Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO AR
CORPO DE ALUNOS
INSTRUÇÃO MILITAR
RESERVADO
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
SUMÁRIO
- CAPÍTULO I ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------02
INSTRUÇÃO GERAL DE TIRO - IGT
- CAPÍTULO II ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------10
OCORRÊNCIAS COM ARMAMENTO E MUNIÇÃO
I – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conhecer os tipos, características, princípios de funcionamento e aplicação das armas individuais adotadas na
FAB (Cn);
Compreender as fases do ciclo de funcionamento das armas de fogo (Cn);
Identificar as peças de uma arma de fogo (Cn);
Definir munição, cartucho, estojo, cápsula, eventos, projétil e carga propulsora (Cn);
Conhecer os termos técnicos do armamento (Cn);
Conhecer a classificação das armas de fogo (Cn);
Compreender as operações essenciais para utilização de uma arma (Cp);
CARABINA DE PRESSÃO
II - OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS
1
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
CAPÍTULO I
1 TIPOS DE ARMAMENTO
1.1 CARABINA
Arma longa, portátil, de cano com alma raiada. Classifica-se quanto ao funcionamento, como de
repetição ou semiautomática. Acomoda os cartuchos em carregador ou diretamente na própria caixa de
mecanismo da arma.
1.2 ESPINGARDA
Arma longa, portátil, de cano com alma lisa. Classifica-se quanto ao funcionamento, como de tiro
simples. Acomoda os cartuchos diretamente na câmara.
1.3 FUZIL
Arma longa, portátil, de cano com alma raiada. Classifica-se quanto ao funcionamento, como de
repetição, semiautomático ou automático. Acomoda os cartuchos em carregador ou diretamente na própria caixa
de mecanismo da arma.
1.4 GARRUCHA
Arma curta, de um ou dois canos, de alma raiada e baixíssima autonomia de fogo.
1.5 METRALHADORA
Define-se como arma longa, não portátil, de cano com alma raiada, para uso exclusivo militar. Acomoda
os cartuchos em carregador ou fita, que ficam guardados em caixas especiais (cofres).
1.6 PISTOLA
Arma curta de cano com alma raiada. Possui grande autonomia de fogo e classifica-se quanto ao
funcionamento como semiautomático, podendo, também, em alguns casos, ser classificada de automática.
Acomoda os cartuchos em carregador.
1.7 REVÓLVER
Arma curta de cano com alma raiada. Possui baixa autonomia de fogo, acomoda o cartucho em um
tambor giratório, instalado atrás do cano e que serve de carregador, o qual contém perfurações paralelas e
equidistantes do seu eixo e que recebem a munição, servindo, também, de câmara.
1.8 SUBMETRALHADORA
Define-se como arma híbrida, portátil, de cano com alma raiada, normalmente com comprimento do
cano superior a 7 polegadas (177,8 mm) e inferior a 16 polegadas (406,4 mm).
2.1 MUNICIAR
É o ato de introduzir os cartuchos no carregador.
2.2 ALIMENTAR
É o ato de introduzir o carregador municiado na arma.
2.3 CARREGAR
É o ato de introduzir um cartucho na câmara, ficando o armamento pronto para o disparo.
2.4 ARMAR
É o ato de comprimir a mola do mecanismo de disparo deixando o percussor retraído ou, se for o caso, é
acionar o cão para a sua posição recuada.
2.5 CARREGAMENTO
É o ato de levar um cartucho para a câmara, ao mover-se à frente qualquer peça ou conjunto de peças da
arma.
2
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
2.6 DESARMAR
É o ato de controlar, mecanicamente, a mola do mecanismo de disparo, por intermédio do cão, punho de
manejo ou outra peça com essa finalidade, fazendo-a distender, sem que haja o disparo.
2.7 DESCARREGAR
É o ato de retirar o cartucho da câmara.
2.8 DESTRAVAR
É o ato de acionar o mecanismo de segurança, de modo a permitir um livre funcionamento da arma.
2.9 EJETAR
É o ato de liberar o estojo ou cartucho das garras extratoras, lançando-o para fora da arma.
2.10 EXTRAÇÃO
É o ato de retirar da câmara do cano o estojo ou o cartucho.
2.11 TRANCAMENTO
É o ato de bloquear a parte posterior da câmara, acionando e trancando as peças necessárias para este
fim.
2.12 TRAVAR
É o ato de acionar o mecanismo de segurança da arma, para que seja impedido o disparo.
3 PEÇAS DE ARMAMENTO
3.2 BANDOLEIRA
Peça de arma longa, feita de couro, lona ou nylon. É fixada à arma pela parte posterior da coronha e
pela parte anterior do cano ou do guarda-mão. Serve para transporte da arma e/ou apoio no tiro.
3.6 CÂMARA
É a parte reforçada posterior do cano, responsável em alojar o cartucho e resistir às pressões da
deflagração. No revólver, as câmaras fazem parte do tambor rotativo.
3.7 CANO
É um tubo inteiriço de aço especial que tem a finalidade de conter o cartucho, resistir a deflagração e as
pressões da carga propulsora, dirigir convenientemente o projétil da câmara até a boca do cano da arma e
orientar o projétil em seu movimento de rotação (nos canos raiados), proporcionando uma maior estabilidade na
trajetória até atingir o alvo.
3.8 CÃO
Peça que se destina a percutir direta ou indiretamente a espoleta do cartucho.
3.9 CARREGADOR
Peça de metal ou plástico, escamoteável, que se destina a alojar os cartuchos que serão levados à
câmara. Pode ser monofilar quando acomoda os cartuchos em fila única ou bifilar quando acomoda os cartuchos
em fila dupla. Também pode ser parte integrante da estrutura da arma.
3
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
3.10 COMPENSADOR
É um dispositivo que, acoplado na boca do cano de armas de fogo, destina-se a reduzir a elevação da
arma, por ocasião do disparo.
3.11 CORONHA
Peça de arma longa, feita de madeira, metal ou material sintético, que se destina a ser conectada à caixa
de mecanismo e cano, servindo seu extremo posterior ao apoio no atirador. A coronha pode ser fixa, retrátil ou
dobrável.
3.12 DELGADO
É a parte anterior, superior e afinada da coronha. Em armas longas de combate, o delgado é
independente da empunhadura. Em outras armas longas, o delgado confunde-se com a empunhadura. Tomando-
se por base o gatilho e o guarda-mato, situa-se na parte posterior.
3.13 EJETOR
Peça que se destina a expulsar o estojo ou o cartucho da arma, após serem extraídos da câmara pelo
extrator. Pode estar instalado no tambor, armação ou caixa de mecanismo.
3.14 EXTRATOR
Peça metálica e dentada que, fixada ao ferrolho ou a culatra, extrai o estojo ou o cartucho da câmara nas
armas de fogo.
3.15 FERROLHO/CULATRA
Peça encontrada nas armas de repetição, semiautomática e automática, responsável pela extração, ejeção
e carregamento.
3.16 GATILHO
Peça que libera o cão ou percussor para que seja efetuado o tiro.
3.17 GUARDA-MÃO
Peça de arma longa que protege a mão de apoio do atirador do aquecimento do cano causado pelos
disparos.
3.18 GUARDA-MATO
Peça curva, de metal ou plástico, que envolve e protege o gatilho das armas de fogo.
3.21 PERCUSSOR
Peça de extremidade abaulada que, por força de mola ou cão, atinge a espoleta de um cartucho,
percutindo-a, provocando a deflagração.
4
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
4 MUNIÇÕES
4.1 MUNIÇÃO
Material acionado por carga explosiva ou propelente cuja utilização implica em seu consumo. Quando
aplicado contra um objetivo, produz efeito destrutivo ou, em caso de treinamento, simula este efeito.
4.2 CARTUCHO
É a reunião de todos os componentes necessários para completar a cadeia do fenômeno tiro. São eles:
estojo, cápsula ou espoleta, eventos, projétil e carga propulsora.
4.3 ESTOJO
É um recipiente de latão especial, com formato próprio, onde os demais componentes do cartucho se
reúnem.
4.5 EVENTOS
São orifícios existentes no alojamento da cápsula ou do estojo por onde passam as chamas ignitoras
provenientes da espoleta, que irão provocar a deflagração da carga propulsora.
4.6 PROJÉTIL
É o componente do cartucho que deve ser impulsionado por ocasião do disparo. Seu núcleo
normalmente é de chumbo endurecido com antimônio, é geralmente revestido por uma camisa metálica de cobre,
cuja missão é se engrasar no raiamento, fornecendo um movimento de rotação para maior estabilidade na
trajetória.
4.10 CULOTE
É a porção traseira de um cartucho onde estão localizadas a canaleta de extração e a espoleta.
5
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
5 TERMOS TÉCNICOS
5.1 ACESSÓRIO
Item não essencial ao funcionamento da arma, mas que aumenta a sua eficácia.
5.6 ALMA
É a face interna do cano de uma arma de fogo, podendo ser lisa ou raiada.
5.7 ALVO
Todo e qualquer ser ou objeto, animado ou inanimado, para o qual se aponta uma arma de fogo e que se
pretenda acertar.
5.12 CHEIOS
São os espaços compreendidos entre duas raias consecutivas.
5.13 DEFLAGRAÇÃO
É a queima rápida e progressiva da carga propulsora, numa ação mais lenta que a detonação.
5.23 MIRAS
São dispositivos instalados em armas de fogo, que permitem a visada ou pontaria a um alvo pré-
determinado. Destinam-se a dar à arma a direção conveniente ao tiro. Podem ser mecânicas, ópticas ou
eletrônicas.
5.24 PERCUSSÃO
É o ato de atingir a cápsula ou espoleta do cartucho com o percussor.
5.26 RAIAS
São sulcos helicoidais no interior do cano, que tem a finalidade de imprimir ao projétil um movimento
de rotação dando estabilidade no deslocamento até atingir o alvo.
5.27 RETROCARGA
Define-se como sendo a arma de fogo que se carrega pela parte posterior e final do cano.
5.32 TRAJETÓRIA
É o percurso do projétil entre a boca do cano e o alvo.
7
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
6.1.2 Mecânico
Arma cujo acionamento do gatilho, para cada disparo, recua o cão e alinha o tambor giratório
posicionado atrás do cano, e que serve de carregador. Contém câmaras paralelas e equidistantes do seu eixo
central e que recebem a munição. Exemplo: revólveres.
6.1.3 Repetição
São armas que o atirador, após a realização de cada disparo, necessita empregar sua força física sobre
um componente do mecanismo para deixá-la pronta para o disparo seguinte.
6.1.4 Semiautomático
Arma que realiza, automaticamente, todas as operações de funcionamento, com exceção do disparo, o
qual requer o acionamento do gatilho. É a arma que carrega e dispara tiros a cada acionamento do gatilho.
Exemplo: pistolas; carabinas.
6.1.5 Automático
Arma em que o carregamento, disparo e todas as operações de funcionamento ocorrem continuamente
enquanto o gatilho estiver sendo acionado. É a arma que carrega e dispara continuamente tiros com um único
acionamento de gatilho. Exemplo: metralhadoras; submetralhadoras; fuzis.
6.2.1 Individual
Arma cujo transporte e manuseio são realizados por um só indivíduo. O efeito esperado de sua
utilização é em proveito da defesa de um indivíduo. Exemplo: armas curtas e armas longas.
6.2.2 Coletivo
Arma cujo transporte e manuseio são realizados por dois ou mais indivíduos. O efeito esperado de sua
utilização é em proveito da defesa de um grupo de indivíduos. Exemplo: metralhadoras.
6.3.1 De antecarga
Arma que se carrega pela boca do cano.
6.3.2 De retrocarga
Arma que se carrega pela parte final posterior do cano.
6.4.1 De porte
Arma de dimensões e peso reduzidos, que pode ser portada por um indivíduo em um coldre e disparada,
comodamente e com eficácia, somente com uma das mãos. Exemplo: revólveres; pistolas; garruchas.
6.4.2 Portátil
Arma de dimensões e peso não reduzidos, que pode ser transportada por um só indivíduo com o auxílio
de bandoleira e disparada, comodamente e com eficácia, com duas mãos. Exemplo: fuzis; carabinas;
espingardas; submetralhadoras.
8
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
9
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
CAPÍTULO II
Culposo
Pelo triplo do valor atual da arma e/ou munição, sem prejuízo da punição disciplinar (caráter
culposo concluído em sindicância) ou ação penal (caráter culposo concluído em IPM) aplicável ao
caso.
Doloso
Pelo quíntuplo do valor atual da arma e/ou munição, sem prejuízo da ação penal (caráter
doloso concluído em IPM) que o caso comportar.
As quantias indenizadas pelos infratores serão recolhidas à DIRMAB sob o título “Reposição
de Estoque - DIRMAB”.
A DIRMAB organizará o controle e registro das armas extraviadas para possíveis consultas,
em caso de apreensão por autoridade competente, ou livre devolução, caso este em que será deduzida a
quantia necessária aos reparos e, em seguida, realizará a devolução do saldo remanescente. Será
mantida a punição disciplinar ou ação penal aplicável ao caso.
CAPÍTULO III
CARABINA DE PRESSÃO
I – FUNCIONAMENTO
10
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
II – APRESENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
1 Apresentação:
2 Características:
Foram relacionados a seguir alguns cuidados que devem ser tomados ao se manusear a carabina de
pressão:
11
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
a) não colocar o dedo no gatilho no instante de armar a mesma, para que o dedo não seja esmagado;
b) não acionar a tecla do gatilho com a arma aberta;
c) a carabina de pressão, apesar de não ser uma arma de fogo, oferece o mesmo grau de perigo; e
d) toda instrução de tiro será sempre comandada, cabendo ao Aluno, aguardar sempre as ordens do
instrutor.
4 Carregar e Travar
Execute os movimentos necessários para que um cartucho seja levado à câmara e a culatra fique
fechada. A seguir, com a mão esquerda, leve o dispositivo de segurança do cão para sua posição levantada
(pistola) ou verifique o registro de segurança que deverá estar na posição “S” (HK 5. 56 mm) ou em “SAFE”
(carabina. 30).
5 Posição do Atirador
Empunhe corretamente a arma, assuma a postura e adequada posição de acordo com o armamento
usado, tome a linha de mira e de visada respirando pausadamente. Procure controlar os movimentos do corpo
reduzindo-os ao máximo. Relaxe.
6 Destravar a Arma
Leve o dispositivo de segurança do cão para sua posição baixa (pistola) ou coloque a asa do registro de
segurança na posição “E” (tiro a tiro), “F” (rajada) ou “FIRE” (carabina. 30).
8 Término da Série
9 Alvos Livres
Somente após esse comando o estande estará livre para verificação dos alvos e colagem dos mesmos.
12
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
BIBLIOGRAFIA
EXPEDIENTE
13
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
SUMÁRIO
- CAPÍTULO IV---------------------------------------------------------------------------------------------------02
FUZIL HK-33
- CAPÍTULO V ---------------------------------------------------------------------------------------------------15
INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO – IPT
Aplicar as técnicas adquiridas na IPT, a fim de executar uma boa instrução de tiro (Ap);
aplicar as regras de segurança previstas para o manuseio e utilização com armas de fogo (Ap); e
identificar os cinco Fundamentos do Tiro como fator de influência decisiva na precisão dos disparos efetuados
(Ro).
1
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
CAPÍTULO IV
1 Introdução
Tendo em vista o progresso tecnológico e o constante aperfeiçoamento das armas de guerra,
viu-se a FORÇA AÉREA BRASILEIRA impulsionada a reequipar-se em determinados setores.
Após longos estudos e testes, foi decidida a aquisição do fuzil automático HK-33, destinado a
substituir com êxito o mosquetão, tendo em vista sua grande eficiência, reforçando desta forma a
segurança de suas Unidades.
O fuzil automático HK-33, calibre 5,56mm x 45 (.223) é uma arma de origem alemã, portátil e
individual, cuja construção obedece aos princípios tecnológicos mais modernos. Ele permite com a
culatra fechada, dar tiro a tiro e rajada, qualquer que seja a posição do atirador. O fuzil HK-33 é uma
arma carregada pelo recuo, com cano fixo e uma culatra móvel de roletes; é dotada de bandoleira para
transporte e pode receber baioneta para uso eventual.
2 Modelos do Fuzil HK
2.1 Arma com a coronha fixa, para uso eventual com baioneta
2
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
2.3 Arma com bipé
3 Grupos de Montagem
O fuzil automático HK-33 apresenta os seguinte grupos de montagem:
1) caixa de mecanismos com cano, mecanismo carregador, e dispositivo de pontaria;
2) culatra;
3) empunhadura com mecanismo de disparo;
4) coronha;
5) guarda-mão;
6) carregador;
7) bandoleira;
8) reforçadora para tiro de festim; e
9) mira telescópica.
3
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
4
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
Grupo 2 – Culatra
A culatra consiste das seguintes peças:
Grupo 5 – Guarda-mão
O guarda-mão desmontável envolve o cano por baixo. Ele está unido à arma por meio de um
pino de fixação. Uma alça no guarda-mão serve para enganchar a bandoleira.
Grupo 6 – Carregador
Pode-se usar, à escolha, um carregador com 20 cartuchos ou um para 40 cartuchos.
O carregador consiste das seguintes peças.
a) caixa de carregador;
b) tampa do carregador; e
c) transportador com mola e chapa de segurança.
5
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
Grupo 7 – Bandoleira
A bandoleira serve para transportar o fuzil, e o atirador estará pronto para atirar, qualquer que
seja a posição que assuma.
6.1 Travar
Coloque a asa do registro de segurança na posição “S” . Não é possível acionar o gatilho. A
arma pode ser carregada em estado travado.
6.2 Atirar
6.2.2 – Rajada
8 Carregar o Fuzil
Trave o fuzil, puxe o punho de manejo para trás com a mão esquerda, e engate-o no rebaixo do
tubo. Coloque o carregador cheio na abertura, de tal maneira que o suporte encaixe audivelmente.
Deixe o punho de manejo saltar para frente da sua posição mais recuada. O fuzil agora está carregado
e travado.
6
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
9 Tiro com Granadas de Fuzil
Para o tiro com granadas de fuzil os seguinte procedimentos devem ser obedecidos:
a) trave o fuzil;
b) tire o carregador;
c) puxe o punho de manejo e engate-o no rebaixo do tubo;
d) coloque o cartucho propulsor com a mão;
e) deixe saltar o punho de manejo da posição mais recuada para frente; e
f) coloque a granada e a alça de mira correspondente.
10 Desmontagem do Fuzil
Para a desmontagem do fuzil HK-33 os seguintes procedimentos devem ser seguidos:
a) trave o fuzil;
b) tire o carregador;
c) descarregue a arma; puxe o punho de manejo, certifique-se de que a câmara do cartucho
está vazia, depois deixe saltar a culatra para frente;
d) tire o sabre e a bainha;
e) desenganche a bandoleira;
f) tire a coronha;
g) abaixe ou tire a empunhadura;
h) puxe a culatra com a mola recuperadora por meio do punho de manejo e tire-a da caixa de
mecanismo; e
i) tire o guarda-mão.
11 Montagem do Fuzil
Para a montagem do fuzil HK-33 os seguintes procedimentos devem ser seguidos:
a) monte o guarda-mão;
b) coloque a culatra montada, com a mola recuperadora, na caixa de mecanismo;
c) monte ou fixe a empunhadura, (coloque a asa de registro na empunhadura (“S”);
d) monte a coronha fixa ou retrátil na caixa de mecanismo e aperte o pino de fixação;
e) enganche a bandoleira;
f) enganche o sabre e recoloque a bainha;
g) verifique a montagem correta do fuzil, acionando várias vezes o punho de manejo; e
h) recoloque o carregador.
Carregue o fuzil com o punho de manejo e inicie o tiro. Se o fuzil não disparar, trave-o tire o
carregador, descarregue o fuzil e procure o defeito.
12 Funcionamento
Estando o fuzil HK-33 engatilhado, carregado e destravado, puxando-se o gatilho, o cão é
liberado e bate no percutor. O cartucho é percutido. Os gases da pólvora impelem o projétil para
frente.
Ao mesmo tempo, os gases exercem uma pressão sobre o cartucho vazio. As forças que assim agem,
sobre a base da cabeça da culatra, são transmitidas através dos roletes em parte à caixa de mecanismo
e em parte, por intermédio da peça de trancamento da culatra, ao suporte da culatra, enquanto a
configuração angular da peça de trancamento da culatra e da peça de travamento do cano causa um
movimento de recuo retardado da cabeça da culatra.
7
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
Isso faz com que a culatra realize a oclusão do cano, até que no projétil tenha deixado a boca
deste.
Após o destrancamento, quando os roletes entram completamente na cabeça da culatra, a
culatra pode deslizar mais para trás. Ao mesmo tempo, o cartucho vazio é extraído e ejetado durante a
abertura. O cão é recuado e a mola recuperadora comprimida desde o início do movimento de
recuo.
A mola recuperadora, que fez o amortecimento da culatra no recuo, distende-se fazendo a culatra
avançar, dando início à fase do avanço.
No avanço, o cão é armado, e a culatra retira o cartucho da mesa de alimentação para introduzi-lo na
câmara, fazendo o carregamento. O extrator encaixa-se na gola do cartucho quando a cabeça da culatra
termina seu movimento de avanço, fechando a arma. O suporte da culatra continua avançando para
realizar o trancamento e, consequentemente, o engatilhamento.
No trancamento, os roletes de trancamento da culatra são apertados sobre as faces de apoio da peça do
travamento do cano, por intermédio das faces oblíquas da peça de trancamento da culatra. O fuzil está
pronto para o tiro seguinte, quando selecionado em “intermitente”.
Com fuzil selecionado em “intermitente”, no final do avanço do suporte da culatra, este age na
alavanca do comutador de tiro, para liberar o cão do comutador e deixá-lo preso pelo armador.
8
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
CAPÍTULO V
INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO - IPT
1 INTRODUÇÃO
Habilitar tecnicamente o atirador na desmontagem, montagem, limpeza, manutenção orgânica,
manejo da arma, tomada de posições de tiro para cada uma das armas empregadas pelo Comando da
Aeronáutica. Enfatizar todos os procedimentos adotados no estande de tiro e, principalmente, as
normas de segurança, dando-lhe as necessárias condições para iniciar, de forma segura, os exercícios
de tiro real programados.
2 REGRAS DE SEGURANÇA
3 FUNDAMENTOS DO TIRO
Consideram-se Fundamentos do Tiro os conjuntos de fatores de responsabilidade do atirador
que tem influência decisiva na precisão dos disparos efetuados
Cabe ressaltar que o tiro de precisão é a base para a instrução do tiro militar.
São cinco os fundamentos do tiro de precisão: (PEVRA)
• Posição de tiro: situação adotada pelo corpo do atirador para a realização do disparo;
• Empunhadura: maneira de sustentar a arma para o disparo;
10
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
• Visada: alinhamento entre o olho do atirador, o aparelho de pontaria e o alvo;
• Respiração: forma de efetuar os movimentos de ventilação durante a execução do disparo; e
• Acionamento do gatilho: ação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho.
Posição Deitado
a) joelho do lado da mão fraca posicionado em ângulo de aproximadamente 90º com o plano de tiro;
b) a extremidade distal do braço do lado da mão fraca apoiada no joelho;
c) o guarda-mão apoiado na palma da mão fraca, sem que os dedos exerçam qualquer pressão sobre ele;
d) joelho do lado da mão forte apoiado no solo, posicionado em ângulo de, aproximadamente 90º com a
linha de tiro;
e) o pé do lado da mão forte serve de base no solo, devendo o atirador estar sentado sobre o mesmo; e
f) cabeça posicionada de forma que permita fazer a visada confortavelmente.
11
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
Posição de Joelho
• Posição de Pé (P)
a) de lado para o alvo, com os pés afastados confortavelmente (aproximadamente a mesma largura dos
ombros);
b) tronco inclinado ligeiramente para trás a fim de equilibrar o peso da arma;
c) quadril projetado ligeiramente para frente;
d) perna do lado da mão forte sustenta o peso da arma ficando completamente distendida; e
e)coronha apoiada no cavado do ombro.
Posição de Pé
3.2 EMPUNHADURA
Ao apontar a arma, o atirador deve posicioná-la de tal maneira que o projétil orientado pelo cano no
início da trajetória atinja o alvo. É necessário que a alça, a massa de mira e o alvo estejam alinhados ( linha de
visada) conforme as características do aparelho de pontaria de cada arma.
12
Instrução Militar Armamento, Munição e Tiro CPCAR
A correta focalização do conjunto alça, massa e alvo é importante, pois o olho deve estar focado sobre o
topo da massa de mira que, por sua vez, deve estar centrada e alinhada com a alça de mira, no momento do
disparo. Enquanto comprime a tecla do gatilho, o atirador deve manter a focalização sobre o conjunto alça-massa
(linha de mira), com o alvo ligeiramente embaçado, e assim permanece até o disparo.
Para o tiro de precisão, recomenda-se que no fundamento Visada, seja empregado o olho diretor, ou
seja, o olho de maior acuidade visual.
Ao realizar a visada, o atirador deve levar a arma (aparelho de pontaria) à altura do olho, nunca o
contrário, o que prejudicaria a postura.
3.4 RESPIRAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
EXPEDIENTE
13
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
SUMÁRIO
- CAPÍTULO VI --------------------------------------------------------------------------------------------------------------03
PISTOLA TAURUS 9mm - PT 92
- CAPÍTULO VII--------------------------------------------------------------------------------------------------------------09
INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO – IPT
1
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
Aplicar as técnicas adquiridas na IPT, a fim de executar uma boa instrução de tiro (Ap);
Aplicar as regras de segurança previstas para o manuseio e utilização com armas de fogo (Ap);
Identificar os cinco Fundamentos do Tiro como fator de influência decisiva na precisão dos disparos efetuados
(Ro).
2
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
CAPÍTULO VI
1 INTRODUÇÃO
A PISTOLA (Pst) TAURUS modelo 92 calibre 9mm "parabellum" é uma arma de tiro semiautomático,
com trancamento realizado por um bloco oscilante na vertical, e com o destrancamento realizado pelo recuo do
cano. Este sistema reduz a velocidade de retrocesso da massa recuante, com a consequente diminuição do recuo
da arma durante o disparo. Seu princípio de funcionamento é o curto recuo do cano.
Não obstante pelo seu peso limitado (0,950Kg), a Pst Taurus foi projetada para utilizar aço e ligas
especiais e os mesmos cartuchos empregados pela Submetralhadora de mão Taurus 9mm MT l2/AD.
Em condições normais de ação, a velocidade inicial, e a correspondente energia cinética de ação, proporcionam
um alto poder de impacto até 200 metros.
Ressalta-se ainda que adotando o sistema de dupla ação, pelo simples acionamento do dedo no gatilho,
possibilita uma maior rapidez de manuseio, mesmo com o cão desarmado.
Um carregador do tipo bifilar com capacidade para 15 (quinze) cartuchos, proporciona uma dupla
autonomia de fogo em relação aos carregadores comuns de mesmo comprimento.
2.1 CANO
a) Calibre 9mm.
b) Comprimento 125mm.
c) Raiamento 6 raias à direita.
d)
2.2 ARMA
a) Comprimento 217mm.
b) Sistema de refrigeração a ar.
c) Classificação quanto ao tipo: de porte.
quanto ao emprego: individual.
quanto ao funcionamento: semiautomático.
d) Altura máxima 137mm.
e) Espessura 37mm
f) Peso com o carregador vazio 0,950 kg.
g) Peso com o carregador completo 1,138 kg.
h) Capacidade do carregador 15 cartuchos.
i) Alcance de utilização 50m.
j) distância normal de utilização 25m.
k) Comprimento da linha de mira 155mm.
l) Princípio de funcionamento curto recuo do cano, com trancamento por meio do bloco oscilante.
O principal dispositivo de segurança foi estudado para funcionar tanto com o cão armado como
desarmado, pois trava o cão e armadilha, simultaneamente, pelo simples acionamento do registro de segurança
para cima. Tal dispositivo foi ainda projetado para possibilitar uma rápida passagem da posição de segurança
para a posição de disparo.
A arma apresenta, ainda, outro recurso de modo a não permitir um disparo imprevisto. Referimo-nos ao
dente de segurança do cão, que age no momento em que este é puxado acidentalmente, não alcançando a
posição de disparo, bloqueando o cão num estágio intermediário, evitando assim, a percussão do cartucho.
O modelo PT-92 AFDO possui um terceiro dispositivo chamado retém do percussor , o qual impede o
3
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
avanço do percussor sem o acionamento do gatilho. O referido dispositivo impede o tiro acidental no caso de
queda da arma.
4
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
Esta operação deve ser realizada com atenção a fim de evitar o salto da mola recuperadora, pois a cabeça da guia
da mola montada sob pressão no rebaixo do ressalto do bloco de trancamento.
5
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
4.7 ARMAÇÃO
A armação da Pistola Taurus PT-92 é uma só peça de liga especial leve, estampada, servindo de base
ao grupo ferrolho e cano, constituindo-se também como empunhadura.
Obs.: As peças marcadas em negrito interessam mais ao aluno, por se tratar de montagem e
desmontagem nível 1º escalão.
6.1 ALIMENTAR
Introduzir o carregador municiado pela parte inferior do punho, forçando-o para dentro, até que fique
preso pelo seu retém e se ouça o estalido característico.
6.2 CARREGAR
Após alimentar a pistola, puxar o ferrolho para trás, deixando-o avançar, em seguida, com essa
6
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
Estando a arma carregada, para extrair e ejetar, puxar o ferrolho para trás. O cartucho que se encontra na
câmara será extraído pelo extrator e, a seguir, ejetado pelo lado direito do ferrolho. Para aumentar a segurança,
essa operação só deve ser realizada após a retirada do carregador da arma, para evitar que a arma seja novamente
carregada.
6.4 ARMAR
6.5 TRAVAR
Levar o dispositivo de segurança do cão para o estágio intermediário, não alcançando com isso a
posição de disparo.
Acionar o registro de segurança, levantando-o para. cima, que funciona com o cão armado ou
desarmado, pois trava o cão e a armadilha.
6.6 DESTRAVAR
6.7 DISPARAR
Estando a pistola carregada e destravada, para disparar é necessário comprimir a tecla do gatilho.
Disparado e expulso o último cartucho, o transportador do carregador vazio levanta o retém do ferrolho
bloqueando este último na sua posição de recuo máximo.
A arma permanece na posição "aberta", alertando o atirador do término da disponibilidade de tiros.
Para carregar a arma é suficiente extrair o carregador vazio, substituindo-o por outro cheio e puxar o
retém do ferrolho para baixo, liberando o ferrolho que volta à posição "fechada", ao mesmo tempo em que, um
cartucho é retirado do carregador e levado à câmara. Assim, a arma encontra-se novamente em condições de
disparo.
7 FUNCIONAMENTO
7.1 GENERALIDADES
Empunha-se a arma com a mão direita (ou esquerda) e com a esquerda (ou direita) introduz-se o
carregador, empurrando-o até que seja agarrado pelo retém do mesmo.
Agarra-se o ferrolho, pela parte recartilhada, puxando-o vigorosamente para trás e largando-o
bruscamente (dar o golpe). Essa operação será facilitada se o cão for armado antes. A pistola está carregada e
pronta para o tiro.
Premendo-se o gatilho, este, através do tirante, faz girar a armadilha. O cão, que com seu dente estava
preso à armadilha, está agora livre e empurrado pelo guia da mola comprimida, avança chocando-se
violentamente sobre o percussor, determinando o disparo do cartucho.
Caso a arma já tenha um cartucho na câmara e o cão esteja desarmado, será suficiente, graças à dupla
ação, o acionamento do gatilho para que o tirante agindo diretamente sobre o cão, provoque o seu recuo, o
destravamento simultâneo da armadilha e o consequente impacto no percussor, disparando-o. Tal sistema permite
também a imediata repetição da percussão do mesmo cartucho, admitindo-se uma eventual falha de percussão.
7
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
Também nesse modelo de arma, o cão é dotado de dois dentes. O primeiro, denominado dente de
segurança, trava o cão, no caso de este ser largado antes de completamente armado, impedindo a percussão. O
segundo é chamado dente de disparo. Depois do disparo, a pressão exercida pelos gases, agindo sobre o fundo do
cartucho, faz com que este e também o grupo ferrolho-cano retrocedam. Isto ocorre porque o cano está preso ao
ferrolho através do bloco de trancamento.
Ao recuar cerca de 7mm, o mergulhador do bloco de trancamento, alojado na parte posterior do cano,
bate no plano trabalhado na armação e com a sua parte anterior age no bloco oscilante de trancamento, obrigando
este último a abaixar, livrando as asas que estavam alojadas no ferrolho. A partir deste ponto, o cano interrompe
o seu movimento ao mesmo tempo em que o ferrolho prossegue o seu curso de recuo, extraindo e ejetando o
estojo ( ou cartucho).
O tempo do movimento efetuado pelo conjunto cano-ferrolho, quando rigidamente unidos, é suficiente
para permitir a saída do projétil e do gás pela boca da arma, antes mesmo do desligamento do referido conjunto.
Isso possibilita um menor solavanco da arma durante a ação.
Durante todo o recuo do ferrolho realiza-se a compressão da mola recuperadora e, ao mesmo tempo, o
cão é obrigado a girar para trás e a agarrar-se, com o próprio dente de disparo, à armadilha, permanecendo
armado. Terminado o movimento de recuo, a ação da mola recuperadora faz retornar o ferrolho à frente, o qual
retira um novo cartucho do carregador, introduzindo-o na câmara.
O cano, por sua vez, também é transportado à frente pelo ferrolho, retornando à sua posição inicial, ao
mesmo tempo em que o bloco oscilante de trancamento, pela ação de um plano inclinado, é obrigado a subir
recolocando as suas asas no alojamento do ferrolho.
Por outro lado, durante o retrocesso do ferrolho, o tirante do gatilho é obrigado por aquele a abaixar-se
fazendo com que a armadilha volte à sua posição normal. Permanece impedindo o disparo contínuo (rajada),
ainda que o atirador permaneça pressionando o gatilho.
Imediatamente após relaxado o gatilho, o tirante, levantando-se, entra em contato com a armadilha
deixando a arma pronta para o disparo subsequente.
Renovando-se sucessivamente a pressão sobre o gatilho, repetem-se todas as operações e movimentos
acima mencionados até o término dos cartuchos contidos no carregador.
8 MANUTENÇÃO E LIMPEZA
8.1 MANUTENÇÃO
As principais regras a observar, objetivando o correto uso da arma, são as seguintes:
Realizar o procedimento de segurança.
Inspecionar o interior do cano. Verificar o funcionamento dos diversos dispositivos.
Verificar se o carregador não apresenta deformações nos lábios e se o transportador está funcionando
regularmente.
Depois de disparar em seco, proceder a desmontagem parcial, a limpeza e a lubrificação.
8.2 LIMPEZA
Para proceder a limpeza da arma, quando esta não está por demais suja, é suficiente tirar o cano, o
ferrolho, a mola recuperadora e respectiva guia e remover as sujidades com rustilo DW 1062 (querosene ou água
quente).
Por outro lado, é importante lembrar que, depois do uso, o cano deve ser sempre limpo e, em seguida,
enxuto e lubrificado com óleo leve de armamento (WD 40).
8
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
CAPÍTULO VII
1 INTRODUÇÃO
Aplicar as técnicas adquiridas na IPT, executando o tiro com habilidade, desenvolvendo a confiança na
utilização da arma de fogo e os conceitos de emprego do armamento nos serviços diários, de campanha e demais
atividades de rotina das OM da Aeronáutica.
Desenvolver a eficácia do tiro individual, simulando situações que se aproximem, ao máximo, das
condições de emprego nas atividades inerentes ao militar, preparando-o para uma pronta resposta, em situações
de grande pressão psicológica, respeitando sempre as normas de segurança. Estará habilitado a executar o TMA,
o militar que atingir o padrão mínimo de desempenho na instrução do TMB, e não ter permanecido por mais de 2
anos sem realizar instrução de tiro.
2 REGRAS DE SEGURANÇA
2.1.1 Jamais aponte sua arma para alguém. Esteja carregada ou não. Imagine que a qualquer momento um tiro
poderá sair do cano.
2.1.2 Jamais pergunte se uma arma está carregada. Verifique você mesmo.
2.1.3 Jamais inspecionar uma arma pela boca do cano.
2.1.4 Sempre inspecionar a arma antes do manuseio ou transporte.
2.1.5 Mantenha a arma perfeitamente limpa. Verifique, antes do tiro, se o cano está desobstruído (verifique a
câmara visualmente).
2.1.6 Conheça o funcionamento de toda arma que for manusear.
2.1.7 Manter a arma em perfeitas condições de uso.
2.1.8 Evitar queda da arma.
2.1.9 Manter a arma fora do alcance de pessoas não habilitadas.
2.1.10 Jamais utilizar arma ou munição descaracterizadas.
2.1.11 Atire em alvos apropriados e nunca em objetos que possam causar ricochete.
2.1.12 Ao passar uma arma para alguém, execute a verificação de segurança, mantenha a arma aberta e gire a
mesma de forma a apontar o cano para si, no ato da entrega.
2.2.1 São proibidos gritos, conversas paralelas, brincadeiras e comentários entre os atiradores.
2.2.2 É expressamente proibido manusear, alimentar ou carregar uma arma fora do posto de tiro ou outra posição
prevista.
2.2.3 É proibida a livre iniciativa, todo e qualquer procedimento ou manuseio de armas no estande de tiro deverá
ser a comando do Instrutor.
2.2.4 Todos os envolvidos na instrução devem notificar, imediatamente ao Instrutor de Tiro - IT, qualquer
situação que possa ser atentatória à segurança.
2.2.5 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, são de uso obrigatório.
2.2.6 Todo manuseio da arma deverá ser feito com o cano apontado para o plano de tiro.
2.2.7 O atirador deverá manter sempre o dedo fora do guarda-mato até o momento da execução do disparo.
2.2.8 encerrada a série de tiros, o atirador procede a verificação de segurança e deixa a arma aberta, coma a
janela de ejeção voltada para cima.
2.2.9 Em caso de acidente, todos os atiradores deverão permanecer em seus lugares com as armas travadas.
9
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
3 FUNDAMENTOS DO TIRO
• Posição de tiro: situação adotada pelo corpo do atirador para a realização do disparo;
• Empunhadura: maneira de sustentar a arma para o disparo;
• Visada: alinhamento entre o olho do atirador, o aparelho de pontaria e o alvo;
• Respiração: forma de efetuar os movimentos de ventilação durante a execução do disparo; e
• Acionamento do gatilho: ação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho.
A adoção da correta posição de tiro visa a maior estabilidade do corpo durante a realização do disparo.
A correta posição de tiro envolve a adoção de uma postura adequada, com vistas a evitar o desconforto e
a fadiga oriundos da tensão desnecessária, com influência negativa sobre a precisão dos disparos.
São consideradas básicas para o tiro militar as posições deitado, de joelho e de pé, embora sejam
admitidas outras posições, tidas como secundárias.
a) deitado, com o corpo distendido em ângulo de aproximadamente 20º em relação à linha de tiro;
b) pernas afastadas confortavelmente; e
c) cotovelos afastados do corpo e apoiados no solo, de modo que não permita aproximar a arma do
rosto.
Posição Deitado
a) joelho do lado da mão fraca posicionado em ângulo de aproximadamente 90º com o plano de tiro;
b) joelho do lado da mão forte apoiado no solo, posicionado em ângulo de 90º com a linha de tiro;
c) pé do lado da mão forte serve de base no solo, devendo o atirador estar sentado sobre o mesmo;
d) a extremidade distal do braço do lado da mão fraca deve estar apoiada no joelho; e
e) cabeça posicionada de forma que permita fazer a visada confortavelmente, sem aproximar a arma do
rosto
Posição de Joelho
10
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
Posição Weaver
a) frente para o alvo, com os braços distendidos, a arma deve estar empunhada
com as duas mãos, à altura dos olhos, sendo que a mão fraca deve envolver a mão forte
e forçá-la de encontro à arma;
b) pernas afastadas na largura dos ombros e os pés, paralelos; e
c) o atirador deve manter o tronco ereto e a cabeça posicionada de forma que
permita fazer a visada confortavelmente.
Posição Isósceles
3.2 EMPUNHADURA
A posição da mão na arma é tratada com certo destaque, face à importância que a
empunhadura representa na obtenção de um bom disparo. Empunhadura é, portanto, a
posição correta da mão na arma, o que resulta em:
a) perfeito alinhamento pulso arma;
b)firmeza no momento do disparo e, consequentemente, controle do recuo;
c) maior facilidade na consecução do disparo seguinte;
d) posicionamento correto do dedo indicador no gatilho;
e) facilidade no enquadramento do aparelho de pontaria; e
f) diminuição da fadiga.
11
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
A boa empunhadura deve ser feita com as duas mãos, sendo que a mão forte
empunha a arma, ficando esta envolvida pela mão fraca.
A empunhadura deve ser firme para minimizar os movimentos causados pelo
recuo sem , porém, causar tensão ou fadiga na musculatura dos braços e das mãos. Se o
braço do lado da mão forte estiver tremendo, é sinal que a pressão na arma está
excessiva.
Não deve haver na empunhadura nenhuma pressão lateral, pois isto faria a arma
girar no momento do disparo. O dedo polegar da mão forte deve apenas encostar na
placa do punho, porém, sem que aí exerça a menor pressão. A pressão exercida na
empunhadura deve ser a mais uniforme possível.
Se a arma, quando apontada naturalmente para o alvo, não exigir nenhum esforço
excessivo do pulso, isto significa que a empunhadura está correta.
Quando utilizando a pistola, o atirador deve ter o cuidado para não deixar o
polegar da mão fraca atrás do ferrolho, a fim de evitar ferimentos. A pistola deve ser
empunhada o mais alto possível na mão, sem, contudo, ultrapassar o limitador da
armação.
3.3 VISADA
Ao apontar a arma, o atirador deve posicioná-la de tal maneira que o projétil orientado pelo cano no
início da trajetória atinja o alvo. É necessário que a alça, a massa de mira e o alvo estejam alinhados (linha de
visada) conforme as características do aparelho de pontaria de cada arma.
A correta focalização do conjunto alça, massa e alvo é importante, pois o olho deve estar focado sobre o
topo da massa de mira que, por sua vez, deve estar centrada e alinhada com a alça de mira, no momento do
disparo. Enquanto comprime a tecla do gatilho, o atirador deve manter a focalização sobre o conjunto alça-massa
(linha de mira), com o alvo ligeiramente embaçado, e assim permanece até o disparo.
Para o tiro de precisão, recomenda-se que no fundamento visada, seja empregado o olho diretor, ou
seja, o olho de maior acuidade visual.
Ao realizar a visada, o atirador deve levar a arma (aparelho de pontaria) à altura do olho, nunca o
contrário, o que prejudicaria a postura.
3.4 RESPIRAÇÃO
Os movimentos ventilados (inspiração e expiração) tem importância relevante na precisão do tiro divido
à extensão e a contração do tórax, que podem transferir oscilação vertical para a arma.
Não há uma regra geral a ser seguida pelo atirador; alguns inspiram profundamente ao levantarem a
arma enquanto outros mantém cheios os pulmões ao iniciar a pontaria e a ação sobre o gatilho.
O correto acionamento da tecla do gatilho é realizado pressionando-a diretamente para a retaguarda, com
aumento gradativo da pressão, até que seja liberado o mecanismo de disparo da arma (desengatilhamento).
O dedo deve ter contato com o gatilho em qualquer ponto entre a ponta da falange distal e a articulação
desta com a falange medial. O guarda-mato ou o lado do punho não devem ser tocados, para evitar a formação
12
Instrução Militar RESERVADO Armamento, Munição e Tiro CPCAR
de uma tração lateral, que, embora mínima, tende a alterar a posição dos elementos de pontaria em relação ao
ponto visado.
BIBLIOGRAFIA
EXPEDIENTE
13