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OSTENSIVO DGPM-313

CAPÍTULO 8
CÔMPUTO E REGISTRO DE TEMPOS

8.1 - PROPÓSITO
Estabelecer normas e critérios relativos ao cômputo e registro de tempos de embarque, de
tropa, de viagem, de operação e de outros tempos para efeitos de:
a) requisitos de carreira; e
b) concessão da Medalha "Mérito Marinheiro".
8.2 - TEMPO DE FUNÇÃO DE INSTRUTORIA
8.2.1 - A função de instrutoria compreende, exclusivamente, as atividades relacionadas com a
transmissão de instrução em aulas programadas nos currículos regulares dos cursos de
formação, graduação, especialização, aperfeiçoamento, altos estudos e especiais.
8.2.2 - A função de instrutoria será exercida por Oficial ou Praça, designado para Instrutor, por ato
administrativo competente, e que ministre, pelo menos, uma disciplina ou módulo de curso
constante do Plano Geral de Instrução (PGI), em Estabelecimentos de Ensino da Marinha
ou em OM não específica de ensino, mas com tais incumbências, bem como no exterior ou
em órgão extra-Marinha.
8.2.3 - A função de instrutoria é considerada meritória para fim de contagem de pontos na
avaliação do mérito de carreira dos militares designados para ministrar aulas.
8.2.4 - Para a função de instrutoria deve ser observado o seguinte critério:
a) os dias de instrutoria terão o mesmo peso na avaliação do mérito de carreira que os dias
de embarque ou tropa, devendo ser computados nos mapas elaborados pela DPMM e
CPesFN, conforme o caso;
b) ocorrendo o caso de desempenho de funções de embarque ou tropa e instrutoria,
simultaneamente, somente serão computados os dias de embarque ou tropa; e
c) na avaliação, os dias de instrutoria só serão considerados se os demais requisitos,
inclusive de embarque ou tropa, previstos no PCOM para o posto ou no PCPM para a
graduação, tiverem sido cumpridos.
8.2.5 - Aos militares designados instrutores dos Cursos de Ensino Profissional Marítimo constantes do
Programa do Ensino Profissional Marítimo (PREPOM) aplicam-se os dispositivos destas
Normas.

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8.2.6 - Nos Estabelecimentos de Ensino da MB, a contagem do Tempo de Instrutoria será feita para os
militares que forem designados por Ordem de Serviço por ano letivo, para o exercício dessa
função, exceto para as funções previstas em TL, especificando os períodos.
8.2.7 - Em Estabelecimentos não específicos de Ensino onde não são normalmente computados
tempos de instrutoria, mas que, esporadicamente, desenvolvem tarefas ligadas àquele
mister, a contagem do Tempo de Instrutoria será feita tão somente no período em que os
militares, devidamente designados por Ordem de Serviço, estiverem ministrando pelo
menos uma disciplina ou módulo de Curso constante do Plano Geral de Instrução (PGI),
observado o contido no inciso 8.2.4.
8.2.8 - Cópias das OS que tratarem de designação, início ou término do exercício de função de
instrutoria serão encaminhadas à DPMM ou ao CPesFN, conforme o caso, e à DEnsM,
para a atualização do Cadastro de Instrutoria da Marinha.
8.3 - TEMPO DE FUNÇÃO TÉCNICA
8.3.1 - O tempo de Função Técnica (FT) será computado automaticamente quando a especialidade
do militar lotar na TL da OM, sendo contado dia a dia, desde a data de apresentação na
OM até a data do desligamento. Não há, neste caso, a necessidade de envio da Ordem de
Serviço (OS), devendo somente ser lançada a assunção e passagem de função nos
assentamentos do militar.
8.3.2 - Fazem jus ao cômputo de FT:
a) os Oficiais que concluírem o Curso de Qualificação Técnica Especial (C-QTE), que
exerçam os cargos previstos na TL das OM, conforme estabelece o PCOM;
b) as Praças que concluírem o Curso de Qualificação Técnica Especial (C-QTE) e que
exerçam funções previstas na TL das OM, conforme estabelece o PCPM;
c) o pessoal do CPFN com C-QTE, consideradas as especificidades da carreira e
complementadas pelas normas estabelecidas pelo CGCFN;
d) as Praças do CPA e CAP que concluírem o Curso de Qualificação Técnica Especial
(C-QTE), que exerçam funções cujas atividades estejam previstas na publicação
DEnsM-1001, para a especialidade, porém não constem na TL da OM. Neste caso
faz-se necessário a formalização por meio de OS da OM para a DPMM; e
e) as Praças do CAP que não constam na TL das OM, mas que exerçam funções cujas
atividades estejam previstas na publicação DEnsM-1001 para a especialidade, e não se

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enquadrem na alínea d acima. Neste caso, faz-se necessária a formalização por meio de
OS da OM para a DPMM, devendo ser registrada nos assentamentos das Praças (CR).
8.3.3 - O tempo de exercício de FT será controlado para os efeitos de:
a) carreira, pela DPMM e CPesFN, conforme o caso; e
b) atendimento das necessidades das OM, pelas DE responsáveis pela habilitação QTE,
conforme estabelecem as normas para atuação das DE no Sistema de Planejamento de
Pessoal.
8.3.4 - O cômputo do tempo de FT será interrompido, para todos os fins, nos casos de
afastamentos temporários da OM, concedidos ao militar, quando enquadrado nas Situações
Funcionais (SF) classificadas no Anexo J, da DGPM-310, as quais não faça jus à contagem
dos tempos inerentes a lotação normal da OM. Nesse caso, a OM fará constar o motivo e o
período da interrupção nos assentamentos do militar.
8.4 - TEMPO DE EMBARQUE
8.4.1 - O Embarque é definido como a permanência do militar a bordo, para o desempenho de
função específica:
a) em Comando de Força Naval ou Aeronaval;
b) em Navio ou Unidade Aérea da Marinha;
c) em Navio ou Unidade Aérea estrangeira;
d) em Navio Mercante a serviço da Marinha, quando integrante de sua tripulação ou sob
regime de destaque por interesse da Marinha;
e) nas embarcações pertencentes à Marinha do Brasil especificadas no inciso 8.4.4 desta
Norma;
f) no Grupamento de Mergulhadores de Combate;
g) em Comando de Força Naval ou Aeronaval estrangeiro;
h) em Unidades Aéreas do Exército ou Aeronáutica; e
i) em Força de Paz de Organismo Internacional reconhecido pelo Brasil (ONU; OEA; etc.).
8.4.2 - O Tempo de Embarque é o período de tempo total, em dias, que o militar permanece nas
unidades, militares e civis, citadas na alínea anterior, sendo computado desde a data de
apresentação a bordo até a data do desligamento, contado dia a dia.
Quando em comissões operativas constituídas para emprego em Operações de Paz, a
contagem de tempo de embarque deverá ser computada em dobro.

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8.4.3 - No cálculo do Tempo de Embarque será incluído o período em que o Oficial ou a Praça
servir a bordo de navio ainda não incorporado ou embarcação em construção, durante a
fase de transferência, como integrante de um Grupo de Recebimento e Fiscalização. Neste
caso, a data de início de contagem do Tempo de Embarque será estipulada por ato do
DGPM, mediante proposta do DGMM.
8.4.4 - Estão autorizados para o cômputo como Tempo de Embarque, para efeito desta Norma, os
períodos de viagem realizados por militares nas embarcações pertencentes à Marinha do
Brasil, cujos tipos estão abaixo relacionados:
a) Agência Flutuante (AgFlut);
b) Aviso (Av);
c) Embarcação de Apoio Fluvial (EApFlu);
d) Embarcação de Desembarque de Carga Geral (EDCG);
e) Embarcação de Instrução de Mergulho (EIM);
f) Embarcação para Transporte de Pessoal de 36m (ETP-36);
g) Embarcação para Transporte de Pessoal de 22m (ETP-22);
h) Veleiro Oceânico (VelOc);
i) Lancha Balizadora (LB);
j) Lancha de Patrulha Fluvial (LPF);
k) Lancha de Patrulha e Inspeção Naval (LPaIN);
l) Rebocador de Porto (RP); e
m) Lancha Hidrográfica (LH).
8.4.5 - No caso das embarcações citadas no inciso anterior, o Tempo de Embarque será computado
apenas no período compreendido entre a saída (suspender) e a chegada ao porto de origem
(atracação ou fundeio) ou, quando houver mudança de sede, no período decorrido entre a
saída do porto de origem e a chegada ao porto da nova sede, contado dia a dia.
8.4.6 - No caso de Comando de Força Naval ou Aeronaval e Força de Paz de Organismo
Internacional, também será considerado como embarque o período no qual os militares
permaneçam, em instalações terrestres, no exercício das funções que lhes são inerentes.
8.4.7 - Não será considerado como embarque o exercício de funções nos Comandos dos Distritos
Navais.
8.4.8 - Para Cômputo do Tempo de Embarque nas unidades navais e aeronavais de Marinhas
estrangeiras ou unidade aérea de outra Força Armada no País, a OM controladora do militar

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deverá lançar a data exata em que o militar se apresentou e foi desligado da unidade em
questão, independentemente dos períodos de trânsito, instalação, férias, etc.
8.5- TEMPO DE VIAGEM
O Tempo de Viagem é o período de tempo decorrido entre o ato de suspender e o de
fundear ou amarrar um navio ou embarcação de modo a cumprir um documento formal de
movimentação, expedido por autoridade competente.
8.5.1 - O Tempo de Viagem é computado em "Dias de Mar" e “meio Dia de Mar":
a) Dia de Mar é o período de viagem a bordo de navio ou embarcação que durar mais de
doze e menos de 24 horas, sem interrupção;
b) meio Dia de Mar é o período de viagem a bordo de navio ou embarcação que durar:
I) mais de seis e menos de doze horas, sem interrupção; ou
II) menos de seis horas, desde que tenha sido navegada distância igual ou superior a
sessenta milhas.
8.5.2 - Quando em um mesmo período de 24 horas forem realizadas mais de uma viagem, os
Tempos de Viagem e as distâncias navegadas serão totalizados para a determinação do
número de Dias de Mar correspondente.
8.5.3 - Não poderá ser computado mais do que um Dia de Mar como Tempo de Viagem num
período de tempo que totalize 24 horas corridas, a contar do início da movimentação do
navio ou embarcação.
8.5.4 - Serão considerados como Tempo de Viagem os períodos de viagem realizados por militares
em:
a) navios da Marinha do Brasil;
b) navios de guerra estrangeiros, em cumprimento a ordem de autoridade competente;
c) navios mercantes, nacionais ou estrangeiros, desde que no desempenho de cargo, função
ou missão determinada por autoridade competente;
d) navios não incorporados ou embarcações em construção, nas condições do inciso
8.4.3; e
e) embarcações pertencentes à MB, listadas no inciso 8.4.4.
8.5.5 - Será também considerado como Tempo de Viagem o período de fundeio em que o navio ou
embarcação permaneça guarnecido em regime de viagem para execução de:
a) eventos operativos ou de avaliação/alinhamento de sistemas previstos em Diretiva;
b) fainas hidrográficas, oceanográficas e de sinalização náutica;

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c) fainas de apoio à Estação Antártica Comandante Ferraz;


d) reabastecimento de Faróis, do Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade e da Ilha de
Fernando de Noronha;
e) fainas de socorro e salvamento;
f) assistência de saúde à população ribeirinha;
g) patrulha costeira e fluvial; e
h) inspeção naval.
8.5.6 - Para cômputo do Tempo de Embarque e Tempo de Viagem nas embarcações citadas no
inciso 8.4.4 e as alíneas c, d, g, h, i e j do inciso 8.4.1, os militares devem ser designados
por OS de seus respectivos Comandantes, na qual constará a missão embarcada que
realizarão e período. A OM deverá encaminhar a OS para DPMM e providenciar os
lançamentos nos assentamentos do militar.
8.5.7 - O cômputo do Tempo de Viagem será efetivado com base no Termo de Viagem (TV) e
mediante o preenchimento do Mapa de Contagem dos Tempos de Viagem (MCTV)
existente no SISTEMPOS, cujo modelo consta do Anexo O. A DPMM receberá por meio
magnético os Termos de Viagem referentes aos MCTV.
8.5.8 - O modelo de MCTV é simples e auto-explicativo. No item observação serão lançados,
dentre outros dados julgados pertinentes, o fuso horário quando diferente do adotado no
Rio de Janeiro e a referência ao documento que autorizou a movimentação (OS, Ordem de
Movimento, Ordem de Operações, etc.).
8.5.9 - Após o preenchimento do mapa, a OM deverá imprimir o número de cópias que desejar e
transmitir o arquivo assinado digitalmente pelo Comandante para a DPMM, por meio de
uma Comunicação Eletrônica (CE).
8.5.10 - Será emitido um MCTV para cada Termo de Viagem.
8.6 - TEMPO DE SERVIÇO EM CAMPANHA
8.6.1 - O conjunto de operações militares que constituem uma fase distinta de determinada guerra
caracteriza a Campanha. Assim, o Tempo de Serviço em Campanha é o período, em dias,
passado pelo militar em Operações de Guerra.
8.6.2 - O Tempo de Serviço em Campanha será computado em dias, durante as Operações de
Guerra de que participar o Navio, Unidade Aérea ou Unidade de Fuzileiros Navais.

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8.6.3 - No caso de navios, o cômputo do Tempo de Serviço em Campanha será extraído do TV.
Neste caso, a coluna "OBSERVAÇÕES" do MCTV deverá ser preenchida, nas travessias
em que houver Operações de Guerra, com o nome da operação realizada.
8.6.4 - O Tempo de Serviço em Campanha será computado em dobro como tempo de efetivo
serviço, para todos os efeitos, exceto indicação para a quota compulsória.
8.7 - TEMPO DE VIAGEM AO ESTRANGEIRO EM NAVIO
8.7.1 - A data de início de contagem do tempo de viagem no estrangeiro dar-se-á quando o navio
suspender do último porto nacional com destino ao porto no estrangeiro.
8.7.2 - A data final de contagem do tempo de viagem ao estrangeiro dar-se-á quando o navio
suspender do último porto no estrangeiro com destino ao primeiro porto em território
nacional.
8.7.3 - Quando o período de viagem no estrangeiro abranger mais de um TV, as datas de início e
fim de contagem do tempo de viagem ao estrangeiro deverão abranger os períodos de
permanência nos portos estrangeiros.
8.8 - TEMPOS DE TROPA E DE OPERAÇÕES
8.8.1 - O cômputo do Tempo de Tropa e de Operações será efetuado em conformidade com as
normas estabelecidas pela publicação CGCFN-11 - Normas para Administração de Pessoal
do CFN.
8.8.2 - Os Tempos de Embarque e de Tropa serão equivalentes, entre si, para fim de requisitos de
carreira.
8.9 -TEMPO DE SERVIÇO EM OMPS
8.9.1 - O tempo de serviço em OMPS é o período de tempo total, em dias, que o militar permanece
nas Organizações Militares Prestadoras de Serviços, sendo computado desde a data de
apresentação na OMPS até a data de desligamento, contado dia a dia.
8.9.2 - A descrição das OMPS encontra-se em publicação específica da SGM.
8.10 - TEMPO DE EXERCÍCIO DE CARGOS E FUNÇÕES
8.10.1 - O tempo de exercício de cargos, previstos em Tabela de Lotação será computado, dia-a-
dia, a contar da data de assunção até a data de passagem do cargo.
8.10.2 - A designação, a assunção e a passagem de cargos e funções de Oficiais serão formalizadas
em Ordem de Serviço, para efeito de cômputo e registro.

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8.10.3 - Para os efeitos de registro e de cômputo de tempos, as OM encaminharão, aos órgãos


controladores (DPMM/CPesFN), cópias das Portarias e OS que tratarem dos seguintes
assuntos, tão logo sejam expedidas:
a) Portaria de designação de Oficiais para o exercício de cargo;
b) OS de designação de Oficiais ou Praças para o exercício de função de instrutoria; e
c) OS de assunção e passagem:
I) cargos em que os Oficiais foram nomeados/designados por Portaria; e
II) função de Chefe de Departamento, no caso de serem exercidas por Oficiais Superiores
do Corpo da Armada, embarcados em Navios e Unidades Aéreas.
8.10.4- A OS deverá registrar, em itens distintos, o grau hierárquico, Corpo ou Quadro e os nomes
dos militares que passam e assumem cargos ou funções, a data em que ocorreu a alteração
ou a partir da qual deverá ser considerada, bem como discriminará perfeitamente o cargo,
função ou encargo colateral assumido ou transferido.
8.10.5 - Os órgãos controladores atualizarão os seus respectivos cadastros, extraindo os dados
necessários dos documentos citados no Anexo P.
8.10.6 - O tempo de exercício de função técnica será computado conforme o estabelecido no art. 8.3.
8.11 - TEMPO DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADES ESPECIAIS
8.11.1- São atividades especiais:
a) voo em aeronave militar como tripulante orgânico, observador meteorológico,
observador aéreo e fotogramétrico;
b) salto de paraquedas, cumprindo missão militar;
c) imersão no exercício de funções regulamentares a bordo de submarino;
d) mergulho com escafandro ou com aparelho; e
e) controle de tráfego aéreo.
8.11.2 - São órgãos controladores de atividades especiais:
a) ComForS, controlador das atividades de imersão e mergulho;
b) DAerM, controlador das atividades de voo e de controle de tráfego aéreo; e
c) BtlOpEspFuzNav, controlador dos saltos de paraquedas.
8.11.3 - O exercício das atividades especiais será registrado na CR do militar e participado aos
órgãos controladores, DPMM ou CPesFN, conforme o caso, e aos respectivos
controladores de atividades especiais, de acordo com normas específicas.

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8.11.4 - O cômputo do tempo das atividades especiais de voo, imersão, mergulho e controle de
tráfego aéreo são feitos em horas e minutos do exercício da atividade.
8.11.5 - O cômputo das horas de imersão será informado a DPMM e ao ComForS por meio de
relação dos militares participantes do Termo de Viagem de Submarinos.
8.12 - TEMPO DE ANTIGUIDADE NO POSTO OU GRADUAÇÃO
8.12.1 - A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura do ato
da respectiva promoção, nomeação, declaração ou incorporação, salvo quando estiver
especificada outra data.
8.12.2 - O militar promovido indevidamente passará à situação de excedente em consequência da
promoção indevida, por meio de ato da mesma autoridade que o promoveu.
8.12.3 - O militar quando em situação de excedente por promoção indevida:
a) ocupará a última posição na escala hierárquica do grau hierárquico do correspondente
Corpo ou Quadro a que foi promovido;
b) concorrerá à constituição dos Quadros de Acesso (QAC) por merecimento ou
antiguidade para as promoções seguintes, como se não tivesse sido promovido; e
c) passará a contar antiguidade e receberá o número que lhe competir na escala hierárquica
quando for relacionado no QAC e a vaga a ser preenchida corresponder ao critério pelo
qual deveria ter sido promovido. Só então será considerado promovido devidamente, pelo
critério de merecimento ou antiguidade, a contar da data a que fizer jus, por ato da
autoridade competente.
8.13 - TEMPO DE AFASTAMENTO DO EXERCÍCIO DE FUNÇÕES
8.13.1 - O tempo que o militar passou ou vier a passar afastado do exercício de suas funções será
computado como se estivesse no exercício efetivo daquelas funções, quando em
consequência de:
a) ferimentos recebidos em acidente em de serviço, em combate, na defesa da Pátria e na
garantia dos poderes constituídos, da lei e da ordem; ou
b) moléstia adquirida no exercício de qualquer função militar.
8.13.2 - Será computado como Tempo de Serviço em Campanha o tempo em que o militar for
afastado do Teatro de Operações de Guerra, nas condições do inciso anterior.
8.13.3 - Os casos de que trata o inciso 8.13.1 serão provados por atestado de origem, inquérito
sanitário de origem ou ficha de evacuação, sendo os termos de acidente, baixa ao hospital,

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papeleta de tratamento nas enfermarias e hospitais e os registros de baixa utilizados como


meios subsidiários para esclarecer a situação.
8.13.4 - Não é computável para efeito algum, salvo para fins de indicação para a quota compulsória, o
tempo:
a) que ultrapassar de um ano, contínuo ou não, em Licença para Tratamento de Saúde de
Pessoa da Família - LTSPF;
b) passado em Licença para Tratamento de Interesse Particular - LTIP;
c) passado como desertor;
d) decorrido em cumprimento de pena de suspensão do exercício do posto, graduação,
cargo ou função por sentença transitada em julgado; e
e) decorrido em cumprimento de pena restritiva da liberdade, por sentença transitada em
julgado, desde que não tenha sido concedida suspensão condicional da pena, quando,
então, o tempo correspondente ao período da pena será computado apenas para fim de
indicação para a quota compulsória e o que dele exceder, para todos os efeitos, caso as
condições estipuladas na sentença não o impeçam.
8.13.5 - Não é computável para efeito algum o tempo decorrido em Licença para Acompanhar Cônjuge
ou Companheiro (a) (LAC).
8.14 - REGISTRO DOS TEMPOS
8.14.1 - Todos os tempos que influenciam na vida do militar são registrados nas CR e controlados pela
DPMM e pelo CPesFN.
8.14.2 - Para efeito de registro, a DPMM e o CPesFN mantêm um cadastro dos tempos, listados na
tabela constante do Anexo Q. Nesta tabela, a cada tempo foi atribuído um código para
referência e facilidade de acesso.
8.14.3 - O cadastro de tempo é mantido atualizado por meio dos atos administrativos formalizados
por decreto, portaria, ordens de serviço ou despachos em requerimentos que se referem às
datas de início ou término de qualquer um dos tempos citados na Tabela de Tempos.
8.14.4 - A inclusão, alteração ou exclusão de registro do cadastro de tempo poderão ser informadas à
DPMM ou ao CPesFN, por meio de qualquer um dos documentos que constam da tabela do
Anexo P.
8.14.5 - Os registros de Tempo de Embarque, Dias de Mar e Horas de Imersão serão efetuados em
conformidade com as normas estabelecidas no art. 8.15.

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8.14.6 - Os registros de Tempo de Tropa e Dias de Manobra/Exercício serão efetuados em conformidade


com as normas estabelecidas pelo Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais.
8.15 - REGISTROS DOS TEMPOS DE EMBARQUE E DIAS DE MAR
8.15.1 - Os registros do tempo de embarque e dias de mar deverão ser feitos na CR do militar.
8.15.2 - Os registros dos Tempos de Viagem, além de lançados na CR do militar, serão informados
à DPMM, ao CPesFN ou ao ComForS, conforme o caso.
8.15.3 - O TV e o respectivo MCTV serão remetidos, sem ofício, a Diretoria de Patrimônio
Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), de acordo com as normas estabelecidas
por àquela OM.
8.15.4 - Os militares que participaram do TV devem ser relacionados no modelo que consta do
Anexo R, o qual é composto de duas partes:
a) cabeçalho; e
b) relação de todo o pessoal que tem direito ao TV.
A instrução para preenchimento encontra-se no menu “help” (F1 - ajuda) do SISTEMPOS.
8.15.5 - A relação dos militares será preenchida com o NIP, nome, Posto/Graduação, Corpo, Quadro e
Especialidade do militar.
8.15.6 - Em movimentações de navios ou embarcações com duração inferior a seis horas e em que
forem percorridas menos de sessenta milhas, ou seja, naquelas em que não houver o
cômputo de dias de mar, é dispensado o encaminhamento do TV e do MCTV à DPMM ou
ao CPesFN.
8.15.7 - Poderão ser preenchidos tantos Termos de Viagens Parciais quantos forem necessários, de
modo que cada militar participante da viagem tenha seus tempos informados aos órgãos
controladores.
8.15.8 - Com as presentes normas fica dispensado o encaminhamento à DPMM da cópia do Termo
de Viagem, uma vez que todas as informações necessárias ao cômputo dos tempos
envolvidos constam do MCTV e das Relações de Pessoal correspondentes ao referido
Termo.
8.15.9 – Os casos omissos serão resolvidos pela DPMM, de acordo com a legislação em vigor.

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