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Mecânica dos Fluidos

Professor SAID MOUNSIF


Mecânica dos Fluidos
• Ciencia que trata do comportamento dos fluidos em
movimento (Dinâmica dos Fluidos) ou em repouso (Estática
dos fluidos), e da interação entre fluidos e sólidos ou outos
fluidos nas fronteiras.

• Hidrodinâmica: estudo do movimento dos fluidos que são


praticamente incompressíveis (líquidos como água).

• Hidráulica: estudo do escoamento dos líquidos em


tubulações e canais abertos.

• Aerodinâmica: trata do escoamento de gases (especialmente


ar) sobre corpos tais aeronaves, forguetes e automóveis.

• Meteologia, Oceanologia e Hidrologia: tratam de


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escoamentos que ocorrem naturalmente.
Mecânica dos Fluidos

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Mecânica dos Fluidos

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Mecânica dos Fluidos

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Mecânica dos Fluidos

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Mecânica dos Fluidos

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Mecânica dos Fluidos

Arquimedes (285-212 a.C.) formulou as leis para a flutuação de corpos e


as aplicou a corpos flutuantes e submerso.

Leonardo da Vinci (1452-1519) formulou a equação da conservação da


massa em escoamento permanente unidimensional.

Edme Mariotte (1620-1684). construiu o primeiro túnel de vento e com


ele testou modelos.

Isaac Newton (1642-1727) postulou suas leis do movimento e a lei da


viscosidade dos fluidos lineares (fluidos newtonianos).
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Mecânica dos Fluidos

No século XVIII, Daniel Bernoulli, Leonhard Euler, Jean d'Alembert,


Joseph-Louis Lagrange e Pierre-Simon Laplace, participaram de estudo
de problemas de escoamento sem atrito.

Euler desenvolveu as equações diferenciais de movimento e sua foma


integral, conhecida por Equação de Bernoulli.

Chézy, Pitot, Borda, Weber, Francis, Hagen, Poiseuille, Darcy,


Manning, Bazin e Weisbach, são expermentalistas que produziram
dados sobre uma variedade de escoamentos em canais abertos,
resistência de embarcações, escoamentos em tubos, ondas e
turbinas.
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Mecânica dos Fluidos

William Froude (1810-1879) e seu filho Robert (1846-1924)


desenvolveram leis para teste de modelos em hidrodinâmica.

Lord Rayleigh (1842-1919) propôs a técnica da Análise Dimensional e


Osbome Reynolds (1842-1912) publicou o clássico experimento em tubo
(Escoamentos em Regime Laminar e Turbulento)

Navier (1785-1836) e Stokes (1819-1903) acrescentaram com sucesso


termos viscosos Newtonianos às equações de movimento, chamadas de
Equações de Navier-Stokes.

Ludwig Prandtl (1875-1953) desenvolveu a teoria da Camada-Limite.


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Mecânica dos Fluidos

A Mecânia dos Fluidos desempenha uma função vital no corpo


humano.

O coração está constantemente bombeando sangue para todas as


partes do corpo humano através das artérias e veias e os pulmões
são as regiões de escoamento de ar em direções alternadas.
Os corações artificiais, máquinas de respirar e sistemas de diálise
são projetados usando a dinâmica dos fluidos ou Biomécanica.

Uma casa comum é um salão de exposição de aplicações de


Mecânica dos Fluidos: os Sistemas de Canalização de água fria;
dutos de sistemas de aquecimento e ar-condicionado ...

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Mecânica dos Fluidos

Conceito de Fluido

 Um Sólido pode resistir a uma Tensão de Cisalhamento por uma


deflexão estática.

 Qualquer tensão de cisalhamento aplicada a um Fluido, não


importa quão pequena ela seja, resultará em movimento daquele
fluido.

 O Fluido escoa e se deforma continuamente enquanto a tensão


de cisalhamento estiver sendo aplicada.
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Conceito de Fluido

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Mecânica dos Fluidos
Conceito de Fluido – Partículas Fluidas

 Um Líquido é composto por partículas fluidas relativamente agrupadas


com forças coesivas fortes, e tende a manter seu volume e formar uma
superfície livre em um campo gravitacional, se não estiver confinado na
parte superior. Os escoamentos com superfície livre são dominados por
efeitos gravitacionais.

 As Partículas Fluidas dos Gases são amplamente espaçadas, com forças


coesivas desprezíveis.

 Um Gás é livre para se expandir até os limites das paredes que o


confinam e, não tem volume definido e, quando é deixado sem
confinamento, forma uma atmosfera que é essencialmente hidrostática.
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Propriedade dos Fluidos

Massa Específica ρ (density) :


A massa de um fluido em uma unidade de volume é denominada
densidade absoluta, também conhecida como massa específica (kg/m3)

Peso Específica (unit weight) :


É o peso da unidade de volume desse fluido (N/m3)

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Mecânica dos Fluidos

Propriedade dos Fluidos

Peso Específica Relativo:

Volume Específica: Vs

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Mecânica dos Fluidos

Propriedade dos Fluidos: Compressibilidade

A compressibilidade de um fluido depende do módulo de


compressibilidade volumétrico εvol. Um fluido será mais ou

menos compressível de pendendo do valor de εvol .

Escoamento Incompressível é, um escoamento de um


fluido no qual a massa específica tem variação desprezível
devido às variações da pressão.
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Mecânica dos Fluidos

Propriedade dos Fluidos: Compressibilidade

Escoamento incompressível:
Sempre que se tratar de um escoamento incompressível, a massa
específica será considerada constante.

A compressibilidade volumétrica de um fluido é definida pela relação


entre o acréscimo de pressão dP e o decréscimo do volume –dV.
O módulo de compressibilidade volumétrica é definido por:

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Propriedade dos Fluidos: Elasticidade

É a propriedade dos fluidos de aumentar o seu volume


quando se diminui a pressão. Onde: E é o módulo de
elasticidade volumétrico (kgf/m2).

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Mecânica dos Fluidos

Propriedade dos Fluidos: Pressão

É definida como a relação entre a força


aplicada, perpendicularmente, sobre uma
superfície e a área dessa superfície. 
F

Uma força tangencial FT agindo sobre uma

superfície provoca uma tensão tangencial τ .


Portanto, uma força normal FP agindo sobre
uma superfície também provoca tensão normal
denominada pressão e indicada pela letra σ.

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Mecânica dos Fluidos

Propriedade dos Fluidos - Pressão:


Um Cilindro no vácuo cheio de fluido, fechado em uma extremidade e
munido de um Pistão em outra, mantendo o fluido confinado no cilindro.

O fluido age sobre toda a face do pistão, a reação é distribuída ao longo da


face, gerando uma tensão normal que é uma medida da pressão do fluido
sobre o pistão.
A força que a pressão causa no pistão é
sempre de compressão e perpendicular à
área onde age. A força de pressão é
calculada por:

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Mecânica dos Fluidos

Propriedade dos Fluidos - Tensão Superficial:


 É a propriedade da camada superficial exercer tensão e é a força
necessária para manter o comprimento unitário do filme em equilíbrio.
• Logo, sua unidade é formada pela relação entre força e comprimento.

 Em um líquido que molha a superfície, a adesão é maior que a coesão e


a ação da tensão superficial faz aparecer uma força que eleva o nível do
líquido nas imediações de uma parede vertical. Se o líquido não molha a
superfície, a tensão superficial é preponderante e força o nível a abaixar
junto à parede vertical.
 É o fenômeno da Capilaridade, no qual intervém em conjunto com a
capacidade de molhamento e adesão do líquido.
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Mecânica dos Fluidos

Propriedade dos Fluidos - Tensão Superficial:


 Em tubos verticais de pequeno diâmetro
imersos em água, a superfície assume
forma esférica e é denominada menisco.

 Para a água a forma do menisco é côncava


e a tensão superficial força o líquido a se
elevar no tubo, já para o mercúrio, que não
molha a parede, o líquido é forçado a
descer e essa variação do nível é
denominada depressão ou elevação
capilar. 23
Mecânica dos Fluidos

O Fluido como um Meio Contínuo:


 A Massa Especifica do fluido, ou massa por unidade de volume
não tem um significado preciso porque o número de moléculas
que ocupam um dado volume varia continuamente.

 Esse efeito torna-se sem importância, se a unidade do volume for


grande, comparada com o cubo do espaçamento molecular,
quando o número de moléculas dentro do volume permanece
aproximadamente constante, apesar do enorme intercâmbio de
partículas através das fronteiras.
 No entanto, se a unidade de volume escolhida for muito grande,
poderá haver uma variação notável na agregação global das
partículas. 24
Mecânica dos Fluidos

O Fluido como um Meio Contínuo:

A "massa especifica" calculada por meio da massa molecular δm dentro de


um dado volume δV é plotada em gráfico em função do tamanho da
unidade de volume. Há um volume-limite δV* abaixo do qual as variações
moleculares podem ser importantes e acima do qual as variações de
agregações podem ser importantes.
A massa específica ρ de um fluido é mais bem definida como:

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Mecânica dos Fluidos
O Fluido como um Meio Contínuo:

A maioria dos Problemas de Engenharia trabalha com dimensões físicas muito


maiores do que esse volume-limite δV*, de maneira que a massa específica é
essencialmente uma função pontual e as propriedades do fluido podem ser
consideradas variando continuamente no espaço .

Tal fluido é chamado Meio Contínuo, que simplesmente signifíca que a variação
de suas propriedades é tão suave que o Cálculo Diferencial pode ser usado para
analisar o movimento fluido.

O uso do cálculo de Meio Contínuo não impede a possibilidade de saltos


descontínuos nas propriedades do fluido através de urna superfície livre ou
interface do fluido ou através de uma onda de choque sónico em um fluido
compressível. 26
Mecânica dos Fluidos
Dimensões e Unidades :

 Em 1872 uma reunião internacional na França propôs um tratado chamado


Convenção Métrica, assinado em 1875 por 17 países, inclusive os Estados
Unidos.

 Em 1960 a Conferência Geral de Pesos e Medidas, foi realizada por 40


países e, propôs o Sistema lnternacional de Unidades (SI).

 Em Mecânica dos Fluidos há apenas quatro dimensões primárias das quais


todas as outras podem ser derivadas: Massa (M), Comprimento (L), Tempo
(T) e Temperatura (Θ).
 No sistema SI, as unidades básicas são newtons {F}, quilogramas {M}.
metros {L} e segundos {T}. Obs. { } = unidade de
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Mecânica dos Fluidos
Dimensões e Unidades :

A força (F) está diretamente relacionada com a massa, o


comprimento e tempo pela segunda lei de Newton: F = m.a

Por meio dessa relação vemos que, dimensionalmente, {F} = {M.L.T2}.

Definimos: 1 newton de força = 1 N = 1 kg · 1 m / s2

O newton é uma força relativamente pequena, aproximadamente


igual ao peso de uma maçã.

A unidade básica de temperatura {Θ} no sistema SI é o grau Kelvin, K.

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Mecânica dos Fluidos
Dimensões e Unidades :

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Mecânica dos Fluidos
Princípio da Homogeneidade Dimensional:

Na Engenharia, todas as Equações devem ser


dimensionalmente homogêneas, isto é, cada temo aditivo
em uma equação tem de ter as mesmas dimensões.
Por exemplo, considere a equação de Bernoulli:

Cada um dos termos individuais nessa equação deve ter as


dimensões de pressão {ML-1T-2}.
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Mecânica dos Fluidos
Dimensões secundários em Mecânica dos Fluidos

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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos

1. Escoamento Viscoso versus Escoamento não Viscoso

Quando duas camadas fluidas movem-se uma em relação à outra, desenvolve-se uma
força de atrito entre elas e a camada mais lenta tenta reduzir a velocidade da camada
mais rápida.

A resistência interna ao escoamento é quantificado pela propriedade do fluido


chamada viscosidade.

A viscosidade é causada por forças coesivas entre as Partículas Fluidas num líquido e
por colisões moleculares nos gases.

Não existe fluido com viscosidade nula e, assim, todo escoamento dos fluidos envolve
efeitos viscosos de algum grau.

Os escoamentos em que os efeitos de atrito são significativos chamam-se


Escosmentos Viscosos. 32
Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos

Escoamento Viscoso versus Escoamento não Viscoso

Em muitos escoamentos de interesse prático (Engenharia) há regiões (afastadas de


superfícies sólidas) onde as forças viscosas são pequenas comparadas às outras
forças (inercias e de pressão). O escoamento é considerado Escoamento não Viscoso.

Nestas regiões, desprezar os termos viscosos simplifica bastante a análise, sem muita
perda de precisão.

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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamentos Internos versus Escoamentos Externos

O escoamento dos fluidos é classificado como interno ou externo, dependendo do fato


de o fluido ser forçado a escoar num canal confinado ou sobre uma superfície.

O escoamento sem limitação de um fluido sobre superfície, tal como uma placa ou um
cano, é um Escoamento Externo.

O escoamento num tubo ou duto é um Escoamento Interno, se o fluido estiver


inteiramente limitado por superfícies sólidas.

Os Escoamentos Internos são dominados pela influência da viscosidade em todo o


campo do escoamento.

Nos escoamentos externos, os efeitos viscosos estão restritos às camadas-limites


próximas das superfícies sólidas e às regiões de esteira a justante dos corpos.
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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento Compressível versus Escoamento Incompressível

O Escoamento é classificado como Compressível ou Incompressível dependendo do


nível de variação da densidade durante o escoamento.

A incompressibilidade é uma aproximação, e um escoamento é dito Incompressível se


a densidade permanecer aproximadamente constante em todos os lugares (todos os
pontos).

As densidades dos líquidos são essencialmente constantes e desse modo o


escoamento dos líquidos é tipicamente incompressível.

Uma pressão de 210 atm atuando sobre água líquida causa mudança no valor da
densidade da água líquida a 1 atm de somente 1%.

Gases são altamente compressíveis. A mudança de pressão de apenas 0,01 atm, causa
a mudança de 1% na densidade do ar atmosférico.
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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento Compressível versus Escoamento Incompressível

Nos sistemas que envolvem Escoamentos de gás em altas velocidades (Compressores


de Ar, Forgetes, Espaçonaves ...), a velocidade do gás é frequentemente expressa em
termos do Número de Mach adimensional (sem dimensão), definido pela expressão:

V Velocidade do Escoamento
Ma  
c Velocidade do som
O valor da velocidade do som é 346 m/s no ar à temperatura ambiente e ao
nível do mar.

O Escoamento é denominado Sônico quando Ma = 1, Subsônico quando Ma < 1,


e Hipersônico quando Ma > 1.

Os escoamento de gases pode ser considerado Incompressível se Ma < 0,3.


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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento Compressível versus Escoamento Incompressível

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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento Laminar versus Escoamento Turbulento

Alguns escoamentos são suaves e ordenados enquanto outros são um tanto caóticos.
O movimento dos fluidos altamente ordenado caracterizado por camadas suaves do
fluido é denominado Laminar.

A palavra laminar origina-se do movimento de partículas adjacentes do fluido


agrupadas em “lâminas”.

O movimento altamente desordenado dos fluidos que ocorre em velocidade altas e


caracterizado por flutuações de velocidade é chamado de Turbulento.

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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento Laminar versus Escoamento Turbulento

Um escoamento que se alterna entre laminar e turbulento é chamado de Transitório.

Os exprimentos realizados por Osborn Reynolds, nos anos 1880, resultaram na criação
do número adimensional denominado Número de Reynolds Re, como o parâmetro para
a determinação do regime do escoamento.

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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento Laminar versus Escoamento Turbulento

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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento Laminar versus Escoamento Turbulento

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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento Laminar versus Escoamento Turbulento

A classificação atual estabelecida pela ABNT difere um pouco da estabelecida


por Reynolds e é a seguinte:
Por exemplo, no caso de escoamento num tubo, V é velocidade média do
escoamento e D é igual ao diâmetro do tubo.

Podemos convencionar que:

Re < 2000 caracteriza Escoamento Laminar,

2000 ≤ Re ≤ 4000 caracteriza uma região de Transição e,

Re > 4000 caracteriza o Escoamento Turbulento. 42


Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento em Regime Permanente versus Regime não Permanente

Se as propriedades do fluido em um ponto do campo não mudam com


o tempo o escoamento é denominado Escoamento em Regime
Permanente.

Neste tipo de escoamento, as propriedades podem variar de ponto


para ponto no campo, mas devem permanecer constante em relação
ao tempo para um dado ponto qualquer.

Se as propriedades do fluido em um ponto do campo variam com o


tempo, o Escoamento é dito Não Permanente ou Transiente.
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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento em Regime Uniforme versus Regime não Uniforme

Um Escoamento Uniforme em uma


dada seção transversal é
caracterizado pela velocidade ser
constante em qualquer seção
normal ao escoamento.

Um Escoamento Não Uniforme (ou


variado) é aquele em que as
velocidades variam em cada seção
transversal ao longo do
escoamento.
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Mecânica dos Fluidos
Classificação de Escoamentos Fluidos
Escoamento Rotacional versus Escoamento Irrotacional

O Escoamento Rotacional é caracterizado pelo


movimento de rotação das partículas do fluido em torno
de seus próprios centros de massa devido ao
aparecimento de conjugados oriundos das tensões
cisalhantes.

Um escoamento sem rotação, ou seja, de translação


ideal, é chamado de Irrotacional (ou Potencial).
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Mecânica dos Fluidos
Escoamento de um Fluido em um Tubo

Existem várias camadas que se deslocam com


velocidades diferentes, sendo a velocidade igual a zero
junto à parede do tubo e máxima na parte central.
Surgem, então, dois tipos de atrito:
a) Atrito Externo: resistência ao deslizamento do fluido
ao longo de superfícies sólidas;

b) Atrito Interno ou viscosidade: resistência ao


deslocamento mútuo das partículas do fluido.
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Mecânica dos Fluidos
Escoamento de um Fluido em um Tubo

Durante o escoamento de um fluido observam-se um relativo movimento


ente suas partículas, resultando um atrito entre as mesmas. Viscosidade ou
Atrito Interno é a propriedade que determina o grau de resistência do fluido
à força cisalhante, ou seja, resistir à deformação.

Sejam duas placas largas e


paralelas separadas por
uma película de um fluido
com espessura y.

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Mecânica dos Fluidos
Escoamento de um Fluido em um Tubo

Onde: F é a força tangencial;


A é a área; y é a espessura
do fluido; ΔV é a velocidade
e.
μ é o coeficiente de
Viscosidade Dinâmica ou
absoluta, característica de
cada fluido.
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Mecânica dos Fluidos
Viscosidade Dinâmica e Viscosidade Cinemática

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Mecânica dos Fluidos
Medida de Viscosidade

Cilindros Concêntricos de Michael


Medida da viscosidade absoluta ou
dinâmica. Para os líquidos, quanto
mais elevada for a temperatura,
menor será a viscosidade e para os
gases, temperaturas elevadas
fornecem maiores valores para a
viscosidade.

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Mecânica dos Fluidos
Medida de Viscosidade

Viscosímetro de Saybott: mede a


Viscosidade Cinematica.

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Mecânica dos Fluidos
Medida de Viscosidade

Viscosímetro de Saybott: mede a


Viscosidade Cinematica.

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Mecânica dos Fluidos
Exercícios de Aplicação

Exercício 1

Um corpo pesa 1.000 lbf quando submetido à gravidade padrão da Terra, cujo valor
é g = 32,174 ft/s2.
(a) Calcule a sua massa em kg?
(b) Qual será o peso desse corpo em N se ele estiver submetido à gravidade da
Lua, em que glua = 1,62 m/s2?
(c) Calcule a aceleração do corpo se uma força de 400 lbf for aplicada a ele na Lua
ou na Terra?

Solução: (a) Lei de Newton m = 454 kg ; (b) F=735 N ; (c) a = 3,92 m/s2

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Mecânica dos Fluidos
Exercícios de Aplicação

Exercício 2

A Equação de Bemoulli, relação teórica, útil para calcular a relação entre pressão,
velocidade e altitude em um escoamento permanente de um fluido considerado não
viscoso e incompressível com Tansferência de Calor e Tabalho Mecânico
despreziveis, recebeu esse nome em homenagem a Daniel Bernoulli:

(a) Mosue que a Equação satisfaz o principio de homogeneidade dimensional, que afirma
que todos os termos aditivos em urna equação física devem ter as mesmas dimensões.

(b) Mostre que resultam unidades consistentes, sem fatores de conversão adicionais, em
unidades do SI. 54
Mecânica dos Fluidos
Exercícios de Aplicação

Exercício 3
Determinar o tipo de escoamento para as seguintes situações:

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Mecânica dos Fluidos
Exercícios de Aplicação

(a) Mosue que a Equação satisfaz o principio de homogeneidade dimensional, que afirma
que todos os termos aditivos em urna equação física devem ter as mesmas dimensões.

(b) Mostre que resultam unidades consistentes, sem fatores de conversão adicionais, em
unidades do SI. 56
Capítulo 2
Estática dos Fluidos
A Estática dos Fluidos estuda o comportamento de um fluido em
uma condição de equilíbrio estático.

Expansão de Função e Série de Taylor:

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Equação Fundamental da Estática dos Fluidos

Equilíbrio de forças de pressão em um Elemento Fluido.

Lei de Pascal

Isotropia de pressões num ponto fluido 58


Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Equação Fundamental da Estática dos Fluidos (Lei de Stevin)

Pressão
constante
no plano
horizontal

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Equação Fundamental da Estática dos Fluidos (Lei de Stevin)
Em função de Δz (altitude)

Em função de Δh (profundidade)

“A cada altura em um fluido em repouso,


corresponde um valor de pressão.” 60
Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Equação Fundamental da Estática dos Fluidos

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Pressão Manometrica: Pman e Pressão Absoluta: Pabs

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Manometrica:
Tubo em U
Piezômetros

Manômetros diferenciais

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Manometrica:
O Elemento Elástico ao
Manômetros industriais receber a pressão a ser
medida, faz com que este se
desloque, acionando um
mecanismo com um ponteiro
para indicação da pressão a
ser medida.

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Manometrica:
Utilizado para monitoramento do vácuo gerado
Vacuômetros durante o funcionamento de sistemas.

Permite efetuar ensaios para verificar o estado


de funcionamento de válvulas, carburador e
ignição.

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Sistemas Hidráulico

Elevador hidráulico Prensa hidráulico

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Cavitação de Hélice de Propulsão

Quando a pressão local cai abaixo da pressão de vapor do líquido


(pressão parcial das moléculas gasosas expelidas naquela temperatura),
ocorre sua vaporização, causando o aparecimento de bolhas de gás ou
cavidades. A cavitação é acompanhada de : erosão, corrosão, perdas de
eficiência e vibração.

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Força Hidrostática sobre uma superfície plana submersa

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Força Hidrostática sobre uma superfície plana submersa

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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Força Hidrostática sobre uma superfície plana submersa

Pressão absoluta no líquido no centróide da área A


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Capítulo 2
Estática dos Fluidos
Força Hidrostática sobre uma superfície plana submersa

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Capítulo 2 - Exercícios
Exercício 1: No manômetro diferencial mostrado na figura, o fluido A é água, B é óleo e
o fluido manométrico é mercúrio. Sendo h1 = 25cm, h2 = 100cm, h3 = 80cm e h4 =
10cm, determine qual é a diferença de pressão entre os pontos A e B.
Dados: γágua = 10000 N/m³, γHg = 136000N/m³, γóleo = 8000N/m³.

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Capítulo 2 - Exercícios
Exercício 2: O tubo A da figura contém tetracloreto de carbono com peso específico
relativo de 1,6 e o tanque B contém uma solução salina com peso específico relativo da
1,15. Determine a pressão do ar no tanque B sabendo-se que a pressão no tubo A é
igual a 1,72bar.

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Capítulo 2 - Exercícios
Exercício 3: O manômetro em U mostrado na figura contém óleo, mercúrio e água.
Utilizando os valores indicados, determine a diferença de pressões entre os pontos A e
B. Dados: γh20 = 10000N/m³, γHg = 136000N/m³, γóleo = 8000N/m³.

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Capítulo 2 - Exercícios
Exercício 4: A pressão da água numa torneira fechada (A) é de 0,28 kgf/cm2.
Se a diferença de nível entre (A) e o fundo da caixa é de 2m,
Calcular: a) a altura da água (H) na caixa.
b) a pressão no ponto (B), situado 3m abaixo de (A).

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Capítulo 2 - Exercícios
Exercício 5: Um manômetro diferencial de mercúrio (massa específica 13600kg/m3) é
utilizado como indicador do nível de uma caixa d'água, conforme ilustra a figura abaixo.
Qual o nível da água na caixa (hl) sabendo-se que h2 = 15m e h3 = 1,3m.

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Capítulo 2 - Exercícios
Exercício 6: Qual o peso específico do líquido (B) do esquema abaixo:

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Capítulo 2 - Exercícios
Exercício 7: Na figura abaixo, o tubo A contém óleo (γr = 0,80) e o tubo B, água.
Calcular as pressões em A e em B.

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Capítulo 2 - Exercícios
Exercício 8: A figura abaixo apresenta esquematicamente um manômetro diferencial.
Pede-se a diferença de pressões entre os pontos A e B em Pascal, conhecendo-se os
seguintes dados de peso específico relativo e alturas:
Peso específico relativo: γr l = γr 5 = 1; γr 2 = 13,6; γr 3 = 0,8; γr 4 = 1,2.
Alturas: z1 = 1,0 m; z2 = 2,0 m; z3 = 2,5 m; z4 = 5,0 m; z5 = 6,0 m.

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Capítulo 2 - Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z

Equação de estado de um gás perfeito

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Capítulo 2 - Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z

Equação de estado de um gás perfeito

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Capítulo 2 - Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z

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Capítulo 2 - Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z

Estudo da variação da aceleração da gravidade com a altitude

Somigliana e Silva em 1930 em Stolcomo

gφ é a aceleração da gravidade em função da latitude (φ) ao nível do mar;


978,049 é o valor de referência da aceleração da gravidade em cm/ s2

Variação da intensidade do campo da gravidade em relação a


altitude
g é igual a 9,81 m / s2 e
considerada constante. 83
Capítulo 2 - Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z
Variação da temperatura (T) em função da altitude

1ª zona
2ª zona 0 ≤ z ≤10688 m
10688 m ≤ z ≤ 2km

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Capítulo 2 - Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z
Variação da temperatura (T) em função da altitude

1ª Zona: A temperatura varia linearmente com z:


T = Tref + k . (z - zref )

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Capítulo 2 - Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z
Variação da temperatura (T) em função da altitude

1ª Zona: A temperatura varia linearmente com z:


T = Tref + k . (z - zref )
0 ≤ z ≤10688 m

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Capítulo 2 - Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z
Variação da temperatura (T) em função da altitude

1ª Zona: A temperatura varia linearmente com z:


T = Tref + k . (z - zref )
0 ≤ z ≤10688 m

Pressão Atmosférica
em Atm

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Capítulo 2 - Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z
Variação da temperatura (T) em função da altitude

2ª Zona: A temperatura é constante:

10688 ≤ z ≤ 20000 m

88
Capítulo 2 Aerostática
Variação da Pressão atmosférica em função da Altitude z

Ex1. Calcule a pressão atmosférica média, a temperatura absoluta média e a


massa específica média para o ar a uma altitude de 10668 m em relação ao
nível do mar.

Ex2. Calcule a pressão atmosférica média, a temperatura absoluta média e a


massa específica média para o ar a uma altitude de 15 km.

Ex3. Calcule a pressão atmosférica média, a temperatura absoluta média e a


massa específica média para o ar a uma altitude de 10 km.

Ex4. Calcule a pressão atmosférica média, a temperatura absoluta média e a


massa específica média para o ar a uma altitude de 8 km.
Compare o valor obtido usando a equação de Steven. 89
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática

Princípio de Arquimedes Esta força denominada empuxo


será tanto maior quanto mais
“Um corpo total ou parcialmente denso for o líquido e sua origem
imerso em um fluido em equilíbrio está relacionada com o fato da
recebe uma força vertical para pressão no líquido aumentar com a
cima denominada empuxo, de profundidade (Princípio de Stevin).
intensidade igual, mas de sentido
contrário ao peso da porção
deslocada de fluido e aplicada no
ponto onde estava localizado o
centro de massa desta porção de
fluido.”
90
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
Força hidrostática

Quando uma superfície está


submersa em uma massa fluida,
forças oriundas do fluido agem
sobre esta superfície, mesmo que
elas estejam em repouso.
Se considerarmos como referencia
uma superfície plana do fundo de
um reservatório, a forca que atua
sobre essa superfície dependera
da pressão sobre a superfície e da
sua área, ou seja:
91
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática

EMPUXO Exercido por um Líquido sobre Superfície Plana Imersa

“O EMPUXO exercido por um líquido sobre uma superfície plana imersa


é uma FORÇA PERPENDICULAR à superfície e é igual ao produto da
área pela pressão relativa ao centro de gravidade CG.”

92
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
EMPUXO Exercido por um Líquido sobre Superfície Plana Imersa

A superfície irregular de área A, localizada em um plano inclinado que faz ângulo θ


com a superfície livre do fluido de densidade ρ.
O Centro de massa da superfície ou CENTROIDE (se for homogênea), está
localizado a uma profundidade hc. O elemento de área dA é localizado a uma
profundidade h, abaixo da superfície livre do líquido

93
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática

EMPUXO Exercido por um Líquido sobre Superfície Plana Imersa

A força dF sobre este elemento é dada por:

A distância y é medida a partir da intersecção O do plano com a superfície livre do


líquido.
A força total F é obtida por integração sobre toda a superfície:

A integral é o momento da área em relação à linha O-O’.


Esta integral equivale ao produto: com 94
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
EMPUXO Exercido por um Líquido sobre Superfície Plana Imersa

A FORÇA RESULTANTE sobre um lado de uma superfície submersa plana:

95
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
CENTRO DE PRESSÃO – CP
A direção da força de EMPUXO é normal ao plano da superfície (em hidrostática
não existe força de cisalhamento).
A posição do yCP do ponto de aplicação do EMPUXO é denominado CENTRO DE
PRESSÃO.

O MOMENTO DA RESULTANTE EM RELAÇÃO AO PONTO O DEVE SER IGUAL À


SOMA DOS MOMENTOS DAS FORÇAS ELEMENTARES dF.

Sendo MF o MOMENTO (TORQUE) total da força F em relação ao eixo O-O’.

Sendo I o momento de inércia em relação ao eixo O


96
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
CENTRO DE PRESSÃO – CP

Neste caso, o CENTRO DE MASSA e o centro de pressão coincidem.


Aplicando o Teorema dos EIXOS PARALELOS para este momento de inércia:

Sendo Ic o MOMENTO DE INÉRCIA em relação ao eixo que passa pelo CG.

Combinando as equações obtemos:

Ou ainda, a posição do Centro de pressão :

97
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
MOMENTOS DE INÉRCIA PARA ALGUMAS FIGURAS GEOMÉTRICAS

98
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
FORÇAS EXERCIDAS SOBRE SUPERFÍCIES CURVAS SUBMERSAS

Quando o esforço hidrostático atua


sobre uma superfície curva, a força é
obtida por meio de suas
componentes.

A componente horizontal é obtida


como se estivesse agindo sobre uma
projeção da placa.

A força é obtida pela soma vetorial


dessas componentes.

99
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORIZONTAL DA FORÇA F:

Considere a componente horizontal


sobre uma superfície curva, um
ELEMENTO DE ÁREA dA , na
superfície curva submersa, localizado
a uma distância vertical h da
superfície livre.

A força elementar dF sobre esse


elemento vale dF = pdA e é
perpendicular à superfície curva.

A componente horizontal de dF é:
100
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE HORIZONTAL DA FORÇA F:

Sendo a projeção da área dA em um


plano perpendicular à direção horizontal
igual a dA cosθ e, em um plano vertical,
p dA cosθ é a força elementar exercida
sobre a área.

Integrando sobre toda a área


projetada, obtendo:

101
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
DETERMINAÇÃO DA COMPONENTE VERTICAL DA FORÇA F:

Seja dF = pdA = ϒhdA a força


elementar sobre o elemento de área dA
da superfície curva esquematizada.

A componente vertical de dF vale:

102
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
VARIAÇÃO DA PRESSÃO DO FLUIDO COM A PROFUNDIDADE

103
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
EQUILÍBRIO DOS CORPOS FLUTUANTES

PRINCÍPIO DE PASCAL

Seja um corpo
imerso no interior
de líquido.
104
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
Exercício
A profundidade (h) da represa é 10m. O ângulo (𝜃)
da comporta com o chão é de 45°. O comprimento
da comporta (L) é 14,142m. A largura da represa
(w) é de 8m. Qual é a força (Fr) na comporta?

105
Capítulo 2 Estática dos Fluidos
Elementos de Hidrostática
Exercício

PONTO DE AÇÃO DA FORÇA ?

106
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos

É a parte da MECÂNICA DOS FLUIDOS que estuda o


movimento e a vazão de uma MASSA FLUIDA entre
delimitadas superfícies sob a ação da gravidade e/ou
pressões externas. O movimento dos fluidos é um
fenômeno conhecido como ESCOAMENTO que pode ser
definido como o processo de movimentação de suas
PARTÍCULAS FLUIDAS, umas em relação às outras e aos
limites impostos ao escoamento. Os ESCOAMENTOS são
descritos por parâmetros físicos e o comportamento
destes ao longo do tempo e do espaço permite separar
os escoamentos em classes o que facilita o seu
entendimento e a descrição do fenômeno em termos
matemáticos (EQUAÇÕES ALGEBRICAS OU
DIFERENCIAIS).
107
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos

DESCARGA, VAZÃO E FLUXO

DESCARGA DE MASSA
É definida como a quantidade de massa que atravessa a
superfície de controle na unidade de tempo.

VAZÃO Q
É definida como a relação entre o volume de fluido que
atravessa uma superfície e o tempo gasto para atravessá-
la.

108
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos

CAMPO DE VELOCIDADES

Em um Escoamento Fluido cada partícula fluida tem ou


pode ter velocidades diferentes.

A velocidade é uma grandeza vetorial, logo tem módulo


ou magnitude, direção e sentido. Sua representação se
dá por três componentes, uma para cada eixo
coordenado.

Pode-se representar a velocidade em um ponto (ou em


uma partícula do fluido) da forma seguinte:

109
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos

LINHAS E TUBOS DE CORRENTE

LINHAS DE CORRENTE são as linhas que se mantêm


tangentes, a cada instante t, em todos os pontos, às
velocidades V das partículas e gozam da propriedade de
não serem atravessadas por partículas do fluido.

As linhas de corrente não podem cortar-se:


Admitindo o campo de velocidade V contínuo, pode-se
considerar um TUBO DE CORRENTE (figura imaginária)
como um conjunto constituído de linhas de corrente. Os
TUBOS DE CORRENTE gozam da propriedade de não serem
atravessados por partículas de fluido (as suas paredes
podem ser consideradas impermeáveis).
110
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos

LINHAS E TUBOS DE CORRENTE

LINHA DE CORRENTE

TUBO DE CORRENTE
111
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos

CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS OU ESCOAMENTOS

REGIME LAMINAR, DE TRANSIÇÃO E TURBULENTO


O regime de ESCOAMENTO, seja ele laminar ou turbulento,
depende das propriedades de cada escoamento em
particular.
Por exemplo: para escoamentos em condutos cilíndricos circulares,
Reynolds determinou um valor que associa as grandezas diâmetro D,
velocidade V e viscosidade cinemática ν para o qual o fluido passa do
escoamento LAMINAR para o TURBULENTO.
Este valor é um parâmetro conhecido como NÚMERO DE REYNOLDS

112
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos

REGIME LAMINAR, DE TRANSIÇÃO E TURBULENTO


NÚMERO DE REYNOLDS

Para Rey < 2000 : Escoamento em Regime Laminar


Para 2000< Rey < 4000 : Escoamento em Regime de Transição
Para Rey > 4000 : Escoamento em Regime Turbulento

O diâmetro é considerado como dimensão característica com unidade de


comprimento, do escoamento em dutos, porém, outros tipos de
escoamento podem ter outras dimensões características.
por exemplo, o escoamento
sobre placas planas e, nesse caso,
o parâmetro usado será o comprimento e
assim o número de Reynolds para a ser indicado como: 113
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos

REGIME PERMANENTE E NÃO PERMANENTE

Um CAMPO de VELOCIDADE é dependente do ESPAÇO e do TEMPO, e os


escoamentos representados por um campo de velocidades apresentam
também um comportamento espaço-temporal.

De acordo com a dependência temporal, os escoamentos podem ser


PERMANENTES (Estacionários) ou NÃO PERMANENTES (Não
Estacionários ou Transientes).

ESCOAMENTO ESTACIONÁRIO OU PERMANENTE:

As características do fluido (densidade, velocidade, pressão) para todos


os pontos dele não variam com o tempo, ou seja, são constantes no
tempo. No movimento permanente, a vazão é constante.

114
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos

REGIME PERMANENTE E NÃO PERMANENTE

ESCOAMENTO NÃO-PERMANENTE:
É um escoamento representado por um campo de velocidades
dependentes da variável tempo.

ESCOAMENTO PERIÓDICO:
É um escoamento não-permanente que segue uma variação periódica
contínua em função do tempo. É o caso dos escoamentos dentro de
Turbo-máquinas como: Turbinas, Compressores e Bombas Hidráulicas,
etc..

ESCOAMENTO ALEATÓRIO:
É um escoamento não-permanente que ocorre com uma variação
aleatória da velocidade em relação ao tempo. Ex: Movimentos
Atmosféricos, Transporte de Poluente no Ar. 115
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
Utiliza-se o Conceito de VELOCIDADE MÉDIA expresso por:

PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE MASSA

A EQUAÇÃO da CONTINUIDADE
(ou de Conservação de Massa)
é estabelecida quando se considera
que o ESCOAMENTO atravessa um
determinado Volume de Controle,
ou seja, o ESCOAMENTO entra no VC
por uma área de entrada AE e sai
por uma área de saída AS. 116
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE MASSA

Integração
do Volume
de Controle

117
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE MASSA

Para Escoamento INCOMPRESSÍVEL (densidade constante), ρ1 = ρ2 = ...


118
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE MASSA

Exercício: Um tubo despeja água em um reservatório com uma vazão de


20 l/s e um outro tubo despeja um líquido de massa específica igual a
800kg/m³ com uma vazão de 10 l/s.
A mistura formada é descarregada por um tubo da área igual a 30cm².
Determinar a massa específica da mistura no tubo de descarga e calcule
também qual é a velocidade de saída.

119
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
EQUAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

O Princípio da Conservação de Energia é a aplicação da 1ª Lei da


Termodinâmica a um sistema, e sua utilização por meio de um Volume
de Controle - VC.
Taxa de variação
da Energia do
Sistema (Watt)
Taxa de Calor (Watt)
trocado entre o Taxa de Trabalho
sistema e o meio, (Potencia em Watt)
sendo positivo trocado entre o
quando introduzido sistema e o meio,
no sistema sendo positivo quando
retirado do Sistema
120
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
EQUAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
ES: a Energia total do Sistema dada por.

energia interna
específica
Para volumes de controle relacionada à
temperatura

Aplicação do Teorema
de Divergência 121
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
EQUAÇÃO DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

122
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
EQUAÇÃO DE BERNOULLI

A aplicação da EQUAÇÃO DE ENERGIA a um escoamento em regime


permanente e sua integração sobre uma linha de corrente fornece a
EQUAÇÃO DE BERNOULLI, que possui larga aplicação em Mecânica dos
Fluídos e Hidráulica.
Para deduzir esta equação, deve-se considerar um volume de controle sob
a hipótese de propriedades uniformes nas seções de entrada e saída.

123
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
EQUAÇÃO DE BERNOULLI

HIPÓTESES SIMPLIFICADORAS EM RELAÇÃO AO ESCOAMENTO:

124
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
EQUAÇÃO DE BERNOULLI

HIPÓTESES SIMPLIFICADORAS EM RELAÇÃO AO ESCOAMENTO:

A lei da CONSERVAÇÃO DE MASSA implica em:

Cancelando-se os termos envolvendo a vazão mássica e a energia interna:

ENERGIAS POR UNIDADE DE MASSA CARGAS CARGAS 125


Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
ESCOAMENTO DE UM LÍQUIDO EM UM TUBO
EQUAÇÃO DE BERNOULLI

Todos os termos da equação possuem dimensão de comprimento e estas


grandezas são denominadas cargas:

126
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
EQUAÇÃO DE BERNOULLI

Exercício.
Água escoa em regime permanente através do TUBO DE VENTURI
mostrado. Considere no trecho mostrado que as perdas são desprezíveis.
A área da seção (1) é 20cm² e a da seção (2) é 10cm².
Um manômetro de mercúrio é instalado entre as seções (1) e (2) e indica o
desnível mostrado.
Determine a vazão de água que escoa pelo tubo.

127
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
EQUAÇÃO DE BERNOULLI

Solução:

128
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
EQUAÇÃO DE BERNOULLI
Exercício.
Uma mangueira de jardim de 10 m
de comprimento e diâmetro
interno de 20 mm é usada para
drenar uma piscina. Se os efeitos
da viscosidade forem
desconsiderados, QUAL A VAZÃO
DE DRENAGEM?

Solução:
Consideramos: o Escoamento não viscoso, em regime permanente.
Consideramos a Piscina muito grande (V1 << V2)
Com essas hipóteses é possível aplicar a equação de Bernoulli nos pontos 1 e 2:

P2 e P1 são iguais a Patm, pois estão diretamente no ar e V1 pode ser aproximada


á zero, já que a piscina é grande e a velocidade de vazão é pequena.
129
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
EQUAÇÃO DE BERNOULLI
Exercício.
Uma mangueira de jardim de 10 m
de comprimento e diâmetro
interno de 20 mm é usada para
drenar uma piscina. Se os efeitos
da viscosidade forem
desconsiderados, QUAL A VAZÃO
DE DRENAGEM?

Solução:
Consideramos: o Escoamento não viscoso, em regime permanente.
Consideramos a Piscina muito grande (V1 << V2)
Com essas hipóteses é possível aplicar a equação de Bernoulli nos pontos 1 e 2:

P2 e P1 são iguais a Patm, pois estão diretamente no ar e V1 pode ser aproximada


á zero, já que a piscina é grande e a velocidade de vazão é pequena.
130
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
PERDA DE CARGA
CONDUTOS HIDRÁULICOS são classificados de acordo com a
pressão de funcionamento:

CONDUTOS LIVRES: cursos d’água, redes de esgoto, calhas, canais

CONDUTOS FORÇADOS (Pressão interna diferente da pressão


atmosférica): redes de água, instalações prediais, tubulações de
sucção e recalque de bombas.

PERDA DE CARGA: é a energia dissipada em forma de calor devido ao atrito e à


viscosidade em uma canalização.

PERDA DE CARGA CONTÍNUA OU DISTRIBUÍDA: ocorre ao longo da canalização.

PERDA DE CARGA LOCALIZADA: ocorre em pontos localizados na tubulação


(curvas, registros, reduções, ampliações, derivações, etc.).
131
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
PERDA DE CARGA
PERDA DE CARGA CONTÍNUA OU DISTRIBUÍDA: ocorre ao longo da canalização e
podem ser desprezadas nas tubulações longas cujo comprimento exceda cerca de
4000 vezes o diâmetro da tubulação, como nas linhas adutoras e redes de
distribuição de água.

Em CANALIZAÇÕES CURTAS ou com grande número de peças é importante


considerar as perdas localizadas, como nas instalações prediais, industriais,
tubulações de sucção e recalque de bombas.

A primeira fórmula foi Criada por Darcy e considera a natureza e os estado de


conservação das paredes do tubo.

Os estudos foram de DARCY resultam numa Equação Geral (semi-empírica) :

132
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
NATUREZA DA RUGOSIDADE ABSOLUTA (ε)
ε depende principalmente: do Material empregado na Fabricação; do Processo de Fabricação;
do Comprimento dos Tubos; do Número de Juntas; do Tipos de Ligação; do Estado de
Conservação das Paredes e dos Revestimentos Especiais.

133
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
NATUREZA DA RUGOSIDADE ABSOLUTA (ε)
Quando para um determinado tipo de material tem-se um limite inferior
e um superior, utiliza-se um valor médio para cálculo, obviamente,
quando não se estipula previamente qual desses limites deverá ser usado.
EX: aço laminado novo

134
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
FÓRMULA UNIVERSAL OU DE DARCY-WEISBACH

135
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
FÓRMULA UNIVERSAL OU DE DARCY-WEISBACH

136
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
FÓRMULA UNIVERSAL OU DE DARCY-WEISBACH

137
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
VALORES DO FATOR DE ATRITO f

EQUAÇÃO DE HAZEN-WILLIANS

138
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
PERDA DE CARGA LOCALIZADA

As perdas localizadas em acessórios podem ser expressas


pela equação:
Onde: k – valor experimental para cada peça ou acessório;

139
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
PERDA DE CARGA LOCALIZADA
PERDA DE CARGA NA ENTRADA DE UMA CANALIZAÇÃO (SAÍDA DO RESERVATÓRIO):

VALORES DE K PARA SAÍDA DA CANALIZAÇÃO

140
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
PERDA DE CARGA LOCALIZADA
PERDA DE CARGA ALARGAMENTOS E ESTREITAMENTOS):

PARA ALARGAMENTOS BRUSCOS:

A perda de carga, nestes casos, ocorre pela desaceleração do fluido no trecho curto entre as
seções 1 e 2, com áreas A1 e A2, respectivamente.

141
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
PERDA DE CARGA LOCALIZADA
PARA ESTREITAMENTOS BRUSCOS

142
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
PERDA DE CARGA LOCALIZADA
MÉTODO DOS COMPRIMENTOS EQUIVALENTES OU VIRTUAIS

Por conveniência de cálculo, as singularidades existentes nas tubulações são


muitas vezes expressas em termos de comprimentos equivalentes de condutos
retilíneos, os quais provocam a mesma perda de carga que aquela gerada pelo
acessório, quando a vazão em ambos é a mesma.

143
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
PERDA DE CARGA LOCALIZADA
MÉTODO DOS COMPRIMENTOS EQUIVALENTES OU VIRTUAIS

144
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
EQUAÇÃO DA ENERGIA NA PRESENÇA DE UMA MÁQUINA

A máquina (bomba ou turbina) em uma instalação hidráulica é definida como


qualquer dispositivo que quando introduzido no escoamento forneça ou
retire energia do escoamento, na forma de trabalho.

(sem perda de carga)

Se a MÁQUINA for uma BOMBA, ela fornece energia ao escoamento.


A potência de uma bomba NB é calculada pela equação apresentada a seguir.

HB é a carga manométrica da bomba.

ηB é o rendimento da bomba. 145


Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
EQUAÇÃO DA ENERGIA NA PRESENÇA DE UMA MÁQUINA

Se a MÁQUINA for uma TURBINA, ela retira energia do escoamento. NT é calculada


pela equação apresentada a seguir.
HT é a carga manométrica da bomba.

ηT é o rendimento da turbina.

Exercício1: O reservatório mostrado possui nível constante e fornece água com uma
vazão de 10 litros/s para o tanque B. Verificar se a máquina é uma bomba ou uma
turbina e calcule sua potência sabendo-se que η = 75%.
Dados: γH2O = 10000N/m³, Atubos = 10cm², g = 10m/s².

146
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
INSTALAÇÃO DE RECALQUE
Toda a instalação hidráulica
que transporta o fluido de
uma cota inferior para uma
cota superior e onde o
escoamento é viabilizado
pela presença de uma
BOMBA HIDRÁULICA, que é
um dispositivo projetado
para fornecer energia ao
fluido, que ao ser
considerada por unidade do
fluido é
denominada de carga
manométrica da bomba (HB).

Uma instalação de recalque é


dividida em: Tubulação de
SUCÇÃO (Tubulação antes da
bomba); Tubulação de
RECALQUE (Tubulação após a
147
bomba).
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
INSTALAÇÃO DE RECALQUE
Exercício 1 Deseja-se elevar água do reservatório A para o reservatório B. Sabe-se que a vazão
é igual a 4 litros/s, determine:
a) A velocidade da água na tubulação de sucção.
b) A velocidade da água na tubulação de recalque.
c) A potência da bomba.
d) O tempo necessário para se encher o reservatório B.
Dados: γH2O = 10000N/m³, g = 10m/s², Dsuc = 10cm, Drec = 5cm, VB = 10m³, ηB = 70%.

148
Capítulo 3 Cinemática dos Fluidos
INSTALAÇÃO DE RECALQUE
Exercício 3 1) Uma mistura de dois líquidos é bombeada para um tanque de 30m³ de um
caminhão, determine:
a) A massa específica da mistura dos dois líquidos.
b) A velocidade do escoamento no ponto (3).
c) A velocidade do escoamento na tubulação de recalque.
d) A potência da bomba.
e) O tempo necessário para encher o reservatório do caminhão.
Dados: ρ1 = 600kg/m³, ρ2 = 800kg/m³, Qv1 = 4 litros/s, Qv2 = 3 litros/s, γH2O = 10000N/m³,
g = 10m/s², D3 = 10cm, Drec = 5cm, ηB = 80%, P3 = -0,2bar.
Respostas (sem Perda de Carga)

149

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