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1001 - APLICAÇÃO
1002 – PROCEDIMENTOS
1003 - TIPOS DE VISTORIAS
1004 - PERIODICIDADE DAS VISTORIAS PREVISTAS NO CSN
1005 - EXECUÇÃO DAS VISTORIAS
1006 - INDENIZAÇÕES POR SERVIÇOS PRESTADOS
1007 - OBRIGATORIEDADE
1008 - PROCEDIMENTOS
1009 - VALIDADE DO CERTIFICADO
1010 - EXIGÊNCIAS10-8
1011 - PRORROGAÇÃO DO CERTIFICADO DE SEGURANÇA DA NAVEGAÇÃO
1012 - OBRIGATORIEDADE
1013 - ISENÇÃO
1014 - APRESENTAÇÃO E ARQUIVO
1015 - VALIDADE
1016 - DUPLA CLASSIFICAÇÃO
1017 - DEFINIÇÕES
1018 - APLICAÇÃO
1019 - SOLICITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO PARA A VISTORIA
1020 - ISENÇÃO DA VISTORIA DE CONDIÇÃO
1021 - REALIZAÇÃO DAS VISTORIAS
1022 - LOCAL DAS VISTORIAS
1023 - ESCOPO DAS VISTORIAS
1024 - AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA E PENDENCIAS DA VISTORIA
1025 - LIBERAÇÃO DO NAVIO PARA CARREGAMENTO
1026 RELATÓRIO DA VISTORIA DE CONDIÇÃO E OUTROS DOCUMENTOS
NECESSÁRIOS
1027 - RETIRADA DE DEFICIÊNCIAS
1028 - VALIDADE DA VISTORIA E CONTRÔLE DE NAVIOS
NORMAM-01/DPC/2005
CAPÍTULO 10
VISTORIA E CERTIFICAÇÃO
SEÇÃO I
VISTORIAS EM EMBARCAÇÕES
1001 – APLICAÇÃO
a) Para emissão do Certificado de Segurança da Navegação (CSN) - As em-
barcações sujeitas a estas Normas, exceto as embarcações “SOLAS” conforme definidas
no item 0301 desta Norma, que se enquadrem em qualquer das situações listadas a se-
guir estão sujeitas a vistorias iniciais, intermediárias, anuais e de renovação e deverão
portar um Certificado de Segurança da Navegação (CSN), desde que:
1) possuam arqueação bruta igual ou maior que 50;
2) transportem a granel, líquidos combustíveis, gases liqüefeitos inflamáveis,
substâncias químicas perigosas ou mercadorias de risco similar, com arqueação bruta
superior a 20;
3) efetuem serviço de transporte de passageiros ou passageiros e carga, com
arqueação bruta superior a 20; ou
4) sejam rebocadores ou empurradores, com arqueação bruta superior a 20.
b) Embarcações SOLAS e Plataformas
As embarcações SOLAS e as plataformas, conforme definido nos Capítulos 3 e
9, não necessitam portar um CSN.
c) Vistoria de Condição
Em aditamento àquelas previstas nos subitens a) ou b), todos os navios grane-
leiros e de transporte combinado (ore-oil ou ore-bulk-oil) de bandeira brasileira com idade
igual ou superior a 18 anos e empregados na Navegação de Mar Aberto, que demandem
porto nacional para carregamento de granéis sólidos de peso específico maior ou igual a
1,78 t/m3, deverão ser submetidos a Vistoria de Condição, em conformidade com o
estabelecido na Seção IV.
1002 – PROCEDIMENTOS
As vistorias executadas pela GEVI, CP, DL ou AG deverão observar os seguintes
procedimentos:
a) Solicitação de Vistorias
As vistorias serão solicitadas pelos interessados às CP, DL ou AG, encarregan-
do-se das despesas necessárias para a realização das mesmas.
b) Local
Com exceção dos testes onde seja necessária a navegação da embarcação,
as vistorias em embarcações deverão ser realizadas em portos ou em áreas abrigadas,
estando a mesma fundeada ou atracada.
c) Horários
Serão realizadas, a princípio, em dias úteis e em horário comercial. Por exce-
ção, em caso de força maior, poderão ser realizadas fora destes dias e horários.
d) Assistência aos Vistoriadores
O Comandante da embarcação, proprietário, agente marítimo ou pessoa res-
ponsável providenciará pessoal necessário para facilitar as tarefas, acionar equipamentos
e esclarecer consultas formuladas pelo vistoriador. Deverá, ainda, fornecer os instrumen-
tos, aparelhos, manuais, laudos periciais, protocolos e demais elementos previstos nestas
normas.
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e) Adiamento
Os vistoriadores poderão adiar a realização das vistorias quando qualquer das
seguintes circunstâncias ocorrer:
1) a embarcação ou instalação não estiver devidamente preparada para esta fi-
nalidade;
2) os acessos à embarcação ou instalação sejam inadequados, inseguros ou
necessitem do apropriado arranjo e limpeza; ou
3) quando for observada qualquer outra circunstância limitadora para a eficácia
da vistoria.
Em caso de adiamento, os gastos necessários para realização da nova vis-
toria ficarão a cargo do interessado.
f) Casos especiais
1) Embarcações que iniciaram processos de Licença de Construção, Alte-
ração, Reclassificação ou Regularização no período compreendido entre 09/06/1998
e 31/10/2001.
As embarcações acima, por força do disposto nas versões de 1998 e de
2000 destas Normas, que continham diferentes definições do que era considerado como
“Embarcação GEVI" bem como previa a emissão de um "Documento de Regularização",
foram objeto de um tratamento específico, conforme estabelecido na Orientação Técnica
020/2001 da DPC, cujo texto está no Anexo 3-N.
2) Embarcações sem propulsão, não destinadas ao transporte de passa-
geiros, com AB superior a 100 e igual ou inferior a 200 e flutuantes que operem com
12 pessoas ou menos a bordo e com AB superior a 100 e igual ou inferior a 200.
I) As embarcações acima que iniciaram processos de Licença de Constru-
ção, Alteração ou Reclassificação a partir de 31/10/2001, por força do disposto na Orien-
tação Técnica 020/2001 da DPC, passaram a ser enquadradas, para todos os efeitos, in-
clusive vistorias, como "Embarcação GEVI", devendo em conseqüência, apresentar a do-
cumentação completa prevista nos itens 0312, 0318 ou 0321 desta Norma, conforme o
caso.
II) As embarcações enquadradas neste item que tiveram seus processos de
Licença de Construção, Alteração, Reclassificação ou Regularização iniciadas no período
entre 09/06/1998 e 31/10/2001 não estão obrigadas a possuir os planos previstos nos i-
tens 0312, 0318 ou 0321, mas apenas Memorial Descritivo, Declaração do responsável
técnico e respectivo ART, conforme era exigido para essas mesmas embarcações nas
versões de 1998 e 2000 desta Norma e pelo disposto na Orientação Técnica 020/2001.
Entretanto, para efeitos de aplicação apenas do Capítulo 10, passaram a ser
consideradas como "Embarcações GEVI" a partir de 31/10/2001.
A partir da data de emissão desta Norma, as antigas Embarcações "GEVI",
tiveram o termo que as define substituído por Embarcações Certificadas classe 1, ou
"EC1". Todos os demais procedimentos devem ser mantidos.
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c) Para Realização de Prova de Mar
I) Embarcações não classificadas e não certificadas por Entidade Espe-
cializada – a vistoria será realizada pelas CP/DL/AG, quando deverá ser verificado se a
quantidade dos equipamentos salva-vidas coletivos e individuais é suficiente para todo o
pessoal que irá permanecer a bordo durante a prova. Além disso deverão ser verificados
todos os itens constantes da lista de verificação inicial que se refiram a sistemas de de-
tecção e combate à incêndio, sistemas de geração de energia (principal e de emergên-
cia), sistemas de governo (principal e de emergência), sistema de fundeio, luzes de nave-
gação e todos os equipamentos de navegação e comunicação necessários para a área
onde se realizará a prova. Após a realização da vistoria será emitido o documento intitula-
do “Relatório de Vistoria para Prova de Mar”, o qual deverá conter a identificação da em-
barcação, lista de exigências (se houver) a serem cumpridas obrigatoriamente antes da
prova de mar, além do período de validade.
II) Embarcações classificadas ou certificadas por Entidade Especializada
– a vistoria deverá ser realizada pela Sociedade Classificadora ou Entidade Especializa-
da, respectivamente, devendo abranger, pelo menos, os itens mencionados na alínea I),
além de quaisquer outros itens considerados necessários pela Classificadora ou Entidade.
Deverá ser emitido um Relatório de Vistoria contendo, no mínimo, as informações do do-
cumento mencionado na alínea I).
d) Para Emissão, Renovação e Endosso de Certificados
As vistorias especiais para emissão, renovação, constatação e endosso (anual)
dos Certificados de Arqueação e Borda-Livre, quando aplicáveis, serão realizadas con-
forme procedimentos estabelecidos nos Capítulos 7 e 8 destas Normas.
SEÇÃO II
1007 – OBRIGATORIEDADE
As embarcações enquadradas no item 1001 a) deverão portar o CSN, de acordo
com o modelo constante no Anexo 10-E, de forma a atestar a realização das vistorias per-
tinentes.
As embarcações SOLAS e as Plataformas sujeitas ao MODU Code estão
dispensadas do CSN.
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1008 – PROCEDIMENTOS
a) Emissão do Certificado
O Certificado deverá ser emitido em quatro vias por Sociedade Classificadora e
Entidade Especializada ou, em três vias, pelas CP, DL ou AG, após a realização de uma
Vistoria Inicial ou de Renovação.
b) Distribuição das vias
A distribuição dos certificados emitidos deverá atender aos seguintes critérios:
1) Uma via do CSN deverá ser arquivada na CP, DL ou AG. Quando for emitido
por uma Sociedade Classificadora ou Entidade Especializada, deverá ser por ela encami-
nhada para arquivamento no Órgão de Inscrição da embarcação, até 30 dias após sua
emissão;
2) Uma via do CSN deverá ser encaminhada à DPC, até 30 dias após sua e-
missão;
3) Uma via do CSN será restituída ao interessado; e
4) Uma via do CSN deverá ser mantida em arquivo da Sociedade Classificado-
ra ou Entidade Especializada, quando o certificado for por elas emitida.
c) Averbação das Vistorias
1) A realização das Vistorias Intermediárias e Anuais deverá ser averbada na
via do CSN mantida a bordo da embarcação pelo representante do órgão responsável pe-
la sua emissão que efetivamente executou as vistorias. Tal averbação deverá apresentar
data de término da vistoria, identificação legível do representante e sua assinatura ou ru-
brica de próprio punho.
2) As demais vias poderão ou não ser averbadas, a critério dos órgãos ou enti-
dades responsáveis pelo seu arquivamento. Entretanto, as Sociedades Classificadoras,
Entidades Especializadas, CP, DL ou AG deverão manter controle das vistorias efetuadas
por seus representantes que substitua ou complemente as averbações das vias do CSN
mantidas em arquivo.
3) As Sociedades Classificadoras e as Entidades Especializadas deverão in-
formar ao órgão de inscrição da embarcação a realização das vistorias intermediárias e
anuais, para controle e averbação.
d) Vistoria realizada no exterior
As embarcações classificadas ou certificadas por Entidade Especializada que
realizem docagem no exterior, o endosso ou renovação do CSN será feito exclusivamente
pela própria Sociedade Classificadora ou Entidade Especializada.
Nos demais casos, em que a emissão do CSN tiver sido emitido por CP, DL ou
AG, a realização da vistoria será estudada caso a caso, devendo a DPC ser consultada
com a devida antecedência.
1010 – EXIGÊNCIAS
a) Após a realização das vistorias, a CP, DL, AG, Entidade Especializada ou Soci-
edade Classificadora deverá exigir o atendimento das exigências anotadas, listando-as
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em folha anexa ao Certificado e estipulando o prazo para seu cumprimento.
b) Sempre que julgar cabível e praticável, o Capitão dos Portos, Delegado, Agen-
te, Entidade Especializada poderá prorrogar os prazos para cumprimento das exigências.
O prazo da prorrogação não poderá exceder a data limite de validade do CSN.
c) Não poderá ser emitido CSN ou efetivado seu endosso caso sejam identifica-
das exigências para cumprimento antes de suspender (A/S).
d) Para as Embarcações Classificadas ou certificadas por uma Entidade Especia-
lizada, os prazos para cumprimento de exigências e eventuais prorrogações serão estipu-
lados pelas Sociedades Classificadoras e ou Entidades Especializadas, desde que não
excedam o previsto na NORMAM-06, não podendo ser alterados pelas CP, DL e AG.
SEÇÃO III
TERMO DE RESPONSABILIDADE
1012 – OBRIGATORIEDADE
a) As embarcações que não estão sujeitas a vistorias e, conseqüentemente, não
são obrigadas a portarem o CSN deverão possuir a bordo um Termo de Responsabilidade
de Segurança da Navegação, de acordo com o modelo do Anexo 10-F.
b) Nesse documento, o proprietário ou armador assumirá a responsabilidade pelo
cumprimento dos itens de dotação de segurança e demais requisitos especificados para a
sua embarcação por estas Normas.
1013 – ISENÇÃO
As embarcações miúdas sem propulsão a motor, conforme o item 0202 f) e os
dispositivos flutuantes infláveis, sem propulsão, destinados a serem rebocados, com até
10 m de comprimento, estão dispensadas de portarem o Termo de Responsabilidade.
1015 – VALIDADE
Deverá ser apresentado um novo Termo de Responsabilidade sempre que for al-
terada qualquer das informações contidas no mesmo, incluindo uma reclassificação.
SEÇÃO IV
1017 – DEFINIÇÕES
a) Granel pesado - minério ou outro produto similar com peso específico igual ou
superior a 1,78 ton/m3.
b) Idade do navio - contada a partir da data de entrega (date of delivery), que po-
derá ser encontrada no Suplemento do Certificado Internacional de Prevenção à Poluição
por Óleo - IOPP (FORM A - Record of Construction and Equipment for Ships Other than
Oil Tankers ou FORM B - Record of Construction and Equipment of Oil Tankers).
c) Graneleiro - navio destinado ao transporte de carga seca a granel como defi-
nido na Regra IX / 1.6 da “Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no
Mar“ em vigor.
d) Comprimento - significa o comprimento como definido na “Convenção Interna-
cional de Borda-Livre” em vigor.
e) Vistoria de Condição - inspeção estrutural e documental, objetivando atestar
se o navio apresenta condições estruturais satisfatórias para realizar carregamento de
granel pesado e encontra-se com sua documentação estatutária e de classe em dia.
f) Solicitante - usualmente armador ou afretador do navio a ser submetido a uma
vistoria de condição, podendo ser representado pelo respectivo preposto. Em função de
interesses ou acertos comerciais, a vistoria poderá ser solicitada pelo embarcador ou
comprador da carga ou ainda por qualquer outro que tenha interesse em que o navio ob-
tenha autorização para operação de carga de granéis em portos nacionais e responsabili-
ze-se pelos custos envolvidos.
1018 – APLICAÇÃO
Deverá ser realizado vistoria de condição em todo navio graneleiro e navio de
transporte combinado (ore-oil ou ore-bulk-oil) com idade igual ou superior a 18 anos, que
demande porto nacional para carregamento de granéis sólidos de peso específico maior
ou igual a 1,78 t/m3.
Deverá ser solicitado ao Armador que apresente declaração com a identificação
técnica e peso específico da carga.
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1019 – SOLICITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO PARA A VISTORIA
a) Solicitação
O solicitante deverá encaminhar, com pelo menos 03 dias úteis de antecedên-
cia, à DPC, com cópia para CP / DL / AG do porto onde a vistoria deva ser realizada, uma
Solicitação de Vistoria de Condição (SVC), formalizada em documento preenchido estri-
tamente de acordo com o modelo constante do Anexo 10-C, tendo como anexo a cópia do
comprovante de pagamento da indenização prevista no item 1006 desta norma. A SVC
poderá ser enviada por meio de fax ou postal.
Caso o porto de carregamento não seja o mesmo em que a vistoria será reali-
zada, uma cópia da SVC deverá ser encaminhada também à CP / DL / AG do porto de
carregamento.
b) Autorização
Após análise da SVC, a DPC autorizará a realização da vistoria caso não haja
qualquer impedimento em relação ao navio indicado pelo Solicitante. A DPC, ainda, de-
terminará se a vistoria será acompanhada ou não e informará o valor da indenização a ser
paga.
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1023 – ESCOPO DA VISTORIA
a) Quanto à Documentação
Deverá ser verificada a documentação prevista no item 1021 d).
b) Quanto à Estrutura Interna
Os vistoriadores deverão realizar inspeção visual das estruturas internas dos
porões de carga, tanques de lastro, duplo-fundo, tanques elevados de lastro (tanques de
asa) e pique tanque de vante. Verificar as espessuras de pontos da estrutura e do chape-
amento, aleatoriamente (spot check), com base no relatório da última docagem (survey
report).
c) Quanto à Estanqueidade
Deverá, também, ser realizada inspeção visual e de estanqueidade dos porões/
tanques no convés principal, com atenção especial às braçolas, tampas dos porões, seus
atracadores e meios de vedação, agulheiros de acesso aos porões ou tanques do duplo-
fundo, suas escotilhas, atracadores e meios de vedação.
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