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ÍNDICE
NR Assunto Página
1 Apresentação
2 Características
3 Medidas preliminares
4 Desmontagem de 1o escalão
5 Desmontagem de 2o escalão
6 Desmontagem de 3o escalão
7 Montagem
8 Funcionamento
9 Segurança
10 Seguranças adicionais
11 Manejo
12 Quadro de incidentes de tiro
13 Incidente de tiro
14 Acidente de tiro
15 Ação imediata
16 Acessórios
17 Regulagem do escape de gases
18 Regulagem do Aparelho de Pontaria
19 Instruções para substituição do Apoio do ferrolho
20 Emprego de caliradores
21 Resumo do emprego de calibradores
22 Vista explodida
21 Legenda da vista explodida
FUZIL AUTOMÁTICO LEVE M964 - FAL
1-APRESENTAÇÃO
O fuzil 7,62 M964, é uma arma adotada no exército brasileiro em substituição aos antigos
fuzis e mosquetões de repetição de calibres 7mm e .30. Foi adotado como arma portátil do
combatente de qualquer arma, atendendo as necessidades de uniformização da munição, bem como
da modernização do equipamento.
É uma arma de aceitação internacional, tendo sido muito utilizada desde 1960 na África
quando de lutas internas. Suas excepcionais características já foram comprovadas nas mais diversas
situações e condições de emprego.
Esta arma foi projetada e executada com objetivo de colocar nas mãos do soldado, uma arma
que tenha – em grau até agora não igualado – as mais importantes qualidades a saber:
➢ perfeita maneabilidade;
➢ possibilidade de iniciar instantaneamente tiro intenso e apontado;
➢ facilidade de manutenção em campanha;
➢ segurança absoluta de funcionamento.
2 -CARACTERÍSTICAS
2.1 -DESIGNAÇÃO
NEE.................................................................1005-1062-443-5
Indicativo militar ............................................Fz 7,62 M964
Nomenclatura .................................................Fuzil 7,62 M964 “FAL”
NEE................................................................1005-1062-414-6
Indicativo militar ............................................Fz 7,62 M964 Br1
Nomenclatura .................................................Fuzil 7,62 M964 “FAL/FI”
2.2 -CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao tipo ................................................Portátil
Quanto ao emprego ........................................Individual
Quanto ao funcionamento ..............................Semi-automático
Princípio de funcionamento............................Tomada de gases (em um ponto do cano)
Quanto a refrigeração .....................................A ar
2.3 -ALIMENTAÇÃO
Carregador .....................................................Metálico, tipo cofre
Capacidade .................................................... 20 cartuchos
Sentido ...........................................................De baixo para cima
2.4-RAIAMENTO
Números de raias ...........................................04 (quatro)
Sentido ...........................................................A direita
2.5-APARELHO DE PONTARIA
Alça de mira ...................................................Tipo lâmina graduada e visor com cursor
Massa de mira ................................................Tipo ponto com protetores
2.6-DADOS NUMÉRICOS
Calibre ............................................................7,62 mm
Comprimento .................................................1,10 m
Peso do carregador vazio ...............................250 g
Peso da arma com carregador vazio ..............4,200 Kg
Peso da pressão do gatilho ............................3,5 a 4,5 Kg
Velocidade inicial do projetil ........................840 m/s
Velocidade do tiro .........................................Automático: 120 tiros por minuto
Semi-automático: 60 tiros por minuto
Velocidade teórica de tiro ..............................650 / 750 tiros por minuto
Alcance máximo ............................................3.800 m
Alcance útil sem luneta .600 m
Vida útil da arma ............................................Superior a 16.000 tiros
2.7-MUNIÇÕES UTILIZADAS
Ordinário .......................................................7,62 M1
Perfurante ......................................................7,62 Pf
Traçante .........................................................7,62 Tr
Festim ............................................................7,62 Ft
Manejo ...........................................................7,62 Mnj
Lança-granada ...............................................7,62 Lç-NATO
2.8-TIPOS DE GRANADAS
Anti-pessoal ...................................................Cor havana / cinta vermelha
Anti-carro .......................................................Cor amarela / vo / cinta branca
Incendiária .....................................................Cor cinza
Exercício ........................................................Cor preta ou azul
3-DESMONTAGEM
3.1-MEDIDAS PRELIMINARES
Antes de iniciar a desmontagem da arma, deve-se tomar as seguintes precauções:
Retirar o carregador.
Dar dois golpes de segurança.
Retirar o reforçador para tiro de festim.
Retirar a bandoleira.
Abrir a arma, agindo na chaveta do trinco da armação. (Atenção: Manter o cano voltado
para BAIXO)
3.2-DESMONTAGEM DE 1o ESCALÃO
3.2.1-Retirar o Conjunto Ferrolho-Impulsor do Ferrolho
Puxar para trás, a haste do impulsor do ferrolho.
3.2.2-Retirar a Tampa da Caixa da Culatra
Puxando para trás, a tampa deslizará em suas corrediças.
3.2.4-Retirar o Percussor
Fazendo pressão sobre sua cauda e por meio de um toca-pino, retirar o pino do percussor.
Retirado o pino do percussor, o mesmo sairá do seu alojamento por força de sua mola.
3.3.1-Retirar o Guarda-Mão
Afrouxar o parafuso do guarda-mão e retirá-lo
3.3.2-Desmontar o Extrator
A desmontagem do extrator é feita com auxílio de uma ferramenta especial.
Retirando o extrator, retira-se com cuidado, o impulsor do extrator de seu alojamento e
sua mola.
3.3.4-Retirar o Disparador
Girar o disparador de 90o efetuando leve pressão para trás
Continuar o movimento para a retaguarda, até liberá-lo da caixa da culatra.
A mola do disparador é cravada e não deve ser desmontada, a não ser para
substituição, em órgão de 3o escalão.
3.3.9-Desmontar o Carregador
Fazer deslizar, em seu encaixe, o fundo do carregador até ficar um centímetro para fora.
Puxar o fundo do carregador.
Retirar a mola do transportador, até o fim.
Girar o transportador cerca de 45o, no interior do carregador.
Separar a mola do transportador.
3.4-DESMONTAGEM DE 3o ESCALÃO
A desmontagem de 3o escalão deverá ser realizada somente em níveis mais elevados de
instruendos. Não utilizá-la para conscritos.
3.4.7-Desmontar o Punho
Com auxílio de uma chave de fenda, desaparafusar a porca de fixação do punho e retirá-
la junto com o punho.
3.4.8-Desmontar o Guarda-Mato
Após retirar o punho, basta girá-lo para frente e para baixo, que o mesmo está solto.
3.4.13-Desmontar os Zarelhos
Zarelho Anterior
Retirar o parafuso do zarelho e afastar a braçadeira, retirando-a do cano.
Zarelho Posterior
Desaparafusar os dois parafusos e retirá-lo.
3.4.16-Desmontar o Ejetor
Com auxílio de um toca-pino, empurrar o pino do ejetor somente até a metade, para
facilitar a desmontagem.
Retirar o ejetor, puxando-o na direção da boca da arma.
Caso não saia facilmente, empurrá-lo com um toca-pino de bronze. Esta operação,
somente será realizada em caso de substituição.
3.4.17-Desmontar o Apoio do Ferrolho
Com auxílio de um toca-pino, empurrar o apoio do ferrolho da esquerda para a direita e
retirá-lo.
Esta operação, somente será realizada em caso de substituição.
4 – MONTAGEM
5 - FUNCIONAMENTO
Para facilidade de estudo, o funcionamento será apresentado nos seguintes tópicos:
Ação dos gases;
Recuo das peças móveis e
Avanço das peças móveis.
A arma será considerada, neste estudo, em uma posição inicial assim definida:
Um cartucho encontra-se na câmara;
A arma está trancada e
Dá-se a percussão.
5.2 -
Ação dos Gases
O projetil percorre o cano e ultrapassa o evento de admissão de gases (F-Fig. 1).
Os gases atravessam o evento de admissão de gases e atingem o obturador do cilindro de
gases (A), que está ligado ao bloco do cilindro de gases (B).
Caso o obturador esteja fechado, (letras “Gr” para cima), os gases não penetram no
cilindro de gases e a arma funciona como arma de repetição.
Com o obturador aberto, (letra “A” para cima), os gases atravessam o evento de
admissão e entram em contato com a cabeça do êmbolo (D).
Sob a pressão dos gases, o êmbolo retrocede e deixa livre o evento de escape de gases
(E).
O evento de escape de gases tem abertura variável, segundo a graduação em que se ache
o anel regulador de escape de gases (C).
O anel regulador, destina-se a fazer aumentar ou diminuir a saída dos gases e assim
controlar a pressão destes, na cabeça do êmbolo.
O êmbolo (P-Fig. 2), em seu recuo, obriga o impulsor do ferrolho (B), a retroceder.
A mola do êmbolo, que foi comprimida, distende-se e torna a levar o êmbolo para a sua
posição avançada.
5.3.1-Extração 2a Fase
O batente do ferrolho no impulsor do ferrolho (B2-Fig.5), entra em contato com o
ferrolho (C2) e este é levado para a retaguarda.
Nesse momento, a garra do extrator retira o estojo da câmara, conservando-o preso ao
ferrolho.
5.3.2-Ejeção
Quando a face anterior do ferrolho se acha próxima ao defletor da janela de ejeção, o
estojo choca-se com o ejetor (Fig. 6) que obriga-o a girar e sair para cima e para a direita.
Depois desta fase, o movimento das peças móveis continua até que o conjunto ferrolho-
impulsor do ferrolho vem parar junto da parte posterior da armação.
Durante o recuo, houve a compressão das molas recuperadoras, por intermédio da haste
do impulsor do ferrolho.
5.3..3 -Apresentação
Durante a última parte do movimento das peças móveis para trás, os cartuchos existentes
no carregador, sob o impulso da mola do transportador, sobem, e o mais acima, apresenta
seu culote de maneira a ser empurrado pelo ferrolho, quando este avançar.
5.3.7-Trancamento
Como o ferrolho não pode avançar mais, o impulsor do ferrolho, por intermédio de sua
rampa de impulso (B3-Fig. 7) que age sobre a rampa de impulso do ferrolho (C3), obriga
este a baixar.
As rampas de trancamento do impulsor do ferrolho (B4-Fig. 7) e do ferrolho (C4),
entram em contato e impelem este último para baixo.
O ferrolho, coloca-se então, diante do apoio do ferrolho (D-Fig. 8).
Deu-se o trancamento da arma.
6-SEGURANÇA
O fuzil possui uma segurança. O registro de tiro e segurança na posição “S”, seu eixo
apresenta à cauda do gatilho, sua parte arredondada, não permitindo que este suba e atue no gatilho
intermediário.
7-SEGURANÇAS ADICIONAIS
7.5.1-Posição Inicial
Suponha-se a seguinte posição inicial:
➢ A arma está engatilhada;
➢ A arma está travada.
➢
7.5.2-Posição “Travada”
➢ O registro de tiro e segurança, acha-se na posição “S”, que indica que a arma está
travada.
➢ O eixo do registro de tiro e segurança (J1 e J2-Fig. 11), apresenta à cauda do gatilho o
seu arredondamento (J1).
➢ Nesta posição, a cauda do gatilho não pode subir e não pode atuar no gatilho
intermediário.
7.5.3.1-AVANÇO DO MARTELO
➢A pressão do dedo na tecla do gatilho, faz a cauda do gatilho (H2-Fig. 12), entrar em
contato com a cauda do gatilho intermediário (G2).
➢O gatilho, que continua o seu movimento sob o efeito da pressão do dedo, impele a cauda
do gatilho intermediário (G2), para cima.
➢Em conseqüência, o dente do gatilho intermediário (G1), baixa e desprende-se do entalhe
do martelo (F1), este liberado, avança sob a pressão de sua mola e provoca a percussão, por
choque do encontro da cauda do percussor.
➢Durante o avanço do martelo, o gatilho intermediário, que já não está pressionado pelo
martelo, e que tem o olhal de seu eixo de forma oval, vem para frente (Fig. 13), sob a ação
de sua mola.
➢Nesta posição, a cauda do gatilho intermediário (G2), perde contato com a cauda do
gatilho (H2).
➢O dente do gatilho intermediário (G1) eleva-se, então, e fica em posição de prender o
martelo na próxima vez.
10 - INCIDENTE DE TIRO
Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos para o
material e/ou pessoal, por motivo independente da vontade do atirador.
A causa do incidente é, normalmente, eliminada por um conjunto de operações chamado
“ação imediata”, a ser realizado prontamente pelo atirador.
Ao Fz 7,62 M964, aplicam-se com a devida adaptação, as prescrições do capítulo 4 do T
9-210.
11 - ACIDENTE DE TIRO
1 - AÇÃO IMEDIATA
2 – ACESSÓRIOS
13.5 - BANDOLEIRA
Utilizada para dar mais comodidade para o transporte do armamento Fig.18.
4a) Girar (aparafusando), o anel regulador de escape de gases, entalhe por entalhe, e
disparar (após introduzir cada cartucho na câmara de carregamento, com a mão), um tiro
depois de cada manobra, até verificar que, após determinado disparo, de que o ferrolho ficou preso
à retaguarda pelo seu retém, Fig.10;
5a) Confirmar tal retenção do ferrolho à retaguarda, fazendo o disparo de alguns tiros (cada
cartucho deve ser introduzido na câmara, com a mão, um por um);
6a) Recomeçar, se necessário, a 5a operação, até que em cinco (5) disparos, haja cinco (5)
retenções do ferrolho pelo seu retém;
7a) Fechar um entalhe no anel regulador, para ter certeza plena de que o recuo do ferrolho
está correto. A arma está regulada. Na falta da chave do anel regulador Fig.21, o anel pode ser
girado por meio da ponta de um cartucho Fig.22, ou, em último caso, à mão.
15 - REGULAGEM DO APARELHO DE PONTARIA
A regulagem do aparelho de pontaria do Fuzil 7,62 M964 “FAL” e “FAP”, somente será
realizada nos seguintes casos:
1o) Quando a arma estiver sido desregulada, por motivo de reparação;
2o) Quando se deseja que a precisão da arma seja ajustada ou posta em “ponto 0” para um
determinado atirador ou um emprego bem definido. Nesse caso, é preciso estar seguro de:
➢ Que o atirador seja capaz de obter agrupamentos corretos, isto é, que não ultrapasse para
um agrupamento de cinco (5) tiros a uma distância de cem (100) metros, um círculo de
diâmetro de quinze (15) centímetros;
➢ Que o atirador, disparando nas mesmas condições e com o mesmo fuzil, obtenha
sistematicamente um mesmo desvio do ponto médio de impacto. Tal desvio deve ser
comprovado com várias séries de tiros;
➢ As correções em altura, são efetuadas deslocando-se a massa de mira para cima ou para
baixo, ou substituindo-a;
➢ As correções em direção, são efetuadas deslocando-se lateralmente o corpo da alça de
mira;
➢ Tais correções, somente devem ser efetuadas por elemento especializado, pertencente,
no mínimo, ao 2o escalão de manutenção, ou ainda, pelo oficial instrutor.
15.1.1 – FERRAMENTAS
Deve ser usada somente a chave para massa de mira Fig.23, destinada a regular esta peça,
pois, do contrário, ela seria danificada pelo uso de ferramenta imprópria.
15.1.2 - MASSAS DE MIRA
Existem quatro (4) tipos de massas de mira de alturas diferentes, como na Fig.24.
As massas de miras identificam-se pelo número de pontos brancos que aparecem sobre a
parte superior da base circular das mesmas.
Na parte inferior da base circular da massa de mira, existem 16 (dezesseis) entalhes que
servem para fixar a massa de mira, por meio do engrazador da massa de mira.
Na parte superior, encontram-se os números: 0, 4, 8 e 12. Servem para localizar a posição da
massa de mira com relação à linha de referência que se encontra sobre o bloco do cilindro de gases,
Fig.25.
As massa de mira, possuem as seguintes medidas: No 1 = 3,65mm; No 2 = 4,30mm; No 3 =
4,95mm e No 4 = 5,60mm.
15.1.3 - CORREÇÃO
A correção dos erros de pontaria em elevação (altura), efetua-se seja atarraxando, seja
desatarraxando, ou ainda trocando a massa de mira.
Linha de referência
1- Número da massa de mira (No 1)
2- Orifícios para a chave da massa de mira
3- Número de referência
15.2.3.4 - CORREÇÃO
A correção dos erros em direção, se faz deslocando a base da alça para a esquerda ou para a
direita, conforme o caso.
17 - EMPREGO DE CALIRADORES
17.1-CALIBRADORES DE CANO
É a medida do diâmetro interno do cano, entre os cheios opostos. É verificada medindo-se
suas penetrações pela boca e pela câmara. Os calibradores são:
17.1.1 - Calibrador 7,57 mm - CB 134 - (Diâmetro Mínimo)
➢Serve para verificar o cobreamento e a dilatação irregular do cano, que deverá penetrar no
interior do cano sem nenhum forçamento ou mesmo atrito em ambos os sentidos, isto é, da
câmara para a boca e da boca para a câmara, Fig.29.
➢ Quando a arma aceita este calibrador, permitindo o trancamento, deve ser recolhida para
manutenção de 3o ou 4o escalão, significando que a arma está REFUGADA, Fig.29.
É a medida da folga mínima que deve existir entre a garra do extrator e a face anterior do
ferrolho (apoio do culote do cartucho). A sua posição de extração, é verificada pelo calibrador de
folga do extrator E 8000 = U 10865 Co, Fig.31, que colocado como se fosse a virola de um
cartucho, entre a face do ferrolho e a garra do extrator, deve passar livremente, sem movimentar o
extrator (sem forçar o culote). A espessura deste calibrador é de 1,37 mm.
FIM