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A Gente de Bordo

A Gente de Bordo
O “Comandante” é a autoridade suprema de bordo. O “Imediato” é o “Oficial executivo do navio”,
segundo do Comandante; é o substituto eventual do Comandante: seu substituto Imediato.

A “gente de bordo” se compõe de “Comandante e Tripulação (Oficiais e Guarnição)”. O Imediato e Oficiais


constituem a “oficialidade”. Os demais tripulantes constituem a Guarnição. As ordens para o navio
emanam do Comandante e são feitas executar pelo Imediato, que é o coordenador de todos os trabalhos
de bordo, exercendo a gerência das atividades administrativas..

A Hierarquia Naval
No Brasil, o estabelecimento deformação de oficiais do Corpo da Armada, de Intendentes e de Fuzileiros
Navais é a Escola Naval. Seus alunos são Aspirantes e dela saem, ao concluírem o curso, como Guardas-
Marinha.

A formação de praças é realizada pelas Escolas de Aprendizes-Marinheiros. Os alunos dessas Escolas,


após o término do curso, são nomeados Marinheiros.

A unidade de combate naval é o navio. Os Grupamentos de navios constituem as Forças Navais e as


Esquadras. Os Almirantes, precipuamente, comandam Forças Navais, grupamentos de navios. Sua
hierarquia deve definir a importância funcional do grupamento. Os postos de Almirantes, em sequência
ascendente são: Contra-Almirante, Vice-Almirante e Almirante de Esquadra.

O Comando dos navios cabe aos Comandantes. A importância funcional do navio deve definir a hierarquia
de seus Comandantes. É mantida tradicionalmente a antiga importância dos navios para combate,
classificados de acordo com o número de conveses e canhões de que dispunham: as corvetas, com um
convés de canhões; as fragatas, com dois conveses de canhões; e as naus com três conveses de canhões,
havendo também, a denominação de navios de linha ou navios de batalha, por serem os que constituíam
as linhas de batalha. Daí a hierarquia ascendente dos comandantes, como Capitães de Corveta, Capitães
de Fragata e Capitães de Mar e Guerra.

As funções internas nos navios cabem aos tenentes (em hierarquia ascendente: 2° Tenente, 1° Tenente e
Capitão-Tenente) e praças (em hierarquia ascendente: Marinheiro, Cabo, 3º Sargento, 2º Sargento, 1º
Sargento e Suboficial). Nos navios de maior importância há, ainda, oficiais superiores que exercem
funções internas, geralmente na chefia de Departamentos. Navios menores que as corvetas, em geral,
são comandados por Capitães-Tenentes.

É interessante notar, entretanto, uma característica ímpar da Marinha: na linguagem verbal, o tratamento
normalmente dados aos oficiais da Armada resumem esses nove postos a três: Almirante, Comandante e
Tenente.

Divisões de Navios por Classe na MB:


A Hierarquia da Marinha Mercante
As Escolas responsáveis pela formação de pessoal da Marinha Mercante funcionam nos Centros de
Instrução Almirante Graça Aranha, no Rio de Janeiro, e Almirante Braz de Aguiar, em Belém.

Esses estabelecimentos pertencem à Marinha do Brasil, assim como as Capitanias dos Portos, suas
Delegacias e Agências, que ministram o Ensino Profissional Marítimo, capacitando profissionais para
exercerem atividades a bordo de embarcação marítimas e fluviais.

HIERARQUIA DOS OFICIAIS DE CONVÉS: - Capitão de Longo Curso - Capitão de Cabotagem - 1º Oficial de
Náutica - 2° Oficial de Náutica

HIERARQUIA DOS OFICIAIS DE MÁQUINAS: - Oficial Superior de Máquinas - 1° Oficial de Máquinas - 2°


Oficial de Máquinas
P48 Navio-Patrulha Guanabara
Datas:
Batimento de Quilha: 20 de dezembro de 1996
Lançamento: 5 de novembro de 1997
Incorporação: 9 de julho de 1999
Características:
Deslocamento: 197 ton (padrão), 217 ton (carregado).
Dimensões: 46.5 m de comprimento, 7.5 m de boca e 2.3 m de calado.
Propulsão: 2 motores diesel MTU 16V 396 TB94 de 2.740 bhp cada, acoplados a 2 eixos com
hélices de três pás e passo fixo.
Combustivel: 23 tons.
Eletricidade: 3 geradores no total de 300 Kw.
Velocidade: máxima de 26.5 nós e máxima mantida de 22 nós.
Raio de ação: 2.200 milhas náuticas à 12 nós (10 dias).
Armamento: 1 canhão Bofors de 40 mm L/70; 2 metralhadoras GAMBO de 20x128mm
Sensores: 1 radar de navegação Decca 1290A, banda I. Equipado com GMDSS - Global Marine
Distress and Safety e equipamento de visão noturna.
Equipamentos: 1 lancha de casco semi-rigido (RHIB), com capacidade para 10 homens e 1 bote
inflável para seis homens, usados para salvamentos e abordagens. Um guindaste eletro-hidraulico
com capacidade para 620kg.
Tripulação: 29 homens, sendo 4 oficiais e 25 praças.
Histórico
O P48 - Navio Patrulha Guanabara, foi ordenado em 1995 como parte do 5º lote de duas
unidades da classe, junto ao estaleiro INACE - Industria Naval do Ceará S/A, em Fortaleza. O
Guanabara(1)é o sétimo navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a Baía
do Rio de Janeiro. Foi construído seguindo o projeto da Vosper-QAF Ltd, de Singapura. Teve sua
quilha batida em 20 de dezembro de 1996, foi batizado e lançado ao mar em 5 de novembro de
1997 e incorporado em 9 de julho de 1999.
O Guanabara, assim como o Guarujá, tiveram como fato notável em sua construção no estaleiro
INACE, a montagem dos cascos emborcados em terra, ou seja com a quilha para cima. Ao ter o
trabalho de soldagem concluído, foi descido ao mar por meio de elevador e depois desemborcado
com o uso de guindastes. Em seguida, retornou para terra, a fim de que fosse terminada a
construção. Os NPa classe Grajaú tinham a previsão de receber a diretora Radamec 1000N, mas
esse projeto foi temporariamente suspenso.
1999
Em setembro, passou a subordinação do Comando do 4º Distrito Naval, integrando o Comando
Grupamento de Patrulha Naval do Norte (ComGptPatNavN). Tem como área de atuação o litoral
dos Estados do Pará, Maranhão, Piauí, Amapá e também os rios da Amazônia, operando a partir de
Belém (PA).
Recebeu o Prêmio Contato CNTM/1999 Distrital/4º DN, do Comando Naval de Controle do
Trafego Marítimo, pela sua destacada participação no Sistema de Informações sobre o Tráfego
Marítimo em proveito da segurança e da salvaguarda da vida humana no mar, em áreas de
responsabilidade da MB.

G151 NApOc Iguatemi


Datas:
Lançamento: 04 de Junho de 2011
Incorporação: 09 de Julho de 2018
Características:
Deslocamento: 1.943 t (carregado).
Dimensões: 63,40 m de comprimento, 56,53 m entre perpendiculares, 5,80 de boca moldada, 5,5 m
de calado de navegação e pontal de 6,80m..
Propulsão: 02 Motores Yanmar 8N280EV, 200kW.
Combustivel: 680 toneladas.
Tração Estática: 90 toneladas.
Eletricidade: 04 Geradores Caterpillar C18DITA, sem neutro, 631 kVA, 425 kW, 60Hz, 697A,
440V.
Velocidade: máxima de 13,5 nós.
Raio de Ação: 8.000 milhas à 10 nós.
Armamento: 02 Metralhadoras 12,7 mm (0,50 pol) e 02 Metralhadoras 7,62 mm.
Sensores: 02 Radares de Navegação Tipo Furuno – Modelos FR-2115 e FAR-2117.
Código Internacional de Chamada: PWIG.
Tripulação: 28 Militares, sendo 5 Oficiais e 23 Praças.
Histórico
O G 151 Navio de Apoio Oceânico Iguatemi, teve seu processo de aquisição, juntamente com as
demais classes “Mearim”, no final de 2016, por meio de reuniões entre o Comando de Operações
Navais (ComOpNav), a Diretoria de Gestão de Programas (DGePM) e a Empresa Gerencial de
Projetos Navais (EMGEPRON).
Inicialmente, a intenção era arrendar três rebocadores para a Marinha. Após uma averiguação
minuciosa no mercado, realizada pela EMGEPRON, para verificar quais navios do tipo Anchor
Handling Tug Supply (AHTS) estariam disponíveis, verifcou-se a existência de 147 embarcações,
porém nenhuma delas atendia aos requisitos apresentados pelo Setor Operativo.
Em novo estudo realizado, foram alterados os requisitos de maneira a permitir a continuidade do
processo. Foi realizado um pregão eletrônico internacional para aquisição de três navios, sob a
responsabilidade da EMGEPRON. A vencedora do certame foi a empresa norueguesa Deep Sea
Shipowing, com os AHTS “Sea Stoat”, “Sea Vixen” e “Sea Fox”. Cabe destacar que a obtenção dos
Navios de Apoio Oceânico (NApOc) “Mearim”, “Iguatemi” e “Purus” foi decorrente de um inédito
processo de compra por oportunidade para a Marinha do Brasil, realizada pela EMGEPRON.
O nome “Iguatemi” origina do tupi-guarani, que significa “rio que dá voltas, sinuoso”, importante
rio do estado do Mato Grosso do Sul, afluente da margem direita do Rio Paraná. Outros três navios
da MB receberam esse nome, uma Canhoneira, Torpedeira e uma Corveta da Classe Imperial
Marinheiro, incorporada à Armada, em 01AGO1955. A Mostra de Desarmamento da Corveta
“Iguatemi” ocorreu em 09AGO1995.
O NApOc “Iguatemi” está apto a desempenhar as seguintes tarefas: apoio logístico móvel, patrulha
e inspeção naval, busca e salvamento – “Search and Rescue” (SAR) e minagem, na área do
Comando do 4º Distrito Naval.
Foi incorporado em 09 de Julho de 2018.
Datas:
Lançamento: 1982
Incorporação (ENASA): 1982
Incorporação (MB): 19 de janeiro de 2005
Características:
Deslocamento: 652 ton (deadweight), 1.982 ton (net tonnage).
Dimensões: 56.11 m de comprimento, 52.81 m de comprimento entre pp, 21.42 m de boca e 3.60 m
de calado (leve) e 5.01 m de calado (carregado).
Propulsão: diesel.
Velocidade: cruzeiro de 8 à 10 nós e máxima de 11 nós.
Armamento: 4 (quatro)metralhadoras Oerlinkon 20mm
Equipamentos: garagem para viaturas, 1 consultório médico e 1 gabinete odontológico.
Código Internacional de Chamada: PWBE (MB), PP5483 (ENASA)
Tripulação: 66 homens, sendo 7 oficiais e 59 praças.
Tropa: 175 Fuzileiros Navais
 
Histórico
O U15 - Navio Auxiliar Pará, é o sexto navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em
homenagem ao Estado do Pará. O ex-Catamarã Pará, foi doado pelo Governo do Estado do Pará a
Marinha do Brasil, mas será empregado de forma compartilhada com a Marinha que ira utilizado
principalmente como navio de comando e controle, e no transporte de tropas e material na região
amazônica, já o Governo do Pará ira utiliza-lo na Assistência Social a comunidades ribeirinhas.
Antes de ser incorporado a Marinha pertencia a estatal ENASA - Empresa de Navegação da
Amazônia S.A., já extinta, onde operava com o mesmo nome, na linha Belém-Manaus-Belém,
classificado como Navio Fluvial de Turismo, transportando veículos, passageiros e carga. Foi
submetido a Mostra de Armamento e incorporado a Armada em 19 de janeiro de 2005, em
cerimônia realizada na Base Naval de Val-de-Cães, em Belém, PA, presidida pelo AE Rayder
Alencar da Silveira, Chefe do Estado-Maior da Armada e que contou com a presença da Vice-
Governadora do Estado do Pará, Sra. Valeria Vinagre Pires Franco entre outras autoridades civis e
militares. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Corveta Osiris José Vieira de
Menezes. Antes de ser incorporado, passou por reparos e sofreu uma serie de adaptações na BNVC
- Base Naval de Val-de-Caes, em Belém, PA, sendo instalados consultórios médicos e
odontológicos, revisadas as máquinas e os compartimentos habitáveis e instalados novos radares e
equipamento de comunicação. Um pouco mais sobre o Pará em sua fase na ENASA:  "Ao final da
década de 70 estatal ENASA - Empresa de Navegação da Amazônia S.A., contratou ao IPT de São
Paulo um estudo sobre novas embarcações de passageiros para a Amazônia. Deste estudo resultou o
projeto de 3 catamarãs em versão popular, onde os passageiros viajavam em redes (como é comum
na região) e dois outros mais sofisticados para turismo. Estes dois se chamariam Pará e Amazonas.
O projeto básico foi desenvolvido pelo IPT e a construção contratada a INCONAV, localizada na
ilha da Conceição, exatamente onde hoje funciona o estaleiro AKER-PROMAR. Durante a
construção do primeiro catamarã, a INCONAV entrou em dificuldades financeiras incortonáveis
passando ao controle do Estaleiro MacLaren. Isso aconteceu durante o ano de 79. O projeto do IPT,
foi reformulado pela equipe do MacLaren, sendo introduzidas simplificações da estrutura,
refazendo todo o arranjo das áreas de passageiros e introduzindo áreas de recreação que não
existiam. Por especificação da ENASA, na região da pôpa haveria um convôo para eventualmente
atender necessidades da Marinha. Porém, na fase de detalhamento do projeto do convôo foi então
visto pela Marinha que a área disponível não era adequada para operação de qualquer helicóptero
que ela operava na região, sendo assim a idéia do convôo foi abandonada. Como havia falta de área
de recreação para os passageiros, então a área que seria do convôo foi transformada em uma
piscina, com um bar na parte de baixo. O navio parecia um caixote mas seu conceito era
interessante. Havia espaço para passageiros, carga (inclusive com guindaste), transporte de correio e
até uma pequena cela de prisão.
Já no primeiro navio da série apareceram problemas com o peso leve que resultou em aumento de
calado. A saída da âncora ficava abaixo da linha d'água mas com muita criatividade e empenho dos
funcionários do MacLaren, foi resolvido o problema da ancoragem, com os molinetes sendo
colocados em uma posição mais elevada no convés para permitir um comprimento suficiente de
amarras e que a saída do escovem ficasse localizada ligeiramente acima da linha d'água.
Um fato curioso é o novo brasão conferido ao navio, uma vez que tradicionalmente os brasões são
repassados aos navios sucessivamente, sejam quais forem os seus tipos. É possível que a
permanência do CT Pará - D 27 ainda em atividade, tenha motivado essa substituição. Como
sabemos, tradicionalmente os navios que homenageiam os estados brasileiros permanecem com os
mesmos brasões originais. O Amazonas, unidade irmã de classe do Pará, encontra-se parado em
Belém.

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