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INDICE
NO Assunto Pag
1 Apresentação 2
2 Características 2
3 Medidas preliminares 5
4 Desmontagem 5
5 Montagem 9
6 Funcionamento 11
7 Seguranças 14
8 Quadro de incidentes de tiro 16
9 Calibradores (Utilização, manuseio e conservação) 18
10 Vista da arma secçionada 23
11 Vista explodida 24
12 Legenda da vista explodida 25
ARMAMENTO LEVE
PISTOLAS 9 M975 “Beretta” e PT-92 Taurus
1-APRESENTAÇÃO:
As pistolas 9 M975 “Beretta” e PT-92 “Taurus”, calibre 9mm x 19 mm “parabe-
llum”, são armas de tiro semi-automático, com trancamento através de um bloco oscilante em
vertical e com desbloqueio mediante o recuo do cano. Tal característica apresenta, entre ou-
tras, a notável vantagem de uma sensível redução de velocidade de retrocesso da massa recu-
ante, com conseqüente diminuição do solavanco da arma durante o disparo.
Construída com a utilização de aços e ligas especiais, as pistolas 9 M975 “Beretta”
e PT-92 Taurus, não obstante seu peso limitado de 0,950 Kg, foi projetada para usar cartuchos
9mm “parabellum”. Em condições normais de ação, a velocidade inicial e a correspondente
energia cinética do projetil, proporcionam um alto poder de impacto em disparos de até
150/200 metros de distância.
2-CARACTERÍSTICAS
2.1-Sistema de dupla ação
Este sistema, pelo simples acionamento do dedo no gatilho, possibilita uma
maior rapidez de manuseio, mesmo com o cão desarmado.
2.2-Carregador bifilar
Com capacidade para 15 cartuchos, tem o mesmo comprimento de um carrega-
dor tradicional, permitindo praticamente duplicar a autonomia de fogo da arma.
2.3-Indicador de cartucho na câmara
Quando o mesmo estiver alojado na câmara, a extremidade do extrator fica sa-
liente, revelando uma marca vermelha. Assim, é possível controlar visualmente, ou pelo tato,
a existência de um cartucho na câmara, sem necessidade de recuar o ferrolho.
2.4-Indicador de carregador vazio
Quando o último cartucho ou estojo, for ejetado, a arma, pela ação do retém do
ferrolho, permanece aberta, alertando o atirador acerca do término da disponibilidade do car-
regador.
2.5-Dispositivo de desmontagem
Extremamente rápido e simples, foi projetado de tal forma a evitar qualquer
desmontagem casual ou involuntária.
2.6-DESIGNAÇÃO
NEE....................... .......................................1005-1052-800-8
Indicativo militar ...........................................Pst 9 M975 “Beretta”
Nomenclatura ................................................Pistola 9mm Modelo 1975 (Beretta)
NEE....................... .......................................1005-1064-425-0
Indicativo militar ...........................................Pst 9 M975A1
Nomenclatura ............................................Pistola 9mm Modelo 1975A1 (PT-92 Taurus)
2.7-CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ...............................................De porte
Quanto ao emprego .......................................Individual
Quanto ao funcionamento. ............................Semi-automático
Quanto ao princípio de funcionamento ........Ação dos gases (curto recuo do cano)
Quanto à refrigeração ....................................A ar
2.8-ALIMENTAÇÃO
Carregador .....................................................Metálico, tipo cofre
Capacidade ....................................................15 cartuchos + 1
Sentido ...........................................................De baixo para cima
2.9-RAIAMENTO
Número de raias .............................................6 (seis)
Sentido ..........................................................Da esquerda para a direita
2.10-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira .................................................Tipo entalhe, retangular
Massa de mira ...............................................Seção retangular
2.11-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ..........................................................9 mm
Peso com carregador vazio ...........................0,950 kg
Peso com carregador cheio ...........................1,137 kg
Peso do carregador vazio ..............................0,094 kg
Peso do carregador cheio ..............................0,282 kg
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3-MEDIDAS PRELIMINARES
3.1-RETIRAR O CARREGADOR
⇒ Comprimir o retém do carregador, localizado na parte inferior esquerda do punho da
arma.
3.2-VERIFICAR A CÂMARA
⇒ Sem executar o manejo da arma, observar se a extremidade do extrator encontra-se
saliente e destacando-se uma marca vermelha. Em caso positivo, significa que há um cartu-
cho introduzido na câmara da arma.
⇒ Executar dois golpes de segurança, trazendo o ferrolho totalmente à retaguarda veri-
ficando a câmara e levando-o à frente.
3.3-DESENGATILHAR A ARMA.
4-DESMONTAGEM DE 10 ESCALÃO
4.1-RETIRAR O FERROLHO
⇒ Com a mão direita empunhar a arma.
⇒ Com a mão esquerda, segurar a parte superior do ferrolho e comprimir o retém da
alavanca de desmontagem (à direita da arma). Simultaneamente, girar a alavanca de des-
montagem de 90o.
⇒ Deslizar o ferrolho para frente, até separá-lo da armação.
4.3-RETIRAR O CANO
⇒ Comprimir o mergulhador do bloco de trancamento para frente, até que os ressaltos
de trancamento sejam retirados dos seus alojamentos existentes no ferrolho.
⇒ Retirar do interior do ferrolho, o conjunto cano e o bloco de trancamento, levantando
a sua parte posterior.
4.6-DESMONTAGEM DO CARREGADOR
⇒ Com o auxílio de um toca-pino, comprimir o ressalto da placa retém do fundo do car-
regador, em seguida deslocar para fora o fundo do carregador. Com o polegar, amparar a pla-
ca retém do fundo do carregador, a fim de evitar uma descompressão violenta da mola. Sairão
do interior do carregador:
⇒ Placa retém do fundo do carregador;
⇒ Mola do carregador e transportador. Bastará separá-los.
5-DESMONTAGEM DE 20 ESCALÃO
5.4-RETIRAR O GATILHO
⇒ Com um toca-pino, deslocar o eixo do gatilho, da direita para esquerda, retirando-o
da armação. Retirar o gatilho pela parte superior da armação, tendo o cuidado para que não
salte a sua mola.
6-DESMONTAGEM DE 30 ESCALÃO
6.2-RETIRAR O EJETOR
⇒ Apoiar a face esquerda da armação sobre uma superfície plana, em seguida deslocar
da direita para a esquerda os pinos do ejetor. Retirar o ejetor da armação.
6.6-RETIRAR A ARMADILHA
⇒ Com um toca-pino, deslocar o eixo da armadilha da esquerda para direita, de modo
que o toca-pino fique fixando em seu lugar à mola da armadilha. Em seguida, agindo no olhal
da mola da armadilha, retirá-la da armação. Com o dedo indicador, amparar a armadilha. Em
seguida, girar a parte anterior da armação para baixo e a armadilha cairá por ação da gravida-
de, sendo retirada da armação com auxílio do dedo indicador.
6.9-RETIRAR O CÃO
⇒ Com um toca-pino, retirar o eixo do cão. Retirar, em seguida, pela parte superior da
armação o guia da mola do cão.
7-MONTAGEM DA ARMA
7.1-MONTAR O CÃO
7.4-MONTAR A ARMADILHA
⇒ Introduzir o ramo menor da armadilha no seu alojamento (em cima).
⇒ Introduzir o eixo da armadilha da direita para a esquerda.
7.6-MONTAR O EJETOR
7.8-MONTAR O CARREGADOR
7.9-MONTAR O GATILHO
⇒ Colocar, no seu encaixe, a mola do gatilho, ficando o ramo curvo da mola voltado
para cima.
⇒ Introduzir o gatilho e sua mola na armação.
⇒ Colocar o eixo do gatilho da esquerda para a direita.
8-FUNCIONAMENTO
O estudo do funcionamento da pistola será realizado considerando-se que já ocor-
reu o primeiro tiro. Para facilidade de compreensão, vamos analisar o funcionamento conside-
rando dois processos.
RECUO DO FERROLHO
1-Destrancamento
2-Abertura
3-Extração
4-Ejeção
5-Apresentação
AVANÇO DO FERROLHO
6-Carregamento
7-Fechamento
8-Trancamento
9-Engatilhamento
10Desengatilhamento
e Percussão
8.1.1-Destrancamento
⇒ Os gases, agindo sobre o fundo do culote do estojo, farão com que o ferrolho recue,
trazendo consigo o cano. Com o recuo do ferrolho, o mergulhador do bloco de trancamento se
choca no batente da armação e a parte anterior do mergulhador age na rampa do mergulhador
no bloco de trancamento, abaixando-o. Em conseqüência os ressaltos de trancamento são reti-
rados dos alojamentos no ferrolho. Neste momento, estarão desengrazados o cano e o ferrolho
e os ressaltos de trancamento estarão em seus alojamentos na armação, havendo portanto o
destrancamento.
8.1.2-Abertura
⇒ Ao desengrazar-se do ferrolho, o cano completou o movimento chamado de "curto
recuo". O ferrolho entretanto continua recuando e se afastando do cano, dando-se a abertura.
8.1.3-Extração
⇒ No seu movimento para a retaguarda, o ferrolho, ao deixar de ter contato com o cano,
retira da câmara o estojo por intermédio do extrator, que o está prendendo com a sua garra.
8.1.4-Ejeção
⇒ Continuando o ferrolho no seu movimento para a retaguarda, mantendo o estojo ain-
da preso pelo extrator, faz com que o culote deste venha a se chocar com o ejetor que se en-
contra montado à retaguarda e a esquerda da armação. A violência deste choque vence a ação
da garra do extrator e o estojo é projetado através da janela de ejeção, para fora da arma.
8.1.5-Apresentação
⇒ O ferrolho, ao sair de cima do carregador, faz com que este apresente um novo cartu-
cho, que ficará em condições de ser levado à câmara.
8.1.6-Carregamento
⇒ A mola recuperadora que foi comprimida pelo ferrolho, distende-se, levando-o à
frente e, ao encontrar o cartucho apresentado, o ferrolho retira-o do carregador e o introduz na
câmara.
8.1.7-Fechamento
⇒ Após ter introduzido totalmente o cartucho na câmara, o ferrolho entra em contato
com a parte posterior do cano, dando-se o fechamento.
8.1.8-Trancamento
⇒ Ao entrar em contato com o cano, o ferrolho continua a avançar e o bloco de tranca-
mento sobe a sua rampa de elevação, introduzindo os ressaltos de trancamento nos seus alo-
jamentos no ferrolho, o que caracteriza o trancamento da arma.
8.1.9-Engatilhamento
⇒ Quando o ferrolho recua, o cão gira para a retaguarda e comprime a sua mola, através
do guia da mola do cão. O espigão do tirante do gatilho abandona o seu alojamento sendo
forçado para baixo, pela parte inferior do ferrolho. Em conseqüência, o ressalto do tirante do
gatilho sai de cima do ressalto apoio do tirante do gatilho na armadilha e esta volta à sua po-
sição de repouso, por ação de sua mola. Quando a armadilha volta à sua posição normal, o seu
ressalto apoio do dente do cão é colocado no dente de engatilhamento do cão, prendendo-o à
retaguarda e dando-se o engatilhamento.
⇒ Nesta situação, será evitado que se faça o tiro de rajada, ainda que o atirador continue
a comprimir a tecla do gatilho. No intervalo compreendido entre o disparo e o recuo do siste-
ma, é comum o atirador continuar comprimindo a tecla do gatilho. Ao ser relaxada a pressão
sobre a tecla do gatilho, o tirante do gatilho, forçado pela sua mola é obrigado a subir. Em
seguida o ressalto do tirante do gatilho entra em contato com o ressalto apoio do tirante do
gatilho na armadilha. Fica, desta forma, a arma pronta para um novo disparo, isto é, engati-
lhada.
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8.1.10-Desengatilhamento e percussão
⇒ Quando se comprime a tecla do gatilho, o tirante do gatilho, através da ação do seu
ressalto sobre o ressalto apoio do tirante do gatilho na armadilha, faz com que esta gire para
frente e o seu ressalto apoio do dente do cão (na armadilha), abandone o dente de engatilha-
mento do cão, liberando-o. Estando livre, o cão gira violentamente para frente por descom-
pressão de sua mola. O cão choca-se na cauda do percussor, que avança no seu alojamento
comprimindo a sua mola, indo sua ponta alojar-se no seu orifício, percutindo a cápsula do
cartucho. Em seguida, o percussor retrai-se por descompressão de sua mola .
9-SEGURANÇAS DA ARMA
Possui a pistola, duas seguranças:
SEGURANÇAS
1-Registro de Segurança
2-Dente de Segurança do Cão
9.1-REGISTRO DE SEGURANÇA
Situado ao lado posterior esquerdo da armação, trava a arma, imobilizando a armadi-
lha. Esta segurança garante o travamento da arma durante a execução do tiro, estando engati-
lhada ou desengatilhada.
9.1.A) Arma engatilhada: agindo-se no registro de segurança para cima, a sua haste de
segurança coloca-se na parte superior da armadilha. Em conseqüência, a armadilha fica imo-
bilizada não permitindo que o cão tenha movimentos livres.
TIPOS DE
CAUSAS CORREÇÕES
INCIDENTES
1-Carregador com mossa ou sujo. O 1-Retirar o carregador da
carregador não entra totalmente no arma e executar uma
FALHA seu receptor. manutenção adequada.
NA 2-Retém do carregador com desgaste 2-Desmontar o retém do
ALIMENTAÇÃO ou quebrado. O carregador não po- carregador e substituí-
derá ficar fixo no interior do recep- lo.
tor.
1-Mola do carregador fraca ou defei- 1-Substituir a mola do
tuosa. O cartucho não fica em con- carregador.
FALHA
dições de ser alcançado pela parte
NA
anterior do ferrolho.
APRESENTAÇÃO
2-Transportador amassado ou defeitu- 2-Substituir o transporta-
oso. dor.
1-Rebarba, sujeira ou corpo estranho 1a)Eliminar a rebarba;
na câmara. 1b)Limpeza e lubrificação
da câmara;
1c)Remover o corpo
estranho.
2-Cartucho amassado ou defeituoso. 2-Substituir a munição.
FALHA
NO
3-Mola recuperadora defeituosa. O 3-Substituir a mola recu-
CARREGAMEN-
ferrolho não irá totalmente à frente. peradora.
TO
4-Abas do carregador defeituosas. Du- 4-Substituir o carregador.
rante a apresentação do cartucho
fica com sua ponta demasiadamente
elevada, em conseqüência não entra
na câmara, quando levado à frente
pelo ferrolho.
11-EMPREGO DE CALIBRADORES
¬ Com a arma montada, retrair o ferrolho até que seja aprisionado pelo retém do
ferrolho, ficando em posição aberta.
¬ Completada a operação anterior, a arma deverá ficar aberta, isto é, não deverá
fechar totalmente. Para controle visual, basta verificar a parte traseira do ferrolho que não
deverá concordar com a parte traseira da armação (Fig.4).
¬ Girar o parafuso “B” pela cabeça recartilhada, avançando o percussor até en-
contrar uma resistência positiva (não forçar), formada pelo pino do extrator e pelo extrator
(Fig.7).
¬ Introduzir o calibrador B-780 613 pelo lado da boca, sem forçar e obser-
var a posição da linha de referência “A” na Fig.11, gravada no calibrador.
¬ Essa linha de referência não deve ultrapassar o plano “b” que passa pela
boca da arma.
¬ Introduzir o calibrador B-780 613 pelo lado da câmara, sem forçar e ob-
servar a posição da linha de referência “B” na Fig.12, gravada no calibrador.
¬ Essa linha de referência não deve ultrapassar o plano “a” que passa pela
boca da arma.
11.4-FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO
A não ser que ocorra algum acidente, ou que outros indícios assim recomendem e
com vistas a assegurar um bom desempenho da arma, ela deve ser controlada através dos ca-
libradores descritos com a seguinte freqüência:
1o controle: após 1000 tiros acumulados;
2o controle: após 2000 tiros acumulados;
3o controle: após 2500 tiros acumulados.
Após o 3o controle, a cada 500 tiros acumulados subsequentes.
11.5.2 Para melhor proteção e conservação, os calibradores devem ser mantidos nos
estojos de madeira.
11.5.3 Após o uso, limpá-los com um pano macio ou algodão, embebido em um sol-
vente tal como tetracloreto de carbono, tricloroetileno ou ainda benzina, protegendo-os em
seguida com vaselina neutra.
11.5.4 Caso sejam pouco usados, a cada 6 meses limpar, inspecionar quanto a um
possível ataque corrosivo e proteger novamente com vaselina neutra.
FIM