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Apêndice 1 - PROGRESSIVIDADE DA CTTEP

1. GENERALIDADES
A Capacitação Técnica e Tática do Efetivo Profissional é um programa de instrução militar,
sob a direção do Comandante da OM, que visa ao desempenho individual de manutenção de
padrões e o desempenho coletivo eficaz dos diferentes grupamentos, em relação ao emprego de
seu material orgânico e aos seus procedimentos de combate.
a. Objetivos gerais
1) Aperfeiçoar e manter os padrões individuais do Efetivo Profissional (EP).
2) Manter a instrução do EP da OM durante todo o ano de instrução.
3) Sanar deficiências na instrução individual e no adestramento do EP em
qualquer época do ano de instrução.
4) Participar do desenvolvimento e da consolidação do valor profissional dos
comandantes em todos os níveis.
5) Manter o EP em condições de ser empregado em qualquer época do ano,
quer em operações de defesa externa, quer em operações de Garantia da Lei e da
Ordem (GLO).
b. Objetivos parciais
1) Aprimorar habilitações técnicas e capacitar o EP a operar corretamente todo
o armamento e o material de comunicações existente na OM.
2) Proporcionar aos quadros oportunidades e situações para exercitarem os
atributos da área afetiva que favoreçam o desenvolvimento da liderança militar.
3) Desenvolver em todos os integrantes do EP a autoconfiança, a disciplina, a
persistência, a combatividade e o entusiasmo profissional.
4) Manter e aprimorar a capacidade física.
5) Ampliar a cultura geral e profissional.
6) Preparar o instrutor e o monitor de corpo de tropa.
Obs: conforme previsto no Programa-Padrão de Instrução da Capacitação Técnica e Tática
do Efetivo Profissional, (EB70-PP-11.014), 2a Edição, 2017.

2. ORGANIZAÇÃO
A operação da VB exige elevado grau de conhecimento técnico e tático das guarnições para a
condução das atividades operacionais e de manutenção. Para isso, se faz necessário a adoção de

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um conjunto de medidas de gerenciamento do pessoal, da instrução, do material e da


infraestrutura existente para a condução da CTTEP.
A CTTEP deverá cumprir a dupla função de revalidar anualmente a instrução do EP e de
servir para capacitar os militares egressos das Escolas de Formação e de OM que não operam a
VB.
Para que a CTTEP seja efetivamente executada ao mesmo tempo que o período de formação
básica e de qualificação, é necessário que a OM busque, sempre que possível, se organizar de
forma diferente das demais. O SIMEB e o PIM orientam para que duas subunidades sejam
compostas por militares do EP, podendo suas seções de comando possuir efetivos mistos de EP e
EV. As outras duas SU, sugere-se que sejam empregadas na formação de efetivos, ficando uma
subunidade focada na instrução individual básica, e outra subunidade, que organiza a SIBld,
focada na capacitação dos comandantes de carro, na qualificação dos atiradores e auxiliares dos
atiradores e no treinamento específico dos motoristas.
Cabe ressaltar que a segunda SU EP dificilmente contará, desde o início do ano de instrução,
com todos militares capacitados a operar o carro, visto que os Soldados EP que concluíram com
aproveitamento o CFSd Aux At do ano de seu serviço militar inicial serão submetidos ao Curso
de Formação de Cabo Atirador (Cb At) e ao treinamento específico de motorista de Viatura
Blindada, com duração aproximada de 10 (dez) semanas, e só assim poderão desempenhar as
funções para as quais foram qualificados.

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Figura 1 - Organização das subunidades


Nas subunidades que possuem efetivo variável, recomenda-se que as vagas de auxiliar de
atirador e de atirador sejam ocupadas pelo efetivo variável e que as vagas de motorista sejam
ocupadas por militares do efetivo profissional.
Desta forma duas subunidades podem começar o ano realizando o treinamento da CTTEP,
enquanto as outras duas estão realizando a formação de novos efetivos.

3. FASEAMENTO DA CTTEP
A CTTEP está dividida em quatro fases:
Generalidades: as fases de instrução individual, de guarnição e de pelotão podem ser
executadas exclusivamentes na OM em suas SIBld tipo 1, e a fase de SU/FTSU necessitam
utilizar da estrutura de uma SIBld tipo 2.
a. Fase de Instrução Individual, na qual será reforçado o conhecimento de cada militar em
sua função específica dentro da guarnição e serão realizadas instruções de cross-training para
situações emergenciais (5SI aprox);
b. Fase de Instrução de Guarnição, na qual os integrantes da guarnição realizarão
instruções práticas e nos simuladores, visando à excelência da condução do carro de combate
(4SI aprox);
c. Fase de Instrução de Pelotão, na qual serão realizadas instruções de técnica de pelotão
visando o início do adestramento (5SI aprox); e
d. Fase de Instrução SU/FTSU, na qual serão realizadas instruções de nivelamento
doutrinário e emprego tático visando a execução de exercícios no simulador virtual tático (SVT)
e no TSB da SIBld tipo 2, além de de exercícios no terreno (PAB SU), assistidos ou não, por
dispositivos de engajamento tático (DST) (condicionada à previsão de adestramento do PIM)
(6SI aprox).
Na Fase de Instrução SU/FTSU de suma importância a observância dos Objetivos de
Adestramento (OA) contidos nos Programas Padrão de Adestramento.
A responsabilidade pela elaboração do planejamento é do S3, em estreita colaboração, com o
Comandante da Subunidade responsável pela CTTEP (IAT - Chefe da SIBld). Após aprovado
pelo Comando da OM, as instruções deverão ser ministradas dentro de cada esquadrão envolvido
na CTTEP, conforme o planejamento da semana de instrução, e posteriormente as SU
operacionais passarão pela certificação na SIBld.

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As duas subunidades completas de efetivo profissional realizarão a CTTEP desde o começo


do ano. As outras subunidades, após o término da qualificação, estarão em condições de realizar
o treinamento, mesmo que reduzido. É necessário que sejam executadas, no mínimo, a segunda e
a terceira fase da CTTEP.

Figura 2 - Formação dos Recursos Humanos


As instruções da CTTEP no começo do ano serão voltadas para a instrução individual de cada
função na guarnição do carro. As instruções práticas de guarnição devem ser planejadas,
preferencialmente, para antes do início da IIQ, no intuito de que os auxiliares do atirador dos
esquadrões de efetivo profissional possam realizar o CFC de atirador e o treinamento específico
de motorista, SFC.

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4. DIREÇÃO E CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO

a. Responsabilidades
1) O comandante da OM é o responsável pela direção de instrução de sua OM. Cabe a ele
fiscalizar e orientar a execução da CTTEP.
2) O S3 é o responsável pela instrução, devendo fiscalizar a correta observância das
normas reguladoras para a instrução militar.
3) O S3 e o Comandante da Subunidade responsável pela CTTEP (IAT - Chefe da SIBld)
deverão conduzir o planejamento, e após aprovado pelo Comando, cada Comandante de
Subunidade deverá realizar o controle do desempenho de seus efetivos nas instruções.
4) O chefe da Seção de Instrução de Blindados (SIBld) tem como principal
responsabilidade o assessoramento ao Comandante e ao S3, para que as decisões de instrução
sejam tomadas de forma oportuna, conforme as atividades previstas para a OM.

b. Ação do S3
1) Fiscalizar o planejamento da CTTEP, segundo o preconizado no PIM e nas diretrizes e
(ou) ordens dos escalões enquadrantes.
2) Apresentar o planejamento elaborado pelo Comandante de Subunidade responsável pela
CTTEP ao Comandante de OM.

c. Ação do chefe da Seção de Instrução de Blindados


1) Orientar o planejamento da CTTEP, assessorando o S3 no que for necessário para a sua
execução.
2) Disponibilizar, quando não estiver sendo utilizado para instruções de formação, os
meios da SIBld para a realização de instruções nos simuladores, conforme planejamento da
CTTEP.

d. Ação do Comandante de Subunidade responsável pela CTTEP


1) Elaborar o planejamento e levar ao S3, para que este busque a autorização do Comando,
com a devida antecedência.
2) Distribuir, após aprovado, o QTS da CTTEP para os Esquadrões envolvidos.
3) Realizar a avaliação de desempenho de sua SU nas instruções da CTTEP.

e. Comandante de Esquadrão que realizará a CTTEP


1) Receber o planejamento da CTTEP e planejar sua execução.
2) Fiscalizar o desempenho de seus efetivos nas instruções.

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