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Comando-Geral – nº 03 de 30 de novembro de 2020

NORMA DE ENSINO

“VIDAS ALHEIAS E RIQUEZAS SALVAR”

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NORMA DE ENSINO 30 de novembro de 2020 nº 03

NORMA DE ENSINO N.º 03

30 DE NOVEMBRO DE 2020

SEGUNDA-FEIRA

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NORMA DE ENSINO 30 de novembro de 2020 nº 03

PORTARIA N.º 109 CG - CBMBA/2020

Regula o Estágio dos Aspirantes-a-Oficial do QOBM


nas Unidades Operacionais do CBMBA.

O COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA, no uso de


suas atribuições,

R E S O L V E:

Art. 1º - Regulamentar a aplicação do estágio dos Aspirantes-a-Oficial BM, segundo o que dispõe
a legislação vigente, como parte integrante do processo de formação técnico-profissional do Oficial BM,
sob orientação e controle da Academia de Bombeiros Militar – ABM, em conjunto com o Subcomando-
Geral, através do Centro de Gestão Estratégica, com a finalidade de oportunizar a aplicação dos
conhecimentos adquiridos no Curso de Formação de Oficiais Bombeiros Militares – CFOBM, tendo por
objetivo:
I - Propiciar ao Aspirante-a-Oficial BM o exercício das funções e missões inerentes ao posto de 1º
Tenente BM, em Unidades Operacionais BM do Estado da Bahia;
II - Vivenciar a rotina de uma OBM, através das atribuições legais de cada um dos seus órgãos,
participando direta e progressivamente da execução das funções inerentes ao oficial subalterno.
III - Adquirir experiências de comando de tropa e tomada de decisões;
IV – Ser avaliado no desempenho técnico-profissional, através das informações repassadas pelas
Unidades envolvidas à ABM, com vistas ao aperfeiçoamento do processo de formação dos oficiais da
Corporação.
Art. 2º – O Aspirante-a-Oficial é um militar que após concluir a formação acadêmica com
aproveitamento, será submetido obrigatoriamente ao processo de consolidação do aprendizado teórico –
Aspirantado (estágio) – e deverá ter conceito favorável para então estar habilitado a galgar o primeiro
posto do Oficialato.
Parágrafo Único - Por ainda estar em formação, o Aspirante-a-Oficial BM, apesar de poder exercer
as atribuições e ter os deveres semelhantes ao Oficial Subalterno, está sujeito as restrições previstas em
leis, regulamentos e instruções específicas.
Art. 3º - O estágio terá duração de 12 (doze) meses, com carga horária total mínima de 1.760 (mil
setecentos e sessenta) horas e máxima de 1.920 (mil novecentos e vinte) horas de atividades, desenvolvido
em três fases, sendo todas realizadas nas Unidades Operacionais do CBMBA.
Art. 4º - Fica proibida a participação de Aspirantes-a-Oficial BM em cursos institucionais com
carga horária superior a 40(quarenta) horas.
Art.5º - Caberá aos Comandantes das OBM, selecionadas para o estágio, elaborar um Plano de
Estágio, em conformidade com a Nota de Instrução confeccionada pela ABM.
Art. 6º - Os estagiários deverão desempenhar todas as funções administrativas e operacionais
exercidas pelo oficial subalterno nos diversos setores da OBM; sendo que os encargos deverão ser
distribuídos pelos comandantes de forma equitativa entre os estagiários.
Art. 7º - O estágio será desenvolvido contemplando as seguintes fases:
I - 1ª Fase: durante os três primeiros meses do estágio, o Aspirante-a-Oficial BM estagiará em
sistema de rodízio nas seções ou setores do serviço administrativo, bem como exercerá atividades
operacionais, acompanhando um oficial subalterno;
II - 2ª Fase: nos três meses seguintes do estágio, o Aspirante-a-Oficial BM permanecerá realizando
atividades nos setores administrativos, podendo assumir a chefia de Setor atribuída a oficial subalterno,

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de acordo com a disponibilidade e segundo a discricionariedade do Comandante da OBM; para o emprego


em atividades operacionais, será concedido regular grau de autonomia, onde o desempenho das funções
ordinárias do Oficial de Operações/Coordenador de Área poderá ser realizado individualmente, enquanto
a atuação em ocorrências será executada pelo estagiário e acompanhada por oficial subalterno.
III - 3ª Fase: nos seis meses finais do estágio, o Aspirante-a-Oficial BM deverá exercer o serviço
de Oficial de Operações/Coordenador de Área em condições de igualdade com os oficiais subalternos da
OBM, sob a supervisão e orientação do Coordenador Interno do Estágio da OBM, no que concerne ao
exato cumprimento da doutrina bombeiro-militar, bem como das convenções, princípios e padrões
próprios da atividade militar.
Art. 8º - Fica proibido ao Aspirante-a-Oficial BM o exercício de Chefia de Setores da OBM, bem
como o comando de qualquer fração de tropa durante o período da 1ª fase do estágio supervisionado.
Parágrafo Único - O Aspirante-a-Oficial BM poderá ser classificado para exercer atividades
inerentes ao posto de 1º Tenente BM, na falta deste, a partir do início da 2ª fase do estágio supervisionado.
Art. 9º - O Aspirante-a-Oficial BM, lotado em Unidade Operacional que não haja oficial subalterno,
exercerá suas atividades de estágio da 1ª fase em Unidade Operacional a ser designada pela Academia de
Bombeiros Militares.
Parágrafo Único - Após o período de que trata este artigo, o Aspirante-a-Oficial BM retornará à
sua Unidade de origem, a fim de concluir as demais fases do estágio.
Art. 10 - Caberá à ABM:
I - Manter o serviço de apoio pedagógico, bem como designar um oficial intermediário para oferecer
suporte às Unidades envolvidas no estágio;
II - Elaborar Nota de Instrução para operacionalização do estágio, em conformidade com as
diretrizes educacionais emitidas pelo Departamento de Ensino e Pesquisa, e contendo, dentre outras, as
orientações para a confecção do Plano de Estágio, de responsabilidade das respectivas OBMs envolvidas;
III - Realizar reunião de apresentação do Planejamento do Estágio aos Comandantes das Unidades
envolvidas e aos Aspirantes-a-Oficial BM, antes do seu início;
IV - Realizar, ao final de cada fase do estágio, reunião de acompanhamento com a participação dos
Comandantes, dos Aspirantes-a-Oficial BM e dos
respectivos Oficiais de Ligação;
V - Manter atualizados os questionários de avaliação do estágio.
§ 1º - Para o cumprimento da atribuição prevista no inciso IV deste artigo, a ABM deverá realizar
o controle da atividade planejada, de modo a demonstrar ter havido, ou não, a ocorrência de fatos
anteriormente não considerados que impliquem a necessidade de revisão do Plano.
§ 2º - Os fatos relevantes observados durante as reuniões de controle deverão ser relatados ao
Subcomandante-Geral.
Art. 11 - Caberá ao SCG o acompanhamento e fiscalização das Unidades envolvidas quanto ao
cumprimento das normas previstas para o estágio supervisionado, devendo ser designado um oficial
superior que se encarregará de fazer cumprir as normas operacionais atinentes ao Estágio, em especial a
apresentação do relatório mensal das atividades realizadas pelos Aspirantes-a-Oficial BM nas Unidades.
Art. 12 - Caberá às Unidades envolvidas no estágio:
I - Cumprir a Nota de Instrução elaborada pela ABM;
II - Designar um oficial intermediário do QOBM para exercer a função de coordenador interno do
estágio, devendo ser, preferencialmente, o Chefe da SPO.
Art. 13 - Os Comandantes de OBM deverão preencher os questionários de avaliação do estágio,
constante na Nota de Instrução a ser confeccionada pela ABM, bem como o Relatório Final sobre o
desempenho do Aspirante-a-Oficial BM, atribuindo-lhe o conceito final.
§ 1º - O Relatório Final do Estágio deverá ser encaminhado para o Comando-
Geral/COMPROME, conforme cronograma estabelecido na Nota de Instrução, com cópia para a ABM.

§ 2º - Os Comandantes de OBM, juntamente com os seus Subcomandantes e Coordenadores


Internos do estágio, deverão reunir-se semanalmente,
preferencialmente às sextas-feiras, a fim de avaliarem o desempenho e o
desenvolvimento dos Aspirantes-a-Oficial BM, durante o estágio.

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§ 3º - O Subcomandante da OBM deverá preencher o questionário de avaliação do estágio,


constante da Nota de Instrução, e realizar a avaliação de desempenho administrativo do Aspirante-a-
Oficial BM, atribuindo-lhe um conceito parcial.
§ 4º - O Oficial Intermediário da OBM, encarregado de exercer a função de coordenador interno
do estágio, deverá preencher o questionário de avaliação do estágio, constante da Nota de Instrução, e
realizar a avaliação de desempenho operacional do Aspirante-a-Oficial BM, atribuindo-lhe um conceito
parcial.
§ 5º - O Comandante de OBM deverá atribuir o conceito final do Aspirante-a-Oficial BM, ocasião
em que serão considerados, obrigatoriamente, os conceitos previstos nos parágrafos anteriores.
Art. 14 - O Aspirante-a-Oficial BM deverá preencher o questionário para avaliação do CFOBM,
com informações sobre as atividades efetivamente desempenhadas nas Unidades, com objetivo de se obter
a visão e experiência do estagiário, as dificuldades encontradas, os pontos positivos e os que porventura
tenham constituído óbices à plena consecução dos objetivos do Estágio, com vistas ao seu
aperfeiçoamento e atualização.
Art. 15 - O estágio será considerado concluído após o Aspirante-a-Oficial BM haver cumprido o
período previsto no art. 3º desta Portaria, além de obter o conceito final “REGULAR”, no mínimo,
devidamente publicado em Boletim Geral Reservado – BGR.
§ 1º - A Aspirante-a-Oficial BM gestante poderá cumprir as atividades administrativas até o seu
afastamento para o exercício do direito irrenunciável à licença-maternidade, quando será interrompido o
cômputo da carga horária do Estágio até o seu retorno; a fase operacional será cumprida posteriormente,
conforme estabelece as normas pertinentes ao referido direito.
§ 2º - O fim do estágio não implica promoção imediata ao primeiro
posto do oficialato, devendo o Aspirante-a-Oficial BM tê-lo cumprido, conforme
descrito nesta Portaria e na Nota de Instrução a ser expedida pela ABM, bem
como ter preenchido os requisitos previstos pela Lei de Promoções de Oficiais e
seu respectivo regulamento.
§ 3º - Após a conclusão do Estágio, o Aspirante-a-Oficial BM que obtiver
o conceito INSUFICIENTE será considerado inabilitado para a promoção e
submetido a Processo Administrativo Disciplinar, com vistas a se decidir sobre a sua permanência ou não
na Corporação, nos termos do art. 130 do EPM.
§ 4º - No caso de conceito insuficiente, o ato deve ser justificado de modo circunstanciado, bem
como instruído com toda a documentação comprobatória do desempenho do estagiário, consoante o art.
57 do EPM, para fins de instauração do regular procedimento disciplinar.
Art. 16 - O Aspirante-a-Oficial BM não poderá ser transferido de sua Unidade de origem enquanto
perdurar o período de estágio (12 meses), salvo em casos excepcionais, por ato do Comandante-Geral,
por meio de documento próprio, a ser publicado em BGO.
Art. 17 - O Aspirante-a-Oficial BM fará jus a todos os direitos previstos na Lei n.º 7.990/2001
(Estatuto dos Policiais Militares), com exceção do gozo de licença prêmio e outros que impliquem mais
de 30 (trinta) dias de afastamento do estágio.
§ 1º - A concessão de férias não poderá acontecer durante as duas primeiras fases do Estágio, a
fim de não ocasionar prejuízos ao desenvolvimento das atividades administrativas do estagiário, bem
como ao seu adequado acompanhamento, controle e avaliação.
§ 2º - Caso o estagiário venha a ser acometido por qualquer circunstância que provoque
afastamento por mais de 30 (trinta) dias, deverá, assim que cessado o fato impeditivo, retomar as
atividades do estágio até que seja cumprida a carga horária mínima prevista no art. 3º da presente Portaria.
Art. 18 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante-Geral.
Art. 19 - Esta Portaria entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
Quartel do Comando-Geral, em 24 de novembro de 2020.

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