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MARINHA DO BRASIL
2022
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
OSTENSIVO EMN-006
CERIMONIAL DA MARINHA
MARINHA DO BRASIL
2022
FINALIDADE: DIDÁTICA
2ª REVISÃO
OSTENSIVO REV.2
Autenticado PELO ORC
ATO DE APROVAÇÃO
OLINDA, PE
Em, 25 de outubro de 2022.
ÍNDICE
PÁGINAS
Ato de Aprovação.............................................................................................................. I
Índice................................................................................................................................. II
Introdução......................................................................................................................... IV
OSTENSIVO - II - REV.2
OSTENSIVO EMN-006
ANEXO A - BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... A1
INTRODUÇÃO
1. PROPÓSITO
Esta publicação tem o propósito de apresentar o Cerimonial da Marinha do Brasil.
Extraída dos documentos relacionados nas referências, em conformidade com o Plano de
Disciplina e ministrada no Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa. Permite
aos Aprendizes-Marinheiros, utilizando uma única publicação, a obtenção dos conhecimentos
básicos sobre o Cerimonial, imprescindíveis para o correto desempenho de suas atribuições
na Marinha do Brasil (MB). Além disso, contribui para a padronização do conteúdo ministrado
pelos Instrutores das EAM.
2. DESCRIÇÃO
Esta publicação está dividida em 5 capítulos, distribuídos da seguinte maneira: No
capítulo 1, é apresentado uma breve história e elementos da Bandeira Nacional. No capítulo
2, as principais bandeiras-insígnias, distintivos e suas regras gerais de uso. No capítulo 3,
procedimentos adotados no Cerimonial à Bandeira. No capítulo 4, conceitos básicos e normas
de cortesia e respeito. No capítulo 5, identificar e interpretar as bandeiras do código
internacional de sinais e do código tático naval aliado de sinais.
A utilização desta publicação não deve criar qualquer limitação ou restrição à
ampliação e ao aprofundamento do estudo por parte dos alunos. Seu objetivo é simplificar e
facilitar a abordagem inicial, constituindo-se um ponto de partida para estudos mais
avançados.
3. RECOMENDAÇÃO
Prioritariamente, esta publicação destina-se à aplicação da disciplina de Cerimonial da
Marinha no C-FMN.
4. CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada de acordo com o EMA-411, Manual de Publicação da
Marinha, como Publicação da Marinha do Brasil não controlada, ostensiva, didática e manual.
5. SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação substitui a apostila de Cerimonial da Marinha, aprovada em novembro
de 2019.
OSTENSIVO - IV - REV.2
OSTENSIVO EMN-006
CAPÍTULO 1
BANDEIRA NACIONAL
• Azul: o céu;
• Branco: a paz;
b) Comprimento: 20 M;
- Letras da palavra ORDEM e da palavra PROGRESSO com 0,33 M de altura, por 0,30 M de
largura;
Faces da Bandeira
Posteriormente, foram inseridas novas estrelas por meio das modificações da Lei n°
5.443, de 28 de maio de 1968 até sua revogação pela Lei 5.700, de 1º de setembro de 1971 e
alterada pela Lei 8.421, de 11 de maio de 1992, que permitiu atualizações no número de
estrelas na Bandeira sempre que ocorresse a criação ou a extinção de algum Estado. Nesse
sentido, seis estrelas foram inseridas para representar os Estados do Acre, Mato Grosso do
Sul, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins. Essas foram as únicas alterações na Bandeira do
Brasil desde que ela foi adotada.
Durante toda sua história, o Brasil teve várias Bandeiras, até que se c oncretizasse
a atual.
Cerimonial da Marinha
Decreto Presidencial nº 6.806, de 25 de março de 2009.
Propósito do Cerimonial da Marinha
Estabelecer os procedimentos relativos ao cerimonial naval a serem observados
pela Marinha do Brasil (MB).
1.3.1 – Generalidades
Hastear a bandeira
Significa içá-la e mantê-la desfraldada no tope do
mastro, no tope do pau da bandeira ou no penol da
carangueja.
Mastro principal
Quando houver mais de um, é considerado mastro principal:
a) a bordo: o mastro de ré ou o mastro de maior guinda; e
b) em OM de terra: aquele em que é hasteada a Bandeira Nacional.
Colocação de bandeiras
Para fim de colocação de bandeiras, considera-se lado direito:
a) nos mastros dotados de penol de carangueja: aquele que seria o bordo de BE se o
mastro estivesse em um navio;
b) nos demais mastros: aquele que está à direita de um observador posicionado ao
pé do mastro de costas para a formatura ou plateia.
Pano de bandeira
De acordo com o Cerimonial da Marinha, denomina-se pano à unidade com que se
mede o tamanho de uma bandeira, tendo a bandeira de um pano 0,45 m x 0,60 m, a de
dois panos 0,90 m x 1,20 m e assim sucessivamente.
Obs - 1.: As medidas de bandeiras no Brasil foram normatizadas por um tamanho padrão
chamado "pano" que é igual à 0,64 m de largura por 0,45 m de altura. Os demais tamanhos
são múltiplos ou submúltiplos deste padrão. Assim uma bandeira de 02 panos tem largura
de 1,28 m e altura de 0,90 m; e
Proporção Bandeira/Mastro
Nas repartições públicas e organizações militares, quando a Bandeira é hasteada em
mastro colocado no solo, sua largura não deve ser maior que 1/5 (um quinto) nem menor
que 1/7 (um sétimo) da altura do respectivo mastro.
Alcance visual
Alcance visual de bandeiras é a distância máxima em que as bandeiras podem ser
distinguidas.
A fim de identificar a localização de seus signos, as bandeiras são imaginadas
divididas por dois segmentos de retas perpendiculares entre si, resultando quadriláteros ou
CAPÍTULO 2
2.3 – Bandeiras-insígnias
São denominadas bandeiras-insígnias as bandeiras constantes do Cerimonial da Marinha,
destinadas a assinalar a presença de determinada autoridade em OM da MB, bem como distinguir
os cargos de autoridades militares ou civis.
São as seguintes:
- Estandarte Presidencial;
- Pavilhões de Oficiais de Marinha;
- Bandeiras-Insígnias de autoridades civis;
- Flâmulas.
Pavilhão do Almirantado
É da mesma cor, feitio e heráldica da Bandeira do Cruzeiro,
tendo o meio do quadrilátero superior esquerdo, a estrela das Armas
Nacionais e o meio do quadrilátero inferior esquerdo, duas âncoras
cruzadas.
Quando o Almirantado estiver a bordo de OM, seu pavilhão
permanecerá hasteado simultaneamente com o pavilhão da
autoridade presente de maior antiguidade da cadeia de comando e, se
for o caso, da bandeira-insígnia de autoridade não pertencente à
cadeia de comando com maior precedência.
Pavilhão de Vice-Almirante
É da mesma cor, feitio e heráldica da Bandeira do Cruzeiro, tendo
o meio do quadrilátero superior esquerdo, três estrelas brancas
dispostas como se estivessem ocupando as pontas de um triângulo
equilátero, para cujo centro estará voltada uma das pontas de cada
estrela.
Pavilhão de Contra-Almirante
É da mesma cor, feitio e heráldica da Bandeira do Cruzeiro, tendo
duas estrelas brancas dispostas horizontal e simetricamente em
relação ao centro do quadrilátero esquerdo.
Pavilhão de Comandante em Chefe da Esquadra
Com aspecto igual ao do pavilhão do posto do oficial que exerce
essa função, tem ao meio do quadrilátero inferior esquerdo, uma
âncora singela e ao meio do quadrilátero inferior direito uma estrela
branca.
Flâmula de Comando
É de cor azul-marinho, triangular, alongada, com a base
coincidindo com a tralha, sendo a altura ocupada por vinte e uma
estrelas brancas, igualmente espaçadas entre si.
É a insígnia privativa dos oficiais de marinha quando no exercício
do cargo de comando. É vedado seu uso em navio não incorporado
à Armada.
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OSTENSIVO EMN-006
2.5 - Salvas
Definição
Salva é a honra prestada, por meio de tiros de canhão, em terra ou navio, à autoridade ou em
data festiva.
Generalidades
a) distância máxima de salva: a salva é dada a uma distância nunca superior a 3 milhas de
quem ou do que se deseja honrar;
b) intervalo entre tiros: o intervalo entre tiros de uma salva é de 5 segundos, exceto
tratando- se de funeral, quando é de 30 segundos;
c) estação de salva: denomina-se estação de salva, a OM de terra, designada por ato do
Comandante do Distrito Naval da área, dotada de meios para dar ou responder salvas.
d) quando não são dadas ou respondidas salvas:
- antes das 8 h e depois do pôr do sol;
- empregando-se canhões que não aqueles destinados a tal fim;
- por navio atracado, quando houver riscos de danos a instalações de terra;
- estando o Presidente da República no mar, exceto em retribuição a salva à terra de navio
estrangeiro;
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OSTENSIVO EMN-006
. resposta a salva em honra à terra brasileira: às estações de salva compete responder, tiro
por tiro, a salva dada por navio de guerra estrangeiro em honra à terra brasileira.
Salvas a autoridades brasileiras
a) salva de chegada: é a salva em honra à presença, no mar, do Presidente da República. É
iniciada pela estação de salva ou navio designado, quando avistar a embarcação ou navio
ostentando o estandarte de Presidente da República;
b) salva de partida: é a salva executada em honra à saída, em visita oficial da autoridade
militar ou civil que tenha esse direito. É iniciada pelo navio ou estação designada assim que a
embarcação conduzindo a autoridade visitante venha a pairar, após afastar-se cerca de meia
amarra:
c) salvas devidas aos oficiais de Marinha:
Patrono da Marinha.................................................................... 19 tiros
Comandante da Marinha............................................................ 19 tiros
Almirante .................................................................................... 19 tiros
Almirante-de-Esquadra ............................................................... 17 tiros
Vice-Almirante ............................................................................ 15 tiros
Contra-Almirante ........................................................................ 13 tiros
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OSTENSIVO EMN-006
CAPÍTULO 3
• nessa ocasião, todo o dispositivo já deve estar formado, na posição de descansar, todos
com a frente voltada para a Bandeira.
d) Um minuto após
• é tocado por corneta o “segundo sinal”; e
• o oficial de serviço comanda sentido ao dispositivo e obtém da autoridade que preside
a cerimônia, permissão para prosseguir o cerimonial.
e) Às 8 h ou quando do pôr do sol
• o galhardete “Prep” é arriado;
• é anunciado por voz: “arriou”;
• é tocado, por corneta, o “terceiro sinal”;
• o oficial de serviço comanda “em continência”;
• o corneteiro toca “apresentar armas”;
• o oficial de serviço comanda em seguida, “iça” ou “arria”;
• segue-se, só então, o ponto do toque de “apresentar arma”;
• é iniciado o hasteamento ou arriamento da Bandeira Nacional;
• todos os presentes prestam continência individual; e
• é iniciado o toque de apito pelo contramestre e a execução do Hino Nacional ou marcha
batida; na ausência de banda de música ou marcial, os correspondentes toques de corneta.
Procedimento em veículos
Os ocupantes de veículos transitando dentro de OM, próximos ao hasteamento ou
arriamento da Bandeira Nacional, desembarcam e, se uniformizados prestam continência à
Bandeira, mantendo-se em sentido se em trajes civis.
Cerimonial no estrangeiro
O navio da MB, quando em porto estrangeiro, hasteia e arria a Bandeira Nacional de acordo
com o horário do cerimonial do país a que pertencer o porto.
Entrada e saída de bordo
Durante o cerimonial à Bandeira é vedada a entrada ou saída de pessoas e veículos na OM
que o realiza.
3.4 – Tipos de Honras e Regras de Uso da Bandeira Nacional
3.4.1 - Honras
Saudação diária
Aquele que pela primeira vez no dia chegar à OM, ou dela retirar-se pela última vez no dia,
saúda a Bandeira Nacional, se hasteada, voltado para a mesma, assim que:
- a bordo de navio, atingir o patim superior de portaló ou a extremidade superior da prancha;
- em OM de terra, transitando a pé, defrontar-se com o mastro onde estiver hasteada.
Saudação à passagem
Todos saúdam a Bandeira Nacional quando diante de si passar conduzida em desfile militar,
fazendo alto aquele que estiver em marcha.
3.4.2 – Outras regras de hasteamento
Navios em mar aberto
Os navios em mar aberto podem prescindir da exibição da Bandeira Nacional, salvo nas
seguintes situações:
- durante o cruzamento, no mar, com outro navio ou na passagem próxima de farol
ou estação semafórica com guarnição;
- quando sobrevoado por alguma aeronave;
- durante postos de combate; e
- quando fotografados ou filmados.
Dia dos Mortos (Finados) e, nas OM abrangidas pelo ato administrativo, nos dias de luto municipal
e estadual.
Quando as embarcações miúdas mantêm hasteada
A embarcação miúda mantém a Bandeira Nacional hasteada enquanto:
• os navios mantiverem o embandeiramento içado nos dias de gala;
• conduzir o Presidente da República; Chefe de Estado ou de Governo estrangeiro;
membros do Congresso Nacional; do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal Militar;
Ministro de Estado; Comandante da Marinha; Comandante do Exército; Comandante da
Aeronáutica; Governador da Unidade da Federação onde estiver a embarcação; e o Almirantado;
• em águas estrangeiras ou limítrofes internacionais, de dia ou de noite;
• dirigir-se a navio estrangeiro ou nele permanecer atracada;
• para os casos previstos para hasteamento à meia adriça, seguirá os
procedimentos adotados pela embarcação mais antiga; e
• for assim determinado pela autoridade competente.
Hasteamento simultâneo
Ocorrendo o hasteamento junto com bandeira de outra nação ou estandarte, a
Bandeira Nacional é hasteada em primeiro lugar e arriada por último.
3.4.3 – Regras de uso da Bandeira Nacional
Guarda da Bandeira
Quando em tropa armada, a Bandeira Nacional é exibida de forma destacada, por uma
guarda armada denominada Guarda da Bandeira, sendo conduzida pelo Porta-bandeira.
Iluminação
Depois do pôr e antes do nascer do sol, a Bandeira Nacional, se hasteada, é mantida
iluminada .
Modo de dispor
A Bandeira Nacional é exibida e conduzida da seguinte forma:
➢ hasteada em janela, porta, sacada ou balcão:
- se isolada ou acompanhada de número par de outras bandeiras – ao centro.
- se acompanhada de número ímpar de outras bandeiras – em posição que mais se aproxime
do centro ou a direita deste.
(figura 1)
b) ainda, segurada pela tralha e pelo lais, é, pela segunda vez, dobrada ao meio,
novamente no seu sentido longitudinal, ficando voltada para cima a parte em que aparece
a ponta de um dos ângulos obtusos do losango amarelo; a face em que aparece o dístico
deve estar voltada para a frente da formatura:
(figura 2)
c) a seguir, é dobrada no seu sentido transversal, em três partes, indo a tralha e o lais
devem tocar o pano pela parte de baixo, aproximadamente na posição correspondente às
extremidades do círculo azul que são opostas; a parte em que aparecem a estrela isolada e o
dístico permanece voltada para cima e para a frente;
(figura 3)
Ao final da dobragem, a Bandeira Nacional apresenta a maior parte do dístico para cima e é
passada para o braço flexionado do mais antigo, sendo essa a posição para transporte; e
d) para a guarda, pode ser feita mais uma dobra no sentido longitudinal, permanecendo
o campo azul voltado para cima.
(figura 4)
Proibições
É vedado:
a) fazer saudação com a Bandeira Nacional, salvo em retribuição à saudação idêntica feita
por outro navio ou estabelecimento;
b) usar a Bandeira Nacional que não se encontre em bom estado de conservação;
c) usar a Bandeira Nacional como reposteiro (cortina) ou pano de boca, guarnição de mesa,
re- vestimento de tribuna, cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a serem
inaugurados;
d) usar a Bandeira Nacional para prestação de honras de caráter particular por parte de
qual- quer pessoa natural ou entidade coletiva;
e) colocar quaisquer indicações ou emblemas sobre a Bandeira Nacional; e
f) abater a Bandeira Nacional em continência.
CAPÍTULO 4
CERIMONIAL DA MARINHA
Decreto Presidencial n° 6.806, de 25 de março de 2009.
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Apresentação após a posse
Na primeira oportunidade, após a posse, o Titular de OM deve apresentar-se à autoridade
a quem estiver diretamente subordinado, caso não tenha sido essa a lhe investir no cargo.
Auxílio à manobra do navio
O navio atracado próximo do local onde for atracar ou desatracar outro navio, fornece
pessoal para auxiliá-lo nessa manobra.
Embarcação à disposição de Almirante
A embarcação da MB colocada à disposição de Almirante lhe é apresentada por oficial
designado para tal.
Permissão para largar
O militar mais antigo a bordo de embarcação miúda ou viatura, qualquer que seja seu nível
hierárquico, pede licença para largar a quem lhe tiver prestado as honras de despedida, por meio
da expressão: “Com licença”, recebendo em troca a resposta: “Está quem manda”.
Embarque e desembarque de embarcação
Em embarcação miúda ou viatura, o mais antigo embarca por último e desembarca em
primeiro lugar, por ocasião da embarcação devem ser observados os seguintes procedimentos:
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4.2 – HONRAS DE PORTALÓ
4.2.1 – Honras de Portaló
São denominadas honras de portaló as continências de guarda, “boys” e toques de corneta e
apito devidas na recepção ou despedida a autoridade
Local das honras
- nos navios: junto à extremidade superior da escada do portaló ou prancha, sendo
considerado portaló de honra o portaló de BE que for destinado ao uso dos oficiais;
- nas OM de terra: no local para tal designado.
Vocativos
- anunciados pelos cargos que exercem:
• Comandante da Marinha;
• Chefe do Estado-Maior da Armada;
• Comandante de Operações Navais;
• Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais; e
• Comandante em Chefe da Esquadra.
- anunciados pelo posto (seguido, quando for o caso, da expressão “Comandante de
Força” ou “Comandante”): os Almirantes;
- anunciados pelo respectivo círculo hierárquico (seguido, quando for o caso, da
expressão “Comandante de Força” ou “Comandante”): os oficiais superiores
intermediários e subalternos.
Toques de apito
Há toques de apito e corneta específicos para cada círculo hierárquico de oficiais e para as
seguintes autoridades:
- Comandante da Marinha;
- Chefe do Estado-Maior da Armada;
- Comandante de Operações Navais;
- Comandante do Corpo de Fuzileiros Navais
- Comandante em Chefe da Esquadra;
- Almirante Comandante de Força;
- Almirante Comandante;
- Almirante;
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OSTENSIVO EMN-006
- Oficial Superior Comandante de Força;
- Oficial Superior Comandante; e
- Oficiais Intermediários Comandantes.
Não são prestadas honras
- em faina geral de emergência, de evolução decorrente de manobra ou exercício;
- durante qualquer atividade cuja paralisação, mesmo que momentânea, possa afetar
a segurança de pessoal ou material;
- durante o cerimonial à bandeira.
Não são prestados toques, continências de guarda e salvas
- a qualquer autoridade na presença de outra a quem caibam honras superiores;
- no período compreendido entre o arriar e o hasteamento da Bandeira; e
- durante funeral ou em dias de luto oficial, por motivos que não os previstos nas
honras fúnebres.
Honras entre o toque de silêncio e o hasteamento da Bandeira
As autoridades de qualquer precedência, que entrarem ou saírem de OM da MB no
período entre o toque de silêncio e o hasteamento da Bandeira Nacional no dia seguinte, são
recebidas ou despedidas pelo Oficial de Serviço ou por quem o estiver substituindo, conforme
dispuser a organização da OM.
4.2.2 – Honras aos Oficiais de Marinha
Direito às honras de Portaló
Todos os Oficiais, ao entrarem ou saírem de OM da MB, têm direito às honras de portaló.
Honras com restrições:
As honras aos Oficiais de Marinha restringem-se às honras de portaló nas seguintes
situações:
- quando o Presidente da República estiver no mar (dentro da distância máxima de
salvas);
- quando se encontrar na OM visitada autoridade de maior precedência; caso esta
autoridade se encontre nas proximidades do local das honras, essas limitar-se-ão às continências de
guarda e “boys”, não sendo dados toques .
Toque de Comandante ou Comandante de Força
a) oficial no exercício do comando: só tem direito ao toque de Comandante no
navio, unidade ou estabelecimento em que exerce tal cargo;
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OSTENSIVO EMN-006
b) comandantes de Força: podem receber toques de Comandante de Força em
OM não subordinadas.
Número de “boys”
Na recepção e despedida o número de “boys” é o seguinte:
I) Almirante, Almirante-de-Esquadra e Vice-Almirante ............. 8 “boys”
II) Contra-Almirante .................................................................... 6 “boys”
III) Oficial Superior ....................................................................... 4 “boys”
IV) Demais oficiais ........................................................................ 2 “boys”
OSTENSIVO REV.2
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OSTENSIVO EMN-006
Toques de apito
Há toques de apito específicos para as seguintes autoridades:
- Presidente da República;
Autoridades com direito a salva de 19 tiros
4.2.4 – Honras no curso ordinário do serviço
Comandante de Força
Ao Comandante de Força são prestadas, no navio capitânia, as seguintes honras no curso
ordinário do serviço:
a) ao chegar a bordo pela primeira vez no dia e ao retirar-se de bordo pela
última vez: honras de portaló pelo Capitão de Bandeira, pelo Chefe e oficiais de seu Estado-
Maior e pelos oficiais que se encontrarem no convés;
Comandante
Ao comandante, na OM que comandar, são prestadas as seguintes honras no curso
ordinário do serviço:
a) ao chegar a bordo pela primeira vez no dia e ao retirar-se de bordo pela última vez:
honras de portaló pelo Imediato e oficialidade;
b) nas demais vezes ao chegar e sair de bordo: é acompanhado pelo Imediato ou, na
ausência deste, pelo oficial mais antigo que se encontrar nas proximidades e, ainda, o Oficial de
Serviço, não havendo toques.
Chefe do Estado-Maior
No curso ordinário do serviço, no navio capitânia, são prestadas as seguintes honras:
a) se Almirante ou CMG: as mesmas honras que são devidas a Comandante de Força
de igual posto;
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OSTENSIVO EMN-006
Imediato
Ao Imediato, na OM que serve, são prestadas as seguintes honras:
a) ao chegar a bordo pela primeira vez no dia e ao retirar-se de bordo pela última vez:
honras de portaló pelo Chefe da Divisão de Serviço e Oficial de Serviço; e
b) nas demais vezes ao chegar e sair de bordo: é saudado pelo Oficial de Serviço, não
havendo continências de guarda, toques e “boys”.
Demais oficiais
Ao oficial, na OM em que serve, são prestadas as seguintes honras:
a) ao chegar a bordo pela primeira vez no dia e ao retirar-se de bordo pela última vez:
honras de portaló, pelo Oficial de Serviço; e
b) nas demais vezes ao chegar e sair de bordo: é saudado pelo Oficial de Serviço, não
havendo honras.
Visitas oficiais
Visita oficial, também referida como anunciada, é a visita de caráter formal ou protocolar
feita por uma autoridade à OM da MB ou à outra autoridade.
As visitas feitas à OM por autoridades não pertencentes à MB são consideradas como
oficiais quando decorrentes de acerto prévio com superior na cadeia de comando, com o Titular da
OM a ser visitada, ou quando em retribuição à visita por este realizada.
Visita não anunciada
Visita não anunciada é a visita feita informalmente por autoridade militar ou civil, em
virtude de necessidades administrativas ou por simples cortesia individual.
A visita não anunciada requer apenas a prestação de honras de portaló.
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Distância de reconhecimento
A distância de reconhecimento é de aproximadamente 3 amarras (549m) para navios e 2
amarras (366m) para embarcações miúdas, devendo ser considerada com razoável
largueza, de modo a permitir que sejam prestadas as honras devidas.
Procedimentos a bordo de navio
A bordo de navio, são observados os seguintes procedimentos:
a) quando a autoridade se encontrar embarcada em navio:
toque de presença (um apito longo) - quando a proa de um dos navios passar pela proa
ou pela popa do outro navio, o que ocorrer primeiro;
toque de continência (um apito curto) – todos aqueles que se encontrarem cobertas
acima, mas não em formatura, fazem continência individual; e
toque de volta (dois apitos curtos) – são desfeitas as continências individuais.
b) quando a autoridade encontrar-se em embarcação miúda: é executado cerimonial
idêntico, devendo porém o toque de presença ser executado antes da embarcação atingir o través
ou chegar próximo ao través da tolda do navio.
Procedimentos a bordo de embarcações miúdas
Nas embarcações miúdas as honras são prestadas manobrando-se com os remos, velas ou
máquinas, de acordo com os seguintes procedimentos:
a) a Almirantes e autoridades de precedência igual ou superior: são levados os remos ao
alto, arriadas as velas ou parada a máquina; e
b) a oficiais superiores e oficiais no exercício do comando:
são arvorados os remos, folgadas as escoltas ou reduzidas as rotações da máquina; e
o patrão, de pé, faz continência individual, enquanto que os demais militares a bordo
permanecem em suas posições.
Retribuição
A retribuição às honras de passagem consiste:
a) navios: execução, por determinação da autoridade cumprimentada, das honras
de passagem devidas à autoridade embarcada no navio que prestou as honras; e
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Quando não são prestadas honras de passagem
a) no período compreendido entre o pôr do sol e 8 h;
b) nas embarcações miúdas quando:
possam afetar a segurança, na avaliação do mais antigo a bordo;
em serviço de socorro; e
rebocando ou rebocada.
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OSTENSIVO EMN-006
CAPÍTULO 5
BANDEIRAS DO CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS (CIS) E CÓDIGO
TÁTICO NAVAL ALIADO DE SINAIS (ATP)
Solicito prático. Quando feito por Enquanto içada – este navio é o guia da
barcos de pesca, operando nas formatura. G TACK (indicativo de chamada)
proximidades das áreas de pesca, – O navio indicado passará a ser o guia de
significa “estou arrastando redes”. formatura. (indicativo de chamada) G TACK
(indicativo de chamada) – O guia da unidade
destinatária passará a ser o navio indicado
(repetidos pelos destinatários)
Operações de reboque.
Indicativo de divisão.
Indicativo de flotilha.
Indicativo de esquadra.
Indicativo de subdivisão.
Interroga ou pergunta;
INTE 1 - Não consigo identificar o sinal içado. INTE
2 - Você está repetindo sinal incorretamente.
Navio fora de rotina nenhuma honraria é feita ou esperada; Guinada de valor não
especificado para bombordo.
Reconhecimento
(a meio) – Reconheço o sinal
(atopetado) – Interpretei o sinal
(no texto) – Vígula decimal ou meia unidade.
(cobertura) screen.
Cessar guinada, governar em um rumo 20graus para além daquele a que o navio
seguia no momento em que o sinal foi compreendido. Seguido de numeral – indica
rumo a seguir.
O sinal içado deve ser executado logo que forem compreendidos. Deverão ser
repetidos para todos os navios, içados em uma adriça adjacente a 1ª Substituta com o
indicativo da origem.
Oficial mais antigo presente da nação embarcada; Guinada de valor não especificado
para boreste.
5. 9 - O SINO DE BORDO
No período compreendido entre os toques de alvorada e de silêncio, os intervalos dos quartos são
marcados por batidas do sino de bordo, feitas ao fim de cada meia hora.
ANEXO A
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS