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MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS
2023
TIPO: NORMA
FINALIDADE: NORMATIVA
NORMAM-201/DPC
CAPÍTULO 7 BORDA-LIVRE E ESTABILIDADE INTACTA
7.1 PROPÓSITO
Estabelecer regras e instruções específicas para a determinação da borda livre e
compartimentagem das embarcações nacionais empregadas na Navegação de Mar Aberto,
estabelecendo também os critérios e procedimentos para verificação da estabilidade intacta.
SEÇÃO I
DEFINIÇÕES E REQUISITOS TÉCNICOS
7.2 APLICAÇÃO
7.2.1 Borda Livre:
a) As Regras constantes na presente Norma, relativas à atribuição da Borda Livre, se
aplicam às seguintes embarcações:
I) aquelas que solicitem a emissão do Certificado Nacional ou Internacional de
Borda Livre em ou após 04/02/1997;
II) aquelas construídas antes de 04/02/1997, por solicitação do proprietário ou
armador; e;
III) aquelas já construídas e que tenham sido objeto de modificações de vulto, as
quais exijam a reavaliação da borda livre, em ou após 04/05/1997.
b) A renovação de Certificados de Borda Livre de embarcações existentes, cuja Borda Livre
tenha sido atribuída de acordo com instruções que não estejam mais em vigor, deverá atender aos
procedimentos estabelecidos no Anexo 7-H.
7.2.2 Estabilidade - As Regras constantes na presente Norma, relativas à verificação da
estabilidade intacta, são aplicáveis a todas as embarcações empregadas na Navegação de Mar
Aberto construídas após 09/06/98.
7.2.3 Compartimentagem:
a) As Regras constantes na presente Norma relativas à compartimentagem são aplicáveis
a todas as Embarcações de Passageiros com arqueação bruta superior a 50 que sejam construídas
após 09/06/98.
Para as embarcações de casco metálico ou de material sintético as regras constantes na
presente norma relativas a compartimentagem se aplicam, além do parágrafo anterior, às
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embarcações de transporte de passageiros com AB superior a 20 e igual ou inferior a 50, que
venham a ser inscritas, alteradas ou reclassificadas para transporte de passageiros, após 31 de
dezembro de 2020.
b) As Embarcações de Passageiros com arqueação bruta maior que 50, que tenham sido
construídas em data anterior a 09/06/98, deverão atender a esses requisitos na primeira Vistoria
de Renovação que tenham que realizar após 04 de fevereiro de 1999.
c) As embarcações com arqueação bruta superior a 20 e que sejam reclassificadas para
operar como Embarcações de Passageiros deverão atender às Regras constantes na presente
Norma relativas à compartimentagem.
d) As Embarcações de Passageiros que sofrerem alterações de vulto, a critério da
Diretoria de Portos e Costas (DPC), deverão também atender às Regras constantes na presente
Norma relativas à compartimentagem
Nota: As embarcações existentes que se enquadrem nas condições estabelecidas no artigo
7.3, alínea c) deverão atender aos requisitos estabelecidos nos artigos de 7.7 a 7.10 até a primeira
vistoria de renovação de CSN que ocorrer depois de 31/12/2016.
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vistorias iniciais, anuais, intermediárias e de renovação, sendo eventuais deficiências lançadas
como pendências ao endosso ou renovação do CSN.
7.4 DEFINIÇÕES
Exceto onde expressamente indicado em contrário, as definições constantes na Regra 3 da
Convenção Internacional de Linhas de Carga (1966) são válidas para a aplicação do presente
Capítulo. Adicionalmente são consideradas as seguintes definições:
a) Comprimento Total - é a distância horizontal medida entre os pontos extremos de proa
e popa, sendo que, no caso de veleiros, não se deve considerar o mastro de proa.
b) Estanque ao Tempo (“Weathertight”) - é considerado qualquer acessório ou
componente estrutural que apresente um desempenho satisfatório de forma a impedir a
passagem de água quando submetido a um ensaio de acordo com o procedimento descrito no
artigo 7.5, alínea a).
c) Estanque à Água (“Watertight”) - é considerado qualquer acessório ou componente
estrutural que apresente um desempenho satisfatório de forma a impedir a passagem de água
quando submetido a um ensaio de acordo com o procedimento descrito no artigo 7.5, alínea b).
d) Passageiro - é toda pessoa que não seja o Comandante e os membros da tripulação ou
outras pessoas empregadas ou ocupadas, sob qualquer forma, a bordo da embarcação, em
serviços que lhe digam respeito ou uma criança com menos de um ano de idade.
e) Embarcação de Passageiros - para efeito deste capítulo, é toda embarcação que
transporte mais de doze passageiros.
f) Rebocador e/ou Empurrador - é toda embarcação projetada ou adaptada para efetuar
operações de reboque e/ou empurra.
g) Embarcação de Carga - é toda embarcação que não se enquadre na definição constante
na alínea e) acima.
h) Embarcação de Pesca - é toda embarcação de carga empregada na captura de recursos
vivos do mar e das águas interiores.
i) Barcaça - é qualquer embarcação de carga que possui, geralmente, as seguintes
características:
I) não é tripulada;
II) não possui sistema de propulsão próprio;
III) relação entre a boca e o calado superior a 6,0; e
IV) relação entre a boca e o pontal superior a 3,0.
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j) Embarcações “SOLAS”
São todas as embarcações mercantes empregadas em viagens marítimas internacionais
ou empregadas no tráfego marítimo mercantil entre portos brasileiros, ilhas oceânicas, terminais e
plataformas marítimas, com exceção de:
I) navios de carga com arqueação bruta inferior a 500;
II) navios de passageiros com arqueação bruta inferior a 500 (não aplicável para
navios que efetuam viagens internacionais);
III) navios com comprimento de regra inferior a 24 metros;
IV) navios sem meios de propulsão mecânica;
V) navios de madeira, de construção primitiva; e;
VI) navios de pesca.
k) Embarcações “Não SOLAS”
São todas aquelas que não se enquadram na definição de “Embarcação SOLAS”
apresentada na alínea anterior.
l) Ângulo de Alagamento
É o ângulo de inclinação transversal no qual submergem as aberturas no casco e/ou
superestruturas que não podem ser fechadas e/ou tornadas estanques ao tempo (“weathertight”).
As pequenas aberturas, através das quais não pode haver um alagamento progressivo, não
precisam ser consideradas abertas na determinação desse parâmetro.
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aberturas no costado apresentados no artigo 7.7, alínea c), sendo que a borda livre deverá ser
aumentada sempre que necessário para se garantir o seu atendimento.
e) Procedimento Alternativo - Para embarcação não SOLAS empregada na Navegação de
Mar Aberto, o cálculo da sua borda livre poderá ser efetuado em conformidade com as disposições
constantes na Convenção Internacional de Linhas de Carga (1966) em vigor, sempre que julgado
necessário ou conveniente. Nesse caso, deverão ser integralmente atendidas as demais
disposições daquela Convenção assim como as determinações constantes na Seção V deste
capítulo. Eventuais solicitações para isenção do requisito de altura mínima de proa estabelecido na
regra 39 da Convenção serão avaliadas caso a caso pela DPC.
SEÇÃO III
MARCAS DE BORDA LIVRE DE EMBARCAÇÕES “NÃO SOLAS”
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superior da Linha do Convés igual à borda livre atribuída. (Figura 7-2)
c) Marcação Para Pequenos Valores de Borda Livre - Sempre que a borda livre mínima for
inferior a 120 mm, somente deverá ser fixada a parte inferior do anel alinhada na horizontal de
maneira associada (Figura 7-4)
FIGURA 7-4: Marca de Linha de Carga para Borda Livre Inferior a 120 mm
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apresentada no artigo 7.10
350 mm 300 mm
25 mm
AD
300 mm
SEÇÃO IV
CERTIFICADO DE EMBARCAÇÕES “NÃO SOLAS”
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