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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

DE MINAS GERAIS
ESTADO-MAIOR

INSTRUÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL

PELOTÃO DE BOMBEIROS

ADMINISTRAÇÃO OPERACIONAL DOS PELOTÕES


DESCENTRALIZADOS

2007
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DE MINAS GERAIS
ESTADO-MAIOR

INSTRUÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL Nº 17, de 18/06/07


ADMINISTRAÇÃO OPERACIONAL DOS PELOTÕES
DESCENTRALIZADOS

1 FINALIDADE
Estabelecer procedimentos necessários à conduta dos
BBM para a administração, Comando e emprego operacional
dos Pelotões Descentralizados de Bombeiros.

2 OBJETIVOS
2.1 Propiciar maior interação entre o Corpo de Bombeiros Militar
e a comunidade;
2.2 Aperfeiçoar canais de fluência de reivindicações
operacionais dos integrantes dos Pelotões Descentralizados;
2.3 Atribuir responsabilidade de comando, fiscalização e
controle;

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2.4 Estabelecer subordinação direta de modo a facilitar a
identificação dos canais de comunicação melhorando o
gerenciamento das atividades desenvolvidas;
2.5 Estreitar a relação COBOM x Pelotões de Bombeiros de
forma a melhorar a prestação de serviços à comunidade.

3 GENERALIDADES
Para o desenvolvimento das atividades com eficiência e
eficácia, necessário se faz a observação de alguns princípios
que devem ser considerados, sendo eles:

3.1 Eficácia Operacional


Os Pelotões Descentralizados para atender rápida e
eficazmente os sinistros para os quais são acionados devem
possuir viaturas de socorros de incêndios, resgate e
salvamentos, adequadamente equipados para controlarem
imediatamente a situação ou procederem ao primeiro
enfrentamento até que reforços cheguem ao local. Um socorro
eficaz pressupõe profissionais capacitados técnica, física e
psicologicamente, de forma a realizar um atendimento rápido e
satisfatório às demandas operacionais e para controle ou
eliminação aos sinistros.

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3.2 Ênfase Preventiva
O Oficial ou Subten/Sgt designado para exercer a função de
Comandante do Pelotão deve, conjuntamente com os demais
integrantes do mesmo, identificar os pontos críticos de sua área
e desenvolver um plano de Vistoria de Orientação e Palestras
Preventivas de modo que a comunidade passe a cooperar com a
ação dos bombeiros. Devem conhecer a dimensão dos riscos
localizados em sua área e a forma de enfrentá-los. Para os
pontos mais sensíveis devem ser elaborados planos específicos
de atuação.

3.3 Interação comunitária


O Pelotão não sobrevive só nem tem razão de ser, isolado da
comunidade que o cerca. É necessário um trabalho de
aproximação, integração e interação. Visitas Pós-sinistros,
Vistorias de Orientação, Palestras Preventivas e Demonstrações
pelas Gu de serviço devem ser realizadas também com este
objetivo, além da ação preventiva correspondente. Outros
eventos não operacionais também devem ser usados para
buscas de integração com a comunidade, inclusive torneios
desportivos. Esta atividade pode ser desenvolvida com o apoio
da B5 da Unidade.

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3.4 Comandante do Pelotão
O comandante do Pelotão Descentralizado é o canal direto
entre o comando do Batalhão, da Cia BM, das Seções do EMU,
comunidade e dos componentes do referido Pelotão. Ele
permanecerá no horário de expediente no Pelotão para
recebimento e encaminhamento da documentação. É o
encarregado de transmitir as ordens, instruções e orientações do
Comando e de encaminhar reivindicações operacionais e
administrativas do Pelotão e de seus integrantes. O Comandante
do Pelotão, embora cumpra o horário de expediente, não é
administrativo. Deve ser anunciado como integrante da
prevenção e pode ser empenhado pelo COBOM durante o
horário de expediente. Em caráter excepcional, devidamente
justificado pelo Cmt da UEOp o Comando do Pelotão poderá ser
atribuído a Subten ou Sgt.

3.5 Planos
O Pelotão deverá elaborar planos específicos para o seu
espaço geográfico de atuação e levantamento e manutenção em
arquivo dos seguintes itens:
3.5.1 Área de atuação (municípios e bairros);
3.5.2 Locais de risco (Vertical e horizontal): - favelas, áreas de
inundação, refinarias, indústrias, prédios antigos sem sistema de

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PCI, estádios, área com risco de desabamento, rodovias, locais
de grande freqüência de público, shoppings, etc.;
3.5.3 Órgãos públicos, militares e civis;
3.5.4 Órgãos privados de grande relevância (igrejas, templos,
grandes empresas);
3.5.5 Órgãos do Sistema de Defesa Pública (endereço e
telefone);
3.5.6 Endereço dos hidrantes; (com informação sob vazão e
pressão);
3.5.7 Pontos de apoio real e potencial (endereços e telefones);
3.5.8 Cópia dos BO gerados nas vistorias realizadas pelas Gu
do Pelotão;
3.5.9 Mapa de sua área de atuação com as sinalizações das
áreas de riscos;
3.5.10 Outros dados de interesse do Pelotão.

4 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
4.1 Acionamento pelo COBOM
Os Pelotões Descentralizados operacionalmente, para efeito
de atendimento de ocorrências, estão ligados diretamente ao
COBOM que determina os chamados a serem atendidos e o tipo
específico de socorro e/ou salvamento a ser deslocado.

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4.2 Acionamento por iniciativa
4.2.1 Quando a solicitação for feita diretamente no Pelotão, o
rádio-operador faz a triagem e repassa ao Chefe de serviço ou
militar mais antigo a situação. Havendo necessidade do
atendimento, o fato deve ser comunicado imediatamente ao
COBOM para o devido registro e coordenação.
4.2.2 Quando a viatura se encontrar na via pública e deparar ou
ser solicitado para uma ocorrência, presta o devido
socorro/salvamento e comunica ao COBOM imediatamente para
o devido controle.

4.3 Atendimento por Ordem de Serviço


Quando no BBM tiver ordens de serviço para serem
cumpridas, devem repassá-las com a devida antecedência ao
Pelotão. O Cmt do Pelotão ou chefe do serviço adotará os
devidos procedimentos para o seu atendimento e comunicará o
fato ao COBOM. Este acionamento se dará conforme prescrito
em 4.2 desta ITO.

4.4 Auto Comando de Área


O CBU da UEOp a que pertence o Pelotão deverá deslocar-
se, simultaneamente, com as viaturas daquela Fração, quando
se tratar de ocorrência de 1º socorro ou 1º salvamento. As

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demais ocorrências que o CBU queira acompanhar, deverá ser
dado conhecimento ao COBOM.

4.5 Boletim de Ocorrência


4.5.1 Os Boletins de Ocorrências atendidos pelos Pelotões
devem ser elaborados pelo Chefe da Gu BM que a atendeu ou
pela primeira Gu BM que chegou ao local.
4.5.2 Em ocorrências em que há o empenho de várias viaturas, o
Comandante da Operação poderá designar uma Gu BM para
elaborar o Boletim, dando conhecimento ao COBOM.
4.5.3 Os Boletins de Ocorrências dos Pelotões devem obedecer
a mesma seqüência de ordem dos BO da sede, sendo
constados na grade do BBM, de acordo com o horário de início
do empenho.
4.5.4 Para efeito estatístico e elaboração de gráficos de
atendimento, os Pelotões devem fazer diariamente e manter em
arquivo, uma grade dos chamados atendidos pelo Pelotão ou as
viaturas que compareceram em apoio ao atendimento de uma
ocorrência.
4.5.5 Os BO com registro posterior feitos pelo Pelotão devem ser
encaminhados ao Cmt do BBM, junto com a documentação da
sede ao término de cada jornada de trabalho.
4.5.6 O preenchimento e destinação dos Boletins de Ocorrências
deverão ser realizados conforme instrução específica.

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4.6 Documentos Operacionais
Os Pelotões devem possuir na Sala de Operações todos os
documentos normativos que possui a SOU da sede da Unidade.
Referidos documentos são necessários e imprescindíveis à
orientação dos procedimentos operacionais a serem adotados
por toda a tropa.

5 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
5.1 As escalas do Pelotão devem ser feitas e controladas pelo
seu Comandante e supervisionadas pelo Comandante da Cia
BM e B/1;
5.2 As férias, licenças, dispensas ou faltas devem ser cobertas
por BM do próprio Pelotão;
5.3 O Cmt de Unidade deve manter o efetivo específico nos
Pelotões Descentralizados;
5.4 Os militares escalados nos Pelotões devem corresponder às
guarnições das viaturas lá existentes, multiplicado por três,
permitindo o acréscimo de 12% correspondente as férias;
5.5 A guarnição de cada viatura operacional deverá ser conforme
instrução específica de composição de Gu BM;
5.6 A instrução técnica específica, o TAF e a instrução de tiro
deverão ser executados na Sede do BBM, conforme normas em
vigor. A instrução extensiva deve ser executada, diariamente no

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início da jornada de trabalho. O Comandante do Pelotão e o
Chefe do Serviço são os responsáveis diretos pelo
aprimoramento técnico profissional de sua tropa, inclusive para
ministrar a instrução de Educação Física e operacional.
5.7 O Chefe do serviço deverá fazer o controle dos BM que
realizam a atividade física e o treinamento técnico específico;
5.8 Sempre que possível, viaturas e equipamentos baixados
devem ser repostos para não prejudicar a operacionalidade do
Pelotão. A baixa de viatura ou equipamento deve ser
comunicada ao CBU e ao COBOM.
5.9 Quando houver viaturas dos Pelotões baixadas e não haver
previsibilidade de seu retorno ou não houver viaturas de reserva
para substituição no período de até 12 horas, os BM dos Pelotão
componentes da GU da Viatura baixada poderão ser
remanejados para a sede ou para outro Pelotão de acordo com
as necessidades, a critério do CBU ou autoridade de linha
superior.
5.10 Mensalmente os Batalhões deverão fazer chamada geral na
sede, aproveitando a oportunidade para passar instruções,
orientações e discutir procedimentos operacionais.
5.11 A B/2 da Unidade deve sempre se reportar aos Pelotões
Descentralizados para obtenção de informações mais apuradas
do local.

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5.12 As visitas pós-sinistros de ocorrências atendidas por um
Pelotão devem ser feitas preferencialmente pelo seu
Comandante;
5.13 Sempre que houver o empenho de todas as viaturas do
Pelotão, dois militares ali deverão permanecer para atender aos
sistemas de comunicação e cuidar da segurança. No Pelotão
deverá haver um plano de segurança do aquartelamento.
5.14Semanalmente o PA deve ser visitado e inspecionado por
um oficial do BBM. Sempre que o CBU ou outros oficiais de
serviço passarem por perto dos postos podem inspecioná-los.
Os CBU, ou demais Oficiais da Unidade, após comunicação ao
COBOM, podem inopinadamente supervisionar os postos.
5.15 O Chefe do PA deverá estabelecer uma escala semanal de
limpeza geral no Posto.
5.16O Rádio-Operador, quando houver necessidade de se
ausentar da SOU/SOF, deverá ser substituído imediatamente.
5.17 O Pelotão deverá produzir sua NGA (Normas Gerais de
Ação) atentando para o estabelecido na NGA da Sede do BBM;
5.18 Deverá ser encaminhada cópia da presente Instrução a
todas Unidades e Pelotões Descentralizados, devendo ser
objeto de exaustivas instruções.

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Esta Instrução revoga as disposições em contrário,
principalmente a ICOp 37/2001.

Quartel em Belo Horizonte, 18 de junho de 2007.

ANTÔNIO DAMÁSIO SOARES, CORONEL BM


CHEFE DO EMBM

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