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CAP.

3
CLASSIFICAÇÃO DOS NAVIOS

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ARTE NAVAL - CAP 3

SEÇÃO A – CLASSIFICAÇÃO
GERAL

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3.1 – CLASSIFICAÇÃO GERAL
a. Quanto ao fim a que se destinam
(1) de guerra; - Quanto ao fim a que se destinam
(2) mercantes; - Quanto às águas em que navegam
(3) de recreio; e - Quanto ao tipo de construção
(4) de serviços especiais.
b. Quanto ao material de construção do casco
(1) de madeira;
(2) de ferro ou de aço;
(3) de plástico reforçado com fibra de vidro;e
(4) De ferro cimento
c. Quanto ao sistema de propulsão
(1) a vela;
(2) a remos;
(3) propulsão mecânica; e
(4) sem propulsão.

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ARTE NAVAL - CAP 3

SEÇÃO B – NAVIOS DE
GUERRA

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3.2 – NAVIOS DE GUERRA:
NAVIOS DE COMBATE E
NAVIOS AUXILIARES

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3.2 – NAVIOS DE GUERRA


Não se pode mais estabelecer uma classificação rígida de navios de guerra,
especificando as características essenciais de cada tipo. A inclusão de um
navio ligeiro (leve) na categoria de cruzador leve, fragata ou contratorpedeiro,
depende de uma classificação arbitrária da Marinha de cada país.

Não há uma linha divisória entre deslocamento, armamento e velocidade


desses navios, e cada um deles tem hoje funções múltiplas, misturando-se
várias de suas antigas atribuições; qualquer um daqueles navios, de modo
geral, pode ser destinado à guerra anti-submarino, ou fazer parte de uma
cobertura para defesa antiaérea, ou ser destacado à frente de uma força
naval, como piquete ou saltador.

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3.2 – NAVIOS DE GUERRA
No que se refere à propulsão, todos os tipos estão sendo empregados nos
navios de guerra: turbina a vapor, turbina a gás, motores diesel de alta
velocidade e propulsão nuclear.

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3.3 – PORTA-AVIÕES OU
NAVIO-AERÓDROMO (NAe)
ILHA / CONVÉS EM ÂNGULO / ELEVADORES / ANV STOL
VENTO APARENTE NO CONVÉS / PORTA-AVIÕES ASW
NIMITZ – GRANDE INVINCIBLE – PEQUENO
(LIGEIRO)

8 a 10°

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3.4 – PORTA-HELICÓPTEROS

PHM ATLÂNTICO

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3.5 – SUBMARINOS
PERISCÓPIO / ESNORQUEL / “COMANDOS”
SUBMARINO-MINEIRO

Convencionais: < 8 nós

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3.5 – SUBMARINOS
SNN e SSBN / MÍSSEIS ESTRATÉGICOS E TÁTICOS / OGIVA /
RUÍDO IRRADIADO

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3.5 – SUBMARINOS CONVENCIONAIS

Empregam baterias como principal meio de propulsão. Usa o esnórquel para


ligar os motores e recarregar as baterias.

Novos submarinos convencionais utilizam um “propulsão independente do


ar” (AIP) que emprega, por exemplo, o motor “Stirling” de circuito fechado
(células de combustível) para carregar as baterias, sem necessidade do
esnórquel. Autonomia limitada em algumas semanas. Depois de
descarregadas as células, passa a operar como um convencional normal.

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3.5 – SUBMARINOS
CASCO RESISTENTE / TANQUES / LEMES
IMERSÃO E EMERSÃO / PROPULSÃO DIESEL-ELÉTRICA
(ESNORQUEL 1 e 2)

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3.5 – SUBMARINOS
PROA BULBOSA x PROA FINA
OPERAÇÃO SILENCIOSA NA PROFUNDIDADE DE CAMADA

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3.5 – SUBMARINOS
CASCO RESISTENTE

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3.5 – SUBMARINOS
Tanques de Lastro – Mísseis Balísticos / Táticos

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3.5 – SUBMARINOS
OPERAÇÃO SILENCIOSA NA PROFUNDIDADE DE CAMADA

variação TEMP

PROF

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3.5 – SUBMARINOS NO BRASIL

Programa iniciado em 2008 prevê 4 convencionais:


- Submarino Riachuelo (lançado em 2018);
- Submarino Humaitá;
- Submarino Tonelero;
- Submarino Angostura.

Programa Submarino Nuclear prevê a construção do Sb “Álvaro Alberto” para


o ano de 2029.

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3.6 – CRUZADOR

MÍSSEIS DE CRUZEIRO COM FINALIDADES ESTRATÉGICAS E TÁTICAS


GRANDE CAPACIDADE A/S (sonar, He org., tp, foguetes etc) /
CRUZADORES PESADOS E LIGEIROS

Suas principais tarefas são:


(1) proteção de um grupo de batalha nucleado em um NAe;
(2) coberturas de FT e apoio a operações anfíbias;
(3) guerra de corso contra a navegação mercante;
(4) ataque contra alvos estratégicos; e
(5) escolta de comboios.

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COMBOIO

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3.6 – CRUZADOR LIGEIRO E PESADO
DEFESA CONTRA ATAQUE NBQ
Cruzador Pesado Prinz Eugen

Cruzador Leve (quase Fragata)

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3.6 – CRUZADOR
Cruzador General Belgrano

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3.7 – CONTRATORPEDEIROS
• Versáteis
• Os mais numerosos navios de guerra do mundo
Grande velocidade (mais de 30 nós)
• Grande mobilidade
• Seu armamento principal consta de mísseis de curto
e longo alcance, torpedos, canhões e helicópteros
• Tecnologia Stealth
• Reduzidas assinatura infravermelha e acústica.
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.

3.7 – TECNOLOGIA STEALTH

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3.7 – CONTRATORPEDEIROS

Suas principais tarefas são:


(1) proteção de um grupo de batalha nucleado em um NAe;
(2) guerra anti-submarino;
(3) ataques contra navios de superfície e alvos em terra;
(4) defesa antiaérea e antimíssil;
(5) apoio a operações anfíbias;
(6) operações de esclarecimento e como piquete radar; e
(7) escolta de comboios.

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3.8 – FRAGATAS
Operação idêntica a dos Contratorpedeiros
Suas principais tarefas são:
(1) ataques contra navios de superfície;
(2) guerra anti-submarino;
(3) defesa antiaérea e antimíssil;
(4) apoio a operações anfíbias;
(5) operações de esclarecimento e como piquete radar;
(6) escolta de comboios; e
(7) guerra de corso contra a navegação mercante e combate ao
narcotráfico.
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CONTRATORPEDEIRO, FRAGATA E CORVETA - exemplos

CT CL. SPRUANCE
F STEALTH CT CL. ARLEIGH BURKE
F CL. OLIVER HAZARD PERRY

F CL. GREENHALGH (EX-TYPE 22)

CT CL. PARÁ (EX-GARCIA) CV CL. INHAÚMA


F CL. NITERÓI

F CL. NITERÓI CV CL. IMPERIAL MARINHEIRO


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3.10 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE DESEMBARQUE


OPERAÇÕES ANFÍBIAS / Aspectos Doutrinários

A operação anfíbia refere-se, normalmente, a um ataque


lançado do mar por uma Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), sobre
litoral hostil ou potencialmente hostil.

Esta operação comporta quatro modalidades:


- assalto anfíbio
- incursão anfíbia
- demonstração anfíbia e
- retirada anfíbia.

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3.10 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE DESEMBARQUE
OPERAÇÕES ANFÍBIAS / Aspectos Doutrinários
A operação anfíbia, na sua forma mais completa (ASSALTO
ANFÍBIO), observa uma sequência de fases bem definida,
compreendendo:
- Planejamento
- Embarque
- Ensaio
- Travessia
- Assalto.
PEETA

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3.10 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE DESEMBARQUE


OPERAÇÕES ANFÍBIAS / Aspectos Doutrinários
Os meios navais e aéreos e as unidades de fuzileiros navais
empregados na operação anfíbia constituem a Força-Tarefa Anfíbia
(ForTarAnf), organizada em função das tarefas previstas em seu
planejamento e comandada por oficial do Corpo da Armada.
Estas operações caracterizam-se por grande mobilidade
(habilidade de desembarcar forças onde quer que se faça
necessário) e pela flexibilidade (escolha de hora do desembarque
e métodos para fazê-lo, se por meio de aeronaves ou pelo uso de
embarcações). Para sua efetivação, são exigidos diversos navios e
embarcações de tipos e tamanhos variados, capazes de
transportar material e pessoal ao objetivo.
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3.10 – NAVIOS
TIPOS DE
E EMBARCAÇÕES
EMBARCAÇÕES DE
DE DESEMBARQUE
DESEMBARQUE
(1) NAVIOS DE DESEMBARQUE – Navios de alto-mar que transportam
e desembarcam tropas, carga e viaturas desde o local de embarque
até a costa hostil do objetivo. O desembarque pode ser realizado
navegando, fundeado próximo à praia ou mesmo abicados à costa;
(2) EMBARCAÇÕES DE DESEMBARQUE – Quase sempre são
transportadas nos navios de desembarque, de onde são lançadas ao
mar, nas proximidades das praias onde podem abicar; e
(3) VIATURAS ANFÍBIAS – Podem ser transportadas nos navios ou nas
embarcações de desembarque; são os únicos meios combatentes
realmente anfíbios, pois se lançam ao mar junto à praia e podem
prosseguir operando em terra. Exceção: hovercrafts – Emb. de DBQ -
opera em terra.
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3.10 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE DESEMBARQUE


(1) PEQUENO CALADO – Nos navios, para possibilitar maior
aproximação das praias; e nos navios que abicam, fundo chato (para
não adernarem) e hélices acima da quilha (para não tocarem o fundo);
(2) ÂNCORAS NA POPA –navios e embarcações maiores que abicam, a
fim de auxiliar na manutenção de posição durante a abicagem e na
manobra de retração da praia;
(3) LEMES VOLTADOS PARA VANTE – Somente embarcações que
abicam; servem para auxiliar a manobrabilidade na retração e
manutenção da posição quando abicadas; e (próximo slide)
(4) GRANDE CAPACIDADE DE REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES AÉREAS –
Visando a possibilitar DBQ conjunto, utilizando o movimento navio-
terra (MNT), por mar, e o movimento helitransportado (MHT), pelo ar.
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3.10 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE DESEMBARQUE


EMBARCAÇÕES ANFÍBIAS, devido às reduzidas dimensões e fundo
chato, são normalmente bastante sujeitas à ação das vagas e de
difícil manobrabilidade. Caracterizam-se por possuir armamento
defensivo de armas automáticas antiaéreas.

Modernamente, as embarcações de desembarque não têm sido


empregadas nas primeiras vagas devido a sua vulnerabilidade
quando abicadas. Primeiramente, têm sido empregadas viaturas
anfíbias (e hovercrafts), que garantem mobilidade no solo hostil,
sendo as embarcações utilizadas nas vagas subsequentes, para o
desembarque de maior quantidade de tropas e material.
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3.10.1 – NAVIO DE DESEMBARQUE E
ASSALTO ANFÍBIO (NDAA) (LHA/LHD)
NDAA CLASSE WASP

Capaz de desembarcar tropas e seus equipamentos de combate, por


meio de aeronaves, helicópteros, embarcações de desembarque e
veículos anfíbios.
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3.10.2 – NAVIO DE DESEMBARQUE DE COMANDO (NDC) (LCC)

NDAA CLASSE WASP NDC CLASSE


BLUE RIDGE

Provê comando e controle para os comandantes da força anfíbia.


Possui múltiplos e sofisticados equipamentos de comunicação.
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3.10.3 – NAVIO DE DESEMBARQUE DE CARROS DE COMBATE
(NDCC) (LST)
NDCC CL NEWPORT
NDAA CLASSE WASP Capaz de ABICAR em uma praia
“MATTOSO MAIA”
para desembarcar VTR através
de uma rampa na proa. Possui
pequenos propulsores laterais
(bow thruster) capazes de
manter o navio em posição
quando abicado, enquanto é
feito o DBQ de VTR anfíbias.
Na popa, possui plataforma para pouso de He e uma porta para
EMB/DBQ de VTR.
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3.10.4 – NAVIO DE DESEMBARQUE E DOCA (NDD) (LSD / LSD-CV)

NDAA CLASSE WASP NDD CL. CEARÁ

Podem, por alagamento dos tanques de lastro e aberturas de portas


na popa, criar um porto flutuante, dentro do seu espaçoso convés.
Podem, também, reabastecer navios de pequeno porte
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3.10.5 – NAVIO DE DESEMBARQUE, TRANSPORTE E E DOCA (NDTD)
(LPD)

NDTD CL. AUSTIN

São os sucessores do NDD. Podem, também, reabastecer navios de


pequeno porte. Capaz de controlar e apoiar forças de desembarque
terrestres e aéreas. HANGARAR
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3.10.6 – NAVIO DOCA MULTIPROPÓSITO (NDM)

NDM BAHIA

Operação parecida com as do NDD. Pode, também, ser usado em


missões de caráter humanitário. Controle de áreas como o Pré-sal e
Amazônia Azul.
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3.10.7 – NAVIO-TRANSPORTE DE TROPA (NTrT)

NDAA CLASSE WASP

NTrT CL. ARY PARREIRAS


Embora construídos especialmente para as OpAnf, não abicam.
Servem para transportar no oceano a tropa, a carga e as embarcações
de DBQ. Transportam carga e VTR nos porões, e no convés principal
podem conduzir algumas EDVP e um número limitado de EDVM.
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3.10.8 – EMBARCAÇÃO DE DESEMBARQUE DE CARGA GERAL (EDCG)

Propulsão
NDAA CLASSE WASP
própria.
Proa
quadrada
que se abre formando uma
prancha para embarque e
desembarque de tropas e
EDCG GUARAPARI
viaturas. Hélices protegidos.
Lemes a vante dos hélices para facilitar a retração e uma
âncora na popa para fundeio na abicagem. Tanto podem
tanto ser transportadas no interior de navios com docas
quanto navegarem por distância razoável até a abicagem.
São as maiores EMB DBQ casco rígido
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3.10.9 – EMBARCAÇÃO DE DESEMBARQUE DE VIATURAS E
MATERIAL (EDVM)

NTrT CL. ARY PARREIRAS

Transportada no interior dos navios com


docas. Em geral, participam das vagas
anteriores às das EDCG.
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3.10.10 – EMBARCAÇÃO DE DESEMBARQUE


DE VIATURAS E PESSOAL (EDVP)

Transportam pessoal e viaturas pequenas (de até 1/4 de tonelada).


Não possuem fundo chato. Não são transportadas nos conveses doca
de navios, mas sobre berços em navios anfíbios e arriadas com
aparelhos de força. Semelhantes às EDVM, porém com dimensões
menores, são muito influenciadas pelo estado do mar, o que, às vezes,
dificulta uma abicagem com vagas altas.
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3.10.12 – CARRO DE COMBATE ANFÍBIO (CCAnf)
Tem um casco estanque montado sobre lagartas, como
os carros de combate terrestres. Quando a
embarcação está na água, as lagartas agem como pás de roda, para
propulsão; além disso servem para o governo da embarcação, pois
são independentes, podendo diminuir a velocidade em um dos
bordos, como os carros de combate de terra. O casco é levemente
blindado e transporta metralhadora ou um pequeno canhão. Tem
pouca velocidade, mas pode mover-se em águas rasas, ou sobre
praias, recifes e pântanos, sem necessidade de mudar o meio de
propulsão. Sua grande vantagem é poder atingir uma praia
defendida, provendo maior segurança às tropas de infantaria que
teriam que desembarcar e andar a pé.
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3.10.13 – CARRO LAGARTA ANFÍBIO (CLAnf)

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3.10.13 – CARRO LAGARTA ANFÍBIO (CLAnf)
Carroceria estanque e com pequena
blindagem, montada sobre lagartas,
como os CCAnf. É utilizado para
desembarque de tropas, armas,
munição e nos mais variados tipos
de terreno, sem, no entanto, ter
capacidade para ultrapassar recifes
tão bem quanto os CCAnf.
Possuem a vantagem, sobre os CCAnf, de contarem com propulsão
hidrojato (quando no mar) para incremento da velocidade e da
manobrabilidade

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3.10.14 – EMBARCAÇÃO DE DESEMBARQUE


PNEUMÁTICA (EDPn)
Balsa de borracha, com câmara de ar
dividida em vários compartimentos.
Vigamento interno leve para manter a
forma de bote. Quase não tem calado
(pode ser empregada em águas muito
rasas. Pode ter um motor de popa, mas
usam-se remos, em geral, por não fazer
barulho. Devido ao seu pequeno tamanho e silêncio (quando
utilizando remos) é muito utilizada para o desembarque de grupos
precursores (operações especiais) anteriores ao desembarque anfíbio
propriamente dito.
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3.10.15 – HOVERCRAFT

Embarcação com razoável capacidade de carga de pessoal, material


e viaturas que se desloca sobre colchão de ar, trafegando tanto sobre
a terra plana como sobre o mar.
São as embarcações mais modernas utilizadas para o desembarque
anfíbio devido à rapidez e à segurança oferecidas à tropa e ao
material desembarcados.
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3.11.1 – NAVIOS-MINEIROS OU LANÇA-MINAS (NM)

Empregados para semear campos de minas quer ofensivamente em


águas usadas pelo inimigo, quer defensivamente em águas próprias.

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3.11.2 – NAVIOS-VARREDORES OU CAÇA-MINAS (NV)
NV CL. ARATU Características especiais de projeto.
Podem ser de madeira, fibra ou aço
não magnético, possuem equipa-
mentos amagnéticos e motores de
corrente contínua, para lograr uma
assinatura magnética baixa.
O NV efetua varreduras dos tipos acústica, magnética, mecânica ou
combinada (acústica/magnética ou magnética/mecânica).
O caça-minas atua com a finalidade de detectar, investigar e
neutralizar a mina, demandando mais tempo, porém com maior
eficiência para limpar áreas minadas ou abertura de canal varrido.
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3.12 – CAÇA-SUBMARINOS (CS)

Menor que as corvetas. Único emprego é na guerra A/S.


Atualmente o CS está em desuso, pois os modernos sonares e armas
A/S exigem plataformas maiores.
Grande mobilidade, mas o pequeno tamanho (a boca,
principalmente, é estreita) não lhes concede boa estabilidade de
plataforma para operar com mau tempo.
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3.13 – NAVIO DE SALVAMENTO DE SUBMARINOS

Possui câmara de descompressão, sino atmosférico (SAR), sino de


mergulho e um ROV para operar até 600 m. Possui sistema DP.
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3.14.1 – CANHONEIRAS (Cn)

Navios de pequenos porte, calado e borda-livre.


Empregados na defesa de portos e rios.
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3.14.2 – MONITOR
M PARNAÍBA

Navios de pouco calado, com couraça e forte artilharia para o seu


tamanho.
Usados para operar nos rios e próximo da costa, servem para
bombardear as posições.
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3.15 – NAVIO-PATRULHA (NPa)

NPa CL. BABITONGA NPa CL. GRAJAÚ


Empregado em patrulhas costeira e fluvial das águas sob jurisdição
nacional. Tarefas: fiscalizar e resguardar os recursos do mar territorial,
zona contígua e zona econômica exclusiva; colaborar com os serviços
de repressão ao tráfico e comércio ilícito; controlar a área marítima sob
jurisdição brasileira; e contribuir para a segurança das instalações
costeiras e plataformas de exploração/explotação de petróleo no mar.
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3.15.1 – NAVIO-PATRULHA FLUVIAL (NPaFlu)

Pequeno porte, pouco calado, W entre 120 e 700 ton,


comprimento entre 29 m e 64 m, armado com canhões de 40 mm,
metralhadoras 20 mm e de 0.50 mm, morteiros de 81 mm e, por
vezes, podendo possuir plataforma de lançamento de helicóptero.
Empregados na patrulha (contrabando, tráfico e pesca), defesa de
portos fluviais, defesa de foz e controle de área fluvial.
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3.15.2 – NAVIO-PATRULHA COSTEIRA (NPaCo)

Pequeno deslocamento e autonomia, e sua eficiência é muito influenciada


pelas condições do tempo. A importância aumentou muito nos últimos anos,
principalmente devido aos modernos sistemas de armas, propulsão e
inovações na arquitetura naval, tais como o hidrofoil e o casco sobre colchão
de ar (hovercraft), que o tornaram muito rápido, versátil e com capacidade de
engajar com unidades muito maiores; é, no entanto, muito vulnerável a arma
aérea.

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3.15.3 – NAVIO-PATRULHA OCEÂNICO (NPO)

Patrulhamento das AJB. Possui capacidade de efetuar a vigilância e defesa de


áreas marítimas costeiras e das plataformas de petróleo. Podem operar com
helicópteros.
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3.16 – LANCHA DE COMBATE (LC)

LC: Primeiras - lanchas torpedeiras. Pequenas (20 a 105 ton), alta


veloc (40 a 52 nós) e grande mobilidade. Comprimento – 20 metros
ou pouco mais. Pode atacar navios maiores com mísseis, torpedos
ou morteiros. Atacam à noite ou sob baixa visibilidade. Depois de
efetuar seu ataque, tentam escapar em velocidade, algumas vezes
empregando a fumaça; podem ser tipo hidrofoil→ mais velozes.
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3.16 – LANCHA DE ATAQUE RÁPIDO (LAR)

LAR: menores (cerca de 10 m), usadas em rios para ataques surpresa


a navios ou buscas nas margens. Armamento – Metralhadoras de
12,7 mm e também algumas armas automáticas.
Obs.: apesar de LAR e LC estarem no mesmo item do A.N., são
embarcações completamente diferentes.
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3.17 – ENCOURAÇADO (E)

• Até a Segunda Guerra Mundial → navio mais poderoso.


• Reunia máximo poder ofensivo e defensivo.
• Plataforma flutuante e móvel de canhões de grosso calibre e longo
alcance.
• Protegido por couraça e por compartimentagem especial.
• Dispunha, também, de armamento defensivo (canhões e armas
automáticas de menor calibre).
• Tem sido utilizado para bombardeio pesado e contínuo de
instalações de terra e portos inimigos, inclusive para apoio de
OpAnf.

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3.17 – ENCOURAÇADO (E)

• Couraça: maior espessura nas torres dos canhões, torreÃO de


comando e na cinta, locais onde é mais provável o impacto direto
dos projéteis em ângulo favorável à penetração.
• Couraça lateral: cinta encouraçada de pouco mais de uma altura
de coberta, estendendo-se ao longo da parte central do casco, que
compreende suas partes vitais, na linha-d’água e um pouco
abaixo.
• Couraça horizontal: protege o casco contra bombas aéreas e tiros
de canhão de grande elevação; consta de um convés encouraçado
e um convés protegido.

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3.17 – ENCOURAÇADO (E)

HMS DREADNOUGHT E. MINAS GERAIS


O encouraçado é, em síntese, uma plataforma flutuante e
móvel de canhões de grosso calibre e longo alcance. É fortemente
protegido por couraça e por uma compartimentagem especial e
também dispõe de armamento defensivo constituído por numerosos
canhões e armas automáticas de menor calibre.
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ARTE NAVAL - CAP 3

SEÇÃO C – NAVIOS
HIDROCEANOGRÁRICOS

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3.18 – NAVIOS HIDROCEANOGRÁFICOS

Coletas de dados para a segurança da navegação e sinalização náutica.


Incluem missões no Programa Antártico (PROANTAR).

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ARTE NAVAL - CAP 3

SEÇÃO D – NAVIOS
MERCANTES

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3.19 – CLASSIFICAÇÃO GERAL


a. Quanto ao fim a que se destinam
(1) de guerra; - Quanto ao fim a que se destinam
(2) mercantes; - Quanto às águas em que navegam
(3) de recreio; e - Quanto ao tipo de construção
(4) de serviços especiais.
b. Quanto ao material de construção do casco
(1) de madeira;
(2) de ferro ou de aço;
(3) de plástico reforçado com fibra de vidro;e
(4) De ferro cimento
c. Quanto ao sistema de propulsão
(1) a vela;
(2) a remos;
(3) propulsão mecânica; e
(4) sem propulsão.

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3.19 – CLASSIFICAÇÃO DOS NAVIOS MERCANTES

QUANTO AO FIM A QUE SE DESTINAM


Navios de passageiros
Navios cargueiros
Navios de carga modular (full container)
Navios de carga modular barcaças (Lash – Lighter Aboard Ship)
Navios de carga modular rolante (Ro/Ro)
Navios mistos
Navios graneleiros
Navios-tanques
Navios de pesca
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3.19 – NAVIO DE PASSAGEIROS

Transportam grande número de passageiros, podendo alguns receber


uma carga moderada. Têm boa velocidade, superestruturas altas, e
grandes espaços destinados a acomodação e bem-estar dos
passageiros. A Convenção SOLAS, de 1974, considera navio de
passageiro o que transporta mais de 12 passageiros.

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3.19 – NAVIOS CARGUEIROS

São destinados, em geral, ao transporte exclusivo de carga, mas


alguns tipos podem acomodar pequeno número de passageiros (12,
no máximo). Velocidade moderada.

Navio que não seja de passageiro, ou especial (tipo Navio-Tanque) é


um cargueiro (ex: containeiros, graneleiros, ...)

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3.19 – NAVIOS DE CARGA MODULAR (FULL CONTAINER)

Carga já vem acondicionada em contêineres (grandes caixas-módulos)


de aço, com tamanho padronizado de 8 x 8 x 10, 8 x 8 x 20 pés, ou 8 x
8 x 40 pés, que garantem a uniformidade de manipulação e estoque.

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3.19 – NAVIO DE CARGA MODULAR BARCAÇAS (LASH)

LIGHTERING: transferência de carga


(mais usada hoje por petroleiros).

Lash é a sigla para Lighter Aboard Ship, que significa em português


Batelão a Bordo de Navio. Barcaças ou batelões modulares são
trazidos para bordo no ponto de fundeio do navio transportador. São
rápidos na operação de carga e descarga dos módulos.
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3.19 – NAVIO DE CARGA MODULAR ROLANTE (RO/RO)

Transportadores de veículos de todos os tipos, que podem também


transportar contêineres sobre rodas para bordo através de rampas
nos bordos e na popa. Uma vez dentro do navio, veículos e
contêineres são colocados em posição para a travessia dos oceanos
através de um sistema de rampas internas.
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3.19 – NAVIO MISTO

Navio destinado ao transporte simultâneo de carga e passageiros.


Atualmente substituídos por Ro/Ro e “ferry boats”.
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3.19 – NAVIO GRANELEIRO

Construídos geralmente com


convés único, porões centrais
para a carga, tanques laterais
elevados e tanques laterais
inferiores ou tanques no fundo
duplo para lastro, e são
destinados ao transporte de
carga seca a granel (carvão,
minério, cereais, ...).

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3.19 – NAVIO-TANQUE

Transporte a granel líquido. Inclui petroleiros, gaseiros, químicos e


especiais. Seus porões são denominados tanques.
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3.19 – NAVIO-TANQUE

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3.19 – NAVIO DE PESCA

É aparelhado especialmente para a pesca; possui câmaras frigoríficas


para acondicionamento do pescado.
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CLASSIFICAÇÃO DOS NAVIOS MERCANTES


QUANTO ÀS ÁGUAS EM QUE NAVEGAM
- Navios de longo curso – transporte de carga e passageiro entre
portos de diferentes países.
- Navios de cabotagem – transporte de carga e passageiro entre
portos do mesmo país, por vias marítimas ou vias navegáveis
interiores. Entre países do Mercosul são de Grande Cabotagem;
- Navios fluviais e de lagos; e
- Navios de apoio marítimo.
QUANTO AO TIPO DE CONSTRUÇÃO
É o que os armadores usam para classificar um navio, mas nada mais
diz sobre essa classificação.
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ARTE NAVAL - CAP 3

SEÇÃO E – EMBARCAÇÕES
E NAVIOS EM GERAL

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EMBARCAÇÕES E NAVIOS EM GERAL

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3.20 – EMBARCAÇÕES DE RECREIO

Propriedade particular, classificando-se em:


- embarcações de cruzeiro (conforto); e
- embarcações de regatas (velocidade).
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3.21 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE SERVIÇOS ESPECIAIS


NAVIOS DE SALVAMENTO – Com aparelhagem especial para reparo
e salvamento de embarcações avariadas, encalhadas ou submersas.
Em geral, dispõem de aparelho de reboque.

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3.21 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE SERVIÇOS ESPECIAIS
NAVIOS DE CABO SUBMARINO – Empregados na instalação e reparo
de cabos submarinos.

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3.21 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE SERVIÇOS ESPECIAIS


DRAGAS – Utilizadas para retirar o material do fundo, em portos,
rios e canais de pequena profundidade. Para fundos de areia ou de
lama podem ser empregadas dragas de sucção ou dragas de
escavação. Podem ser de propulsão mecânica ou sem propulsão.
Podem ter porão ou se fazem acompanhar de lameiros ou batelões.

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3.21 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE SERVIÇOS ESPECIAIS
REBOCADORES - Pequenos navios de grande robustez, alta potência
de máquina e boa mobilidade, destinados principalmente para
reboque, podendo em alguns casos prestar outros socorros, tais como
combate a incêndio e serviços de esgoto. Podem ser rebocadores
de alto-mar ou rebocadores de porto.

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3.21 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE SERVIÇOS ESPECIAIS


EMBARCAÇÕES QUEBRA-GELOS (ICE-BREAKERS)

BARCAS – Destinam-se ao transporte marítimo de uma a


outra margem de um rio, baía etc

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3.21 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE SERVIÇOS ESPECIAIS
EMBARCAÇÕES DE PRÁTICOS – São geralmente a motor, mas nos
portos menores podem ser a remo. Construídas de casco robusto a
fim de resistir aos embates das ondas e à atracação aos navios em
qualquer condição de tempo e mar. (NORMAM-12)

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3.21 – NAVIOS E EMBARCAÇÕES DE SERVIÇOS ESPECIAIS


EMBARCAÇÕES DE PORTO – Todas as embarcações que executam os
serviços normais no porto (fiscalização, polícia marítima, auxílio à
atracação, carga, descarga e abastecimento dos navios; tais
embarcações não são construídas para a navegação no mar, não lhes
sendo permitido sair barra a fora, tanto pelas Capitanias dos Portos
como pelas companhias seguradoras, exceto em casos especiais.

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CLASSIFICAÇÃO GERAL
a. Quanto ao fim a que se destinam
(1) de guerra; - Quanto ao fim a que se destinam
(2) mercantes; - Quanto às águas em que navegam
(3) de recreio; e - Quanto ao tipo de construção
(4) de serviços especiais.
b. Quanto ao material de construção do casco
(1) de madeira;
(2) de ferro ou de aço; e
(3) de cimento armado;
c. Quanto ao sistema de propulsão
(1) a vela;
(2) a remos;
(3) propulsão mecânica; e
(4) sem propulsão.
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3.22 – NAVIOS DE MADEIRA

EMBARCAÇÕES DE MADEIRA

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3.22 – NAVIOS DE MADEIRA

EMBARCAÇÕES DE MADEIRA - Partes superestruturais do casco, isto


é, quilha, roda de proa, cadaste, cavernas, vaus, longarinas, forro
exterior, forro interior e forros dos pavimentos são de madeira. Pouco
empregada para a construção dos navios de grande porte. Bastante
usada para as embarcações pequenas (embarcações de pesca,
fluviais, de recreio e emb. miúdas dos navios de guerra). Se
destinadas a serviços ou lugares que não lhes permitam facilidades
de docagem, têm geralmente a carena revestida de folhas de cobre,
ou, algumas vezes, de zinco. Isto tem por fim proteger o forro de
madeira contra a aderência de moluscos e vegetação marinha e
contra a ação do gusano.
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3.23 – NAVIOS DE FERRO / 3.24 – NAVIOS DE AÇO / 3.25 – NAVIOS DE


PLÁSTICO

NAVIOS DE FERRO – O casco é todo construído de peças de ferro.


Constituíram, evidentemente, um estágio na transição dos navios de madeira
para os de aço; hoje, entretanto, a grande maioria dos navios é de aço, pois este
é mais resistente que o ferro, permitindo uma economia no peso do casco para
as mesmas condições de resistência.

NAVIOS DE AÇO – Atualmente, com exceção de algumas embarcações


pequenas, a quase totalidade dos navios, de guerra ou mercantes, de vela ou de
propulsão mecânica, é de aço doce.

NAVIOS DE PLÁSTICO – Várias construções no século XX. Atualmente a


demanda caiu bastante por conscientização ambiental.
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MATERIAL DE
CONSTRUÇÃO
NAVIOS DE AÇO – Principais vantagens dos navios de casco metálico
em comparação com os de madeira:
(1) economia de peso do casco, ou aumento da resistência;
(2) maior facilidade de construção e de reparo;
(3) maior segurança contra o alagamento, pois a compartimentagem é
mais fácil;
(4) menor perigo de incêndio;
(5) maior capacidade interior disponível;
(6) possibilidade de aumento do comprimento e do deslocamento;
(7) possibilidade de adotar formas quaisquer, inclusive de maior fineza;
(8) maior durabilidade.
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MATERIAL DE


CONSTRUÇÃO
NAVIOS DE AÇO – Desvantagens: (já completamente removidas):

- a perturbação produzida pelo magnetismo do casco sobre


as agulhas magnéticas é evitada pelas compensações, pelo emprego
de metais diamagnéticos e pelo uso das agulhas giroscópicas;
- as condições de habitabilidade são melhoradas por um sistema
aperfeiçoado de ventilação, aquecimento e refrigeração; e
- as corrosões e incrustações na carena são diminuídas com as pinturas
e as docagens frequentes.

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3.26 – NAVIOS DE FERRO CIMENTO

NAVIOS DE FERRO CIMENTO– Nas duas Guerras Mundiais, por


questões de custo. Em desuso.

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CLASSIFICAÇÃO GERAL
a. Quanto ao fim a que se destinam
(1) de guerra; - Quanto ao fim a que se destinam
(2) mercantes; - Quanto às águas em que navegam
(3) de recreio; e - Quanto ao tipo de construção
(4) de serviços especiais.
b. Quanto ao material de construção do casco
(1) de madeira;
(2) de ferro ou de aço; e
(3) de cimento armado;
c. Quanto ao sistema de propulsão
(1) a vela;
(2) a remos;
(3) propulsão mecânica; e
(4) sem propulsão.
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3.27 – NAVIOS A VELA

NAVIOS A VELA OU VELEIROS


São movidos pela ação do vento em suas velas. Há veleiros que
dispõem de motor de pequena potência destinado a assegurar o
deslocamento em caso de calmaria ou para entrada e saída dos
portos.

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3.28 – NAVIOS DE PROPULSÃO MECÂNICA

NAVIOS DE PROPULSÃO MECÂNICA


Energia mecânica necessária à propulsão é fornecida por máquinas,
que transmitem um movimento de rotação a linhas de eixos, na
extremidade das quais é fixado um hélice. A força de propulsão
exercida pela água sobre o hélice em movimento é transmitida ao
navio por meio de um mancal de escora que é rigidamente ligado ao
casco.
Ocasionalmente encontramos navios de rodas, em vez de hélices,
para navegação em rios, baías e lagos.

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TIPOS DE MÁQUINAS PROPULSORAS

CALDEIRAS
MÁQUINAS A VAPOR
MÁQUINAS ALTERNATIVAS
TURBINAS A VAPOR
Nos navios a vapor, a instalação propulsora pode ser dividida em
duas partes distintas, as caldeiras, que produzem vapor, e as
máquinas alternativas ou as turbinas, que o utilizam, transformando
o calor em trabalho. Nas caldeiras queima-se quase exclusivamente
o óleo combustível, só se encontrando o carvão nos navios velhos ou
em pequenos navios de regiões onde este combustível seja
abundante e barato.
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3.28.1 – MÁQUINA A VAPOR


Caldeira é um recipiente
cuja função é, entre
muitas, a produção de
vapor através do
aquecimento da água (de
reserva). As caldeiras
produzem vapor para
alimentar máquinas
alternativas ou turbinas.

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3.28.2 – MÁQUINA ALTERNATIVA
MÁQUINA ALTERNATIVA
Conexão direta com o eixo do hélice (baixa RPM).
Usava vapor. Não mais utilizadas nos dias de hoje.

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3.28.1.2 – TURBINAS A VAPOR

Eram utilizadas (até década de 70) em navios que necessitavam de


grandes potências e altas velocidades de serviço. Com o
desenvolvimento dos motores diesel mais modernos, as turbinas
ficaram restritas a navios de guerra.

Navio de guerra:
- Boa conservação;
- Usos para outros fins (catapulta de aeronaves);
- Propulsão Nuclear.

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TURBINAS A VAPOR X MÁQUINA ALTERNATIVA

Como são montadas horizontalmente, ocupam menor espaço


do que as máquinas alternativas, principalmente em altura, o
que significa melhor compartimentagem do navio; permitem
obter grandes potências; podem utilizar o vapor desde as altas
pressões até as mais baixas, o que resulta em consumo menor
de combustível; operação mais simples, pois há poucas partes
móveis; o esforço de torção no eixo é uniforme, porque está
rigidamente ligado a ele, sem manivelas.

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TIPOS DE MÁQUINAS PROPULSORAS

TURBINAS A VAPOR
Suas desvantagens são: a turbina é irreversível, obrigando a instalação
de uma turbina para a marcha AV e outra para a marcha AR; sua
velocidade de maior rendimento é muito superior à velocidade de
maior rendimento (e à velocidade máxima possível) de qualquer
hélice imerso na água. Para aproveitar melhor a expansão do vapor, as
instalações usuais constam de três turbinas correspondentes aos três
estágios de vapor (turbinas de alta pressão, de média pressão e de
baixa pressão) para cada eixo propulsor.

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TIPOS DE MÁQUINAS PROPULSORAS
TURBINAS A VAPOR
A potência gerada pela turbina em alta velocidade é transmitida ao
propulsor em velocidade de rotação muito menor, por meio de
redutores de velocidade, instalados entre o eixo da turbina e o eixo
do hélice.
Os tipos de redução usados são os seguintes:
Redutores de engrenagem.
Redutor hidráulico - permite eliminar a turbina de marcha AR,
necessária nos redutores de engrenagens.
Redutores de corrente - necessidade na 2ª Guerra. Depois, não.
Propulsão turboelétrica.
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TIPOS DE MÁQUINAS PROPULSORAS


ADIANTE
TURBINAS A VAPOR
ATRÁS
ENGRENAGEM REDUTORA

MANCAL DE ESCORA TURBINA A VAPOR

Propulsão
turboelétrica MOTOR GERA-
ELÉTRICO DOR

CADASTE
JAZENTE
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3.28.2 – MOTORES DIESEL
Vantagens:
(1, 2) Sem caldeiras, condensadores e água de reserva, consumo
menor (175g/CV-hora x 350 /CV-hora) → economia de peso e
espaço → maior raio de ação ou maior potência de máquina ou
maior velocidade ou maior capacidade de carga;
(3) reversíveis como as máquinas alternativas e desenvolvem
praticamente a mesma potência na marcha a ré que na marcha a
vante, contra 50% da potência em marcha a ré nas turbinas a vapor; e
(4) durante as estadias no porto, o consumo dos motores é nulo,
enquanto que as caldeiras dos navios a vapor devem ser mantidas
sob pressão.

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3.28.2 – MOTORES DIESEL

MOTORES DIESEL
Desvantagens:
(1) exigem uma instalação de ar comprimido para partida e injeção de
combustível;
(2) maior custo de instalação;
(3) maior trabalho de manutenção, exigindo inspeção periódica a
suas diversas peças; e
(4) apesar de consumir um combustível mais barato, precisa de um
sistema de purificação e o óleo lubrificante deve ser especial.

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3.28.2 – MOTORES DIESEL

INSTALAÇÕES DIESEL

a) PROPULSÃO DIRETA – MOTORES DE BAIXA ROTAÇÃO

b) REDUTORES DE ENGRENAGEM OU HIDRÁULICOS

c) DIESEL-ELÉTRICA

(SB – usa baterias)

* A CORRENTE CONTÍNUA ESTÁ EM FRANCO DESUSO.


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3.28.3 – COMPARAÇÃO ENTRE MÁQUINAS PROPULSORAS


INSTALAÇÕES DIESEL
PROPULSÃO DIRETA -
MOTORES DE
BAIXA ROTAÇÃO

REDUTORES DE
ENGRENAGEM
OU HIDRÁULICOS

DIESEL-ELÉTRICA

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3.28.3 – COMPARAÇÃO ENTRE MÁQUINAS PROPULSORAS

As turbinas são mais empregadas nos navios de guerra que


necessitem de altas velocidades ou reserva de potência. Para os
navios mercantes de modo geral ou navios de guerra com
velocidades moderadas ou baixas, emprega-se o motor diesel.
Sobrecarga: máquina alternativa e motor diesel são máquinas de
conjugado motor constante ( mantendo-se constante a admissão de
vapor na máquina alternativa, ou a injeção de óleo no motor diesel,
o conjugado motor permanecerá constante, não dependendo do
número de rotações). Ou seja, o hélice pode até girar mais devagar,
mas o torque aplicado será o mesmo.

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3.28.3 – COMPARAÇÃO ENTRE MÁQUINAS PROPULSORAS

Sobrecarga: As turbinas e os motores elétricos são máquinas de


potência constante, aumentando o conjugado motor quando
diminui o número de rotações.

Não consigo diminuir a rotação do hélice sem diminuir a rotação da


máquina. Aumento a força do motor quando se reduz a rotação do
hélice.

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3.28.3 – COMPARAÇÃO ENTRE MÁQUINAS PROPULSORAS

Então:
- nas máquinas de conjugado (torque) constante, um aumento da
carga provoca a diminuição da rotação e, consequentemente, a
diminuição da potência entregue, e vice-versa.
- nas máquinas de potência constante, um aumento da carga não
provocará uma diminuição da potência entregue pela máquina, mas
como a rotação irá cair, o torque irá aumentar para manter a
potência constante.

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3.28.3 – COMPARAÇÃO ENTRE MÁQUINAS PROPULSORAS


Sobrecarga (cont.): quando for aumentada a resistência à propulsão
do navio, pelo aumento de deslocamento ou por efeito de ondas e
ventos contrários, a perda de velocidade em um navio movido a
turbina ou a motor elétrico é menor (≈ 1/3) do que seria se fosse
movido a máquina alternativa ou a motor diesel.
Ao mesmo tempo, contudo, aumentam no primeiro caso (turbina e
motor elétrico) os esforços no eixo e no propulsor. Daí uma exigência
feita pelas Sociedades Classificadoras: eixos de maior diâmetro e pás
mais fortes nos propulsores dos navios movidos a turbina ou a motor
elétrico.

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3.28.3 – COMPARAÇÃO ENTRE MÁQUINAS PROPULSORAS

Há ainda uma diferença sensível entre cargueiros e navios de


passageiros: .......... as caldeiras por cima das turbinas. (pois navios de
passageiros tem mais espaço nas obras vivas)

Os navios de cabotagem e outros navios de pequeno porte, como


rebocadores, desenvolvem baixa velocidade, exigindo pouca potência
de propulsão – até 2.000 cavalos-vapor. Neles são muito empregados
os motores diesel.

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3.28.4 – TURBINA A GÁS


As turbinas a gás, que são muito empregadas em aviação, vêm sendo
aplicadas em navios de guerra de alta velocidade.
O gás da combustão é o fluido de trabalho, assim como o vapor é
o fluido de trabalho da turbina a vapor.

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3.28.4 – TURBINA A GÁS
TURBINAS A GÁS - Vantagens:
(1) são muito mais leves do que qualquer outro tipo de máquina: para
a mesma potência, um motor a gasolina pesa cerca de seis vezes mais,
e um diesel 12 vezes mais;
(2) a instalação é simples, não exigindo as numerosas peças móveis
das máquinas tipo alternativa;
(3) ocupam um espaço muito menor que estas máquinas; (4)
permitem rápida partida mesmo em temperatura baixa, aceleram-se
rapidamente e se ajustam prontamente às variações de carga; e
(5) comparadas com os motores diesel, produzem menos vibrações na
potência máxima e exigem menor número de pessoas para
manutenção e operação; quase não gastam óleo lubrificante.
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3.28.4 – TURBINA A GÁS

TURBINAS A GÁS
Desvantagem

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3.28.4 – TURBINA A GÁS

TURBINAS A GÁS
Outra instalação propulsora moderna é a combinação de um gerador
de gás de pistão livre-turbina a gás. A máquina consiste em um
cilindro com dois pistões diesel opostos, cada um rigidamente
conjugado a um pistão compressor, mas sem nenhuma conexão
externa. A combustão se dá entre os dois pistões diesel, e a expansão
dos gases continua através de uma turbina a gás até à pressão
atmosférica. Reúnem-se assim as vantagens da alta eficiência de
compressão num cilindro diesel com a expansão completa obtida na
turbina a gás.

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3.28.5 – PROPULSÃO NUCLEAR

a. Fissão; comparação entre combustão e fissão

b. Combustíveis nucleares

c. Reator nuclear

d. Tipos de reator

e. A instalação nuclear de propulsão marítima

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3.28.5 – PROPULSÃO NUCLEAR

d. Tipos de reator:
Um reator se diz heterogêneo quando o combustível é sólido; ele é revestido de
algum material como o zircônio ou aço inoxidável, fixo numa armação metálica, de
modo que é fisicamente separado do moderador. Num reator homogêneo o
combustível e o moderador são intimamente misturados sob a forma de uma solução
aquosa ou metálica.

Os reatores são rápidos quando usam nêutrons velozes para induzir a fissão;
térmicos quando utilizam principalmente os nêutrons térmicos; reatores
intermediários são aqueles em que os nêutrons são absorvidos com energia
intermediária.

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3.28.5 – PROPULSÃO NUCLEAR

Prof. PADILHA 124


3.30 – EMBARCAÇÕES SEM PROPULSÃO

São movimentadas a reboque e destinam-se, em geral, a serviços em


portos, rios e lagos; as principais são:
Pontões ou flutuantes – Plataformas flutuantes, geralmente de forma
retangular, destinadas a serviços diversos;
Pontões de amarração – Destinados a suspender bóias, colocar e
retirar amarrações fixas etc. Dispõem de um ou dois gavietes na proa.
Gaviete é uma peça robusta de madeira ou de ferro, dispondo de
rodete na extremidade. É rigidamente fixada à proa dos pontões de
amarração. No rodete labora a amarra ou o cabo em trabalho;

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3.30 – EMBARCAÇÕES SEM PROPULSÃO


Pontão de amarração

Gaviete

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3.30 – EMBARCAÇÕES SEM PROPULSÃO

Cábreas – Consistem em um pontão sobre o qual se monta um


aparelho de manobra de pesos. As grandes cábreas dispõem de
tanques de lastro, para modificar o compasso longitudinal conforme
o peso que se tem de içar. Elas se destinam ao embarque ou
desembarque de grandes pesos sem que se tenha necessidade de
atracar o navio a um cais. São utilizadas também para transporte de
grandes pesos, ou para retirar do fundo objetos pesados ou
embarcações que estejam submersas;

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3.30 – EMBARCAÇÕES SEM PROPULSÃO


Cábrea

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3.30 – EMBARCAÇÕES SEM PROPULSÃO

batelão, saveiro, alvarenga – Embarcações robustas, de ferro ou de


madeira, de fundo chato. São empregadas para desembarque ou
transbordo de carga, nos portos. Podem ser abertas ou cobertas. A
designação de alvarenga é muito empregada na costa nordeste do
Brasil;

lameiros – São grandes embarcações de ferro com caixas de ar nas


extremidades e portas no fundo; transportam a lama proveniente
das dragagens dos portos.

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3.30 – EMBARCAÇÕES SEM PROPULSÃO

Batelão, saveiro, alvarenga Lameiros

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ARTE NAVAL - CAP 3

SEÇÃO F – AEROBARCOS E
VEÍCULOS SOBRE COLCHÃO
DE AR
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3.31 – AEROBARCOS E VEÍCULOS SOBRE COLCHÃO DE AR

Os navios e embarcações têm como vantagem sobre outros meios


de transporte serem sustentados pela água e se moverem numa
superfície relativamente plana. Isso, sem dúvida, possibilita que o
transporte marítimo possa ser o mais adequado para grandes
volumes e pesos de carga. No caso de navios de guerra, permite que
eles se constituam em sistemas de combate complexos, que podem
se locomover a longas distâncias e permanecer disponíveis por
muito tempo próximos às zonas de conflito.

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3.31 – AEROBARCOS E VEÍCULOS SOBRE COLCHÃO DE AR
A superfície da água, no entanto, impõe um elevado consumo de
energia quando se deseja alcançar velocidades elevadas. Gasta-se
combustível para perturbar a superfície, pois a formação de ondas
consome uma parcela da energia necessária à propulsão. Essa
parcela é tanto maior quanto maior é a velocidade e menor a razão
comprimento da embarcação/boca, crescendo, em média,
exponencialmente com o aumento da velocidade. É necessário,
portanto, a cada intervalo de um nó adicionado à velocidade, um
incremento cada vez maior da potência de propulsão. Existe uma
limitação de velocidade acima da qual a potência das máquinas
precisaria ser desproporcionalmente elevada para o tamanho do
casco da embarcação.
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3.31 – AEROBARCOS E VEÍCULOS SOBRE COLCHÃO DE AR

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3.31 – AEROBARCOS E VEÍCULOS SOBRE COLCHÃO DE AR
Existem três configurações básicas de hidrofólios, das quais depende a
estabilidade do aerobarco quando viajando acima da superfície:
(1) hidrofólios com estabilização natural por proximidade da
superfície;
(2) hidrofólios com estabilização natural por equilíbrio de área imersa;
(3) hidrofólios totalmente submersos, com estabilização por
dispositivos de controle.

Os dois primeiros são para rios, canais e lagos (ou mar calmo). O
terceiro modelo existe atualmente operando em algumas marinhas do
mundo.

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3.31 – AEROBARCOS E VEÍCULOS SOBRE COLCHÃO DE AR

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3.31 – AEROBARCOS E VEÍCULOS SOBRE COLCHÃO DE AR

PERSPECTIVAS
EDCA – Embarcação de DBQ sobre Colchão de Ar (LCAC)

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CAP. 3
CLASSIFICAÇÃO DOS NAVIOS

FIM

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