteiros.

2. Posicionar as armas de forma a bater por completo


a zona de morte.

3. Colocar as metralhadoras ligeiras em local que


permita obter fogo rasante sobre a zona de morte.

4. Reconhecer sem qualquer dúvida o sinal de trans-


porte/cessar fogo.

5. Pode ser colocado junto ao grupo de assalto,


quando não for possível obter bons campos de
tiro.

6. O sargento de pelotão encontra-se neste grupo.

(c) Assalto

1. É organizado para fazer fogo e executar o assalto


à zona de morte.

2. Para uma missão que implica o assalto da zona de


morte podem ser necessárias uma ou mais das
seguintes equipas: assalto, demolição, maqueiros,
pri-sioneiros de guerra e busca.

3. Tarefas possiveis:

- Capturar/destruir equipamento e abastecimentos.


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 104

- Capturar/destruir pessoal.

4. É o último a entrar em posição.

5. O comandante de pelotão deve acompanhar este


grupo.

6. Assaltar a zona de morte não é obrigatório, mas


se lançado, é à ordem do comandante de pelotão.

7. Atravessar rápidamente a zona de morte e


consolidar no lado oposto.

8. Após consolidação as equipas especiais cumprem


as suas tarefas:

- A equipa de demolição coloca as cargas


- As equipas de busca revistam a zona de morte,
guardando tudo o que tiver valor para as
informações
- As equipas de prisioneiros de guerra agem de
acordo com as NEP
- As equipas de maqueiros evacuam os mortos e
feridos, de imediato, para o ponto de reunião
no objectivo.

9. Quando as acções na zona de morte terminarem o


co-mandante de pelotão dá ordem de retirar.

11. Permanecer no máximo três minutos na zona de


morte.

h. Escolha e melhoramento do local

O comandante de pelotão deve posicionar a emboscada ao longo


do eixo de aproximação, o local deve ter a melhor combinação
entre:

(1) Terreno dominante com alguma protecção contra as


medidas anti-emboscada do inimigo.

(2) Bons campos de tiro.

(3) Cobertura e dissimulação para obter surpresa e


protecção do pelotão.

(4) Itinerários de retirada de modo a que o pelotão possa


retirar rapidamente e em segurança.

(5) Obstáculos naturais ou artificiais que canalizem o in-


imigo para a zona de morte e limitem os seus itinerários
de fuga.

(6) Obstáculos artificiais tais como minas, armadilhas ex-


plosivas, crateras, pontes destruídas.

(7) Eventualmente, colocar minas anti-pessoal ao longo das


bermas da estrada ou suspensas nos ramos das árvores
por cima da zona de morte. Estas minas com detonação
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 105

comandada podem ser um bom sinal para iniciar a


emboscada.

(8) Na berma da estrada, na zona de morte, onde se prevê


que o inimigo se instale para reagir ou abrigar, colocar
rede de cordão detonante com uma quadricula cerca de
1,5 metro de lado. Accionar à ordem do comandante de
pelotão.

i. Ocupação do local

(1) Ocupar o local da emboscada o mais tarde possível, tendo


em conta o permitido pela situação e pelos preparativos
a executar. Permite reduzir o risco da emboscada ser
detectada e o tempo que os combatentes tem que ficar
imóveis nesse local.

(2) Face ao reconhecimento de comandantes, defenir a ordem


e o tempo de separação, da saída dos grupos para montar
a emboscada.

(3) A ocupação deve fazer-se de acordo com a seguinte ordem:

1º Grupo de segurança
2º Grupo de apoio
3º Grupo de assalto

(4) Montar a emboscada rapidamente.

(5) Estabelecer o sistema de comunicação entre os grupos


e o comandante de pelotão.

(6) Preparar os sistemas de alerta.

(7) Posicionar as metralhadoras ligeiras de modo a bater


a zona de morte e os atiradores granadeiros de modo a
cobrir os espaços mortos deixados por elas.

(8) Atribuír sectores de tiro a todos os combatentes.

(9) Posicionar o grupo de assalto.

(10) Colocar as minas, armadilhas e explosivos no terreno.

j. Disciplina de fogo

É outro elemento fundamental para o êxito da emboscada. O


fogo só pode ser iniciado após sinal (causador de baixas)
do comandante de pelotão, após este todos devem colocar de
imediato o maior volume de fogos sobre a zona de morte.
Quando é previsto o assalto, a reacção ao sinal de cessar
fogo deve ser imediata para não dar tempo ao inimigo de se
recompor e reagir.

l. Assalto

Para uma missão de destruição o assalto é lançado assim que


for obtida uma grande superioridade de fogos ou quando o
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 106

inimigo não esboçar qualquer tipo de reacção.


O assalto deve ser rápido e violento. Uma vez na zona de
morte deve ser feita a consolidação para impedir contra-
ataques dos elementos em fuga ou de reforços. As equipas
com funções especiais cumprem as suas tarefas com rapidez
e informam assim que terminarem.

m. Retirada

(1) Se a missão é de flagelação, o pelotão retira antes que


o inimigo tenha tempo para se recompor e reagir à em-
boscada.

(2) Se o inimigo perseguir o pelotão, o último grupo pode


rebentar minas previamente colocadas ao longo do
itinerário de retirada, de modo a atrasá-lo e provocar
baixas.

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Patrulhas (esboço)(EPI).


- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 26

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores numa emboscada Imediata.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) O efectivo da força inimiga é igual ou inferior
do pelotão que monta emboscada.
(4) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma situação táctica simulada de forças ini-
migas em aproximaçãp à nossa posição.

c. NÍVEL: Ao sinal de aviso o pelotão executa com rapidez a acção


e com o menor ruído possível.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades

(1) Esta tarefa é utilizado quando um pelotão (patrulha)


em deslocamento que ainda não foi vista pelo inimigo,
detecta a aproximação inimiga e dispõe de tempo para,
executar alguma acção de combate para além de
imobilizar.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 108

b. Conduta:

(1) Detectar o inimigo sem ser foi visto por ele.

(2) Montar uma emboscada em vez de imobilizar, caso tenha


tempo.

(3) Dar o sinal de emboscada imediata.

(a) Desenvolver em linha para a esquerda ou direita


(conforme indicado), tomando as melhores posições

de tiro ao longo do itinerário a utilizar pelo


inimigo.

(b) Se o pelotão não for detectado e de acordo com a


mis-são, iniciar a emboscada ou deixar passar o
inimigo.

(c) Se o pelotão for detectado, após se haver


imobilizado ou instalado, iniciar a emboscada (
quem verificar a detecção por parte do inimigo abre
fogo de imediato).

(d) Proceder em seguida como numa emboscada comum


(Pelotão 25).

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 27

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores numa rotura de combate sem pressão do


inimigo.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Em condições de visibilidade reduzida ou a
coberto de fumos.
(4) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma missão de romper o contacto sem pressão
do inimigo.

c. NÍVEL: A rotura de combate é executada sem ser detectada pelo


inimigo.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades

(1) Qualquer movimento táctico organizado, que uma unidade


executa para a retaguarda ou para se afastar do inimigo
designa-se por OPERAÇÕES RETRÓGRADAS.

(2) Um dos tipos de operação retrógradas é a rotura de


combate e que sussintamente se define como sendo uma
operação pela qual toda ou parte duma força desenvolvida
para o combate se desempenha do inimigo.

(3) A rotura de combate pode ser com pressão do inimigo (a


evitar), ou sem pressão do inimigo, no entanto em
qualquer dos casos, o contacto com o inimigo é sempre
mantido, de forma a poder-se retardá-lo e iludi-lo e
ainda garantir--se a segurança.

(4) A rotura de combate sem pressão do inimigo deve empregar


medidas capazes de impedir que o inimigo se aperceba
da operação. Deve ser executada em períodos de
visibilidade reduzida, em terreno coberto ou utili-
zando fumos.

(5) Os planos efectuados devem incluir medidas a tomar, caso


o inimigo se aperceba da operação e queira interferir.

(6) É executada uma rotura de combate sem pressão do


inimigo, quando se pode romper o contacto sem que o
inimigo se aperceba.

(7) A rotura de combate sem pressão do inimigo é executada


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 110

numa altura em que o inimigo não está a atacar. Os


pelotões devem estar preparados para combater enquanto
recuam, ou para retomar a defesa se o inimigo atacar.

(8) Forças de Segurança:

(a) O comandante de companhia nomeia o comandante da


força de segurança, também designada por ELDC
(Elementos Ligeiros Deixados em Contacto, normalmente
comandados pelo adjunto da companhia ou um dos
comandantes de pelotão), e que tem a missão de
cobrir a rotura de combate através de medidas de
decepção impedindo que o inimigo se aperceba da
operação.

(b) Genericamente, o efectivo, composição e missão da


força de segurança, são definidos pelo comandante
de companhia.

(c) O comandante de companhia pode decidir deixar no


máximo até um pelotão como força de segurança da
companhia ou ordenar que cada pelotão deixe a sua
própria a força de segurança. Nesse caso as forças
de segurança dos pelotões constituem a força de
segurança da companhia.

(d) Se um pelotão é escolhido como força de segurança


da companhia, o comandante de pelotão deverá
reposicionar as secções e as armas para cobrir a
rotura de combate da companhia. Isto inclui
normalmente o repo-sicionamento de uma secção em
cada uma das posições dos outros pelotões, para
cobrir o eixo de aproximação mais perigoso para essa
posição e o reposicionamento de armas para cobrir
os eixos de aproximação mais perigosos para a
posição da companhia.

(e) Se cada pelotão tiver a sua força de segurança, ela


será constituída normalmente por uma secção, uma
metralhadora e duas anti-carro médias (se existirem).

(f) O comandante da força de segurança do pelotão é


normalmente o comandante da secção deixada em
posição.

(g) Quando começa a rotura de combate, cada força de


segu-rança de pelotão fica sob o controlo do
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 111

comandante da força de segurança da companhia


(normalmente o adjunto da companhia).

(h) A força de segurança esforça-se por disfarçar a


rotura de combate e iludir o inimigo, continuando
a desenvolver uma aparente actividade normal da
companhia.

(i) Assim que a companhia se encontra na posição


seguinte, ou a uma certa distância das posições que
deixou, o comandante da força de segurança da
companhia, ordena a rotura de combate da força de
segurança depois da indicação do comandante de
companhia. Estas ordens devem ser dadas pelo
telefone ou por uma palavra código ao rádio.

(j)A força de segurança rompe o combate utilizando o


mesmo plano básico usado pelo grosso da companhia.

(k) Em caso de ataque a força de segurança poderá ter


que conduzir uma acção de fogo e movimento para a
retaguarda até que se verifique a quebra de
contacto, reagrupando-se então para se deslocar
para a retaguarda.

(9) Secção de quartéis:

(a) O comandante de companhia pode enviar uma secção


quartéis para a posição seguinte, antes do início
da rotura de combate.

(b) Esta secção é composta, normalmente por elementos


do comando da companhia e representantes de cada
pelotão (normalmente o sargento de pelotão e um guia
de cada secção).

(c) Assim que chegam à posição seguinte, os represen-


tantes do pelotão reconhecem as posições, sectores,
itinerários e PO's adequados para o pelotão.

(d) Quando chega o pelotão, os guias das secções vão


ao seu encontro e guiam-nas para as respectivas
posições.

(e) O sargento de pelotão informa o comandante de


pelotão e fazendo um resumo acerca da posição e
doutros elementos importantes.

b. Planeamento:

(1) O comandante de companhia informa, normalmente, os seus


comandantes de pelotão sobre:

(a) Quando se iniciará a rotura de combate.

(b) A localização da zona de reunião da companhia e o


que cada pelotão deverá fazer após lá chegar (logo
que a companhia esteja reunida desloca-se, sob o
comando do comandante companhia, para a posição
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 112

seguinte).

(c) A localização da zona de reunião de cada pelotão.

(d) Qual o itinerário a utilizar da zona de reunião do


pelotão para a zona de reunião da companhia.

(e) Comandante da força de segurança, efectivo e


composição.

(f) Quais as missões subsequentes da companhia e dos


pelotões.

(2) Com base nas informações do comandante de companhia,


cada comandante de pelotão planeia e comunica aos seus
comandantes de secção o seguinte:

(a) Quando se iniciará a rotura de combate.

(b) A localização da zona de reunião do pelotão e o que


cada secção deverá fazer quando lá chegar.

(c) A localização das zonas de reunião das secções.

(d) Quais os itinerários a utilizar das zona de reunião


das secções para a zona de reunião do pelotão

(e) Comandante da força de segurança, efectivo e com-

posição.

(f) Quais as missões seguintes do pelotão e das secções.

2. REFERÊNCIAS

- RC 130-1 Operações Volume 1.


- Manual do Pelotão e a Secção de Atiradores (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA PELOTÃO - 28

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE APRENDIZAGEM

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores numa rotura de combate sob pressão do


inimigo.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma missão de rotura de contacto sob pressão
do inimigo.

c. NÍVEL:
(1)Efectuar a rotura de combate de acordo com um dos
metodos descritos.
(2) Conseguir juntar-se ao contacto com o inimigo.
(3) Ficar pronto a cumprir a missão subsequente.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) A rotura de combate sob pressão do inimigo, é mais


facilmente executada por unidades mecanizadas ou
blindadas, podendo no entanto ser conduzido por forças
apeadas.

(2) Os fumos devem ser utilizados, se as condições meteoro-


lógicas forem favoráveis, para encobrir o movimento das
forças em rotura e dificultar o ajustamento dos fogos
inimigo.

(3) A rotura de combate das unidades em contacto não é


exe-cutada em sequência rígida. Em regra, rompem o
contacto em primeiro lugar as forças menos fortemente
empenhadas.

(4) Quando uma unidade está fortemente empenhada, o


comando superior intervem rapidamente para evitar o
aniqui-lamento. Pode para o efeito, lançar mão de parte
da reserva e de unidades que possam mais facilmente ser
desempenhadas e de fogos de todos os meios disponíveis
incluindo fogos e meios aéreos.

(5) Numa rotura de combate sob pressão, a companhia rompe


o contacto e desloca-se para a retaguarda durante um
ataque inimigo. Os pelotões rompem o contacto,
combatendo enquanto recuam.

(6) A rotura de combate sob pressão é levada a cabo quando


TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 114

uma companhia é forçada, pelo inimigo, a sair das suas


posições defensivas.
A companhia pode deslocar-se para outras posições para
prosseguir a defesa ou romper o contacto e partir para
outro local para executar outra missão.

(7) Cada pelotão procura romper o contacto com o inimigo


pelo fogo e movimento e deslocando-se para a retaguarda.

(8) Depois de terem rompido o contacto e já à retaguarda


das posições iniciais, o comandante de companhia dirá
o que deve ser feito a seguir.

(9) Poderá o pelotão efectuar cobertura de outros pelotões,


a ocupação de uma nova posição defensiva ou o
deslocamento para outra missão.

b. Sequência da rotura de combate:

O comandante de companhia controla a sequência pela qual


os seus homens rompem o combate.
A decisão sobre qual deles deverá romper em primeiro lugar,
baseia-se, normalmente, na localização do ataque inimigo
e no grau de empenhamento de cada pelotão.
Uma vez que o comandante de companhia receba a missão de
romper o combate é normal que ordene para o fazer em primeiro
lugar, o pelotão menos empenhado.
Então, este pelotão rompe o combate e retira para uma
posição donde possa sobreapoiar a rotura de combate dos
pelotões mais empenhados que o fazem utilizando fogo e

movimento para a rectaguarda.

c. Métodos de rotura de combate:

Os pelotões podem utilizar três métodos básicos para romper


o contacto com o inimigo:

- Por enfraquecimento das linhas.

- Por esquadras.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 115

- Por secções.

Para cada método o fundamental é o movimento, a utilizar


com um número diferente de homens, consoante atrás
referido.

(1) Rotura do contacto por enfraquecimento de linhas:

A primeira fase do fogo e movimento para a retaguarda


decorre ao nível secção.
Os comandantes de secção e de esquadras ordenam que
alguns dos homens recuem, isoladamente, para onde cada
um possa instalar-se numa posição de tiro que permita

cobrir o deslocamento dos restantes quando, estes se


deslocam para a retaguarda.

(2) Rotura do contacto por esquadras:

Se o fogo inimigo não é suficientemente intenso que


exija a rotura de combate por enfraquecimento de
linhas, ou que após recuo suficiente, a pressão deixa
de ser tão intensa, as secções recuam por esquadras.

Uma sobreapoia e a outra recua ou seja vai trocando o


elemento de fogo com o elemento de movimento,
alternadamente.

(3) Rotura do contacto por secção:

Se o fogo inimigo não for suficientemente intenso que


exija rotura de combate por esquadras, ou se as secções
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 116

já recuaram até um ponto onde esse método deixou de ser


necessário, o pelotão recua por secções.

O pelotão recua utilizando o fogo e movimento recuando


uma secção, sucessivamente, coberta pelas outras duas.

À medida que o fogo inimigo diminui de intensidade, o


pelotão muda para o método de rotura do contacto mais
rápido que se seguir (primeiro por enfraquecimento de
linhas, depois por esquadras e por fim por secções).

Em determinado momento desta acção e quando o fogo


inimigo é menos intenso o pelotão pode suspender o fogo
e movi-mento.

Nessa altura, prosseguirá a rotura de combate em lanços


com sobreapoio (para a retaguarda).

Isto acontece quando o pelotão deixa de estar sob o fogo


directo do inimigo, ou quando outro pelotão protege o
seu movimento.

Assim que a rotura de contacto está concluída, o pelotão


desloca-se de acordo com as ordens do comandante de
companhia.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


- RC-130-1 Operações Volume 1
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:

INFANTARIA PELOTÃO - 29

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores na abertura de uma brecha num campo de


minas.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Um campo de minas.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes itens:

(1)Organizar uma secção para a abertura de uma brecha


(Secção de picagem).
(2)Organizar o resto do pelotão para garantir o sobre-
apoio.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Os campos de minas estarão, por norma, cobertos pelos


fogos directos e indirectos do inimigo, para impedir
as forças atacantes de abrir brechas.

(2) O comandante de pelotão deve fazer todo o possível para


negar ao inimigo o conhecimento do momento e do local
em que tentará a abertura da brecha.

b. Execução:

(1) Neutralizar o inimigo que cobre o campo de minas:

(a) O comandante de pelotão pede fogos indirectos para


neutralizar o inimigo.

(b) Se os fogos indirectos não estiverem disponíveis,


emprega os fogos dos lança-granadas (LG-40) e das
metralhadoras ligeira (ML HK-21).

(2) Fumos para ocultar as nossas forças:

O comandante de pelotão pede fumos para mascaramento


da área do campo de minas e dos elementos do seu pelotão
que se irão abrir a brecha no campo de minas.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 118

(3) Limpar uma faixa de terreno e sinalizar as minas


encontradas:

(a) A melhor maneira de limpar uma faixa através do


campo de minas é utilizando uma carga linear lançada
por foguete, um torpedo bengalório ou improvisar
uma carga explosiva linear.

(b)Se o pelotão dispõe deste equipamento especial, é


através da picagem que abre o campo de minas.

(c)Não usar baionetas, dado que poderão provocar a


detonação das minas anti-pessoal e outros tipos de
minas magnéticas.

(d) O comandante de pelotão nomeia uma secção para fazer


a picagem.

(e) Coloca o restante pelotão a sobreapoiar a secção


de picagem.

(f) O comandante da secção de picagem nomeia dois pica-


dores:

1. Um à frente, limpando uma faixa de terreno com


a largura suficiente para rastejar por ela.

2. O outro, cerca de 10 metros atrás do primeiro,


limpa uma faixa igual, de modo que se sobreponha
ligeiramente com a primeira.

3. Os dois picadores arregaçam as mangas e tiram o


equipamento para aumentar a sua sensibilidade.

4. Na picagem, enterram (não cravam) os picadores


sensivelmente a 45o e a intervalos de 5 cm e com
o máximo cuidado. Sinalizar as minas encontradas
com paus, fitas de engenharia, trapos ou papel
higiénico. NÃO TENTAM LEVANTAR AS MINAS.

5. O seu equipamento é transportado por outros ele-


mentos da secção.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 119

6. Outros dois homens seguem atrás, rastejando,


para proteger os picadores ou para assumir a
tarefa dos picadores no caso de algum deles ser
ferido.

7. Os picadores devem ser rodados com frequência.

8. Os restantes membros da secção sobreapoiam os pi-


cadores.

(4) Montar segurança do lado afastado e transpor o


obstáculo.

(a)Assim que os picadores terminarem a abertura da pas-


sagem, a secção desloca-se através dela e estabelece
a segurança no lado afastado do campo de minas.

(b) O comandante de pelotão garante a destruição das


minas sinalizadas (com explosivos, petardos de 500
gramas).

(c)Baliza a passagem limpa (fita balizadora de


sapadores).

(d) O restante do pelotão desloca-se através do campo


de minas.

(5) O pelotão continua a missão.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


- Manual de Fortificações de Campanha (Engenharia).
- Publicação de Sapadores de Infantaria (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:

INFANTARIA PELOTÃO - 30

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores no lançamento de um campo de minas


de protecção imediata.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma área de terreno para simular o lançamento
do campo de minas de protecção imediata

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Fazer o relatório de intenção para lançamento de


campo de minas de protecção e obter a autorização
para lançamento.
(2) Executar o reconhecimento a fim de determinar a
melhor localização para as minas.
(3) Fazer o relatório de início de lançamento.
(4) Colocar as minas.
(5) Elaborar o registo do campo de minas.
(6) Armar as minas, começando sempre do lado do inimigo.
(7) Fazer o relatório final.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO:

a. Generalidades

(1) Um pelotão, pode instalar campos de minas de protecção


imediata, desde que para tal esteja autorizado pelo
comandante da companhia (que por sua vez deve obter do
seu comandante de batalhão a delegação da necessária
autoridade).

(2) Lançar o campo de minas para barrar os prováveis eixos


de aproximação inimigo, dentro do alcance dos fogos das
armas ligeiras, e da observação da posição defensiva.

(3) Não montar armadilhas num campo de minas de


protecção imediata. A sua utilização pode retardar e
pôr em perigo as nossas forças aquando da remoção do
campo de minas.

(4) Usar apenas minas metálicas nos campos de minas de


protecção imediata (se estas não puderem ser encontradas
quando a remoção do campo é manual, um detector de
metais auxiliará a sua localização).
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 121

Minaanti-pessoal
Minaanticarro
Mina anti-pessoal com arame
de tropeçar

(5) O aspecto do campo será semelhante a este:

(6) Obter autorização do comandante de companhia para


ins-talação do campo de minas de protecção (RELATÓRIO
DE INTENÇÃO), antes de executar o reconhecimento.

(7) Determinar os eixos de aproximação mais prováveis do


inimigo.

(8) Fazer um reconhecimento pormenorizado do terreno, afim


de decidir onde colocar as minas anti-pessoal e anti-
car-ro. Durante o reconhecimento o comandante de
pelotão (acompanhado pelo sargento de pelotão e uma
equipa de segurança (4 homens)). Deve-se ter presente
a camuflagem das minas.

(9) Colocar as minas anti-pessoal perto das anti-carro,


afim de evitar que o inimigo as levante e ainda para
bloquear os eixos de aproximação da infantaria. Devem-
se instalar, no campo aberto em frente da posição do
pelotão, as minas anti-pessoal.
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 122

(10) Certificar-se que estes locais podem ser sempre obser-


vados e batidos pelo fogo, da sua posição para evitar
que o inimigo armadilhe ou levante as nossas minas.

(11) Após decidir onde instalar as minas e estar pronto a


dar início ao lançamento do campo, enviar o relatório
de início de lançamento, ao comandante da companhia.

(12) Nomear uma secção de atiradores para lançar o campo de


minas, acompanhada pelo sargento de pelotão.

(13) Devem levar o seguinte material:

(a) Minas anti-carro.

(b) Minas anti-pessoal.

(c) 5 cargas 5.

(d) 2 bússolas.

(e) 2 fitas métricas.

(f) 4 folhas de registo.

(g) 1 binóculo.

(h) Um meio de TSF (Ex: AVP-1).

(i) 20 sacos de terra.

(j) Material orgânico.

(l) Estacas de madeira (2 por fiada).

(m) Carta da região e escalímetro.

(14) O comandante de pelotão dá ao sargento de pelotão, o


plano de contingências, antes de sairem.

b. Actuação da secção que vai instalar o campo de minas:

(1) Ao chegar ao local, o sargento de pelotão monta


segurança, usando para isso uma das esquadras da secção
e com a outra faz o lançamento do campo de minas.

(2) Indicar aos homens os locais (préviamente escolhidos)


para colocar as minas. Avisar os homens para não armarem
as minas, nem ligarem os arames de tropeçar.

(a) Esta tarefa crítica exige proficiência na instalação


de minas. As mais comuns em uso no Exército
Português são as seguintes:

1. Anti-pessoal:

- M18A1
- M/972 (com arame de tropeçar)
TACTICA / PELOTÃO - CAPÍTULO II / Pag. 123

2. Anti-carro:

- M-21
- M-15
- EXPAL
- MKV MKII

3. Iluminantes.

(3) Enquanto os elementos da secção (comandados pelo coman-


dante de secção) colocam as minas, o sargento de pelotão
procura uma referência bem visível em frente da posição
do pelotão.

(4) Do ponto de referência visualizar mentalmente o campo


em fiadas paralelas à sua posição. Isto facilita o
registo e possibilita mais tarde um levantamento rápido
e seguro. De acordo com o STANAG 2036 a fiada mais
próxima do inimigo, designa-se por A e as seguintes por
B, C, etc.

NOTA: STANANG é um documento que uniformiza procedi-


mentos e doutrina a adoptar pelos exércitos dos
vários países membros da NATO.

(5) Ligar o ponto de referência a uma referência principal


bem visível na carta. Medir a distância e azimute desse
ponto principal para o ponto de referência. A
referência principal pode servir para ajudar outros a
localizar o seu campo de minas, se for abandonado pelo
seu pelotão ou se for necessário levantar o campo de
minas.

(6) Considerar o campo de minas constituído por duas fiadas


e colocar duas marcas nas extremidades das fiadas.
Estas marcas são etiquetadas com a letra da fiada, com
o número 1 (um) numa extremidade (extremidade direita)
e o número 2 (dois) na outra (a marca pode ser uma estaca
de madeira, de metal, etc).

(7) A partir do ponto de referência, medir o azimute


magnético e a distância (em passos) até um ponto situado
entre 15 a 20 passos à direita da primeira mina.

(8) Este ponto será chamado B1 e marcará o início da segunda


fiada. Colocar uma marca B1 e registar o azimute e a
distância em impresso apropriado.

(9) Medir a distância e o azimute para um ponto a cerca de


15 a 25 passos da primeira mina da fiada A (a partir
de B1), e colocar uma marca num ponto e registar como
sendo A1.

(10) Medir a distância e azimute de A1 para a primeira mina


e registe. De seguida medir a distância e azimute da
primeira mina para a segunda, e assim sucessivamente
até ter registado todas as minas. Em seguida repetir
o procedimento para a fiada B.

(11) Preencher o impresso de campo de minas (figura da página


ESCOLA PRÁTICA TACTICA SECÇÃO

DEINFANTARIA
CAPÍTULO:
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Soldados bem treinados estão prontos para cumprir a sua


missão e destruir o inimigo.

O seu treino tem que ser realista. Assim, assegura-se que as


tarefas aprendidas e treinadas são bem executadas em combate.

1. DEFINIÇÕES

Uma tarefa crítica é uma tarefa colectiva ao nível secção ou


pelotão que foi identificada como uma das mais vitais tarefas
executadas por uma unidade para obter o sucesso em combate.
As tarefas críticas são total ou largamente independentes da
análise do MITM e são asseguradas com o mínimo de acções de
comando.
As tarefas críticas são executadas ou iniciadas através de uma
condição como por exemplo uma determinada acção inimiga ou
simplesmente a ordem do comandante de secção/pelotão.

2. FINALIDADE

Este capítulo proporciona ao comandante de secção as tarefas


críticas essenciais e repetidas em combate.
Essas tarefas críticas têm muitas vantagens:

a. São construídas do simples para o complexo.

b. Ligam o como treinar e o como combater ao nível das pequenas


unidades.

c. Garantem um programa para um treino contínuo e crítico.

d. Desenvolvem a liderança e o trabalho de equipa, mesmo em


situações adversas.

e. Proporcionam a possibilidade de sobrevivência individual


e da unidade no campo de batalha.

f. Reduzem o tempo de reacção e aumentam a rapidez da resposta


em situações cruciais e difíceis.

g. Ajudam o soldado no seu treino individual pois auto-


maticamente ele sabe o que tem que fazer mesmo na ausência
de ordens.
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 2

3. TREINO DAS TAREFAS CRÍTICAS

As tarefas críticas são treinadas em três fases:

a. Explicação/Demonstração:

O instrutor/comandante de pelotão, explica a tarefa passo-


-por-passo, descrevendo o que cada indivíduo/equipa deve
fazer. Executa também as seguintes tarefas:

(1) Estabelece os objectivos intermédios e respectivos


níveis de que se compõe a tarefa crítica.

(2) Estabelece claramente, o objectivo da tarefa crítica,


ta-refas individuais a desempenhar e o contexto
operacional em que é executada.

(3) Identifica as solicitações iniciais e/ou ordens de


execu-ção para as acções-chave da tarefa crítica.

(4) Demonstra as tarefas, se apropriado, conduzindo uma ex-


plicação passo-por-passo de toda a tarefa crítica.

(5) Responde a questões.

b. Prática:

A unidade executa a tarefa crítica passo-por-passo, por


forma a que todos compreendam o que tem a fazer. O instrutor/
coman-dante de pelotão executa as seguintes tarefas:

(1) Assiste e critica cada passo da execução.

(2) Para a execução, quando necessário, corrige e continua


a execução da tarefa.

(3) Repete a execução da tarefa até que a unidade atinja


os níveis sem a sua interferência.

c. Execução:

A unidade executa automática e rapidamente a tarefa crítica


desde que dada a ordem.

(1) A tarefa crítica e executada sob várias condições de


di-ficuldade e realismo.

(2) Forças inimigas e sistemas de simulação de combate são


incorporados por forma a realçar o realismo da situação
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 3

e dos resultados.
4. ORGANIZAÇÃO DA INSTRUÇÃO

a. Para este capítulo foram seleccionadas as seguintes tarefas


críticas da secção de atiradores:

(1) Comandar uma secção de atiradores num reconhecimento


de área.

(2) Comandar uma secção de atiradores no planeamento e


mon-tagem de postos de observação/postos de escuta (PO/
PE).

(3) Comandar uma secção de atiradores no planeamento e


execução de uma patrulha de segurança.

(4) Comandar uma secção de atiradores na aquisição de


objectivos e distribuição de fogos dentro do seu
sector.

(5) Comandar uma secção de atiradores no assalto a uma casa-


mata.

(6) Comandar uma secção de atiradores na travessia de uma


área perigosa linear.

(7) Comandar uma secção de atiradores na montagem de


emboscada anti-carro.
ESCOLA PRÁTICA TACTICA SECÇÃO

DE
CAPÍTULO:

INFANTARIA SECÇÃO - 01

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar uma secção de atiradores num reconhecimento de área.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de secção.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Uma secção de atiradores orgânica.
- Um objectivo pontual para reconhecer.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Dar de forma correcta a ordem à secção (patrulha).


(2)Executar o reconhecimento sem ser detectado pelo
inimigo.
(3)Elaborar correctamente e de forma pormenorizada o
relatório da patrulha.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Actuação na execução de um reconhecimento de área:

(1) Preparar e planear a operação. A ordem de operações do


comandante secção deve conter no mínimo:

(a) Situação.

(b) Missão.

(c) Tarefas das esquadras e individuais.

(d) Acções no contacto com o inimigo, no ponto de


reunião no objectivo e na área do objectivo.

(e) Plano de contingências.

(f) Outras acções tais como: a travessia de uma área


peri-gosa, estabelecimento do ponto de reunião no
objectivo são omitidas na execução desta tarefa.

(g) Cadeia de comando.

(h) Armamento:

A não ser que a secção preveja e esteja autorizada


a combater para cumprir a missão, as armas estão
limitadas às individuais e granadas. Poderão
transportar uma metralhadora ligeira para obter um
maior volume de fogos, caso se estabeleça contacto
com o inimigo que não possa ser evitado.
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 5

(i) Equipamento:

A secção deve transportar o minimo de equipamento.


Deve transportar consigo além do material orgânico
(para missões especificas de reconhecimento) o
seguinte material:

1. Por cada elemento, lápis e bloco.

2. Quer a equipa de reconhecimento quer a equipa de


segurança, devem levar no minimo:

- 1 Bússola
- 2 Binóculos
- 1 Relógio
- 1 Corta arames
- 1 Conjunto de cartas da zona
- Material de transmissões
- 2 Lanternas com filtro (se actuar à noite)
- 1 Máquina fotográfica (de revelação instantânea
se possível)
- Equipamento de infra-vermelhos (AN PVS-5)

(2) Ocupar um ponto de reunião no objectivo.

(3) Reconhecer para confirmar o plano e a área a reconhecer.

(4) Dar uma ordem parcelar se houver necessidade.


Designar e enviar os elementos de segurança para as suas
posições (nunca menos de 2 em cada, dependendo da
situação táctica). Dar a hora de regresso, acções se
o contacto com o inimigo for estabelecido e o plano de
contingências sobre o que fazer se forem separados (se
não tiver sido coberto na fase de treino ou se a situação
táctica no ponto de reunião no objectivo aconselhar
alterações).

(5) Reconhecer (ver técnicas operacionais).

(6) A secção regressa ao ponto de reunião no objectivo sem


ser detectada.

(7) Fazer a dessiminação de notícias a todos os elementos


da secção através dos comandantes de esquadra.

(8) Abandonar o ponto de reunião no objectivo.

b. Técnicas operacionais:

(1) O comandante secção organiza a secção e conduz o


reconhe-cimento de uma de duas maneiras, dependendo do
terreno:

(a) Se a área do objectivo a reconhecer é uma área res-


trita, claramente definida e possuir bons eixos de
aproximação, pode ser necessário actuar com
elemento de segurança e elemento de reconhecimento
separados.

1. O comandante de secção e o comandante do elemento


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 6

SECÇÃO

EQUIPA DE EQUIPA DE EQUIPA DE EQUIPA DE EQUIPA DE


SEGURANÇA A SEGURANÇA B RECONHECIMENTO SEGURANÇA C SEGURANÇA D
(2 Homens) (2 Homens) (3 Homens)* (2 Homens) (2 Homens)

* Inclui o Cmdt Sec

de segurança conduzem um reconhecimento de


comandantes a área do objectivo e regressam.

2. O comandante secção designa as posições para as


equipas de segurança.

3. As equipas de segurança deslocam-se por


itinerários cobertos e abrigados para as posições
atribuídas (uma equipa de segurança permanece no
ponto de reunião no objectivo).

4. Depois das equipas de segurança estarem


instaladas, o elemento de reconhecimento parte
do ponto de reunião no objectivo para reconhecer
o objectivo utilizando vários pontos de vigilância

PVD = Ponto de Vigilância Dominante


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 7

dominantes (PVD) à volta do objectivo (ou um só


PVD).

5. Depois de reconhecido o objectivo de acordo com


a prioridade dos elementos essenciais de infor-
maçãos (EEI), o elemento de reconhecimento
seguido das equipas de segurança regressam ao
ponto de reunião no objectivo e dessiminam as
notícias obtidas.

(b) Se a área do objectivo a reconhecer não é claramente


definida e é circundada por uma área em que se prevê
necessidade de utilizar lanços com sobreapoio para
penetrar nela ou para a atravessar devem ser

SECÇÃO

EQUIPA DE EQUIPA DE EQUIPA DE


Rec e Seg Rec e Seg Rec e Seg
(4 Homens) (4 Homens) (3 Homens)

* Inclui o Cmdt Sec

combinados o reconhecimento e a segurança formando


equipas de reconhecimento/segurança.

1. Quando executar missões de reconhecimento a


nível de secção, pode organizar a sua secção em
equipas de reconhecimento/segurança de várias
formas. Aqui estão algumas:

a. Uma equipa reconhecimento/segurança, em que


o resto da secção é organizada como segurança
permanecendo no ponto de reunião no objectivo
para actuar como "força de intervenção" caso
se estabeleça o contacto na área do objectivo.

b. Várias equipas reconhecimento/segurança,


cada uma reconhecendo uma parte do objectivo
e ligando-se posteriormente no ponto de
reunião no objectivo.

c. Duas equipas reconhecimento/segurança utilizam


o ponto de reunião no objectivo como ponto de
partida e irradiação para os locais onde vão
executar o reconhecimento e depois ligam-se
num ponto previamente definido no lado
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 8

afastado do objectivo (não regressam ao ponto


de reunião no objectivo).

d. Uma equipa de reconhecimento/segurança seguida


de equipa de segurança (aproximadamente 50m
atrás) para actuar como "força de intervenção".
Toda a secção abandonará a área do objectivo
quando o reconhecimento estiver concluído
(não regressa ao ponto de reunião no objectivo),
liga-se num ponto previamente definido no
lado afastado do objectivo.

2. Quando se empregam equipas de reconhecimento/


segu-rança, o reconhecimento em si pode ser
executado por um ou dois individuos (habitualmente
o comandante de secção ou comandante de equipa)
e o resto das equipas estabelecem segurança.

3. Inicialmente os deslocamentos na área do


objectivo devem ser executados em progressão
sobreapoiada. À medida que a equipa se aproxima
da posição inimiga, pode ser necessário deslocar-
se em lanços com sobreapoio. O comandante secção
controla este deslocamento com sinais de combate.

4. O número de homens que constituem uma equipa de


re-conhecimento/segurança pode variar de acordo
com a missão. Geralmente 3 a 5 homens são
necessários para executar um reconhecimento
adequado e ao mesmo tempo estabelecer a segurança
necessária. A formação utilizada pode variar de
acordo com o terreno. A consideração mais
importante a nível de planeamento é que cada
individuo que integra a(s) equipa(s) de recon-
hecimento/segurança fique a saber com exactidão
o sector ou área pela qual é responsável.

(2) Reconhecer uma pequena área edificada:

(a) O elemento de segurança sobreapoia o elemento de


re-conhecimento.

(b) Entrar na povoação pelo flanco ou pela retaguarda.


Se entrar por um flanco, apoiar a partir de um dos
flancos e executar a sua missão em direcção à
retaguarda da povoação. Estabelecer um PO com
comuni-cação e executar a sua missão através de toda
a povoação. Permanecer sempre fora das ruas
utilizando quintais e jardins.

(c) Verificar todos os edifícios procurando a presença


ou indícios da presença inimiga. Tome muita atenção
às minas e armadilhas. Marcar todas aquelas que
encontrar.

(3) Reconhecer uma estrada:

(a) Nomear pessoal para controlar o terreno dominante


de cada lado da estrada enquanto o resto da secção
se desloca ao longo da estrada.
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 9

(b) Reconhecer pontes, desfiladeiros, curvas e áreas


edificadas.

(c) Relatar:

1. Condições, traficabilidade e largura da estrada.

2. Indícios da presença do inimigo ou obstáculos.

3. Localização e condições das pontes.

4. Dimensões e localização de túneis ou passagens


subterrâneas.

(4) Reconhecer uma mata:

(a) Utilizar itinerários desenfiados para atingir a


orla da mata e evitar o contacto.

(b) Verificar indícios de actividade inimiga tais como:


trilhos, pegadas, lixo, abrigos abandonados,
minas, armadilhas e obstáculos.

(c) Verificar a traficabilidade das matas e todas as


posições de onde o inimigo possa observar e executar
fogos sobre elementos das nossas tropas em áreas
abertas.

(d) Relatar o que tiver encontrado.

(5) Reconhecer uma ponte:

(a) Utilizar itinerários desenfiados para atingir o


lado afastado da ponte; evitar o contacto.

(b) Controlar o lado afastado da ponte.

(c) Verificar a existência de minas e armadilhas na


ponte.

(d) Remover minas e armadilhas de acordo com o que lhe


tiver sido pedido.

(e) Classificar a ponte (se lhe tiver sido pedido).

(f) Relatar as condições da ponte e itinerários de apro-


ximação bem assim como actividade do inimigo.

(6) Reconhecer um obstáculo:

(a) Montar segurança e relatar.

(b) Determinar a largura dos obstáculos e ponto(s) de


passagem.

(c) Determinar qual o tipo de obstáculo (arame farpado,


minado, etc).

(d) Executar uma abertura inicial rápida, se possível


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 10

RELATÓRIO DE RECONHECIMENTO DE ÁREA


(omitir parágrafos não utilizar)

___________________
__________________
(Designação da Unidade)
(Data)

AO: _____________________________
CARTAS UTILIZADAS: ______________
a. EFECTIVO E COMPOSIÇÃO

b. MISSÃO

c. HORA DE PARTIDA

d. HORA DE REGRESSO Tipodoterreno: seco, pantanoso, floresta, floresta, bosquedenso,


matadensa, rochoso, profundidadedasravinaselinhasdeágua.
Estadodaspontes: tipo, dimensões, capacidadedecarga, influencia
e. ITINERÁRIO (IDA E REGRESSO)
sobre asviaturasblindadase de rodas.

f. TERRENO
Efectivos, dispositivos, organização do terreno, equipamento,
armamento, atitude de moral, localização exacta, movimento e
g. INIMIGO
todasalteraçõesdedispositivo; horadaobservaçãodaactividade
do inimigo; coordenadaslocal onde a actividade ocorreu.
h. ALTERAÇÕES A INTRODUZIR NAS CARTAS
Compreendentoaspectosdeguerranuclear,baterológicaequímica.
i. INFORMAÇÕES DIVERSAS

j. RESULTADO DOS CONTACTOS COM O INIMIGO


Prisioneiros inimigos e o seu estado; Identificações; baixas do
inimigo; documentose material capturado.
k. ESTADO DA PATRULHA, INCLUINDO MEDIDAS
TOMADAS RELATIVAMENTE AOS MORTOS E
FERIDOS

Referir em que medida a missão foi cumprida e apresentar


l. CONCLUSÕES E PROPOSTAS propostassobreoequipamentoetácticaaadoptar pelaspatrulhas.

m. ESBOÇO

______________________ _____________ ________________________


(Assinatura) (Posto) (Orgão/unidade do Comandante
de Patrulha)

n. OBSERVAÇÕES SUPLEMENTARES DO OFICIAL INTERROGADOR

______________________ _____________ ________________________


(Assinatura) (Posto) (Orgão/unidade do Comandante
de Patrulha)
O. DISTRIBUIÇÃO
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 11

(e) Controlar o lado próximo do obstáculo para permitir


a abertura da brecha pelo pelotão.

(7) Relatório de reconhecimento de área.


2. REFERÊNCIAS

- Manual Pelotão e Secção de Atiradores.


- Manual de Patrulhas do CIOE (1992)
Traduzido e adaptado a partir dos seguintes manuais dos EUA:
- FM 21-75 "Combat Training of Individual Soldier and
Patrolling".
- ST 21-75-3 "Dismounted Patrolling" - Jan 1981.
ESCOLA PRÁTICA TACTICA SECÇÃO

DE
CAPÍTULO:

INFANTARIA SECÇÃO - 02

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar uma secção de atiradores no planeamento e montagem de postos de


observação/postos de escuta (PO/PE).

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de secção.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Uma secção de atiradores orgânica.
- A localização geral dada pelo comandante de
pelotão para PO/PE e sector de observação.

3. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Dar a localização específica do PO/PE, obedecendo


às características do PO/PE.
(2) Nomear de 2 a 4 elementos para guarnecer o PO/PE
e atribuir a cada elemento a sua função.
(3) Estabelecer as comunicações entre o PO/PE e a
posição da secção.
(4) Definir actuação em contacto com o inimigo.
(5) Estabelecer a conduta do PO/PE.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Missão:

(1) Observar e escutar possível actividade inimiga.

(2) Alertar oportunamente as nossas tropas.

b. Material necessário:

- Binóculos.
- Carta topográfica da zona.
- Bússola.
- AN/PVS 5 (itensificadores de imagem).
- Meios improvisados (latas, galhos secos, arames tropeçar).

c. Localização:

Após o comandante de pelotão estabelecer a localização


geral:

(1) Comandante de secção que monta o PO/PE escolhe


localização exacta.

(2) Características da posição para PO/PE:

(a) Cobrir eixos de aproximação.


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 13

(b) Sobrepor os sectores de observação de PO’s quando


existirem mais que um no pelotão.

(c) Local coberto e abrigado.

(d) Itinerários desenfiados para a retaguarda.

(e) Não se recortar na linha do horizonte (crista topo-


gráfica).

(f) Não escolher locais evidentes (casas isoladas,


peque-nas matas, etc)

(g) Estar dentro do alcance das armas ligeiras do


pelotão.

(h) As características atrás citadas que poderão ter


de ser omitidas em função do terreno real, não podem
por em causa a MISSÃO PRINCIPAL de um PO (a
observação é mais importante que a protecção).

(3) Número e localização dos PO/PE depende de:

(a) Missão da unidade que o monta.

(b) Extensão do sector a observar.

(c) Possibilidade de observação.

d. Guarnição de 2 a 4 homens:
2

í Observa

Relata
Regista
Monta Segurança

Observa
3
íRegista í . Meios TPF
Relata ou: . Mensageiro

Monta Segurança
4 Observa
Regista
Relata
Monta Segurança

e. Comunicações:

(1) TPF (principal).

(2) Mensageiro.
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 14

(3) TSF (caso emergência)

f. Execução:

(1) Nomear os homens.

(2) Atribuir funções a cada um.

(3) Distribuir o material necessário.

(4) Estabelecer antes de ocupar o PO:

(a) A partir de quando quer a ligação estabelecida.

(b) A que intervalo quer ligações (relatos periódicos).

(c) Quando é que a guarnição do PO é substituída.

(d) Quando disparar:

1. Defesa pessoal.

2. Proteger a retirada.

(e) Quando retirar:

1. Em caso de contacto com o inimigo pelo fogo.

2. A sinal pré-combinado.

3. A horário (pré-estabelecido).

4. Ordem, via TPF ou TSF.

(f) Itinerários de/e para o PO.

g. Conduta:

(1) Levar a guarnição do PO, para o local préviamente


estabe-lecido e seguir o itinerário por si escolhido
anteriormente.

(2) A probabilidade de contacto determina a técnica de pro-


gressão a seguir

(3) Ligação TPF:

(a) A guarnição do PO transporta o material necessário:

1. 1 telefone (verificado).

2. 1 carretel DR-8 verificado e com pontas


preparadas.

(4) Montagem:

(a) PO com 2 homens:


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 15

O comandante de secção no regresso monta a linha


(desenrola carretel).

(b) PO com 3 ou mais homens:

1. No regresso o mensageiro monta a linha


acompanhado pelo comandante de secção.

2. Após a montagem mensageiro regressa ao PO.

(c) Perda de contacto:

Dois homens da secção verificam a linha.

(d) Os relatos devem ser anotados e posteriormente


trans-mitidos (o mais rápido possível).

2 a 3 m
1 - Observador

2 - Registador

3 - Relator

4 - Segurança

(e) Estabelecer a localização exacta de cada homem:

(f) Indicar com que intervalos de tempo e a ordem pela


qual se revesa a guarnição do PO nas várias funções.

(5) Substituição da guarnição:

(a) PO com 2 homens:

Indicar o itinerário exacto à guarnição que vai para


o PO.

(b) PO com 3 ou mais homens:


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 16

O PO que vai ser rendido envia o mensageiro que no


re-gresso serve de guia à guarnição que vai render
o PO.

(c) Em caso de dificuldade na substituição (devido à


área ser densamente arborizada) deve-se marcar um
ponto de encontro (bem referênciado).

(6) Retirada:

(a) Pelo itinerário estabelecido pelo comandante de


secção

(b) A possibilidade de contacto dita a técnica de pro-


gressão a utilizar.

2. REFERÊNCIAS

- Manual Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA SECÇÃO

DE
CAPÍTULO:

INFANTARIA SECÇÃO - 03

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVOS DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar uma secção de atiradores no planeamento e execução de uma


patrulha de segurança.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de secção.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Uma secção de atiradores orgânica.
- Um itinerário para a patrulha de segurança.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Dar da forma correcta a ordem à patrulha.


(2) Estabelecer as coordenações necessárias.
(3)Elaborar correctamente e de forma pormenorizada o
relatório da patrulha.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Missões de uma patrulha de segurança:

(a) Alertar da proximidade do inimigo.

(b) Estabelecer ligação entre pelotões.

(c) Estabelecer ligação com e entre PO/PE's.

(d) Vigiar zonas mortas do sector do pelotão.

(2) Efectivo:
2 a 5 homens (normalmente uma esquadra).

(3) Armamento:
O orgânico da esquadra de atiradores.

(4) Equipamento:

(a) Equipamento de combate orgânico.

(b) Dispositivos de visão nocturna (AN/PVS-5).

(c) Binóculos.

(d) Bússola.

(e) Carta topográfica da zona.

(f) Meios rádio (AVP-1).


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 18

(5) Itinerário:

(a) Planear por azimutes e distâncias (passar por


pontos bem referenciados no terreno se possível).

(b)Nunca além de 300 m para a frente da posição do


pelotão.

(c) Passar por pontos de ligação com unidades


adjacentes e PO’s a horas determinadas (com
tolerância).

b. Execução:

O comandante de pelotão estabelece e transmite:

(1) Qual a secção que efectua a patrulha.

(2) Missão da patrulha.

(3) Efectivo da patrulha.

(4) Horas de saída e entrada.

(5) Pontos de saída e entrada.

(6) Itinerário a seguir.

(7) Acções em caso de contacto com o inimigo.

(8) Horas de ligação com patrulhas de unidades adjacentes


e postos de observação.

(9) Local e hora de encontro com o guia (se houver neces-


sidade).

(10) Armamento.

(11) Equipamento.

(12) Sinais de reconhecimento afastado e próximo com as pa-


trulhas de unidades adjacentes, postos de observação
e com as nossas forças.

(13) Senhas e contra-senhas para:

(a) Forças de segurança.

(b) Companhia e pelotão.

(c) Emergência.
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 19

c. Exemplo de uma técnica a seguir:

(1) O comandante de patrulha (normalmente um cabo) organiza


a patrulha de segurança do seguinte modo:

- Comandante da patrulha
- Navegador
- Dois conta-passos.

ou

- Comandante da patrulha que é simultaneamente


navegador
- Dois conta-passos.

(2) O comandante da patrulha, leva à hora designada, a


patru-lha para o ponto de saída das linhas amigas e
conta os homens à passagem.

(3) Se existirem obstáculos difíceis de referenciar é


enviado um guia pela secção que montou os obstáculos.

(4) Seguir o itinerário estabelecido, em azimutes e


distâncias.

(5) Utilizar sempre o conta-passos.

(6) A técnica de deslocamento depende de:

(a) Probabilidade de contacto.

(b) Características do terreno.

(c) Visibilidade.

(7) Após 100 a 150 m de deslocamento a patrulha faz um alto:

(a) Instalar.

(b) Montar segurança local.

(c) Escutar e adaptar o ouvido aos ruídos do campo de


batalha.

(d) Podem tirar o capacete para escutar melhor.

(e) O alto dura 2 a 3 minutos.

(8) A ligação com os postos de observação e patrulhas de


unidades adjacentes pode ser feita da seguinte maneira:

(a) A patrulha faz alto.

(b) Montar segurança local.

(c) O comandante de patrulha, acompanhado do navegador,


executa os sinais de reconhecimento afastado e
próximo e estabelece contacto físico com a patrulha
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 20

ou o posto de observação.

(d) Trocar informações da actividade inimiga (se for


caso disso).

(9) Fazer frequentes altos de modo a detectar ruídos e/ou


movimentos suspeitos.

(10) O comandante de patrulha decide de acordo com a


situação e em função do tipo de contacto:

(a) Visual:

1. Imobilizar (caso não tenha sido detectada).

2. Tentar não ser detectada.

3. Regressar às linhas amigas ou continuar a missão


(decisão do comandante de patrulha).

4. Se detectado, romper o contacto e regressar às


li-nhas amigas.

(b) Pelo fogo:

1. Instalar e responder ao fogo.

2. Romper o contacto.

3. Regressar às linhas amigas.

4. Tentar iludir a perseguição do inimigo (se


houver) em relação à posição das nossas forças.

(11) No regresso às linhas amigas deve proceder do


seguinte modo:

(a) A 50/100 m antes das linhas amigas a patrulha faz


alto, (combinar no codoper palavra chave para
comunicação TSF).

(b) Monta segurança local.

(c) O comandante de patrulha acompanhado pelo navegador


vai estabelecer os sinais de reconhecimento
afastados e próximos com as nossas forças.
(Reconhecimento afastado, Ex: sinal lanterna ou
dois toques no guarda-mão da espingarda automática;
Reconhecimento próximo, Ex: senha e contra-senha.

(d) O navegador volta atrás buscar os restantes elemen-


tos. Se houver ligação à vista, o comandante de
patrulha manda avançar a patrulha a um sinal pré-
com-binado.

(e) A patrulha desloca-se para o ponto de entrada


dirigida pelo comandante de patrulha.

(f) O comandante de patrulha conta e identifica os


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 21

homens à passagem no ponto entrada.

(g) Se houver obstáculos, é estabelecido o contacto com


o guia que os levará até às posições.

(12) O comandante de patrulha desloca-se de imediato ao


PC/PO do pelotão onde faz um relatório verbal.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA SECÇÃO

DE
CAPÍTULO:

INFANTARIA SECÇÃO - 04

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar uma secção de atiradores na aquisição de objectivos e distribuição de


fogos dentro do seu sector.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de secção.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Uma secção de atiradores orgânica.
- Uma posição defensiva e a simulação de
elementos inimigos fazendo a aproximação à
posição.

c. NÍVEL: Bater qualquer elemento inimigo que entre no seu


sector, dando ordens claras e precisas à arma mais
adequada.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Os elementos da secção observam continuamente o seu


sector procurando indícios do inimigo (Ex: fumo,
brilhos, poeira, ruído ou movimento).

(2) Qualquer elemento da secção que detecte o inimigo, faz


imediatamente o relato ao comandante de secção.

(3) Indicar as armas e as técnicas a utilizar para bater


o inimigo.

(4) Controlar a cadência e distribuição dos fogos,


utilizando pontos de referência (PR), munições tracejan-
tes, sinais luminosos, fumos, granadas do LG-40, sinais
de combate ou ordens verbais.

(5) O comandante da secção utiliza a sua arma, se e só se,


o seu fogo for mais importante que o controlo dos fogos
da sua secção.

(6) Os comandantes de esquadra posicionam-se onde melhor


possam receber e executar as ordens do comandante de
secção. Ficam também próximos dos atiradores com
espingardas automáticas com bipé e atiradores granadeiros
da esquadra.

(7) Os elementos da secção executam fogos apenas para os


seus sectores de tiro, a menos que lhe seja ordenado
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 23

O Comandante de secção controla a cadência e distribuição dos fogos

pelo comandante de secção para os executarem para outro


local.

(8) Se um atirador está a executar fogo sobre um alvo fora


do seu sector e detectar um alvo dentro do seu sector,
rapidamente transporta a fogo para o seu sector sem
necessidade de ordem para tal.

(9) Atiradores com bipés e atiradores granadeiros visam


armas automáticas colectivas em qualquer ponto no
interior do sector da secção.

(10) Atiradores com bipé actuam coordenados (quando um


interrompe o tiro, o outro inicia-o)

(11) Elementos do mesmo abrigo não trocam de carregador


ao mesmo tempo.

(12) Quando executar os fogos de protecção final,


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 24

utilizar cadência máxima de tiro (prático).

b. Técnicas operacionais:

(1) Designação mais adequada das armas para bater o inimigo:

(a) Espingarda automática G-3 com bipé (inimigo apeado


ou "reunido").

(b) LG-40 (inimigo apeado, ligeiramente abrigado e


zonas mortas).

(c) LAW (carros de combate e veículos blindados ou moto-


rizados).

(d) Espingarda automática G-3 (inimigo apeado a


descoberto).

(e) Granadas de mão (combate próximo, para inimigo


ligeiramente abrigado ou "reunido").

(2) Elementos da ordem de fogo:

Exemplo:

- Alerta: (Secção: missão de tiro).


- Direcção: (Método do relógio - por pontos de refe-
rência).
- Direcção do Alvo: (Metralhadora ligeira).
- Alcance: (600 metros).
- Método de Fogo: (Bipés - tiro acelerado).
- Ordem de fogo: (Fogo).

(3) Designação de Alvos:

(a) Método do relógio.

(b) Pontos de referência.

(c) Munições tracejantes.

(d) Sinais luminosos.

(e) Fumos.

(f) LG-40 mm.

(g) Indicar com o braço.

c. Utilização do armamento da secção de atiradores:

(1) Espingarda Automática:

(a) Para fazer tiro contra tropas a descoberto.

(b) Pode fazer tiro semi-automático e tiro automático.


Utilizar sempre que for possivel o tiro semi-
automático.
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 25

(c) Quando há muitos inimigos juntos não disparar às


cegas mas apontar a um só homem.

(d) Pode utilizar o dilagrama para o lançamento de


grana-das defensivas M/63.

(e) Se fizer fogo à noite, cuidado com a chama à boca,


("atirador referenciado").

(f) Máximo cuidado com a sua limpeza e conservação.

(g) Em combate próximo colocar o sabre-baioneta.

(2) Granadas de Mão:

(a) Destinam-se ao combate próximo e estão condicionadas


ao alcance de 30 metros aproximadamente.

(b) Não referencia a posição do atirador.

(3) Lança granadas de 40 mm:

(a) Para bater zonas mortas, dentro do sector da secção.

(b) Para bater inimigo abrigado ou reunido.

(4) Sabre-baioneta, punhal e faca de mato:

(a) Combate corpo-a-corpo.

(b) Necessidade de silêncio.

(5) LGF M72 A2 LAW:

Utilizar medidas de controlo:

(a) Selecção de alvos (para onde atirar):

Comandante de secção utiliza pontos de referência


para referir os alvos.

(b) Modalidade de emprego (como atirar):

1. Um só disparo:

a. Alvo batido por um atirador, não havendo mais


disparos.

b. Usado às pequenas distâncias, 50 m (ou menos)


ou em último recurso.

2. Sequência de disparos:

Alvo batido por um só individuo. Observa o seu


primeiro disparo, faz as correcções até acertar
no alvo (várias munições).

3. Vários Apontadores:
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 26

a. Dada uma situação extremamente crítica e


pouco tempo para correcções.

b. Alvo batido por vários apontadores ao mesmo


tempo.

4. Par de apontadores:

a. Alvo batido por um par de apontadores (podendo


utilizar-se mais homens).

b. O primeiro estima alcance e velocidade e diz


em voz alta ao outro apontador, fazendo fogo
de seguida.

c. O segundo observa o impacto do disparo feito


pelo primeiro, corrige e dispara. Proceder
assim sucessivamente até acertar no alvo.
Logo que o alvo seja batido, os dois
apontadores disparam até o destruirem.

(c) Quando se faz fogo "quando iniciar":

Comandante de secção dá a ordem de fogo.

(d) Quando se cessa o fogo:

Comandante de secção dá a ordem de cessar fogo, somente


quando vir que o alvo foi destruído (se têm dúvidas
ordena que se faça outro disparo para o alvo).

4. REFERÊNCIAS

- Metralhadora Ligeira HK-21 Armamento e Tiro (DAI).


- Manual Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).
- Instruções Provisórias para o combate de Infantaria (DAI).
- LGF M72 A2 LAW (Direcção de Instrução - EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA SECÇÃO

DE
CAPÍTULO:

INFANTARIA SECÇÃO - 05

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar uma secção de atiradores no assalto a uma casamata.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante da secção.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Uma secção de atiradores orgânica.
- Uma casamata do inimigo.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Contituir o elemento de assalto e apoio.


(2) Limpar e sinalizar a casamata.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Organizar a secção em elemento de assalto e elemento de


apoio.

EXEMPLO:

(1) Elemento apoio:

2 soldados atiradores (espingarda automática G-3 com


bipé)

1 soldado granadeiro

1 comandante de esquadra

(2) Elemento assalto:

comandante de secção

Equipa 1 1 soldado atirador

1 soldado granadeiro

comandante de esquadra
Equipa 2
3 soldados atiradores

b. Se necessário contituir um elemento de brecha (quando a


casa-mata é protegida por qualquer obstáculo).
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 28

c. Acompanhar o elemento cuja posição no terreno lhe permita


controlar melhor a acção na área do objectivo (normalmente
o elemento de assalto).

d. Executar o sinal de abertura de fogo (Ex 1 apito). O elemento


de apoio executa fogos de supressão sobre as aberturas da
casamata e sobre outras posições inimigas nas imediações.

e. Ordenar o lançamento de fumos sobre a casamata (utilizar


o LG-40 mm M79).

f. O comandante do elemento do assalto, selecciona o melhor


itinerário coberto e abrigado para a casamata ou para o
ponto onde será aberto a brecha no obstáculo se existente.

g. O elemento de assalto e o elemento de brecha, se existir,


lide-rados pelo comandante do elemento de assalto, utilizam
o fogo e movimento para se aproximarem da casamata (pela
parte cega desta), sem se cruzarem com os fogos do elemento
de apoio.

h. O elemento de brecha actua, se necessário.

i. O elemento de assalto desloca-se através da brecha


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 29

efectuada no obstáculo (se existir).

j. Alcançada a última posição coberta e abrigada, o elemento


de assalto utiliza todas as armas disponíveis para bater
a casamata, enquanto pessoal previamente designado se
prepara para fazer uso de granadas de mão ou cargas de
demolição para destruir a casamata (a casamata tem sempre
que ser limpa, para ter a certeza absoluta que não foi
deixado qualquer elemento inimigo para trás).

k. Dar o sinal de transporte ou cessar fogo. O elemento de apoio


e parte do elemento de assalto, que estejam a executar fogos
de supressão sobre a casamata, transportam os fogos para
posições de unidades inimigas adjacentes ou cessam o fogo.

l. Dois soldados do elemento de assalto deslocam-se para a


parte cega da casamata. Um deles cobre a saída da casamata,
enquanto o outro atira uma granada de mão defensiva através
da abertura da casamata.

m. Após o rebentamento da granada de mão, o soldado que está


a cobrir a saída entra na casamata disparando rajadas
curtas, encosta-se na parede ao lado da porta e cobre a
entrada do outro soldado que vai fazer a limpeza da
casamata.

n. Caso existam mais compartimentos, repetir os procedimento


a partir do lançamento da granada de mão.

o. O comandante do elemento de assalto passa revista e sinaliza


a casamata.

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Pelotão e Secção Atiradores (EPI).


- Manual de Técnica Individual de Combate (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA SECÇÃO

DE
CAPÍTULO:

INFANTARIA SECÇÃO - 06

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar uma secção de atiradores na travessia de uma área perigosa linear.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de secção.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Uma secção de atiradores orgânica.
- Uma situação de travessia de área perigosa
linear.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Informar o comandante de pelotão.


(2) Estabelecer ponto de reunião no objectivo próximo
e afastado e ponto de travessia.
(3) Montar segurança no lado próximo.
(4) Reconhecer com uma equipa o lado afastado.
(5) Atravessar rapidamente após sinal da equipa de
reco-nhecimento.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Área perigosa é toda a área de terreno onde a


probabilidade de detecção é maior e onde existe a
possibilidade do inimigo ficar em superioridade, se aí
se estabelecer o contacto.

(2) As áreas perigosas devem ser evitadas ou contornadas.

(3) Quando se tiver de atravessar uma destas áreas, a secção


adopta medidas segurança, mesmo que se suponha que o
inimigo não esteja nas imediações. A progressão é feita
com o máximo de cuidado.

(4) Quando se encontra uma área perigosa, aumenta-se de um


grau a probabilidade de contacto com o inimigo.

b. Actuação da secção quando encontra uma área perigosa


linear:

(1) Quando o comandante da esquadra da frente encontra uma


área perigosa linear, informa para a retaguarda “Área
Perigosa” usando o sinal de combate.

(2) Todos os elementos da secção fazem o sinal e a secção


faz alto (pequeno alto).

(3) O comandante de secção informa o comandante de pelotão


que vai fazer travessia de área perigosa.
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 31

(4) O Comandante de secção chega à frente e reconhece a área:

(a) Estabelece dois pontos de reunião, um do lado


próximo e outro do lado afastado e indica-os aos
elementos da secção.

(b) Reconhece e selecciona o ponto de travessia e


direcção de progressão que confira maior protecção
e cobertura aos elementos que vão atravessar a área
perigosa.

(5) O comandante da secção dirige a montagem da segurança


do lado próximo (técnicas operacionais I e II).

(6) O comandante da secção selecciona o método de


reconhecimento e segurança do lado afastado, baseado
no terreno observável (técnicas operacionais III, IV,
V).

(7) As equipas de segurança do lado próximo observam os


flancos e apoiam a travessia da equipa que vai
reconhecer e montar segurança do lado afastado.

(8) Uma vez montada a segurança do lado próximo, o


comandante de secção ordena, à equipa que vai
reconhecer e montar a segurança do lado afastado, que
atravesse a área perigosa.

(9) A equipa que vai reconhecer o lado afastado, reconhece-


-o e assegura-se que não há inimigo.

(10) O comandante da equipa que faz segurança do lado


afastado, monta um PO à frente da área limpa.

(11) O comandante da equipa que monta a segurança do lado


afastado faz sinal ao comandante de secção, de que a
área está limpa.

(12) As equipas de segurança do lado próximo apoiam a


travessia da secção.

(13) A secção atravessa a área rápida e silenciosamente pelo


método que o comandante de secção indicar. (toda duma
vez, por parelhas ou individualmente).

(14) Uma vez atravessada a área é montada a segurança local


pelos elementos que atravessaram a área perigosa.

(15) A equipa que monta a segurança do lado próximo atravessa


a área e ocupa os lugares respectivos na formação da
sua secção.

(16) O comandante da secção conta o pessoal, ocupa posição


de sobreapoio e informa comandante de pelotão.

(17) A secção integrada no pelotão continua missão.

c. Actuação do comandante de pelotão.

(1) Depois de informado pelo comandante de secção que vai


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 32

fazer travessia de área perigosa. Chega à frente, junto


ao comandante de secção(secção flecha).

(2) Confirma os dois pontos de reunião e garante através


do sargento de pelotão que estes chegam ao conhecimento
dos restantes elementos do Pelotão.

(3) Verifica se o ponto de travessia é o melhor e controla


juntamente com o comandante da secção o reconhecimento
e a travessia da área perigosa

(4) Garante posição de sobreapoio do lado afastado com a


primeira secção e mantém ligação com a mesma através
do comandante da secção.

(5) Garante segurança próxima depois da travessia da secção


flecha.

(6) Faz a travessia da área perigosa linear acompanhado pelo

rádio-telefonista e por uma equipa de segurança (depois


da secção flecha ocupar posição de sobreapoio).

(7) Por intermédio do sargento de pelotão controla a


travessia do pelotão e a segurança próxima.

(8) Depois da sua travessia deverão passar as esquadras de


metralhadoras ligeiras (comandante de pelotão deverá
colocar e atribuir uma direcção principal de tiro (DPT)
e de seguida o pelotão efectua a travessia.

(9) O comandante de pelotão controla os movimentos do


pelotão no lado afastado e mantém ligação com o sargento
de pelotão.
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 33

(10) O sargento de pelotão deve passar em último lugar com


a equipa de segurança do lado próximo.

(11) O comandante de pelotão, conta o pessoal (através do


sargento de pelotão) e continua deslocamento.

d. Técnicas Operacionais:

(1) Montagem da segurança do lado próximo:

(a) Técnica I: Posiciona as equipas de segurança (1 ou


2 homens), uma à esquerda e outra à direita e a

ML

ML

LEGENDA
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 34

segurança da retaguarda é garantida pela secção da


retaguarda (pode também colocar uma esquadra de
metralhadora ligeira em cada flanco.
(b) Técnica II: Se a área for densamente arborizada ou

LEGENDA

a observação for limitada o comandante secção esta-


belece uma defesa em perímetro (no sector atribuido
a sua secção dentro do perimetro do pelotão).
2) Reconhecimento do lado afastado

(a) Técnica III: MÉTODO DAS CAIXAS

Utilizando dois homens sucessivamente à esquerda e


à direita ou 4 homens em simultâneo. É usado quando
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 35

o terreno não é muito fechado e a área a reconhecer


é grande.

(b) Técnica IV: Método do Zigue - Zague. (sucessivo ou


alternado). É usado quando o terreno é fechado

(vegetação densa)
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 36

(c) Técnica V: Método do coração (sucessivo ou


alternado). É o mais rápido dos três métodos

(2) Estas técnicas operacionais descritas são utilizadas


se não se consegue observar do lado afastado

(3) No caso de estradas, caminhos, linha férrea ou qualquer


outra área perigosa linear deve aproveitar-se sempre
as curvas ou locais estreitos para efectuar a travessia

(4) Se consegue observar do lado afastado, a secção de forma


a linha e o comandante de secção dá ordem para a execução
do lanço. Numa esquadra atravessa em corrida enquanto

LEGENDA

a outra apoia. A esquadra que atravessa monta a


segurança no lado afastado e faz sinal para a outra
esquadra atravessar.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA SECÇÃO

DE
CAPÍTULO:

INFANTARIA SECÇÃO - 07

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar uma secção de atiradores na montagem de uma emboscada anti-


-carro.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de secção
(2) No campo
(3) Dados:
- Uma secção de atiradores orgânica
- Simulação de situação para a montagem de uma
emboscada anti-carro (itinerário e viatura)

c. NÍVEL: Destruir a viatura inimiga, sem baixas na secção

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Organizar a secção em grupo de segurança, grupo de assalto/


/destruição de carros e grupo de apoio.

b. Nomear uma equipa de montagem de obstáculos pertencente ao


grupo de assalto/destruição.

c. Dividir o grupo de segurança em equipas de segurança de modo


a ficar uma no ponto de reunião do objectivo e uma em cada
itinerário de acesso ao local de emboscada e zona de morte.

d. Executar um reconhecimento à área do objectivo com os coman-


dantes dos grupos, uma equipa de segurança e o rádio-tele-
fonista (reconhecimento de comandantes).

e. Definir a localização dos grupos de assalto, apoio e equipas


de segurança na área do objectivo e nos itinerários de
acesso.

f. A ordem de entrada em posição é:

1º Grupo de segurança
2º Grupo de apoio
3º Grupo de assalto/destruição

g. A ordem de retirada é a inversa da de entrada.

h. Posicionar o grupo de assalto/destruição de carros de modo


a permitir executar tiro de flanco.

i. Posicionar do grupo de apoio de modo a permitir bater a zona


de morte e os carros que consigam sair dela.

j. Posicionar as equipas de segurança de modo a dar o alertar


da aproximação do inimigo e a isolar a zona de morte e local
de emboscada.
TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 38

k. Reconhecer, com os comandantes de grupo, os itinerários do


ponto de reunião no objectivo para o local de emboscada e
regresso.

l. Supervisar a montagem dos obstáculos necessários.

m. Posicionar-se junto à equipa de destruição de carros num


local que permita observar toda a zona de morte e controlar

o início da emboscada.

n. A equipa de segurança avisa o comandante de secção da apro-


ximação do inimigo. Esse sinal pode ser efectuado por:

(1) Rádio, premindo o comutador de emissão, um número de


vezes previamente combinado.

(2) Telefone de campanha.

(3) Ligação entre comandante de secção e equipas de


segurança, por fio.

o. Bater a viatura que se desloca na dianteira da coluna, ou


outra determinada pelo escalão superior.

p. Iniciar a emboscada com um sinal produtor de baixas:


TÁCTICA / SECÇÃO - CAPÍTULO I / Pag. 39

(1) Rebentamento de uma mina anti-carro com comando à dis-


tância (se existir) ou disparo da arma anti-carro
pricipal utilizada na emboscada.

(2) Com o fogo de metralhadoras ligeiras se os carros forem


precedidos por tropa apeada.

q. Dar o sinal de transporte ou cessar fogo (à voz, apito,


caneta de sinais, etc).

r. Dar o sinal de assalto (caso o grupo assalte a zona de


morte).

s. Dar o sinal de retirada.

t. Pedir fogos indirectos sobre a zona de morte, sempre que


pos-sível e que exista distância de segurança adequada.

u. A secção retira para o ponto de reunião do objectivo (de


acordo com a alinea "g.").

v. Dessiminar as noticias a cerca de 1 Km do ponto de reunião


do objectivo no percurso de regresso.

x. Fazer relatório verbal ao comandante de pelotão ou à


entidade que ordenou a missão.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e a Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DEINFANTARIA
CAPÍTULO:
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO I
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

As acções de comando são fundamentais no emprego de uma força


tipo pelotão/secção.
Este capítulo é dedicado a todas as tarefas criticas comuns
ao comando do pelotão/secção e por esse motivo foram incluidas
separadamente das partes respectivas.
Apesar de por vezes determinadas tarefas criticas serem
exclusivamente da responsabilidade do comandante de secção
elas têm repercusões profundas ao nível do pelotão, tornando-
se necessário que o comandante de pelotão as conheça e domine
para poder supervisar.
Noutros casos elas são de facto comuns.
Leitura e treino destas tarefas deve levar-se em conta a força
com que estamos a trabalhar e salvaguardar as devidas
proporções mantendo as linhas mestras que devem orientar a
execução da tarefa critica ao nivel de secção ou de pelotão.

Para este capítulo foram seleccionada as seguintes tarefas


críticas:

(1) Organizar um pelotão de atiradores.

(2) Enunciar as missões individuais dos elemento da


orgânica do pelotão de atiradores.

(3) Organizar um pelotão de atiradores desfalcado.

(4) Descriminar a sequências das acções de comando.

(5) Construir uma caixa de areia.

(6) Elaborar e dar uma ordem preparatória.

(7) Elaborar e dar uma ordem de operações.

(8) Elaborar o esboço de uma posição defensiva de um pelotão


de atiradores.

(9) Elaborar um esboço de sensores remotos "Classic"


RGS2470.

(10) Elaborar o esboço de uma posição defensiva de uma secção


de atiradores.

(11) Elaborar o esboço de uma posição defensiva de uma secção


de atiradores numa área edificada.

(12) Elaborar um plano de contigências.

(13) Executar um reconhecimento de comandantes.

(14) Caracteristicas do armamento orgânico do pelotão e de


reforço ou apoio.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 2

(15) Elaborar um relatório de situação (SITREP).

(16) Elaborar um relatório NBQ1 nuclear inicial e subsequente.

(17) Elaborar um plano de defesa do comandante de pelotão.

(18) Empregar o alarme automático para agentes químicos.

(19) Executar sinais de combate.

(20) Elaborar um plano de segurança e repouso.

(21) Comunicar com aéronaves utilizando o código de


emergência terra - ar.

(22) Elaborar um relatório imediato (RELIM).

(23) Elaborar um pedido inicial de tiro (PIT).

(24) Planear e conduzir uma tomada de posse do pelotão.

(25) Manusear prisioneiros de guerra, equipamento e


documentos capturados.

(26) Comandar um pelotão de atiradores numa operações de


junção.

(27) Comandar um pelotão de atiradores num deslocamento


administrativo.

(28) Elaboração e esposição de um giro do horizonte.

(29) Construir e camuflar o espaldão da metralhadora ligeira


HK-21.

(30) Elaborar uma carta de tiro para metralhadora ligeira


HK--21.

(31) Conduzir uma revisão após a acção (RAA).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 01

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Organizar um pelotão de atiradores.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de um pelotão de atiradores.
(2) Dados:
- 42 homens.
- Material orgânico do pelotão de atiradores.
- Elementos que eventualmente poderão reforçar
o pelotão de atiradores.

c. NÍVEL: Discriminar a função, posto e armamento de cada um


dos elementos que constitui a orgânica do pelotão de
atiradores.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

...

.. ..

Cmd

a. SECÇÃO DE COMANDO

MATERIAL
FUNÇÃO POSTO ARMAMENTO MEIOS TSF NOTAS
PRINCIPAL
COMANDANTE AVP-1 OU PORTA CARTAS * EVENTUALMENTE
Subalterno EAutom G3 1 RADIÓMETRO
DE PELOTÃO EQUIVALENTE 1 DOSÍMETRO RECEBE:
1 SOCORRISTA
SARGENTO AVP-1 OU 1 OAv+RTL
1º Sarg EAutom G3 PORTA CARTAS
DE PELOTÃO EQUIVALENTE
OPERADOR PRC-425 OU CADA HOMEM TEM
SOLDADO EAutom G3 UM MATERIAL
DE Tm EQUIVALENTE
O R G Â N I - C O
2 HK 21 + ___ BÚSSOLA + ATRIBUÍDO
CABO
2 APONT WALTHER BINÓCULOS
2 4 TAMBOR + 1 SU-
ESQ SOLDADO WALTHER ___ PORTE TAMBOR + 1
MUN FITA e PEGA
ML 2 ___ TRIPÉ +
SOLDADO EAutom G3
REMUN 2 CUNHETES 1 Of + 1 Sarg +
2 CABOS + 5 Sold
TOTAL DE HOMENS NA
9
SECÇÃO DE COMANDO
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 4

b. SECÇÕES DE ATIRADORES (3)


MATERIAL
FUNÇÃO POSTO ARMAMENTO MEIOS TSF NOTAS
PRINCIPAL
COMANDANTE 2ºSarg AVP-1 OU BÚSSOLA CADA HOMEM TEM
ou Fur E Autom G3 DOSÍMETRO UM MATERIAL
DE SECÇÃO EQUIVALENTE
O R G Â N I - C O
Cmdt ATRIBUÍDO
CABO E Autom G3 ___ BÚSSOLA
Esq

2 ___
At SOLDADO E Autom G3

Esq At SOLDADO E Autom G3 ___

E Autom G3 ___ TOTAL DE HOMENS


At At SOLDADO + Bipé POR SECÇÃO
At LG-40 + ___
Gran SOLDADO WALTHER 1 Sarg + 2 CABOS
TOTAL DE HOMENS NO + 8 Sold = 11
PELOTÃO DE ATIRADORES 3X11=33

NOTA: Um elemento em cada secção, tem que ser especialista


em armas anti-carro médias

c. Total de elementos do pelotão:


9 da secção de comando + 3X11 das secções = 42

d. Material orgânico por homem:

- Um estojo de descontaminação de pele M258 A1


- Um estojo de descontaminação e reimpregnação M13
- Um elemento de filtro para máscara (filtros reservas)
- Uma máscara de protecção individual
- Um auto-injectores de antropina, 2 mg
- Um papel detector M8/M9
- Um par de luvas de protecção química
- Um fato de protecção químico-biológico
- Um capuz para máscara de protecção individual
- Um par sobrebotas
- Uma tampa para cantil (NBQ)
- Um anorak
- Um ponche
- Um capacete
- Um saco de bagagem
- Um cantil
- Um cinturão
- Uma marmita
- Um talher de campanha
- Um par de suspensórios
- Uma mochila especial
- Um saco de dormir
- Um sabre baioneta
- Rede de camuflagem para capacete
- Material especial
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 5

- Munições e granadas:

ARMA/ EQUIPAMENTO DOTAÇÃO No MILITAR Na VIATURA Nos TRENS


DAARMA
ESPINGARDA AUTOMÁTICA G-3
Cartucho 7,62 mm: 400 100 300
Cartucho Nomal (340)
C a r t u c h o (60)
Tracejante
METRALHADORA LIGEIRA HK-21
Cartucho 7,62 mm: 3000 750 1500 750
Cartucho Nomal (2400)
C a r t u c h o (600)
Tracejante
PISTOLA WALTHER
Cartucho 9 mm 50 16 34

LANÇA GRANADAS 40 mm
Granada de 40 mm: 30 18 6 6
GEsp A/P (27)
GEsp HE (3)

2. REFERÊNCIAS

- Quadros Orgânicos do BIMoto (1ªBMI).


- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).
- Manual da Metralhadora Ligeira HK-21.
- Dotação orgânica.
- Publicação de Defesa NBQ da EPI.
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 02

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Enunciar as missões individuais dos elementos da orgânica do pelotão de


atiradores.

b. CONDIÇÕES: Como comandante de pelotão.

c. NÍVEL: Ser capaz de enunciar a missão do:

(1) Comandante de pelotão.


(2) Sargento de pelotão.
(3) Comandantes de secção.
(4) Comandantes de esquadra.
(5) Operador de transmissões.
(6) Comandantes das esquadras de metralhadora ligeira.
(7) Elementos das secções de atiradores.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Comandante pelotão:

(1) É o responsável pelo emprego táctico, instrução,


disci-plina, administração, gestão de pessoal e
material do pelotão.

(2) Conhece as possibilidades e limitações das armas


orgâni-cas do pelotão de atiradores bem como das armas
de apoio (morteiros, armas anti-carro e outras)
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 7

(3) Exerce a sua acção de comando através dos comandantes


de secção e sargento pelotão.

(4) Emprega o pelotão de atiradores com base nas ordens do


comandante companhia e na ausência destas, de acordo
com o entendimento que faz da missão da companhia
expressa na intenção do comandante.

(5) Supervisa o seu pelotão continuamente.

b. Sargento de pelotão:

(1) É responsável pelos assuntos administrativos e pelo


reabastecimento do pelotão.

(2) Na ausência do comandante de pelotão assume o comando.

(3) Coadjuva o comandante de pelotão nas suas acções de


comando.

c. Comandante de Secção:

(1) Responsável pela disciplina, instrução, bem-estar,


controlo e emprego táctico da secção de acordo com as
directivas emanadas pelo comandante do pelotão.

(2) Responde, pela prontidão para combate de todo o


equipamen-to e armamento que se encontra distribuído
à sua secção.

(3) Emprega os comandantes de esquadra como seus auxiliares


no comando.

(4) Supervisa a sua secção continuamente.

d. Comandante de esquadra:

(1) Auxilia o comandante de secção no controlo da secção.

(2) Dirige a acção das suas esquadras de acordo com as


directivas emanadas pelo se comandante de secção.

(3) O mais antigo substitui o comandante de secção na sua


ausência.

e. Elementos da secção de atiradores:

Cumprem com o máximo de empenhamento e prontidão as ordens


dos comandantes de esquadra.

f. Operador de transmissões:

(1) Verifica o material antes de iniciar a missão.

(2) Faz a manutenção do material de transmissões que lhe


está distribuído.

(3) Estabelece comunicações por ordem do comandante de


pelotão.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 8

(4) Mantem-se sempre à escuta e junto ao comandante de pe-


lotão.

(5) Possui em local seguro e conhecido pelo comandante


pelotão e sargento de pelotão todos os documentos
necessários às transmissões do pelotão, em especial:

(a) Autentex

(b) Codoper

(6) Faz serviço de mensageiro à ordem do comandante de


pelotão.

g. Comandante da esquadra de metralhadora ligeira

(1) Manda inspeccionar o material orgânico da esquadra me-


tralhadora ligeira, antes de iniciar deslocamentos
para cumprimento da missão.

(2) Responde pela prontidão para combate de todo o


equipamento e armamento da esquadra metralhadora
ligeira.

(3) Emprega como seus auxiliares na execução das tarefas


o municiador e remuniciador.

(4) Responsável pela instrução da sua esquadra metralhadora


ligeira.

(5) Cumpre com o máximo de empenhamento e prontidão as


ordens do comandante de pelotão, sargento de pelotão
e comandante da secção a que estiver atribuído.

(6) Responsável pela elaboração de dois exemplares de carta


de tiro de metralhadora ligeira.

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


- Manual de Metralhadora Ligeira HK-21 (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 03

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Organizar um pelotão de atiradores desfalcado.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante do pelotão de atiradores.
(2) Dado um pelotão desfalcado.

c. NÍVEL:
(1) Manter preenchida a cadeia de comando.
(2) Guarnecer as armas fundamentais de acordo com a
amea-ça.
(3) Articular a secção em duas esquadras, até o seu
efectivo baixar para cinco homens.
(4) Verificar quando o pelotão deixa de manobrar.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

O seu pelotão não está sempre a 100% em pessoal, logo deverá


organizá-lo ou reorganizá-lo segundo as seguintes regras:

a. A cadeia de comando deverá manter-se preenchida de acordo


com a seguinte prioridade:

(1) Comandante de pelotão.

(2) Sargento de pelotão.

(3) Comandante de secção.

(4) Comandante de Esquadra.

b. Guarnecer as armas mais potentes segundo uma prioridade


correspondente às seguintes ameaças:

(1) Infantaria:

(a) Metralhadoras.

(b) Lança-granadas.

(c) Armas anti-carro médias.

(d) Espingardas.

(2) Carros de combate:

(a) Armas anti-carro médias.

(b) Metralhadoras.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 10

(c) Lança-granadas.

(d) Espingardas.

c. Conservar a articulação da secção em duas esquadras até ao


momento que o seu efectivo baixe para cinco homens. Então,
organizar uma só esquadra.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 04

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Descriminar a sequência da acções de comando.

b. CONDIÇÕES: Dada uma missão.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes itens:

(1) Estudar a missão.


(2) Dar a ordem preparatória.
(3) Elaborar um plano provisório.
(4) Iniciar os movimentos necessários.
(5) Fazer reconhecimentos.
(6) Completar o plano.
(7) Difundir ordens.
(8) Supervisar, no tempo disponível entre o receber a
ordem do comandante de companhia e o início da
operação.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades

(1) O comandante toma decisões, sobre as quais se baseiam


todas as acções relativas a operações militares.

(2) As decisões são baseadas na missão e condicionamentos


impostos para o seu cumprimento e na consideração das
cara-cterísticas da área de operações, do inimigo, da
situação das forças amigas e do tempo disponível.

(3) As fases da acção de comando tem como finalidade


auxiliar o comandante a tomar essa decisão.

b. Estudo da missão

O comandante de pelotão ao receber do comandante de


companhia a missão do seu pelotão deve em primeiro lugar
restabelecer a missão.
Para restabelecer a missão vai averiguar quais são as
tarefas explícitas, ou seja aquelas que correctamente o
comandante de companhia determina.
Posteriormente, determinar as tarefas implícitas, ou seja
aquelas tarefas que concorrem para o cumprimento das
tarefas explícitas, exigindo para o efeito a maior parte
do efectivo do pelotão sem que essa tarefa seja formalmente
incluida pelo comandante de companhia.
Destas, o comandante de pelotão determina as essencias e
redige a missão restabelecida no seu pelotão.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 12

Deve ainda responder às seguites perguntas:

(1) Qual a missão?

(2) Que conhecimento há sobre o Inimigo?

(3) Em que medida e terreno e as condições meteorológicas


afectam a operação?

(4) De que tempo disponho?

(5) Que abastecimentos e equipamentos são necessários?

(6) Que tarefas especiais tenho que cumprir?

(7) Elaborar uma fita de tempo, cronologicamente inversa


a partir da hora a que pretende que os seus homens
estejam prontos.
c. Dar a ordem preparatória aos
comandante de secção e ao sargento
de pelotão (Anexo 6).

d. Elaborar um plano provisório

É um ponto de partida que pode


ser usado para coordenar, re-
conhecer, organizar e executar
movimentos e tem como base:

(1) A missão do pelotão.

(2) As tropas inimigas que se


nos opõem.

(3) O terreno e as condições meteorológicas, analisando:

(a) Observação e campos de tiro.

(b) Cobertos e abrigos.

(c) Obstáculos.

(d) Pontos importantes.

(e) Eixos de aproximação.

(4) Meios disponíveis.

e. Iniciar os movimentos necessá-


rios

Enquanto o comandante de pelo-


tão recebe a ordem completa do
comandante de companhia, o
sargento de pelotão desloca o
pelotão para a região onde a
operação terá lugar.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 13

f. Reconhecimentos:

(1) No terreno
(2) Fotografia (aérea e terrestre)
(3) Na carta
(4) Etc

g. Completar o plano

Baseado no reconhecimento o comandante completa, confirma


ou altera o seu plano provisório.

h. Difundir ordens

Dar a ordem oralmente num


ponto de onde o sargentos de
pelotão e os comandantes de
secção possam ver o terreno.
No mínimo deve usar um modelo
de terreno (Anexo 5).

i. Supervisar

(1) Verificar os treinos das


tarefas críticas de
secção necessárias à
missão.

(2) Revistar para verificar se os homens e equipamento estão


prontos.

(3) Fazer perguntas para verificar se os homens sabem os


seus deveres

2. REFERÊNCIAS

- RC 130-1, Operações (Vol I)


- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 05

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Construir uma caixa de areia.

b. CONDIÇÕES: (1) No campo ou em sala com caixa de areia.


(2) Dispondo de uma hora.

c. NÍVEL: (1) Representar o modelo de terreno.


(2) Tenha representadas meridianas e paralelas.
(3) Escala e norte magnético.
(4) Medidas de coordenação para a operação futura.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. É escolhido um local com configuração o mais semelhante pos-


sível à área a representar (declive, vegetação), e que
permita a acomodação necessária (espaço e segurança) aos
elementos a Briefar. Se a situação táctica o permitir deve
escolher-se um local de onde se observe a àrea de actuação.

b. Limitar na carta topográfica a área a representar e


aumentando proporcionalmente os seus lados (normalmente a
caixa de areia é retangular ou quadrada) transportá-la para
o terreno, calculando a sua escala, que se afixa em local
visível.

c. Posicionar a caixa de areia de modo a que fique


correctamente orientada e representar o norte magnético de
forma bem visível.

d. Representar fisicamente a quadrícula na caixa, através de


fios, arames ou outro material adequado e indicar a sua
numeração.

e. Determinar uma escala vertical (que afixa em local visível)


e colocar referências na caixa (à escala) dos principais
pon-tos de referência em elevação da caixa.
Pode utilizar paus cortados à escala em elevação, do ponto
a referenciar e espetá-los no solo nas coordenadas
correctas.

f. Colocar areia ou terra (humedecer para melhor moldagem),


mol-dar o relevo de acordo com:
- Carta topográfica
- Coordenadas - Fotografia aérea
- Referências verticais - Reconhecimento e informações

g. Representar na carta (usar fios, pedras, giz moído ou Kit


pré-preparado):
- Linhas de água
- Caminhos, - Edifícios
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 15

- Etc
h. Colocar a vegetação.

i. Identificar de forma visíveis os pormenores principais


(toponímica):

- Pontos de cota
- Povoações
- Deltas
- Linhas de água
- Iitinerários
- Etc

j. Representar na caixa as medidas de coordenação necessárias


para a acção a realizar.

k. Exemplos de materiais auxiliares na construção da caixa de


areia: peças do monopólio)
- Canivete
- Linhas de várias cores - Esferovite
- Canetas e cartão - Pedras/Paus/Vegetação
- Kit pré-elaborado (medidas - Carga 5
coordenação plástificadas, - Arame

- Régua

2. REFERÊNCIAS

- Revista azimute (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 06

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar e dar uma ordem preparatória.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão de atiradores.
(2) Em zona de reunião.
(3) Após receber a ordem do comandante da companhia.
(4) Dispondo de 15 minutos.

c. NÍVEL: Preparar a ordem preparatória, devendo especificar


no mínimo:

(1) Situação.
(2) Missão.
(3) Instruções gerais.
(4) Instruções específicas.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Após receber a missão o comandante de pelotão dá as suas


primeiras instruções, usualmente, sob a forma de uma
ordem preparatória.

(2) Na ordem preparatória dá as instruções suficientes


para que a sua unidade possa iniciar os preparativos
para o combate.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 17

(3) As NEP’s do pelotão devem estabelecer as acções a rea-


lizar quando é recebida uma ordem preparatória, (por
exemplo: requisição de munições, rações de combate e
equipamento de transmissões).

b. A ordem preparatória deve no mínimo ter a seguinte


constituição:

1. SITUAÇÃO
a. Inimigo, (breve referência).
b. Nossas tropas, (breve referência à missão de escalão
Superior).
c. Reforços/Cedências, (referir se houver).

2. MISSÃO
a. Quem?
b. O Quê?
c. Quando? (GDH)
d. Onde? (coordenadas)
e. Para quê?

3. INSTRUÇÕES GERAIS
Directivas para todos os homens no que diz respeito a tarefas
comuns, assim:
a. Organização do pelotão.
b. Uniforme e equipamento.
c. Armamento e munições.
d. Cadeia de comando.
e. Hora, local e uniforme para distribuição da ordem final.
f. Horas e locais para inspecções e treinos.

4. INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS
Outras instruções, por forma a distribuir tarefas pelos
subordinados, acerca de pormenores específicos que se
prendem com a missão que vão executar, assim:
a. Levantamento de equipamento especial.
b. Preparação da caixa de areia.
c. Treinos de tarefas críticas.
d. Coordenações necessárias.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 07

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVOS DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar e dar uma ordem de operações.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão de atiradores
(2) Em zona de reunião seguindo as fases da acção
de comando (ver Anexo 4).
(3) Dados:
(a) Local para dar a ordem de operações, que
permita observar a zona de acção ou o sector
de onde o pelotão vai actuar.
(b) Em alternativa um modelo de terreno ou no
mínimo a carta topográfica.
(c) Articulado da ordem de operações por forma
a obedecer a:
1. SITUAÇÃO.
2. MISSÃO.
3. EXECUÇÃO.
4. ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA.
5. COMANDO E TRANSMISSÕES.

c. NÍVEL: Dar a ordem de operações (verbal) ao sargento de


pelotão, comandantes de secção orgânicas ou de reforço
e ao observador avançado (OAv, caso esteja no pelotão)
e rádio-telefonista, no máximo após 1/3 do tempo que
o pelotão dispõe para se preparar para a missão.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Após receber a ordem, o


comandante de pelotão:

(a)Estuda a missão (Ver


Anexo 4)

(b)Dá a ordem preparatória


(Ver Anexo 6)

(2) Elabora em seguida um plano


provisório que será a base
da sua ordem de operações.

(3) Faz reconhecimentos (ver


Anexo 4), com base nos quais
completa, confirma ou altera
o seu plano provisório,
surgindo assim a ordem de
operações.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 19

b. Elaboração de uma ordem de operações:

(1) Um articulado para Ordens de Operações é um esquema de


suporte que:

(a) Permite sistematizar o planeamento, evitando a


omis-são de pontos importantes e normalmente
utilizados.

(b) Permite sequenciar a apresentação da ordem de um


modo familiar e lógico.

(c)Aumenta a rapidez de planeamento e facilita a


apresentação verbal.

(2) O articulado não é um esquema rígido, e o apresentado


nesta tarefa crítica é um dos possíveis. Apresenta
subparágrafos normalmente utilizados e exemplos de
ítens que poderão ser necessários ou não, à elaboração
da ordem de operações.

(3) A apresentação verbal deverá apoiar-se no articulado


(não sendo embora uma leitura). Para facilidade de
visua-lização da acção, poder-se-á alterar a sequência
com que os ítens surgem no articulado, por forma a que
os subordinados vejam a sequência ("o filme"), da acção
(Em especial na Execução).

(4) Iniciar a apresentação com:

(a) Fornecer referências, números das cartas to-


pográficas e fuso horário.

(b) Indicar (se necessário) a composição e articulação


das forças.

(c) Giro do horizonte (ver Anexo 28).

(d) Descrição da caixa de areia e restantes auxiliares:

- Direcção norte.
- Localização da caixa na carta topográfica
(coordenadas).
- Escala.
- Formas de terreno.
- Medidas de controlo.
- Associar estes elementos com o terreno.

c. Articulado de ordem de operações de pelotão

OOp
1. SITUAÇÃO
a. Forças Inimigas
(1) Identificação
(2) Localização
(3) Dispositivo
(4) Potencial (efectivos, moral, pontos fracos)
(5) Capacidades (NBQ, aérea...)
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 20

(6) Possibilidades
(7) Modalidade de acção mais provável
b. Forças Amigas
- Missão do escalão superior
- Missão unidade esquerda/direita/frente/rectaguarda
- Missão unidade apoio (escalão superior - Pel Ap)
- Missão unidade a ultrapassar

c. Reforços e Cedências
- Quando se não refere em composição e articulação das
forças
- Reforços normais possíveis
* Sec At/Esq ML/Esq ACar
- Cedências normais possíveis:
* Sec At/Esq ML

2. MISSÃO
- Quem?
- O Quê?
- Quando (GDH)?
- Onde (coordenadas)?
- Para Quê?

3. EXECUÇÃO
a. Conceito da Operação
(1) Manobra
(a) Intenção do comandante
(b) Explicação de toda a acção
Pontos mais comuns a utilizar:
- ATAQUE
* Medidas de coordenação (ZRn/LP/LF/Obj...)
* Técnicas de movimento
* Formações de ataque
* Elemento de manobra
- DEFESA
* Medidas de coordenação (ZRn/OAZR/Limites)
* Aproximação à posição
* Ocupação da posição (posição/sector)
* Conduta da defesa (contra ataque)
- MARCHA PARA O CONTACTO
* Medidas de coordenação (Eixo/LP/LF/PR...)
* Técnicas de movimento

(2) Plano de Fogos


(a) Engloba todos os fogos disponíveis para o Pel:
- FOGOS DIRECTOS:
* Elemento de fogo CAt/Pel (Sec+ML+ACar) NÃO
referidos na MANOBRA
* Apoio aéreo proximo (CAS) (Bat)
- FOGOS INDIRECTOS (Mort Méd/Pes/Art):
* Lista de objectivos
* Prioridades dos objectivos
* Quem pede tiro sobre objectivos prioritários
* Barragens/Preparações
* Fumos
* Medidas restritivas
(b) Normalmente existe transparente de apoio de
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 21

fogos em anexo à OOp.

(3) Outros apoios de combate existentes e disponíveis


para o Pel.
Exemplos:
- Defesa anti-aérea (stinger/redeye...)
- Informação (radares/sensores...)
- Guerra electrónica
- Engenharia (abrigos/Mob/CMob)

b. Missões de Subunidades
- NÃO incluir informação comum a mais que uma subunidade
- NÃO repetir o referido em MANOBRA
- Listar todas as unidades subordinadas:
* Sec At/Esq ML/Elemento reforço
- Se nada a aumentar, fica só o nome (não refere ao dar
a OOp)

c. Instruções de Coordenação
- Engloba informação comum a mais que uma subunidade
- Exemplos de ítens que poderá incluir:
* Ordem de marcha (aqui ou na MANOBRA)
* Requesitos concretos a responder
* Nível de PPOM
* Instruções de segurança
* Critérios/instruções para empenhamento
* Ameaça principal (CC/VBTP/VCI/apeada)
* Medidas de coordenação
* Relatórios/comunicações exigidos:
. PR/LF
. RELIM/SITREP/TUTELA
* Horários de actividades (planeamento inverso)
* Prioridades de trabalho
* Tarefas críticas:
. Consolidação por extenso
* Restantes poderão estar em NEP:
. Reorganização (com manuseamento de PG)
. Reacção fogos indirectos
. Passagem de linhas
. Reacção ao contacto
. Reacção a emboscadas (Próxima/Afastada)
. Passagem de áreas perigosas
. Lineares/abertas/contaminadas
. Limpeza de edifício/casamata
. Limpeza de trincheiras
. Fogo e movimento
. Outras adequadas para a missão
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 22

* Outras instruções específicas.

4. APOIO DE SERVIÇOS
- Referir neste parágrafo:
- As alterações à OOp anterior
- Necessidade de abastecimentos das várias classes
- Alterações nas NEP do apoio de serviços
- Poderá Incluir:
* Reabastecimentos das várias classes necessárias ao cum-
primento da MISSÃO
Exemplos mais comuns:
. Víveres/água/fardamento e equipamento
. Combustíveis/lubrificantes
. Armas/munições/explosivos
. Equipamento especial
* Evacuação sanitária e localização do PS batalhão
* Pessoal:
. Recompletamentos/licenças
. Evacuação PG/LRnPG
* Serviços:
. Banhos/descontaminação/correio
. Troca fardamento
* Manutenção:
. Viaturas/armamento/equipamento
* Transportes:
. Prioridade de tráfego
. Limitação ao movimento de viaturas
* Outras...(Destruição de abastecimentos que não estejam
em NEP...etc)

5. COMANDO E TRANSMISSÕES
a. Comando
- Localização Cmdt como (movimento/acção)
- Localização Cmdt Pel (movimento/acção)
- Cadeia de comando

b. Transmissões
- Normais e de recurso internos do Pel e os necessários
da CAt:
* Frequências/canais/indicativos de chamada
* Sinais:
. Iniciar/transportar/cessar fogo
. Consolidação
. Outros
* Senha/contra-senha/senha emergência
* Silêncio rádio/tempo máximo de emissão
* CODOPER

São____horas. Há dúvidas?

2. REFERÊNCIAS

- Guia do Graduado do SMO.


- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores.
- Manual da Companhia de Atiradores - provisório (EPI).
- Articulados Diversos.
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DEINFANTARIA
CAPÍTULO:
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO I
ANEXO - 12

OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar um plano de contingências.

b. CONDIÇÕES:
(1) No campo.
(2) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Numa situação simulada em que o comandante de
pelotão necessita de se ausentar.

c. NÍVEL: Na ordem verbal, deve ser clara a actuação do pelotão


na ausência do comandante de pelotão.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Sempre que o comandante de pelotão necessite ausentar-se


do seu pelotão deve dar um plano de contingência ao seu
substituto.

b. Esse plano de contingência deve incluir:

(1) Localização e actividade do comandante de pelotão na


sua ausência.

(2) Quem o acompanha.

(3) Fixar um tempo limite para o seu regresso.


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 52

(4) Qual o procedimento a adoptar pelo pelotão caso não re-


gresse no tempo limite.

(5) Qual o procedimento a adoptar pelo pelotão caso o coman-


dante estabeleça contacto com o inimigo.

(6) Qual o procedimento a adoptar caso o pelotão estabeleça


contacto com o inimigo.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 13

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVOS DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Executar um reconhecimento de comandantes.

b. CONDIÇÕES: Como comandante de um pelotão atiradores


durante o planeamento de operações de combate ou na
condução das mesmas.

c. NÍVEL: Executar o reconhecimento com o máximo detalhe,


tendo em conta o tempo disponível e a segurança da
operação.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

Para tirar o melhor partido do terreno numa área, o


comandante de pelotão deve observá-la.
Se o tempo disponível para planeamento de uma operação for
curto, deverá fazer no mínimo um reconhecimento pela carta
para melhor explorar as capacidades das armas e garantir
protecção para as suas forças.
Durante a condução de uma operação de combate também tem
necessidade de efectuar reconhecimentos, quer para confir-
mar o plano ou alterá-lo, quer para avaliar o terreno onde
irá combater.

b. Reconhecimento de comandantes no terreno, durante a


condução de uma operação de combate

(1) Levar consigo um grupo de homens que podem incluir:

(a) Os três comandantes de secção.

(b) Uma esquadra de atiradores como segurança.

(c) O observador avançado (se existir).

(2) Levar, além de cartas e meios de navegação, um rádio


para comunicar com o sargento de pelotão e meios de
observação (binóculos e aparelhos de visão nocturna).

(3) Antes de abandonar o pelotão, elaborar um plano de


contin-gências, (ver Anexo 12), dar ao sargento de
pelotão ou ao mais antigo que assuma o comando do
pelotão na sua ausência.

(4) Reconhecer zonas de reunião de pelotão, locais para


grandes altos, objectivos, pontos importantes e
obstáculos, etc.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 54

(5) Utilizar com o grupo que o acompanha no reconhecimento


a técnica de deslocamento em probabilidade de contacto
aplicável à situação.

(6) Colocar a esquadra de atiradores, (com a missão de segu-


rança), por forma a garantir o aviso atempado da apro-
ximação inimiga, durante a execução do reconhecimento.

(7) Abordar o local que vai reconhecer de um lugar


previamente escolhido e que confira protecção das
vistas, segurança e domínio sobre o local a reconhecer.

(8) Terminado o reconhecimento, regressar ao pelotão.


Deixar uma equipa de segurança com dois homens e um
rádio mum PO de onde possam observar o local reconhecido
e detectar qualquer movimento inimigo ou qualquer
alteração da situação. O posto de observação normalmente
coincide com o local de observação do comandante no
reconhecimento.

(9) Quando o pelotão executa a acção, a equipa de segurança


que está no posto de observação, reocupa a sua posição
na secção ou mantém-se na missão como equipa de
segurança de acordo com a finalidade da acção e com a
situação.

2. REFERÊNCIAS

- Manual da Companhia Atiradores - provisório (EPI).


- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 14

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Caracterizar o armamento orgânico, de apoio ou reforço do pelotão de atiradores.

b. CONDIÇÕES: Dada uma das armas, ao comandante de pelotão, numa


operação táctica.

c. NÍVEL: Enunciar correctamente os alcances e tipos de munições,


perfuração, distância de armar e zona de escape de
gases (se existir).

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

ALCANCES(m)
ARMAS TIPOSDEMUNIÇÕES
MÁXIMO PRÁTICO UTIL EFICAZ
- NORMAL
ESPINGARDA - TRACEJANTE
AUTOMÁTICA 3800 200 400 1700 - SALVA (TIPO A e B)
G-3 - PERFURANTE
- DE MANOBRA
PISTOLA
1600 50 50 -- CARTUCHO 9mm
WALTHER
Alvos - EXPLOSIVA HE M406
Pont
150 - ZAGALOTE XM 576E1
LG-40 M/79 400 375 -- - ILUMINANTE XM 583
Alvos
Zona - 5 CARGAS ILUMINANTE XM 585
350 - GASES XM 651E
ALVOS FIXOS - 250 - GRANADA FOGUETE HEAT (HIGH EX-
LGF M72 A2 LAW 1000 ALVOS MÓVEIS - 200 PLOSIVE) ANTITANK 66mm
- LANÇAMENTO DA GRANADA DE MÃO DEF
M/63
DILAGRAMA 200 -- 180 -- - UTILIZADO NA ESP. AUT. G-3
- CARTUCHO 7,62mm M/65 (SÓ DISPÕE
DE CARGA) PROPULSORA
ML HK-21 3800 600 1200 1700 - MESMO DA G-3
- HEAT (ANTI-CARRO)
CS/R 90 2100 400 800 -- - TP (INSTRUÇÃO)
- APERS (ANTI-PESSOAL)
- HEPT (HIGH EXPLOSIVE PLASTIC)
1100 - HESH (PLÁSTICO)
CS/R 10,6 7678 -- --
2220 - HEAT(QUÍMICA)
com o - 3A-HEAT-T (REACTIVA)
LP101 - APERS (ANTI-PES)
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 56

ALCANCES(m)
ARMAS TIPOSDEMUNIÇÕES
MÁXIMO PRÁTICO UTIL EFICAZ
- BGM 71 A (GUERRA)
3000 >3000
SLM M220 A1 -- -- -- - BTM 71 A (INSTRUÇÃO)
TOW ou - BGM 70 A1
3750 >3750
- BTM 71 A1
- MUNIÇÃO MILAN I
MILAN 2000 -- -- --
- MUNIÇÃO MILAN II

MORT 81 3000 -- a - EXPLOSIVAS


b - FUMOS
MORT 10,7 5360 -- c - ILUMINANTES
d - EXERCÍCIO
MORT 120 6500 -- e - MANOBRA
- NORMAL 7,62 mm
ML MG-42 4500 600 -- -- - PERFURANTE
- TRACEJANTE

ARMAS PERFURAÇÃO DISTANCIA DE ZONADEESCAPEDEGASESSEGURANÇA


ARMAR
MUNIÇÃO NORMAL - A 550m
80% de perfura-
ções em chapa de
aço com 3,5 cm.
ESPINGARDA
AUTOMÁTICA _____ _____
MUNIÇÃO PERFURANTE - A
G-3
1100 m 80% de
perfurações em
chapa de aço com
3,5 cm.
a a a
25 m 50 m 100m
Terra 36 35 31
PISTOLA solta cm cm cm _____ _____
WALTHER 26 25 21
Areia
cm cm cm
Madeira 23 22,5 17
de pinho cm cm cm
RAIO DE
Distância minima de
ACÇÃO
segurança:
Explosiva 14 a 28 m
HE M406 5 m
- Em instrução - 80 m
Zagalote _____ _____ - Em combate - 30 m
XM 576E1
LG-40 M/79
Iluminante _____ _____
XM 583
5 Cargas ilu- _____ _____
minates XM 585
Gases XM 651E Duração 10 a 30 m
25 seg
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 57

ARMAS PERFURAÇÃO DISTANCIA DE ZONADESEGURANÇADEESCAPEDE


ARMAR GASES
Em:
Zona
Blindagem homogénea Perigosa
275 mm Zona de 15m
10 m Precaução 8 m
LGF M72 A2 LAW
Terra - 1830 mm

Betão - 610 mm 25m


25 m

Raio de acção perigoso


185 m
DILAGRAMA _____ _____
Raio de acção eficaz
10 m

ML HK-21 Mesmo da EAutom G-3 _____ _____

120 o 13,75 m
Zona
Perigosa
CS/R 90 APERS- Alcance eficaz À saida 13,75 m
atéaos40
300 m do cano
m
Zona de
15,50 m
Precaução
55 m

Zona
120 o
300 a 500 mm de Perigosa
blindagem normal À saida
CS/R 10,6 Zona de 24m
e reactiva do cano
Precaução
(3A-HEAT-T)
15m
46 m

Zona de segurança
da guarnição Zona
90 o
Perigosa
SLM M220 A1 HEAT - 500 mm Zona de 50m
65 m
TOW de blindagem normal Precaução 71 m

25m
106 m
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 58

ARMAS PERFURAÇÃO DISTANCIA DE ZONADE SEGURANÇADEESCAPEDE


ARMAR GASES

MILAN I - 650 mm de blin-


dagem normal com
um ângulo de in- Zona de segurança: 3 a 4 m
cidência de 70o
MILAN 25 m O contector é ejectado à
MILAN II- 850 mm de blin- rectaguarda
dagem composta
com um ângulo de Consultar MT-38-2
incidência de
80o

GEGP - Raio de acção pe-


rigoso - 250 m
Raio de acção efi-
caz - 50 m

GEO - Raio de acção pe-


rigoso - 100 m _____
MORT 81 Consultar MT-38-2
Raio de acção efi-
caz - 35 m

Iluminante com altura de


rebentamento de 600 m,
ilumina um diametro de
1200 m durante 60 segundos

HE - Raio de acção pe-


rigoso - 250 m _____
MORT 10,7 Raio de acção efi- Consultar MT-38-2
ML MG-42 caz - 40 m

HE - Raio de acção pe-


rigoso - 350 m _____
MORT 120 Raio de acção efi- Consultar MT-38-2
caz - 50 m

2. REFERÊNCIAS

a. EPI - Direcção de Instrução:


- Espingarda Automática G-3 7,62 mm M/63.
- Pistola Walther 9 mm M/61 (Armamento 5).
- Lança Grandas 40 mm M/79 (Armamento 33).
- Canhão S/R 90 mm.
- Canhão S/R 10,6 cm.
- Morteiro 10,7 cm M/52 (Armamento 31).
- Morteiro 120 mm "Tampela".

b. Direcção da Arma de Infantaria (Armamento E Tiro):


- Metralhadora Ligeira HK-21 M/968.
- Míssil Milan.
- Guia do Graduado do SMO - Morteiros I.
- Metralhadora Ligeira MG-42.

c. Folhas da Cadeira de Armamento (1M).

d. Folhas do Curso TOW (BIMec).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 15

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar um relatório da situação (SITREP).

b. CONDIÇÕES: (1) Como comandante de pelotão de atiradores.


(2) Durante a consolidação e reorganização.
(3) Após completar uma operação de combate.

c. NÍVEL: Deve conter os seguintes pontos:

(1) Identificação do pelotão.


(2) Localização do pelotão.
(3) Actividade.
(4) Prisioneiros de guerra.
(5) Baixas, (nossas tropas e inimigo).
(6) Munições e material.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

Durante a reorganização, cada comandante de secção ins-


pecciona os seus homens e faz ao seu comandante pelotão um
relatório sobre a situação da sua secção.
Da mesma forma, o comandante pelotão faz um relatório, com
base nos das secções, que dá ao seu comandante de companhia,
pessoalmente ou através do rádio.

b. Pontos desenvolvidos no SITREP:


(1) Identificação do
pelotão.

(2) Loca lizaçã o -


Identificação ex-
acta do local onde
se encontra o pelo-
tão através de co-
ordenadas, pontos de
referência, etc.

(3) Actividade -
Qual a acção que o
pelotão está a de-
senvolver.

(4) Prisioneiros de guer-ra - Inclui o número de


inimigos, feitos prisioneiros de guerra e informações
sobre o material capturado.

(5) Baixas - Mortos e feridos graves (com necessidade


de evacuação), quer das nossas tropas quer do inimigo,
(especificar o número).
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 60

(6) Munições/Material - O número de munições, que o


pelotão necessita para ficar a 100%, (indicar um número
aproxi-mado); inclui também granadas de mão, LAW’s,
granadas de LG-40mm e outros.
Outro material, tais como armas e outros equipamentos
específicos, são incluídos neste ponto.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DEINFANTARIA
CAPÍTULO:
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO I
ANEXO - 16

OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar o relatório NBQ 1 Nuclear inicial e subsequente.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) Perante uma situação de ataque nuclear dados os
elementos de informação e alerta NBQ e bússola.

c. NÍVEL:
(1)Elaborar o relatório NBQ 1 NUC Inicial de acordo com
o ATP 45 e por forma a conter no mínimo as alíneas
obrigatórias (B,C,D e H).
(2)Elaborar os relatórios NBQ 1 NUC subsequentes, con-
tendo para além das anteriores, as alíneas (L ou M).

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Relatório NBQ 1 NUC (Relatório Inicial):

(1) Finalidade:

Avisar sobre a ocorrência de um ataque.

(2) Fluxo da mensagem:

Observador ——> Comando Superior.

(3) Origem:

Unidade observadora ou atacada.

(4) Precedência:

Relâmpago - se for o 1º rebentamento no teatro de


operações; se não for o 1º, o grau de
precedência a utilizar é o Imediato.

b. Formato do relatório NBQ 1 NUC (inicial)

(1) As alíneas a utilizar são:

- BRAVO - Localização do observador (coordenadas).


- CHARLIE - Azimute Observador-Rebentamento (magnetico
ou outro).
- DELTA - Data hora da explosão.
- ECO - Tempo de iluminação (segundos).
- FOXTROT - Coordenadas reais ou estimadas.
- HOTEL - Tipo de rebentamento (aéreo, superfície,
subterrâneo).
- JULIET - Tempo relâmpago-trovão.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 62

(2) EXEMPLO

BRAVO - MD 531678
CHARLIE - 86 GRAUS (magnético)
DELTA - 030832 ZULU
JULIET - 100

c. Formato do Relatório NBQ 1 NUC (subsequente):

(1) Em H + 5 min o observador deverá enviar o relatório NBQ1-


Subsequente, enviando a linha LIMA.

(2) Em H + 10 min o observador enviará outro NBQ1-


Subsequente enviando a linha MIKE.

(3) As outras linhas mantêm-se à excepção da JULIET.

(a) Significado das linhas LIMA e MIKE:

LIMA - Largura da nuvem (graus ou milésimos).

MIKE - Ângulo do solo ao topo da nuvem


Ângulo do solo à base da nuvem
(Deve indicar se é de base ou de topo).

(b) Ângulos a medir:

(c) EXEMPLO:

LIMA - 150 Mils


MIKE - 200 Mils base

EXEMPLO DO NBQ 1 NUC Subsequente (em H+5 min)


BRAVO - MD 521678
CHARLIE - 86 GRAUS (Mag)
DELTA - 030832 ZULU
HOTEL - SUPERFÍCIE
LIMA - 150 Mils

EXEMPLO DO NBQ 1 NUC Subsequente (em H+10 min)


BRAVO MD 521678
CHARLIE - 86 GRAUS (Mag)
DELTA - 030832 ZULU
MIKE - 310 Mils TOPO

2. REFERÊNCIAS:

- ATP 45 - NBQ MESSAGES, REPORTING AND WARNING.


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 17

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar um plano de defesa do comandante de pelotão.

b. CONDIÇÕES:
(1) No campo.
(2) Como comandante de pelotão.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma ordem do comandante de companhia para
preparação de uma posição defensiva.

c. NÍVEL: O plano de defesa deve conter os seguintes itens:

(1) Posições das secções.


(2)Posições das metralhadoras e das armas anti-carro
médias.
(3) Emprego dos fogos indirectos.
(4) Emprego de minas e obstáculos.
(5) Medidas de segurança.
(6)Escolha e o funcionamento de um posto de comando-
pos-to de observação (PC/PO).

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

O plano de defesa do comandante de pelotão inclui:

(1) As posições das secções.

(2) As posições das metralhadoras e das armas anti-carro


médias.

(3) O emprego dos fogos indirectos.


(4) O emprego de
mi-nas e ob-
stáculos.

(5) Medidas de
segu-rança.

(6) A escolha e
funcionamento
de um posto de
comando-posto
de observação
(PC//PO).
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 64

b. Posição das secções:

(1) Um pelotão ocupa uma frente de 400 metros por 200 de


profundidade.

(2) O comandante de pelotão atribuia a cada secção uma


posição para defender (entre 2 pontos de referência)
e um sector de tiro bem referenciado (fazendo o mesmo
para as posições suplementares).

(3) Num terreno ideal uma secção deve ser capaz de ocupar
e defender uma posição com cerca de 100 metros de
frente.

(4) A distância entre abrigos duplos deve ser de 20 metros


e entre abrigos individuais de 10 metros.

(5) Por cada metralhadora ou arma anti-carro instalada no


seu sector, aumentar 25 metros na frente da secção (e
pelotão).

(6) O espaço entre secções deverá ser cerca de 25 metros.

(7) As secções, normalmente, preparam posições principais


e suplementares, ocupando as primeiras.

(8) As secções, normalmente, não tem posições de alternativa,


dispondo de um espaço na posição de alternativa do
pelotão.

(9) Garantir que os sectores de tiro das secções se


sobrepõem próximo dos 35 metros (alcance médio do
lançamento de granadas de mão).

(10) As secções devem poder disparar na direcção de onde se


espera o ataque.

(11) Receber os esboços das secções e cartas de tiro. Fazer


a sua análise e melhorar o plano de defesa, de modo a
que os espaços mortos sejam cobertos por obstáculos,
pelos fogos do lança-granadas (LG-40) ou por minas.

(12) Enviar ao comandante de companhia o esboço de posição


do pelotão e estabelecer comunicação TPF com a
companhia (usando
o radio-
telefonista).

(13) Seguir a tarefa


crí-tica ocupar,
pre-parar e de-
fender uma posição
d e f e n s i v a ,
apoiando-se no
esbo-ço de posição
do pe-lotão para
controlar a acção.

(14) Construir se o
tempo permitir
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 65

trincheiras entre abrigos e para as posições suplemen-


tares.

c. Posição das metralhadoras:

(1) Escolher e atribuir as posições para as metralhadoras.

(2) Atribuir a cada esquadra de metralhadora ligeira uma


posição a ocupar e os sectores de tiro principal e
secundário.

(3) As posições e os sectores de tiro devem:

(a) Cobrir os eixos de aproximação de infantaria.

(b) Permitir a execução de fogo rasante ao longo da


frente do pelotão.

(4) Os sectores de tiro das duas metralhadoras ligeiras


devem sobrepor-se aos das metralhadoras dos pelotões
adjacentes.

(5) Atribuir a cada esquadra de metralhadora ligeira,


dentro do sector de tiro principal, uma linha de
protecção final (LPF) ou uma direcção principal de tiro
(DPT).

d. Posição das armas anti-carro médias:

(1) Colocar as armas anti-carro médias por forma a cobrirem


os eixos de aproximação para carros de combate. Pode,
igualmente, designar posições de alternativa e suple-
mentares.

(2) Escolher a posição e o sector de tiro de cada armas anti-


-carro.

(3) Verificar se há possibilidade de efectuar tiro de flanco


e se a posição é coberta e abrigada.

e. Emprego de fogos indirectos:

(1) O planeamento de apoio de fogos é feito pelo comandante


de companhia, auxiliado pelo comandante do pelotão de
apoio.

(2) Uma lista de objectivos planeada será entregue ao co-


mandante de pelotão. O comandante da companhia pode
atribuir uma barragem de fogos de protecção final (FPF)
a um pelotão.

(3) O comandante do pelotão de atiradores deve estudar a


localização dos fogos de protecção final(FPF), conjun-
tamente com o observador avançado (OAv).

(4) Verificar a lista de objectivos para se assegurar que


foram planeados fogos sobre todos os eixos de
aproximação inimigos e posições conhecidas ou suspeitas
dentro do sector de tiro do pelotão.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 66

(5) Se forem necessários mais alguns objectivos (alvos),


o OAv solicita-os através do posto de contolo de tiro
(PCT), para posterior aprovação.

(6) Os objectivos que são planeados, para controlar e


orientar as armas anti-carro médias, ou quaisquer armas
de tiro directo, designam-se por pontos de referência
de objectivos (PRO).

(7) O comandante do pelotão de atiradores têm autoridade


para pedir o desencadeamento dos FPF, a menos que o
comandante de companhia não delegue essa competência.

(8) Depois do comandante de pelotão ordenar o desencadeamento


dos FPF, só ele têm competência para os fazer cessar.

(9) Durante a execução dos FPF, todas as outras armas do


pelotão estão em acção.

f. Emprego de minas e obstáculos:

O comandante de pelotão melhora a


sua defesa com o emprego correcto
dos seguintes meios:

(1) Campo de minas.

(2) Minas isoladas (anti-pes-


soal, anti-carro e iluminantes)

(3) Redes de arame farpado, con-


certinas, laços, etc

(4) Obstáculos expeditos (covas, armadilhas, chicote de


pontas, etc)

g. Medidas de segurança:

(1) O comandante de pelotão monta um sistema de medidas de


segurança para impedir que o seu pelotão seja observado
ou surpreendido pelo inimigo, com base:

(a) Em ordens recebidas do comandante da companhia.

(b) Na situação do inimigo.

(c) Nas condições de terreno e visibilidade


(2) As medidas de segurança
activas compreendem:

(a) Montagem de PO/PE’s.

(b) Segurança no interior


da posição.

(c) Alertas.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 67

(d)Montagem de sensores remotos e sistemas ex-peditos


de alertas.

(e)Montagem de alarmes químicos.

(f) Patrulhas de segurança.

(3) As medidas de segurança passivas compreendem:

(a) Camuflagem:

1. Das posições.

2. Dos homens.

3. Do equipamento e material.

(b) Controlo dos movimentos.

(c) Disciplina de luzes e ruídos.

(d) Redução do tráfego rádio.

h. Escolha e funcionamento de um PC/PO:

(1) Instalar o PC/PO no local de onde melhor possa ver e


controlar a posição e o sector do pelotão.

(2) Se do seu PC/PO principal não conseguir ver e controlar


totalmente o pelotão, pode instalar um PC/PO de alter-
nativa.

(3) No PC/PO alternativo fica o sargento de pelotão e


o socorrista (eventualmente) que asseguram o seu
funcio-namento.

(4) No PC/PO principal fica o comandante de pelotão, o seu


radio-telefonista e equipa de observação avançada dos
morteiros médios, (OAv e rádio-telefonista).

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 18

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Empregar o alarme automático para agentes químicos.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma situação táctica de provavel ataque
químico.

c. NÍVEL: O comandante de pelotão deverá estar apto a aplicar os


princípios de emprego táctico do alarme automático para
agentes químicos.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades

(1) O alarme automático de agentes químicos é um laboratório


químico automático, minaturizado, que analisa constan-
temente o ar, soando quando detecta agentes neurotóxi-
cos, hematóxicos ou sofocantes.

(2) Cada alarme detecta concentrações muito baixas de


agentes químicos sob a forma de aerosol ou vapor,
sinalizando automaticamente a presença dessas
concentrações.

(3) Pode funcionar continuamente, mas deve ser reabastecido


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 69

cada 12 horas.

b. Ligações possíveis da unidade de alarme às unidades


detecto-ras.

c. Ligações em posições fixas:

(1) Distância entre detectores e as tropas deve ser 150


metros no sentido de onde sopra o vento.

(2) Distância entre detectores 300 metros.

(3) Distância entre detectores e o alarme de 400 metros.

d. Ligações em movimentos:

(1) Ver direcção do vento.

(2) Unidade detectora à frente.

(3) A secção que leva os detectores vai em PPOM 4.

(4) Os restantes elementos vão em PPOM 3 ou 4 de acordo com


a decisão do comandante

e. Aspectos a considerar na montagem dos detectores e alarmes:

DISTÂNCIADAFRENTEEM METROS UNIDADESM43 NECESSÁRIAS

1 - 36 1

37 - 372 2

372 - 708 3

(1) Unidades detectoras, necessários para cobrir a frente


do pelotão.
(2) Quanto mais irregular for o terreno mais perto das
tropas se devem colocar os detectores.

(3) Colocar a unidade de alarme próximos das comunicações


rádio-fio.

(4) Posicionar os detectores de preferência nas zonas


baixas (linhas de água e depressões).

f. Localizar as unidades detectoras no esboço do sector do


pelotão.

2. REFERÊNCIAS

- Publicação do Curso de Defesa NBQ da Escola de Instrução e


Defesa NBQ da EPE.
- Instruções de utilização do alarme automático.
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 19

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Executar sinais de combate.

b. CONDIÇÕES:
(1) No campo.
(2) Integrado numa secção de atiradores.
(3) Face a determinadas situações tácticas simuladas.

c. NÍVEL: Deve executar correctamente os sinais de combate de


modo a que os outros elementos os percebam.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

Sinais de combate: São sinais visuais, feitos pelos


elementos de um pelotão de modo a executar uma actividade
ou transmitir uma ordem ou informação, com o máximo de
silêncio e rapidez.

b. Sinais de combate:

(1) Sinais de advertência:

Ataque Aéreo AmeaçaNuclear AmeaçaQuímica, Biologica, Radioactiva

(2) Sinais de formação de combate:

FormaçãoemColuna EscalãopelaDireita(Esquerda) FormaçãoemCunha


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 71

FormaçãoemLinha

(3) Sinais de comando e controle:

EstouProntoouEstásPronto NãoestouPronto Dispersar

Reunião Siga-meou AvanceouInicieoDeslocamento


Junte-seaMim

InimigoNaquelaDirecção MaisDepressa MaisDevagar


(OcanodaEspingardaindicaadirecção)
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 72

Aumentar asDistâncias Diminuir asDistâncias

(4) Sinais de controle de fogo:

BataPeloFogo InicieoFogo
(Frente, Direita, Esquerda, Rectaguarda)
(OMovimentodoBraçoIndicaaDirecção)

CesseoFogo CubraoNossoAvanço

(5) Sinais em Viaturas

Apear Embarcar PrimeiraForma


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 73

Progridacom Progrida AvanceSobrea ApoieoNosso


Sobreapoio MinhaEsquerda Movimento

(6) Sinais Nocturnos de braço e de mão com lanterna


eléctrica:

MotoresemMarcha Parar (Parar Motores) MarchaAtrás

Esquerda Avancar Direita


Aumentar avelocidade

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


- Listas de Verificação de Comandante de Pelotão (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 20

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar um plano de segurança e repouso

b. CONDIÇÕES:
(1) No campo.
(2) Dados:
(a) Um pelotão de atiradores orgânico.
(b) Numa situação simulada do Pelotão estar
ins-talado:
- Numa posição defensiva.
- Numa posição defensiva imediata.
- Em zona de reunião.

c. NÍVEL: Elaborar um plano de segurança e repouso por forma a:

(1) Aproximadamente 2/3 do tempo disponível deve ser


de repouso.
(2) O periodo em que cada homem deve estar alerta não
exceda 2 horas.
(3) Obedecer às directivas do comandante de companhia.
(4) Não demorar mais que 30 minutos na elaboração.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. O comandante de pelotão deve elaborar um plano de segurança


e repouso nas seguintes situações:

(1) Quando o pelotão está instalado numa posição defensiva.

(2) Quando o pelotão está instalado numa posição defensiva


imediata.

(3) Quando o pelotão está instalado em zona de reunião.

b. O período de tempo que cada elemento do pelotão deve estar


em alerta/descanso varia conforme a situação em que o
pelotão se encontra. Por exemplo com o pelotão instalado
numa posição defensiva deve ter mais preocupação com a
segurança do que com o pelotão instalado em zona de reunião,
em que não se prevê a aproximação do inimigo.

c. Os comandantes devem ter a preocupação que cada homem tenha


aproximadamente o mesmo empenhamento que os restantes
elementos e sensivelmente o mesmo período de tempo para
descanso (aproximadamente 2/3 do tempo disponível).

d. O período em que cada homem deve estar alerta nunca deve


exceder duas horas de duração.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 75

e. O comandante de pelotão dá directivas aos seus comandantes


de secção sobre:

(1) Número de postos de sentinela que cada secção deve


monter.

(2) Tipo de postos (fixos ou móveis e sua localização).

(3) Efectivo de cada posto.

(4) O que fazer caso seja detectado algo de suspeito


(Exemplo: informar de imediato o graduado de serviço).

f. O comandante de pelotão elabora uma escala de serviço que


deve incluir (Fig 1):

(1) Início dos turnos.


(2) Duração de cada turno.
(3) Quem guarnece PO/PE.
(4) Quem guarnece a patrulha de segurança.
(5) Qual o graduado de serviço.
(6) Quem está alerta dentro das esquadras de metralhadoras
ligeiras .

g. Figura 1: Exemplo de uma escala de serviço elaborada por


um comandante de pelotão.
SECÇÕES/ FUN GRADUADO 1ª Esq ML 2ª Esq ML
ÇÕES
1ª 2ª 3ª DE
HORAS Sec Sec Sec SERVIÇO Ap Mun Rem Ap Mun Rem

19/21 PE PS Cmdt Pel X X


21/23 PE PS Sarg Pel X X
23/01 PS PE Cmdt 1ªSec X X
01/03 PE PS Cmdt 2ªSec X X
03/05 PE PS Cmdt 3ªSec X X
05/07 PS PE Cmdt Pel X X
07/09 PO PS Sarg Pel X X
09/11 PO PS Cmdt 1ªSec X X
11/13 PS PO Cmdt 2ªSec X X
13/15 PO PS Cmdt 3ªSec X X
15/17 PO PS Cmdt Pel X X
17/19 PS PO Sarg Pel X X

PO - Posto de observação

PE - Posto de escuta

PS - Patrulha de segurança
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 76

h. Com base na escala de serviço do comandante de pelotão cada


comandante de secção elabora em duplicado a sua escala, um
exemplar para o comandante de pelotão e o outro para a secção
(Fig 2).

i. Figura 2: Exemplo de uma escala de serviço elaborada pelo

FUNÇÕES Cmdt At
At Gr At (1) Ar (2) Cmdt At At Gr At (1) Ar (2)
HORAS 1ªEsq Bipé 2ª Esq Bipé

19/20 S PE PE S PE
20/21 S PE PE PE S
21/22 S S
22/23 S S
23/24 S PS PS PS S
00/01 PS S PS PS S
01/02 S PE S PE PE
02/03 PE S PE S PE
03/04 S S
04/05 S S
05/06 S PS S PS PS
06/07 S PS S PS PS
07/08 PO PO PO S
08/09 PO PO PO S
09/10 S
10/11 S
11/12 S PS PS PS
12/13 S PS PS PS
13/14 PO PO PO S
14/15 PO PO PO S
15/16 S
16/17 S
17/18 PS PS PS S
18/19 PS PS PS S

PO - Posto de observação

PE - Posto de escuta

PS - Patrulha de segurança

S - Sentinela
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 77

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 21

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVOS DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comunicar com aeronaves utilizando o código Terra-Ar.

b. CONDIÇÕES: (1) Como comandante de pelotão.


(2) No campo.
(2) Dados:
- Um pelotão.
- Uma operação simulada com aeronaves amigas.

c. NÍVEL: Executar o sinal do código terra-ar em tempo útil e por


forma a ser visível pela aeronave.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) As forças terrestres utilizam telas na comunicação com


aeronaves, para transmitir mensagens muito curtas,
sobre as necessidades mais frequentes.

(2) Na falta de telas pré-fabricadas, pode-se improvisar


com marcos no terreno, pedaços de madeira, tecido,
panos de tenda, pedras ou outros materiais.

(3) Colocar as telas em terreno relativamente plano, com


cerca de 40x15 metros de área limpa e expostas de forma
a contrastarem com o fundo natural do terreno.

(4) Fundamentalmente há dois tipos de telas:

(a) Telas de balizagem - utilizadas para identificar


uni-dades e balizar posições ocupadas pelas nossas
tropas, sendo de cores brilhantes e fluorescentes

(b) Telas de sinalização - utilizadas para transmitir


mensagens curtas, segundo um código pré-es-
tabelecido. São de cor branca e preta

b. Código de emergência Terra/Ar

(1) A ligação por telas de sinalização só é prática quando


se empregam códigos pré estabelecidos, (números,
letras e código morse).

(2) No entanto em situações de combate, há por vezes


necessidade da ligação imediata, em que não se dispõe
de tempo disponível para fazer uma transmissão
completa. Por isso em tais circunstâncias, recorre-se
a um código de emergência.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 79

(3) Pode chamar-se a atenção para os sinais, pelo emprego


de luzes, artifícios pirotécnicos, fogueiras, telas,
pela construção de um grande S.O.S., ou pelo emprego
de qualquer material que reflicta a luz do sol.

(4) Os sinais de código de emergência, podem ser feitos com


os materiais indicados para as telas, devendo ter pelo
menos 2,5 metros de comprimento, ficando afastados 3
metros entre si.

(5) Colocar os sinais tal como se indica, para evitar


qualquer confusão:

Tudo bem————————————------------

Não———————————————-----------

Sim—————————————————-------

Não compreendido————————------------

Preciso mecânico (ou material de engenharia)

Localização provável do inimigo———-------

Preciso de apoio de fogo nesta direcção—---

Preciso de reforços————————---------

Indicativo de zona de lançamento (ZL)—-----

Preciso de médico (feridos com gravidade)—-

Preciso material sanitário———————----

Não posso prosseguir—————————------

Preciso alimentos e água——————--------


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 80

Preciso de armas e munições—————-------

Preciso cartas e bússolas——————-------

Preciso válvulas e baterias (Material Rádio)

Indique direcção a seguir——————-------

Progrida nesta direcção——————-------—

Provável possibilidade de aterrar aqui—----

Preciso gasolina e óleo————————-----

(6) Recepção e validação da transmissão:

(a) Uma aeronave informa que os sinais de terra foram


bem recebidos, abanando as asas lateralmente,
fazendo sinais de luzes verdes (pisca-pisca), ou
por qualquer outro sinal pré-combinado.

(b) Para indicar que a mensagem não foi recebida,


descreve uma volta de 360o para a direita, faz sinais
de luzes encarnadas (pisca-pisca), ou executa
qualquer outro sinal pré-combinado.

c. Marcação de zonas de aterragem de helicópteros:

(1) De dia, para sinalizar uma zona de aterragem de heli-


cópteros, marcar o local de aterragem:
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 81

(a) Com um sinaleiro, com uma tela estendida no terreno


e à frente do corpo.

(b) Quando a situação táctica o permitir, empregar o


fumo, por forma a identificar rapidamente a
localização exacta do ponto de aterragem. O emprego
deste meio, serve também para indicar a direcção do
vento e a sua velocidade. Os potes de fumo devem ser
colocados na orla de aterragem contrária à direcção
do vento, por forma a não taparem a zona de
eterragem.

(c) Se a situação o permitir, sinalizar com telas


encarna-das todos os obstáculos principais, tais
como: fios telefónicos, linhas de alta tensão e
outros obstáculos do terreno.

2. REFERÊNCIAS

- Sinais de combate - Edição de 1978


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 22

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar um relatório imediato (RELIM).

b. CONDIÇÕES: Como comandante de secção/pelotão de atiradores


numa reacção ao contacto (visão, fogos directos ou
indi-rectos).

c. NÍVEL: Deve transmitir ao comandante de pelotão/companhia os


seguintes pontos:

(1) Localização do inimigo.


(2)Efectivo, equipamento e armamento estimado do ini-
migo.
(3) Actividade do inimigo.
(4) Proposta de modalidade de acção.
(5)Outras informações.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

Após os passos iniciais de reacção ao tipo de contacto a


que a secção/pelotão foi sujeito, por exemplo:

(1) Após ter instalado, respondido ao fogo e esclarecido


a situação no caso de fogos directos.

(2) Após ter mandado instalar caso tenha observado o inimigo


à distância.

(3) Logo que se encontre num local abrigado ou fora da zona


de impactos (caso tenha que reagir a fogos indirectos).

b. O comandante de secção/pelotão transmite à voz ou pelo rádio


os seguintes pontos:
(1) Localização
do inimigo
(através de pon-
tos de re-
ferência, coor-
denadas, formas
de terreno, mé-
todo do relógio
(sendo o centro
do relógio a
testa do pelo-
tão e consider-
ando as 12 horas
a direcção de
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 83

progressão).

(2) Efectivo, equipamento e armamento estimado do inimigo.

(3) Actividade do inimigo (Ex: executa fogos directos sobre


o pelotão).

(4) Proposta de modalidade de acção (Ex: "posso manobrar,


vou envolver pela direita com duas secções, mantendo
uma secção juntamente com as duas esquadras de
metralhadora em apoio").

(5) Outras informações.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 23

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar um Pedido Inicial de Tiro.

b. CONDIÇÕES:
(1) No campo.
(2) Como comandante de pelotão ou observador
avança-do.
(3) Dados:
- Uma situação simulada em que é localizado um
objectivo que pelas suas características
deve ser batido por fogos de morteiros.

c. NÍVEL: No tempo máximo de dois minutos, elaborar e transmitir


o pedido inicial de tiro ao posto de controlo de tiro.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. O pedido inicial de tiro é elaborado pelo observador


avançado, por ordem do comandante de pelotão, podendo na
ausência do observador avançado, ser elaborado por este.

b. O pedido inicial de tiro deve incluir apenas os elementos


que são necessários para iniciar uma missão de tiro.

c. Os elementos a considerar quando se pede uma missão de tiro


e a sequência segundo a qual deve ser transmitida é a
seguinte:

(1) Identificação do observador.

(2) Alerta.

(3) Azimute observador - alvo.

(4) Localização do objectivo.

(5) Natureza do objectivo.

(6) Tipo de regulação.

(7) Tipo de munição.

(8) Espoleta.

(9) Controle.

d. Identificação do observador avançado/comandante de pelotão.

Exemplo: "B2T AQUI A1C, ESCUTO"

sendo "A1C" o indicativo do observador avançado/comandante


de pelotão e "B2T" o indicativo do posto de controlo de tiro.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 85

e. Alerta

O observador avançado/comandante de pelotão transmite


"MISSÃO DE TIRO" que indica que se segue um pedido de tiro.

f. Azimute observador - Alvo:

O observador avançado/comandante de pelotão determina da


sua posição, o azimute para o objectivo, em milésimos
(utilizando uma bússola, binóculo ou carta).

g. Localização do objectivo:

A localização do objectivo pode ser feita, por exemplo,


através de coodenadas UTM.

h. Natureza do objectivo:

O observador avançado/comandante de pelotão deve descrever


o objectivo detalhadamente para que o posto de controlo de
tiro possa determinar a quantidade e tipo de munições a
utilizar. A descrição deve conter no minimo:

(1) O que é o objectivo (viaturas, tropas, equipamentos,


depósitos de abastecimento, etc).

(2) Actividade do objectivo (em zona de reunião, cavando,


etc).

(3) Número de elementos no objectivo.

(4) O grau de protecção (em abrigo, num bosque, a


descoberto, etc.

(5) A frente e profundidade do objectivo sempre que a


dimensão e forma do objectivo é significativa (400 m
por 200 m, raio 150 m, etc).

i. Tipo de regulação:

Dar tipo de regulação apenas quando o observador avançado/


/comandante de pelotão tiver algum pedido especial ou
alguma informação que possa auxiliar o posto de controlo
de tiro a executar a missão de tiro. Pode incluir:

(1) Método de regulação (regressivo ou forquilhas). Omitir


quando o método a utilizar for o das forquilhas.

(2) Tipo de feixe (paralelo, aberto, convergente ou espe-


cial).

(3) Zona.

(4) Volume de fogo.

(5) Vento (utiliza-se em missões de mascaramento).


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 86

j. Tipo de munição:

Quando se pretende granadas explosivas HE, omitir o tipo


de munição. Se pretender utilizar outro tipo de munições
para bater o objectivo, especificar o tipo de munição.

l. Espoleta.

Quando se pretende utilizar espoleta instantânea, omitir


o tipo de espoleta. Se pretender utilizar outro tipo de
espoleta, especificar o tipo de espoleta.

m. Controlo:

O controlo dum pedido de tiro compreende uma das seguintes


situações:

(1) Vou regular.

(2) Tiro de eficácia:

Quando se pretende a surpresa e não há necessidade de


regulação o observador comunicará “tiro de eficácia”.
Observará o tiro transmitindo as correcções necessárias.

(3) Não observado.

n. Informações transmitidas pelo posto de controlo de tiro


ao observador avançado/comandante de pelotão:

(1) Quando a missão de tiro não pode ser cumprida o posto


controle de tiro informa o observador que “não se faz
fogo” com as razões que levam a tal resolução.

(2) À medida que cada tiro seja executado, o observador será


informado através da palavra “Tiro”. Quando começa o
tiro de eficácia, recebe a indicação de “tiro de
eficácia”. Quando terminado o tiro de eficácia recebe
a indicação de “tiro terminado”.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 87

o. Correcção de erros:

(1) Quando verificar que cometeu um erro num dos elementos


do seu pedido inicial de tiro, comunicar “correcção”,
indicação essa seguida apenas da informação respeitante
ao elemento em questão. Os elementos não errados do
pedido inicial de tiro não necessitam ser repetidos.

(2) Quando o observador cometer um erro num dos elementos


do pedido inicial de tiro e a correcção desse elemento
pode afectar outros dados transmitidos, repetirá todo
esse elemento precedido da palavra “correcção”.

p. Exemplo prático de um pedido inicial de tiro, numa situação


SEQUÊNCIA TRANSMISSÃO
Identificação do observador A1C AQUI B2T, ESCUTO

Alerta MISSÃO DE TIRO

Azimute observador - alvo 1200-

Localização do objectivo 29SMD 3845 6592

Natureza do objectivo TROPA APEADA

Tipo de regulação ------- (OMITIR)

Tipo de munição ------- (OMITIR)

Espoleta ------- (OMITIR)

Controle TIRO DE EFICÁCIA

real:
q. Esta explicação/exemplo refere-se à utilização deste mesmo
pedido, numa situação real e que exige um apoio de fogos
imediato. No entanto para outras situações, mais complexas
e de maior coordenação, este será mais completo e
pormenorizado devendo para isso consultar o manual indicado
nas referências.

2. REFERÊNCIAS

- Guia do Graduado do SMO (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DEINFANTARIA
CAPÍTULO:
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO I
ANEXO - 24

OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Planear e conduzir uma tomada de posse de pelotão.

b. CONDIÇÕES: Dada a missão de comandar um pelotão operacional.

c. NÍVEL: Tomar posse do pelotão de um modo sistemático e


completo.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Preocupações que deverão estar presentes antes, durante,


e (algumas delas), depois da tomada de posse:

(1) A minha unidade está operacional?

(2) Quais os seus pontos fracos/fortes?

(3) Como vou tomar posse?

(4) Como são os soldados?

(5) O que esperam os sargentos de mim?

(6) A cadeia de comando funciona?

(7) Que tipo de liderança vou estabelecer como comandante


de pelotão?
- Liderança autoritária
- Liderança democrática

(8) Posso fazer do meu pelotão uma equipa coesa?

b. É normal, nas unidades de escalão companhia ou superior,


fazer uma cerimónia de tomada de posse onde os comandantes
que cessam e assumem funções, fazem a transferência do
comando. A nível de pelotão esta cerimónia deverá também
realizar-se, podendo ser feita integrada numa formatura da
companhia ou só com o pelotão, de acordo com a opinião do
comandante de companhia.

Esta cerimónia pode seguir o que vem regulamentado no RGSUE


para unidades de escalão superior, adaptando-se às
proporcões do pelotão e a tradições que existam no mesmo.

Assim, após o antigo comandante se retirar, fazer a sua


apre-sentação ao pelotão. Antes de começar a dar indicações,
deve marcar uma reunião com o sargento de pelotão, depois
com os comandantes de secção(na presença do sargento de
pelotão) e finalmente com as praças (na presença dos
sargentos). É desejável também falar à parte com os cabos,
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 90

de modo a dar--lhes autoridade perante o resto do pelotão,


principalmente ao cabo mais antigo do pelotão, que terá
maior responsabilidades de controlo de situações em que os
oficiais e sargentos estejam ausentes.

(1) Na reunião de apresentação, deve:

(a) Apresentar-se adequadamente.

(b) Anunciar alguns níveis imediatos a atingir.

1. Comportamento (pontualidade, atavio, cabelos,


cumprimentos, uso da cadeia de comando, etc).

2. Como utilizar equipamento e materiais.

(c) Demonstrar interesse sincero.

(d) Ser aberto e mostrar-se de fácil acesso.

(e) Não apresentar grandes alterações.

(f) Assumir-se onde e quando necessário alterar.

(2) Fazer o estudo da situação. Antes e após a cerimónia


de tomada de posse, faz-se a análise da situação do
pelotão:

(a) Regras de funcionamento:

1. Folgas/Recompensas.

2. Roubos/Droga/Álcool.

3. Controle faltas.

4. Castigos/Serviços.

5. Louvores/Punições.

6. Controle materiais (Transferência de cargas).

7. Alimentação.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 91

8. Horários.

(b) Procedimentos habituais:

1. Normas de execução permanente.

2. Locais interditos/condicionados.

3. Parques de viaturas.

4. Locais para actividade física/treino táctico.

5. Rotinas.

(c) Níveis do pelotão e da companhia:

1. Os níveis do pelotão devem ser orientados pelos


da companhia.

2. Realistas e exequíveis.

3. Claros, concisos e completos (todos os devem en-


tender).

4. Devem ser concorrentes para os objectivos da com-


panhia e do pelotão.

5. Devem ser observáveis e mensuráveis.

(d) Parte da informação referida nas alíneas anteriores


pode ser retirada de relatórios e registos
existentes no pelotão (ou companhia), que poderão
fornecer valioso conhecimento sobre o pelotão.
Registos e relatórios a consultar:
1. Acidentes.
2. Análise e detecção de Droga/Drogados.
3. Contratos.
4. Frequência de avaria de viaturas/demora em
arranjos.
5. Médias das provas físicas.
6. Louvores.
7. Castigos/Punições.
(e) Recorrer a fontes de informação externas ao
pelotão:
1. Comandante de companhia.
2. Sargentos (informações de praças).
3. Outros comandantes de pelotão.
4. Pessoal das oficinas.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 92

5. Oficial de segurança.
6. Capelão.
(3) Avaliação/verificação do estado do pelotão através de:

(a) Observação.

(b) Registos/Relatórios.

(c) Discussões.

(d) Auxílio de especialista exterior ao pelotão.

(4) Planear e tomar acções correctivas:

(a) Analisar resultados da avaliação.

(b) Verificar se os níveis e regras são cumpridos.

(c) Tomar acções correctivas.

(d) Implantar níveis próprios.

(e) Supervisar e continuar a melhorar.

c. Resistência à mudança:

(1) Como lidar com a resistência à mudança.

(a) Prevê-la e planear a reacção.

(b) Fornecer informação atempada e adequada.

(c) Salientar os bons aspectos da mudança

(d) Descobrir o que os subordinados querem evitar ou


obter.

(e) Desafiar os subordinados a cumprir e atingir obje-


ctivos da mudança.

(2) Razões que levam as pessoas a resistir à mudança:

(a) Medo do desconhecido, ameaça ao indivíduo ou evitar


algo desfavorável.

(b) Luta activa pela sua posição.

(c) A alteração pode não ser necessária.

(d) As pessoas podem realmente estar preocupadas com


a alteração que julgam negativa.

2. REFERÊNCIAS

- Intrução do IOBC (Ft Benning,USA)


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 25

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Manusear prisioneiros de guerra, equipamento e documentos capturados.

b. CONDIÇÕES:
(1) No campo.
(2) Dados:
- Uma situação em que se capturaram prisioneiros
de guerra ou se encontrou equipamento ou
documentos.
- Um local (paredes, árvores, etc) que permita
que seja passada uma revista.

c. NÍVEL:
(1) Os prisioneiros de guerra devem ser tratados de
acordo com a lei da guerra.
(2) Devem ser revistados de modo a não ficarem com
nenhuma arma ou documentos que não sejam os
indicados pela lei da guerra.
(3) Os prisioneiros de guerra devem ser sumariamente
interrogado e evacuado o mais rápido possivel.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO
a. Generalidades:
(1) Origens da lei da guerra:
(a) Costumes universais da guerra.
(b) Convenção de Haia, Nº IV, 18Out09.
(c) Convenção de Genebra, 12Ago49.
(2) Os princípios fundamentais da lei da guerra são baseados
na necessidade militar, sofrimento desnecessário e na
proporcionalidade.

(a) Cumprir a missão sem inflingir sofrimento desneces-


sário.

(b) Tratar humanamente os prisioneiros de guerra e


outros detidos.

(c) Não cometer qualquer outro crime de guerra.

(d) Cumprir os regulamentos e enviar relatórios.

(e)Saber que lhe pode ser incutida responsabilidade,


pessoal e de comando

(f)Como prisioneiros de guerra, exigir tratamento ade-


quado.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 94

(3) Porque estudar e obedecer à Lei da Guerra ?

(a) É a lei.

(b) Os tratados exigem ser conhecidos e cumpridos.

(c) Para salvaguardar as nossas acções.

(d) Salvaguarda as acções dos nossos subordinados.

(e) As violações à lei da guerra não conferem ganhos


e levam o inimigo a violar também.

(f) As violações que cometemos fortalecem o inimigo e


tornam a paz mais difícil.

(4) Responsabilidade:

(a) De superiores: Os crimes de guerra resultam em


respon-sabilidade criminal sobre quem dá a ordem e
sobre quem a executa.

(b) De subordinados: Apelar que se obedeceu a uma ordem


não é desculpa nem defesa plausível.

(5) Tratamento de prisioneiros de guerra e outros detidos:

(a) Tratamento humano.

(b) Garantir na medida do possível:


1. Comida/Água.
2. Roupa/Abrigo.
3. Apoio sanitário.
4. Propriedade.
5. Reflexão.
6. Trabalho.
7. Informação.
8. Proteger dos perigos do combate.
9. Culto religioso.
(6) Actos proibidos:

(a) Matar, torturar, mutilar.

(b) Tomada de reféns.

(c) Humilhação.

(d) Envenenar ou utilizar armas envenenadas (quimicas/


/Biológicas).

(e) Acções em que se planeia “Não há Prisioneiros”.


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 95

(f) Alterar armas de modo a provocar mais sofrimento.

(g) Forçar os vencidos a trabalhar contra os seus


próprios interesses.

(h) Uso da Bandeira Branca ou outro símbolo da Convenção


de Genebra, para actos de hostilidade .

(i)Danificar edifícios, e seu recheio, dedicados à


religião, arte, ciência ou fins de caridade;
monumentos históricos; edifícios dedicados à
saúde; escolas e orfanatos.

(j) Destruição não exigida por necessidade militar.

(k) Executar espiões sem julgamento.

(l) Combater com uniforme inimigo.

(m) Atacar não combatentes.

(n) Não atacar pára-quedistas no ar , a não ser que


pertençam a tropas pára-quedistas.

(o) Saques, pilhagens, troféus de guerra e roubo de


propriedade civil.

(p) Traição (simulação de rendição)

(7) Símbolos de protecção

(a) Símbolos Médicos:

1. CRUZ VERMELHA (maioria Europa/América).

2. CRESCENTE VERMELHO (Países Islâmicos).

3. ESTRELA DE DAVID VERMELHA (Israel).

4. LEÃO COM ESPADA E ESCUDO VERMELHO (Irão).


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 96

(b) Símbolos de Rendição:

1. Bandeira Branca.

2. Mãos no alto com arma no chão.

(8) Actos fora da lei. O que fazer?

(a) Prevenir.

(b) Não violar a lei da guerra.

(c) Pedir explicação e desobedecer a ordens fora da lei.

(d) Participar de ordens fora da lei e crimes de guerra.

(9) Novos desenvolvimentos sobre a Lei da Guerra:

(a) Protocolos da Convenção de Genebra:

1. Vítimas de conflitos armados nacionais e


internacionais.

2. Povos em luta contra dominação colonial.

(b) Tratado de armamento convencional de 1981.

b. Manusear os prisioneiros de guerra, equipamento e do-


cumentos

(1) Generalidades:

(a) Os prisioneiros de guerra devem ser manuseados


humanamente, com firmeza, de modo a obedecer à
Convenção de Genebra, mas manter a disciplina por
forma a não criar condições à propaganda inimiga.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 97

(b) Prisioneiros de guerra e documentos são excelentes


fontes de notícias necessárias à alimentação do
ciclo de produção de informações.

(c) O interrogatório rápido e sumário a fazer ao PG deve


respeitar as NEP da unidade de forma a tentar obter
notícias utilizáveis nas acções tácticas em curso.
Deve incidir sobre efectivos, localização, ac-
tividade inimiga na nossa zona de acção.

(2) Procedimentos a ter com os prisioneiros de guerra e


documentos:

(a) Revistar:

Revistar prisioneiros de guerra tem por objectivo


encontrar qualquer tipo de arma escondida e retirar
possiveis documentos antes que este os destrua.
Exceptuam-se os documentos de identificação que
devem ficar com os prisioneiros de guerra.

(b) Separar:

Uma vez revistados, separam-se os prisioneiros de


guerra por sexos, os civis dos militares e estes
últimos por classes (Oficiais, Sargentos e Praças).

(c) Silenciar:

Impedir que os prisioneiros de guerra comuniquem


entre si.

(d) Acelerar:

Os prisioneiros de guerra devem ser evacuados para


a companhia o mais rápido possível de modo a que o
interrogatório possa ser efectuado em tempo
oportuno.

(e) Guardar:

1. Os prisioneiros de guerra devem ser protegidos


dos efeitos dos projécteis e outras ameaças do
campo de batalha (a máscara BQ e o capacete ficam
com os prisioneiros de guerra)

2. Aos prisioneiros de guerra é garantido assistência


médica.

3. Aos prisioneiros de guerra é garantido água e uma


ração diária suficiente.

4. Os prisioneiros de guerra devem também ser prote-


gidos de acções da população civil ou outros
elementos das nossas forças.

5. Os prisioneiros de guerra devem ser repatriados.

NOTA: Não fornecer tabaco, doces ou outros confortos,


para que o interrogador os possa utilizar
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 98

para obter melhores resultados.

(3) Técnicas de revista.

(a) Devem ser sempre mantidos dois princípios básicos:

1º - Manter o controlo para garantir a segurança.


2º - Sistematizar de modo a não esquecer nada.

(b) Revista expedita:

1. Consiste numa rápida verificação, aplicada


normalmente a um só prisioneiro de guerra, com
vista à detecção de armas e documentos.

2. São necessários dois homens. Um faz a revista e


o outro monta segurança.

3. O segurança mantém sempre o prisioneiro de guerra


debaixo de mira e deve ter sempre a linha de tiro

desobstruída.

a. Manter o prisioneiro de guerra de costas e


fazê-lo levantar os braços na horizontal.

b. Abrir as mãos e afastar os dedos (ver que não


há armas).

c. Fazer o prisioneiro de guerra afastar as


pernas e colocar o pé esquerdo à esquerda e
ligeiramente atrás do pé direito do prisioneiro
de guerra.

d. Colocar a mão esquerda no ombro esquerdo do


prisioneiro de guerra e puxa-lo para trás,
desiquilibrando-o mas não o fazendo cair.

4. Caso o prisioneiro de guerra tente alguma


reacção, basta puxar mais um pouco pelo ombro e
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 99

dar-lhe um pontapé com o pé esquerdo no direito,


que ele cai.

5. Com o prisioneiro de guerra nesta posição,


iniciar a revista pelo lado direito.

1º - Pulso, braço até ao sovaco


2º - Cintura, peito, bolsos das calças
3º - Rins, pernas e cano das botas

6. Para revistar a parte esquerda do prisioneiro de


guerra, largá-lo, passar por trás do segurança
e iniciar a revista tomando os mesmos procedimentos
que para a direita, da mesma forma sistemática.

(b) Revista apoiada:

Consiste numa verificação aplicada normalmente a um


grupo de prisioneiro de guerra, utilizando uma
superfície de apoio (muro, parede, árvore, carros,
etc).

1. Fazer o prisioneiro de guerra inclinar-se e


apoiar--se contra a superfície de modo a ficar
em desiquilíbrio.

2. Obrigá-lo a afastar os pés da parede o mais pos-


sível, mas de modo a que não caia durante o
período da revista.

3. Fazê-lo afastar, o mais possível, uma perna da


outra e virar as pontas dos pés para fora.

4. Obrigá-lo abrir as mãos e afastar os dedos, para


verificar se as mãos estão vazias.

5. Iniciar a revista a um prisioneiro de guerra de


cada vez, da direita para a esquerda.

6. Informar os prisioneiro de guerra, que à nossa


aproximação (pela direita), devem colocar a mão
esquerda atrás da anca e permanecer assim
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 100

enquanto são revistados (esta posição impede-os


de sacar eventuais armas).

7. A posição relativa do
elemento de segurança é
idêntica à técnica ex-
pedita.

8. Ao iniciar a revista,
colocar o pé direito à
frente do pé direito do
prisioneiro de guerra, de
modo a ficar com o tor-
nozelo em contacto com o
dele. Se o prisioneiro de
guerra esboçar algum
movimento é só puxar-lhe
o pé para trás que ele
cai.

9. A sequência da revista a
partir deste ponto é
idêntica à técnica ex-
pedita.

NOTA: Os prisioneiro de guerra do sexo feminino


devem ser revistados por militares do mesmo
sexo ou por elementos do serviço de saúde. Na
sua falta, convém ter testemunhas de crédito
a assistir.

(4) Etiquetagem de prisioneiro de guerra, documentos e ma-


terial e seu encaminhamento:

(a) Quaisquer documentos encontrados nos prisioneiros


de guerra devem seguir para a rectaguarda com a
escolta dos mesmos.

DOCUMENTOS ou EQUIPAMENTO

Tipo de doc/equipamento
_______________________

Data/hora da captura
__________________________

Local da captura (coord)


______________________

Unidade captora
_______________________________

Circunstâncias da captura
_____________________

PG a que foi retirado


_________________________
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 101

PRISIONEIROS DE GUERRA

ETIQUETADEPGNº _________ INSTRUÇÕES SOBRE

DatadaCaptura__________________
(Date of Capture) PROCEDIMENTOS COM PG

Nome ________________________
(Name)
1. Desarmar, Revistar, Separar
NºdeMatrícula___________________
(Service Number)
2. Comunicar a Captura
Posto ________________________
(Rank)
3. Preencher Correctamente
Data de Nascimento _______________ - A Etiqueta de PG
(Dateof Birth)
- MAT e DOC se for o caso
UnidadedoPG___________________
(Unit) 4. Não dar Cigarros
Local da captura (coord)
(Location of Capture) 5. Manter Silêncio
_____________________________
_____________________________
6. Deixar na posse do PG o Capacete e
Unidade Captora _________________ Equipamento de Protecção NBQ
(Capturing Unit)

7. Garantir a Protecção do PG
Circunstâncias Especiais de captura
(Especial Circunstances of Capture)
_____________________________ 8. Evacuar rapidamente
_____________________________
_____________________________
9. Impedir qualquer evasão
Armamentos/ Documentos
(Weapons/ Documents)
_____________________________ 10. Os PG feridos ou doentes são trata-
_____________________________ dos da mesma maneira sendo evacua-
NÃORETIRARAETIQUETADOPG dos pelos canais do serviço de saúde
(DONOTREMOVETHETAGFROMPW)

(FRENTE) (VERSO)

(b) Os prisioneiros de guerra e os documentos


encontrados, devem ser etiquetados antes de ser
entregues à escolta, com as seguintes informações:

NOTA: As etiquetas não são normalizadas mas devem


conter estas informações

(c) Os objectos pessoais devem também, ser etiquetados


de modo a poderem ser posteriormente devolvidos.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 102

(d) O completo preenchimento desta etiqueta auxilia as


nossas informações a localizar e identificar com
maior rigor as notícias obtidas.

(e) Os prisioneiros de guerra, documentos e objectos


pessoais, devem ser entregues à escolta mediante um
recibo.

(f) Deverá ser passado um recibo ao prisioneiro de


guerra sobre os objectos que lhe são retirados e que
seguem com a escolta.

(g) Se forem encontrados documentos, sem haver prisio-


neiro de guerra, não é necessária escolta e seguem
pela cadeia de comando com uma etiqueta idêntica
mas, logicamente, sem o nome do prisioneiro de
guerra.

(h) O material encontrado abandonado no campo de


batalha deve ser recolhido, etiquetado e feito
seguir pela cadeia de comando (se transportável).

1. Ter sempre em atenção que esse material poderá


estar armadilhado.

2. Se não se conseguir transportar o material (Ex:


um avião) deve fazer um esboço com a localização
e a descrição do material e fazer seguir o esboço
pela cadeia de comando.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 26

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVOS DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores numa operação de junção.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão.
(2) No campo.
(3) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.

c. NÍVEL:
(1) Efectuar as coordenações para a operação de junção.
(2) O pelotão efectua a operação de junção no local e
na altura especificada na ordem de operações do
pelotão.
(3) A segurança é estabelecida e garantida no local da
operação de junção.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Determinar um local para a operação de junção através


de um reconhecimento feito na carta. Este local pode
ser-lhe indicado e imposto pelo comandante de companhia.

(2) O local para a realização da junção das forças deve ter


as seguintes características:

(a) Facilmente identificável.

(b) Possuir cobertos e abrigos.

(c) Encontrar-se fora dos pontos naturais de passagem.

(d) Ser defensável.

(e) Possuir múltiplos itinerários de acesso e fuga.

(3) O comandante de pelotão coordena com a unidade com que


tem de conduzir a operação de junção o seguinte:

(a) Canais.

(b) Indicativos de chamada.

(c) Códigos.

(d) Sinais visuais e alternativos (sinais de reconhe-


cimento próximos e afastados).

(e) Medidas de coordenação de apoio de fogos (Ex:


medidas restritivas).
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 104

(f) Relações de comando com a unidade a que se vai


juntar.

(g) Acções após a operação de junção.

(h) Medidas de controlo (pontos de ligação, pontos de


referência, linhas de fase e outras de acordo com
as necessidades).

(4) Conduta da unidade estacionária:

(a) O pelotão ocupa o local da junção na altura referida


na ordem de operações do pelotão.

(b) Estabelecer uma segurança em perímetro.

(c) Estabelecer comunicações com a unidade de movimento.

(d) O pelotão prepara-se para ser abordado pela unidade

em movimento.

(5) Conduta da unidade em movimento:

(a) O pelotão pára a uma distância segura do ponto de


junção num local coberto e abrigado e estabelece
segurança local.

(b) Estabelecer comunicações com a unidade estacionária.

(c) Dar um plano de contingências ao grupo de junção


e ao sargento de pelotão que fica com o pelotão.

(d) O comandante de pelotão, com um grupo de segurança


constituído por cinco homens e o padiotelefonista
abandona a posição ocupada pelo pelotão (grupo de
junção).

(e) O grupo de junção mantém comunicações com o pelotão.

(f) O comandante de pelotão posiciona os elementos de


segurança num local coberto e abrigado de onde se
observe e bata pelo fogo o ponto de junção.

(g) O comandante de pelotão faz e verifica os sinais


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 105

de reconhecimento afastados e próximos.

(h) O comandante de pelotão dirige-se para o ponto de


junção sem se colocar nos campos de tiro dos
elementos de segurança durante à aproximação.

(i) O comandante de pelotão estabelece contacto físico


com os elementos da unidade estacionária e troca
autenticação oral.

(j) O comandante de pelotão conduz as coordenações


finais com a unidade com que se vai juntar

(k) O comandante de pelotão trás os elementos de


segurança e o resto do pelotão para completar a
junção.

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Companhia de Atiradores - provisório (EPI).


- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).
- ARTEP 7-17-10-DRILL, BATTLE DRILLS FOR THE LIGHT INFANTRY,
INFANTRY AIRBORNE AND AIR ASSAULT PLATOON AND SQUAD (APRIL
1987) Páginas 3-68 a 3-71.
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 27

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Comandar um pelotão de atiradores num deslocamento administrativo.

b. CONDIÇÕES:
(1) No campo.
(2) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Uma situação simulada de deslocamento.

c. NÍVEL: No final deve atingir o local exacto à hora exacta e


em boas condições para continuar o combate

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades

(1) O deslocamento de tropas de um local para outro, é uma


necessidade de todas as operações militares.
As tropas devem chegar ao local exacto, na hora exacta
e em boas condições de combate.
Quando desenvolvidas as tropas deslocam-se de acordo
com as técnicas de movimento (progressão continua,
progressão sobreapoiada e lanços com sobreapoio). Para
deslocamentos longos, quando a velocidade é importante
são usadas técnicas mais rápidas conhecidas por marchas
tácticas apeadas ou motorizadas.

(2) Indicam-se a seguir algumas definições aplicáveis aos


deslocamentos tácticos:

(a) Unidade de marcha: Uma unidade que se desloca e faz


alto sob o controlo de um só comandante, em regra
um pelotão.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 107

(b) Coluna de marcha: É o conjunto de elementos que num


movimento e sob um mesmo comando, utilizam um mesmo
itinerário no mesmo sentido.

(c) Hora de Passagem (HP): Hora a que a testa ou a cauda


de coluna passa num determinado ponto ou linha de
fase.

(d) Distância entre viaturas: Espaço entre duas


viaturas consecutivas de uma coluna de marcha ou
unidade de marcha.

(e)Ponto Inicial (PI): Ponto bem identificado num


itine-rário no qual as unidades iniciam o movimento
e ficam sob o controlo do responsável pelo
movimento.

(f) Ponto de Irradiação (PIrrd): Ponto bem definido de um


itinerário no qual as unidades passam para o controlo
dos respectivos comandantes

(g) Tempo de Escoamento (TE): O período de tempo que decorre


entre o momento em que o primeiro elemento passa por
um dado ponto e o momento em que o último passa pelo
mesmo ponto

b. Tipos de deslocamentos:

(1) Apeados: Coluna por 2 (separadas lateralmente 5 metros


2 a 5 metros entre os homens e 50 metros entre pelotões.

(2) Motorizados:

(a) Coluna cerrada (viaturas separadas 25 a 50 metros).

(b) Coluna aberta (viaturas separadas entre 50 e 200


metros).

c. Actuação:

(1) Deslocamento Apeado:

(a) O comandante de pelotão coordena com o comandante


de companhia a posição do seu pelotão na formação
da companhia.

(b) O comandante de pelotão desloca-se à frente do seu


pelotão numa das bermas de estrada para regular a
velocidade de deslocamento e o sargento de pelotão
à rectaguarda da outra coluna, para o informar de
alguma dificuldade dos homens.

(c)O comandante de pelotão separa as esquadras de


metra-lhadora ligeira colocando uma junto a si e a
outra com o sargento de pelotão.

(d)O comandante de pelotão mantém a integridade das


secções.

(e)O socorrista deve deslocar-se junto ao sargento de


pelotão.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 108

(f) A distância entre os homens é de 2 a 5 metros e entre


secções 7 a 10 metros, a velocidade é de + 4 Km/h
para um deslocamento não superior a 8 horas.

(2) Deslocamento motorizado:

(a) O comandante de pelotão coordena com o comandante


de companhia:

1. Qual a quantidade e tipo de viaturas para o seu


pelotão.

2. Onde e como recebe as viaturas.

3. Hora de embarque e hora de partida.

4. Preparação dos veículos para o movimento:

a. Responsabilidades do condutor.

b. Responsabilidades do pelotão.

c. Necessidades de equipamentos especiais.

5. Disponibilidades dos veículos para preparação,


revista e treino (horas e locais).

6. Itinerários: principal, de alternativa e pontos


críticos.

7. Local de desembarque.

8. Transmissões:

a. Indicativos.

b. Canais (principal e de alternativa).

c. Códigos.

9. Sinais e procedimentos de emergência.

(b)O comandante de pelotão desloca-se à frente do seu


pelotão para regular a velocidade do deslocamento
e o sargento de pelotão à rectaguarda.

(c)O comandante de pelotão separa as esquadras de


metralhadora ligeira, ficando uma junto a si e a
outra com o sargento de pelotão.

(d)O comandante de pelotão mantém a integridade das


secções e atribui uma viatura ou mais a cada secção.

(e)O comandante de pelotão informa os comandantes de


secção das responsabilidades de cada secção, assim
como a distância entre viaturas e a velocidade do
deslocamento.

(f) Cada secção nomeia um vigia do ar.


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 109

2. REFERÊNCIAS:

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


- Manual da Companhia de Atiradores - provisório (EPI).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 28

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaboração e exposição de um "Giro do Horizonte".

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de pelotão/secção.
(2) No campo.
(2) Dados:
- Um local que permita observar a zona de
terreno a tratar.
- Cartas, bússola e binóculos.

c. NÍVEL: Após 15 minutos iniciar a exposição cumprindo os


seguin-tes ítens:

(1) Dar a localização do posto de observação.


(2) Orientar a carta.
(3) Identificar as zonas do terreno a tratar.
(4) Dividir a zona a tratar em sectores (se necessário).
(5) Identificar um máximo de 30 a 40 pontos do terreno,
na referida zona, sector a sector e dentro de cada
sector, às longas, médias e curtas distâncias
(sentido dos ponteiros do relógio).

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Preparação no Campo:

(1) O comandante de pelotão/secção deverá ter em seu poder


os elementos preparados em fase de planeamento.

(2) Precisar a localização exacta do posto de observação


(PO) (coordenadas até ao metro, se necessário).

(3) Verificar a direcção escolhida para a orientação da


carta e determinar/identificar, se necessário, outros
pontos de referência.

(4) Proceder de igual modo para os pontos que vão permitir


delimitar a zona de terreno a tratar e os pontos
definidores dos limites dos sectores.

b. Exposição:

(1) Indicar inicialmente aos elementos que assistem à


exposição do giro, qual o local onde se deverão
posicionar por forma a acompanharem da melhor forma a
exposição.

(2) Localizar o PO onde se encontram, na carta e no terreno.


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 111

(3) Identificar os pontos do terreno usando fundamentalmente


três métodos:

(a) Directamente: apontando com o braço e descrevendo


o acidente. Método aplicável quando este se destaca
bem no terreno

(b) Por posição relativa a um ponto de referência:


(utilizando o método do relógio)

(c) Por descrição sucessiva do terreno: utilizando o


ter-reno, o colorido, a vegetação, os acidentes,
constru-ções, hidrografia, etc

(4) Indicar o sentido que permite orientar as cartas, asse-


gurando-se que os subordinados identificaram na carta
e no terreno os pontos que a definem e orientam
correctamente as cartas.

“Para poderem orientar as vossas cartas, vou definir


o sentido W, que passa pelo extremo direito da VILA DE
S. PEDRO, que é aquela grande, que se vê na direcção
em que estou apontar, e na qual se destaca no centro,
uma igreja com uma torre elevada e telhado escuro”

(5) Identificar a zona de terreno a tratar e os sectores


em que se dividiu essa zona, por pontos de referência
bem visíveis

“Vamos identificar o terreno limitado à direita por


aquela elevação (apontar) com uma antena no cume, que
é o OUTEIRO DO OLIVAL, e à nossa esquerda pelo PICO DO
PORCO, que é aquela elevação nesta direcção com dois
tufos de mata densa, entre os quais se vê uma casa
amarela. Esta linha de alturas à nossa retaguarda,
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 112

região da SENHORA DO PRANTO, impede-nos a visão para


SUDESTE.
Nesta zona vamos considerar 3 sectores: o primeiro à
esquerda, entre o OUTEIRO DO OLIVAL e o sentido W, já
definida; o segundo entre o sentido W e aquele vale
cavado, da RIBEIRA FRIA, que se recorta no horizonte,
nesta direcção; o terceiro sector engloba o resto da
nossa zona, entre o vale referido e o PICO DO PORCO”

(6) Identificar os pontos de cada sector, por faixas, às


longas distâncias, às médias distâncias e às curtas
distâncias, no sentido dos ponteiros do relógio.

“No 1º sector e às longas distâncias vemos o OUTEIRO


DO OLIVAL. Já identificado; seguindo a linha do
horizonte para a direita, vê-se uma mata densa e escura;
na sua orla direita aparece um terreno castanho claro
e a linha de festo começa a descer; imediatamente à
direita da linha de água, avista-se um terreno castanho
escuro, recém-lavrado, com algumas árvores dispersas;
imediatamente abaixo vê-se uma casa branca com duas
janelas e telhado cinzento, com uma torre metálica ao
lado direito. Tomando como referência essa torre, à
direita, 4 horas, 2 dedos, vê-se um morro com vegetação
rasteira, com um marco trigonométrico: é a região de
LAMEIRAS; continuando para a direita e na linha do
horizonte..... (seguir o mesmo método).
Voltando à esquerda deste sector, e às médias
distâncias, destaca-se nesta direcção um edifício
comprido, verde, de telhado cinzento claro, cercado a
madeira, tomando como referência a antena direita do
edifício, à direita, duas horas, três dedos, vê-se
facilmente um moinho e 1 antena é a região de .....,
a Norte da qual se situa o vale da Ribeira das Naves.....
(seguir o mesmo método). As curtas distâncias.....
(seguir o mesmo método)”

2. REFERÊNCIAS

- Instituto de Altos Estudos Militares (Secção de ensino de


táctica).
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 29

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Construir e camuflar o espaldão da metralhadora ligeira HK-21.

b. CONDIÇÕES:
Dados:
(1) Uma metralhadora ligeira HK-21 e o seu tripé.
(2) Localização da arma e os sectores de tiro prin-
cipal e secundário.
(3) Uma carga 5.

c. NÍVEL: No final deve o espaldão:

(1) Proporcionar protecção contra projécteis de armas


ligeiras (excepto seteiras).
(2) Possuir cobertura superior que proteja de estilhaços
de granadas.
(3) Permitir bater o sector de tiro principal e o
secundário.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Depois de ter sido atribuída a posição da metralhadora


ligeira, sectores de tiro e linha de protecção final (LPF)
ou direcção principal de tiro (DPT), pelo comandante de
pelotão, a esquadra de metralhadora ligeira deve:

(1) Marcar a posição da plataforma de tiro para o sector


principal, estando a arma apontada à LPF ou DPT. Deve
ter--se em atenção que o tripé é usado com as extensões
das pernas recolhidas. Esta plataforma tem as dimensões
de 1 metro de frente por 1,5 metros de largura.

(2) Marcar os limites dos sectores de tiro no solo.

(3) Traçar no solo o desenho do abrigo e parapeito frontal.


Dimensões do abrigo: 2,5 metros x 2,5 metros. A
plataforma de tiro para o sector secundário é um
quadrado de 1 metros de lado.

b. Escavar primeiro a plataforma do sector principal de tiro


com a profundidade de um capacete (20-30 cm) e colocar o
tripé em posição com a metralhadora ligeira apontada à DPT
ou LPF, por forma a bater o sector principal, escavar em
seguida a plata-forma do sector secundário (profundidade
de cerca de 10 cm). Depois das plataformas escavadas, a
parte restante do abrigo deve ser escavada à sua volta.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 114

c. Escavar o abrigo colocando a terra em primeiro lugar no


parapeito frontal e o resto da terra nos flancos e
rectaguar-da. O abrigo é escavado com profundidade
suficiente para conferir protecção aos combatentes e
permitir que o apontador possa continuar a disparar
confortavelmente (até à altura dos sovacos).

d. Três trincheiras-fossos para rebentamento de granada são


es-cavados em vários pontos por forma a que qualquer um dos
membros da esquadra de metralhadora ligeira possa chutá-
la para o interior de uma delas.

e. Quando a uma posição não é atribuído sector secundário de


tiro, apenas é escavado metade do abrigo.

f. A protecção superior para um abrigo de metralhadora ligeira


é construída da mesma forma que para um abrigo duplo,
permitindo a saída para a rectaguarda.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 115

g. O remuniciador escava um abrigo individual num dos flancos,


donde possa disparar para a frente e oblíquamente.

h. Geralmente, o abrigo do remuniciador deve situar-se do


mesmo lado do sector principal, por forma a que ele possa
observar e disparar a sua espingarda automática sobre o
sector de tiro secundário da metralhadora ligeira e
continue a poder observar o municiador e o apontador.

i. O abrigo do remuniciador é ligado ao da metralhadora ligeira


por uma trincheira com profundidade suficiente para poder
rastejar. Assim, ele poderá trazer munições ou vir
substituir o municiador ou apontador quando for necessário.

2. REFERÊNCIAS

- Organização do terreno e espaldões para tropas de Infantaria


(Academia Militar).
- Manual de posições de combate para Soldado de Infantaria.
ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
III
INFANTARIA ANEXO - 30

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar uma carta de tiro para metralhadora ligeira HK-21.

b. CONDIÇÕES:
(1) Dada uma ML HK-21 e um tripé.
(2) Dado o impresso respectivo.
(3) Dada uma bússola e uns binóculos.
(4) Dado um transferidor, lápis e borracha.
(5) Ser conhecedor do funcionamento do tripé e da
ML HK-21.
(6) Como apontador da ML HK-21.

c. NÍVEL: Em 20 minutos:

(1) Elaborar a carta de tiro.


(2) Colocar a arma e o tripé de modo correcto.
(3) Entregar um duplicado da carta de tiro ao comandante
de pelotão.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades

(1) A carta de tiro permite:

(a) Ao apontador fazer tiro sobre objectivos de área


pré--planeados em períodos de visibilidade reduzida
(noite, nevoeiro, fumos...).

(b) Se o apontador for substituido por outro, este tem


todos os elementos necessários (facilita a rendição).

(c) Complementar o plano de fogos do comandante de


pelotão e comandante da companhia de atiradores.

(2) O tripé é normalmente utilizado no sector pricipal.


O bipé é normalmente utilizado no sector secundário.

(3) A carta de tiro é elaborada em duplicado, ficando um


exemplar na posição da metralhadora ligeira e o outro
entregue ao comandante pelotão.

(4) O responsável pela sua elaboração é o apontador, que


é auxíliado pelo municiador.

(5) A carta de tiro para a posição principal deve estar


completa e para as posições suplementares e alternativa,
pode estar incompleta, dependendo do tempo disponível.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 117

b. Preparar a carta de tiro:

(1) Fazer um esboço sumário do terreno em frente da posição.


Inclir acidentes naturais ou construídos pelo homem que
possam ser alvos e centrar a posição da metralhadora
ligeira no fundo do sector.

(2) Preencher a secção de dados, incluindo:

(a) Número da arma ou esquadra.

(b) Designação da unidade (pelotão e companhia).

(c) Norte magnético (seta).

(d) Grupo data-hora (GDH).

(3) Utilizar a bússola para determinar o norte magnético


e inscreva o símbolo no bloco a ele destinado.

(4) Determinar a localização exacta da posição da metralha-


dora ligeira em relação a um ponto bem identificável
na carta e no terreno, (um cruzamento de caminhos, uma
construção ou edifício, por exemplo). Se não existir
nenhum ponto bem identificável no terreno, inscreva no
espaço reservado a localização da arma, as coordenadas
UTM decamétricas do local. Se existir um acidente bem
identificável no terreno num raio de 1000 metros da
metra-lhadora ligeira, utilizar esse acidente:

NOTA: Assinalam-se as posições das forças amigas


localizadas à frente e nas proximidades da
metralhadora ligeira.

(a) Determinar o azimute magnético em milésimos ou


graus do acidente notável no terreno para a posição
da metralhadora ligeira ou da posição desta para o
acidente notável.

(b) Determinar a distância entre a arma e o acidente


notável, medindo-a a passo ou através da carta.

(c) Desenhar o acidente notável no terreno no canto in-


ferior direito ou esquerdo da carta (aquele que
reflectir a direcção mais correcta no terreno), e
identifique-o.

(d) Unir a posição da metralhadora ligeira ao acidente


notável através de uma linha com setas indicando o
sentido do acidente notável-arma ou arma-acidente
notável.

(e) Inscrever a distância em metros sobre a linha.

(f) Inscrever o azimute magnético em milésimos ou


graus, do acidente notável-arma por baixo da linha.
As setas indicam o sentido em qu o azimute foi
tirado.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 118

(5) Marcar o sector principal de tiro com uma LPF ou DPT:

(a) Sector de tiro principal com uma DPT:

1. Marcar os limites do sector principal de tiro


atribuído. (O sector não deve exceder 750
milésimos, isto é, o sector máximo que permite
o arco de pontaria do tripé).

2. Marcar o sinal convencional para a metralhadora


ligeira orientado para o alvo mais perigoso
dentro do sector.

(b) Sector principal com LPF:

1. Marcar os limites do sector principal de tiro


atri-buído (nunca superior a 750 milésimos).

2. Marcar a LPF no limite do sector, de acordo com


o que o comandante de pelotão definiu.

3. Mandar alguém caminhar ao longo da LPF (se a si-


tuação o permitir) e determinar as zonas mortas.

4. Mostrar as zonas mortas interrompendo o sinal


da LPF e escreva o alcance para o princípio e fim
da zona morta.

5. Escrever o alcance máximo da rasança (600 metros


se não existir elevações ou depressões profundas
nas zonas próximas). A LPF deve apenas ser
atribuída se uma boa distância com rasança pode
ser obtida. Se tal linha existir, o sector
principal será atribuído baseado nela, sendo a
LPF o limite de sector mais próximo das nossas
tropas. Se não for possível identificar uma LPF,
será atribuída uma DPT.

(6) Numerar os objectivos no sector principal, por ordem


de prioridade. LPF ou DPT terão o número 1.

(7) Marcar o sector de tiro secundário e escreva junto a


cada alvo, dentro do sector secundário, a distância em
metros da arma para cada um. (Quando for necessário
fazer fogo sobre o sector de tiro secundário deve ser
usado o bipé. O tripé, uma vez instalado para fazer fogo
sobre o sector de tiro principal, não deve ser
deslocado). Marcar estacas de pontaria/elevação.

(a) Estacas de pontaria/elevação serão somente utili-


zadas no sector secundário.

(b) As estacas de pontaria serão firmemente enterradas


na posição da arma por forma a que o cano possa ser
colocado sobre o alvo. A estaca será enterrada no
solo até uma profundidade bem definida que
proporcione ao cano a correcta elevação para visar
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 119

o alvo.

(c) Quando se utilizar estacas, elas serão marcadas na


carta, entre a posição da arma e o alvo que elas
representam.

c. Preencher o bloco de dados usando os mecanismos de direcção


e elevação do tripé (não esquecer de fazer a mirada para
a recolha dos dados, com a alça no alcance correcto):

(1) Na mesma página e debaixo do esboço, preencher o bloco


de dados.

(2) Passos preliminares:

(a) Centrar o tambor de pequenos movimentos. Colocá-


lo em 10.

(b) Alinhar a arma em direcção:

1. Quando uma LPF for atribuída, travar o mecanismo


de direcção num dos extremos do arco de pontaria
(0 ou 750 milesimos), dependendo de que lado do
sector principal se encontra a LPF. Alinhar
então a arma com a LPF movendo as pernas do tripé
(Não é necessário escrever o valor em direcção
da LPF no bloco de dados).

2. Quando for atribuída uma DPT, mover o mecanismo


de direcção para um dos extremos do arco de
pontaria e deslocar então as pernas do tripé até
alinhar a arma com o limite do sector. Alinhar
a arma com a DPT deslocando o mecanismo de
direcção até que a arma esteja apontada ao centro
de um alvo sobre a DPT.

3. Fixar as pernas do tripé ao solo escavando


buracos para as sapatas, ou colocando sacos de
terra sobre as mesmas.

(3) Ler o valor em direcção para cada alvo:

(a) Apontar a arma à base do alvo.

(b) Ler o valor em direcção directamente do arco de


pontaria, tendo em atenção que esse valor é o que
se encontra à esquerda do mecanismo de direcção e
elevação.

(4) Ler o valor em elevação para cada alvo:

(a) Apontar a arma à base do alvo servindo-se do


mecanismo de elevação.

(b) Ler o valor em elevação na escala de elevação e roda


de volante graduada (some os valores lidos).

(c) Escrever este valor na coluna reservada à elevação.

(5) Escrevar o alcance, em metros, para cada alvo na coluna


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 120

GDH: __________________ CAR TA


ESQ___ PEL___ COMP___
Localização Geral: ______________ DE TIRO In NMag

BLOCO DE DADOS
ARMA CADACIRCULO_____ METROS

Nº DIRECÇÃO ELEVAÇÃO ALCANCE DESCRIÇÃO

OB SER-
VAÇÕES:
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 121

2 9 1 0 0 0 J ul 9 3
GDH: __________________ CAR TA
1
ESQ___ 1
PEL___ 1
COMP___
Localização Geral: 2______________
9 S M D DE TIRO In NMag
75141871

BLOCO DE DADOS
ARMA M etral hadora L i gei ra H K - 150 METROS
CADACIRCULO_____
21
Nº DIRECÇÃO ELEVAÇÃO ALCANCE DESCRIÇÃO

1 ______ 198 -
1050 m LPF

2 6260 -
193 -
900 m Cr uzamento de cami nhos

3 6060 -
200 -
450 m M ata

4 5840 -
198 -
900 m Casa i si l ada

5 5940 -
203 -
225 m J unção de l i nhas de água

OB SER-
VAÇÕES:
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 122

apropriada.

(6) Escrever a descrição sumária de cada alvo na coluna


apro-priada.

(7) Preencher a coluna de observações para cada alvo de


acordo com as necessidades:

(a) Introduzir a largura e profundidade (em milésimos)


para alvos lineares (-4) na coluna de observações
da, significa que baixando o cano 4 milésimos, os
projecteis irão atingir o solo ao longo da LPF.

(b)Quando introduzir a largura do alvo na coluna de


observações, assegurar-se que a fornece em milésimos
e a exprime como conjunto de dois valores.

2. REFERÊNCIAS

- Manual HK-21 (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
I
INFANTARIA ANEXO - 31

DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO
OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Conduzir uma revisão após acção.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como avaliador/observador.
(2) Após uma fase ou término de um exercício/
instrução prática.
(3) No campo.

c. NÍVEL: Os graduados do pelotão deverão ter determinado quais


os pontos chave a reter da análise que foi feita à acção
e o que fazer para corrigir os problemas que surgiram
no seu planeamento e execução.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. A Revisão Após a Acção (RAA) é uma análise da modalidade


de acção executada, uma discussão baseada em princípios
tácticos, meios e prioridades e não uma crítica. Um bom
líder deve, durante uma RAA:

(1) Facilitar a constatação das lições aprendidas por parte


dos participantes

(2) Procurar obter a máxima participação

(3) Dispôr a classe em círculo ou “U”

(4) Utilizar “Nós” em substituição de “Vós”

(5) Explorar modalidades de acção alternativas à planeada


e executada.

(6) Após as conclusões, os comandantes de secção devem


juntar-se à sua secção para fazerem a sua RAA.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 124

b. Formato possível de uma RAA

GERAL OBSERVAÇÕES
OBJECTIVO DA ACÇÃO/TREINO Enquadramento feito pelo OBSERVADOR/
SITUAÇÃO INIMIGA CONTROLADOR
PLANO E MISSÕES DAS UNIDADES ADJACENTES.
MISSÃO DA UNIDADE

PLANEAMENTO E PREPARAÇÃO O OBSERVADOR/CONTROLADOR questiona


ACÇÕES APÓS RECEBER MISSÃO os participantes levando-os a falar
PLANO DA UNIDADE: sobre o que planearam e porque planearam
Manobra desse modo
Apoio de Fogos
Outros Apoios de Combate
Apoio de Serviços
Comando e transmissões
DIFUSÃO DA OOp
ENSAIOS
SUPERVISÃO
PLANO DO INIMIGO

EXECUÇÃO O OBSERVADOR/CONTROLADOR questiona


ACÇÃO DO INIMIGO os participantes levando-os a discutir
ACÇÃO DA Un: o que aconteceu
Manobra
Apoio de Fogos
Outros Apoios de Combate
Apoio de Serviços
Comando e transmissões

CONCLUSÕES O OBSERVADOR/CONTROLADOR questiona


os participantes sobre os pontos
chave aprendidos.

c. Notas para uma RAA

(1) Acções do observador/controlador durante o planeamento


e a execução:

(a) Acompanhar de perto a acção.

(b) Fazer perguntas aos graduados executantes sobre a


acção.

(c) Dialogar com outros controladores.

(d) Tomar notas.

(2) Antes da RAA:

(a) Descobrir o que se passou na realidade durante a


acção.

(b) Preparar perguntas para a RAA

(c) Prepare o local para a RAA (caixa de areia...)


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 125

d. Perguntas adequadas para uma RAA:

(1) O QUE ACONTECEU..?

(2) QUEM PODE DIZER-NOS...?

(3) PORQUE É QUE...?

(4) DE QUE OUTRO MODO...?

(5) QUAL FOI O PROBLEMA...?

2. REFERÊNCIAS

Instrução do IOBC (Ft Benning, USA)


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
INFANTARIA I
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO ANEXO - 08

OBJECTIVO DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar o esboço de uma posição defensiva de um pelotão de atiradores.

b. CONDIÇÕES:
(1) No campo.
(2) Dados:
- Um pelotão de atiradores orgânico.
- Esboços das secções de atiradores
- Cartas de tiro das metralhadoras ligeiras e
armas anti-carro.
- Barragem dos morteiros 81 mm e/ou 10,7 cm.
- Objectivos pré-planeados.
- Esboços dos sensores remotos.
- Localização dos detectores químicos.
- Obstáculos.
- Campo de minas de protecção.
- Carta topográfica, bússola, escalímetro,
impresso, binóculos, lápis e borracha.

c. NÍVEL: Pronto uma hora após o início da ocupação (sem


alterações necessárias do dispositivo e após verificação
dos esboços das secções e das cartas de tiro).

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) O esboço de sector do pelotão permite ao comandante de


companhia fazer a integração dos seus fogos e
supervisar a integridade da posição defensiva.

(2) Permite ao comandante de pelotão:

(a) verificar se todo o sector é batido.

(b) Se os limites dos sectores são respeitados.

(c) Controlar o fogo do pelotão.

(3) É elaborado em duplicado um para o comandante de


companhia e outro para o comandante de pelotão.

(4) O comandante de pelotão deve indicar aos comandantes


de secção a escala para os esboços de secção.

(5) Deve ser elaborado em papel quadriculado (para


facilidade de trabalho).

(6) Os comandantes de secção indicam os limites dos sectores


de tiro às suas secções através de azimutes magnéticos,
graficando no esboço com o auxilio do escalimetro.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 28

(7) O Comandante de pelotão verifica as cartas de tiro e


os esboços das secções. No caso de brechas ou outros
defeitos no seu plano de fogos, faz o ajustamento de
armas e sectores conforme o necessário. Assim se
descobrir espaços mortos providencia para que seja
coberto por minas, fogos de lança-granadas ou fogos
indirectos e de seguida elabora o esboço do sector do
seu pelotão.

b. Elaboração

(1) Material utilizado:


- Carta/terreno.
- Bússola.
- Escalímetro.
- Impresso (ver página seguinte).
- Lápis e borracha.
- Binóculos.

(2) Regras (acompanhar pela figura):

(a) Antes de receber os esboços de secção, sensores e


cartas de tiro:

1. Inscrever o norte magnético e a direcção de


aproximação do inimigo.

2. Elaborar o esboço topográfico do terreno.

a. As zonas arborizadas devem ser delimitadas


por uma linha contínua e ter inscrito “MATA”
no seu interior.

b. As zonas mortas são delimitadas com uma linha


contínua e sombreadas.

c. Auxiliar na elaboração do esboço com a bússola


e escalímetro, certificando-se dos azimutes
das principais formas de relevo e pontos de
referência no terreno.

3. Implantar o posto de comando/posto de observação


(PC/PO) do pelotão e o PC/PO alternativo (caso
exista).

4. Implantar as posições de combate principais e su-


plementares das secções e alternativa do pelotão,
posições das metralhadoras ligeiras e armas
anti--carro.

5. Implantar posto(s) de observação (PO).

6. Implantar os objectivos pré-planeados e barragens


atribuídas.

(b) Após recepção dos esboços e cartas de tiro:

1. Colocar os sectores de tiro das secções,


utilizando os azimutes-extremo de cada secção
(limite esquerdo do sector de tiro do homem mais
à esquerda e o limite direito do homem mais à
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 29

GDH: __________________
PEL___ COMP___ BAT___ ESBOÇO DE PELOTÃO
LocalizaçãoGeral:___________ In NMag
1000

900

800

700

600

500

400

300

200

100

100
500 400 300 200 100 0(m) 100 200 300 400 500

SECÇÃO LimiteEsq LimiteDir Esq ML LimiteEsq LimiteDir LEGENDA ESCALA: 1,5/ 10000
1 HK21 Princ Alt Princ Alt
2 1
3 2
Observações: Observações:
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 30

1 5 1 7 0 0 J ul 9 3
GDH: __________________
1
PEL___ 1
COMP___ 1
BAT___ ESBOÇO DE PELOTÃO
Localização Geral: 2______________
9 S M D
In NMag
75141871
1000

900

800

700

600

500

400

300

200

100

2
1
0

100
500 400 300 200 100 0(m) 100 200 300 400 500

SECÇÃO LimiteEsq LimiteDir Esq ML LimiteEsq LimiteDir LEGENDA ESCALA: 1,5/ 10000
1 5160- 5840- HK21 Princ Alt Princ Alt
X1 U ni dade de Z o n a s
2 5200- 6400- 1 5980-5460- 8 0 - 5980 -
Moatrs
3 4920- 5980- 2 5280-5800-5560-6300 - Aa
lm
re P a t r u l ha
Observações: Observações: d e
1
S egur ança
1
Sensor R emoto 1
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 31

direita).

2. Certificar que a origem desses azimutes parte dos


locais onde estão feitos os abrigos desses
homens.

3. Colocar os sectores de tiro das metralhadoras li-


geiras e armas anti-carro, incluindo a linha de
protecção final (LPF) ou direcção principal de
tiro (DPT) das metralhadoras ligeiras e os
pontos de refe-renciação do objectivo para as
armas anti-carro, utilizando azimutes.

4. Fazer a análise do terreno, posições, sectores


dos esboços e cartas de tiro apresentados
informando os responsáveis de possiveis
alterações, ou se necessário, devolver para
correcções.

5. Definir posições e implantar minas e obstáculos


no esboço.

6. Implantação no esboço da localização dos


sensores remotos e detectores químicos.

7. Definir e implantar os itinerários das patrulhas


de Segurança.

8. Melhorar o plano de apoio de fogos se necessário.

9. Identificar o esboço com a data de elaboração,


identificação do pelotão (pelotão/companhia/
bata-lhão) e localização geral.

10. Preencher o bloco de dados (legenda dos limites


das secções e esquadras de metralhadora ligeira).

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
INFANTARIA I
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO ANEXO - 09

OBJECTIVOS DE INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar um esboço de sensores remotos “Classic” RGS 2470.

b. CONDIÇÕES:
(1) Como comandante de secção ou sargento de pelotão.
(2) Dado um sistema sensor remoto “Classic” RGS 2470.
(3) Dada a ordem do comandante de pelotão para o ela-
borar e localização geral ou exacta para
posicionamento dos sensores.
(4) O comandante de pelotão escolhe o posicionamento
dos sensores apoiando-se no esboço de sector do
pelotão.

c. NÍVEL:
(1) Posicionar e camuflar os 8 sensores.
(2) Elaborar o esboço de sensores de acordo com esta
tarefa crítica e em duplicado.
(3) Entregar um exemplar ao comandante de pelotão, o
mais rápido possível.
(4) Em 45 minutos.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Características e dados numericos do sistema “Classic”:

(1) O sistema “Classic” é um sistema de detecção de 3ª


geração, cuja finalidade é proteger uma determinada
área. Permite detectar, diferenciando, viaturas de
lagartas, rodas e pessoal.

(2) É um sistema passivo devido a emitir o sinal em milésimos


de segundo, o que o torna impossível de detectar.

(3) É à prova de água.

(4) O monitor regista 500 alarmes em memória que podem ser


impressos em impressora.

(5) Utiliza sensores remotos sismicos ou infra-vermelhos


(IV) passivos, tendo estes últimos a capacidade de
indicar o sentido do deslocamento dos alvos.

(6) Funciona em VHF (escolher posições em linha de vista


sem-pre que possível).

(7) Raio de acção do monitor:

(a) Sem relé:

- Terreno fraco ........ 2/3 Km


- Terreno óptimo....... 7/10 Km
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 34

(b) Com relé:

- Terreno fraco........ 6/10 Km


- Terreno óptimo...... 14/20 Km

NOTA: A avaliação do terreno é feita de acordo com


relevo e vegetação.

(8) Raio de acção do sensor sismico:

- Terreno seco............ 40 m
- Terreno humido.......... 20 m

(9) Raio de acção do sensor infra-vermelhos:

- Viaturas................ 30 m
- Pessoal................. 30 m

(10) Frequências - 148 MHz a 162 MHz

(11) Alimentação - 10 pilhas 1,5 V (por cada sensor ou


monitor)

(12) Duração das pilhas no:

- Sensor..... 90 dias a 4 alarmes/hora


- Monitor.... 7 dias a 8x4 alarmes/hora

(13) O sistema é constituído por um monitor, 8 sensores e


aces-sórios:

(a) Extensões para antena diopolo.


(b) Antenas diopolo.
(c) Auscultadores.
(d) Caixa de transporte.

b. Esboço de sensores:

(1) O esboço de sensores remotos é o registo da localização


dos sensores no terreno. Possibilita ao comandante de
pelotão:

(a) Localizar o alarme que se activou.

(b) Saber qual o tipo de sensor utilizado.

(c) Saber quem implantou os sensores no terreno e


quando.

(d) Levantar os sensores.

(e) Passar o sistema de sensores ao pelotão que o rende,


sem necessitar de os levantar.

(2) O sistema integrado no plano de defesa com o esboço dos


sensores permite:

(a) Detectar a aproximação do inimigo mesmo em


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 35

condições de visibilidade reduzida.

(b) O acompanhamento das nossas patrulhas de segurança.

(c) Fornecer dados para a aquisição de objectivos


(máxima coordenação necessária, devido à não
diferenciação das nossas tropas do inimigo por
parte dos sensores).

c. Execução

(1) Acção prévia do comandante de pelotão:

(a) Nomear um comandante de secção ou o sargento de pe-


lotão para executar a implantação dos sensores no
terreno e elaborar o esboço.

(b) Fornecer as indicações para a colocação geral ou


exa-cta dos sensores.

(2) Actuação do sargento encarregue da elaboração:

(a) Verificar o equipamento, estado das pilhas e


ligações rádio.

(b) Levar dois atiradores como elemento de segurança.

(c) Iniciar a implantação dos sensores no terreno e ela-


borar o esboço (acompanhar pelos impressos nas
pági-nas seguites):

1. Desenhar no impresso o norte magnético.

2. Desenhar no impresso a direcção de aproximação


do inimigo.

3. Escolher uma escala aproximada em passos e


comple-tar a escala da direita do esboço.

4. Fazer um esboço topográfico do sector do pelotão,


desenhar a posição de combate de pelotão na base
das circunferências do esboço e marcar os
limites do sector do pelotão.

5. Fazer uma análise do terreno para posicionar os


sensores e escolher pontos de referência (PO,
posições de armas do pelotão, deltas to-
pográficos, cruzamentos de caminhos, árvores
isoladas, etc).

6. De cada ponto de referência, partir para


implantar um ou um grupo de sensores. Um primeiro
sensor que se coloque e seja fácil de encontrar,
pode servir como ponto de referência intermédio
entre o ponto de referência e um segundo sensor.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 36

REGISTO LOCALIZAÇÃO DE SENSORES

PONTOS DE REFERÊNCIA QUADRO DE AZIMUTES


Nº Coordenadas Descrição

In NMag
___ P

___ P

___ P

___ P

0 P

___ P

___ P

___ P

___ P
ESCALA: 2 Cm = ____ Passos Elaborado por _________, __ Pel, __ Comp __/__/__
QUADRO DE CARACTERISTICAS
Tipo
Nº Coordenadas P.Ref Descriçãodolocal deimplantação Obs
IV SS
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 37

REGISTO LOCALIZAÇÃO DE SENSORES

PONTOS DE REFERÊNCIA QUADRO DE AZIMUTES


Nº Coordenadas Descrição
1 29S M D .. . Cruzament o de
2 29S M D .. . cami nhos
3 29S M D .. . PO2
P osi ção E sq A Car In NMag
nº1 480
___ P

4
360
___ P
6

3
240
___ P
5
2 7

120
___ P

0 P
8

120
___ P

240
___ P

360
___ P

480
___ P
ESCALA: 2 Cm = 120
____ Passos Elaborado por 2ºSarg Sá __
_________, 1 º Pel, 1__ª Comp 22 06 93
__/__/__
QUADRO DE CARACTERISTICAS
Tipo
Nº Coordenadas P.Ref Descriçãodolocal deimplantação Obs
IV SS
1 x 29S M D .. . 3 Casa i sol ada em r ui nas (eaqui na a sul )
2 x 29S M D .. . 1 2 Ci pr estes (a 1 metr o do ci pr este
3 x 29S M D .. . 1 p equeno)
4 x 29S M D .. . 1 S obr ei r o i sol ado (a 2 metr os l ado sul )
5 x 29S M D .. . 1 Eucal i pto seco (a 1 metro do l ado norte)
6 x 29S M D .. . 1 Cr uzamento de cami nhos
7 x 29S M D .. . 1 P edr a (do l ado sul )
8 x 29S M D .. . 2 P oste com t r ansf or mador de al ta tensão
Cur r al abandonado (do l ado di r ei to da
est r a d a )
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 38

7. Se o ponto de referência for adequado, inscrever


as suas coordenadas e descrição no quadro dos
pontos de referência, numerando-o.

8. Em seguida, colocar no quadro de características


o número do sensor, o tipo: sismico (SS) ou
infravermelhos (IV); as coordenadas, o ponto de
referência utilizado, a descrição do local de
implantação e qualquer observação necessária.

9. No esboço topográfico, escrever "PR" seguido do


número que lhe damos no local dos pontos de
referência escolhidos.

10. No esboço topográfico, fazer um pequeno desenho


representando o local de implantação, marcar um
ponto no local exacto e escrever o número do
sensor dentro de uma circunferência, próximo do
ponto.

11. Tirar o azimute inverso para o ponto de


referência e colocar uma linha ligando o PR e o
local do sensor. Indicar com uma seta o sentido
do azimute. Escrever o valor do azimute por cima
da linha que o materializa.

12. Medir a passo a distância entre o PR e o sensor.


Escrever o número por baixo da linha que
materializa o azimute.

13. No final, identificar o esboço com o nome, posto,


companhia e datar.

14. Fazer um duplicado e entregá-lo ao comandante e


pelotão (ficar com o outro exemplar).

2. REFERÊNCIAS

- Folheto de caracteristicas do sensor "Classic RGS 2470".


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
INFANTARIA I
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO ANEXO - 10

OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar o esboço de uma posição defensiva de secção de atiradores.

b. CONDIÇÕES:
(1) No campo.
(2) Dada uma posição da secção e o seu sector de
tiro.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Entregar um duplicado ao comandante pelotão.


(2) Cobrir todo o sector atribuído pelo comandante de
pelotão à secção.
(3) Se for necessário efectuar uma rendição por parte
de outra secção, o comandante dessa secção deve
compreender o esboço de posição da secção.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) Ajuda o comandante de pelotão na integração dos seus


fogos.

(2) Permite ao comandante de secção:

(a) Verificar se todo o sector da secção está coberto.

(b) Verificar se os sectores de tiro dados aos


atiradores são respeitados.

(c) Controlar os fogos da secção de atiradores.

(d) Facilitar a rendição (se necessário).

(3) O comandante de pelotão deve atribuir:

(a) Posição da secção (limite esquerdo e direito).

(b) Sector de tiro (limite esquerdo e direito).

(c) Linha de fogo à vontade.

(d) Deve indicar a escala.

(4) O responsável pela elaboração é o comandante de secção.

(5) Elaborado em duplicado em impresso próprio ou em papel


quadriculado.

(6) Tomar nota dos sectores de tiro dos atiradores através


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 40

de azimutes magnéticos.
b. Execução:

(1) Dividir a folha A4 em duas partes:

- Bloco do esboço.
- Bloco de dados.

(2) Marcar as escalas vertical e horizontal de 50 em 50


metros

(3) Inscrever o norte magnético no impresso e direcção de


aproximação do inimigo.

(4) Implantar as posições ocupadas do esboço (no fundo e


centrado).

(a) O centro superior corresponde ao abrigo.

(b) As distâncias entre abrigos são “medidos” entre


centros de abrigos.

(c) Em cada quadrado inscrever


AT o tipo de arma/
combatente.

(d) Se a secção tiver sido reforçada com metralhadora


ligeira ou arma anti-carro implantara a mesma no
esboço.

(5) Marcar o bloco de dados:

(a) Indicar se a leitura é feita da esquerda para a


direita ou vice-versa no cimo do bloco de dados.

(b) Numerar as posições e indicar para cada posição o


azimute direito e o esquerdo.

Az (E)=2200-
Ex: At1
Az (D)=4500-

(6) Desenhar os sectores de tiro (utilizando o escalímetro),


ao mesmo tempo que desenha no esboço os pontos que tomou
como referência para dar os sectores aos homens.

(a) Os sectores de tiro são tirados com a bússola e


marca-dos com o escalimetro do seguinte modo:
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 41

1. Tirar os azimutes (direito e esquerdo) do sector


de cada elemento na sua posição.

2. Marcar os Azimutes tirados, no esboço, colocando-


se o centro do transferidor no centro do abrigo
e com a linha 0-3200- do escalímetro, paralela
à linha que representa o norte magnético (em cada
abrigo).

3. Ao mesmo tempo marcar no bloco de dados os


azimutes tirados.

4. Unir o centro do abrigo com as referências.

5. Repetir o processo para cada posição.

(b) Completar a elaboração do esboço topográfico do


ter-reno, com especial atenção para a marcação dos
seguintes pontos:

1. Pontos de referência (caminhos, linhas água,


ele-vações, muros, etc).

2. Obstáculos.

3. Zonas mortas.

4. Linha de fogo à vontade.

5. Posição de PO/PE (caso esteja no sector da secção


de atiradores.

(7) Inscrever: no canto superior esquerdo do esboço:

(a) Unidade: (Responsável pela elaboração. Ex: 1ªSecAt/


/1ºPel)

(b) GDH: (Grupo, data-hora do momento da elaboração.


Ex: 101700Jul93)

(c) Localização geral: (Coordenadas do PC da secção.


Ex: 29SMD75141871)

(8) Verificar se o bloco de dados está correctamente pre-


enchido.

(9) Sombrear as zonas batidas pelos fogos da secção, de modo


a fazer ajustamentos, para evitar zonas mortas no
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 42

GDH: __________________
SEC___ PEL___ COMP___ ESBOÇO DE SECÇÃO
Localização Geral: ______________ In NMag
500

450

400

350

300

250

200

150

100

50

50
250 200 150 100 50 0(m) 50 100 150 200 250

BLOCODEDADOS: LEITURADAESQUERDAPARAADIREITA LEGENDA ESCALA: 1,5/ 5000

Az(E)= _____ Az(E)= _____ Az(E)= _____


At1< At4< At7<
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____

Az(E)= _____ Az(E)= _____ Az(E)= _____


At2< At5< At8<
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____

Az(E)= _____ Az(E)= _____ Az(E)= _____ Az(E)= _____


At3< At6< At9< At10 <
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 43

1 5 1 7 0 0 J ul 9 3
GDH: __________________
1
SEC___ 1
PEL___ 1
COMP___ ESBOÇO DE SECÇÃO
Localização Geral: 2______________
9 S M D
In NMag
75141871
500

450

400

350

300

250

200

150

100

50

50
250 200 150 100 50 0(m) 50 100 150 200 250

BLOCODEDADOS: LEITURADAESQUERDAPARAADIREITA LEGENDA ESCALA: 1,5/ 5000

5000 -
Az(E)= _____ 5500 -
Az(E)= _____ 5240 -
Az(E)= _____
At1< 5720 -
At4< 220-
At7< 6040 -
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____

5280
Az(E)= _____
-
5200
Az(E)= _____
-
5760
Az(E)= _____
-

At2< 5980 -
At5< 6400 -
At8< 460-
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____

4720 -
Az(E)= _____ 5900 -
Az(E)= _____ 4620 -
Az(E)= _____ Az(E)= 5140
_____-
At3< 5820 -
At6< 300-
At9< 5600 -
At10 < 940-
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 44

interior da secção.

2. REFERÊNCIAS

- Manual do Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).


ESCOLA PRÁTICA TACTICA PELOTÃO

DE
CAPÍTULO:
INFANTARIA I
DIRECÇÃO DE INSTRUÇÃO ANEXO - 11

OBJECTIVO DA INSTRUÇÃO

a. TAREFA: Elaborar o esboço de uma posição defensiva da secção de atiradores numa área
edificada.

b. CONDIÇÕES:
(1) Numa área edificada.
(2) Com uma secção de atiradores orgânica.
(3) Instalada num edifício.

c. NÍVEL: Cumprir os seguintes ítens:

(1) Entregar um duplicado ao comandante de pelotão.


(2) Cobrir todo o sector atribuído pelo comandante de
pelotão à secção.
(3) Se for necessário efectuar uma rendição por parte
de outra secção, o comandante dessa secção deve
compreender o esboço da posição da secção.

1. DESENVOLVIMENTO DA INSTRUÇÃO

a. Generalidades:

(1) O pelotão de atiradores tem capacidade de defesa de 1


a 5 edifícios de frente a um a dois de profundidade (cada
quarteirão +175 m).

(2) O comandante de pelotão indica a cada comandante de


secção:

(a) Edifício ou edifícios a ocupar.

(b) Sector(s) de tiro a bater.

(c) Localização geral do PO/PE (se atribuído).

(d) Posicionamento das armas anti-carro e metralhadoras


ligeiras (se atribuídas).

(e) Locais de ligação entre Secções e PC/PO e


itinerários a utilizar.

(f) Localização de minas e obstáculos no sector do


pelotão.

(g) Dar indicações à secção, se esta tem que montar


minas e obstáculos na zona do pelotão e se têm que
cobrir pelo fogo algum obstáculo.

(h) Edifícios a demolir.


ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 46

(3) Ajuda o comandante de pelotão na integração dos seus


fogos.

(4) Permitir ao comandante de secção:

(a) Posição da secção (limite esquerdo e direito).

(b) Sector de tiro (limite esquerdo e direito).

(c) Linha de fogo à vontade.

(d) Deve indicar a escala.

(5) O responsável pela elaboração é o comandante de secção.

(6) Elaborado em duplicado em impresso próprio ou em papel


quadriculado.

b. Execução:

(1) Utilizar impresso (ver página seguinte).

(2) Preencher no impresso (acompanhar pelo impresso


preenchido):
(a) O bloco do norte magnético.
(b) O sentido de deslocamento do inimigo.
(c) Grupo data hora.
(d) Secção - pelotão e companhia
(e) Escala.
(g) Localidade/Rua/Casa/Piso.
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 47

GDH: __________________
ESBOÇO DE SECÇÃO
SEC___ PEL___ COMP___
EM ÁREA EDIFICADA
In NMag

160

140

120

100

80

60

40

20

20

40
100 80 60 40 20 0(m) 20 40 60 80 100

Localidade: Rua: NºCasa: Piso:


BLOCODEDADOS LEGENDA

Az(E)= _____ Az(E)= _____ Az(E)= _____


At1< At4< At7<
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____

Az(E)= _____ Az(E)= _____ Az(E)= _____


At2< At5< At8<
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____

Az(E)= _____ Az(E)= _____ Az(E)= _____ Az(E)= _____


At3< At6< At9< At10 <
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 48

151400J ul 93
GDH: __________________
ESBOÇO DE SECÇÃO
1
SEC___ 1 COMP___
PEL___ 1 EM ÁREA EDIFICADA
In NMag

160

140

120

100

80

60

40

20

20

40
100 80 60 40 20 0(m) 20 40 60 80 100

Localidade: P r oença-A - Rua: L i nhar es NºCasa: 3 Piso: 1


No
va
BLOCODEDADOS LEGENDA

6200 -
Az(E)= _____ Az(E)= _____ 4660 -
Az(E)= _____
At1< 430-
At4< At7< 5200 -
Az(D)= _____ Az(D)= _____ Az(D)= _____

4800
Az(E)= _____
-
5160
Az(E)= _____
-
- - - -
Az(E)= _____
At2< 5320 -
At5< 5840 -
At8<
Az(D)= _____-
--
Az(D)= _____ Az(D)= _____
- -
-
Az(E)= _____ 5720
Az(E)= _____-
5120 -
Az(E)= _____ Az(E)= 5940
_____-
At3< At6< At9< At10 <
Az(D)= _____ 120-
Az(D)= _____ 5470 -
Az(D)= _____ Az(D)= 6180
_____-
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 49

(3) Fazer a planta do piso onde se encontra a secção


instalada

(4) Colocar a posição de cada elemento (Ex: At ou Gr 1 e


o respectivo sector de tiro através de azimutes
magnéticos (tal como na secção e preencher
simultaneamente o bloco de dados, colocando os
respectivos azimutes magnéticos para a posição prin-
cipal).

(5) Os sectores de tiro são tirados com a bússola e marcados


com o escalímetro (tal como no Anexo 10).

(6) Se ocupar mais que um piso, fazer as plantas em anexo


bem como a posição de cada elemento. No entanto, os
sectores de tiro são marcados na planta principal (a
partir do local de onde começa a bater).

(7) Se houver minas e armadilhas instaladas no piso,


elaborar um anexo e representar as minas e armadilhas

REGISTO EDIFÍCIO MINADO

R/C 1ºANDAR

MINA LOCAL TIPO INICIAÇÃO


1 Porta R ua M18 A rmae de Tropeçar
2 4º D egrau M14 P r essão
3 A rmári o M 972 A rame de Tropeçar
4 P or t a M14 P r essão
ANEXOS - CAPÍTULO III / Pag. 50

segundo o seguinte esquema (faça medições e coloque na


planta se necessário):

(8) Representar aberturas entre pisos e entre compartimentos.

(9) Representar os obstáculos no interior do edifício.

(10) Representar o exterior do edifício/piso, tendo em


especial atenção para a marcação dos seguintes pontos:

(a) Pontos de referência.

(b) Obstáculos.

(c) Minas.

(d) Zonas mortas.

(11) Verificar se o bloco de dados está correctamente


preenchido.

(12) Sombrear as zonas batidas pelos fogos da secção, de modo


a fazer ajustamentos, para evitar zonas mortas no inte-
rior do sector da secção.

2. REFERÊNCIAS

- Manual de Pelotão e Secção de Atiradores (EPI).

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