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CADERNO DE INSTRUÇÃO

EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA - AMAN

1. FINALIDADE

a. O Exercício de Desenvolvimento da Liderança tem por objetivo exercitar e avaliar o cadete na


função de comando e atende à competência principal de comandar frações em situação de guerra e
não-guerra, integrado às funções de combate. Para tal, o exercício proporciona a realização de estudos
de situação no nível fração, além de ser, como muitos outros, um exercício de vivência dos processos
de grupo, entre eles a liderança, por excelência.
b. Os EDL-AMAN serão executados para auxiliar a avaliar o nível de competência dos cadetes
principalmente quanto aos componentes moral, atitudinal e de valores, proporcionando,m
conjuntamente, o aprendizado da reflexão e o desenvolvimento do pensamento crítico.

2. METODOLOGIA

a. Esses exercícios, previstos no PLADIS da disciplina Liderança Militar, do 3º ano das Armas,
Serviço de Intendência e Quadro de Material Bélico, serão executados em regime de operações
continuadas, sob dificuldades de caráter físico (sono, fadiga e condições climáticas adversas) e
psicológicas (medo do desconhecido, surpresa, preocupação e tensão pelas exigências da tarefa e
impostas pelos instrutores).
b. Tal situação tem por objetivo criar um ambiente que se assemelhe, tanto quanto possível, ao
combate real, condição exigida para o desenvolvimento da competência principal, situação mais crítica
em que os futuros oficiais desempenharão suas funções.
c. O EDL é composto de oficinas que apresentam ao Cmt Gp uma missão (situação-problema) que
ele deverá cumprir (resolver) e para tal deverá empregar os métodos doutrinários previstos.
c. O exercício é desenvolvido em duas fases; a fase da execução e a fase da Análise Pós-Ação. A
fase da APA se subdivide ainda em: Doutrinária, com o objetivo de rever erros e acertos ocorridos no
cumprimento das tarefas, normalmente executada após as oficinas; e Atitudinal, que tem como
objetivo refletir sobre as atitudes e comportamentos emitidos pelos cadetes como componentes e
comandantes de grupos e sobre a atuação do grupo como um todo.
d. Este exercício encontra suporte na doutrina de emprego da Força – estudo de situação, decisão,
cumprimento da missão e relatório – bem como interdisciplinaridade com a administração, permitindo
ao cadete internalizar a sequência do PDCA (Plan-Do,Check, Adjust). O PDCA, traduzido por alguns
autores como Planejamento, Desenvolvimento, Controle e Avaliação/Ajuste é um método criado pelo
Dr. Edwards Deming, considerado o pai do controle de qualidade moderno e mundialmente utilizado
para a melhoria de processos e projetos, inclusive pelo Exército em suas Normas para Elaboração,
Gerenciamento e Acompanhamento de Projetos no Exército Brasileiro (NEGAPEB).
e) A oficina, considerada como um miniprojeto, exige para solucioná-la que o cadete inicialmente
colete informações, faça seu estudo de situação e decida sobre a missão, ações estas afetas ao
Planejamento. Após a tomada de decisão, inicia o cumprimento desta e executa as tarefas planejadas,
ações que se referem ao Desenvolvimento. Ao mesmo tempo, checa se os resultados estão sendo os
esperados pelo planejamento e redireciona as ações se necessário, etapa do Controle. Por último, avalia
o que aconteceu e elabora novas formas de atuações frente a desafios futuros semelhantes, fase da
Avaliação/Ajuste (relatório ao final da oficina).
f) Esta sequência possui ainda interdisciplinaridade com o método científico – estudo do problema e
levantamento de hipóteses e metodologia (Planejamento), execução do experimento
(Desenvolvimento), apuração dos resultados (Controle) e avaliação, conclusão e proposta de solução
(Avaliação/Ajuste). Daí a importância dos cadetes se tornarem competentes em empregá-las em todas
as situações.
g. Logo, a sequência lógica que atende à operacionalidade e à interdisciplinaridade está sendo
desenvolvida durante o EDL e o cadete será ainda avaliado em sua capacidade de comando em
operação e pela manifestação ou não de atitudes e valores durante a execução dos trabalhos. Esta
avaliação será conduzida tanto pelos oficiais e cadetes mais antigos, quanto por meio da Análise Pós-
Ação, doutrinária e atitudinal, tendo por base o que preconiza o SIMEB para o adestramento e os
pressupostos da Educação Experiencial.
h. A vivência de situações-problema e a reflexão sobre elas levará o cadete a desenvolver seu
pensamento crítico, avaliando seu procedimento e desenvolvendo novas formas de pensar, sentir e agir
de modo cada vez mais adaptativo às mudanças do meio em que se encontra, sem desconsiderar os
valores preconizados pela ética profissional militar.
i. Os oficiais planejadores do exercício deverão, a partir das atitudes elencadas para serem
observadas em cada oficina, estabelecer pautas comportamentais adaptadas a elas, de modo a facilitar a
observação e o julgamento dos cadetes.
j. Os cadetes deverão receber por escrito ou em entrevista com seu Cmt Pel ou SU as observações
recebidas durante o exercício, momento em que será orientado sobre as estratégias a serem buscadas
para minimizar ou resolver os problemas apresentados ou incrementar suas qualidades.
k. O anexo C - Componentes do Eixo Transversal - das Normas para Construção de Currículos traz
as diversas atitudes a serem desenvolvidas e avaliadas no curso de formação. Conforme estas normas,
foi escolhido um extrato de atitudes que podem ser observadas nos EDL-AMAN dos diversos Cursos.
1) Atitudes relacionadas a si mesmo

- Autoconfiança – agir com segurança e convicção nas próprias capacidades e habilidades, em


diferentes circunstâncias. Está relacionada à atitude de iniciativa.

2) Atitudes relacionadas à convivência social

a) Cooperação – agir, contribuindo espontaneamente para o trabalho de alguém e/ou de uma


equipe.
b) Equilíbrio emocional – agir, controlando as próprias reações emocionais e sentimentos para
se conduzir de modo apropriado, nas diferentes situações.
c) Honestidade – agir com sinceridade e transparência na expressão de ideias e sentimentos,
enfatizando a expressão da verdade.

3) Atitudes relacionadas à atividade profissional

a) Adaptabilidade – ajustar-se apropriadamente a quaisquer mudanças de situação.


b) Iniciativa – agir de forma adequada e oportuna, em conformidade com as demandas da
missão em tela, sem depender de ordem ou decisão superior.
c) Decisão – optar pela alternativa mais adequada, em tempo útil e com convicção, evitando a
omissão, a inação ou a ação intempestiva..
d) Disciplina Intelectual – adotar e defender a decisão superior e/ou do grupo, mesmo tendo
opinado em contrário.
e) Persistência – manter-se em ação continuadamente, a fim de executar uma tarefa, vencendo
as dificuldades encontradas.
f) Responsabilidade – cumprir adequadamente as atribuições de seu cargo, função e posto,
assumindo e enfrentando as consequências de suas atitudes e decisões.

4) Atitudes em relação ao Exército - Valor

a) Comando – conduzir militares sob sua responsabilidade ao cumprimento adequado da


missão.
b) Coragem física: agir, de forma firme e destemida, em situação de ameaça à integridade
física, no sentido do cumprimento da missão.
c) Coragem moral: agir de forma firme e destemida, expondo-se perante o superior, pares ou
subordinados, com a possibilidade de sofrer algum prejuízo pessoal, no sentido do cumprimento da
missão.
d) Rusticidade: adaptar-se a situações de restrição e/ou privação, mantendo a eficiência.

5) Atitudes em relação ao conhecimento


a) Autoaperfeiçoamento: agir voluntariamente no sentido de melhorar seus conhecimentos,
capacidades, atitudes e valores.
b) Criatividade: produzir novos dados, ideias e /ou realizando combinações originais, na
busca de uma solução eficiente e eficaz.

3. EXECUÇÃO

a. Preparação dos Discentes

1) Os executantes deverão ser conduzidos para a realização do EDL-AMAN após um trabalho


árduo e cansativo, como, por exemplo, uma longa marcha ou um exercício de campanha. Neste
momento, já se poderá fazer uma avaliação do entusiasmo profissional e da resistência física de cada
um, de acordo com a reação do indivíduo ao receber a nova missão. Deverá ser tomado o cuidado de
não exagerar nesse trabalho, de modo que o cadete não fique tão estafado a ponto de não conseguir
sequer realizar as oficinas.
2) Serão recolhidos todos os alimentos que porventura estiverem com os executantes. A
alimentação a ser consumida será, apenas, a fornecida pelos instrutores.
3) Antes do início do exercício, o comandante do Curso, acompanhado por um Oficial Médico,
verificará se algum dos executantes apresenta problemas de saúde que o impeça de participar do
exercício. Nessa oportunidade, avaliará a conveniência de controlar o consumo de água.
4) Os executantes usarão uniformes de campanha, capacete balístico numerado, equipamentos
individuais completos (fardo aberto), estarão armados com fuzil e faca de trincheira e conduzirão sua
mochila(fardo de combate) com o peso de 10 kg.
5) Os cadetes serão organizados em grupos homogêneos, compostos por membros que possuam
desempenho semelhante nos exercícios em campanha. A experiência mostra que organizar grupos
misturando os fortes com os mais deficientes não é uma boa solução, pois permite que os que possuem
dificuldades se apoiem nos mais capazes, dificultando a observação de suas atitudes.
6) É importante salientar que na AMAN não se está treinando (adestrando) grupos ou frações
constituídas e sim indivíduos que irão comandar seus pelotões ou seções independentemente. Logo,
deve-se buscar que todos atinjam níveis de excelência em seu procedimento, inclusive em relação ao
grupo que comanda.

b. Duração do Exercício

1) A duração mínima para a execução do EDL será de aproximadamente duas jornadas, divididas
entre a preparação dos discentes, o exercício propriamente dito, inclusa a APA-D, tempo de descanso e
APA- Atitudinal (APA-A).
2) Essa duração foi estabelecida no PLADIS da disciplina Liderança Militar e possibilita a
organização de um exercício que permita executar as avaliações necessárias, inerentes à área
atitudinal. Convencionou-se, para fins de inclusão no PLADIS, que as operações continuadas seriam
inseridas como 8(oito) horas-aula diárias quando fosse utilizado o dia inteiro e 4(quatro) horas
noturnas, mesmo estendendo-se por toda a noite. Desta forma, os S3 dos cursos poderão então dispor
na realidade de 16 horas diurnas e 24 horas noturnas para a realização da preparação dos discentes,
EDL e APA. Normalmente essa carga-horária é distribuída em uma noite de preparação, um dia de
execução, uma noite de manutenção e descanso e uma manhã para a APA-A.
3) Os cursos que realizam exercícios tradicionais e que podem ser utilizados como um EDL,
poderão adaptá-los para atender à presente diretriz, utilizando tempos próprios para acrescentar ao
estipulado pela disciplina.

c. Montagem do EDL

1) O EDL será planejado e aplicado pelo Curso, podendo ser reforçado por oficiais e meios de
outros Cursos e Seções do Corpo de Cadetes, se necessário. Serão empregados, também, cadetes do 4º
ano como auxiliares, sempre com orientação e supervisão cerrada de um oficial.
2) A Seção de Liderança orientará o planejamento e a aplicação do EDL e da APA, mantendo
seus oficiais como assessores diretos do Comandante do Curso e seu S/3. Esses oficiais observarão o
efeito dos trabalhos realizados e relatarão suas observações ao Cmt Corpo de Cadetes, se for o caso.
3) É imperioso que todos os esforços sejam envidados pelo curso para que todos os cadetes
passem pela função de comandante de grupo, quando poderão ser melhor observados em suas atitudes.
Não há qualquer impedimento em se utilizar o período da noite para a execução de oficinas, a fim de
atender à exigência acima. É possível mesmo a organização de dois circuitos com o número de
oficinas necessárias para que o objetivo acima seja atingido. Ex: dois circuitos com 6 oficinas poderão
atender a 12 grupos de 10 componentes; um circuito com 4 locais, onde funcionarão oficinas diferentes
em cada meia jornada, poderá atender 4 grupos de 8 elementos.
4) As situações-problema (oficinas) apresentadas poderão ser de cunho tático, técnico ou
logístico e voltadas tanto para situações de guerra como para não-guerra (situações em que hoje somos
mais empregados).
5) É primordial que o problema proposto não seja de fácil resolução ou estruturado (solução já
prevista em manual). Todos os cadetes possuem, em tese, o mesmo conhecimento para resolver uma
situação padrão, logo, apenas uma situação inédita e complexa poderá proporcionar ao comandante a
oportunidade de conduzir o planejamento e o cumprimento da missão, possibilitando ser observado e
avaliado.
6) A oficina não necessita ser muito exigente quanto ao aspecto físico, pois o cadete já se
encontra em situação de fadiga. Mas deve ser exigente quanto à capacidade do Cmt em realizar um
estudo de situação, decidir e implementar sua decisão, mesmo cansado.
7) Limitações e imposições são as principais ferramentas para tornar a oficina uma situação
problema e exigir do comandante a realização de um estudo de situação. Pode-se utilizar os fatores da
decisão (missão, terreno, inimigo, meios, tempo e considerações civis) para estabelecer limitações e
imposições que afetarão o estudo de situação.
8) Como exemplo, o terreno pode impor determinados movimentos ou impedir a passagem ou
ocupação de posição. O inimigo pode atuar em certos locais ou bater posições que ocasionem a perda
de pessoal e material, logo, devendo ser evitados. Pode ocorrer falta de meios completos para executar
determinada missão, devendo o comandante utilizar meios de fortuna ou consentâneos para a
execução. Ou fornecer ao Cmt apenas os meios que ele solicitar para o cumprimento da missão. As
condições de tempo, que afetam a mobilidade e o emprego de determinados materiais (rádios,
telefones, obuseiros, antenas, etc.) também devem ser exploradas.
9) As considerações civis são também uma limitação excelente a ser utilizada, pois se
transformaram numa das maiores dificuldades para a atuação no campo de batalha, em face da
facilidade de divulgação de informações e das consequências que dela advém no campo político,
econômico e ambiental. Que atitude tomar quando a missão é em uma localidade, ou quando a
população civil encontra-se no local da execução da missão? A segurança desta população: o tiro de
artilharia ou de morteiros por sobre cidades, podendo causar mortes quando da falha de munições. A
necessidade de evacuação de civis que possuem diferenças culturais e não aceitam determinados
procedimentos, principalmente com mulheres e crianças. A existência de museus e áreas de
preservação ambiental e etc.
10) Além da imposições do comando, estas são exemplos de injunções que podem levar o cadete
a ter que lidar com a complexidade de um campo de batalha e tomar decisões sem possuir todos os
dados, devendo utilizar ao máximo o pensamento crítico e a reflexão, isto é, a capacidade intelectual
sua e de seu grupo para chegar à melhor solução.
11) Todas as oficinas iniciam os trabalhos simultaneamente, sendo concedidos 60 minutos para
cada uma. O restante do tempo é destinado ao rodízio, feito em passo de marcha.
12) O exercício deverá contar com figuração (força oponente) que, em determinadas oficinas ou
no trajeto delas, exijam do comandante procedimentos em respostas a suas incursões. É proibido o
contato físico entre os executantes e a figuração, a não ser que a oficina assim exija.
13) Em cada oficina atuará um Oficial Controlador/Orientador (OCO) e tantos outros oficiais ou
cadetes Observadores, conforme o número de atitudes a serem observadas na oficina. Estes estarão de
posse de fichas de observação padronizadas, onde deverão constar as pautas comportamentais
referentes às atitudes elencadas para observação. Para maior precisão da observação, cada observador
poderá fazer registro de apenas 3 pautas para o comandante e observações variadas para os demais do
grupo.
14) As oficinas elaboradas segundo as normas deste CI deverão ser arquivadas, no intuito de se
obter um banco de situações-problema, que poderá ser utilizado não somente no EDL, mas também em
outros exercícios. O aperfeiçoamento das oficinas, ao longo da prática, permitirá obter um conjunto de
instrumentos de avaliação não somente da área atitudinal, mas também do conhecimento sobre as
técnicas de sua Arma, Serviço ou Quadro.
15) Cabe lembrar que toda a avaliação visa primordialmente o desenvolvimento do cadete, antes
de apenas classificá-lo na turma. Isso obriga os cursos a criarem mecanismos de feedback, de modo
que o cadete tome conhecimento o mais rápido possível de suas deficiências e, principalmente,
construa, junto com os oficiais, estratégias para minimizá-las ou corrigi-las.

d. Normas para a Elaboração de EDL

As Normas para a Elaboração de EDL constam do Anexo “A” a esta publicação e orientam os
trabalhos de planejamento, montagem, execução e relatório sobre o EDL, bem como apresenta
exemplos de montagem de oficinas desafiantes e que explorem ao máximo a função de comandante de
grupo, foco principal do exercício. Os exemplos ali constantes são de todo modo simples, podendo os
oficiais de cada curso explorar ainda mais, elaborando oficinas mais complexas e que exijam mais do
planejamento e controle.

4. ANÁLISE PÓS-AÇÃO
a. Generalidades

1) O EDL possui como ferramenta principal de aprendizado: a vivência de situações de comando


acompanhadas da imprescindível Análise Pós-Ação(APA), tanto Doutrinária como Atitudinal, a fim de
que o instruendo adquira o máximo conhecimento possível a partir da experiência vivida. Esta
metodologia apoia-se nos princípios da Educação Experiencial. O Anexo “B” traz orientações sobre
esta metodologia, a serem estudadas pelos oficiais que conduzirão o exercício e principalmente aos
oficiais que conduzirão a APA – Atitudinal (normalmente Cmt SU e Cmt Pel).
2) A APA-D será conduzida logo após o término de cada oficina, no momento em que o
comandante fará o relatório e serão discutidos erros e acertos cometidos, conforme as normas do
SIMEB.
3) No dia posterior ao término do exercício, nos 4 primeiros tempos da manhã, os Cmt SU e Cmt
Pel (há possibilidade do auxílio de outros oficiais) conduzirão a APA-Atitudinal nos moldes
especificados no Anexo “C”, após terem estudado o Anexo “B”, que lhe dará a fundamentação
necessária para conduzi-la. O Plano de Sessão da APA-A encontra-se no Anexo “D”.

f. Trabalho do Oficial Controlador/Observador (OCO)

1) O papel do Oficial Controlador/Observador (OCO) é de suma importância para o sucesso da


APA-Doutrinária. Ele é o oficial responsável pela oficina, dirige sua aplicação e conduz a APA-D ao
final. Ele deve se preparar doutrinariamente para a oficina que irá chefiar. O estudo do Anexo “B” lhe
proporcionará subsídios para conduzir a APA-D em melhores condições.
2) O papel do instrutor nesta metodologia é garantir o atingimento dos objetivos da APA-D e
preparar os discentes para a APA-A, quais sejam:
a) garantir o diálogo franco e produtivo a respeito do que ocorreu na oficina de certo ou
errado doutrinariamente. Durante a APA-D deve ser garantida a abertura necessária para que qualquer
assunto possa ser levantado pelos cadetes e discutido, desde que obedecendo aos ditames da boa
educação e dentro dos parâmetros do respeito aos superiores, à instituição e aos pares;
b) deve garantir que a principal avaliação é sobre o que aconteceu na oficina, os fatores que
concorreram para o resultado e os aprendizados colhidos, evitando julgamentos, atribuição de culpas
ou rótulos a quem quer que seja;
c) permitir que os cadetes cheguem às conclusões por si sós, colhendo o máximo de cada
atividade, complementando, ao final, pontos que ficaram pendentes;
d) apenas interferir por meio de perguntas que direcionam o grupo às conclusões sobre os
acertos e falhas que comprometeram a missão;
e) ficar sempre atento a expressões referidas no plural como “a gente fez”, “nós tomamos a
decisão”, “todos pensam”, a fim de que sejam evitadas ao máximo, cobrando de cada um seu
posicionamento frente os fatos ocorridos, sobre o que pensa e sente, não permitindo que se dissemine a
responsabilidade pelo o grupo, tudo com o objetivo de desenvolver a autoconfiança e a coragem moral.
g. O trabalho do Oficial aplicador da APA-Atitudinal

1) O oficial aplicador da APA-A será normalmente o Cmt SU, acompanhado dos Cmt Pel, por
serem os oficiais que mais conhecem os cadetes e podem conduzi-los a uma reflexão mais profícua e
que lhe forneça estratégias para melhoria.
2) O papel do instrutor nesta metodologia é garantir que o grupo possa levantar e refletir sobre
seu funcionamento e que cada membro possa atingir o objetivo de colher feedbacks sobre os
procedimentos que auxiliaram ou prejudicaram as relações interpessoais no grupo e consequentemente
sua coesão, eficiência e eficácia.
3) Ele se guiará por ações semelhantes ao do OCO, porém com vistas não mais ao que ocorreu
na tarefa (missão), mas sobre os fatores sócio-emocionais (relacionamentos entre os membros do
grupo) que influíram na missão. Para tanto ele deverá:
a) garantir o diálogo franco e produtivo a respeito dos procedimentos que ocorreram durante
as várias missões do grupo, isto é, proporcionar a abertura necessária para que qualquer assunto possa
ser levantado e discutido, desde que obedecendo aos ditames da boa educação e dentro dos parâmetros
do respeito aos superiores, à instituição e aos pares;
b) deve garantir que a principal avaliação é sobre os procedimentos que prejudicaram ou
auxiliaram o cumprimento da missão e o bom relacionamento interpessoal dos membros do grupo, não
permitindo que haja julgamentos, atribuição de culpas ou rótulos sobre os discentes, e sim
investigando os comportamentos que provocaram situações de tensão no grupo ou entre seus membros.
c) exigir o emprego correto da técnica do feedback (ver Anexo”B”);
d) permitir que os cadetes cheguem às conclusões por si sós, colhendo o máximo de cada
atividade;
e) sintetizar os pontos levantados pelos grupos de modo a estabelecer os principais
comportamentos que prejudicaram o funcionamento do grupo e aqueles que proporcionaram maior
coesão e eficiência;
f) ficar sempre atento a expressões referidas no plural como “a gente fez”, “nós tomamos a
decisão”, “todos pensam”, a fim de que sejam evitadas ao máximo, cobrando de cada um seu
posicionamento frente os fatos ocorridos, sobre o que pensa e sente, não permitindo que se dissemine a
responsabilidade pelo o grupo, tudo com o objetivo de desenvolver a autoconfiança e a coragem moral
de cada um.
5. CUIDADOS ESPECIAIS A SEREM OBSERVADOS

a. O EDL-AMAN deve ser visto como uma modalidade de instrução especial. Por este motivo, são
necessários alguns cuidados em sua preparação e execução.
b. O primeiro cuidado diz respeito à SEGURANÇA. Quando se procura criar situações
semelhantes ao combate, onde um indivíduo ou grupo de indivíduos será testado, poderão surgir, em
algumas ocasiões, ideias que fujam ao bom senso e aos objetivos do EDL. Impedir que ocorram
acidentes é responsabilidade de todos os envolvidos, particularmente dos oficiais instrutores. Na
Instrução Militar, lida-se, quase sempre, com o perigo e nela estará contido o risco calculado, que
ocorre quando as situações críticas que serão enfrentadas são conhecidas e foram tomadas as medidas
de segurança necessárias para diminuir o perigo ao menor nível possível.
c. Entre estas medidas de segurança estarão incluídas as recomendações do Comandante do Curso, a
fiel observação dos cuidados previstos nos regulamentos, nos planos, nas diretrizes e nas normas
internas da AMAN, sem esquecer o planejamento minucioso das ações a realizar, o treinamento da
figuração inimiga e os ensaios dos observadores/controladores.
d. Numa situação onde são marcados objetivos a atingir na área afetiva, é fundamental evitar-se
qualquer tipo de acidente, pois isto invalidará o trabalho realizado.
e. O segundo ponto que merece cuidado especial é o comportamento do OCO e ods cadetes
auxiliares em relação aos militares executantes. Ele atuará sem exageros e conforme a orientação do
Comandante do Curso, para que possa haver uma constância de observação em todas as oficinas. A
pressão maior será exercida pela figuração inimiga e pelo fato do executante encontrar-se “em xeque”.
f. O EDL deverá ser conduzido com extrema seriedade. O executante estará ciente dos objetivos do
trabalho e não será alvo de qualquer observação de caráter pessoal ou não profissional, como
brincadeiras jocosas, humilhações e xingamentos.
g. O terceiro aspecto que deve ser bem analisado refere-se ao suprimento Cl I e ao suprimento
d’água. O EDL não é um exercício de sobrevivência e o cadete deverá receber alimentação e água em
quantidades proporcionais ao esforço executado. Contudo, todos os “macetes” pessoais deverão ser
recolhidos.
h. Poderá ser montado um EDL único para os cadetes de todos os Cursos que não tenham realizado
o exercício com aproveitamento ou que tenham faltado à atividade planejada.
Anexo “A” – NORMAS PARA A MONTAGEM ao Caderno de Instrução do EDL

1. FINALIDADE

Estabelecer procedimentos a serem seguidos para a montagem das oficinas do EDL, a fim de se
buscar o máximo desafio para o planejamento, execução, controle e avaliação por parte do Cmt Gp,
bem como manter arquivo organizado e pronto a ser utilizado em outros EDL e exercícios em
campanha.

2. METODOLOGIA

a. Generalidades

1) As oficinas são os instrumentos mais importantes para proporcionar oportunidades de


observação e avaliação da ação dos cadetes em função de comando, obedecendo ao método de
emprego doutrinário.
2) Elas devem ser montadas próximas uma das outras, economizando tempo de deslocamento,
porém cobertas uma das outras, a fim de que os cadetes de uma não vejam o que está acontecendo em
outra.
3) O memento abaixo orienta logicamente o planejamento e a execução das oficinas, permitindo
a produção de um número maior de oficinas a serem escolhidas e empregadas conforme a necessidade
do curso.

b. Memento para elaboração de oficinas

- O planejamento de uma oficina deve abranger os seguintes aspectos:


(1) Situação
- Explanação da situação do combate em que se insere a missão. Podem ser colocados aqui
quaisquer contextos sobre o terreno, o inimigo, os meios e imposições do escalão superior. Operar sob
limitações colocadas pelo inimigo, terreno, meios, tempo, considerações civis e imposições do
comando superior, obriga o cadete a se adaptar para agir em novas situações, além das de manual. Se
ele não atentar para algum destes aspectos, pode não conseguir cumprir a missão. Aqui entra a
criatividade dos instrutores, que obrigará o cadete a sair da zona de conforto e enfrentar uma situação-
problema inédita, possibilitando verificar sua capacidade de adaptação, criatividade, capacidade de
coordenação e direção, bem como seu equilíbrio emocional e iniciativa. Em resumo, a oficina deve
transparecer uma situação de desafio a ser transposto.

(2) Missão
- Neste item deverá constar o texto da missão com todas as limitações e imposições que
houver, de modo sucinto e completo, evitando textos longos como os de provas formais. Pode-se
utilizar quaisquer meios para facilitar seu entendimento (cartas, croquis, imagens retirada da internet,
mensagens por rádio, dados capturados do inimigo, informações da internet, etc). Embora deve conter
certa complexidade por conta das imposições e limitações, a missão não deve induzir a uma
determinada decisão. Este é o momento da interdisciplinaridade, quando se pode buscar a participação
de outras disciplinas. Como exemplos: a utilização de textos em outra língua, que necessitem ser
traduzidos, desde que coerente com a missão recebida; o emprego de aspectos do Direito Internacional
dos Conflitos Armados. É importante abrir ao Cmt Gp a possibilidade de obter outras informações que
julgue úteis e do material que julgue necessário ao cumprimento da missão.

(3) Condições de execução


(a) Explanar sobre a escolha e/ou preparação do local da oficina, do material necessário, do
pessoal e suas missões durante a oficina, e estabelecer um tempo limite para a execução da oficina
(importante para o relatório final que alimentará a melhoria desse procedimento).
(b) Estabelecer a inclusão de outras disciplinas e como ela se dará, especificando as ações
que desencadeará.
(c) Como o que se deseja é que o cadete teste sua capacidade de planejamento, decisão,
direção e controle, além de outras atitudes julgadas importantes para a liderança.
(d) Por conta da limitação de nosso campo de instrução, dificilmente ele poderá atender a
todas as situações criadas pelos oficiais para testa a capacidade dos cadetes, cabe aqui a utilização de
um artifício.
(e) Após o estudo de situação e a decisão do comandante, utiliza-se uma figuração de local
no campo de instrução da situação estudada na carta, croqui ou outro meio utilizado para fornecer
dados da missão ao Cmt Gp. O cadete faz o estudo de situação em qualquer tipo de carta ou croqui e
decide por uma ou outra trilha, ou por lançar a linha por este ou aquele itinerário, ou posicionar a
bateria nesta ou naquela região de posição. Ao passar à execução da missão o OCO irá indicar no
terreno o itinerário que deverá segui conforme sua decisão, os quais irão figurar as situações
estipuladas para aquela decisão. Os locais escolhidos no campo de instrução devem ter alguma
semelhança com os do documento em que foi feito o estudo de situação, principalmente quanto à
participação de elementos do terreno na execução da missão. Exemplo: no Apendice 1 a este anexo -
Resgate de Suprimentos - as matas têm um papel fundamental na missão, pois se o cadete escolher ir
pela trilha que atravessa a mata ele será engajado pela figuração. Logo, a trilha a ser utilizada no
campo de instrução também deverá passar por uma mata, de modo que ocorra o incidente previsto. No
exemplo da Artilharia, podem ser montados dois itinerários, um que vai até a sinalização da região de
ocupação que não deverá ser ocupada, pois realiza tiros sobre a localidade de Adelaide, e outro que
atravessa uma ponte antes da região assinalada, a solução da casa. O Cmt Gp estuda e decide. O OCO
ou seu auxiliar indica o itinerário a ser seguido, o qual estará preparado com as consequências para
aquela decisão.

(4) Atitudes a serem verificadas


(a) As atitudes dividem-se em atitudes do comandante e do grupo. As atitudes do
comandante serão desmembradas em pautas comportamentais, passíveis de serem observadas e
avaliadas. Essas pautas devem ser adequadas à missão recebida e ao tipo de ações que deverão ser
desencadeadas pelo Cmt Gp. Para tal, o S3 se reunirá com seus oficiais e levantará as atitudes a serrem
visadas e construirá as pautas a elas referentes. Estas pautas podem estar direcionadas para as diversas
fases da oficina: recebimento da missão; estudo de situação; execução e controle; retorno; e relatório.
(b) As atitudes escolhidas para observar o grupo não necessitam ser desmembradas em
pautas, pois a observação é geral, porém, se o curso desejar, é possível ser feito, com o cuidado de não
prejudicar a observação sobre o comandante. Cabe lembrar que as atitudes formam um sistema, isto é,
algumas têm ligação com outras. Por exemplo: alguém que possui autoconfiança normalmente
demonstra também iniciativa, coragem e persistência. Logo, é importante selecionar criteriosamente o
que se deseja avaliar. Com isso, evita-se avaliar duas atitudes muito próximas, que serão avaliadas
semelhantemente, sobrando espaço para a avaliação de outras.
(c) A seção Psicopedagógica possui uma relação de pautas já elaboradas pelo CEP
referentes às diversas atitudes.

(5) Ações esperadas do Cmt Gp


(a) Neste item, deverão ser elencadas, em sequência lógica, as ações a serem
desencadeadas por um Cmt Gp padrão (solução da casa), que tenha observado e levado em
consideração todos os detalhes da missão e as limitações do terreno, do inimigo(força adversa ou
APOP) e dos meios, e que servirão de guia para os observadores.
(b) No momento da oficina, este check-list servirá de orientação para a observação mais
precisa das ações do comandante e, quando do relatório, para a realização das perguntas que
investigarão o raciocínio executado por ele para chegar a sua decisão.
(c) A sequência de ações demonstrada pelo Cmt Gp poderá apresentar pontos diferentes
dos levantados pela casa e que podem aperfeiçoar esta sequência. Isso deve constar no relatório do
exercício e se concretizar em mudanças na sequência para o próximo ano.

(6) Ações esperadas do grupo


- Neste item, em sequência lógica, serão explicitadas as ações que seriam desencadeadas
por um grupo padrão, sob o comando de um Cmt Padrão (solução da casa). Também aqui, as ações
que não estavam previstas mas foram necessárias deverão constar do relatório para aperfeiçoamento da
ofician.

(7) Outras observações


- Incluir aqui outras observações que não se enquadrem nos itens acima, mas que sejam
necessárias para o bom entendimento e execução da oficina. Podem ser explicitados o tempo e o modo
como será conduzido o relatório ao final da missão e como deverão agir os oficiais e cadetes auxiliares
no sentido de permitir ou restringir a liberdade do comandante para atuar. Podem também ser citadas
observações quanto à Segurança.

b) Exemplos de Circuitos, Quadro Horário e Oficinas


O Apêndice 1 traz exemplos de preparação de um EDL, circuitos, quadro-horário e
oficinas, bem como Fichas de Observação preenchidas.
Apêndice 1 ao Anexo “A” – EXEMPLOS

MONTAGEM DO EXERCÍCIO DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA

1. GENERALIDADES

O presente anexo tem por objetivo esclarecer os passos a serem dados para a elaboração e execução
de um EDL e de algumas de suas oficinas, a fim de servir de referência para o planejamento dos
Cursos.
O planejamento constará dos seguintes itens: Situação; Missão; Condições de Execução; Ações
esperadas do Cmt Gp; Ações esperadas do Grupo; Observações gerais.

2. PLANEJAMENTO

a. Objetivo do Planejamento das Oficinas

O objetivo principal é, ao longo do tempo, manter em arquivo um portfólio de planejamentos de


oficinas a serem compulsados na elaboração dos EDL e que sofram as críticas necessárias para o
aperfeiçoamento dessa situação problema.

b. Circuito de Oficinas
- Abaixo, encontra-se um modelo esquematizado de dois circuitos com os nomes das respectivas
oficinas.

Figura 1 – Modelo Esquematizado de Dois Circuitos


c. Quadro horário

Abaixo é apresentado um exemplo de quadro horário para um efetivo de 120 homens


distribuídos em 12 grupos de 10 elementos e obedecendo às necessidades de tempo suficiente para
realização das oficinas e dos relatórios (duas jornadas). Esta sequência pode ser conduzida também em
uma jornada com redução do tempo da oficina, utilizando o tempo noturno e executando o rodízio no
meio do dia. Ver quadro abaixo.

Tabela 1 – Quadro horário para duas jornadas

HORÁRIO GRUPO 1 - CIRCUITO 1 GRUPO 7 - CIRCUITO 2


06:00 - 07:30 1 – Montagem de Emboscada 7 - Travessia de Curso D’água
07:30 – 08:00 Deslocamento Deslocamento
08:00 – 09:30 2 - Transporte de Suprimento 8 - Lançamento de Tirolesa
09:30 – 10:00 Deslocamento Deslocamento
10:00 – 11:30 3 - Resgate Piloto Amigo 9 - Atualização de Carta Topográfica
11:30 – 12:00 Deslocamento Deslocamento
12:00 – 13:30 4 - Tiro MAG 10 - Ponte Improvisada
13:30 – 14:00 Deslocamento Deslocamento
14:00 – 15:30 5 - Reconhecimento de Ponte 11 - Espaldão para Mtr
15:30 – 16:00 Deslocamento Deslocamento
16:00 – 17:30 6 - Remuniciamento 12 - Tiro Simulado
17:30 – 18:00 Deslocamento para Z Reu Deslocamento para Z Reu

Tabela 2 – Quadro Horário para uma jornada

HORÁRIO GRUPO 1 - CIRCUITO 1 GRUPO 7 - CIRCUITO 2


03:00 - 04:00 1 – Montagem de Emboscada 7 - Travessia de Curso D’água
04:00 – 04:30 Deslocamento Deslocamento
04:30 – 05:30 2 - Transporte de Suprimento 8 - Lançamento de Tirolesa
05:30 – 06:00 Deslocamento Deslocamento
06:00 – 07:00 3 - Resgate Piloto Amigo 9 - Atualização de Carta Topográfica
07:00 – 07:30 Deslocamento Deslocamento
07:30 – 08:30 4 - Tiro MAG 10 - Ponte Improvisada
08:30 – 09:00 Deslocamento Deslocamento
09:00 – 10:00 5 - Reconhecimento de Ponte 11 - Espaldão para Mtr
10:00 – 10:30 Deslocamento Deslocamento
10:30 – 11:30 6 - Remuniciamento 12 - Tiro Simulado
11:30 – 12:00 Deslocamento para Z Reu Deslocamento para Z Reu
3. EXEMPLOS DE ELABORAÇÃO DE OFICINAS

- Neste item estão apresentados dois exemplos de elaboração de oficina, bem como da construção e
preenchimento de uma Ficha de Observação de Desempenho.

a. Exemplo de Elaboração de Oficina - RESGATE DE SUPRIMENTOS

1) Situação
- O grupo faz parte da 2ª Cia de um batalhão que se encontra cumprindo missão da ONU num
país em guerra civil, estabelecendo um Posto de segurança Estático. Um comboio de suprimento
adentra a instalação do batalhão e seu chefe relata ao Cmt Cia que uma das viaturas ¾ ficou atolada,
não sendo possível retirá-la com os meios que dispunha. Somente três elementos ficaram fazendo a
segurança a viatura. Por conta do risco de saque dos gêneros, o Cmt Cia decidiu lançar um grupo para
recolher este suprimento.

2) Missão
- Resgatar o suprimento o mais rápido possível, dando especial atenção à segurança do
pessoal. As estradas estão intransitáveis devido às chuvas constantes.
- A missão será dada por escrito, juntamente com um extrato de carta ou croqui (mais
normal para este contexto).

“Você é o comandante de um grupo que pertence à 2ª Cia que estabeleceu um Posto de


Segurança Estático isolado do batalhão em missão de PeaceKeeping. O país em questão vem sofrendo
com a guerra civil e encontra-se vivendo uma trégua instável, com ações de guerrilheiros em algumas
regiões. Uma viatura 3/4 ton, que estava trazendo gêneros para seu posto ficou atolada por conta das
pesadas chuvas que castigam o local. A viatura conta apenas com 2 homens mais o motorista para a
realização da sua segurança frente aos bandos armados que atuam esporadicamente na região e que
utilizam as áreas de mata como homizio. A viatura se encontra parada a cerca de 400m de sua
instalação e o Cmt Cia determinou que os gêneros sejam resgatados no mais curto prazo, de modo a
evitar que eles caiam nas mãos da força oponente e com o máximo de segurança. De posse do croqui
da área desencadeie as ações necessárias para o cumprimento da missão e apresente seu
planejamento, momento em que poderá tirar suas dúvidas e solicitar materiais que julgue
necessários.”
3) Condições de Execução
a) Local da oficina
- Carta Resende - Coor (58650 -22750). O local deve permitir trânsito entre áreas de mata
e campo, com possibilidade de cobertas e abrigos, a fim de que o comandante que conduzir um bom
estudo de situação e se utilizar do reconhecimento possa encontrar um caminho desenfiado para
cumprir a missão. Se o planejamento for realizado em outra carta, no campo de instrução deverá ser
disponibilizados tantos itinerários quantos forem as possibilidades de decisão do Cmt Gp para o
cumprimento da missão (3 itinerários neste caso)

CROQUI DA REGIÃO DO PSE

b) Material empregado
- Para a oficina serão necessários os seguintes materiais: 1(uma) Vtr ¾; 5 caixas de
munição vazias com matérias diversos dentro de modo a pesar em torno de 20 kg cada.

c) Pessoal empregado
- Serão necessários 5(cinco) elementos para conduzir a oficina: um Oficial
Controlador/Orientador; 3(três) cadetes observadores de atitudes do comandante; 1(um) cadete
observador de atitude do grupo; e 1(um) cadete para o check list. Serão necessários ainda dois soldados
como figuração inimiga.

d) Tempo disponível
- A oficina deverá ser cumprida em 60 minutos, reservando um tempo de 5 minutos para o
relatório do Cmt Gp. Se o Oficial Controlador/Orientador, após 45 minutos, observar que a oficina não
será concluída, poderá interromper a missão e se reunir para o relatório, que, neste caso levará um
pouco mais de tempo para aprofundar as razões do não cumprimento da missão, explorando as falhas e
levantando aprendizados.

e) Desencadeamento
- Se o comandante optou por ir pela estrada ou trilha que passa pela mata ou próximo a ela,
o grupo deverá ser atacado pela figuração e o oficial Controlador/Orientador indicará dois
componentes do grupo para figurarem o ferido amigo, devendo ser transportados durante a missão.
Isso será explorado no relatório final.
- Se o Cmt Gp optou pelo caminho desenfiado (vermelho), a figuração não ataca e a
missão é cumprida rapidamente.
- Outras injunções podem ser utilizadas, com as necessárias consequências referentes.

4) Atitudes a serem verificadas


a) A partir das ações esperadas do Cmt Gp foram elencadas três atitudes a serem avaliadas
nesta oficina, distribuídas entre as ações que o comandante deverá executar: Entusiasmo Profissional;
Iniciativa; e Comando. A iniciativa já nos permite verificar conjuntamente a autoconfiança, logo,
evita-se avaliá-la junto com esta.
b) Para o Entusiasmo Profissional elaborou-se as seguintes pautas: a) recebeu a missão com
interesse; b) demonstrou desejo de resolvê-la; c) empenhou-se para que a missão fosse cumprida a
contento. Para este item foi designado o Cad 456 Monte.
c) Para a Iniciativa elaborou-se as seguintes pautas: a) ao receber a missão deu as ordens
necessárias para seu estudo de situação; b) durante a execução da missão antecipava-se aos problemas,
emitindo as ordens que os evitava ou solucionava; c) durante a execução da missão tomava a frente
quando de imprevistos causados por elementos externos. Para este item foi designado o Cad 555
Louzada.
d) Para o Comando elaborou-se as seguintes pautas: a) mostrou-se desembaraçado ao receber
a missão; b) conduziu um estudo de situação que se mostrou eficaz; c) durante a missão conduziu e
controlou seu pessoal com eficiência. Para este item foi designado o Cad 344 Conde.
e) A partir das ações esperadas para os membros do grupo, elencou-se as seguintes atitudes a
serem observadas: Cooperação e Disciplina Intelectual. Para este item foi designado o Cad 879 Costa.
Os demais oficiais e cadetes poderão auxiliar o Cad Costa em sua avaliação.

5) Ações esperadas do Cmt Gp (pode haver pequenas variações)


- Assumir a missão e tirar dúvidas que por acaso surjam.
- Reunir com o grupo e fazer um estudo de situação na carta ou croqui levantando trajetos
cobertos ou abrigados para chegar até a viatura, pois o comandante ressaltou a segurança.
- Designar componentes do grupo para um reconhecimento sumário da área do itinerário.
- Receber o relatório e decidir qual itinerário seguir.
- Organizar o pessoal para a missão, repartindo e designando os comandantes de cada grupo.
- Conduzir a grupo na missão coordenando os grupos.
- Reagir com presteza à ação inimiga, se houver.
- Fazer o transporte dos gêneros até a instalação do batalhão.
- Fazer o relatório oral da missão, assumindo acertos e falhas na condução por sua parte e por
parte de elementos do grupo.

6) Ações esperadas da tropa


- Demonstrar empenho no recebimento da missão, demonstrando desejo de cumprir a missão.
- Participar do estudo de situação fornecendo sugestões.
- Apresentar possíveis obstáculos que poderão prejudicar as linhas de ação durante a tomada
de decisão do Cmt Gp.
- Apoiar a decisão tomada pelo Cmt Gp, trabalhando em seu proveito.
- Cumprir, com empenho, sua parte na missão.
- Auxiliar o Cmt Gp no relatório e reconhecer seus acertos e possibilidades de melhoria.
Para o check list do Comandante e da Tropa foi designado o Cad 777 Dante.

7) Observações gerais
- Informar os cadetes sobre cuidados com o barranco existente à oeste da saída da instalação
do batalhão.(exemplo)
- Designar 10 minutos para o relatório e APA-D, momento em que serão confrontadas as
ações do Cmt Gp frente ao Check-list do que ele deveria fazer, levando em conta as imposições do
Cmt Btl e as limitações do terreno. Após o relatório do Cmt Gp, os oficiais e cadetes auxiliares da
oficina podem dar feedbacks sobre falhas e acertos que não foram comentados no relatório, ocorrendo
o aprendizado de melhores práticas a serem adotadas.
FICHA DE OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO - INFANTARIA – 3º ANO

OFICINA 3- RESGATE DE SUPRIMENTOS

GRUPO: Delta
OFICIAL CONTROLADOR/ORIENTADOR: Ten Silva Ramos
OFICIAIS/CADETES OBSERVADORES: Cad 456 Monte – entusiasmo Profissional; 555
Louzada – Iniciativa; 344 Conde Comando; 879 Costa – Geral – Cooperação e
Disciplina Intelectual; Cad 777 Dante – Check List
COMANDANTE: Cad 231 Soares
MEMBROS: Cad 689 Pinto de Campos; 736 Anselmo; 842 Morávia; 2045 Setembrino;
2136 Machado; 2378 Couto; 2499 Wanderley

1. DESEMPENHO DO COMANDANTE

a. Entusiasmo Profissional
1) recebeu a missão com interesse:_______MB_____________________________
2) demonstrou desejo de resolvê-la:_____MB______________________________
3) empenhou-se para que a missão fosse cumprida a contento. ____B___________
Avaliação Sintética da Atitude: ______MB______________________________

b. Iniciativa
1) ao receber a missão deu as ordens necessárias para seu estudo de situação:__R_
2) durante a execução da missão antecipava-se aos problemas, emitindo as ordens que os evitava
ou solucionava: ___B_________________________________________
3) durante a execução da missão tomava a frente quando de imprevistos causados por elementos
externos: __R_______________________________________________
Avaliação Sintética da Atitude: ___R___________________________________

c. Comando
1) mostrou-se desembaraçado ao receber a missão: ___I_____________________
2) conduziu um estudo de situação que se mostrou eficaz: ___R_______________
3) durante a missão conduziu e controlou seu pessoal com eficiência: __I________
Avaliação Sintética da Atitude: _____I_________________________________

2. CONCEITO SINTÉTICO:
E m b o ra de mo ns tre e n tus i as mo p rofis sio nal , o c a de te pos sui u m a sé ri a
d e fi ciê n ci a qua nd o p re cis a c o man d ar s ua f ra ção . O gru po a cab a
as su mi n do a e xe c u ção d a missã o co m o u tro s c a d e te s e xe r ce n do o
c o m an do , in c lus i ve da n do o r de ns ao co ma n da n te .

3. OPORTUNIDADE DE MELHORIA
O c a de te ne ce s s i ta s e r co lo ca d o mais ve ze s e m si t ua çõe s de co ma n do , se
p ossí ve l co m a co m pan h a me n t o d e o fi c iais ou c o mp an he iro s que o
a u xil ie m n e s ta ta re f a, d e mo do a ap re n d e r a re a liza r as e xi gê nc i as
n e ce ssá ri as pa ra a e x e cu çã o da mis são . Sol i ci tar o ap oio d a Se ç ã o
P si co pe da gó gi c a p ara i nv e s ti ga r p ossí ve is p rob le mas de a u toe s t i ma d o
c a d e te .
4. DESEMPENHO DOS PATRULHEIROS

a. Cooperação
Feedback Positivo: Cad 689 Pinto de Campos; 736 Anselmo______________
Feedback Negativo: 2499 Wanderley_______________________________________

b. Disciplina Intelectual
Feedback Positivo: 2136 Machado; 2378 Couto ___________________________
Feedback Negativo: 2499 Wanderley________________________________________

5. CHECK LIST
COMANDANTE GRUPO
Ações S/N Ações S/N
- Assumiu a missão e tirou dúvidas. S - Demonstrou empenho no recebimento S
da missão, demonstrando desejo de
cumpri-la.
- Reuniu a grupo e fez um estudo de - - Participou do estudo de situação S
situação na carta ou croqui levantando fornecendo sugestões.
trajetos cobertos ou abrigados para
chegar até a viatura, pois o comandante
ressaltou a segurança.
- Designou componentes do grupo para N - Apresentou possíveis obstáculos durante S
um reconhecimento sumário da área dos a tomada de decisão do Cmt Gp.
itinerários
- Decidiu qual itinerário seguir a partir - - Apoiou a decisão tomada pelo Cmt Gp, S
dos reconhecimentos. trabalhando em seu proveito.
- Organizou o pessoal para a missão, N
designando os comandantes de cada
grupo.
- Conduziu a grupo na missão coordenou N .
os grupos.
- Reagiu com presteza à ação inimiga.. N
- Cumpriu a missão (transporte dos S - Cumpriu a missão. S
gêneros até o batalhão)
- Fez o relatório oral da missão, S - Auxiliou o Cmt Gp no relatório e S
assumindo acertos e falhas na condução reconheceu seus acertos e possibilidades
por sua parte e por parte de elementos do de melhoria
grupo.

6. OBSERVAÇÕES PARA MELHORIA DO CHECK LIST

Para a presente oficina, não é necessária a realização de reconhecimentos no


terreno para bem cumpri a missão.
É necessário criar um item após o estudo de situação: solicitou o material necessário
ao cumprimento da missão.
E outro após a organização do pessoal para a missão que se refira à distribuição
desse material: distribuiu o material recebido conforme as missões das equipes.
e. Exemplo de Elaboração de Oficina – ASSINALE CZA

1) Situação
- A grupo faz parte da Linha de Fogo 2ª Bia do 52º GAC e se encontra em apoio direto à 2ª
Cia Fzo, vanguarda do 52º BIMtz, em Marcha para o Combate. Por se encontrar em operações em
território de outro país, a diretriz do Cmt Bda, repetida pelo Cmt Gp, é de que se evite a todo custo
situações onde a população civil possa ser atingida por quaisquer ações de nossas forças,
concentrando, o máximo possível, os fogos sobre alvos militares. O território em que se opera é
alagadiço em períodos de chuva (outubro a dezembro) e as áreas baixas dificultam a progressão da
tropa e impedem a instalação de unidades. A vanguarda recebeu fogos intensos do inimigo e deverá
realiza um ataque para prosseguir. O grupo representará o Cmt Bia/CLF, O Rec e sargentos topo e das
peças. A bateria deverá fazer um estudo de situação para apoiar a ação da vanguarda.

2) Missão
- Realizar uma missão de As CZA, a fim de apoiar as ações da 2ª Cia.
- A missão será dada por escrito, juntamente com um croqui da região em que apareça as
áreas de fundo de vale e elevações.
“Você é o Comandante de Linha de Fogo da 2ª Bia O do 52º GAC 105 AR, em apoio direto
ao 2º Btl Inf Mtz, vanguarda da Brigada numa marcha para o combate. Como o Cmt Bia foi morto no
último encontro com o inimigo e ainda não recompletado, você vem cumprindo também as missões a
ele referentes. A 2ª Cia de 2º Btl, escalão de combate e vanguarda do Batalhão, teve seu escalão de
reconhecimento (1º Pelotão) detido por fogos intensos do inimigo das cotas 527 e 502 ao norte da
localidade de Adelaide, obrigando a companhia a se desdobrar a oeste e norte desta localidade para
engajar a posição inimiga. O OA junto à 2ª Cia informou que a Cia irá necessitar do apoio de fogo da
bateria para atacar a posição inimiga. A área de operações encontra-se em terreno alagadiço nesta
época do ano e o Cmt Bda recomendou que se evite a todo custo atingir populações civis que se
encontram na área. Você ainda possui em seu grupo o ORec e os sargentos chefes de
peça(representando as guarnições respectivas). Sua missão é, com base no croqui, realizar o REOP
de sua bateria, apresentando seu planejamento, momento em que poderá tirar suas dúvidas e solicitar
materiais que julgue necessários.”
CROQUI DA REGIÃO ONDE A MARCHA FOI INTERROMPIDA

3) Condições de Execução
a) Local da oficina
- O local da oficina deve atender à possibilidade de deslocamento, ocupação de posição e
pontaria de um obuseiro, representando toda a bateria. Dependendo da escolha do local o CLF/Cmt
Bia poderá não cumprir sua missão ou vivenciar um incidente com civis a ser explorado durante o
relatório final. Deverão ser disponibilizados três itinerários para a missão: um que vá terminar em um
charco, impedindo a ocupação de posição; outro a ser utilizado para posição que atira sobre a cidade; e
outro que atende às limitações de tempo e terreno e às imposições do comando.
b) Material empregado
- Para a oficina serão necessários os seguintes materiais: 1 Vtr ¾ para transporte do pessoal
da oficina, 1(uma) Vtr 2 1/2 ton, 1 obuseiro 105, 1 GB.
c) Pessoal empregado
- Serão necessários 5(cinco) elementos para conduzir a oficina: um Oficial Controlador/Orientador;
3(três) cadetes observadores de atitudes do comandante; 1(um) cadete observador de atitude do grupo;
e 1(um) cadete para o check list.
d) Tempo disponível
- A oficina deverá ser cumprida em 60 minutos, reservando um tempo de 5 minutos para o
relatório do Cmt Gp. Se o Oficial Controlador/Orientador, após 45 minutos, observar que a oficina não
será concluída, poderá interromper a missão e se reunir para o relatório, que, neste caso levará um
pouco mais de tempo para aprofundar as razões do não cumprimento da missão, explorando as falhas e
levantando aprendizados.
e) Desencadeamento
- Após o estudo de situação verificar se o CLF/Cmt Bia optou por um local no vale. Se
sim, quando da ocupação, o Oficial Controlador/Orientador deverá informar ao CLF/Cmt Bia que o
local não pode ser ocupado, devido estar alagado, devendo procurar outro local próximo em condições
de ocupação. Explorar o fato durante o relatório.
- Se o CLF/Cmt Bia decidiu ocupar posição cujos tiros passarão por cima da localidade,
quando da execução do tiro informar ao comandante que por falha técnica, um dos tiros caiu na
localidade, matando duas pessoas e ferindo outras cinco. Explorar o fato no relatório.

4) Atitudes a serem verificadas


a) A partir das ações esperadas do Cmt Gp foram elencadas três atitudes a serem avaliadas
nesta oficina, distribuídas entre as ações que o comandante deverá executar: Decisão; Autoconfiança; e
Comando. A iniciativa já nos permite verificar conjuntamente a autoconfiança, logo, evita-se avaliá-la
junto com esta.
b) Para a Decisão elaborou-se as seguintes pautas: a) tomou a decisão mais adequada à
situação; b) decidiu com oportunidade (com presteza, mas sem precipitação); c) sua decisão foi
completa. Para este item foi designado o Cad 466 Silva.
c) Para a Autoconfiança elaborou-se as seguintes pautas: a) agiu com serenidade ao receber a
missão; b) demonstrou confiança em sua forma de pensar; c) argumentou favoravelmente à sua ideia.
Para este item foi designado o Cad 815 Lima.
d) Para o Comando elaborou-se as seguintes pautas: a) mostrou-se desembaraçado ao receber
a missão; b) conduziu um estudo de situação que se mostrou eficaz; c) durante a missão conduziu e
controlou seu pessoal com eficiência. Para este item foi designado o Cad 764 Carlos.
e) A partir das ações esperadas para os membros do grupo, elencou-se as seguintes atitudes a
serem observadas: Cooperação e Persistência. Para este item foi designado o Cad 889 Campos. Os
demais oficiais e cadetes poderão auxiliar o Cad Costa em sua avaliação.

5) Ações esperadas do Cmt Gp (pode haver pequenas variações)


- Assumir a missão e tirar dúvidas que por acaso surjam.
- Reunir o grupo e organizá-lo para a missão, repartindo e designando os oficiais e os
sargentos.
- Reunir com os oficiais e realizar o estudo de situação, escolhendo o local para ocupação de
posição, considerando as imposições do Cmt Bda e do terreno.
- Designar componentes do grupo para um reconhecimento sumário da área dos itinerários.
- Receber o relatório e decidir qual posição ocupar.
- Conduzir o grupo na missão coordenando seus elementos.
- Decidir com presteza frente a eventuais problemas.
- Comandar a ocupação e auxiliar o CLF na pontaria das peças.
- Fazer o relatório oral da missão, assumindo acertos e falhas na condução por sua parte e por
parte de elementos do grupo.

6) Ações esperadas dos membros da Grupo


- Demonstrar empenho no recebimento da missão, demonstrando desejo de cumprir a missão.
- Participar do estudo de situação fornecendo sugestões (oficiais).
- Apresentar possíveis obstáculos que poderão prejudicar as linhas de ação durante a tomada
de decisão do Cmt Gp.
- Apoiar a decisão tomada pelo Cmt Gp, trabalhando em seu proveito.
- Cumprir, com empenho, sua parte na missão.
- Auxiliar o Cmt Gp no relatório e reconhecer seus acertos e possibilidades de melhoria.
Para o check list do comandante e da tropa foi designado o Cad 1332 Duarte.

7) Observações gerais
- Informar os cadetes sobre cuidados no deslocamento até a posição escolhida.
- Designar 5 minutos para o relatório, momento em que serão confrontadas as ações do Cmt
Gp frente ao Check-list do que ele deveria fazer, levando em conta as imposições do Cmt Bda e as
limitações do terreno. Após o relatório do Cmt Gp, os oficiais e cadetes auxiliares da oficina podem
dar feedbacks sobre falhas e acertos que não foram comentados no relatório, ocorrendo o aprendizado
de melhores práticas a serem adotadas.
FICHA DE OBSERVAÇÃO DE DESEMPENHO - ARTILHARIA – 3º ANO

OFICINA 4- ASSINALE CZA

GRUPO: Alfa
OFICIAL CONTROLADOR/ORIENTADOR: Ten Campos Sales
OFICIAIS/CADETES OBSERVADORES: Cad 466 Silva – Decisão; 815 Lima –
Autoconfiança; 764 Carlos Comando; 889 Campos – Geral – Cooperação e Persistência;
Cad 1332 Duarte – Check List
COMANDANTE: Cad 432 Santos
MEMBROS: Cad 669 Pereira; 1236 Augusto; 2042 Marcos; 2015 Gomes; 1136 Moura;
2100 Cunha; 229 Wilton

1. DESEMPENHO DO COMANDANTE

a. Decisão
1) tomou a decisão mais adequada à situação ____ MB ______________________________
2) decidiu com oportunidade (com presteza, mas sem precipitação) _____ E ___________
3) tomou decisões de forma completa (ou a decisão deixou a desejar) __ MB _____________
Avaliação Sintética da Atitude: ______ MB _____________________________

b. Autoconfiança
1) agiu com serenidade ao receber a missão _______ B ______________________________
2) demonstrou confiança em sua forma de pensar __ MB ________________________________
3) argumentou favoravelmente à sua ideia ______ MB ________________________________
Avaliação Sintética da Atitude: ___MB___________________________________

c. Comando
1) mostrou-se desembaraçado ao receber a missão: ___ B ____________________
2) conduziu um estudo de situação que se mostrou eficaz: ___ E _______________
3) durante a missão conduziu e controlou seu pessoal com eficiência: __ R ________
Avaliação Sintética da Atitude: _____ B _________________________________

2. CONCEITO SINTÉTICO:
O ca de te ap re s e n to u ce r to ne r vosi sm o ao re ce b e r a m is são , po ré m, na
s e quê n cia , re al iz o u u m e x ce le n te e s t u do de si t ua çã o e de cis ão . O ca de te
a pre s e n ta a lg u ma i ns e gu ra n ça in i ci al qua n do re ce b e a mis são . I sso
a c on te ce u no iní c io e du ra n te e ve n t os na e x e cuç ã o da ta re f a, q ue
p re ju d i co u um p o u c o o co n tro le s ob r e se u pe sso al . _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

3. OPORTUNIDADE DE MELHORIA
O ca de te ne ce s s i ta s e r ale r ta do sob re se u p ro ce d im e n to p ar a q ue se
o b se r ve e de s e nvo l va e s t ra té gi as par a li d ar co m s ua f or ma d e re ce b e r a
d e s af ios .
4. DESEMPENHO DOS PATRULHEIROS

a. Cooperação
Feedback Positivo: Cad 2042 Marcos __________________________________________
Feedback Negativo: Cad 669 Pereira; 1236 Augusto ____________________________

b. Persistência
Feedback Positivo: Cad 2042 Marcos ___________________________________________
Feedback Negativo: 1236 Augusto ______________________________________________

5. CHECK LIST
COMANDANTE GRUPO
Ações S/N Ações S/N
- Assumiu a missão e tirar dúvidas que - Demonstrou empenho no recebimento
por acaso surjam. S da missão, demonstrando desejo de S
cumpri-la.
- Reuniu o grupo e organizou-o para a
missão, repartindo e designando os N
oficiais e os sargentos.
- Reuniu com os oficiais e realizou o - Participou do estudo de situação
estudo de situação, escolhendo o local S fornecendo sugestões. S
para ocupação de posição.
- Levou em consideração as imposições - Apresentou possíveis obstáculos
do Cmt Bda e do terreno. N durante a tomada de decisão do Cmt Gp. S

- Designou componentes do grupo para - Cumpriu a missão de reconhecimento.


um reconhecimento sumário da área dos N N
itinerários.
- Recebeu o relatório e decidiu qual - Apoiou a decisão tomada pelo Cmt Gp,
N S
posição ocupar. trabalhando em seu proveito.
- Conduziu o grupo na missão
S
coordenando seus elementos.
- Decidiu com presteza frente a - Apoiou a decisão tomada pelo Cmt Gp,
N S
eventuais problemas. trabalhando em seu proveito.
- Comandou a ocupação e a pontaria - Cumpriu a missão.
S S
das peças.
- Fez o relatório oral da missão, - Auxiliou o Cmt Gp no relatório e
assumindo acertos e falhas na condução reconheceu seus acertos e possibilidades
S S
por sua parte e por parte de elementos do de melhoria
grupo.

6. OBSERVAÇÕES PARA MELHORIA DO CHECK LIST

Para a presente oficina, não é necessária a realização de reconhecimentos no


terreno para bem cumpri a missão.
A organização do pessoal para a missão pode ser colocada após o estudo de
situação.
Anexo “B” FUNDAMENTAÇÃO ao Caderno de Instrução do EDL

1. FINALIDADE

Fornecer aos instrutores e auxiliares os subsídios necessários para a condução das oficinas e APA-
Doutrinárias, bem como informações primordiais aos Cmt SU e Pel que conduzirão a APA-Atitudinal.

2. FUNDAMENTAÇÃO

a. A Associação para Educação Experiencial (Association for Experiencial Education) define


educação experiencial como “Um processo através do qual um aprendiz constrói conhecimento,
habilidade e valor a partir de experiências diretas”.

b. A Educação Experiencial (EE) se dá a todo o momento, porém é possível planejar, sistematizar


esta forma de ensinar. É o que se procura fazer ao aplicar esta metodologia ao Exercício de
Desenvolvimento da Liderança, podendo ser entendida ao maior número possível de atividades
desempenhadas pelo cadete, principalmente aquelas desenvolvidas em grupo, quando a oportunidade
de refletir sobre a tarefa e receber feedback é maior.

c. A EE não é conteúdo, mas uma metodologia para aprender. Ela tem como princípio que as
pessoas aprendem melhor vivenciando, praticando e refletindo sobre o que aconteceu, sobre o
aprendizado ocorrido, sistematizando novos conceitos e procedimentos (“teorias pessoais de ação”) e
integrando-os à sua experiência para posterior generalização em novas situações. Para a Educação
Experiencial o aprendizado significativo somente acontece após reflexão, análise crítica, síntese e
formulação de novas “teorias de ação”.

d. As experiências devem exigir que o indivíduo saia de sua zona de conforto e apresente iniciativa,
tome decisões e se responsabilize pelos resultados. A situação problema deve ser desafiadora.

e. A figura central é o aprendiz, que assume um papel ativo na construção do conhecimento, sob a
orientação de seus instrutores. Por conta dessa participação, o compromisso do discente passa a ser
maior, pois a responsabilidade pelo aprendizado é principalmente dele mesmo.
f. A EE é relacional, isto é, o aprendizado se dá em três direções principais: em relação a si mesmo,
em relação aos outros e em relação ao grupo ou grupos a que pertence. Proudman (1995) confere que
“O aprendizado que ocorre sem referência a relacionamentos não é experiencial, na medida em que
não dá aos aprendizes a oportunidade de ver como eles se encaixam num todo maior”.

g. Esta ferramenta encontra respaldo no Ciclo de Aprendizagem Experiencial de Kolb, Rubin,


McIntyre (1978), uma das principais técnicas preconizadas pela Sociedade Brasileira de Dinâmica dos
Grupos para o desenvolvimento interpessoal (MOSCOVICI, 2007).

Figura 1 – Ciclo de Aprendizagem Experiencial

1) Adaptando para ao nosso caso, na primeira etapa, os instruendos passam por oficinas
(atividades), que incluem um problema a ser interpretado e solucionado por um estudo de situação,
decisão e execução controlada, iniciando-se o Ciclo de Aprendizagem Experiencial.
2) Após esta experiência concreta, passa-se à etapa da reflexão sobre o que aconteceu e
observou, com o objetivo de analisar como se deram os fatos, as decisões, os resultados, no caso da
APA-D e os sentimentos e reações com os demais membros e como poderia ter sido diferente, no caso
da APA-A. É uma fase onde se analisa tanto a execução da tarefa como as relações interpessoais e
grupais estabelecidas para cumpri-la. É uma fase onde se busca diagnosticar o que ocorreu e como.
3) Num terceiro passo, relacionar o que foi observado e refletido com os conceitos, valores e
atitudes que já possuía, estabelecendo novos significados, gerando novos conceitos, valores e atitudes
(novas “teorias pessoais de ação”) que fundamentarão suas ações futuras em situações semelhantes.
4) O último passo é o da transferência, quando aplicará sua “teoria de ação” em novos contextos
e gerando novas vivencias, dando continuidade à espiral ascendente de aprendizagem pela
experiência..
h. Nesta metodologia, educador e aprendiz aprendem juntos, pois das reflexões podem surgir novos
conceitos ou melhores práticas que afetam tanto um quanto outro, gerando aperfeiçoamentos da
doutrina ou dos relacionamentos. No EDL, a APA-D, realizada após o relatório, já deve provocar
algumas mudanças na execução da próxima oficina. Quanto à APA-A, realizada após o exercício, os
frutos só serão obtidos no prosseguimento da vida do cadete.

i. Os grupos normalmente funcionam em duas dimensões, que se influenciam mutuamente. Bales


(1950 apud MOSCOVICI, 2007) utilizou os termos Tarefa e Sócio-emocional para descrevê-las.
1) A primeira dimensão refere-se às interações de conteúdo necessárias para a execução da tarefa
e aos papéis formais atribuídos conforme a estrutura hierárquica do grupo (organização) para cumpri-
la.
2) A segunda dimensão refere-se às interações necessárias ao processo de grupo, isto é, à
mobilização dos sentimentos em níveis intrapessoal, interpessoal e grupal necessários ao
funcionamento do grupo. É neste nível que operam as características distintivas da personalidade de
cada um, as emoções e motivações individuais, as necessidades de poder, de participação, de estima,
de autorrealização, problemas de relacionamento, como ressentimentos, conflitos, interesses, etc; bem
como sentimentos oriundos de seus relacionamentos anteriores com autoridades (familiares) e pares
(irmãos), conflitos pessoais, crenças, valores, etc.
3) Como essas duas dimensões são inter-relacionadas, e os membros de um grupo transitam entre
uma e outra, os sentimentos que não vêm à tona para serem trabalhados continuam sugando a energia
do grupo, que poderia estar direcionada para a tarefa, podendo mesmo chegar a impedir sua conclusão.
4) As formas mais normais desses sentimentos aparecerem são respostas emocionais a
questionamentos do nível tarefa ou perguntas maliciosas, ataques sutis, que provocam o outro membro
do grupo ou todos os demais e que podem gerar respostas também carregadas de emoções, dando
início a um ciclo interminável de afetividades mal resolvidas que impede a execução a contento da
tarefa. Todos que já participaram de trabalhos em grupo sabem como isso acontece e como a solução é
complexa. Daí a relevância de se realizar uma APA-Doutrinária (APA-D), que tenha como foco
principal lidar com o nível tarefa e uma APA-Atitudinal (APA-A), com o objetivo de levar os cadetes
a considerarem este outro nível nos seus relacionamentos e aprender pela experiência e pelo feedback.
5) Não há grupo perfeito, que funcione em perfeita harmonia. O que existem são grupo
amadurecidos, onde a confiança foi estabelecida entre seus membros por meio da comunicação aberta
e franca, permitindo que os problemas sócio-emocionais seja debatidos e elaborados, evitando a
ocorrência de conflitos graves que venham a prejudicar a execução da missão.
j. Feedback

1) O principal instrumento da aprendizagem experiencial é o feedback. Feedback é uma palavra


inglesa que já entrou no vocabulário dos psicólogos e administradores e significa “dar o retorno” a
alguém sobre sua situação, ação ou inação, com o objetivo de auxiliá-lo a rever seu modo de pensar
sentir e agir, em suma, sua atitude.
2) A habilidade de dar e receber feedback incrementa os resultados da aprendizagem, pois
conduz à reflexão crítica e a uma aprendizagem autodirecionada, auxiliando os alunos a corrigir erros,
reforçar comportamentos desejáveis e indicar caminhos de melhoria. O feedback bem aplicado
possibilita o estabelecimento de relações de confiança entre profissionais de um grupo, tornando-o
coeso e eficiente.
3) Esta habilidade é também um fator preponderante para o esclarecimento dos sentimentos,
necessidades e interesses que podem auxiliar ou prejudicar a tarefa. No entanto, ela precisa ser
aprendida, pois não é tão fácil quanto se pensa e existem algumas regras para fazê-lo, a fim de que não
se ultrapasse os limites do respeito ao outro e esteja focado na melhoria deste e do grupo.
4) As características do feedback, representadas na Figura 2, devem se tornar um memento de
todos os que irão trabalhar em grupo e principalmente dos Oficiais Controladores/Observadores
(OCO) que irão conduzir As APA-D e, principalmente, aos oficiais responsáveis por conduzir a APA-
A. Eles devem tê-las interiorizado para executar da melhor forma a técnica Educação Experiencial
(Ciclo de Aprendizagem Experiencial), criando e mantendo um ambiente de confiança entre os
membros dos diversos grupos.
5) É possível também empregar o feedback de grupo, buscando-se a melhoria de aspectos gerais
do grupo. Este feedback pode ser realizado por alguém fora do grupo (oficiais), com os cuidados
necessários sobre a interpretação do funcionamento do grupo. Para tanto, é interessante a utilização de
questionários ou inventários para realizar a avaliação do grupo e o fornecimento de feedback sobre os
pontos fortes e fracos do grupo, buscando estabelecer estratégias para melhorias, tanto no que tange à
eficiência e eficácia, quanto ao relacionamento interpessoal.
6) Como toda comunicação, o feedback é um informação que parte de um emissor e se direciona
ao receptor, como o objetivo de provocar mudanças, seja na pessoa seja no relacionamento
estabelecido, trazendo benefícios para ambos e, em consequência, para a eficiência e eficácia do grupo.
7) A figura 2 apresenta os critérios necessários para se fornecer um feedback efetivo, que
provoque as mudanças que se deseja, em proveito do receptor e do grupo e, ao mesmo tempo, como
preserve o relacionamento interpessoal e incremente a confiança.
Não deve haver julgamento da ação do receptor, o que afeta a honra
pessoal e acarreta um posicionamento defensivo, fechado a qualquer
informação. Ao invés de dizer que o que a pessoa fez estava errado,
apresenta-se a ele o que ele fez de fato e as consequências de seu ato,
tanto pessoais (impacto no emissor, sentimentos que gerou), como
grupais (prejuízos para o relacionamento ou para a eficiência do grupo).

Evitar rotular o receptor numa classe ou fornecendo um feedback


abstrato, que poderá gerar inúmeras interpretações por parte do emissor.
Ao invés de chamá-lo de individualista, referir-se ao comportamento
NEUTRO dele e ao prejuízo trazido para a missão. Dizer “Nesta atividade você
X fez apenas a sua tarefa e mesmo tendo tempo, não se preocupou em
auxiliar os demais, o que atrasou o cumprimento da missão”.
AVALIATIVO

ESPECÍFICO Deve ficar bem claro para o receptor que o emissor visa atender às
X necessidades de melhoria dele ou do grupo como um todo. Não deve ser
utilizado apenas para satisfazer o alívio de tensão, agressão velada ou
GERAL um incômodo do emissor. Considerar sempre se a informação trará
melhoria clara para o desempenho do receptor e/ou do grupo.

POSITIVO
X
NEGATIVO
Deve ser dirigido para comportamentos passíveis de modificação e que
influam na missão do grupo. Logo, não é o caso de referir-se a outros
incômodos do emissor. Nada traz de melhoria dizer “não gosto do seu
modo de falar”. O receptor não tem o que fazer com essa informação.
APLICÁVEL Melhor seria dizer: “Você se expressou de modo confuso e rápido e não
X consegui compreender claramente o que disse.”
SUBJETIVO

FEEDBACK
Quando as coisas não estão indo bem é o momento para se “lavar a
OPORTUNO roupa suja”. Porém, se for possível, é interessante escolher a melhor
X hora para dar o feedback, levando em consideração a urgência e a
INOPORTUNO capacidade do receptor para ouvir nesta ou naquela situação. O melhor
é realizá-lo no logo após a ação do indivíduo, mas é possível realizá-lo
em momentos determinados ao final de todo um exercício.

CLARO
X
OBSCURO Lembrando que a comunicação se dá quando a fala do emissor foi
interpretada pelo receptor. Logo, não há garantia de entendimento
apenas por ter usado a linguagem corretamente. É necessário levar em
conta as diferenças subjetivas entre as pessoas. O ideal é que o receptor
repita o que entendeu do que o emissor falou ou faça perguntas para
ADEQUADO esclarecer o que o emissor disse, evitando mal entendidos.
X
INADEQUADO

Podem ocorrer situações em que determinada pessoa se encontre


despreparada ou não tenha a estrutura ou capacidade para receber
DIRETO determinado feedback mais direto, sendo necessário modelar o modo
X como este será dado ou medir se as consequências compensam o ganho
DISSIMULADO em aprendizagem.

Quem dá o feedback deve falar em seu próprio nome revelando como o


comportamento do outro o impactou e evitar usar expressões como
“todo mundo acha”, “o grupo vê assim”, “ a gente acha que...’. Ex:
“Quando você ficou sentado enquanto todos trabalhavam isso me
causou muita raiva”, “Você teve um comportamento exemplar neste
exercício, diferentemente dos demais e isso aumentou minha confiança
em sua capacidade.

Figura 2 – Critérios para fornecer feedback.


k. APA-Doutrinária

1) A metodologia aqui relatada possui amparo tanto na pedagogia, principalmente aquela que
fundamenta os estudos sobre competências, como em documentos do EB. O SIMEB (Sistema de
Instrução Militar do Exército Brasileiro) prescreve a utilização da APA como ferramenta de
aprendizado.
2) A Análise Pós-Ação-Doutrinária (APA-D) é um instrumento de aprendizado utilizado no
período de adestramento nos corpos de tropa e tem por objetivos:

- permitir a participação dos próprios elementos avaliados no processo de busca dos ensinamentos
colhidos no exercício;
- apontar às forças avaliadas procedimentos e técnicas operacionais que deverão ser retificados para o
aperfeiçoamento de seu adestramento; e
- identificar as “lições aprendidas”, evitando a repetição dos erros. (BRASIL, 2011, p.5-4)

3) Prescreve ainda que ela deva ser conduzida por meio de um diálogo franco e produtivo entre
os participantes da ação, um processo interativo de levantamento de deficiências em material, pessoal e
formação, não tendo por objetivo “julgar sucessos ou fracassos” (p. 5-4). O objetivo é levantar o que
ocorreu e por que, de modo que o aprendizado ocorra e erros sejam evitados no futuro.
4) A APA-D pode ser realizada em dois momentos. Um ao final da oficina, quando o Cmt Gp
faz o seu relatório sobre o que aconteceu, tecendo considerações sobre o que auxiliou o cumprimento
da missão e sobre as dificuldades na tarefa. Esta é a oportunidade para os oficiais
controladores/orientadores das oficinas (OCO) fazerem perguntas para esclarecer o que aconteceu,
conduzindo os cadetes às conclusões sobre os fatores, acertos e falhas, que produziram os resultados.
5) O que se deseja é que, na última oficina, quando o grupo já se encontra mais estafado, o Cmt
Gp consiga, em virtude do aprendizado ocorrido durante as oficinas, conduzir de modo satisfatório o
estudo, planejamento e execução da missão. Durante este primeiro momento (relatório final da oficina)
poderão ocorrer respostas do nível sócio-emocional, que deverão ser apontadas para utilização
posterior na APA-A.
6) O tempo destinado para esta primeira APA-D será de 5 a 10 minutos, durante o relatório do
Cmt Gp ao final da cada oficina.

l. APA-Atitudinal

1) O processo de aprendizagem experiencial permite a reflexão sobre os fatos ocorridos, sobre os


fatores que influenciaram o resultado, sobre a influência de cada um no processo, sobre a ação do
comandante, o clima grupal, entre outros, e conduz a uma troca de informações e sentimentos que
tornam o aprendizado muito mais profundo e consistente, facilitando a sua generalização para outras
situações.
2) Auxilia ainda o cadete a identificar e lidar com o jogo do poder e das emoções, quando
pequenos desentendimentos causados pelo relacionamento das personalidades acabam prejudicando o
foco na missão.
3) O mais importante, no entanto, é que ele aprenda o processo de se autoavaliar como membro
de um grupo, avaliar as atitudes dos outros membros do grupo, o grupo com um todo e tomar decisões
que auxiliem a si mesmo e ao grupo em seu funcionamento. Este processo de monitorar
constantemente suas atitudes frente ao grupo é um passo essencial do aprender a aprender.
4) A APA-Atitudinal segue objetivos paralelos com os da APA-D, porém voltados não mais para
a tarefa, mas voltados para o funcionamento do grupo e a relação interpessoal entre seus membros.
Logo, podemos dizer que ela possui como objetivos:
- através de um diálogo franco e produtivo, sem julgamentos pessoais, levantar as deficiências
nas atitudes dos membros do grupo, que porventura prejudicaram o estabelecimento e manutenção da
coesão grupal e, em consequência, o cumprimento da missão;
- permitir a participação dos próprios elementos avaliados no processo de busca dos
ensinamentos colhidos no exercício quanto ao seu modo de pensar, sentir e agir (“teorias pessoais de
ação”), que fundamentam suas atitudes;
- apontar quais procedimentos geram confiança e quais a deteriora, aprendizado necessário
para manter um nível de relacionamento interpessoal satisfatório;
- identificar as “lições aprendidas”, evitando a repetição de comportamentos que prejudiquem
a coesão, o espírito de corpo e o cumprimento da missão.

5) Por lidar com sentimentos e emoções, o oficial que irá conduzir a APA-A deve ser um
indivíduo ciente de suas próprias tendências, pontos em que possuem deficiência, preconceitos e
outros aspectos que possam gerar, por conta de sua história de vida, emoções mais fortes que o levem a
interferir no processo de aprendizagem, salvo quando houver afronta aos valores da caserna ou ofensa
pessoal a quem quer que seja.
6) A APA-A pode ser aplicada a qualquer atividade desenvolvida em grupo, até mesmo ao
término de uma missão simples, como elaborar o Celotex da SU. Quanto mais for utilizada, mais
experiência ganha o cadete, futuro oficial, para a função de comando e para a possibilidade de liderar.
7) A aplicação da APA-A segue o planejamento elaborado pela Seção de Liderança. O Anexo
“D” traz o Plano de Sessão da APA-A a ser seguido. Ele precisa receber constantemente as críticas dos
aplicadores, de modo a se aperfeiçoar ao longo do tempo e se tornar uma ferramenta valiosa para o
desenvolvimento dos cadetes no que tange à arte de conduzir grupos humanos.
m. O trabalho do oficial

O Oficial Controlador/Orientador é o condutor da APA-D e os Cmt SU e Pel conduzem a APA-


A. Eles necessitam buscar certas características para que elas fluam da melhor forma e atinjam os
objetivos preconizados. Pode-se resumir estas características exigidas por meio das assertivas abaixo:
1) O oficial que conduz uma APA é um educador e sua tarefa é criar e explorar situações para
o aprendizado e crescimento dos discentes.
2) Ele é um manipulador do ambiente (situação) e não das pessoas.
3) É positivo em sua postura frente à capacidade do grupo. Demonstra acreditar no grupo.
4) É ético, não permitindo ofensas pessoais, rotulação ou o desvio da discussão para outros
assuntos fora da situação.
5) Acredita que as pessoas são capazes de se desenvolver mutuamente. Dá-lhes tempo para
elaborar o pensamento.
6) Leva o grupo a pensar sobre si mesmo. Resiste a participar do grupo, permitindo sua
evolução.
7) Age com empatia. Não expõe membros do grupo.
8) Respeita a opinião do grupo não prega a sua, mas interfere oportunamente se for necessário
firmar o pensamento da Força.
9) Respeita e faz respeitar as regras do feedback.

n. O Trabalho de Observação

- Os dois mementos que se seguem têm por finalidade auxiliar o OCO e demais oficiais e cadetes
participantes das oficinas, na sua tarefa de observar um grupo. É óbvio que nem tudo será observado,
mas certamente alguns destes pontos, principalmente aqueles que apresentarem falhas, serão foco da
observação acurada do OCO e seus auxiliares. Para tanto, é importante que se leia constantemente os
mementos aqui apresentados antes de se iniciar um trabalho de observação, seja de grupo, seja de
indivíduos. Fazendo isso, os oficiais e auxiliares ampliarão seu campo de observação a cada exercício,
tornando-se cada vez mais eficientes em suas observações e avaliações.

1) Observação de Grupo
- A fim de atender às necessidades dos instrutores que avaliam grupos e pessoas, procedeu-se
a uma adaptação para o meio militar do que é preconizado pelo NTL - Institute for Applied Behavioral
Science (Instituto de Ciência Comportamental Aplicada) (MOSCOVICI, 2001 e 2007), instituto
fundado com base na visão de Kurt Lewin, para a observação de um grupo, estabelecendo-se seguintes
aspectos: Objetivos; Motivação; Comunicação; Processo Decisório; Liderança; Clima do Grupo;
Coesão. A tabela 1 apresenta o resumo do que observar sobre cada um deles.

Tabela 1 – Aspectos a serem observados em um Grupo.

ASPECTOS OBSERVAÇÃO
Quanto aos - Como foram estabelecidos os objetivos para o cumprimento da missão?
- Os passos a serem seguidos foram aceitos por todos?
Objetivos - Houve tempo para estudar o “como” a missão seria cumprida?
- Surgiram objetivos divergentes dos objetivos do grupo?
Quanto à - Qual o grau de interesse pela missão do grupo?
- Houve preocupações e problemas no grupo que influenciaram positiva ou negativamente o
Motivação cumprimento da missão?
- Qual foi o empenho dos membros durante a execução?
Quanto à - Como foi a comunicação no grupo? Livre e espontânea ou cautelosa e bloqueada?
- Houve contribuição com ideias e ações para o cumprimento da missão?
Interação - Houve comunicação autêntica ou dissimulada?
- Os membros conseguiram se comunicar de forma clara e objetiva?
- As decisões foram mais diretivas ou participativas?
- O tipo de decisão se coaduna com a situação vivenciada?
Quanto à - O grupo utilizou corretamente o tempo para tomar uma decisão mais completa?
- O grupo conseguiu chegar a uma boa decisão?
Tomada de Decisão - As sugestões emitidas foram aproveitadas?
- Ideias diferentes foram levadas em consideração ou desencorajadas?
- Modificações foram realizadas com base em novos dados ou a decisão permaneceu
cristalizada e obsoleta frente à nova situação?
- Que impacto afetivo causou o estilo decisório adotado pelo comandante?
- Houve aumento ou decréscimo da confiança em sua pessoa?
Quanto à - As ações do comandante promoveram um clima de cooperação ou de competição no
grupo?
Ação de Comando - Houve disputa pela liderança ou o comandante soube utilizar-se das lideranças que
surgiram frente às diversas situações enfrentadas?
- O comandante conseguiu influenciar e conduzir seus subordinados para a melhor decisão e
para o planejamento acurado?
- O grupo se organizou para o cumprimento da missão?
Quanto à - A distribuição das missões foi coerente com os objetivos a conquistar?
- O grupo manteve-se organizado durante o cumprimento da missão?
Organização - O grupo organizou seu relatório para apresentação ou apenas um membro (comandante) o
fez?
- De uma maneira geral o clima do grupo foi harmonioso ou conflitivo?
- Que espécie de sentimentos mais surgiram no grupo? Raiva, irritação, frustração, calor,
afeto, excitação, aborrecimento, defesa, ansiedade, nervosismos, tranquilidade, alegria, etc.
- Como o grupo expressou sua afetividade? Com cordialidade e superficialidade; com
Quanto ao cordialidade e abertura; com conflitos e bloqueios(não falando o que pensam, sabotando as
ordens e tarefas); com conflitos, porém com abertura e espontaneidade?
Clima do Grupo - Houve conflito? Que sentimentos as situações de conflito geraram no grupo?
- Como foram resolvidos os conflitos? Evitados por todos? Reprimidos pelo comandante?
Aguçados a fim de gerar aprendizagem sobre si e sobre o grupo? Levados ao nível pessoal e
ao posicionamento de certo-errado causando cisão no grupo? Respeitados e utilizados para
enriquecer a decisão e o planejamento?
Quanto à - Existem “panelinhas” no grupo?
- Existem membros não integrados?
Coesão Grupal - Havia sinergia (ações coordenadas para um mesmo fim) no grupo?
2) Observação do Indivíduo
- A observação focada no indivíduo, complementar à observação sobre o comportamento
grupal, pode ser feita mediante os seguintes parâmetros: Interação; Liderança; Processo Decisório;
Comunicação; Clima do Grupo; Sentimentos no Grupo; Organização; Atitudes. A tabela 2 apresenta o
resumo dos pontos a observar.

Tabela 2 – Aspectos a serem observados em membros de um Grupo

ASPECTOS OBSERVAÇÃO
- Quem mais participa? Quem menos participa? Mudança de atitude? Por quê?
Quanto à - Como são tratados os silenciosos? Chamados a participar ou deixados à margem?
- Quem fala e com quem? Quem não fala com quem? Por quê?
Participação - Quem facilita a interação no grupo? Quem dificulta?
- Quem está excluído do grupo?
Quanto à - Quem mais influencia o grupo? Isto é, quando fala os outros escutam?
- Quem influencia menos? Isto é, quando fala, outros ou não o escutam ou não fazem o que
Persuasão propõe.
- Alguém manipula o grupo?
- Quem procurou impor sua decisão aos demais? Quem buscou decisões partilhadas?
Quem fugiu da tomada de posição nas decisões?
Quanto às - Quem foi criativo em suas decisões? Quem repetiu o senso comum?
- Quem sempre apoia as sugestões ou as decisões dos demais membros do grupo?
Decisões -Quem sempre as contradiz?
- O comandante tomou a melhor decisão possível dentro da situação? Que os critérios ele
considerou? Foi a decisão mais adequada frente à situação?
Quanto à - Quem ouve os demais? Quem interrompe os demais durante as discussões?
- Quem melhor se expressa? Quem tem dificuldade de se expressar?
Comunicação - Quem tenta entender a ideia do outro? Quem rejeita de imediato a ideia do outro?
- Como reage quem teve sua ideia rejeitada?
- Quem parece preferir uma atmosfera cooperativa? Quem promove a competição?
Quanto ao - Quem parece preferir uma atmosfera de conflito e discordância? Há pessoas que
provocam e incomodam os outros?
Clima do Grupo - Quem parece interessado e participante? Quem se encontra alheio ao que está
acontecendo?
- Quem demonstra estar motivado? Quem demonstra desmotivação?
Quanto aos - Quem bloqueia seus sentimentos, ao invés de expô-los?
- Quem expressa seus sentimentos com mais facilidade?
Sentimentos - Quem expressa seus sentimentos de modo oportuno e adequado?
- Quem se exaspera com facilidade?
Quanto à - Quem procura organizar o grupo e suas tarefas? É o Comandante ou outro elemento?
- Quem ocupa as funções informais de: iniciador das ações, o coordenador, o solicitante de
Organização do Grupo informações, o opinante, o dinamizador, o observador, o agressivo, o moderador, o
negativista, o otimista, o dominador, o gozador, o ouvinte, o criador de obstáculos, etc.?
Quanto às - Quem se destacou nas atitudes escolhidas para a situação problema? Que fatos
corroboram esta afirmação?
Atitudes Elencadas - Quem demonstrou necessitar desenvolvê-las? Que fatos corroboram esta afirmação?
- Quem forneceu feedback para melhoria do companheiro e da eficiência do grupo?
Anexo “C” PLANO DE SESSÃO ao Caderno de Instrução do EDL
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEx DFA
ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS
CORPO DE CADETES – SEÇÃO DE LIDERANÇA
DATA: Conforme QTS Curso
OM: AMAN PLANO DE SESSÃO
HORA: Conforme QTS Curso
CURSO: Todos
TURMA: Todas
ANO: 3º

DISCIPLINA: LIDERANÇA MILITAR


Assunto: 03 – EDL – ANÁLISE PÓS AÇÃO ATITUDINAL – APA-A

OBJETIVOS:
- Refletir e criticar seus procedimentos, os de seus companheiros e do grupo como um todo durante o EDL,
com base nos fundamentos da Educação Experiencial, para desenvolver sua capacidade de observação
sobre si, sobre outras pessoas e sobre um grupo como um todo, a ser aplicado quando no comando de
fração.

LOCAL: Conforme QTS Curso.

TÉCNICAS DE INSTRUÇÃO: Palestra, Aplicação de Questionários e Discussão Dirigida

MEIOS AUXILIARES: projetor multimídia, computador, tela de projeção.

INSTRUTOR: Comandantes de Subunidade e seus tenentes sob orientação da Seç Lid.


MEDIDAS ADMINISTRATIVAS: instalar apresentação no computador dos locais de aula; colocar
o Plano de Sessão nas Pastas das Salas; conduzir para as salas o material necessário.

FONTES DE CONSULTA: Caderno de Instrução do Exercício de Desenvolvimento da Liderança.

ASSINATURA: VISTO:

_________________________________ _________________________________
MARIO HECKSHER NETO – Cel R1
Instrutor – Relator Chefe da Seção de Liderança

TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO OBS


Um dos oficiais do comando da SU, já tendo recebido orientação
da Seção de Liderança, discorrerá sobre o tema com base na apresentação
elaborada pela seção e dará início às atividades.
Palestra
A palestra, elaborada pela Seç Lid, tem por finalidade traçar as
30 Projetor
linhas gerais sobre a APA-Atitudinal e orientar os cadetes sobre os
min Multimídia
trabalhos que serão desenvolvidos nos próximos tempos.
Computador
O oficial discorrerá sobre a importância de se estudar os grupos,
pois é sempre através deles que os militares cumprem suas missões.
Também se referirá ao aprendizado para o trabalho em grupo e sobre a
teoria em que se apoia este trabalho, bem como sobre o principal
instrumento para o desenvolvimento pessoal e grupal: o feedback.
O oficial discorrerá também sobre a relevância da reflexão após
uma atividade para dela retirar o máximo de aprendizado possível,
principalmente porque os gastos são sempre grandes.
As turmas se organizarão em grupos, conforme os utilizados no
EDL. Será solicitado que o grupo escolha um Coordenador, com a
missão de organizar as discussões que irão acontecer, não permitindo que
se fuja dos assuntos a serem tratados.
(Os trabalhos realizados visam: avaliar a atuação do grupo como
um todo, segundo alguns aspectos e obter uma visão conjunta sobre isso
a partir das discussões em grupo; avaliar sua atuação como membro e
comandante do grupo e obter feedback sobre seu comportamento em
grupo; e avaliar os demais membros de seu grupo, fornecendo-lhes
feedbacks úteis para o seu desenvolvimento.)
Enquanto é distribuído o Inventário I, um oficial salienta a
20 importância de se obter uma visão geral do funcionamento de seu grupo Inventário I
min em uma missão. Solicita, então, seu preenchimento, fornecendo o tempo
de 15 minutos para isso.
10
INTERVALO
min
Solicita agora que os grupos discutam entre si sobre as avaliações
15 que fizeram, utilizando a sequência de aspectos do questionário,
min verificando semelhanças ou discordâncias entre sua visão e as dos demais
do grupo.
Solicita uma apresentação sumária das conclusões dos grupos,
verificando os fatos que mais afetaram positivamente ou negativamente o Inventário I
cumprimento da missão. Os fatos positivos representam ações
15
importantes para incrementar os aspectos analisados e os fatos negativos
min
as situações que o comandante de um grupo precisa ter em mente quando
seu grupo passar por uma daquelas situações, a fim de atuar para evitar
prejuízos aos aspectos analisados.
O oficial fará uma preleção sobre o valor de conhecer-se para
liderar, podendo relembrar Sócrates e o Oráculo de Delfos - Conhece-te a
20 ti mesmo ou Sun Tzu - conhecer-se e conhecer o inimigo. (outros
min exemplos podem ser citados) Inventário II
Após isso, distribui o Inventário II e solicita seu preenchimento, fornecendo o
tempo de 15 minutos para isso e salientando aos cadetes a necessidade de sinceridade e
honestidade em suas respostas, de modo a colher frutos para o seu desenvolvimento.
10
INTERVALO
min
Relembra a forma correta de dar e acolher feedbacks e a sua
importância para o seu desenvolvimento, explanadas no início da
20 instrução e solicita que os grupos se juntem novamente e que cada um
min apresente o item em que pensa se destacar e o item em que acha que
necessita melhoria, solicitando a opinião dos demais sobre a maneira com
Inventário II
se vê. Se há visões diferenciadas ou não. Aprendendo com os demais.
Fechar o tema, solicitando que algum cadete voluntariamente
05 apresente um aspecto em que se via de modo diferente do que o restante
min do grupo lhe trouxe. Tecer comentários sobre a importância de buscar
informações sobre si para o autoconhecimento e desenvolvimento.
No último tema, o oficial relembra as regras sobre dar feedback
enquanto os demais oficiais distribuem o Inventário III sobre a avaliação
dos companheiros. Salienta que, embora afete nossa autoestima, aqueles
que possuem a capacidade de ouvir críticas, mesmo não construtivas,
25 obtêm as vantagens de se conhecer melhor, de saber o que as demais
Inventário III
min pessoas de um grupo pensam a seu respeito e, por conseguinte, atuar
melhor em grupo e conquistar com mais facilidade confiança dos demais
e liderar.
Fornecer o restante do tempo para o preenchimento do Inventário
III, conforme preconizado.
10
INTERVALO
min
Verificar se todos preencheram todos os itens. Nada em branco.
Reunir pela última vez o grupo e abrir para que os companheiros
forneçam feedback aos demais conforme as anotações que realizaram
25
em seu inventário, fornecendo pelo menos um feedback positivo e Inventário III
min
negativo a algum dos companheiros. Os oficiais aplicadores,
coordenadores e demais membros ficam atentos para que o feedback
esteja dentro das regras.
Terminada a discussão, os Inventários são recolhidos e
tabulados, para retorno futuro aos cadetes. Questionário de
15
É distribuído o Inventário de Apreciação de Atividade, a fim de Avaliação de
min
que seja feita a avaliação da APA-A e os cadetes possam apresentar Atividade.
sugestões sobre melhorias para o EDL.
O oficial mais antigo faz o fechamento da atividade salientando a
importância do aprendizado de hoje para o restante do curso e para sua
vida pessoal e profissional, lembrando que a partir de hoje todos devem
sempre estar avaliando o efeito de suas atitudes sobre as demais pessoas
10 com quem convive e/ou comanda, bem como avaliar como estão
-
min funcionando os grupos a que pertence e o que pode fazer para que eles
sejam mais eficientes e eficazes.
Termina solicitando que cada grupo discuta e expresse numa
palavra o que achou da atividade ou o que conseguiu aprender com a
APA-A.
INVENTÁRIO I APA – ATITUDINAL – GRUPOS Cad Nr_______ Nome _______________________Patrulha ___________

RESPONDA A PARTIR DO QUE VIU E PERCEBEU DURANTE O EXERCÍCIO.

- Preencha os espaços do quadro abaixo com atitudes suas ou dos membros de seu grupo, ou até do grupo com um todo, que, NA SUA OPINIÃO,
tenham auxiliado ou prejudicado a efetivação dos aspectos apresentados na primeira coluna. Não citar nomes, apenas fatos. Ex: “ofensas partidas de
um dos membros ao líder do grupo”; “falta de conhecimento do líder para decidir”; “autoritarismo excessivo do líder”.

ASPECTOS AUXILIOU PREJUDICOU

MOTIVAÇÃO

PROCESSO
DECISÓRIO

COESÃO DO
GRUPO

CRIATIVIDADE
E INOVAÇÃO

RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL
INVENTÁRIO II APA – ATITUDINAL – AUTOAVALIAÇÃO Cad Nr_______ Nome _________________Patrulha _______

- Preencha o quadro abaixo com um X nas avaliações que melhor retratam suas ações neste exercício (elas podem mudar no futuro). Procure ser o
mais PRECISO possível e observe os sentimentos e pensamentos que surgem em você durante a execução desta tarefa.
SEJA VERDADEIRO CONSIGO MESMO.

Poucas Às Muitas
ATITUDES A SEREM AVALIADAS Nunca Sempre
vezes vezes vezes
1) Expressei minhas ideias de forma clara e precisa, sendo bem entendido.
2) Ouvi e entendi o que os outros me disseram, sem mal-entendidos.
3) Participei de todas as decisões e ações do grupo.
4) Influenciei meus companheiros, convencendo-os de minhas ideias e orientações.
5) Senti-me à vontade para dar minha opinião, mesmo que negativa.
6) Minha opinião foi bem aceita pelos componentes do grupo.
7) Dei feedback útil e construtivo a meus companheiros.
8) Aceitei críticas sem fortes reações emocionais, usando-as em meu proveito.
9) Reavaliei meu comportamento em função dos feedbacks(críticas) recebidos.
10) Assumi as responsabilidades que me cabiam.
11) Cooperei além das minhas atribuições com outros membros do grupo.
12) Incentivei e encorajei meus companheiros nas situações de desafio e dificuldades.
13) Percebi as reações e necessidades dos outros, adequando meu comportamento.
14) Minhas ações contribuíram para aumentar a coesão do grupo.
15) Reconheci os conflitos do grupo e busquei o consenso.
INVENTÁRIO III APA-ATITUDINAL - FEEDBACK Cad Nr______ Nome ___________________Patrulha _______
- Preencha TODO O QUADRO ABAIXO com o Nº e NOME dos companheiros que, NA SUA OPINIÃO, julgue que MAIS e MENOS se destacaram nas atitudes relacionadas na
tabela. MENOS não significa deficiência e sim o que menos entre os membros do seu grupo. Se você considerar que um companheiro citado na coluna MENOS possui deficiências no
aspecto e necessita melhorá-lo, assinale com um X na coluna MELHORIA ou escreva o que você acha que ele precisa melhorar. Dê feedback útil.

ATITUDES MAIS MENOS MELHORIA


1) Expressou suas ideias de forma clara e precisa, sendo bem
entendido.
2) Ouviu e entendeu o que os outros lhe disseram, sem mal-
entendidos.
3) Participou de todas as decisões e ações do grupo.
4) Influenciou seus companheiros, convencendo-os de suas
ideias e orientações.
5) Sentiu-se à vontade para dar sua opinião, mesmo que
negativa.
6) Sua opinião foi bem aceita pelos componentes do grupo.

7) Deu feedback útil e construtivo a meus companheiros.


8) Aceitou críticas sem fortes reações emocionais, usando-as
em seu proveito.
9) Reavaliou seu comportamento em função dos feedbacks
recebidos.
10) Assumiu as responsabilidades que lhe cabiam.
11) Cooperou além das suas atribuições com outros membros
do grupo.
12) Incentivou e encorajou seus companheiros nas situações
de desafio e dificuldades.
13) Percebeu as reações e necessidades dos outros,
adequando seu comportamento.
14) Suas ações contribuíram para aumentar a coesão do
grupo.
15) Reconheceu os conflitos do grupo e buscou o consenso.
QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO

1) Registre abaixo sua observação sobre o exercício e apresente sugestões que contribuam para o enriquecimento do EDL, de forma a aperfeiçoá-lo
no que tange ao desafio tanto físico como cognitivo e afetivo.
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2) Registre abaixo o que achou sobre esta forma de Análise Pós-Ação (Atitudinal).
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3) Apresente sugestões para melhoria deste tipo de APA.
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4) Na sua opinião, seria interessante que este tipo de APA fosse estendida para outros exercícios em que um grupo atua junto por um certo tempo?
Que ganhos você acha que este procedimento traria?
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Fim da Análise Pós-ação Atitudinal

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