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DECM

Departamento de Engenharia e Ciências do Mar

E NG EN H A R
DE
A DE C

I NSTI TU

DO M
AR
SED MARIBUS
DECEM UNA

Teoria do Navio
Luis Fernandes
Bibliografia
Titulo Autor
SPENCER ON SHIP (Modern C. F. SPENCER
Commercial Merchant Vessels And
Operational Techniques)
Arte Naval Moderna 9ª Edição Rogério De Castro E Silva
Arquitectura Naval José Paulo F. Saraiva Cabral
Ship Construction Sketches & Notes J.F. Kemp & Peter Young
Ship Design And Construction Group Of Authorities
Introdução Armamento José M. P. Vasconcelos Esteves
Dicionário Ilustrado De Marinha António Marques Esparteiro
Marinharia Volume 1 José Fernando Ferreira Da Costa
Estabilidade Ciaga Francoi A. Sousa, Sidney Esteves
Pereira, Henrrique Guimarães, José
Roberto Steinberger

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Navio e Embarcação

são construções flutuantes destinadas a


navegar exclusivamente na água.
 Têm normalmente uma forma alongada,
estreitas nas extremidades e simétricas em
relação a um plano conhecido como plano
longitudinal, plano diametral ou plano de
mediania.
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Navio
 Reserva-se a designação de navios para
as construções de grandes dimensões.

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Embarcação
 O termo
embarcação se
refere a pequenas
construções usadas
normalmente nos
serviços portuários,
na navegação local
ou costeira.

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BARCO
 Utiliza-se a palavra barco para referir a
qualquer construção flutuante, como por
exemplo navios e embarcações. No
entanto, a palavra barco é pouco usada na
linguagem dos marinheiros, substituindo-a
pela embarcações.

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Embarcações ou Barcos ?
 Na prática os profissionais
aplicam genericamente a
palavra embarcações para
referir a construções de
qualquer tamanho.

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Submersível ou Submarino

É um navio que
pode prescindir
da flutuabilidade
para emergir
temporariamente

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Qualidades Náuticas e
Operacionais
 Tanto os navios assim como as embarcações
possuem características comuns conhecidas
como qualidades náuticas. Elas são:
1. Flutuabilidade
2. Estabilidade
3. Robustez
4. Mobilidade
5. Manobrabilidade
6. Confortabilidade
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Flutuabilidade
 Possibilidade que o navio
tem de se manter a
superfície da água,
comportando-se como um
flutuador.

 Depende principalmente
da impermeabilidade do
casco, do seu volume e da
divisão interna em
compartimentos estanques.

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Estabilidade
 Possibilidade que o
navio possui de
retomar a posição de
equilíbrio quando
dela desviado, logo
que cessa a causa que
o afastou.
 Depende da forma do
casco, e da posição do
centro de gravidade.

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Robustez
 Característica da estrutura
do navio que lhe permite
resistir com segurança as
diversas forças que é
submetido.

 Depende das peças


estruturais que compõe o
casco, da sua distribuição e
da natureza e qualidade dos
materiais de construção.

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Mobilidade
 Possibilidade, em maior
ou menor grau, que o
navio tem de se deslocar
na água.

 Depende da velocidade a
qual implica a existência
de uma força propulsora e
da autonomia que é em
função da durabilidade
dessa força.
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Manobrabilidade
 Qualidade que
permite ao navio
evolucionar em maior
ou menor espaço.
 Depende da eficiência
da força produzida por
um aparelho de
governo.

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Confortabilidade
 Conjunto de características entre as quais
avultam a habitabilidade, a tranquilidade,
etc. que se destinam a proporcionar bem
estar as pessoas que utilizam o navio.

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Confortabilidade
 Depende do volume e distribuição dos
espaços habitáveis, forma do casco,
balanço, etc.

• Gross Tons: 150,000


• Length (ft.): 1132
• Beam (ft.): 135
• Passengers: 2620

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Qualidades operacionais

 Poder Ofensivo
 Capacidade de transporte
 Rentabilidade
 Etc.

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Regiões do Navio
 Proa - Extremidade anterior do navio na
sua marcha normal; é a zona de vante do
navio.

P. Lançada P. de Beque
P. Direita

P. de Esporão P. de Colher P. Arqueada

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PROA DE ESPORÃO
 A proa de esporão, hoje desusada,
era vulgar nos antigos navios de
guerra a vapor como arma de
combate por abalroamento.

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PROA ARQUEADA
 A proa arqueada, é pouco usual, no
entanto, apresenta a vantagem de melhorar
a velocidade e o comportamento do navio
no mar.

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Proa de Bulbo
 A proa de bulbo, é
um engrossamento
da querena à proa
abaixo da linha de
água leve, com o fim
de reduzir a
formação da onda do
navio e diminuir
assim a resistência a
marcha.

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Expressões
“avante” ou “por ante a vante”
 Pode-se dizer que um objecto se encontra
“avante” ou por “ante a vante” de outro
quando o primeiro se situa mais perto da
proa que o segundo.
 Quando o navio se desloca andando para a
frente diz-se que segue “avante” ou “para
vante” (AV).

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POPA
 Popa – Extremidade posterior ou zona de
ré do navio;

P. Direita P. Lançada P. de Cruzador

P. Paquete P. de Painel
P. de Colher

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Expressões
“a ré” ou “por ante a ré”

 Também se diz que um objecto está “a ré”


ou por “ante a ré” de outro quando o
primeiro se situa mais perto da popa que o
segundo.
 Quando o navio se segue recuando diz-se
que segue “a ré” ou “para ré” (AR).

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O Meio Navio e a Mediania ou Meia-nau
 Os navios são simétricos em relação a um plano
chamado de plano diametral, plano de simetria,
plano longitudinal médio ou ainda plano da
mediania.

 Assim a região média longitudinal que


passa pela proa e pela popa designa-se por
mediania ou meia-nau.
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Meio Navio
 O meio navio é a região do navio que fica
situada a meia distância entre a proa e a
popa.

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Bordos
 O plano longitudinal divide o navio em duas
regiões simétricas que se denominam bordos
(Bombordo – BB e Estibordo EB).
 Designa-se por bombordo a metade do lado
esquerdo para um observador que esteja
situado a ré do navio virado para vante e por
estibordo a outra metade.

 BOMBORDO ( BB )

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Amuras, alhetas e través
 Amuras – São as regiões curvas que se
formam no costado de cada lado da proa.

 Alhetas – São as regiões geralmente


curvas que se formam no costado de cada
lado da popa.

 Través – região do costado que se situa na


zona do meio navio

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 Través BB

 Popa  Proa

 Través EB

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Casco, Ossada e Forro
 Casco – é a parte principal do navio,
compreendendo interiormente a ossada e
exteriormente o forro.

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Forro
 Um erro comum é chamar de casco o
invólucro exterior, ou seja o forro.
 No forro distinguimos três regiões
distintas:
1. a parte inferior que se chama fundo;
2. as partes laterais e superiores que se
denominam costado;
3. a zona curva que faz a ligação do
fundo com o costado que se chama de
encolamento.
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Casco, Ossada e Forro
1. As faces internas do costado tomam o
nome de amuradas.

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Convés
É o pavimento principal do navio

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Borda
É a intersecção do costado com o convés.

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Borda Falsa
 É o prolongamento do costado acima do
pavimento do convés.

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Robalete ou quilha de balanço
 Peça saliente existente no encolamento que se
destina a moderar o balanço transversal do
navio e cujo comprimento orça por um a dois
terços do comprimento do navio.

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Casco, Ossada e Forro
 Longarinas – Peças longitudinais assentes
nas balizas, dispostas a um e outro bordo
da sobrequilha e que servem para efectuar
o travamento longitudinal das balizas.

 Trincaniz – Fiadas de chapas


longitudinais correndo horizontalmente
junto as amuradas nos vários pavimentos e
no convés junto á borda. Liga os vaus com
o costado.
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Quilha
 QUILHA – Peça disposta
em todo o comprimento
do navio, na parte mais
baixa do mesmo, sendo a
parte mais importante do
seu esqueleto. Comparado
com o esqueleto humano
poderíamos dizer que a
quilha é a coluna vertebral
do navio.

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Quilha
 Nos navios metálicos a quilha pode ser
“Maciça ou saliente”, “Chapas” e “
Chata”.
 A quilha Chapa é constituída por chapas
de ferro ou aço verticais e cravadas umas
para as outras.
 A Quilha Maciça ou saliente é formada
por longas barras ou vigas de ferro ou aço.

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Quilha
 A Quilha Chata Também designada por
Chapa quilha é uma fiada longitudinal de
chapas horizontais de maior espessura que
as restantes do casco.

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Balizas
 Balizas – São peças curvas de dois ramos iguais
(Meias balizas) fixadas perpendicularmente na
quilha, servindo para dar forma ao casco e
sustentar o chapeamento lateral, isto é o costado
da embarcação.

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Baliza
 Cavernas – Parte
inferior no fundo do
navio.
 Braço – Parte média
correspondendo ao
Encolamento.
 Apostura – Parte
superior em
correspondência com
o casco.
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Casco, Ossada e Forro
 Cavername – É o conjunto das cavernas
ou das balizas.

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Chapa caverna e Boeira
 Chapas cavernas –
São as chapas
verticais que ligam as
cavernas de um
bordo ao outro.
Normalmente
possuem aberturas
elípticas que se
chamam de Boeiras.

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Balizas mestra, direita e
revirada
 Baliza mestra – É a baliza que
corresponde à maior largura do navio.
 As de proa e as de popa, cujos planos são
oblíquos ao plano longitudinal do navio,
são balizas reviradas, sendo as restantes,
de planos normais à quilha, conhecidas por
balizas direitas.

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Numeração de balizas
 As balizas numeram-se de vante para ré. O
intervalo entre elas denomina-se vãos de
balizas.

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Roda de Proa
 Roda de proa – É a peça que fecha à proa
a ossada do casco, ligando-se pelo pé à
extremidade anterior da quilha como se
fosse a sua elevação.

 Ela pode ser vertical em quase toda a sua


altura dando lugar à proa direita, ou
apresentar uma inclinação para vante que
se designa por lançamento formando a
chamada proa lançada.

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Roda de Proa

 Capelo –Éa
extremidade
superior da roda
de proa.

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Cadaste
 Cadaste – É a
peça que fecha à
popa a ossada do
casco e se segue a
ré à quilha
constituindo o seu
prolongamento. É
no cadaste que se
apoia o leme.

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Cadaste

 Se o navio tiver
um hélice
central podemos
encontrar um
cadaste interior
e outro exterior.

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Sobrequilha
 Peça longitudinal que assenta sobre a
quilha a todo o comprimento desta, no
plano da mediania, e que serve de apoio as
chapas cavernas.

 Pode ser serie de chapas verticais dispostas


longitudinalmente a meia-nau, entre as
chapas de cavernas das várias balizas.
Pode ainda ser chamada de quilha vertical.

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Vaus

 São vigas
colocadas de BB a
EB em cada
caverna servindo
para sustentar o
chapeamento do
convés.

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Pés de Carneiro e Esquadros
• Pés de Carneiro
São colunas verticais
que servem para o
escoramento dos
vaus.
• Esquadros – Peça que
faz a ligação dos vaus
com as meias balizas

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Casco, Ossada e Forro
 Clara do hélice – É
o espaço
compreendido entre
o cadaste interior e o
exterior.
 Clara do leme –
Abertura existente
no cadaste para
passagem da madre
do leme.

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Casco, ossada e forro
 Trincaniz – Fiadas de chapas
longitudinais correndo horizontalmente
junto as amuradas nos vários pavimentos e
no convés junto á borda. Liga os vaus com
o costado.
 Embornais – Aberturas existentes no
Trincaniz ligados a tubos que vão abrir no
costado e que serve para o escoamento de
agua.

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Obras vivas e Obras mortas
 Obras vivas, querenas ou carenas – são as
partes do casco mergulhadas na água.
 A outra parte do casco que fica fora de
água designa-se por obras mortas.

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Linha de Agua ou linha de
flutuação
 Linha que separa as obras vivas das mortas.

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Nomenclatura
 Escovém – Tubos grossos
e curvos situados em
ambas as amuras
permitindo a passagem das
amarras das âncoras do
castelo para o exterior do
navio. Conforme o bordo
em que se encontram, pode
ser de bombordo ou de
estibordo.

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Buzinas
 São aberturas existentes na borda falsa para
dar passagem aos cabos de amarração do
navio.

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Portas de mar/Portas de Tempo
 Portas na borda falsa, móveis em torno de
um eixo horizontal no lado superior,
abrindo para cima e para fora.

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 Cabeços – Fortes
peças de ferro
vertical com base
solidamente
fixada para o
convés, servindo
para fixação dos
cabos de
amarração do
navio. Pode ser
singelo ou duplo.

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Tamancas ou castanhas
 Peças metálicas cavilhadas para o convés à
borda, geralmente nas amuras e alhetas,
servindo para dar passagem e permitir a
orientação dos cabos que saem do navio.
 Substituem as buzinas nos navios que não
têm borda falsa.

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Dalas
 Calhas ou tubos largos destinados ao
despejo do navio (Resto de comida, lixo e
líquidos sujos).

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Vigias
 São aberturas geralmente circulares,
existentes no costado ou nas anteparas que
servem para arejamento e iluminação.

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Balaustrada
 Conjunto de balaústre e vergueiros da borda ou de
qualquer plataforma.
 É um resguardo para impedir que caiam, de bordo, ao
mar objectos e pessoas em substituição da borda falsa.
 Balaústre - Pilares de metal ou de madeira colocados
verticalmente junto a borda para receber os vergueiros
ou corrimões.

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Escotilhas
 Aberturas geralmente
rectangulares, feitas nos
pavimentos, para passagem de
ar, luz, pessoal e carga. (Alboi,
Gaiúta, Meia laranja, Estanque,
de carga, emergência, etc).

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Escotilha de alboi (Alboio)

 Escotilha de
ventilação e de luz
na qual a cobertura é
constituída por uma
cúpula envidraçada
de várias vistas.

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Escotilha de Gaiuta
 Escotilha de ventilação e
de luz na qual a cobertura
tem a forma de telhado
envidraçado.

 Escotilhas de serventia
munidas de escadas, na
qual a cobertura tem a
forma de estribo.

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Escotilha de Meia Laranja
 Escotilha de serventia,
munida de escadas, na
qual a cobertura é
constituída por uma série
de arcos metálicos
montados nos balaústres
das braçolas sobre os
quais assenta a capa.

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Escotilha de Carga
 Este tipo de escotilha é coberta com pranchões
de madeira denominados de quartéis. O
conjunto tapa-se com um encerado de lona que
se entala em castanhas com trancas de ferro e
apertadas por meio de cunhas de madeira.

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Escotilhões
 Pequenas aberturas no convés usadas para
a passagem de pessoas de dimensões
menores que uma escotilha.

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Pavimentos
 São superfícies horizontais que dividem
o interior do navio no sentido da sua
altura.
1. Cobertas
2. Tombadilho
3. Cobro
4. Convés
5. Castelo
6. Ponte…

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Pavimentos
 Cobertas – Pavimentos que se apoiam nos vaus e
situados abaixo do convés. As cobertas são
numeradas de cima para baixo excepto o último
que se chama de cobro ou pavimento de porão.

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Pavimentos
 Convés – É o pavimento superior ou pavimento
principal do navio.
 Tombadilho – São pavimentos situados acima
do convés. São pavimentos que cobrem o castelo.
 O Tombadilho de proa chama-se castelo.

Convés principal
Castelo

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Convés, tombadilho e castelo

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Escotilhas
 Aberturas geralmente rectangulares,
feitas nos pavimentos, para passagem de
ar, luz, pessoal e carga.

 Pode ser dos tipos (Alboi, Gaiúta, Meia


laranja, Estanque, de carga etc).

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Classificação de escotilhas
 De Carga
 De Iluminação
 De arejamento
 De Serventia

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Compartimentos
 Os compartimentos são formados pela
Anteparas e pavimentos.
 Anteparas podem ser longitudinais e
transversais. Podem se principais ou
estanques e secundárias. São numeradas de
vante para ré. A Primeira chama-se de
antepara de colisão.

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Compartimentos
 Porões – De carga, esgoto, lastro
 Tanques – Pique tanques
 Paióis – Amarras, de géneros
 Casas – Casa de maquinas, Cartas,
 Alojamentos – Câmaras, camarotes

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Compartimentos
 Castelo  Casa das cartas
 Superstruturas  Casa de Maquina
 Pontes  Oficinas
 Paióis  Enfermaria
 Coberta  Messes
 Porão  Casa do leme

 Câmaras  Cozinha

 Duplo fundo
 Tanques

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Castelos e Superstruturas
 castelo são estruturas fechadas sobre o
convés quando se estendem de um bordo
ao outro e se formam pela elevação da
borda .
 Superstruturas – são construções acima
do convés não classificadas como castelos.

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Ponte
 Pontes - são superstruturas elevadas onde
é dirigida a navegação.

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Paióis
 São compartimentos onde se guardam
mantimentos, munições e outros artigos
necessários ao serviço do navio. Assim temos
vários tipos de paióis:
1. Paióis das amarras onde se recolhe as amarras
usadas na ancoras;
2. Paiol de géneros onde se guardam os
mantimento;
3. Paiol de mestre onde se guardam as lonas,
cabos, e outros artigos usados no aparelho do
navio.
4. Paiol de máquinas, Paiol de electricidade, Paiol
das tintas, etc.

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Coberta e Porão

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Compartimentos
 Casas – Designações respeitantes a um
número avultado de compartimentos a
bordo e com varias aplicações.
 Casa de maquina do lema, das cartas, de
máquina principal, de caldeiras, de tsf
( Telegrafia sem fio), casa dos auxiliares,
Casa de pilotagem, etc.

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GEOMETRIA DO NAVIO
 A forma de um navio é definida num desenho a
que se chama Plano Geométrico ou Linhas do
Navio, que é a representação do casco em três
vistas: Horizontal, Vertical e Transversal. São
também utilizados planos auxiliares e são
projectados nos planos de referência, as
intersecções destes planos com a superfície do
casco.

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Plano Geométrico

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Plano Geométrico
PLANO HORIZONTAL DE FLUTUAÇÃO OU
DAS LINHAS DE ÁGUA

PLANO DIAMETRAL, DE SIMETRIA,


LONGIIT­DINAL MÉDIO OU DE MEDIANIA

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Plano Geométrico
PLANO TRANSVERSAL

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Plano Geométrico
PLANOS LONGITUDINAIS

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Plano Geométrico

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Definições
LINHA BASE (LB) é a linha de referência
da representação geométrica da forma do
navio e é obtida pela intercepção do plano
diametral do navio com o plano base.
É uma recta horizontal paralela à flutuação.
É a linha de referência do plano geométrico
navio. Quando o navio for desenhado sem
diferença de imersão, a linha base confunde-
se com a linha de construção
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Definições
LINHA DE CONSTRUÇÃO
Também chamada LINHA DA QUILHA, é definida
pela intersecção do plano de mediania com a face
superior da quilha.

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Definições
PERPENDICULAR A VANTE (PPAV) é a recta
perpendicular à linha, base e que passa pelo ponto de
intercepção do plano da linha de água carregada com a linha
da roda da proa.

PERPENDICULAR A RÉ (PPAR): é a recta perpendicular à


linha base existente no plano longitudinal e que passa pela face
posterior do cadaste do leme ou da madre do leme.

PERPENDICULAR A MEIO (Φ) é a recta perpendicular à


linha de base e equidistante das perpendiculares a vante e a ré.

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Definições
Perpendicular a Vante e Perpendicular a Ré

Par Pav
F L

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Definições
BALIZA MESTRA é a baliza correspondente a meio
do navio (no sentido do seu comprimento).

SECÇÃO MESTRA é o plano que define baliza


mestra.

LINHA DE ÁGUA CARREGADA é a linha obtida


pela intercepção do plano de flutuação (quando o
navio está carregado com a carga máxima permitida),
com a superfície exterior do casco.

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Definições
LINHA RECTA DO VAU é a linha paralela ao plano
de flutuação que passa pelos pontos de intercepção,
da face superior do vau com os extremos superiores
das balizas por fora da ossada.
Figura linha recta do vau

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Dimensões do navio
PLANO DIAMETRAL, DE SIMETRIA,
LONGITUDINAL MÉDIO OU DE
MEDIANIA é o plano de simetria orientado no
sentido da maior dimensão do navio. É um
plano vertical. Divide pois o navio em duas
partes iguais (simétricas).

PLANOS LONGITUDINAIS são os planos


paralelos ao plano diametral.

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Definições
PLANO TRANSVERSAL é plano perpendicular aos
outros dois. Os planos paralelos a este intersectam o
casco definindo as secções.

PLANOS OU SECÇÕES TRANSVERSAIS são


planos perpendiculares aos planos diametrais e aos
horizontais e interceptam a superfície do navio
segundo curvas chamadas balizas do traçado.

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Definições
CASCO - Chama-se casco a um conjunto constituído
pelo forro exterior do navio, anteparas divisórias e
peças de ligação e consolidação (balizas, vaus,
quilhas, longarinas, etc.)

PLANO HORIZONTAL DE FLUTUAÇÃO OU


DAS LINHAS DE ÁGUA é o plano definido pela
superfície da água em que o navio flutua supondo-a
tranquila.

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Definições
LINHA DE FLUTUAÇÃO é uma linha fechada
determinada pela intercepção do plano de flutuação
com a superfície exterior do casco.

ÁREA DE FLUTUAÇÃO é a área compreendida pela


linha de flutuação.

CENTRO DE FLUTUAÇÃO é o centro de gravidade


da área de flutuação.

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Dimensões do navio
CARENA, QUERENA OU OBRAS VIVAS É
a parte imersa do casco, isto é, a que fica
abaixo do plano de flutuação, parte vital do
navio, pois que origina a impulsão que o faz
flutuar.
OBRAS MORTAS - é a parte ao navio que
fica acima do plano da flutuação.
Compreendem assim a parte do casco que fica
acima deste plano e as super-estruturas.
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Definições
OBRAS VIVAS / OBRAS MORTAS

Obras mortas

Obras vivas

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Definições
VOLUME DE CARENA - É o volume compreendido
entre o, plano de flutuação e a superfície externa da
parte imersa do casco.
CENTRO DE CARENA - É o centro de gravidade do
volume de carena.
ISOCARENAS - São carenas de igual volume,
correspondentes a um mesmo flutuador com várias
inclinações. As flutuações e inclinações que se
referem às isocarenas chamam-se FLUTUAÇÕES E
INCLINAÇÕES ISOCARÉNICAS.

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Dimensões Lineares
O navio tem, por conseguinte, como, todas as
construções volume, as três dimensões básicas: o
comprimento, a altura, e a largura, mantendo a
designação, da primeira (comprimento) e dando à
largura o nome de boca e à altura o de pontal.
Assim, para as três principais dimensões dum navio,
temos:

COMPRIMENTO: aqui vamos já encontrar mais do


que uma definição de comprimento e deste modo se
revela a riqueza de valores dimensionais que um
navio possui.
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Dimensões Lineares
COMPRIMENTO DO CASCO é o comprimento
entre as partes mais salientes da proa e da popa. É
igual ao comprimento total ou fora a fora quando não
existem construções ou peças exteriores para além
dos extremos do casco.

COMPRIMENTO NA FLUTUAÇÃO (LWL) é o


comprimento do navio medido no plano de flutuação
desde a parte de vante da roda de proa à parte de ré do
cadaste.

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Dimensões Lineares
COMPRIMENTO TOTAL OU FORA A FORA
(LOA) é o comprimento do navio medido
horizontalmente entre as partes mais salientes da proa
e da popa.

LOA

Par Pav
F L

LPP

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Dimensões Lineares
COMPRIMENTO ENTRE PERPENDICULARES é
o comprimento entre as perpendiculares ao plano de
flutuação da carga máxima (linha de carga do verão)
tiradas a vante e a ré pelos pontos de intercepção da
linha da roda de proa e do cadaste do leme com a
referida flutuação.
LOA

Par Pav
F L

LPP

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Dimensões Lineares
Perpendicular de vante (Pav)
Perpendicular ao plano base, pertencente ao plano diametral e
que passa pela intersecção da linha de água de projecto ou
linha de carga máxima, com a roda de proa.

Perpendicular de ré (Par)
Perpendicular ao plano base, pertencente ao plano diametral e
que passa pela intersecção da linha de água de carga máxima,
com a linha da madre do leme ou da face ré do cadaste.
Par Pav
F L

LPP

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Dimensões Lineares
LARGURA

A largura dos navios chama–se BOCA.

BOCA MÁXIMA (OU BOCA POR F0RA) é também


a BOCA DE SINAL, é a medida entre as normais ao
plano de flutuação tiradas por forra do forro exterior,
nos pontos de maior largura do navio tiradas na
secção mestra.

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Dimensões Lineares
BOCA NA OSSADA é a distância medida entre as
Normais às faces extremas das balizas, tiradas na
secção mestra. Isto é excluindo a espessura do forro
exterior.

Se a secção mestra não for a de maior largura do


Navio (geralmente coincide), então a boca máxima é
medida na secção transversal de maior largura.

BOCA DE ARQUEAÇÃO é a distância medida entre


as normais às faces externas das balizas, tiradas na
secção mestra. Isto é excluindo a espessura do forro
exterior.
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Dimensões Lineares

Boca de arqueação

Boca máxima

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Dimensões Lineares - PONTAL
A ALTURA

A noção de altura do navio é um valor difícil de


determinar, até porque o navio em si é uma unidade
constituída por três valores diferentes de altura: a
altura do seu casco, a altura das suas super-
estruturas e a altura dos seus mastros.
A grande definição de altura refere-se sempre à do
seu casco e tem o nome de pontal (D): Altura que vai
do topo da quilha ao topo superior do convés.
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Dimensões Lineares - PONTAL

Altura

Bordo Livre Pontal


Calado

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Dimensões Lineares - PONTAL
PONTAL

PONTAL (D) é a distância (altura), medida no plano


diametral a meio comprimento entre perpendiculares,
entre a recta do seu vau do pavimento principal e a
face superior da quilha (navios de ferro), (ou) e o
canto superior do alefriz da quilha (navios de
madeira).

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Dimensões Lineares - PONTAL

PONTAL NA OSSADA é a altura medida desde a


face inferior do pavimento principal até à face
superior da quilha.

PONTAL POR FORA é a medida desde a face


superior do forro do pavimento principal até à face
inferior da quilha.

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Dimensões Lineares - PONTAL
PONTAL DE SINAL é a medida entre a face
inferior do pavimento superior até ao tecto do
duplo fundo, ou a parte superior da caverna, se
não houver duplo fundo, diminuído de 65 mm,
no caso de haver cobro de qualquer espessura
medido no plano diametral.

PONTAL DE ARQUEAÇÃO é a medida entre


1/3 da distância da flecha do vau e o tecto do
duplo fundo, ou a parte superior da caverna.
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Dimensões Lineares - CALADO
IMERSÃO, CALADO NA OSSADA OU
PROFUNDIDADE DA CARENA é distância
vertical entre a linha de construção e o plano
de flutuação. Distingue-se do calado por não
incluir a espessura da quilha

CALADO Distância vertical entre o ponto


mais baixo da quilha (superfície inferior) e o
plano de flutuação.

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Dimensões Lineares - CALADO
– CALADO Á PROA – Calado medido na
perpendicular a vante

– CALADO Á POPA – Calado medido na


perpendicular a ré.

– CALADO A MEIO – Calado medido na


perpendicular a meio.

– MÉDIA DOS CALADOS – É a média aritmética


dos calados de proa e popa
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Dimensões Lineares - CALADO

– MÉDIA DOS CALADOS – É a média aritmética


dos calados de proa e popa

Cpr  Cpp
Cm =
2

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Dimensões Lineares - CAIMENTO
Caimento/Compasso (Trim)

Ângulo formado pelo plano de base com a


superfície das aguas tranquilas. Calcula-se pela
diferença entre o calado a vante e o calado a ré.

Diz-se que o navio está com caimento pela proa


ou embicado quando está inclinado para vante e,
com caimento pela popa ou derrabado quando
está inclinado para ré.

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Dimensões Lineares - CAIMENTO
Navio Embicado ou Afocinhado
F L

Navio Derrabado
F L

Navio em águas parelhas

F L

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Dimensões Lineares - CAIMENTO
A diferença que possa haver entre a média dos
calados e o calado a meio dá-nos uma ideia da
deformação do casco. Se a média dos calados,
for maior que o calado a meio a deformação
recebe o nome de «alquebramento».

Se a média for menor então teremos «contra­-


alquebramento».

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Dimensões Lineares - CAIMENTO
ALQUBRAMENTO

F L

Contra - Alquebramento

F Par Pav L

Contra - Alquebramento

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Dimensões Lineares - CAIMENTO

24 24
23
22 22
21
20 20
19
18 18

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Dimensões Lineares - CALADO

18 18´00´´
17´06´´
17 17´00´´
16´06´´
16 16´00´´
15´06´´
15 15´00
´´´

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Dimensões - Arqueação
TONELAGEM BRUTA OU ARQUEAÇÃO BRUTA
Volume total interior do navio expresso em pés
cúbicos ou em metros cúbicos

TONELAGEM LIQUIDA OU ARQUEAÇÃO


LIQUIDA
Volume total interior do navio expresso em pés
cúbicos ou em metros cúbicos deduzindo ao cálculo da
arqueação bruta, determinados espaços que não são
destinados ao transporte de mercadorias e passageiros.

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Dimensões - Deslocamento
DESLOCAMENTO é o peso total do navio e é igual ao peso
do volume de água deslocada pela sua carena.
Chamando ∆ ao deslocamento, V ao volume da carena
correspondente e γ a densidade da água em que flutua o
navio:

∆= v.γ
No sistema métrico decimal, o ∆ é dado em toneladas
métricas (TM), o V em metros cúbicos (m3) e γ = 1,026.
Em unidades inglesas, o ∆ é dado em Long Tons, o V em
pés cúbicos e γ = 35 (35 pés cúbicos de água salgada pesam
uma Long Ton.
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Dimensões - Deslocamento
SISTEMA MÉTRICO DECIMAL:

Água salgada: ∆ = V.γ = Tm = m3.1,026


Água doce: ∆ = V.γ = Tm = m3 . 1,000

SISTEMA INGLÊS:

Água salgada: ∆ = V.1/γ = V/35 = Long Tons = pés 3/35


Água doce: ∆ = V.1/γ = V/36 = Long Tons = pés 3/36

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Dimensões - Porte
PORTE BRUTO (Peso morto, Gross Deadweight):
O peso morto de um navio compreende os seguintes
conceitos: tripulação, apetrechos, combustíveis,
lubrificantes, água doce e carga nos seus valores máximos.
É a diferença entre o DESLOCAMENTO TOTAL e o
DESLOCAMENTO LEVE, nos indica portanto a
capacidade de carga do navio incluindo a condição de
serviço do mesmo, dado importante para a exploração de
um navio.
Podemos assim definir Porte Bruto como o peso de tudo
quanto se pode carregar a bordo de um navio até que ele
mergulha na água e atinja o nível da linha de carga máxima.
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Dimensões - Porte
PORTE LIQUIDO OU PORTE ÚTIL (Net Deadweight):
É só o peso máximo da carga, dos passageiros e da sua
bagagem.

RELAÇÃO ENTRE PORTE E DESLOCAMENTO


Escala do porte (Deadweight). Todos os navios possuem um
gráfico (ou escala) em que para cada calado médio se obtém
o deslocamento correspondente, o peso de todas as cargas
embarcadas e o peso necessário para fazer variar um
centímetro (ou uma polegada) o dito calado médio –
Designado Deslocamento Unitário, TPCm.
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