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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ATO DO COMANDANTE-GERAL

PORTARIA CBMERJ Nº 982 DE 02 DE MAIO DE 2018

APROVA, NO ÂMBITO DO CORPO DE BOMBEIROS


MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (CBMERJ), O
REGULAMENTO DO CENTRO DE FORMAÇÃO E
APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS (RCFAP) E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO,


no uso das atribuições conferidas no inciso IV, do art. 3º do Decreto nº 31.896, de 20 de
setembro de 2002, tendo em vista o que consta do Processo nº E- 27/052/008/2018,

RESOLVE:

Art. 1º - Aprovar, sem aumento de despesas, na forma dos Anexos I e II, o Regulamento do
Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (RCFAP), do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Rio de Janeiro.

Art. 2º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário. Rio de Janeiro, 02 de maio de 2018 - ROBERTO ROBADEY COSTA JUNIOR
Comandante-Geral do CBMERJ

ANEXO I
TÍTULO I
GENERALIDADES
CAPÍTULO ÚNICO
DO ÓRGÃO E SUA FINALIDADE

Art. 1º - O Regulamento do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (RCFAP) tem por


finalidade dispor sobre a organização, o ensino, as competências, as atribuições, bem como,
indicação, inscrição, seleção, matrícula, trancamento, formação, aperfeiçoamento, habilitação
e o desligamento de praças alunos nos Cursos e Estágios ministrados pelo Centro de Formação
e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), e definir os requisitos para admissão nos Cursos e
Estágios para ingresso no Círculo de Praças do CBMERJ.

Art. 2º - O CFAP, criado pelo Decreto-Lei nº 145, de 26 de junho de 1975, é uma Organização
de Bombeiro Militar de ensino elementar e médio, que tem como finalidade a formação e o
aperfeiçoamento das Praças do CBMERJ e, eventualmente, das Praças de outras Corporações.

Art. 3º - O CFAP é diretamente subordinado à Diretoria-Geral de Ensino e Instrução do CBMERJ


(DGEI/CBMERJ).

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇAO GERAL
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO CFAP

Art. 4º - A estrutura administrativa do CFAP compreende:

I - Comandante e Diretor de Ensino e Instrução do CFAP;

II - Subdiretor de Ensino e Instrução do CFAP;

III - Subcomandante; IV - Assessorias;

V - Tesouraria; e

VI - Divisões. Parágrafo Único - O Organograma do CFAP é constituído conforme o Anexo II ao


presente Regulamento. CAPÍTULO II DAS ATRIBUIÇÕES Seção I Do Comandante e do Diretor de
Ensino e Instrução do CFAP.

Art. 5º - O cargo de Comandante do CFAP será exercido por um Coronel Bombeiro Militar do
Quadro de Oficiais Combatentes (QOC) ou por um Tenente-Coronel Bombeiro Militar, também
do Quadro de Oficiais Combatentes (QOC), possuidor do Curso Superior de Bombeiro Milita.

§ 1º - O Comandante do CFAP é o Diretor de Ensino e Instrução do Centro.

§ 2º - Na ausência do Comandante do CFAP, assumirá a função de Comandante,


cumulativamente com as funções que já exerça, o oficial de maior posto, dentre o Subdiretor
de Ensino e Instrução e o Subcomandante Administrativo.

Art. 6º - Compete ao Comandante do CFAP, além das atribuições previstas atinentes aos
Comandantes de Grupamento, as demais também previstas neste Regulamento, sendo: I -
orientar, coordenar e controlar as atividades pedagógicas do CFAP, na qualidade de Diretor de
Ensino e Instrução;

II - dar cumprimento às diretrizes e ordens relativas ao ensino;

III - coordenar a elaboração e a atualização do Planejamento do Ensino através dos


documentos correspondentes e estabelecidos pela norma vigente;

IV - estabelecer normas complementares à documentação básica do sistema de ensino, a fim


de otimizar o funcionamento dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios promovidos pelo
CFAP;

V - encaminhar o Plano Geral de Ensino (PGE) à Diretoria-Geral de Ensino e Instrução (DGEI)


para aprovação;

VI - manter constante fiscalização sobre a execução dos programas e planos de ensino a serem
executados pelos instrutores e professores;

VII - propor à DGEI as Normas Reguladoras dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios do
CFAP;

VIII - submeter ao Comandante-Geral, alterações dos currículos e manuais através da DGEI;


IX - zelar para que o ensino acompanhe o desenvolvimento da técnica e o
aperfeiçoamento dos processos pedagógicos;
X- determinar a realização de pesquisas, quando conveniente, que lhe permitam
manter-se informado, de modo permanente e seguro, a respeito do rendimento
ensino-aprendizagem;
XI - designar professores, instrutores e técnicos, para o Corpo Docente ou
Comissões destinadas à realização de trabalhos que exijam conhecimentos
especializados, bem como afastá-los, se necessário; XII - matricular, nos diversos
Cursos ou Estágios, os alunos regularmente indicados para matrícula;
XIII - desligar do Curso ou Estágio e excluir do CFAP o aluno que incidir nos casos
previstos neste Regulamento, bem como nas demais normas complementares;
XIV - realizar o trancamento da matrícula do aluno, na forma prevista neste
Regulamento;
XV - fiscalizar e orientar os Cursos e Estágios realizados nas diversas OBM, que
funcionem como projeção ou extensão do CFAP;
XVI - convocar o Conselho de Ensino;
XVII - aprovar as publicações de iniciativa do Corpo Docente e Discente;
XVIII - decidir sobre a conveniência da anulação e posterior substituição de qualquer
prova, cujo resultado ou método de avaliação seja considerado irregular ou insólito
pelos membros do Conselho de Ensino;
XIX - julgar e punir, quando necessário, os casos de indisciplina e transgressões,
cometidos pelos alunos matriculados e sob seu comando, em qualquer
Curso/Estágio do CFAP;
XX - aprovar o Manual do Aluno do CFAP;
XXI - aprovar as Normas Gerais de Ação do CFAP;
XXII - dirigir e aprovar atos e medidas que resultem na consolidação do
comportamento humano pautado na probidade, através do ensinamento de Defesa
Institucional, técnico-profissional e da estabilização do caráter militar; e
XXIII - atualizar este Regimento, sempre que necessário, submetendoo à aprovação
do Comandante-Geral, através da DGEI.
Seção II
Do Subdiretor de Ensino e Instrução do CFAP
Art. 7º - O cargo de Subdiretor de Ensino e Instrução do CFAP será exercido por um
Tenente-Coronel BM ou Major BM, ambos do Quadro de Oficiais Combatentes
(QOC).
§ 1 º- O Subdiretor de Ensino e Instrução do CFAP também poderá acumular o cargo
de Subcomandante do CFAP.
§ 2 º- No que concerne aos processos e Procedimentos Administrativos Disciplinares
(PAD), atinentes aos Alunos, quando lotados no CFAP, o Subdiretor de Ensino e
Instrução tem as mesmas prerrogativas dos Subcomandantes, conforme o artigo 10,
inciso VI, do RDCBMERJ.
Art. 8º - Compete ao Subdiretor de Ensino e Instrução do CFAP:
I- assessorar o Comandante do CFAP nas atividades de Diretor de Ensino e
Instrução;
II - manter-se a par das questões relativas ao ensino e à instrução, de modo que
esteja em condições de substituir o Diretor de Ensino e Instrução em seus
impedimentos;
III - orientar a Divisão de Ensino e Instrução na elaboração do Planejamento do
Ensino;
IV - apresentar ao Comandante propostas para melhorar o rendimento do ensino e
da aprendizagem técnico-profissional e da consolidação do caráter militar;
V- aprovar o cronograma dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios sob gerência
do CFAP, bem como o Quadro de Trabalho e o Plano de Execução de Trabalho;
VI - supervisionar as atividades de ensino e aprendizagem;
VII - manter constante fiscalização sobre a execução dos programas e planos de
ensino a serem executados pelos instrutores e professores; e
VIII - determinar a elaboração, revisão e atualização do Manual do Aluno do CFAP,
remetendo-o ao Comandante do CFAP para aprovação.
Seção III
Do Subcomandante Administrativo
Art. 9º - O cargo de Subcomandante Administrativo do CFAP será exercido por um
Tenente-Coronel BM ou Major BM, ambos do Quadro de Oficiais Combatentes
(QOC).
Parágrafo Único - O Subcomandante Administrativo do CFAP também poderá
acumular o cargo de Subdiretor de Ensino e Instrução do CFAP.
Art. 10 - Compete ao Subcomandante Administrativo do CFAP, além das atribuições
previstas atinentes aos Subcomandantes de Grupamento, as demais também
previstas neste Regulamento:
I- assessorar o Comandante do CFAP nas atividades de Comando; II -manter-se a
par das questões administrativas e logísticas do Centro;
III - orientar e fiscalizar as atividades da Divisão Administrativa;
IV - apresentar ao Comandante propostas para melhorar a estrutura física do CFAP,
bem como planejar (o que precisa ser feito), orientar (como será feito) e
supervisionar (exigir responsabilidades) provimento, mudanças e avanços estruturais
e logísticos, bem como fiscalizar todas as instalações e demais recursos do CFAP;
V- promover harmonia e integração entre as Assessorias e Divisões do CFAP; e
VI - determinar a elaboração, revisão e atualização das Normas Gerais de Ação do
CFAP, remetendo-a ao Comandante do CFAP para aprovação.
Seção IV
Das Assessorias
Art. 11 - As Assessorias do CFAP compreendem:
I- Assessoria de Comunicação Social;
II - Assessoria de Informática; e
III - Assessoria Pedagógica.
Subseção I
Assessoria de Comunicação Social
Art. 12 - A Assessoria de Comunicação Social será exercida por um Oficial BM
Intermediário ou Subalterno.
Art. 13 - Compete à Assessoria de Comunicação Social:
I- assessorar o Comandante nos assuntos referentes às atividades de Comunicação
Social;
II - manter catalogados nomes, endereços, telefones e e-mails de autoridades,
organizações civis e militares de interesse do CFAP;
III - manter registro de visitas e das ligações com o público externo, realizadas em
função do Plano Anual de Comunicação Social;
IV - assessorar o Comandante nos cerimoniais;
V- atuar como Mestre de Cerimônia ou como assessor deste em todas as
solenidades realizadas no CFAP;
VI - preparar relatórios periódicos das atividades de suas funções, para remessa aos
órgãos solicitantes;
VII - elaborar as Ordens de Serviço, referentes às solenidades e ao recebimento de
visitas, submetendo-as à apreciação do Subdiretor de Ensino e Instrução ou ao
Subcomandante Administrativo do CFAP, conforme as atribuições destes;
VIII - manter atualizado o Histórico do CFAP;
IX - promover atividades sociais que visem à integração entre os militares;
X- elaborar notas e notícias para serem publicadas no site do CBMERJ, após a
aprovação do Comandante do CFAP;
XI - articular-se com a Assessoria de Comunicação Social (ACS) da Corporação,
contatando-a sempre que necessário; e
Subseção II
Assessoria de Informática
Art. 14 - A Assessoria de Informática será exercida por um Oficial BM Intermediário
ou Subalterno, preferencialmente com formação ou especialização na área.
Art. 15 - Compete à Assessoria de Informática:
I- supervisionar, fiscalizar, orientar e controlar o uso de equipamentos de informática;
II - elaborar planos, projetos, programas, propostas, que visem o desenvolvimento e
aperfeiçoamento do ensino e das atividades administrativas realizadas no CFAP;
III - promover a política de instrução de informática na OBM;
IV - realizar, quando necessário, solicitação de reparo para equipamento e/ou rede
do CFAP, com a Assessoria de Informática do CBMERJ;
V- prestar atendimento e assistência técnica na área de informática, a todas as
Divisões e Seções do CFAP;
VI - articular-se com a Seção de Apoio ao Ensino, a fim de realizar a manutenção
preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados no desenvolvimento de
instruções, palestras, solenidades, Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios que se
realizarem no CFAP; e
VII - zelar pela guarda, conservação, manutenção e correta operação dos
equipamentos de informática.
Subseção III
Assessoria Pedagógica
Art. 16 - A Assessoria Pedagógica será exercida por militar graduado ou com
especialização na área pedagógica.
Parágrafo Único - Na inexistência de militar com a formação citada no caput deste
artigo, poderá também ser admitida a contratação de um profissional da área
pedagógica.
Art. 17 - Compete à Assessoria Pedagógica:
I- assessorar na seleção de membros do Corpo Docente, bem como, na indicação e
no convite a conferencistas;
II - assessorar o Comando, junto com a Divisão de Ensino e Instrução, na
elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP);
III - assessorar a Divisão de Ensino e Instrução no planejamento das atividades de
Ensino e Instrução;
IV - assessorar a Divisão de Ensino e Instrução nos processos de avaliação, medida,
acompanhamento, controle e aperfeiçoamento do processo de ensino-
aprendizagem;
V- processar a avaliação do desempenho dos instrutores e professores, através das
Pesquisas de Avaliação, encaminhando-as ao Subdiretor de Ensino e Instrução do
CFAP para análise;
VI - assessorar a Divisão de Ensino e Instrução no planejamento de visitas, palestras
e seminários;
VII - assessorar a Divisão de Ensino e Instrução na avaliação e na revisão dos
currículos dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios ministrados pelo CFAP;
VIII - propor a aquisição de literaturas necessárias ao ensino, bem como a assinatura
de trabalhos técnicos de interesse dos cursos, junto ao responsável pela Biblioteca;
IX - assessorar a Divisão de Ensino e Instrução na condução de suas atribuições
específicas e no planejamento anual de Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios;
X- desempenhar atividades pertinentes à área de especialização pedagógica; e
XI - propor a rescisão de contrato dos professores que não apresentarem rendimento
compatível com o nível exigido nos Cursos.
Seção V
Da Tesouraria
Art. 18 - A Tesouraria é o setor responsável por gerir os recursos financeiros da
Unidade, e será chefiada por um Oficial BM Intermediário ou Subalterno.
Art. 19 - Compete à Tesouraria:
I- controlar e movimentar, com autorização do Comandante, os recursos financeiros
da Unidade;
II - confeccionar o Balancete mensal da Unidade, de acordo com as normas vigentes
da Diretoria- Geral de Finanças, encaminhando-o para auditoria; e
III - fiscalizar a Seção de Almoxarifado e Aprovisionamento (S.A.A.).
Seção VI
Das Divisões
Art. 20 - As Divisões do CFAP compreendem:
I- Divisão Administrativa (Div. Adm.);
II - Divisão de Ensino e Instrução (Div. EIns.); e
III - Divisão de Alunos (Div. Al.).
Subseção I
Da Divisão Administrativa
Art. 21 - A Divisão Administrativa compreende:
I- Secretaria;
II - Seção de Serviços Gerais (S.S.G.); e
III - Seção de Aprovisionamento e Rancho (S.A.R.).
Art. 22 - O Chefe da Divisão Administrativa será preferencialmente um Oficial BM
Superior com competência para planejar, controlar, coordenar e supervisionar as
atividades administrativas da OBM.
Art. 23 - A Secretaria será chefiada por um Oficial BM Intermediário ou Subalterno, a
ele competindo:
I- executar e coordenar todo o expediente burocrático do CFAP;
II - manter atualizado os assentamentos dos militares da Unidade;
III - confeccionar o Boletim Interno do Centro;
IV - confeccionar as escalas de serviços;
V- manter o arquivo e o controle dos documentos expedidos e recebidos pelo
Comandante do CFAP;
VI - prestar auxílio aos militares do CFAP no tocante aos serviços sociais;
VII - manter em ordem as legislações atinentes ao serviço; e
VIII - controlar os Quadros de Avisos do Centro.
Art. 24 - A Seção de Serviços Gerais compreende:
I- Almoxarifado;
II - Subseção de Obras (Ss.O.); e
III - Subseção de Manutenção e Transportes (Ss.M.T.).
Art. 25 - A Seção de Serviços Gerais será chefiada por um Oficial BM Intermediário
ou Subalterno, a ele competindo:
I- coordenar a realização de obras de reparos, conservação e manutenção da
unidade, bem como da limpeza do aquartelamento; e
II - auxiliar o responsável pelo controle da carga geral dos bens patrimoniais da
Unidade.
Art. 26 - O Almoxarifado será chefiado por uma Praça BM graduado, a ele
competindo:
I- assessorar o Chefe da Seção de Serviços Gerais, em relação ao material existente
no Almoxarifado; e
II - controlar a movimentação dos bens em carga.
Art. 27 - A Subseção de Obras será chefiada por uma Praça BM graduado, a ele
competindo vistoriar, periodicamente, as instalações do CFAP, garantindo a
manutenção preventiva e corretiva necessárias. Art. 28 - A Subseção de
Manutenção e Transportes será chefiada por uma Praça BM graduado, a ele
competindo:
I- realizar as atividades administrativas referentes à manutenção e ao emprego das
viaturas do CFAP;
II - controlar e coordenar a manutenção das viaturas da Unidade, confeccionando os
Planos de Manutenção Preventiva e Corretiva das mesmas;
V- controlar o abastecimento, bem como o consumo de combustível de cada viatura;
VI - zelar pela boa apresentação das viaturas do CFAP;
VII - articular-se com o Centro de Suprimento e Manutenção (CSM), quando
necessário;
VIII - fiscalizar os prazos da Carteira Nacional de Habilitação dos condutores de
viaturas;
IX - manter o Sistema do CTRM atualizado;
X- manter o Sistema de Gerenciamento de Viaturas do CSM/MMoto atualizado;
XI - atualizar o SISCOM, imediatamente após qualquer alteração no status do
material existente e diante de eventuais necessidades de aquisições; e
XII - controlar a carga da Subseção.
Art. 29 - A Seção de Aprovisionamento e Rancho será chefiada por 1 (um) Oficial
BM Intermediário ou Subalterno, a ele competindo:
I- elaborar e fazer cumprir o cardápio do Centro;
II - preparar, controlar e distribuir as refeições diárias, conforme cardápio
previamente estabelecido;
III - manter as boas condições sanitárias e arrumação dos locais destinados à
alimentação, ao preparo, à cocção e à guarda dos alimentos do Centro;
IV - realizar a compra dos gêneros alimentícios e dos materiais administrativos;
V- controlar o estoque dos alimentos e dos materiais administrativos, controlando a
entrada e a saída dos materiais;
VI - remeter à Tesouraria as notas fiscais de compras dos alimentos ou serviços
executados nos materiais do Aprovisionamento e das instalações do Centro;
VII - manter o controle sobre o pessoal e o material do serviço de aprovisionamento
e do almoxarifado;
VIII - manter em depósito e controlar a distribuição dos uniformes para os militares
do Centro; e
IX - atualizar o SISCOM, imediatamente após qualquer alteração no status do
material existente e diante de eventuais necessidades de aquisições.
Subseção II
Da Divisão de Ensino e Instrução
Art. 30 - A Divisão de Ensino e Instrução compreende:
I- Seção Técnica de Ensino (S.T.E.);
II - Seção de Planejamento (S.Plan.);
III - Seção de Apoio ao Ensino (S.A.E.);
IV - Seção de Orientação Educacional (S.O.E.);
V- Seção de Medidas e Avaliações (S.M.A.);
VI - Seção de Ensino a Distância (S.E.D.); e
VII - Seção de Instrução Especial (S.I.Esp.).
Art. 31 - O Chefe da Divisão de Ensino e Instrução será, preferencialmente, Oficial
BM Superior com Curso de Pedagogia ou Curso Expedito de Técnicas de Ensino
para Oficiais (CETEO), a ele competindo:
I- assessorar o Comandante nos assuntos ligados ao planejamento, controle,
coordenação, execução e supervisão das atividades de ensino e aprendizagem;
II - administrar os Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios ministrados no CFAP;
III - deferir ou não os requerimentos de: 2ª Chamada de Provas; Anulação de
Questão; Troca de Gabarito; 2ª Via de Diploma ou Certificado; e demais
requerimentos endereçados a Divisão de Ensino e Instrução, publicando a referida
decisão em Boletim;
IV - processar dados para a apreciação de professores e instrutores; V- julgar os
requerimentos de solicitações de revisão de provas, ouvindo quando julgar
necessário, outros especialistas, publicando a decisão em Boletim;
VI - expedir, receber e despachar a documentação da Divisão de Ensino e Instrução,
mantendo o respectivo controle;
VII - elaborar as Normas Reguladoras para os Cursos, Estágios, Manobras e
Exercícios do CFAP;
VIII - dirigir, coordenar e controlar os trabalhos das seções subordinadas; e
IX - coordenar a aplicação das Verificações aplicadas pelo CFAP.
Art. 32 - A Seção de Técnica de Ensino (S.T.E.) será chefiada por um Oficial BM
Intermediário ou Subalterno, de preferência com o Curso Expedito de Técnicas de
Ensino para Oficiais (CETEO), a ele competindo:
I- acompanhar a evolução da técnica de ensino;
II - apresentar sugestões referentes aos Programas de Ensino, especificamente no
que se refere ao processo de ensino e instruções metodológicas;
III - elaborar o programa de estágios de novos instrutores e professores,
supervisionando a execução do mesmo;
IV - elaborar as diretrizes e ordens de serviço, referentes ao processo de ensino-
aprendizagem;
V- realizar estudos que visem à adoção de medidas capazes de aperfeiçoar o
rendimento do processo de ensino-aprendizagem;
VI - verificar a documentação de ensino, quanto ao cumprimento das prescrições dos
Planos de Matéria (PLAMA) e quanto à adequação dos processos de ensino;
VII - fiscalizar os horários de chegada e de saída dos professores e instrutores, bem
como, do cumprimento dos períodos de aula;
VIII - elaborar os Diplomas, Certificados e Históricos dos Cursos e Estágios
realizados no CFAP; e
IX - verificar a aplicação da técnica de ensino, na montagem e desenvolvimento dos
trabalhos escolares e atividades extraclasses, observando:
a) a aplicação dos métodos e processos de ensino; e
b) a conduta do professor/instrutor, tendo em vista a melhoria do ensino.
Art. 33 - A Seção de Planejamento (S.Plan.) será chefiada por um Oficial BM
Intermediário ou Subalterno, de preferência com Curso Expedito de Técnicas de
Ensino para Oficiais (CETEO), a ele competindo:
I- elaborar o Projeto Político Pedagógico (PPP);
II - confeccionar o Relatório Anual de Ensino;
III - confeccionar o Plano de Execução de Trabalho de Cursos, Estágios, Manobras e
Exercícios, prevendo os dias de aula, dias de avaliação, períodos de interposição de
recursos, divulgações de gabaritos, resultados, notas finais de curso, dias de
treinamento e formatura, bem como outros assuntos que sejam comuns aos alunos;
IV - programar as atividades internas e externas dos alunos dos diversos Cursos,
através da confecção do Quadro de Trabalho Semanal (QTS);
V- elaborar o quadro de instrutores e monitores dos diversos Cursos, Estágios,
Manobras e Exercícios;
VI - propor, ao Chefe da Divisão de Ensino, alterações nos currículos e Planos de
Matéria (PLAMA) dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios; e
VII - elaborar a Nota de publicação do Corpo Docente dos Cursos, Estágios,
Manobras e Exercícios.
Art. 34 - A Seção de Apoio ao Ensino (S.A.E.) será chefiada por um Oficial BM
Intermediário ou Subalterno, de preferência com o Curso Expedito de Técnicas de
Ensino para Oficiais (CETEO), a ele competindo:
I- ter sob sua responsabilidade a administração da Biblioteca, controlando o acesso
ao acervo, promovendo sua guarda e manutenção; II - preparar, manutenir, guardar
e aplicar os meios auxiliares ao ensino;
III - incumbir-se do preparo e da conservação dos locais destinados às atividades de
ensino;
IV - articular-se com a Assessoria de Informática do CFAP, a fim de realizar a manutenção
preventiva e corretiva dos equipamentos utilizados no desenvolvimento das instruções,
palestras, solenidades, Cursos e Estágios que se realizarem no Centro;

V - articular-se com Órgãos Internos e Externos ao Centro, a fim de proporcionar os meios


específicos para a execução das atividades de ensino;
VI - ter sob sua responsabilidade a administração da Sala dos Professores, controlando o
acesso do pessoal, promovendo a guarda e manutenção dos equipamentos; e

VII - ter sob sua responsabilidade a administração da Sala de Material Operacional,


controlando o acesso dos militares, promovendo a guarda e manutenção dos equipamentos,
bem como a solicitação de novos materiais que serão utilizados nas diversas instruções
ministradas nos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios do CFAP.

Art. 35 - A Seção de Orientação Educacional (S.O.E.) será chefiada por um Oficial BM


Intermediário ou Subalterno, ambos com o Curso Expedito de Técnicas de Ensino para Oficiais
(CETEO) e Pedagogia ou Psicologia, a ele competindo:

I - apreciar e interpretar a conduta dos alunos nas atividades em grupo e, em casos especiais,
nas atividades individuais;

II - realizar pesquisas sociométricas e outras necessárias às atividades da Seção; III - prover ao


Conselho de Ensino elementos e referências que analisem a aptidão do aluno para o
desempenho da função de Bombeiro Militar

; IV - orientar os alunos de baixo rendimento escolar;

V - estimular o ajustamento do discente à disciplina militar; VI - elaborar pesquisas cujos


resultados direcionem as medidas necessárias para se atingir o Perfil Profissiográfico do militar
que o CFAP deseja formar, bem como atualizar constantemente tais dados; e

VII - efetuar entrevistas com o Corpo Discente, quando necessário ou solicitado pelo Chefe da
Divisão de Ensino.

Parágrafo Único - Na inexistência de um Oficial com a formação citada neste artigo, deverá o
Chefe da S.O.E. ser assessorado por um pedagogo ou psicólogo.

Art. 36 - A Seção de Medidas e Avaliações (S.M.A.) será chefiada por um Oficial BM


Intermediário ou Subalterno, de preferência com o Curso Expedito de Técnicas de Ensino para
Oficiais, a ele competindo:

I - realizar pesquisas, quando determinado pelo Chefe da Divisão de Ensino e Instrução, que
visem à adoção de medidas capazes de aperfeiçoar o rendimento do processo de ensino-
aprendizagem;

II - publicar em boletim, a solicitação de questões para os instrutores e monitores dos Cursos,


Estágios, Manobras e Exercícios do CFAP, contendo o modelo de elaboração de questões,
quantidade de questões e prazo para o envio das questões;

III - identificar os alunos dos Cursos Regulares com baixo rendimento na aprendizagem, a fim
de encaminhá-los à S.O.E.;

IV - processar e elaborar um banco de questões aplicadas em verificações realizadas nos


diversos Cursos;

V - elaborar nota para publicação em Boletim com os resultados das verificações;


VI - manter, sob sua responsabilidade e em local seguro, o modelo de prova, gabarito final,
cartões respostas e demais documentos relativos a Verificações dos Cursos, Estágios,
Manobras e Exercícios;

VII - selecionar as questões enviadas pelos instrutores e monitores do CFAP, montar e imprimir
as provas a serem aplicadas, bem como confeccionar e imprimir os cartões respostas, devendo
manter todo esse material guardado em local seguro e de acesso restrito;

VIII - elaborar a Nota de Diretrizes Gerais das Verificações a serem aplicadas pelo CFAP;

IX - processar a Nota Final de Curso, com a respectiva menção e classificação; e

X - manter atualizada a planilha de alunos que concluíram os Cursos, Estágios, Manobras e


Exercícios do CFAP.

Art. 37 - A Seção de Ensino a Distância (S.E.D.) será chefiada por um Oficial BM Intermediário
ou Subalterno, com o Curso Expedito de Técnicas de Ensino para Oficiais (CETEO), a ele
competindo:

I - acompanhar a evolução das técnicas de Ensino a Distância;

II - apresentar sugestões referentes aos Programas de Ensino a Distância;

III - elaborar o programa de estágios de novos tutores, supervisionando a execução do mesmo;


IV - monitorar o acesso dos discentes ao ambiente virtual, bem como a realização das tarefas e
a participação nos fóruns de debate;

V - disponibilizar o material didático elaborado pelo Tutor ou Instrutor de cada disciplina dos
Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios;

VI - disponibilizar informações e publicações referentes às rotinas dos Cursos, Estágios,


Manobras e Exercícios;

VII - realizar estudos que visem à adoção de medidas capazes de aperfeiçoar o Ensino a
Distância;

VIII - verificar se o material disponível para o estudo a distância cumpre as prescrições dos
Planos de Matéria (PLAMA) e é adequado ao processo de ensino proposto; e

IX - cadastrar o acesso dos alunos no AVA - CBMERJ, bem como excluir todos os cadastros
após o desligamento dos alunos no Curso.

Art. 38 - A Seção de Instrução Especial (S.I.Esp.) tem a finalidade principal de ministrar


instruções operacionais de caráter especializado para os Cursos Regulares e Especiais oriundos
do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), viabilizando o desenvolvimento
técnico profissional dos Bombeiros Militares.

Art. 39 - A Seção de Instrução Especial (S.I.Esp) será chefiada por um Oficial BM Subalterno ou
Intermediário, de preferência com Especialização em Cursos Operacionais da Corporação e
com o Curso Expedito de Técnicas de Ensino para Oficiais (CETEO), a ele competindo:
I - assessorar o Comandante nos assuntos ligados ao planejamento, controle, execução e
supervisão das Instruções Operacionais, inclusive coordenar os treinamentos e/ou Estágios;

II - coordenar, executar e supervisionar as atividades concernentes à orientação e formação da


área afetiva, cognitiva e psicomotora, podendo submeter os alunos a pressões psicológicas
para avaliar suas respostas comportamentais em dominar sensações, tais como: medo, perigo,
estresse, fome, sede, frio, calor, alterações de fuso-horário e outras condições recriadas que se
assemelham aos eventos reais do serviço de Bombeiro Militar;

III - processar e remeter ao Chefe da Divisão de Ensino e Instrução os dados para apreciação do
desempenho de alunos nas matérias e atividades operacionais;

IV - supervisionar todas as atividades curriculares das matérias Operacionais dos alunos;

V - auxiliar o corpo de instrutores com referências pedagógicas no que diz respeito às suas
atividades práticas, de logística e de instrução propriamente dita;

VI - promover junto ao Chefe da Divisão de Alunos a confecção e atualização do Manual do


Aluno, submetendo-o à aprovação do Comandante do CFAP; e

VII - assessorar o Comandante do CFAP na Supervisão e/ou Coordenação dos Estágios


Operacionais realizados fora do âmbito do Centro.

Art. 40 - O Adjunto à Seção de Instrução Especial será um Oficial BM Intermediário ou


Subalterno, preferencialmente com Especialização em Cursos Operacionais da Corporação
e/ou com Curso Expedito de Técnicas de Ensino para Oficiais (CETEO), a ele competindo:

I - assessorar o Chefe da Seção de Instrução Especial, substituindo-o no seu impedimento ou,


eventualmente, em todas as suas atividades;

II - funcionar como elo entre os instrutores e o Chefe da Divisão de Instrução; e

III - auxiliar no planejamento e na execução da aplicação de Estágios, Manobras e Exercícios,


que possuam caráter e características especializados, aproximando-os dos cenários reais de
ocorrências.

Subseção III

Da Divisão de Alunos

Art. 41 - A Divisão de Alunos compreende:

I - Seção de Expediente (Seç.Exp.); e

II - Corpo de Alunos (C.A.).

Art. 42 - O Chefe da Divisão de Alunos será um Major BM QOC/QOA ou Capitão BM QOC


Aperfeiçoado ou QOA com Curso de Capacitação ao Oficialato Superior, preferencialmente
com o Curso Expedito de Técnicas de Ensino para Oficiais (CETEO), a ele competindo:
I - assessorar o Comandante nos assuntos ligados ao planejamento, controle, execução e
supervisão das atividades dos alunos, inclusive coordenando os treinamentos para as
formaturas e regulando, fiscalizando e acompanhando a rotina diária;

II - exercer as atividades concernentes à orientação e formação moral e militar de cada


discente, sob seu comando;

III - processar dados para apreciação do desempenho dos Alunos;

IV - supervisionar todas as atividades curriculares e extracurriculares dos Alunos;

V - instaurar os Processos Administrativos Disciplinares (PAD), no âmbito do Corpo de Alunos,


submetendo-os ao julgamento do Subdiretor de Ensino e Instrução do CFAP, quando lotados
no CFAP; e

VI - dirigir, controlar e coordenar os trabalhos das seções subordinadas.

Art. 43 - A Seção de Expediente (Seç.Exp.) será chefiada por um Oficial BM Intermediário ou


Subalterno, a ele competindo elaborar, expedir, arquivar e controlar toda documentação
administrativa necessária ao funcionamento da Divisão, inclusive no que diz respeito a ficha
disciplinar, folha de alteração e cadastro dos alunos, quando lotados no CFAP.

Art. 44 - O Comandante do Corpo de Alunos será um Oficial BM Intermediário ou Subalterno,


preferencialmente com o Curso Expedito de Técnicas de Ensino para Oficiais (CETEO), a ele
competindo:

I - adotar as medidas necessárias para que os alunos cumpram, fielmente, a programação das
atividades escolares, em apoio à Divisão de Ensino e Instrução;

II - promover o enquadramento e a vivência militar dos alunos;

III - instruir, orientar e disciplinar o Corpo discente, buscando exercer sobre os alunos ação
educacional permanente, capaz de garantir sua melhor formação, especialização e
aperfeiçoamento;

IV - incutir nos alunos, em todos os atos da vida diária, o sentimento individual e coletivo de
criação, aquisição e preservação de bons hábitos relativos ao desenvolvimento de atitudes e
ideias indispensáveis ao Bombeiro Militar;

V - regular e orientar as atividades das comissões de festas;

VI - observar, orientar e/ou fiscalizar o aluno no que concerne ao seu comportamento


profissional e aproveitamento intelectual e prático, e a sua frequência, nas atividades
extracurriculares;

VII - coordenar as formaturas diárias do Corpo de Alunos; e

VIII - promover os treinamentos das formaturas dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios e
comandar o pelotão dos mesmos, quando das respectivas formaturas.
Art. 45 - O Adjunto ao Corpo de Alunos será um Oficial BM Intermediário ou Subalterno,
preferencialmente com o Curso Expedito de Técnicas de Ensino para Oficiais (CETEO), a ele
competindo:

I - assessorar o Comandante do Corpo de Alunos, substituindo-o no seu impedimento, ou


eventualmente, em todas as suas atividades; e

II - funcionar como elo entre os Comandantes das Companhias (Cia) e de Pelotões (Pel) e o
Comandante do Corpo de Alunos.

TÍTULO III

DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO ENSINO E INSTRUÇÃO

CAPÍTULO I DA DIREÇÃO DE ENSINO E INSTRUÇÃO

Seção I

Organização

Art. 46 - A Direção de Ensino e Instrução do CFAP é constituída de:

I - Diretor de Ensino e Instrução;

II - Subdiretor de Ensino e Instrução;

III - Conselho de Ensino e Disciplina;

IV - Divisão de Ensino e Instrução; e

V - Divisão de Alunos. Seção II Do Conselho de Ensino e Disciplina

Art. 47 - O Conselho de Ensino e Disciplina é o órgão técnico consultivo do Comandante para


assuntos de ensino e disciplina, itens imprescindíveis em consolidar a doutrina do CFAP, sendo
também órgão decisório para emissão de Nota Conceitual do aluno, competindo-lhe:

I - estudar, discutir e emitir parecer sobre programas e métodos de ensino do CFAP;

II - discutir e propor alterações que possam melhorar o rendimento do ensino;

III - emitir parecer sobre qualquer situação referente ao aluno, que não esteja prevista em
regulamento;

IV - assessorar o Comandante em assuntos de ensino, disciplina e avaliação de desempenho


dos Corpos Docente e Discente;

V - realizar estudos de assuntos apresentados;

VI - realizar reuniões, quando solicitado, ao término dos Cursos, Estágios, Manobras e


Exercícios para apreciação e emissão de Nota Conceitual dos alunos; e

VII - realizar reuniões extraordinárias, sempre que houver necessidade.


Art. 48 - O Conselho de Ensino e Disciplina será composto pelos seguintes membros:

I - Diretor de Ensino e Instrução;

II - Subdiretor de Ensino e Instrução;

III - Subcomandante Administrativo;

IV - Chefe da Divisão Administrativa;

V - Chefe da Divisão de Ensino;

VI - Chefe da Divisão de Alunos; e

VII - Comandante do Corpo de Alunos.

§ 1º - O Diretor de Ensino e Instrução exercerá a função de Presidente do Conselho de Ensino e


Disciplina.

§ 2º - Poderão também, a critério do Diretor de Ensino e Instrução do CFAP, serem convocados


outros assessores em função da particularidade dos assuntos a serem tratados.

§ 3º - O Conselho de Ensino e Disciplina será convocado pelo Diretor de Ensino e Instrução do


CFAP sempre que houver necessidade, podendo sua convocação ser solicitada por qualquer
um de seus membros, através de requerimento dirigido àquela autoridade, que decidirá sobre
sua conveniência.

§ 4º - O Oficial mais moderno do Conselho será o Secretário, o qual terá as seguintes


atribuições:

I - realizar a síntese de cada reunião do Conselho, registrando-a através de Ata em livro


próprio;

II - fazer constar no livro do Conselho as assinaturas de todos os membros presentes; e

III - exercer outros encargos que lhe forem atribuídos pelo Presidente.

§ 5º - Os pareceres do Conselho serão tomados por maioria absoluta dos votos dos membros,
cabendo ao Presidente o voto de desempate.

§ 6º - Nos casos em que algum membro do Conselho esteja acumulando a função de outro
membro, este só terá direito a um único voto.

CAPÍTULO II
DO CORPO DOCENTE
Seção I
Da Constituição

Art. 49 - O Corpo Docente do CFAP é constituído por:

I - Professores;
II - Instrutores; e

III - Monitores.

§ 1º - A nomeação e exoneração de militares integrantes do efetivo do CFAP para o exercício


da função de instrutores e monitores do Corpo Docente dos Cursos, Estágios, Manobras e
Exercícios competem ao Comandante do CFAP.

§ 2º - A nomeação e exoneração de militares integrantes do efetivo do efetivo das OBMs,


quando funcionarem como projeção e extensão do CFAP, para o exercício da função de
instrutores e monitores do Corpo Docente dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios
competem ao Comandante-Geral da Corporação, após indicação pelos Comandantes das suas
respectivas Unidades e aprovação pelo Comando do CFAP, tendo como órgão interveniente a
DGEI.

§ 3º - Os militares que não se enquadrarem nos parágrafos anteriores serão indicados pelo
Comandante do CFAP para comporem o Corpo Docente dos Cursos, Estágios, Manobras e
Exercícios, e serão nomeados e exonerados pelo Comandante-Geral da Corporação, tendo
como órgão interveniente a DGEI.

Seção II

Dos Professores

Art. 50 - O Comandante do CFAP poderá propor a admissão de professores autônomos ou de


outras organizações oficiais ou privadas, mediante contrato ou convênio, conforme os
procedimentos em vigência na Corporação.

Art. 51 - Conforme calendário estipulado pela Divisão de Ensino e Instrução, em período que
antecede as atividades docentes dos Cursos, o professor deverá participar de um programa de
adequação, adaptação, atualização e inclusão ao Ensino de Bombeiro Militar, bem como
participar de Estágios de Atualização Pedagógica planejados pelo CFAP.

Art. 52 - São deveres do Professor do CFAP:

I - colaborar com a Direção de Ensino e Instrução do CFAP;

II - observar e cumprir preceitos regulamentares, diretrizes, normas e instruções estabelecidas


pelo CFAP;

III - dedicar-se ao aprimoramento e ao aperfeiçoamento técnico, científico e pedagógico;

IV - elaborar as provas e seus respectivos gabaritos, observando os prazos de entrega à Seção


de Medidas e Avaliações; e

V - primar pela pontualidade e assiduidade; Parágrafo Único - O professor civil será


considerado assemelhado ao Oficial Subalterno BM. Seção III Dos Instrutores e Monitores
Art. 53 - Os Instrutores do CFAP serão os Oficiais e Praças Bombeiros Militares com a missão de
executar as atividades relacionadas ao ensino das disciplinas técnico-profissionais.

Parágrafo Único - As Praças Instrutores deverão possuir os respectivos cursos, equivalentes ou


superiores nos quais serão instrutores.

Art. 54 - Os monitores serão Praças com a missão de auxiliar a execução das atividades
relacionadas ao ensino das disciplinas técnicoprofissionais.

Art. 55 - Os Oficiais e Praças da Corporação, não integrantes do Corpo Docente, poderão ser
convidados para ministrarem palestras sobre temas pertinentes ao currículo técnico-
profissional dos cursos, mediante notória capacidade técnica.

Art. 56 - A proposta de indicação de Instrutores e Monitores, para posterior nomeação, deverá


ser feita mediante cuidadosa seleção, na qual deverão ser considerados o fator moral, a
competência profissional BM, a conduta militar e civil e a capacidade para o ensino.

Art. 57 - São atribuições dos instrutores, além das mesmas atribuídas aos Professores
conforme este Regulamento:

I - participar ativamente da formação intelectual e moral do aluno bombeiro militar;

II - planejar, preparar, orientar e controlar a aula ou sessão de instrução correspondente à


disciplina, sob sua responsabilidade;

III - avaliar o desempenho dos alunos;

IV - organizar, aplicar e corrigir as avaliações, obedecendo ao calendário previsto no PPP;

V - aperfeiçoar constantemente o processo ensino-aprendizagem;

VI - contribuir com o desenvolvimento do preparo cognitivo, emocional, psicomotor, atitudinal


e valorativo necessários ao exercício da profissão de Bombeiro Militar;

VII - considerar em seu planejamento de aula ou instrução a necessidade de desenvolver,


fortalecer e aprimorar:

a) valores, deveres e ética militar;

b) personalidade equilibrada;

c) formação patriótica e humanística;

d) disciplina consciente;

e) vocação para a carreira militar;

f) capacidade de percepção de risco;

g) espírito de altruísmo; e

h) abnegação para uma vida de sacrifícios.


VIII - destacar-se pelo exemplo, sendo referência para o aluno na sua conduta militar.

CAPÍTULO III
DO CORPO DISCENTE
Seção I
Da Constituição

Art. 58 - O Corpo discente do CFAP é constituído pelos alunos matriculados nos diversos
Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios do CFAP.

Seção II
Dos Deveres dos Alunos

Art. 59 - São deveres dos alunos dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios do CFAP, além
daqueles previstos nas Leis, Decretos, Regulamentos e Normas vigentes na Corporação:

I - assistir integralmente a todas as atividades escolares previstas para seu Curso, Estágio,
Manobra e Exercício;

II - dedicar-se à própria formação e ao aperfeiçoamento intelectual, físico, moral e técnico-


profissional;

III - conduzir-se com probidade em todas as verificações e trabalhos escolares;

IV - zelar pela hierarquia e disciplina, princípios basilares da Corporação;

V - apresentar-se corretamente e rigorosamente bem fardado, com o devido asseio pessoal;

VI - comparecer aos serviços internos e externos para os quais for escalado;

VII - ser probo e apresentar conduta idônea;

VIII - cultuar a verdade;

IX - ser pontual para os serviços e atividades escolares;

X - permanecer em ordem no local de instrução, durante os horários de atividade escolar,


aguardando a chegada do docente, e proceder à apresentação da turma;

XI - manter atitude correta e ordeira durante as aulas, permanecendo atento aos assuntos
ministrados;

XII - responder prontamente e de forma respeitosa a pergunta que lhe for dirigida;

XIII - ser cordial e respeitoso no trato com as pessoas;

XIV - não permanecer, durante as atividades escolares, em outro local que não seja o de
instrução, salvo com autorização expressa de autoridade competente;

XV - não fumar nos horários e locais de instrução, nem no interior de salas, alojamentos ou
qualquer outra dependência interna do CFAP, devendo utilizar apenas o local próprio para este
fim, a ser definido pelo Comando, nos intervalos de aula ou horários que lhe forem
designados;

XVI - não efetuar conversa paralela ao docente com qualquer companheiro durante a
instrução, mesmo em caso de dúvidas, as quais deverão ser sanadas junto ao docente;

XVII - conhecer as Leis, os Regulamentos e as Normas a que estão submetidos; e

XVIII - cumprir rigorosamente as atribuições inerentes aos serviços internos do CFAP.


Parágrafo Único - A infração a qualquer item deste artigo sujeitará o infrator à pena prevista
no Regulamento Disciplinar do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro -
RDCBMERJ.

Seção III

Dos Direitos dos Alunos

Art. 60 - São direitos dos alunos dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios do CFAP:

I - conhecer o sistema de avaliação a que será submetido durante os Cursos, Estágios,


Manobras e Exercícios;

II - conhecer os graus das avaliações;

III - vista e revisão de avaliação, qualquer que seja o julgamento, dentro das datas e horários
regularmente previstos; e

IV - recorrer, após o exaurimento dos recursos administrativos, junto à Divisão de Ensino e


Instrução, a fim de que chegue ao conhecimento do Comandante do CFAP e, posteriormente,
ao Diretor-Geral de Ensino e Instrução, através de Requerimento Interno confeccionado e
entregue na supracitada Divisão.

CAPÍTULO IV

DOS CURSOS

Seção I

Da Constituição Geral

Art. 61 - No CFAP, além de outros cursos que forem determinados pelo Comandante-Geral da
Corporação, funcionarão Cursos Regulares e Especiais.

§ 1º - Cursos Regulares são aqueles que formam, capacitam, aperfeiçoam e habilitam o militar
para ingresso na próxima graduação ou posto.

§ 2º - Cursos Especiais são aqueles que habilitam e certificam o militar já promovido por
tempo de serviço. § 3º - São Cursos do CFAP:

I - Curso de Habilitação ao Oficialato Administrativo e Especialista (CHOAE);

II - Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS);


III - Curso de Formação de Sargentos (CFS);

IV - Curso Especial de Formação de Sargentos (CEFS);

V - Curso de Formação de Cabos (CFC);

VI - Curso de Formação de Cabos Auxiliares de Saúde (CFCAS);

VII - Curso Especial de Formação de Cabos (CEFC);

VIII - Curso de Formação de Soldados (CFSd); e

IX - Estágio de Especialização de Soldados (EESd).

§ 4º - Os Cursos previstos no presente artigo poderão funcionar em outras OBMs, como


projeção do CFAP, quando determinado pelo Comandante-Geral, através da DGEI.

§ 5º - As atribuições da OBM que servirem como projeção do CFAP, relativas aos Cursos que
nela funcionarem, serão definidas por este Regulamento e pela Norma Reguladora do
respectivo Curso, baixadas pelo Diretor-Geral de Ensino e Instrução.

Seção II

Dos Objetivos dos Cursos

Art. 62 - Os Cursos do CFAP têm os seguintes objetivos:

I - Curso de Habilitação ao Oficialato Administrativo e Especialista (CHOAE): habilitar os


Subtenentes e/ou Primeiros Sargentos BM, possuidores do CAS, a galgarem o Oficialato para o
exercício de funções de caráter operacional, administrativo e especialista, nos órgãos do
CBMERJ, próprias de seus Quadros;

II - Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS): aperfeiçoar os Segundos Sargentos BM, a


fim de que exerçam as funções privativas de suas qualificações, até a graduação de Subtenente
BM;

III - Curso de Formação de Sargentos (CFS): formar Terceiros Sargentos BM, de modo a
prepará-los moral, intelectual, física e profissionalmente para o desempenho de suas funções,
dentro das respectivas qualificações, até a graduação de Segundo Sargento;

IV - Curso Especial de Formação de Sargentos (CEFS): capacitar os Terceiros Sargentos BM,


amparados pelo Decreto 22.169, de 13 de maio de 1996, de modo a prepará-los moral,
intelectual, física e profissionalmente para o desempenho de suas funções, dentro das
respectivas qualificações, até a graduação de Segundo Sargento;

V - Curso de Formação de Cabos (CFC): formar Cabos BM, de modo a prepará-los moral,
intelectual, física e profissionalmente para o desempenho de suas funções, dentro das
respectivas qualificações;
VI - Curso Especial de Formação de Cabos (CEFC): capacitar os Cabos BM, amparados pelo
Decreto nº - 22.169, de 13 de maio de 1996, de modo a prepará-los moral, intelectual, física e
profissionalmente para o desempenho de suas funções, dentro das respectivas qualificações;

VII - Curso de Formação de Cabos Auxiliares de Saúde (CFCAS): formar Cabos BM, de modo a
prepará-los moral, intelectual, física e profissionalmente para o desempenho de suas funções,
dentro da QBMP/06;

VIII - Curso de Formação de Soldados (CFSd): formar Soldados BM, ministrando aos Soldados
BM Classe C conhecimentos que os habilitem ao exercício das atribuições de Bombeiro Militar
Combatente; e

IX - Estágio de Especialização de Soldados (EESd): formar Soldados BM Especialistas,


ministrando aos Soldados BM conhecimentos que os habilitem ao exercício das novas
qualificações de bombeiro militar particular;

CAPÍTULO V

DA ESTRUTURA CURRICULAR

Seção I

Dos Documentos Básicos e Didáticos

Art. 63 - A documentação do sistema de ensino no CFAP é constituída pelos seguintes


documentos básicos e didáticos:

I - Lei nº 599, de 9 de novembro de 1982 - Lei de Ensino de Bombeiro Militar;

II - Regulamento do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Pra- ças (RCFAP);

III - Diretrizes Gerais de Ensino (DGE);

IV - Normas para Planejamento e Conduta do Ensino (NPCE);

V - Normas Reguladoras para Cursos e Estágios do CFAP (NRC e NRE);

VI - Projeto Político Pedagógico (PPP);

VII - Plano Anual de Ensino; VIII - Currículos;

IX - Manuais;

X - Relatório Anual de Ensino (RAE);

XI - Planos de Matéria (PLAMA);

XII - Quadros de Trabalho Semanais (QTS);

XIII - Planos de Sessão; e

XIV - Planos de Execução de Trabalho (PET).


Seção II

Da Organização dos Currículos

Art. 64 - De acordo com os respectivos objetivos gerais, os Cursos e Estágios do CFAP serão
regidos por currículos distintos.

Art. 65 - A organização dos currículos será elaborada pelo CFAP e aprovada pelo Comandante-
Geral do CBMERJ.

Art. 66 - A Divisão de Ensino e Instrução, com auxílio da Assessoria Pedagógica, poderá propor
modificações nos currículos e planos de disciplinas dos Cursos e Estágios realizados no CFAP.
Ficando a cargo do Comandante nomear uma Comissão de Revisão Curricular, a qual realizará
os estudos necessários para tal fim.

Seção III

Da Orientação Geral do Ensino

Art. 67 - A orientação geral do ensino no CFAP, além de harmonizarse com prescrições gerais
fixadas nas diretrizes de ensino em vigor na Corporação, obedecerá ao disposto na presente
seção.

Art. 68 - O ensino terá como objetivos essenciais tornar o aluno capacitado para:

I - desenvolver seu método de raciocínio e flexibilidade a fim de possibilitar a solução de


problemas, ainda que novos e originais;

II - consolidar e aprimorar a consciência democrática;

III - cultivar elevados padrões morais, o espírito de Bombeiro Militar, a mentalidade de


respeito às Leis, a dedicação do cumprimento do dever, o senso de responsabilidade e o
interesse pela comunidade;

IV - desenvolver as qualidades de Chefia e Liderança e de trabalho em equipe;

V - desenvolver a comunicação, a disciplina, a forma física e a capacidade de relacionamento


com indivíduos e grupos sociais; e

VI - desenvolver e fortalecer relações de atributos da área afetiva, tais como: abnegação,


dinamismo, equilíbrio emocional, meticulosidade, altruísmo, persistência, resistência à
frustração, rusticidade, proatividade e zelo.

Seção IV

Das Atividades Escolares

Art. 69 - Consideram-se atividades escolares as sessões de instrução realizadas pelos


professores/instrutores/monitores e alunos, em locais definidos, tendo em vista o
cumprimento dos conteúdos programáticos e das avaliações de aprendizagem.
Parágrafo Único - São classificados como Manobras e Exercícios as atividades realizadas no
decorrer dos Cursos, de cunho capacitivo, inserindo os alunos em condições que se aproximem
aos teatros de operações reais e visem imitar os cenários reais de ocorrências e desastres.

Art. 70 - Com o objetivo de propiciar o desenvolvimento do aluno, o CFAP incentivará a prática


de atividades extraclasse, conforme a necessidade do ensino e da instrução.

Parágrafo Único - Consideram-se atividades extraclasses aquelas que fogem ao ambiente


normal das aulas, destacando-se as atividades desportivas, sociais, visitas técnicas, viagens de
estudo e pesquisas.

Seção V

Do Planejamento do Ensino

Art. 71 - No desenvolvimento do ensino será obedecido o Projeto Político Pedagógico (PPP) do


CFAP.

Art. 72 - Todas as atividades a serem realizadas no CFAP durante o ano escolar, visando o
cumprimento dos objetivos de cada Curso ou Estágio e as finalidades do órgão, serão
planejadas conforme o estabelecido no Projeto Político Pedagógico.

CAPÍTULO VI

DAS CONDIÇÕES DE ACESSO E DE DESLIGAMENTO DOS CURSOS E ESTÁGIOS

Seção I

Das Vagas, da Seleção e da Matrícula

Art. 73 - O número de vagas, destinadas aos militares da Corpora- ção, em cada Curso ou
Estágio, será fixado de acordo com a capacidade de realização dos mesmos, fundamentadas e,
posteriormente, definidas pelo Comandante do CFAP e homologadas pelo Comandante-Geral
da Corporação.

Art. 74 - A inscrição e a seleção dos candidatos aos Cursos ou Estágios do CFAP serão feitas de
acordo com as instruções reguladoras próprias, aprovadas pelo Diretor-Geral de Ensino e
Instrução.

Art. 75 - Os candidatos indicados para os Cursos ou Estágios do CFAP serão matriculados, após
habilitação em todo processo seletivo, por ato do Comandante do CFAP, através de publicação
em Boletim Ostensivo.

§ 1° - A partir do ato da matrícula o militar passa à condição de aluno do CFAP.

§ 2º - O aluno inscrito no Curso de Formação de Soldados (CFSd) será denominado Soldado


Recruta Bombeiro Militar (Sd Rc BM).

§ 3º - Em hipótese alguma o aluno poderá permanecer na condição de ouvinte.


Art. 76 - Será concedida matrícula nos Cursos do CFAP às praças oriundas de outras
Corporações, desde que pertençam as graduações correspondentes e satisfaçam as condições
de matrícula fixadas para cada ano, ficando sujeitos a todas as regras previstas neste
regulamento.

Seção II

Do Trancamento e do Adiamento da Matrícula

Art. 77 - O trancamento da matrícula ocorre durante a realização do Curso ou Estágio e poderá


ser a pedido ou ex officio.

Art. 78 - Para o trancamento da matrícula a pedido, o aluno deverá protocolar Requerimento


Interno do CFAP na Divisão de Alunos, encaminhando-o ao Comandante do CFAP para
apreciação.

§ 1º - O trancamento da matrícula a pedido somente será autorizado enquanto o aluno não


atingir 25,00% (vinte e cinco por cento) da carga horária de, pelo menos, uma disciplina do
curso.

§ 2º - O trancamento de matrícula a pedido não será autorizado após a realização de qualquer


Verificação Corrente ao longo do curso.

§ 3º - Após a apreciação, o Comandante do CFAP remeterá seu parecer ao Diretor-Geral de


Ensino e Instrução que homologará, ou não a decisão, publicando este ato em Boletim.

§ 4º - Em casos de extrema necessidade comprovada através de apresentação dos fatos e


documentos, o Comandante do CFAP poderá expedir parecer favorável ou não favorável,
encaminhando-o para o Diretor-Geral de Ensino e Instrução, que homologará, ou não a
autorização da solicitação de trancamento de matrícula a pedido.

Art. 79 - O trancamento de matrícula a pedido não se aplica aos matriculados nos Cursos ou
Estágios de ingresso no CBMERJ.

Art. 80 - O trancamento da matrícula ex officio dar-se-á nos casos de:

I - gestação, comprovada e homologada pela junta de saúde do CBMERJ; e

II - acidente ocorrido em ato de serviço que impossibilite o aluno de dar continuidade em


quaisquer atividades do Curso ou Estágio, devidamente comprovado em procedimento
apuratório com solução publicada em Boletim.

Parágrafo Único - O aluno que obtiver o trancamento da matrícula ex officio terá a vaga
assegurada no próximo Curso ou Estágio, desde que manifeste interesse em reingressar no
curso, no prazo de 2 (dois) úteis, a contar da cessação da causa impeditiva, através de
requerimento padrão endereçado ao Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças,
estando a matrícula condicionada ao cumprimento de todos os requisitos de seleção, ficando
isento de concurso de admissão.
Art. 81 - O adiamento da matrícula dos Cursos ou Estágios será concedido pelo Diretor-Geral
de Ensino e Instrução aos indicados para a matrícula.

§ 1º - São motivos para a concessão do adiamento da matrícula:

I - necessidade de tratamento de saúde própria, desde que devidamente comprovada;

II - necessidade de tratamento de saúde de dependente legal, desde que seja


comprovadamente indispensável à assistência permanente por parte da Praça selecionada; ou

III - militar gestante.

§ 2º - O adiamento da matrícula para os indicados aos diversos Cursos ou Estágios será


concedido mediante Requerimento Padrão do interessado ao Diretor-Geral de Ensino e
Instrução até a data da matrícula.

§ 3º - O adiamento de matrícula não se aplica aos candidatos aprovados e classificados nos


Cursos ou Estágios de ingresso.

Art. 82 - O aluno que obtiver o deferimento do pedido de adiamento ou trancamento de


matrícula terá a vaga assegurada no próximo Curso ou Estágio, devendo, entretanto, solicitar
sua inclusão na relação de indicados, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis após a referida
publicação.

Art. 83 - É vedado o adiamento e trancamento de matrícula a pedido nos Cursos ou Estágios de


ingresso no CBMERJ.

Seção III

Do Desligamento

Art. 84 - Será desligado do Curso ou Estágio o aluno que:

I - concluir o respectivo Curso ou Estágio com aproveitamento;

II - tiver trancamento de matrícula;

III - for reprovado em Curso ou Estágio;

IV - tiver requerimento de desligamento do Curso ou Estágio deferido pelo Comandante do


CFAP e homologado pelo Diretor-Geral de Ensino e Instrução;

V - não puder concluir o Curso ou Estágio no prazo fixado pelas Normas Reguladoras e PET,
exceto em casos não previstos nesse Regulamento quando avaliados e autorizados pelo
Comando-Geral;

VI - ultrapassar o limite máximo de faltas previsto neste Regulamento;

VII - ingressar no comportamento “mau”, exceto para as praças matriculadas nos Cursos de
ingresso na Corporação, que serão desligados ao ingressarem no comportamento
“insuficiente”;
VIII - for licenciado do serviço ativo do CBMERJ, a pedido ou ex officio;

IX - venha a ser condenado pela justiça comum ou militar à pena restritiva de liberdade, com
sentença transitada em julgado;

X - utilizar meios ilícitos, quando comprovado, conforme o artigo 104 deste Regulamento, em
qualquer processo de avaliação da aprendizagem; ou

XI - falecer ou ser considerado extraviado.

CAPÍTULO VII

DO REGIME DISCIPLINAR

Seção I

Das sanções disciplinares

Art. 85 - Todos discentes estarão sujeitos às sanções previstas no Decreto Estadual nº 3.767,
de 4 de dezembro 1980 - Regulamento Disciplinar do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de
Janeiro (RDCBMERJ).

Art. 86 - As transgressões disciplinares referentes aos alunos que não estiverem sob o
comando do CFAP serão apreciadas pela Chefia do Estado-Maior Geral do CBMERJ, que emitirá
o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e julgará as transgressões.

CAPÍTULO VIII

DO REGIME ESCOLAR

Seção I Da Frequência

Art. 87 - É obrigatória a frequência do instrutor/professor e dos alunos às atividades


programadas dos Cursos, Estágios, Manobras e Exercícios, sendo estas consideradas atos de
serviço.

§ 1º - Para o cômputo de hora-aula, será considerado 50 (cinquenta) minutos de aula como


sendo 1 (uma) hora, o que representa, uma sessão.

§ 2º - Será exigido que os alunos tenham frequência mínima de 75% (setenta e cinco por
cento), em cada disciplina dos Cursos ou Estágios.

§ 3º - Será reprovado o aluno que não obtiver a frequência mínima exigida em cada disciplina
dos Cursos ou Estágios;

§ 4º - O número total de horas-aula perdido pelo aluno será publicado, mensalmente, em


Boletim interno, sendo diferenciadas as faltas consideradas abonadas.

§ 5º - Para efeito de cômputo do limite previsto no parágrafo primeiro deste artigo, a


contagem de faltas deverá seguir norma específica e serão classificadas como:

I - falta abonada;
II - falta justificada; ou

III - falta não justificada.

§ 6º - As faltas abonadas não serão computadas para os fins do parágrafo primeiro do


presente artigo e serão consideradas nos seguintes casos:

I - por interesse do serviço quando o aluno for convocado, com a devida publicação em
Boletim ou tal convocação comprovada por outro meio legal, pelas autoridades a seguir:

a) Comandante-Geral;

b) Subcomandante-Geral; e

c) Diretor-Geral de Ensino e Instrução.

II - por requisição judicial ou do Ministério Público;

§ 7º - As faltas justificadas são aquelas que, embora não abonadas, não representam
transgressão disciplinar, assim consideradas nos seguintes casos:

I - por motivo de doença do aluno, dispensa ou licença médica ou baixa ao hospital;

II - por motivo de caso fortuito ou força maior;

III - por afastamento temporário por motivo de luto; e IV - por licença paternidade.

§ 8º - As faltas não justificadas poderão ser consideradas como transgressão disciplinar.

§ 9º - Todas as justificativas deverão ser acompanhadas dos respectivos documentos


comprobatórios.

§ 10 - O controle da frequência dos alunos será realizado através da Ficha de Presença ou


documento similar de cada disciplina.

§ 11 - A Divisão de Alunos e a Divisão de Ensino e Instrução controlarão, respectivamente, a


frequência dos alunos e dos instrutores/professores.

§ 12 - O aluno que apresentar qualquer tipo de dispensa médica não poderá participar das
instruções operacionais, não podendo permanecer nos locais de instrução, devendo o mesmo
se apresentar à Divisão de Alunos, que designará local para que o militar possa permanecer
durante o horário da instrução.

Art. 88 - Não haverá tempo de tolerância para que o aluno se apresente à aula, devendo, em
caso de atraso, apresentar-se na Divisão de Alunos, de onde será conduzido para a instrução e,
consequentemente, perderá o cômputo de hora/aula relativo àquela sessão de instrução não
assistida.

Art. 89 - O professor ou instrutor não poderá dispensar o aluno das atividades escolares.

Seção II
Dos Fatos Observados e Conceito dos Alunos

Art. 90 - Toda conduta dos alunos será observada pelo Comandante, Subdiretor de Ensino e
Instrução, Subcomandante Administrativo e pelo Corpo Docente do CFAP, podendo ser
classificada como fato observado positivo (FO+) ou fato observado negativo (FO-).

Art. 91 - Os Fatos Observados determinarão o grau da Nota Conceitual (NC) do aluno, que
influenciará diretamente na Nota Final do Curso (NFC) ou Estágio (NFE).

Art. 92 - Todos os alunos terão como Nota Conceitual Inicial (NCI) igual a 70% (setenta por
cento) do grau máximo que for atribuído à Nota Conceitual (NC), conforme definido no §6º -
do artigo 108 deste Regulamento.

Art. 93 - Para o cálculo do valor de cada FO, serão utilizados os seguintes critérios:

I - para fatos observados positivamente, será utilizada a regra de três simples, obtendo a
seguinte fórmula: VFO = (1 x 0,3NC) / MQFO+, onde VFO significa Valor de cada FO, 0,3NC
significa 30% (trinta por cento) do grau máximo da NC e MQFO+ significa Maior Quantidade de
FO positivos, recebida por algum aluno; e

II - para fatos observados negativamente, será utilizada a regra de três simples, obtendo a
seguinte fórmula: VFO = (1 x 0,7NC) / MQFO- , onde VFO significa Valor de cada FO, 0,7NC
significa 70% (setenta por cento) do grau máximo da NC e MQFO- significa Maior Quantidade
de FO negativos, recebida por algum aluno.

§ 1º - O valor do FO+ será calculado separadamente do valor do FO- .

§ 2º - O FO+ acrescentará à NCI o valor encontrado referente a cada FO+, segundo o cálculo
descrito no caput deste artigo, enquanto que o FO- subtrairá da NCI o valor encontrado
referente a cada FO-, obtendo-se ao final desse processo, o valor da NC.

§ 3º - O FO+ não anula o FO-, e vice e versa.

Art. 94 - As condutas dos alunos, a serem observadas pelas autoridades citadas no artigo 90
deste Regulamento, obedecerão aos critérios definidos no Manual do Aluno do CFAP.

CAPÍTULO IX

DA AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO DA APRENDIZAGEM

Seção I

Das Avaliações

Art. 95 - A Avaliação do Rendimento da Aprendizagem expressa em termos qualitativos o


desempenho do Aluno.

Art. 96 - As condições de avaliação do Rendimento da Aprendizagem, bem como os critérios de


aprovação serão publicados nas Normas Reguladoras dos respectivos Cursos ou Estágios.

Art. 97 - São objetivos da avaliação do rendimento da aprendizagem:


I - verificar o aproveitamento do Aluno;

II - avaliar a eficiência da aprendizagem;

III - apreciar a validade dos métodos, dos processos e das técnicas de ensino utilizadas;

IV - possibilitar a retificação da aprendizagem;

V - fornecer dados para a Pesquisa Pedagógica sobre o resultado de uma prova, quando for o
caso;

VI - contribuir para identificação dos atributos cognitivos, afetivos e psicomotores do aluno; e

VII - promover a classificação intelectual do Aluno.

Art. 98 - A avaliação do rendimento da aprendizagem será feita pela medida do desempenho


do Aluno.

§ 1º - Nos trabalhos específicos de verificação da aprendizagem serão usadas, como


instrumento de avaliação, provas escritas e/ou prá- ticas aplicadas individualmente ou em
grupo, de acordo com os listados no artigo 99 deste Regulamento.

§ 2º - Os valores da avaliação (nota) variarão de 0,000 (zero) a 10,000 (dez), com precisão até a
terceira casa decimal.

Art. 99 - São instrumentos de mensuração da aprendizagem:

I - Verificação Corrente (VC);

II - Verificação Imediata (VI);

III - Verificação Especial (Vesp); e

IV - Verificação Final (VF).

Art. 100 - Verificação Corrente (VC) é a avaliação realizada com previsão no Plano de Execução
de Trabalho do curso.

§ 1º - A Verificação Corrente (VC) avaliará o progresso obtido pelo Aluno em certa faixa do
programa, segundo diretrizes fixadas pela Divisão de Ensino e Instrução.

§ 2º - A Verificação Corrente constará de avaliação escrita ou prática.

§ 3º - A impressão da VC será feita em local seguro pelo chefe da Seção de Medidas e


Avaliações (S.M.A.), na presença do Chefe da Divisão de Ensino e Instrução, em tempo hábil
para aplicação da prova.

§ 4º - O chefe da Seção de Medidas e Avaliações (S.M.A), encarregado de proceder com a


impressão, recolherá as matrizes utilizadas e todos os exemplares, inclusive os que
apresentem danos ou falhas de impressão.
§ 5º - As matrizes, os rascunhos, os documentos danificados ou com falhas de impressão e a
sobra serão, conforme o caso, arquivados ou inutilizados pela S.M.A..

§ 6º - A nota da Verificação Corrente ou média das Verificações Correntes aplicadas integrarão:

I - 80% (oitenta por cento) da Nota Final da Disciplina, quando na disciplina for aplicada
Verificação Imediata e Verificação Especial;

II - 90% (noventa por cento) da Nota Final da Disciplina, quando na disciplina for aplicada
Verificação Imediata ou Verificação Especial; ou

III - 100% (cem por cento) da Nota Final da Disciplina, quando na disciplina for aplicada apenas
a Verificação Corrente.

Art. 101 - Verificação Imediata é a avaliação (escrita, oral ou prática) do aprendizado do aluno
ao final de uma jornada de ensino-aprendizagem dentro da disciplina, podendo ser realizada
sem a previsão no Plano de Execução de Trabalho do curso.

§ 1º - A Verificação Imediata (VI) visa, precipuamente, à diagnose e à retificação da


aprendizagem, podendo servir de subsídio para a avaliação do desempenho escolar do Aluno,
e permite ao instrutor ou professor identificar, em qualquer oportunidade, os pontos em que
os assuntos não foram bem compreendidos e sobre os quais deverá repetir em sessões
subsequentes.

§ 2º - Através da VI, o instrutor ou professor poderá verificar, periodicamente e de forma


explícita, as dificuldades e os problemas que os Alunos estiverem encontrando na
aprendizagem da disciplina ministrada, identificando lacunas, causas de erros, problemas ou
dificuldades, podendo, ainda, orientar os Alunos para retificá-los e superá-los, a fim de que sua
aprendizagem não seja deficiente.

§ 3º - A VI é formulada por iniciativa do instrutor ou professor ou determinada pela S.M.A..

§ 4º - A retificação da aprendizagem, quando necessária, deverá ser realizada, de imediato,


pelo instrutor ou professor que a identifique, ou após orientação da S.M.A..

§ 5º - No máximo 07 (sete) dias após a aplicação da VI, o instrutor ou professor deverá


apresentar à S.M.A. um relatório sobre as deficiências observadas na aprendizagem e, caso
seja necessário, a Divisão de Ensino e Instrução poderá prever sessões de instrução visando à
retificação da aprendizagem.

§ 6º - Ao formular a VI, o instrutor ou professor deverá:

I - ser coerente com sua finalidade;

II - dar simplicidade ao problema;

III - não exceder, em princípio, 10 (dez) minutos a duração da VI; e

IV - zelar para que a VI seja inédita.


§ 7º - Aplicação da VI ficará a cargo do próprio instrutor ou professor e será realizada sem
aviso prévio e individualmente.

§ 8º - A VI poderá ser realizada no final de uma sessão, com o objetivo de verificar o quanto foi
aprendido e quais as lacunas ou dificuldades até essa oportunidade, devendo ser evitados
esclarecimentos de última hora durante a sua realização.

§ 9º - A nota das Verificações Imediatas integrará 10% (dez por cento) da nota final da
disciplina. § 10 - Nas disciplinas realizadas através do EAD, poderão ser realizadas VI através do
AVA - CBMERJ.

Art. 102 - Verificação Especial (Vesp) é a avaliação realizada em grupo e/ou individualmente,
com a finalidade de mensurar o aprendizado do aluno ao longo do curso.

§ 1º - A Vesp constará de avaliação escrita, oral ou prática.

§ 2º - A nota das Verificações Especiais integrará 10% (dez por cento) da nota final da
disciplina.

§ 3º - Nas disciplinas realizadas através do EAD, poderá ser realizada Vesp através do AVA -
CBMERJ.

Art. 103 - Verificação Final (VF) é a avaliação (escrita e/ou prática) realizada com previsão no
Plano de Execução de Trabalho do curso, sendo esta verificação considerada uma avaliação de
segunda instância.

§ 1º - A Verificação Final (VF) será o instrumento de medida que receberá o mesmo


tratamento da VC.

§ 2º - A Verificação Final (VF) constará de uma prova escrita ou prática.

§ 3º - Ficará isento da VF da disciplina o Aluno que obtiver, ao final do Curso/Estágio, a nota


final da disciplina (NFD) igual ou superior a 7,000 (sete) (NFD e7,000).

Art. 104 - A utilização ou posse de meios ilícitos para a resolução de qualquer Verificação
implicará na atribuição de grau 0,000 (zero) ao infrator, além das sanções disciplinares
cabíveis.

§ 1º - Entende-se por “meios ilícitos” todo e qualquer artifício que possa conferir ao Aluno
uma vantagem em relação aos demais na realização de uma Verificação.

§ 2º - O fiscal ao tomar conhecimento da utilização de meios ilícitos lavrará um auto de


apreensão das evidências do ato, consubstanciando-o de todas as informações pertinentes.

Art. 105 - Nas avaliações cujos resultados obtidos forem julgados anormais pelo Chefe da
Divisão de Ensino e Instrução, será realizada uma pesquisa pedagógica pelo Conselho de
Ensino e Disciplina, podendo as provas ou questões serem anuladas pelo Comandante do
CFAP.
Art. 106 - A publicação das Notas das Avaliações ocorrerá através de Boletim Interno do CFAP
após a divulgação do Gabarito Oficial revisado.

§ 1º - O aluno será convocado para realização de Vista de Prova, possuindo o prazo máximo
de 2 (dois) dias úteis, conforme expediente da Corporação, para protocolar Requerimento
Interno, caso queira revisar sua nota.

§ 2º - Caso o aluno não possa comparecer à Vista de Prova por motivo de faltas justificadas ou
abonadas, o Comando do CFAP, após comprovar a necessidade de tal ato, poderá
disponibilizar uma nova data para realização da Vista de Prova ao aluno.

§ 3º - O lançamento das notas será publicado em Boletim.

§ 4º - Vista de prova é o ato pelo qual o aluno realiza a conferência do grau obtido.

§ 5º - Revisão de prova é a solicitação formal do aluno com relação ao conteúdo ou gabarito da


prova, de forma fundamentada, ao Chefe da Divisão de Ensino e Instrução, através da Seção
de Medidas e Avaliações, por meio de requerimento protocolado no CFAP.

§ 6º - O resultado do requerimento de revisão de provas deverá ser publicado em Boletim,


independente de outros procedimentos previstos neste artigo, no prazo máximo de 5 (cinco)
dias úteis, salvo quando prorrogado pelo mesmo período, limitado à data de conclusão do
Curso, pelo Comandante do CFAP.

§ 7º - O pedido de revisão de prova será analisado por uma Comissão Revisora da Avaliação
(CRA) constituída pelos seguintes membros:

I - Subdiretor de Ensino e Instrução;

II - Chefe da Divisão de Ensino e Instrução;

III - Chefe da Seção de Medidas e Avaliações; e

IV - Docente autor da avaliação.

§ 8º - A CRA emitirá o parecer sobre a análise do pedido do aluno e decidirá, em primeira


instância, pelo deferimento e respectivas alterações do gabarito, anulação da questão ou
indeferimento do pedido, com a devida publicação em Boletim.

§ 9º - Permanecendo a insatisfação do requerente, o aluno deverá protocolar novo


requerimento, apresentando novos argumentos, para apreciação e decisão final do Diretor de
Ensino e Instrução do CFAP, sendo a mesma publicada em Boletim.

Art. 107 - O aluno que faltar qualquer avaliação poderá fazê-la, em 2ª chamada, se a falta for
justificada pelo Chefe da Divisão de Ensino e Instrução, em consonância com os incisos I e II do
§5º - do artigo 87 deste regulamento.

§ 1º - Caso a falta à avaliação não seja justificada, será atribuído o grau 0,000 (zero), sem
prejuízo das sanções disciplinares pertinentes.
§ 2º - O pedido de concessão de 2ª chamada será feito pelo aluno faltoso no prazo máximo de
2 (dois) dias úteis, tão logo cesse o impedimento, desde que não exceda o período
estabelecido para o término do curso e não ultrapasse a data estipulada pelo PET para a
aplicação da segunda chamada, em requerimento próprio dirigido ao Chefe da Seção de
Medidas e Avaliações, no qual deverá ser esclarecido o motivo da falta, comprovando-a
através de documentação idônea.

§ 3º - O Aluno que deixar de realizar qualquer das Verificações até a data estabelecida para o
término do curso, será atribuído o grau 0,000 (zero) na referida avaliação e será submetido ao
cálculo do §2º - do artigo 108.

§ 4º - O deferimento ou não do pedido de concessão de 2ª chamada deverá ser publicado em


Boletim.

§ 5º - A Seção de Medidas e Avaliação deverá realizar a verificação de acordo com o


calendário do respectivo Curso/Estágio, não podendo ser realizada em data posterior à
formatura do Curso/ Estágio.

§ 6º - Os requerimentos de 2ª chamada que forem protocolados fora do prazo, com


preenchimento incorreto e/ou incompleto, serão indeferidos e, por consequência, será
atribuído grau 0,000 (zero) na verificação.

§ 7º - Os casos omissos serão julgados pelo Diretor de Ensino e Instrução do CFAP e/ou pelo
Diretor de Ensino e Instrução do CBMERJ.

Seção II

Da Habilitação e da Classificação dos Alunos

Art. 108 - A habilitação do aluno será reconhecida levando em consideração seu rendimento
intelectual, técnico e físico, bem como sua aptidão de Bombeiro Militar.

§ 1º - O aluno é considerado aprovado no Curso ou Estágio, quando satisfizer os seguintes


requisitos:

I - Nota Final de cada Disciplina curricular maior ou igual a 7 (sete) para aprovação em primeira
instância;

II - Nota Final de cada Disciplina curricular maior ou igual a 5 (cinco) para aprovação em
segunda instância; ou

III - Nota Final de Curso ou Estágio igual ou superior a 5 (cinco).

§ 2º - A Nota Final de cada disciplina curricular (NFD 1) será obtida através do seguinte cálculo:
I - disciplinas que realizarem VC, VI e Vesp: NFD 1 = [(Média Aritmética da VC x 0,8) + (Média
Aritmética da VI x 0,1) + (Média Aritmética da Vesp x 0,1)]; onde VC é a Verificação Corrente
realizada na disciplina vigente, podendo ter 1 (uma) ou mais verificações conforme previsão
curricular; VI é a Verificação Imediata realizada na disciplina vigente, podendo ter 1 (uma) ou
mais verificações conforme previsão curricular; e Vesp é a Verificação Especial realizada na
disciplina vigente, podendo ter 1 (uma) ou mais verificações conforme previsão curricular;
II - disciplinas que realizaram somente VC e VI: NFD 1 = [(Média Aritmética da VC x 0,9) +
(Média Aritmética da VI x 0,1)]; onde VC é a Verificação Corrente realizada na disciplina
vigente, podendo ter 1 (uma) ou mais verificações conforme previsão curricular, e VI é a
Verificação Imediata realizada na disciplina vigente, podendo ter 1 (uma) ou mais verificações
conforme previsão curricular;

III - disciplinas que realizaram somente VC e Vesp: NFD 1 = [(Média Aritmética da VC x 0,9) +
(Média Aritmética da Vesp x 0,1)]; onde VC é a Verificação Corrente realizada na disciplina
vigente, podendo ter 1 (uma) ou mais verificações conforme previsão curricular, e Vesp é a
Verificação Especial realizada na disciplina vigente, podendo ter 1 (uma) ou mais verificações
conforme previsão curricular; e

IV - disciplinas que realizaram somente VC: NFD 1 = (Média Aritmé- tica da VC); onde VC é a
Verificação Corrente realizada na disciplina vigente, podendo ter 1 (uma) ou mais verificações
conforme previsão curricular.

§ 3º - O Aluno que não obtiver NFD 1 maior ou igual a 7, em primeira instância, realizará
Verificação Final (2ª instância).

§ 4º - A Nota Final de cada Disciplina curricular do aluno que não for considerado aprovado em
primeira instância (MFD 2) será obtida através do seguinte cálculo: MFD 2 = {[(MFD 1 +
VF)/2]+5}/2, onde MFD 1 é a média final de cada disciplina curricular em primeira instância, e
VF é a Nota da Verificação Final; neste cálculo está inserido o fator de correção na Média Final
de cada Disciplina na qual o aluno tiver feito a verificação de segunda instância.

§ 5º - A Nota Final de Curso ou Estágio (NFC ou NFE) será obtida através do seguinte cálculo:
NFC ou NFE = (9 x MI + 1 x NC) / 10; onde MI é a média intelectual atingida no Curso ou Estágio
e NC é a nota conceitual obtida no respectivo Curso ou Estágio.

§ 6º - A Nota Conceitual (NC) será emitida pelo Conselho de Ensino e Disciplina, variando de
zero a dez.

Art. 109 - Ao término de cada Curso ou Estágio haverá uma classificação geral dos alunos, em
ordem decrescente da Nota Final do Curso ou Estágio.

§ 1º - Quando duas ou mais turmas do mesmo Curso ou Estágio forem realizadas


simultaneamente, estas terão uma só ordenação de classificação geral.

§ 2º - Em caso de igualdade nos resultados finais, os cálculos serão refeitos, levando os


resultados da NFC ou NFE até a quinta casa decimal.

§ 3º - Permanecendo a igualdade nos resultados finais, o critério de desempate dar-se-á pela


maior média aritmética obtida nas disciplinas operacionais.

§ 4º - Persistindo a igualdade na NFC ou NFE, a classificação obedecerá ao critério de


antiguidade.

Seção III

Da Menção do Curso ou Estágio


Art. 110 - A Nota Final do Curso ou Estágio é o resultado alcançado pelo aluno, em
consequência dos graus por ele obtidos nas avaliações e na Nota Conceitual, e pode ser
classificada em quatro tipos de menção:

I - Excelente (E): quando a nota for igual a 10,000 (dez);

II - Muito Bom (MB): quando a nota for menor que 10,000 (dez) e maior ou igual a 8,000 (oito);
III - Bom (B): quando a nota for menor que 8,000 (oito) e maior ou igual a 6,000 (seis);

IV - Regular (R): quando a nota for menor que 6,000 (seis) e maior ou igual a 5,000 (cinco); ou
V - Insuficiente (I): quando a nota for menor que 5,000 (cinco).

Seção IV

Das Medalhas, dos Certificados, dos Diplomas, dos Distintivos de Curso e das Insígnias

Art. 111 - O aluno classificado em primeiro lugar, que cumprir os requisitos prescritos no
Decreto nº 5.729, de 17 de julho de 1982, será agraciado com a Medalha Comandante Moraes
Antas - Aplicação e Estudo, a ser entregue na solenidade de formatura do Curso
correspondente.

Art. 112 - Será conferido diploma para concludentes dos Cursos e certificado para os
concludentes dos Estágios do CFAP.

CAPÍTULO X

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 113 - As avaliações que tenham seus resultados publicados em Boletim Interno e os
controles de frequência, que não sejam objeto de questionamento ou dúvidas, feitas por
escrito pelos respectivos alunos no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis após a publicação,
poderão ser destruídas, após 30 (trinta) dias findo o respectivo Curso ou Estágio.

§ 1º - As avaliações dos alunos reprovados por falta de rendimento de aprendizado deverão


ser arquivadas por 5 (cinco) anos, independentemente do previsto no caput deste artigo.

§ 2º - As avaliações não deverão ser entregues aos alunos, ficando a sua guarda sob
responsabilidade da Seção de Medidas e Avaliações até os períodos previstos neste artigo e,
posteriormente, serão destruídas ou entregues aos alunos, quando se interessarem e tratar-se
de trabalho de pesquisa.

Art. 114 - As Normas Reguladoras dos Cursos ou Estágios (NRC ou NRE) deverão conter todos
os complementos necessários à plena execução deste Regulamento, diminuindo desta forma
as dúvidas quanto à aplicação e às regras para o funcionamento do ensino no CFAP.

Art. 115 - O Diretor-Geral de Ensino e Instrução poderá delegar ao Comandante do CFAP


outras competências, além das previstas neste Regulamento.

Art. 116 - Os casos omissos serão dirimidos e regulados pelo Comandante-Geral, através da
DGEI.

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