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Heliponto

Coluna

Proa

Popa
Linha de ancoragem
Cross-tube
Berço de âncoras
Contraventamento
Bracing FLutuador, Pontoon, Submarino

Fairleader

TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

André Luiz Nicolau


INSPEÇÃO SUBMARINA 2
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Essa apostila tem como objetivo mostrar a terminologia específica que é


aplicada nas instalações marítimas de exploração, produção, armazenamento e
escoamento (provisórias ou definitivas), contendo termos das fases de projeto,
fabricação, montagem e instalação. Esse glossário de termos técnicos é uma adaptação
da Norma 1812A – Estruturas Oceânicas, da Petrobras.
Operando nas costas brasileiras, temos as seguintes instalações marítimas:
Plataforma Fixa de Aço: são plataformas montadas sobre estruturas metálicas,
chamadas de jaquetas, que vão desde o fundo do mar até uns 10 metros acima do nível
do mar e sobre as quais são instalados os diversos módulos ou conveses, que vão
compor a parte emersa da plataforma.

Plataforma Fixa de Aço


Jaqueta de uma plataforma fixa de aço

Plataforma Fixa de Concreto: plataforma que possui uma estrutura de concreto, que
fica apoiada no leito marinho, sobre a qual são instalados o convés e módulos. Existem
três plataformas de concreto no litoral brasileiro, todas situadas no Rio Grande do Norte
(Natal).

Plataforma Fixa de Concreto

ANDRÉ LUIZ NICOLAU


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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Plataforma Semi-Submersível (SS): estruturas marítimas erguidas sobre grandes


submarinos ou flutuadores (também chamado de pontoon), sendo que o deck é
construído sobre colunas. Estas plataformas flutuam na locação desejada devido a seu
sistema de ancoragem ou seu sistema de posicionamento dinâmico. A grande vantagem
desta plataforma é que devido a sua hidrodinâmica, ela balança muito pouco. Nas costas
brasileiras operam em profundidades recordes.

Sonda de Perfuração Marítima -SPM

Queimador
Heliponto

Coluna
Anodo de Corrente
Impressa
Proa

Cabeço
Popa
Defensa
Linha de ancoragem
Cross -tube

Bracing Flutuador, Pontoon, Submarino

F airle ader

Berço de Âncoras

Caixa de Mar

Riser Flexível Buzina


Moonpool
Componentes de uma Semi-Submersível

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Plataformas Semi-Submersíveis

ANDRÉ LUIZ NICOLAU


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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Plataformas Auto-Elevatórias (PA): são plataformas construídas para operar em


lâminas d’água de até 100 metros de profundidade. Possuem pernas que podem ser
arriadas até o fundo e, depois de apoiadas, ela eleva o deck acima do nível do mar.
Quando termina a sua intervenção, a plataforma recolhe as pernas e é rebocada até a
nova locação.

Plataforma Auto-Elevatória

FPSO (Floating, Production, Storage and Off-loading): sistema flutuante de


produção, armazenamento e transferência.
FSO (Floating, Storage and Off-loading): sistema flutuante de armazenamento e
transferência.

FPSO

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Elementos Estruturais e Acessórios

Acessórios(Appurtenances): conjunto de peças complementares da plataforma como por


exemplo corrimãos, escadas, passadiços, defensas, olhais, ancoradouros, etc.
Abertura dos Conveses (Moonpool): abertura no casco e/ou convés das embarcações
para permitir a passagem dos tubos e equipamentos do convés para o mar.

Moonpool de uma SS

Amarra (Mooring Chain): corrente formada por elos.


Amarra com Malhete (Studlink Mooring Chain): amarra dotada de malhete para evitar
que os seus elos se superponham quando do manuseio e estocagem.

Amarra com malhete

Ancoradouro (Boat Landing): pequeno cais fixado à jaqueta das plataformas para a
atracação de embarcações.
Âncora (Anchor): equipamento que se prende no leito marinho para fixar uma unidade
flutuante através da linha de ancoragem.
Anel Enrijecedor (Ring Stiffer): anéis estruturais que envolvem membros tubulares,
para enrijecimento ou reforço.
Área Vélica (Wind Sail Area): área da plataforma exposta ao vento.
Arranjo: Lay Out.

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Arvore de Natal (X-mas Tree/Christmas Tree): equipamento mecânico instalado na


cabeça do poço(wellhead) composto basicamente de conectores e válvulas, com a
finalidade de interligar as tubulações internas e externas ao poço, e de permitir o
controle do fluxo de fluidos através dele. Pode ser chamada de árvore de natal molhada
(wet christmas tree), usada em poços submarinos e árvore de natal seca (dry christmas
tree), usada em poços de completação seca (dry completion).

Árvore de Natal Molhada


(ANM)

Árvore de Natal Seca

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Baleeira (Life Boat): embarcação de salvatagem para tripulantes de uma unidade


marítima.

Balsa de Lançamento (Lauching Barge): balsa de fundo chato e convés plano, com
vigas de deslizamento para transporte da jaqueta. É equipada com gangorras, na
extremidade de lançamento.

Base-guia (Guide-Base): um dispositivo temporário ou permanente que se assenta no


fundo do mar para orientar a descida da ferramenta de perfuração do poço através dos
cabos guias a ela ligados.
Bate-estaca (Pile Hammer): equipamento mecânico, hidráulico ou pneumático usado
para cravação das estacas no fundo do mar.
Berço de Âncora (Anchor Rack): estrutura para apoio e transporte das âncoras em
sistemas flutuantes.

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Boca de Sino (Bell Mouth): peça em forma de tronco de cone colocada na parte inferior
de tubos I ou J, para facilitar a entrada das linhas flexíveis.

Tubo I

Cachorro de Travamento (Dog)


Boca de Sino
do Capacete da Linha Flexível

Tubo I e Boca de Sino

Bombordo (Portside): lado esquerdo da embarcação, considerando a proa como frente.


Boreste (Starbord): lado direito da embarcação, considerando a proa como frente.
Brace (Bracing): elemento que proporciona contraventamento estrutural nos planos
vertical e horizontal.
Caixão (Caisson): tipo de fundação onde seu apoio é feito numa base alargada ou ao
tubo coletor de óleo (sump) ou ainda ao tubo protetor da coluna de sucção de bombas.
Célula (Cell): cada um dos compartimentos que formam a base das plataformas de
concreto. As células podem ser usadas para armazenar petróleo dos poços próximos até
que seja retirado por navios-tanque ou para conter lastro.
Coletor (Manifold): conjunto de tubos interligando diversas linhas de chegada com uma
ou mais saídas, contendo válvulas e instrumentos para o controle do fluxo de fluidos.

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Coletor de extremidade de oleoduto submarino (PLEM): conjunto de tubulações e


válvulas montado sobre quadro estrutural metálico, instalado na extremidade submarina
de um mais oleodutos submarinos. O PLEM (Pipe Line End Manifold) é interligado ao
sistema de recebimento ou escoamento de produtos através de mangotes submarinos.

Plem

Cabeça de Tração (Pull-in Head): flange cego com bujão para conexão de mangueira e
olhal, usado no içamento da extremidade de uma linha flexível.

Olhal de Manuseio
Bujão de Alagamento

Cabeça de Tração

Linha Flexível

Cabeça de Tração Acoplada na Linha Flexível

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Cabo Mensageiro (Messenger Line): cabo leve e de fácil manuseio, usado para lever a
extremidade de um cabo mais pesado para outro ponto.
Caixa de Junção (Junction Box): equipamento de interligação entre um duto de
interligação (riser) hidráulico e um umbilical hidráulico, também podendo designar a
caixa de conecção de cabos diversos de eletricidade e instrumentação.
Caixa de Mar (Sea Chest): aberturas feitas no casco abaixo da linha de flutuação
destinada ao suprimento de água do mar para resfriamento de motores, alimentação do
sistema de combate a incêndio e também para descarregar água de sistemas diversos.
São dotadas de grades e tampas para testes e inspeções. Possuem no seu interior, um
sistema de injeção de hipoclorito para evitar a formação de vida marinha nas partes
internas da caixa e tubulações.

Tubo de Injeção de Hipoclorito e Caixa de Mar com Grade

Caixa Estabilizadora / Blister: volume adicionado às colunas de plataformas semi-


submersíveis ou flutuadores para aumento da estabilidade.

Blister e Caixa Estabilizadora

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Calado (Draft): distância vertical, medida sobre um plano transversal, entre a parte
externa inferior da embarcação nesse plano e o plano da superfície da água.
Calado de Sobrevivência (Survival Draft): calado intermediário em que uma plataforma
semi-submersível é posicionada durante estados de mar acima dos quais não se possa
garantir o espaço livre (air gap) de projeto.
Calado de Trânsito (Transit Draft): calado no qual a embarcação se desloca.
Camisa ou Tubo de Revestimento (Casing): tubo de aço aplicado a várias funções. Em
plataformas fixas ele protege a coluna de sucção de bombas que puxam água salgada
para o resfriamento de motores e alimentação do sistema de combate a incêndio.
Carga de Ruptura Mínima (Minimum Breaking Load-MBL): força mínima que o
componente deve suportar sem que haja rompimento.
Casco (Hull): corpo da embarcação, sem acessórios, também aplicável a sistemas
flutuantes. No caso de plataformas semi-submersíveis consiste no conjunto de colunas,
flutuadores e contraventamentos.
Catenária (Catenary): configuração geométrica adquirida por linhas flexíveis ou cabos
devido ao peso próprio, quando suspensos por uma ou ambas as extremidades.
Coluna (Column): estrutura vertical de grandes dimensões, que suporta o convës (deck)
e contribui para a estabilidade das plataformas semi-submersíveis.
Colar Mecânico ou de Manuseio (Mechanical Collar): equipamento cilíndrico bipartido
e articulado, acoplável no corpo das linhas flexíveis e usado para suportar o peso das
mesmas durante o seu manuseio nas operações de pull-in e pull-out.

Colar Mecânico ou de
Manuseio

Colar de Manuseio Instalado no Corpo de um Flexível

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Condutor (Condutor Pipe): tubo de revestimento externo da coluna de produção que vai
do fundo do mar ao convés da plataforma.

Tubos Condutores

Conector de Engate Rápido (QCDC – Quick Connecte-Disconnect Coupling): tipo de


conector para engate rápido de um riser em FPSO ou plataforma semi-submersível.
Possui dispositivo de fechamento automático ao desacoplar, garantindo a segurança das
sondas de produção no caso de abondono imprevisto.
Cone (Cone): trecho de ligação entre um tronco (can) e o restante da corda ou entre uma
ramificação (stub) e o restante do contraventamento (bracing) quando há variação de
diâmetro.
Contraventamento (Bracing): elemento destinado a enrijecer a estrutura principal. Os
contraventamento mais usuais são em diagonal (diagonal bracing), em X (x bracing) e
em K (k bracing).

Contraventamentos

Convés (Deck): é um termo de caráter geral utilizado para definir qualquer área de
trabalho em estruturas marítimas. Em plataformas fixas é usado para denominar a
estrutura instalada sobre a jaqueta, onde vão se assentar os módulos de produção, de
alojamento, de perfuração e equipamentos de maneira geral. Pode-se aplicar também à
parte superior do casco nas plataformas semi-submersíveis ou auto-elevatórias.

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Conector de Extremidade (End Fitting Connector): conexão montada nas extremidades


dos dutos flexíveis.
Conexão (Pull-in): Transferência do riser, do navio de lançamento para a Unidade de
Produção.
Coroas ou Chapas de Ligação (Shim Plates): dispositivos de ligação das pernas ou luvas
nas estacas, quando as mesmas não recebem cimentação.
Costa-Afora/ Oceânico: Offshore.
Curva do Duto de Interligação (Riser Stub): trecho inferior do duto de interligação
(riser) que se liga ao duto submarino.
Dedo Chinês (Chinese Finger): malha ou cordoalha de aço, costurada em torno de uma
linha flexível, para suportar o seu peso durante o manuseio nas oprrações de
recolhimento e lançamento de linhas.

"Dedo Chinês"

Desconexão (Pull-out): Operação de retirada do riser da Unidade de Produção.


Duto de Interligação (Riser): duto que liga uma unidade de produção a um duto
submarino ou uma linha de fluxo. No nordeste os riseres rígidos são instalados na parte
externa das jaquetas e na Bacia de Campos na parte interna fixados por suportes e
guiados por braçadeiras. Os riseres flexíveis são normalmente colocados na parte de
externa da plataforma.

"Riser Flexível"

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Defensa (Fender): acessório usado para proteger as estruturas oceânicas dos choques de
embarcações de apoio marítimo.

Defensas de Plataformas Fixas e Semi-Submersíveis

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Elevação ou Mesa (Elevation): planos horizontais das jaquetas que contêm elementos
estruturais de travamento e/ou guias de condutores.

Contraventamento,
Bracing
Membro estrutural

Perna

Mesa ou Elevação

Ancoradouro

Tubo Condutor

Contraventamento em Diagonal

Guia de Condutor

Contraventamento em "X"

Elementos Estruturais e Acessórios de uma Jaqueta

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Elo Kenter (KenterLine): união desmontável composta por duas partes iguais, em forma
de J e um malhete, utilizada para reparo e instalação de amarras.
Embarcação ou Navio (Vessel)
Empuxo ou Flutuação (Buoyancy): força vertical para cima que atua em um corpo
submerso, tendendo a causar sua flutuação.
Enrijecedor (Bending Stiffener): acessório com formato de uma camisa cônica,
instalado em uma linha flexível para aumentar a rigidez e evitar danos na linha.

"Enrijecedor"

Espaço Livre (Air Gap): folga existente entre a parte mais baixa do convës inferior das
plataformas e o nível mais alto de superfície da água que ocorre durante condições
ambientais extremas.
Erosão (Scour): efeito de escavação, localizado no leito marinho junto as pernas de
plataformas, dutos submarinos, células de plataformas de concreto, provocado por
correntes marítimas.
Estado do Mar (Sea State): agitação da superfície do mar. Os diferentes estados do mar
podem ser classificados, de acordo com a tabela:

No na Escala Designação Brasileira Máxima Altura de Onda


Média
0 espelhado 0
1 tranqüilo 0-0,30
2 chão 0,30-0,60
3 pequenas vagas 0,60-1,50
4 vagas 1,50-2,40
5 grandes vagas 2,40-4,00
6 vagalhões 4,00-6,00
7 grandes vagalhões 6,00-9,00
8 tempestuoso 9,00-13,50
9 fenomenal >13,50

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Estaca (Pile): peças normalmente de aço, de forma tubular, instaladas no fundo do mar
para funcionar como elemento de fundação, fixando as estruturas ao solo marítimo.

Tipos Usuais de Estacas

Face (Face): em jaqueta, são os planos formados por duas ou mais pernas e os
contraventamentos que as unem.
Face ou Plano 1 Face ou Plano A
Face ou Plano 2
Face ou Plano B

EL + 4,0 m

Ancoradouro
Guia de Estaca

EL – 4,0 m

Estaca Perna

EL – 12,0 m

EL – 19,5 m

Contraventamento/Bracing/Membro Contraventamento em “K”

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INSPEÇÃO SUBMARINA 19
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

FPSO Sistema Flutuante de Produção,Armazenamento e Alívio (Floating Production


Storage and Offloading): embarcação do tipo monocasco (monohull) com capacidade
para processamento e armazenamento de petróleo, e posterior descarregamento para um
navio aliviador.

FPS – Sistema Flutuante de Produção (Floating Production Systems): qualquer tipo de


instalação marítima flutuante para produção de petróleo.
FSO – Sistema Flutuante de Armazenamento e Alívio (Floating Storage and Offloading
Systems): Embarcação do tipo monocasco (monohull) para armazenamento de petróleo
e posterior descarregamento para um navio aliviador.
Flutuador (Pontoon): estrutura horizontal de grandes dimensões que acopla as colunas e
contribui para a flutuação das plataformas semi-submersíveis.
Força de Arrasto (Drag Force): é um dos componentes de força hidrodinâmica atuante
em membros estruturais submersos, associada a energia cinética das ondas ou correntes
marinhas.
Gabarito (Template): estrutura instalada no solo marinho, que serve de guia para a
perfuração dos poços. O gabarito serve também para guiar a instalação da plataforma
fixa.

Gabarito (Template)

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Gaiola de Passarinho (Bird Cage): tipo de deformação em uma linha flexível ou cabo de
aço, resultante de um esforço anormal de compressão, caracterizada pelo afloramento
das armaduras metálicas na capa plástica externa, cuja geometria lembra uma gaiola de
passarinho.
Guia-de-estaca (Pile Guide): peça tubular destinada a guiar as estacas externas à
estrutura da jaqueta.
Guia das Linhas de Ancoragem (Fairleader ou Fairlead): polia móvel lateralmente
instalada na coluna de plataformas flutuantes com o objetivo de guiar as linhas de
amarração. Quando a linha de ancoragem for uma amarra, essa roldana é chamada de
coroa de barbutin.

Guia da Linha de Ancoragem

Coroa de Barbutin

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Guia-de-condutor (Conductor Guide): peça destinada a guiar o condutor.

Centralizador

Guia de Condutor e Mesa das Guias dos Tubos Condutores

Heliponto (Helideck): é uma pequena área para pouso de helicóptero. Diversas


instalações marítimas, inclusive sondas e alguns navios são equipados com helipontos.
Incrustações marinhas (Marine Grouth): espécimes da flora e fauna marinhas que se
aderem ao casco de embarcações, pernas de plataformas e outros objetos submersos.

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INSPEÇÃO SUBMARINA 22
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Injeção de Água (Water Injection): técnica de recuperação secundária de petróleo que


consiste na injeção de água em pontos específicos do reservatório com a finalidade de
retardar o declínio da pressão estática para a otimização da produção.
Injeção de Gás (Gas lift): método de elevação artificial de petróleo, compreendendo,
basicamente, a injeção de gás no fluido produzido, dentro ou fora do poço, com o
objetivo de viabilizar ou aumentar a produção.
Interligação (Hook-up): operação de interligação dos módulos do sistema.
Jaqueta (Jacket): parte de uma plataforma fixa de aço que vai desde a fundação até
poucos metros acima do nível do mar, sobre a qual são instalados o convés e os
módulos.

Mesa dos Condutores Guia de Condutor


Guia de Estaca

Ancoradouro

Luva de Estaca
Centralizador

Contraventamento em "K"

Perna da Plataforma

Elementos e Acessórios de uma Jaqueta

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Lança do queimador (Flare Boom): é uma estrutura em balanço ou estaiada por cabos
fixada à plataforma, com idêntica finalidade que a torre do queimador, ou seja, realizar
a queima do gás a distância, suficientemente afastada da área de trabalho da plataforma.

Lança do Queimador

Lingadas (Slings): cabos de aço devidamente cortados e com extremidades preparadas


para uso em operações de içamento de estruturas.
Lastro (Ballast): materiais utilizados para controlar a estabilidade de estruturas
flutuantes (navios, plataformas, etc.) tais como a água, areia ou metais.
Lastreamento (Ballasting): operação de movimentação de lastro. É a etapa essencial no
processo de instalação de uma plataforma marítima em sua locação e na estabilização
das unidades flutuantes.
Linha de Produção (Production Line): tubulação rígida ou flexível que leva a produção
do poço a uma plataforma.
Linha Flexível (Flexible Line): linha de fluxo com características construtivas tais como
flexibilidade, resistência à pressão interna e externa, e resistência à tração.
Linhas de Ancoragem (Mooring Lines): cada uma das pernas de um sistema de
ancoragem.
Luva de Estaca (Pile Sleeve): trecho tubular destinado a guiar e fixar as estacas à
estrutura da jaqueta.
Mangote (Hose): tubo flexível geralmente usado nas ligações entre monobóias e FPSO e
navios aliviadores.
Mangote Flutuante (Floating Hose): tubo flexível dotado de capacidade própria de
flutuação ou de anéis de flutuação, normalmente usados nas ligações entre monobóias
ou FPSO e navios aliviadores.

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INSPEÇÃO SUBMARINA 24
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Módulos (Module): componentes de uma plataforma fixa de produção que contém


equipamentos de produção ou perfuração, tais como: separação de gás, alojamento,
armazenamento de materiais, etc. Os módulos possuem dimensões padronizadas e a
conjunção de diversos deles sobre o convés da plataforma compõe o conjunto
operacional da mesma. Os módulos são completamente fabricados em terra e
transportados para o local de instalação, permitindo assim maior facilidade de
montagem da plataforma.

Fabricação do Módulo em Terra

Módulo sendo Colocado na


Balsa

Instalação do Módulo na
Jaqueta

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TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Manilha Hidráulica (Hydraulic Shackle): tipo de manilha dotada de mecanismo


hidráulico de abertura.
Manilha Acústica (Hydroacustic Shackle): manilha que pode ser aberta remotamente
através de sinal acústico.
Manilha (Shackles): anel metálico com pino (cavirão) utilizado em manobras.

Manilha com Cavirão

Monobóia (Monobuoy): terminal oceânico flutuante, usado para a transferência da


produção de uma plataforma, de um coletor (manifold) ou mesmo de um único poço
submarino para um navio aliviador ou FPSO.

Monobóia

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INSPEÇÃO SUBMARINA 26
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Navio Aliviador (Shutlle Tanker): navio de transporte de petróleo entre os campos de


produção marítima e o terminal de terra.

Navio Aliviador e Operação de Off-loading

Navio Sonda (Drill Ship): navio equipado com sonda de perfuração, usado
principalmente em águas profundas.

Navio Sonda

Navio de Apoio (Drilling Tender): navio projetado para auxiliar os serviços de


perfuração executados nas plataformas fixas.

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INSPEÇÃO SUBMARINA 27
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Navio de Lançamento de Linhas (Pipeline Laying Support Vessel – PLSV): navio


equipado basicamente para o lançamento de linhas flexíveis, possuindo posicionamento
dinâmico e sistema de ROV.

Navio de Lançamento de Linhas – Seaway Condor

Navio de Uso Geral (Multipurpose Support Vessel –MSV): navio versátil, equipado
para realizar atividades de mergulho, operação com ROV e lançamento de linhas
flexíveis.
Navio de Operação com ROV (ROV Support Vessel -RSV): navio dotado de
posicionamento dinâmico e equipado com sistema de ROV.
Navio de Mergulho (Dive Support Vessel): navio de mergulho totalmente equipado para
realizar intervenção submarina em lâminas d’água elevadas (mergulho de saturação),
possuindo posicionamento dinâmico e ROV.

Navio de Mergulho – DSV

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INSPEÇÃO SUBMARINA 28
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Nó (Node): parte de uma jaqueta das plataformas de produção onde se interceptam


vários membros. Os nós são formados por: tronco (can) e ramificações (stub).

Cone de redução

contraventamento
(bracing)

cordão de
solda
boca de lobo

ramificação
(stub)
tronco(can)

Cordão de solda
circunferencial

Oleoduto ou Gasoduto (Pipeline): tubulação para transporte de gás natural ou óleo dos
campos produtores para terminais ou refinarias. Também transportam produtos das
refinarias para terminais ou centros de consumo.

Oleodutos e Gasodutos

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INSPEÇÃO SUBMARINA 29
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Olhal (Pad eye): peça destinada a receber a lingada para o içamento e deslocamento das
estruturas.
Olhal de Atracação (Mooring Pad eyes): olhais, em geral com pivotamento para
atracação de pequenas embarcações em pataformas, geralmente em pernas de jaquetas
ou colunas de semi-submersíveis.
Olhal de Reboque (Towing Pad eye): olhal usado em estruturas e embarcações para
conexão de cabos de reboque em operações de transporte.
Passarela (Walk Way): áreas de instalações marítimas, para passagem de pessoal.
Patesca (Snatch Block): roldana para içamento ou manobras com cargas.

Patesca

Piso Gradeado (Grating): piso metálico que reveste as passarelas das plataformas.
Poço–Cabeça (Well Head): estrutura metálica superior de um poço de petróleo, utilizada
para o acoplamento de árvore de natal molhada.
Popa (Stern): extremidade traseira de uma embarcação.
Preventor de Erupções (Blow Out Preventor – BOP): equipamento mecânico que
compreende válvulas que permitem isolar um poço de petróleo em caso de fluxo
incontrolável. Permite a vedação contra tubos ou até mesmo corte de tubos.

BOP

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INSPEÇÃO SUBMARINA 30
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Proa (Bow): parte dianteira de uma embarcação.


Pasta de cimento (Grout): é uma mistura de cimento e água e eventuais aditivos, usada
para preencher os espaços anulares entre as estacas e as pernas de uma plataforma fixa
ou entre as estacas e suas luvas.
Plataforma (Plataform): estruturas marítimas que possuem áreas planas acima do nível
do mar, usadas para operações de exploração, produção e armazenamento de petróleo.
As principais são : plataformas fixas de aço ou de concreto, plataformas auto-elevatórias
e plataformas semi-submersíveis.
Posicionamento dinâmico (Dynamic positioning): sistema para manter praticamente
inalterado o posicionamento de um barco ou unidade de perfuração compensando a ação
do mar. O sistema é automático e consiste de um receptor de sinais que são processados
e transmitidos aos propulsores da embarcação a fim de corrigir instantaneamente a sua
posição.
Proteção Catódica por Anodo de Sacrifício ou Proteção Galvânica (Cathodic
Protection): proteção anticorrosiva em que num eletrólito se usa um metal mais ativo
(anodo de sacrifício) do que o metal que se deseja proteger, de modo que o material
mais ativo é corroído em benefício da estrutura.
Proteção Catódica por Corrente Impressa (Impressed Current Protection): é uma técnica
de proteção anticorrosiva das estruturas metálicas onde se usam anodos inertes. O
método utiliza uma fonte externa de geração de corrente contínua para eliminação das
pilhas de corrosão existentes nas superfícies metálicas que se deseja proteger.

Tipos de Anodos de Corrente Impressa

Anodos Galvânicos de Sacrifício

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INSPEÇÃO SUBMARINA 31
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Raspador (Pig): dispositivo que impulsionado pelo fluido transportado no interior dos
dutos, efetua a limpeza, separação de produtos e medições.
Rótula (Swivel): dispositivo mecânico composto, basicamente, por duas partes que
podem girar livremente uma em relação à outra em torno de um eixo, permitindo a
passagem de fluido, eletricidade ou sinal ótico, de forma axial (rótula axial) ou radial
(rótula toroidal).
Sapata (Footing): nome dado a fundação superficial com base reforçada e alargada. Nas
plataformas auto-elevatórias é o apoio usado na extremidade das pernas para assentar no
leito marinho.
Sistema de Alagamento (Flooding System): conjunto de tubos, válvulas e acessórios
previamente instalados para permitir o lastreamento controlado dos elementos de
flutuação, usados na operação de verticalização e posicionamento.
Sobrespessura de Corrosão (Corrosion Allowance): espessura adicional em
determinados elementos estruturais para garantir a sua integridade após o desgaste por
corrosão (utilizado em risers rígidos, próximo da zvm, nas plataformas do pólo
nordeste).
Sociedade Classificadora (Classification Society): entidade independente que atesta
condições satisfatórias de embarcações pela aplicação de regras próprias que cobrem as
fases de projeto, construção, especificação de materiais e inspeções periódicas.
Tronco (Can): parte principal do nó onde são soldadas as ramificações.
Torreta (Turret): estrutura assimétrica ancorada ao leito marinho, incorporada, interna e
externamente, ao casco de uma embarcação através de um ou mais rolamentos, que
permitem a rotação livre da embarcação em torno do eixo desta estrutura,
proporcionando o alinhamento total da embarcação com as resultantes ambientais.
Tubo coletor de óleo (Sump): é o tubo que recolhe os produtos do sistema de drenagem
de uma plataforma e onde se processa a separação de óleo e água.
Tubo de revestimento (Casing): tubo de aço aplicado a várias funções, tais como:
revestimento de poços, proteção de colunas de sucção de bombas, etc. Tubo de
revestimento da bomba de captação de água salgada para o sistema de refrigeração de
motores e para o sistema de combate a incêndio.
Tubo I: é um tubo reto com a extremidade inferior alargada que tem a mesma finalidade
do tubo J.
Tubo J: nome do tubo em forma de J que serve como condutor para cabos elétricos,
comandos hidráulicos e de comunicação. São fixados à parte externa ou interna da
plataforma por braçadeiras.
Tubo I Tubo J

10,00 a 20,00 m
1,00 m

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INSPEÇÃO SUBMARINA 32
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

R11
R10
1 R12 2
R13
I01 I02
A

RF04
CA02
R08
RF05 CA01
Sump 3
J01 CA03 R09
RF06 J02
J03
B
RF07
CA03

Sump 1 Sump 2

C
CA04

CA05
CA06
CA07

CA08 CA10
D
CA09
RF01 RF02 RF03

Acessórios de uma Plataforma


(Vista Superior de uma Mesa)

ANDRÉ LUIZ NICOLAU


INSPEÇÃO SUBMARINA 33
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Veículo de Controle Remoto (Remote Controlled Vehicle -RCV): equipamento para uso
submarino, dotado de propulsores e câmaras, interligados por meio de umbilical eletro-
hidráulico a uma plataforma de apoio, a partir da qual é controlado, destinado a
inspeções submarinas ou apoio às operações de mergulho .

Veículo de Controle Remoto - RCV

Veículo de Operação Remota (Remote Operated Vehicle – ROV): equipamento para


uso submarino, dotado de propulsores, câmaras, braços articulados e ferramentas,
interligados por meio de umbilical eletro-hidráulico a uma plataforma de apoio, a partir
da qual é controlado, destinado a realização de diversas tarefas no meio submarino
atuando em profundidades onde o mergulho com seres humanos é impossível, devido à
profundidade, ou ainda dando apoio a operações com mergulhadores.

Veículo de Operação Remota – ROV

Vida à Fadiga –Calculada (Fatigue Life-Predicted): vida expressa em anos, obtida pelo
inverso do dano acumulado em um ano.
Vida à Fadiga –Requerida (Fatigue Life –Required): vida útil multiplicada por um fator
de segurança.

ANDRÉ LUIZ NICOLAU


INSPEÇÃO SUBMARINA 34
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Plataforma Fixa de Aço Plataforma Semi-Submersível


Navio Tanque

Monobóia

Jaqueta

Submarino
Plem Riser
Flexível
Árvore de Natal

Manifold

Estruturas Marítimas de Exploração e Produção de Petróleo

Zona atmosférica (Atmospheric Zone): é a parte da plataforma que fica acima da zona
de transição.
Zona de transição (Splash Zone): parte da estrutura que, embora não esteja sempre
submersa, está sujeita a ficar molhada temporariamente devido a ação da onda, variação
de maré e respingo.
Zona Submersa (Submerged Zone): é a região da plataforma abaixo da zona de
transição.

Zona de Transição – Splash Zone

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INSPEÇÃO SUBMARINA 35
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

Abreviaturas

ANM-DL-GLL - Árvore de Natal Molhada-Diverless-Guidelineless. Equipamento


instalado na cabeça do poço, para operação submarina, projetado para operação remota,
sem intervenção de mergulhadores, e sem cabos guias para orientar sua descida e
instalação.
AS LAID SURVEY ou AS LAID - Filmagem das linhas lançadas no fundo mar,
mostrando as rotas traçadas.
BAP - Base Adaptadora de Produção. Dispositivo que serve para guiar a ANM (Árvore
de Natal Molhada) e o FLH (Flowline Hub) para instalação por Conexão Vertical Direta
ou Indireta.
BUNDLE - Conjunto de dutos, utilizado para interligar equipamentos submarinos e
estes às UEPs (Unidades Estacionárias de Produção), composto por linhas de
escoamento e umbilicais de controle.
CFF - Conexão Flow/Flow. Qualquer conexão entre dois tramos estáticos do duto para
escoamento do fluido.
CLP - Cluster de produção. Conjunto de cabeças de poços perfurados próximos entre si,
visando evitar a movimentação do sistema de ancoragem da sonda, quando da mudança
de locação.
CRF - Conexão Riser/Flow. Ligação flangeada unindo os tramos dinâmico (riser) e
estático (flowline) do duto.
CVD - Conexão Vertical Direta. Método que permite ao próprio navio de lançamento
(LaySV) conectar o FLH (Flowline Hub) e as linhas do bundle de produção à Base de
Produção sem o auxílio da Sonda de Completação. Pode ser de 1a ou 2a extremidade na
ANM (Árvore de Natal Mohada).
CVR ou CVC ou CVI - Conexão Vertical Remota ou Convencional ou Indireta.
Método que permite ao navio de lançamento (LaySV) fazer o abandono temporário do
FLH (Flowline Hub) e das linhas do bundle no fundo do mar, próximo à cabeça do
poço, para posterior recuperação e conexão vertical com Sonda de Completação. Requer
o uso de um trenó de abandono. Pode ser de 1a ou 2a extremidade na ANM (Árvore de
Natal Molhada).
DE – Diâmetro externo.
DHSV - Down Hole Safety Valve. Válvula de segurança instalada abaixo da cabeça do
poço.
DI – Diâmetro interno.
EHDM - Módulo de distribuição eletro-hidráulico do manifold submarino.
END FITTING - Conector de extremidade de qualquer tramo de um duto flexível.
FAD - Fator de Amplificação Dinâmica. Fator aplicado à cargas estáticas para
considerar efeitos de vento, corrente e onda.
FHP - Equipamento que permite a circulação de pigs entre as linhas anular e de
produção, instalado no MLF.
FLH ou MLF - Flowline-Hub ou Mandril das linhas de fluxo, utilizado para conexão
do bundle do poço na ANM (Árvore de Natal Molhada). Existem modelos pigáveis
(FHP) e não pigáveis.
FL – Flowline.Trecho de linha flexível/rígido estático (apoiado no fundo do mar) que
interliga o sistema submarino de coleta/exportação à unidade de produção.
HPU - Hydraulic Pressure Unit (Unidade hidráulica de pressão).
HOT-STAB - Dispositivo para conexão hidráulica submarina a ser efetuada por ROV.

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INSPEÇÃO SUBMARINA 36
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

I-TUBE - Tramo tubular, instalado no pontoon da UEP (Unidade Estacionária de


Produção) ou no Turret do FPSO, com a função de guiar o riser flexível para o convés
de suportação.
KEEL-HAULING - Operação de passagem de linhas ou equipamentos sob a quilha do
navio ou pontoons de uma plataforma semi-submersível.
LAY-AWAY - Método de conexão e instalação conjunta de ANM, FLH e linhas do
poço, através da operação conjugada do LaySV e da Sonda de Completação.
LaySV – Navio de Suporte para Lançamento de Linha/Laying Support Vessel (Sunrise
2000, Flexservice-I, Lochnagar ou Kommandor 3000, por exemplo).
LDA - Lâmina d’água (profundidade).
MANIFOLD SUBMARINO - Equipamento para coleta de óleo cru e distribuição de
gás lift e água de injeção.
MCV - Módulo de conexão vertical para conexão diverless entre flowlines e
equipamentos submarinos. Parte móvel do PLET (Pipe Line End Termination) que é
conectada à linha.
MD - Memorial Descritivo (emitido pela ESUB/GPROJ).
MSP - Manifold submarino de produção de óleo.
MSPI - Manifold submarino de produção de óleo e injeção de água.
OVERBOARDING - Operação de transposição de linhas ou equipamentos por sobre
as rodas de lançamento do LaySV, de modo a preservar a linha ou equipamento em
questão contra esforços de flexão elevados.
OVERRIDE - Dispositivo que permite uma forma alternativa de acionamento
hidráulico de um equipamento.
OFFSET - Passeio da unidade de produção em relação à posição teórica de projeto.
Pode ser anual, decenal ou centenário, de acordo com as condições ambientais vigentes
no momento da medição.
PDG - Registrador Permanente de Fundo (do poço).
PE - Procedimento Executivo (emitido pela empresa contratada).
PIG X-OVER ou PXO - Equipamento que permite a circulação de pigs entre as linhas
anular e de produção, instalado na ANM.
PIG LOOP ou PLP - Equipamento que permite a circulação de pigs entre as linhas
anular e de produção, instalado distante da ANM.
PIPE FOLLOWER - Tramo de linha flexível usada como recurso para manusear
linhas flexíveis em processo de lançamento/recuperação.
PLET - Pipeline End Termination. Estrutura para conexão vertical direta de linhas
flexíveis a rígidas ou Válvulas de Bloqueio (SDV’s) ou de Retenção (Check Valves).
PMAX - Pressão interna admissível.
PULL-IN - Transferência do riser, do navio de lançamento para a Unidade de
Produção.
PULL-OUT - Operação de retirada do riser da Unidade de Produção.
RISER - Trecho de linha flexível/rígido dinâmico que interliga o sistema submarino de
coleta/exportação à unidade de produção.
RTJ - Ring Type Joint (juntas tipo anel).
SCM - Subsea Control Module – Módulo de Controle dos Manifolds Submarinos.
SDV - Válvula de segurança (tipo “fail close”) utilizada para conter o fluxo de
hidrocarbonetos em situações de emergência. Neste contexto será submarina do tipo
esfera atuada remotamente por meio de linha hidráulica e localmente por ROV através
de “hot stab”.
SGN - Sistema Gerador de Nitrogênio (método termo-químico para remoção de
parafina).

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INSPEÇÃO SUBMARINA 37
TERMINOLOGIA DE ESTRUTURAS MARÍTIMAS

TDP - Touch-down point - Ponto onde o riser suspenso toca o leito marinho.
TIAC - Temperatura inicial para o aparecimento de cristais de parafina.
TIE-IN - Operação de conexão de dutos submarinos (rígidos/flexíveis entre si ou a
qualquer equipamento submarino).
TPT - Transdutor de Pressão e Temperatura (na ANM).
TRACK SURVEY - Filmagem da rota prevista para lançamento das linhas no fundo
mar com o objetivo de verificar possíveis interferências.
TRENÓ - Dispositivo que permite pré-lançar o FLH para posterior resgate pela Sonda e
conexão na BAP. Utilizado em poços onde não é possível realizar a Conexão Vertical
Direta na BAP. O Trenó é também designado “Falsa BAP”.
UEH - Umbilical Eletro-Hidráulico.
UEP - Unidade estacionária de produção. Unidade flutuante de produção (plataforma
semi-submersível ou navio FPSO) permanentemente ancorada na locação e dotada de
planta de processo.
UH - Umbilical Hidráulico (com ou sem cabo elétrico).
CHECK VALVE - Válvula de retenção utilizada para conter o fluxo de
hidrocarbonetos numa determinada direção, em situações de emergência. Neste
contexto será do tipo portinhola simples. Pode ser travada aberta por meio de ROV.

ANDRÉ LUIZ NICOLAU

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