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GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA MILITAR DE RORAIMA
ACADEMIA DE POLICIA INTEGRADA CEL. MÁRCIO SANTIAGO - CAVEIRÃO
ARMAMENTO E EQUIPAMENTO POLICIAL

ARMAMENTO E TIRO
FUZIL IMBEL SAPARA 7,62

INSTRUTOR: 1º SGT HONORATO

2021
HISTÓRIA
• O FAL (Fuzil Assalto Leve) 7,62mm popularmente
conhecido no Brasil como "sete meia dois" é um dos
fuzis militares mais famosos e usados no mundo.
• Foi desenvolvido em 1946 pela empresa belga
Fabrique Nationale, inicialmente como uma arma
de guerra que seria usada pelos “aliados dos
americanos” para fazer frente a AK-47 criada pelo
engenheiro de armas sovietico Avtomat
Kaláshnikova.
HISTÓRIA

• Usando o cartucho intermediário alemão


7,62X33mm o projeto foi liderado pela equipe de
Dieudonne Saive, que também trabalhou no
projeto do fuzil AK-47. Por isso, ambos possuem
mecanismos semelhantes.
• No final da década 40 os engenheiros belgas foram
a Inglaterra e passaram a produzir o FAL em grande
escala para os “Aliados”.
• Em 1950 os engenheiros belgas e ingleses criaram
um protótipo do atual 7,62mm.
HISTÓRIA

• Esses fuzis foram testados pelo exército americano


e tiveram seu alcance melhorado de 2.500m para
aproximadamente 3.890m. Os americanos ficaram
com os protótipos, sendo estes utilizados por
décadas pela marinha americana.
HISTÓRIA

• Em 1952, a Organização do
Tratado do Atlântico Norte
padronizou, através de uma
vultuosa compra de armas para
defesa coletiva, o fuzil 7,72mm
como de uso militar em caso de
defesa ou ataque conjunto dos
países, porém essa
movimentação só ocorreu em
2001.
ATUALIDADE

• Menos de dez países ainda produzem o fuzil


7,62mm, entre eles o Brasil fabricado pela IMBEL
sob o código M964, a Colombia e os EUA, onde uma
série de empresas privadas fabricam diversas
versões para uso civil e kit de peças recém-
fabricadas.
USO POLICIAL

• Embora o prototipo do FAL 7.62 tenha sido criado na


Bélgica, o primeiro país a usar o fuzil 7,62mm na
atuação policial foi o Canadá para uso dos atiradores de
elites.
• Seguido pela Inglaterra, onde o seu uso so é liberado no
caso de protocolo de ataques terrorista na categoria
“severo”.
• A escala de ameaça de atentados tem cinco graus e o
“severo” é o segundo mais grave.
USO DO FAL NO BRASIL

• O FN FAL, no Brasil chamado Fuzil Automático


Leve, é fabricado integralmente pela IMBEL. É
utilizado, desde 1964, pelo Exército Brasileiro,
Marinha do Brasil e Forças Auxiliares.
• Recebe nomenclatura de Fuzil 7,62mm M964 –
FAL e Fuzil 7,62mm M964 A1 (Para-FAL). Este
último, o Para-FAL, é muito usado por polícias
militares, pára-quedistas militares e outras forças
especiais, por ser mais leve e possuir o coronha
retrátil.
USO DO FAL NO BRASIL

• A IMBEL desenvolveu o modelo MD97L para


substituir o M964, em uso pelas Forças Armadas e
Forças Policiais no Brasil. O novo modelo é mais
leve, com cano mais curto e por isso melhor
empregado em aeronaves, lanchas e viaturas
policiais.
IMBEL M964 IMBEL MD97L
CARACTERÍSTICAS
A – DESIGNAÇÃO
Nomenclatura ............................................................FZ SA PARA 7,62
 B – CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ...........................................................Portátil.
Quanto ao emprego....................................................Individual.
Quanto ao funcionamento..........................................Semi-Automático.
Quanto ao principio de funcionamento......................Ação dos gases.
Quanto a refrigeração..................................................Á ar.
 C – ALIMENTAÇÃO
Carregador ...................................................................Metálico tipo cofre.
Capacidade ...................................................................20 cartuchos.
Sentido de alimentação.................................................De baixo para cima.
 D – RAIAMENTO
Numero de raias.............................................................04 (quatro).
Sentido ...........................................................................Á direita.
 E – APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira.............................Tipo basculante, graduado para 150 a 250
m.
Massa de mira......................................................Tipo ponto com proteções.
CARACTERÍSTICAS
F- DADOS NUMÉRICOS
Calibre ......................................................……….........…..7,62 mm.
Comprimento com coronha aberta ................................98,5 cm.
Comprimento com coronha dobrada .............................75 cm.
Peso da arma com carregador vazio................................4 kg.
Peso do carregador vazio ................................................250 g.
Pressão do gatilho ...........................................................3,5 a 4,5 kg.
Velocidade inicial .............................................................840 m/s.
Velocidade teórica de tiro ................................................650 a 700 tpm.
Alcance. máximo...............................................................3.900 m.
Alcance útil...........................................................600 m (com luneta 800
m).
Vida da arma .............................................................Superior á 16.000 tiros.
NOMENCLATURA
CAIXA DA OBTURADOR
CULATRA DO CILINDRO
MASSA DE GASES
GUARDA MÃO
ALÇA DE DE MIRA
CORONHA MIRA

SOLEIRA

CANO QUEBRA
CHAMAS
ALÇA DE
TRANSPORTE

PUNHO
CARREGADOR

GUARDA
GATILHO
MATO
NOMENCLATURA
ALAVANCA DE TAMPA DA CAIXA
MANEJO DA CULATRA

CHAVETA DO TRINCO
REGISTRO DE TIRO E DA ARMAÇÃO
SEGURANÇA

IMPULSOR DO
GATILHO

RETÉM DA
RETÉM DO RETÉM DO CORONHA
FEROLHO CARREGADOR
AÇÃO DOS GASES
• O projetil percorre o cano e ultrapassa o evento de admissão de gases (F-Fig. 1).
• Os gases atravessam o evento de admissão de gases e atingem o obturador do cilindro de
gases (A), que está ligado ao bloco do cilindro de gases (B).
• Caso o obturador esteja fechado, (letras “Gr” para cima), os gases não penetram no
cilindro de gases e a arma funciona como arma de repetição.
• Com o obturador aberto, (letra “A” para cima), os gases atravessam o evento de admissão
e entram em contato com a cabeça do êmbolo (D).
• Sob a pressão dos gases, o êmbolo retrocede e deixa livre o evento de escape de gases (E).
• O evento de escape de gases tem abertura variável, segundo a graduação em que se ache
o anel regulador de escape de gases (C).
• O anel regulador, destina-se a fazer aumentar ou diminuir a saída dos gases e assim
controlar a pressão destes, na cabeça do êmbolo.
• O êmbolo (P-Fig. 2), em seu recuo, obriga o impulsor do ferrolho (B), a retroceder.
• A mola do êmbolo, que foi comprimida, distende-se e leva o êmbolo para sua posição.
REGULAGEM DO ESCAPE DE GASES
• Obturador fechado (letra “G” Obturador aberto (letra “A”
para cima) - Os gases não para cima) - Os gases
penetram co cilindro de atravessam o evento de
gases. admissão e entram em
contato com a cabeça do
êmbolo.
REGULAGEM DO ESCAPE DE GASES
• A regulagem do escape de gases, tem por objetivo
assegurar o funcionamento correto da arma por
intermédio de uma variação da pressão que os
gases podem exercer sobre a cabeça do êmbolo do
cilindro de gases.

REGULADOR
POSIÇÕES DE TIRO

“Travada”
• O registro de tiro e segurança encontra-se na
posição “S”, que indica que a arma está travada.

“Tiro Intermitente”
• O registro de tiro e segurança encontra-se na
posição “F”, indicando que a arma está preparada
para o tiro semi-automático.
• O obturador do cilindro de gases deve estar na
posição em que a letra “A” esteja para cima.
POSIÇÕES DE TIRO

“Tiro de Repetição”
• Para o lançamento de granadas, emprega-se o tiro
de repetição;
• O registro de tiro e segurança ser colocado deve
estar na posição “F”, e girar o obturador do cilindro
de gases, até que a letra “G”, fique para cima.
• É usado então, um cartucho de lançamento (que
não possui projétil), para fazer o papel de carga de
projeção da granada.
DIFERENÇA DO FZ SA PARA 7.62MM PARA O FAL E PARA-FAL

FZ SA PARA 7,62mm
• É uma arma semiautomática. Em razão disso, o
registro de tiro e segurança possui apenas as posições
“S” de segurança e “F” de fogo.

FAL e Para-FAL
• São armas automáticas, possuindo, além das posições
“S” de segurança e “R” (ou “F”) de fogo, a posição “A”
referente a “rajada”.
MANEJO
• As operações de manejo aqui apresentadas, são apenas
aquelas que tenham ligações diretas com a utilização do
armamento.
1 - Municiar o Carregador
• Consiste em introduzir o cartucho no carregador.
2 - Alimentar a Arma
• Colocar o carregador municiado na arma.
3 - Carregar
• Trazer a alavanca de manejo completamente a retaguarda, e,
logo após, deixar que a mesma vá à frente.
4 -Travar
• Colocar o registro de tiro e segurança na posição “S”.
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
1º MEDIDAS PRELIMINARES

RETIRAR O CARREGADOR

Pressionar o retém do carregador, liberando o


carregador e deslizá-lo para fora de seu alojamento
(Para baixo e para frente).
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
1º MEDIDAS PRELIMINARES

ABRIR A ARMA E VERIFICAR A CÂMARA

Executar dois golpes de segurança, abrir a arma


pressionando o retém do ferrolho e examinar a
câmara (visual e tátil).
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
1º MEDIDAS PRELIMINARES

FECHAR A ARMA

A arma será fechada puxando a alavanca de manejo


a retaguarda. Travar a arma posicionando o registo
de tiro e segurança na posição “S”.
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
2º - Abrir a arma agindo na chaveta do trinco da armação
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
3º - RETIRAR A TAMPA DA CAIXA DA CULATRA

Puxar para trás a tampa da caixa da culatra, que


deverá sair juntamente com o conjunto ferrolho -
impulsor do ferrolho, molas recuperadoras.
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
SEPARAR O CONJUNTO TAMPA DA CAIXA DA CULATRA, MOLAS
RECUPERADORAS E AMORTECEDOR DO CONJUNTO FERROLHO -
IMPULSOR DO FERROLHO.
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
4º - Separar o ferrolho do impulsor

Coloca-se o impulsor na diagonal, com o ferrolho


voltado para baixo, deixando-o cair naturalmente.
Ao mesmo tempo, pressiona-se o percussor nas
duas extremidades para liberar o ferrolho do impulsor.
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
4º - RETIRAR O PERCUSSOR

Segure o ferrolho e comprima a cauda do percussor


com o polegar. Com auxílio de um toca-pino retire o pino do
percussor de seu alojamento.
Feito isto, afrouxe a pressão sobre a cauda do
percussor e, desfeita a tensão da mola do percussor, retire-o
de seu alojamento
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
5º - Retirar o obturador do cilindro de gases:

Com a letra “A” voltada para cima, pressionar o


retém do obturador e girar o mesmo, no sentido horário,
a ¼ de volta (posição 9h).
ATENÇÃO: Cuidado ao liberar o obturador, pois as
molas do cilindro de gases tendem a impulsioná-lo,
lançando-o no ar.
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
5º - Retirar o êmbolo do cilindro de gases e a mola recuperado:

Após desmontar o obturador do cilindro de gases o


êmbolo estará livre.
Para retirar, basta puxar o êmbolo do seu
alojamento e separá-lo da sua mola.
DESMONTAGEM DE 1º ESCALÃO
MONTAGEM DE 1º ESCALÃO
Faz-se o processo inverso:

1.Coloca-se o êmbolo juntamente com a sua mola no alojamento;


2.Monta-se o obturador do cilindro de gases, de forma que a letra
“A” fique voltada para cima;
3.Monta-se o percussor no ferrolho;
4.Encaixe o ferrolho no impulsor;
5.Encaixe o impulsor do ferrolho na tampa da caixa da culatra;
6.Encaixe a tampa da caixa da culatra, juntamente com o impulsor
do ferrolho, na caixa da culatra, deslizando-a nas corrediças.
7.Feche a arma e efetue o manejo para verificar o funcionamento da
arma
INCIDENTE vs. ACIDENTE

INCIDENTE ACIDENTE
• Quando o armamento • Quando o armamento
trava ou apresenta vem a causar dano (físico
alguma falha sem a e/ou material) sem a
vontade do atirador e vontade do atirador.
sem causar danos, tanto
físico quanto material.
INCIDENTES DE TIRO

• A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um


conjunto de operações chamado ação imediata;
• A ação imediata deverá ser realizada prontamente pelo
atirador.
INCIDENTES DE TIRO
AÇÃO
IMEDIATA

TRAVAR A ARMA RETIRAR O CARREGADOR


INCIDENTES DE TIRO
AÇÃO
IMEDIATA

GOLPES DE SEGURANÇA ABRIR A ARMA


INCIDENTES DE TIRO
AÇÃO
IMEDIATA

INSPEÇÃO VISUAL E TÁTIL RECOLOCAR O CARREGADOR


INCIDENTES DE TIRO
AÇÃO
IMEDIATA

ACIONAR A ALAVANCA DE MANEJO DESTRAVAR A ARMA


Abordagem

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