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CFAQ - MOM
MÁQ - 002
3 - DEFINIÇÕES
a) Embarcação - qualquer construção, inclusive as plataformas flutuantes e, quando
rebocadas, as fixas, sujeita à inscrição na Autoridade Marítima e suscetível de se
locomover na água, por meios próprios ou não, transportando pessoas ou cargas;
b) Navegação em mar aberto - a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas;
c) Aplicam-se as definições constantes do Artigo 2º da Lei nº 9.537 de 11/12/1997 que
dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário (LESTA) e sua regulamentação (Decreto nº
2.596 de 18/05/1998 - RLESTA).
5) Regulamentação em vigor:
Na aplicação desses princípios deverá ser levada em consideração a legislação em vigor,
com especial atenção a:
I) serviço de quarto;
II) horas de trabalho e de descanso;
III) gerenciamento da segurança;
IV) certificação dos aquaviários;
V) treinamento do aquaviários;
VI) higiene e saúde ocupacional; e
VII) acomodações para a tripulação.
d) Deverão ser levantados a bordo os elementos necessários à determinação dos níveis,
categorias e quantidade de tripulantes para operar a embarcação com segurança.
Preferencialmente, a perícia deve ser procedida com a embarcação navegando e operando
na atividade para a qual se destina(rá), para que se possa conhecer as tarefas a realizar e
quais as que podem ocorrer simultaneamente;
e) Ao final da perícia, os dados constantes do Laudo Pericial deverão ser suficientes para
permitir a emissão do CTS;
f) No caso de embarcação em construção, esses dados serão levantados nos planos, antes
da emissão da Licença de Construção;
g) Para embarcações classificadas (em classe), deverão ser levadas em conta as Notações
para Grau de Automação para a Praça de Máquinas (NGAPM), emitidas pelas Sociedades
Classificadoras reconhecidas;
h) Nas embarcações e plataformas dotadas de sistema de posicionamento dinâmico,
inclusive as embarcações classificadas para a navegação de apoio marítimo, deverá ser
considerado:
1) a classe 1, 2 ou 3 do equipamento da embarcação DP, de acordo com o declarado no
Certificado de Classe da embarcação ou no Documento de Verificação e Aceitação de
Navios com Posicionamento Dinâmico (Anexo 4-A-15 da NORMAM06/DPC), para
possibilitar o estabelecimento da qualificação do operador do sistema de
posicionamento dinâmico;
2) 2) que o tripulante operador do sistema de posicionamento dinâmico possua a
Qualificação e Certificação de Operador de Sistema de Posicionamento Dinâmico (DPO)
conforme previsto no Capítulo 1 da NORMAM-13/DPC;
3) que a operação do Sistema de Posicionamento Dinâmico de embarcações DP deverá ser
exercida por tripulante empregado, exclusivamente, nesta função, salvo quando o acúmulo
de outras funções não resultar em prejuízo para a segurança da embarcação, das pessoas a
bordo ou não acarretar em excesso de funções para o operador de DP; e
4) que nas plataformas, a função de operador de DP pode ser exercida por tripulante não
aquaviário com certificação reconhecida pela DPC;
i) O CTS deverá ser emitido pela CP, DL ou AG;
j) As diretrizes específicas para elaboração do CTS, quanto aos sistemas de navegação, de
convés, de máquinas e as tripulações básicas de segurança, estão contidas no Anexo 1-C;
l) No ato da perícia para emissão do Laudo Pericial, a empresa de navegação deverá
apresentar por escrito ao(s) vistoriador(es) as suas diretrizes relativas ao serviço de quarto
em viagem, de acordo com o previsto na Parte 3 da Seção B-VIII/2 do Código Internacional
sobre Normas de Treinamento de Marítimos, Expedição de Certificados e Serviços de
Quarto, 1978, emendada em 1995 (STCW-95). Se as diretrizes estiverem satisfatórias, o
vistoriador deverá carimbar e assinar a folha de rosto, rubricar as demais e enviar para a CP,
DL ou AG junto com o Laudo Pericial. A folha de rosto deverá conter, obrigatoriamente, o
nome do documento “Diretrizes Relativas ao Serviço de Quarto em Viagem”, o nome da
embarcação, o nome do armador, a data e o número de páginas do documento. Em
embarcações que se engajem em viagens internacionais, deverão, também, ser
apresentadas as diretrizes em versão na língua inglesa; e
m)Sempre que julgar necessário, a DPC poderá executar ou auditar a elaboração do Laudo
Pericial de uma embarcação.
n) para as embarcações sujeitas ao Código ISPS, deverá ser observada a designação, pela
Companhia ou pelo Comandante, de um tripulante para a função de Oficial de Proteção do
Navio (SSO - Ship Security Officer). Nas plataformas, de acordo com a tripulação e rotina,
deverá ser designado um funcionário habilitado para coordenar as tarefas relativas ao
Código ISPS, nos moldes do Oficial de Proteção de Navio.
0105 - VALIDADE DO CTS O CTS terá validade por prazo indeterminado, sujeito à
manutenção das condições de segurança observadas por ocasião da emissão do Laudo
Pericial. Sempre que ocorrerem alterações/reclassificações que afetem as condições de
segurança, a embarcação deverá ser reavaliada. As embarcações dotadas de automação na
praça de máquinas deverão manter a respectiva Notação de Grau de Automação, dentro da
validade, anexa ao CTS.
1) Motor Diesel
2) Turbinas
3) Nuclear
4) Diesel-Elétrico
Trata-se de um motor de combustão interna que se
utiliza de combustível com características similares
ao diesel, para gerar energia cinética. Essa energia é
transmitida através, do eixo principal do motor,
para uma hélice que por sua vez é capaz de
impulsionar a embarcação. Os motores diesel são
muito versáteis por serem capazes de serem
empregados tanto no transporte de cargas
extremamente pesadas quanto para transportar
produtos mais leves a uma velocidade maior. Essa
versatilidade se dá devido à possibilidade de utilizá-
lo em ciclos de trabalho diferentes (2T ou 4T).
Esse sistema também é adaptativo, uma vez que há
a possibilidade de ter na hélice um sistema de
ajuste do ângulo das pás, chamado de CPP
(Controllable Pitch Propeller ou Hélice de Passo
Variável). Não me aprofundarei nesse assunto,
porém, segue abaixo um link que demonstra as
principais diferenças e vantagens dos tipos de
hélices citados.
Trata-se de uma máquina térmica que converte
energia química ou térmica em cinética. Podemos
encontrar dois tipos de turbina: a gás e a vapor. A
turbina a gás é uma máquina de combustão
interna, assim como o motor diesel. Porém,
aquela utiliza a energia química de maneira a girar
pás internamente, enquanto o motor diesel
movimenta um pistão de forma alternativa. Já a
turbina a vapor, utiliza-se da energia térmica e
cinética do vapor superaquecido, a ela fornecido,
para girar as pás de maneira similar a imagem
acima. Existem diversas diferenças entre os dois
tipos de turbina, uma delas é que a turbina a
vapor necessita de uma caldeira de alta pressão,
para gerar seu fluido de trabalho.
As turbinas já foram muito empregadas, porém,
por serem máquinas rotativas, tendem a gerar
uma RPM bastante alta para serem utilizadas na
hélice. Dessa forma, era necessário possuir
também complexos sistemas de engrenagens
redutoras para tornar sua utilização viável. Esse
fator, acrescido do maior rendimento fornecido
pelos motores diesel, foram primordiais na
alteração do sistema de propulsão naval.
A propulsão nuclear se assimila muito com a propulsão a vapor. Há diferença fundamental
é o combustível que é usado pela caldeira que fornece o vapor. Enquanto na turbina a
vapor, podem ser utilizados diesel, óleo pesado, carvão, entre outros, a nuclear faz uso de
um reator nuclear. Apesar de não ter uma empregabilidade muito grande até o momento,
já existem navios que utilizam esse método para se deslocar no mar. Segue no link abaixo
um conteineiro que utiliza esse modelo.
A propulsão diesel-elétrica trata-se de uma
combinação de dois métodos de extrema
eficiência. Primeiramente, temos o motor
diesel sendo empregado para gerar energia
elétrica. Essa energia gerada é redirecionada a
um motor elétrico, que por sua vez converte a
energia elétrica em energia cinética. Esse
modelo trouxe uma diversidade de
aprimoramentos, principalmente para a hélice.
A primeira otimização notável foi a não
necessidade de um eixo que transmita o
movimento do motor direto a hélice. Isso
permitiu a criação de modelos de propulsores
que otimizam não somente a impulsão, como
O primeiro a ser mencionado é o Thruster também a governabilidade da embarcação.
Azimutal, na imagem acima. Esse permite Cabe ressaltar que a hélice de passo variado
um movimento de 360º ao propulsor, dessa também é bastante aplicado a esse método de
forma, vemos a não necessidade de uma propulsão, e também há a possibilidade de
máquina do leme. Uma vez que esse serem empregadas turbinas para gerar a
também é comandado eletricamente, o energia elétrica, porém esse sistema não vem
mesmo pode obter respostas mais rápidas e sendo muito utilizado.
posições mais precisas que um leme,
tornando-o mais eficiente.
Temos também o Thruster de Túnel, imagem acima, esse necessita de uma passagem que
leve de um bordo a outro da embarcação, pois sua principal função é realizar movimentos
laterais. Muito empregado em sistemas de posicionamento dinâmico, esse thrusther é
utilizado para controlar movimentos de sway (balanço) e yaw (guinada).
Um sistema bastante curioso é o Voith Schneider, imagem acima. Este é capaz de
impulsionar a embarcação em qualquer direção, sem a necessidade de um leme. Apesar de
ser algo fora do comum, o emprego desse modelo é bastante eficiente, sendo muito usado
em rebocadores, por fornecer uma manobrabilidade eficiente e potente
Thruster Azimutal Retrátil - trata-se de um azimutal que pode ser "retirado" do
casco inferior da embarcação para não criar arrasto. (Imagem acima)
Thruster Azimutal Pod - trata-se de outro azimutal, porém esse fornece uma maior
potência ao propulsor, uma vez que seu motor elétrico se encontra embaixo da água
junto de sua hélice. Isso elimina engrenagens que reduzem a eficiência do motor.
(Imagem acima)
Thruster Azimutal Contra Rotativo - uma
combinação de duas hélices montadas,
uma de frente para a outra, de maneira a
criar um redemoinho que aproveita a
energia da água atravessada pelo primeiro
propulsor para impulsioná-la e otimizar o
movimento. Permitindo uma melhor
dirigibilidade em diferentes tipos de
casco. (Imagem acima)
Motor de Popa - esses motores são muito
empregados nos botes de resgate, tendo a
função de impulsionar e governar ao mesmo
tempo. Sua característica principal é ser
totalmente independente do casco da
embarcação. (Imagem acima)
Framo electric fire water
pumps for high-capacity
demands
Framo electric fire water pumping systems are the preferred solution when higher
pumping capacities are needed, or when the generator package is located too far
from the fire water pump.
Safe operation
Dangerous chemicals, acids, oils and edibles must be handled in a safe way for
people and environment. The tanker must be equipped with cargo pumps that can
efficiently empty cargo tanks and associated cargo piping to meet the most
stringent requirements and withstand the though impact during hours of tank
cleaning afterwards. Switch between cargoes without cargo contamination. Carry
anything from acids to drinking water.
Framo cargo pump is designed for any cargo temperature prevailing in tankers.
The pump is continuously temperature controlled by the circulating hydraulic drive
oil.
The Framo cargo seal arrangement is exposed to static cargo tank pressure only.
Optimal operating conditions are maintained at all pumping conditions. Volatile or
heat sensitive cargos can be discharged efficiently in a safe manner.
Stripping (left image)
When the cargo tank is empty, the speed of the cargo pump is reduced to perform
the final stripping of tank:
• Close the cargo valve.
• Open the small ball valve on the stripping line.
• Pressurize the pipe stack by connecting the purging hose with compressed air or
nitrogen.
• Press cargo out through the stripping line and into the cargo line.
The pump impeller rotates and acts as a non-return valve to prevent cargo from
returning back to tank.
Purging and seal monitoring from deck level (center image)
The pump’s cofferdam is purged before and after discharge operation. Any leakage
across the cargo seals or hydraulic oil seals collected in the cofferdam, will be
forced to the exhaust trap on deck where it can be measured.
This is a simple and reliable seal condition monitoring system. No need for any
electric sensors nor any automatic control system.
Vacuum drain (right image)
The standard Framo cargo pump design meets all applicable rules for stripping
under the IMO Annex II requirements.
However, as an option, the Framo cargo pump can be equipped with a vacuum
drain line that will empty suction well completely and allow for a dry tank top and
quick re-loading of cargo.
Operação de motores das embarcações de sobrevivência e de resgate; - Operação dos
equipamentos de comunicações (sem emissão de sinais nas freqüências de socorro); -
Alarmes de incêndio e outros, se existentes; - Equipamentos de combate a incêndio tais como
bombas de incêndio, tomadas e mangueiras, geradores de espuma e roupas de bombeiro; -
Demonstração do emprego de extintores portáteis; - Escotilhas estanques e à prova de fogo e
outros dispositivos de fechamento e rotas de escape; - Dispositivos remotos para parada de
ventilação e suprimento de óleo para espaços de máquinas; e; - Iluminação dos postos de
abandono, embarcações de sobrevivência e de resgate e rotas de escape. 4) Caberá, ainda, ao
Gerente de Instalação Offshore (GIO) assegurar-se de que todas as pessoas que trabalhem a
bordo conheçam seus postos e deveres em caso de incêndio, colisão, abandono e outras
fainas de emergência, realizando chamadas e exercícios previstos em Atos Internacionais
ratificados pelo Brasil e nas Normas da Autoridade Marítima.
SEÇÃO III DIÁRIO DE MÁQUINAS 1205 –
GENERALIDADES
O Diário de máquinas deverá conter informações relevantes sobre a operacionalidade das
máquinas principais, auxiliares, de emergência, dos equipamentos elétricos, hidráulicos e
pneumáticos, incluindo os controles do sistema de automação das máquinas e equipamentos
em geral e pressão e temperatura dos diversos fluidos (quando aplicável) utilizados nos
sistemas, bem como dos vasos de pressão, de modo a permitir o endosso ou renovação dos
certificados ou outro(s) documento(s) pertinente(s), previstos nas NORMAM ou nas
Convenções Internacionais ratificadas pelo Brasil. O Diário deverá conter, também, os
registros de todas as manobras efetuadas ou em execução e qualquer anormalidade
encontrada e/ou ocorrida nos equipamentos e/ou manobras efetuadas durante o quarto de
serviço.
1206 – INFORMATIZAÇÃO -
Poderão ser aceitos meios magnéticos de registro e arquivo das informações mencionadas no
item anterior
8- Sistema de água doce de alta e baixa temperatura: este sistema é responsável por
fazer a circulação com água doce pelos cilindros (jaqueta ) do MCP e para os MCA’s, a
função principal e manter a temperatura de trabalho do motor principal dentro dos
parâmetros termodinâmicos, entre 65°C e 70°C. Este sistema deve ser gerenciado com
critérios rígidos, pois uma má circulação de água poderá trazer sérias consequências para
o motor, principalmente para as camisas de cilindro.
9- Sistema de ar comprimido de serviços gerais: é composto por um vaso de pressão,
responsável por alimentar as máquinas pneumáticas da praça de máquinas, ar para
serviços no convés principal, ar para a oficina elétrica e mecânica, ar para o sistema
hidrofórico, ar para o apito de ré e de proa e ar para pontos de serviço na praça de
máquinas.
10- Instrumentação: a instrumentação de controle é composta por manômetros,
termômetros, pirômetros, sensores e painel de controle. Estes acessórios são
importantíssimos para uma boa condução das instalações de máquinas. Os tripulantes de
máquinas devem ser familiarizados com todos estes instrumentos, equipamentos e terem
treinamento no local de trabalho, principalmente com as máquinas vitais da instalação.
11- Ponte rolante e talhas da praça de máquinas: responsáveis pelo içamento e
manobras de peso na praça de máquinas, principalmente durante as manutenções dos
equipamentos, entre eles o MCP, MCA’s, Bombas, Compressores, etc. Saber utilizá-los
facilita as operações de manutenções dos equipamentos. Devem ter boa manutenção e
cuidados nas operações de içamento e manobras.
SISTEMAS DE REDES, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS:
Todos os tripulantes de máquinas deverão ser treinados para uma boa condução das
máquinas e equipamentos de bordo, bem como atender as situações de emergência como
no caso de um blackout.
1- Entender como funciona o gerador de emergência (DGE) e os meios para a sua partida,
fazer a rotina semanal de operação do DGE, verificando níveis de óleo lubrificante do
motor, nível do tanque de óleo combustível, situação das baterias e outros mecanismos
de partida, como o pneumático ou do hidráulico. Neste compartimento, que está fora da
praça de máquinas, deverá existir um procedimento escrito e afixado no local mais visível
de como pôr em operação o DGE.
2- Entender como funciona o sistema de incêndio e pôr em funcionamento a bomba de
emergência, observando a manobra para o local do sinistro., isto é, convés ou praça de
máquinas.
FAMILIARIZAÇÃO COM OS SITEMAS DE PROPULSÃO E SISTUAÇÃO DE EMERGÊNCIAS:
3- Ter mente as suas funções com relação à tabela mestra, que está sempre ao lado do seu
beliche, mas principalmente memorizar as diversas situações de emergência, tais como:
- Incêndio.
- Abandono.
- Colisão.
- Homem ao Mar.
- Recolhimento de náufrago.
- Reboque.
Em casos de docagem a geração de energia será fornecida pelo estaleiro, para tal o pessoal
de bordo deverá fazer a conexão com o quadro elétrico principal e os motores elétricos
deverão ficar na condição de aquecimento por resistências elétricas fornecidas pelo
estaleiro.
8) estabilidade - sistema automático de compensação de banda;
9) sistema de alarmes da instalação de máquinas - com informação para os camarotes dos
Oficiais de Máquinas e para o passadiço; e
10) detecção de incêndios - Praça de Máquinas dotada de sistema automático de alarme
de incêndio. b) A embarcação que não possui NGAPM e tão pouco apresenta a existência
simultânea dos sistemas acima enunciados deverá ter na Praça de Máquinas uma
tripulação idêntica à definida para o grau de automação “A” ( tabela do item 4,a) ),
acrescida de 01 (um) Marinheiro de Máquinas, perfazendo um total de 10 (dez) tripulantes
naquela Seção.
SEAFARERS’ TRAINING, CERTIFICATION AND WATCHKEEPING – STCW Code
Introdução -
1 Esta parte do Código STCW contém as disposições obrigatórias às quais é feita referência
específica no Anexo da Convenção Internacional sobre Padrões de Instrução, Certificação e
Serviço de Quarto para Marítimos, 1978, como emendada, daqui em diante referida como a
Convenção STCW. Estas disposições fornecem em detalhe os padrões mínimos que se exige
que sejam mantidos pelas Partes para dar pleno e total efeito à Convenção. 2 Também estão
contidos nesta parte os padrões de competência que se exige que sejam demonstrados pelos
candidatos para a emissão e revalidação de certificados de competência com base no
disposto na Convenção STCW. Para esclarecer a ligação entre as disposições relativas à
certificação alternativa do Capítulo VII e as disposições relativas à certificação dos Capítulos
II, III e IV, as habilidades especificadas nos padrões de competência são agrupadas, como
apropriado, de acordo com as sete funções seguintes:
.1 Navegação;
.2 Manuseio e estivagem da carga;
.3 Controle da operação do navio e cuidados com as pessoas a bordo;
.4 Máquinas marítimas;
.5 Sistemas elétricos, eletrônicos e de controle;
.6 Manutenção e reparo.
0116 - SERVIÇO DE QUARTO NA SEÇÃO DE MÁQUINAS –
9 As Partes podem permitir exceções quanto às horas de descanso exigidas nos parágrafos
2.2 e 3 acima, desde que o período de descanso não seja inferior a 70 horas em qualquer
período de 7 dias. As exceções quanto o período de descanso semanal estabelecido no
parágrafo 2.2 não deverão ser permitidas por mais de duas semanas consecutivas. Os
intervalos entre dois períodos de exceção a bordo não deverão ser inferiores a duas vezes a
duração da exceção. As horas de descanso estabelecidas no parágrafo 2.1 podem ser
divididas em até três períodos, um dos quais deverá ter uma duração de pelo menos 6
horas, e nenhum dos outros dois períodos deverá ter uma duração inferior a uma hora. Os
intervalos entre períodos de descanso consecutivos não deverão ser superiores a 14 horas.
As exceções não deverão ir além de dois períodos de 24 horas em qualquer período de 7
dias. As exceções deverão, na medida do possível, levar em consideração as orientações
relativas à prevenção do cansaço, fornecidas na Seção B-VIII/1. 10 Cada Administração
deverá estabelecer, com o propósito de prevenir o abuso de álcool, um limite de até 0,05%
do nível de álcool no sangue (BAC), ou de 0,25 mg/l de álcool no hálito ou, uma quantidade
de álcool que leve a essa concentração de álcool, para comandantes, oficiais e outros
marítimos, enquanto estiverem desempenhando atribuições relacionadas com a
segurança, à proteção do navio e ao meio ambiente marinho
Tipo de Carga Perigosa Norma Internacional
5 Antes de cada viagem, o comandante de todo navio deverá assegurar que a derrota
pretendida, do porto de partida até o primeiro porto de escala, seja planejada utilizando
as cartas e outras publicações náuticas adequadas e apropriadas, necessárias para a
viagem pretendida, contendo informações precisas, completas e atualizadas relativas às
limitações à navegação e aos riscos que forem de natureza permanente ou previsíveis e
que sejam pertinentes à navegação do navio com segurança.
7 Se durante uma viagem for tomada uma decisão de alterar o próximo porto de escala
constante da derrota planejada, ou se por outros motivos for necessário que o navio se
desvie significativamente daquela derrota, deverá então ser planejada uma derrota
alterada, antes de desviar o navio significativamente da derrota originalmente planejada.
PARTE 3 – PRINCÍPIOS GERAIS DO SERVIÇO DE QUARTO
8 Os quartos de serviço deverão ser conduzidos com base nos seguintes princípios de
emprego dos recursos do passadiço e da praça de máquinas:
.1 deverão ser assegurados medidas adequadas para o pessoal que faz o serviço de
quarto, de acordo com as situações;
.2 ao distribuir o pessoal que faz o serviço de quarto deverá ser levada em consideração
qualquer limitação da qualificação ou da aptidão das pessoas;
.3 deverão ser entendidos os papéis e responsabilidades de cada tripulante que faz serviço
de quarto e o papel da equipe deverá ser estabelecido;
.4 o comandante, o chefe de máquinas e o oficial encarregado das atribuições do quarto
de serviço deverão conduzir adequadamente um quarto de serviço, utilizando da melhor
maneira possível os recursos disponíveis, como informações, instalações/equipamentos e
outras pessoas;
.5 o pessoal que faz o serviço de quarto deverá conhecer as funções e o funcionamento
das instalações/equipamentos, e estar familiarizado com a sua utilização;
.6 o pessoal que faz o serviço de quarto deverá compreender as informações e saber
como reagir às informações provenientes de cada estação/instalação/equipamento;
.7 as informações provenientes das estações/instalações/equipamentos deverão ser
adequadamente compartilhadas por todo o pessoal que faz o serviço de quarto;
.8 o pessoal que faz o serviço de quarto deverá se comunicar adequadamente entre si, em
qualquer situação;
PARTE 3 – PRINCÍPIOS GERAIS DO SERVIÇO DE QUARTO.
Parte 4
-1 – Princípios a serem observados ao conduzir um quarto de serviço de navegação
13 O oficial encarregado do quarto de serviço de navegação é o representante do
comandante e é sempre o principal responsável pela navegação segura do navio e pelo
cumprimento do Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar, 1972,
como emendado.
Vigilância
14 Deverá ser mantida sempre uma vigilância adequada, de acordo com a Regra 5 do
Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar, 1972, como emendado, e
deverá ter o propósito de: .1 manter um estado de vigilância constante por meios visuais e
auditivos, bem como por todos os outros meios disponíveis, com relação a qualquer
mudança no ambiente operativo; .2 avaliar plenamente a situação, o risco de colisão,
abalroamento, de encalhe e de outros perigos à navegação; e .3 detectar navios ou
aeronaves em perigo, náufragos, destroços de naufrágio, derrelitos e outros riscos a uma
navegação segura.
VIGLÂNCIA –
74 –
.3 registrar, no livro de quarto da praça de máquinas ou em outro documento adequado, os
equipamentos em que foram feitos os trabalhos e o pessoal envolvido, e que medidas de
segurança foram tomadas, e por quem, em benefício dos oficiais que irão entrar de serviço
e com o propósito de fazer um registro; e
.4 testar e colocar em serviço, quando necessário, as máquinas ou equipamentos
reparados.
75 O oficial encarregado do quarto de serviço de máquinas deverá assegurar que
quaisquer subalternos que desempenham atribuições de manutenção na praça de
máquinas estejam disponíveis para ajudar na operação manual das máquinas em caso de
falha dos equipamentos automáticos.
76 O oficial encarregado do quarto de serviço de máquinas deverá ter em mente que as
alterações de velocidade decorrentes de mau funcionamento das máquinas, ou qualquer
perda de governo, podem colocar em perigo a segurança do navio e da vida humana no
mar. O passadiço deverá ser informado imediatamente em caso de incêndio ou de
qualquer ação iminente nos compartimentos de máquinas que possa causar uma redução
da velocidade do navio, uma falha iminente da máquina do leme, a parada do sistema de
propulsão do navio, qualquer alteração na geração de energia elétrica, ou qualquer ameaça
semelhante à segurança. Essa informação deverá, quando possível, ser dada antes de
serem feitas as alterações, para dar ao passadiço o tempo máximo disponível para realizar
qualquer ação que seja possível para evitar um possível acidente marítimo.
ASSUNÇÃO DO SERVIÇO DE QUARTO DE MÁQUINAS –
77 O oficial encarregado do quarto de serviço de máquinas deverá informar ao chefe de
máquinas, sem demora:
.1 quando ocorrer uma avaria ou um mau funcionamento das máquinas que possa colocar
em perigo a operação segura do navio;
.2 quando ocorrer qualquer mau funcionamento que acredite que possa causar avarias ou
parada das máquinas de propulsão, de máquinas auxiliares ou de sistemas de
monitoramento e sistema de governo; e
.3 em qualquer emergência, ou se estiver em dúvida quanto a que decisão ou medida tomar.
78 Apesar da exigência de informar ao chefe de máquinas nas circunstâncias acima, o oficial
encarregado do quarto de serviço de máquinas não deverá hesitar em realizar as ações
imediatas para a segurança do navio, das suas máquinas e da tripulação, quando as
circunstâncias o exigirem.
79 O oficial encarregado do quarto de serviço de máquinas deverá dar ao pessoal que faz o
serviço de quarto todas as instruções e informações adequadas que assegurem a condução
de um quarto de serviço de máquinas seguro. A manutenção de rotina das máquinas,
realizada como tarefas eventuais como parte da condução de um quarto de serviço seguro,
deverá constituir-se em parte integrante da rotina do quarto de serviço. A manutenção
detalhada envolvendo reparos em equipamentos elétricos, mecânicos, hidráulicos,
pneumáticos ou eletrônicos aplicáveis, por todo o navio, deverá ser realizada com o
conhecimento do oficial encarregado do quarto de serviço de máquinas e do chefe de
máquinas. Os reparos deverão ser registrados.
Serviço de quarto de máquinas em diferentes condições e em diferentes áreas
Visibilidade restrita -
80 O oficial encarregado do quarto de serviço de máquinas deverá assegurar que haja uma
pressão de ar ou de vapor disponível para sinais sonoros e que as ordens do passadiço
relativas a alterações no número de rotações ou no sentido de rotação sejam sempre
executadas imediatamente e, além disto, que as máquinas auxiliares utilizadas para
manobrar estejam prontamente disponíveis.
100 Antes de assumir o quarto de serviço de máquinas, o oficial que está entrando de
serviço deverá ser informado pelo oficial encarregado do quarto de serviço de máquinas
sobre seguinte:
.1 as ordens permanentes do dia, quaisquer ordens especiais relativas às operações do
navio, serviços de manutenção, reparos nas máquinas ou nos equipamentos de controle
do navio;
.2 a natureza de todos os trabalhos que estão sendo realizados nas máquinas e nos
sistemas a bordo do navio, o pessoal envolvido e os possíveis riscos;
Parte 5-2 –
Assunção do quarto de serviço de máquinas:
100 –
.3 o nível e as condições, quando for aplicável, de água ou de resíduos nos porões,
tanques de lastro, tanques de resíduos, tanques de águas servidas, tanques de reserva e
exigências especiais para a utilização ou esgoto do conteúdo desses porões ou tanques;
.4 quaisquer exigências especiais relativas ao esgoto do sistema sanitário;
.5 as condições e o estado de prontidão dos equipamentos portáteis de extinção de
incêndio, das instalações fixas de extinção de incêndio e dos sistemas de detecção de
incêndio;
.6 pessoal de reparos autorizado a bordo, empregado em atividades de máquinas, seu
local de trabalho e os serviços de reparos, e outras pessoas autorizadas a bordo e a
tripulação necessária.
.7 quaisquer regras portuárias relativas a efluentes do navio, exigências relativas a
combate a incêndio e à prontidão do navio, especialmente durante condições de possível
mau tempo;
.8 as linhas de comunicação disponíveis entre o navio e o pessoal de terra, inclusive com
as autoridades portuárias, em caso de surgir uma emergência ou de ser necessário um
auxílio;
.9 qualquer outra circunstância de importância para a segurança do navio, da sua
tripulação, da carga ou para a proteção do meio ambiente contra poluição; e
.10 os procedimentos para informar às autoridades adequadas qualquer poluição
ambiental decorrente das atividades do navio
Parte 5-2 –
Assunção do quarto de serviço de máquinas:
101 Os oficiais que estão entrando de serviço, antes de assumir as funções de
encarregado do quarto de serviço de máquinas, deverão se certificar de que foram
plenamente informados pelo oficial que está sendo substituído, como mencionado acima,
e:
.1 estar familiarizados com as fontes de energia, de luz, de calor e de iluminação
existentes e possíveis e com a sua distribuição;
.2 saber a disponibilidade e as condições do combustível, dos lubrificantes e de todo o
suprimento de água do navio
.3 estar pronto para preparar o navio e suas máquinas, na medida do possível, para
condições de sobreaviso (“stand-by ”) ou de emergência, como for necessário.
Parte 5-4 –
Execução do quarto de serviço de máquinas:
103 Os oficiais encarregados do quarto de serviço de máquinas deverão ter atenção
especial:
.1 à observância de todas as ordens, procedimentos e regras de operação relativos a
condições de risco e à sua prevenção, em todas as áreas de que é encarregado;
.2 à instrumentação e aos sistemas de controle, ao monitoramento de todas as fontes de
energia, dos componentes e sistemas em funcionamento;
.3 às técnicas, métodos e procedimentos necessários para impedir a violação das regras
contra poluição das autoridades locais; e
4 à situação dos porões.
Parte 5-4 –
Execução do quarto de serviço de máquinas:
105 O comandante de todo navio que estiver transportando carga danosa, seja ela
explosiva, inflamável, tóxica, que ameace a saúde, ou que polua o meio ambiente, deverá
assegurar que sejam mantidas medidas para um serviço de quarto seguro. Nos navios que
transportam carga danosa a granel, isto será conseguido pela pronta disponibilidade a
bordo de um oficial, ou oficiais, e subalternos devidamente qualificados, quando for
adequado, mesmo quando o navio estiver amarrado, atracado ou fundeado com segurança
no porto.
106 Em navios que transportam carga danosa, exceto cargas a granel, o comandante
deverá levar em consideração a natureza, a quantidade, a embalagem e a estivagem da
carga danosa e de qualquer condição especial a bordo, flutuando e em terra.
Parte 5-6 –
Quarto de serviço da carga –
SOLAS –
Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS) é
um tratado marítimo de segurança internacional da Organização Marítima
Internacional (IMO), o braço marítimo da ONU. Ela regula a segurança da vida no
mar, que inclui quaisquer embarcações oceânicas.
30.4.6 Das finalidades do GSSTB:
1.1 Navio Titanic - Na noite de 14 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, entre
Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, chocou-se com um iceberg
no Oceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do
dia 15 de abril. Até o seu lançamento em 1912, ele fora o maior navio de passageiros do
mundo - Este acidente originou a convenção SOLAS
1.2 Navio Herald of Free Enterprise - Às 18h do dia 6 de março de 1987, o barco de
passageiros “The Herald of Free Enterprise”, com aproximadamente 459 pessoas a bordo,
parte de Zeebrugge, na Bélgica, com destino a cidade de portuária de Dover, na Inglaterra.
Era uma noite calma e extremamente fria. Apesar de o barco estar cinco minutos atrasado,
tudo parecia normal. No entanto, menos de 30 minutos após deixar o porto, o Herald
começou a balançar e se inclinar a bombordo. A princípio, acredita-se que o movimento é
resultado do mar bravo. Pouco depois um movimento mais brusco faz com que a
embarcação vire de cabeça para baixo. Em 90 segundos, o Herald está com o casco para
cima e encalhado em um banco de areia, fazendo com que centenas de membros da
tripulação e passageiros tenham de lutar por suas vidas. Cento e noventa e três pessoas
morreram naquela noite - deu origem à Resolução da IMO A.647(16), adotada em 19 de
outubro de 1989, Guia de Gerenciamento para Operação Segura de Navios e para a
Prevenção de Poluição.
1.3 Navio Scandinavian Star –
De acordo com o site natgeo, em 6 de Abril de 1990, a balsa Scandinavian Star viajava da
Noruega à Dinamarca levando centenas de passageiros. Pouco depois da meia noite, a
embarcação pegou fogo. O acidente provocou a morte de 158 pessoas - Este acidente deu
origem à Resolução da IMO A.741(18), adotada em 04 de novembro de 1993, Código de
Gerenciamento Internacional para a Operação Segura de Navios e para a Prevenção da
Poluição - ISM CODE. Em maio de 1994, o ISM CODE tornou-se mandatório
1.4 Navio Torrey Canyon - Este navio encalhou em 1967 enquanto demandava do Canal da
Mancha, derramando cerca de 120 mil toneladas de óleo cru no mar, gerando uma grande
poluição nas costas do sudoeste da Inglaterra e no norte da França. Mediante a gravidade
da situação, a IMO, com o intuito de prevenir a poluição acidental e operacional,
preconizou ações que culminaram em acordos internacionais, destacando-se a Convenção
MARPOL, adotada em 1973, e também ao STCW. E em 1978, um protocolo com diversas
alterações foi introduzido na convenção e esta ficou conhecida como MARPOL 73/78.
1.5 Navio Exxon Valdez - Segundo o site Discovery Brasil, uma ave coberta por óleo está
entre as vítimas no Canal Príncipe William, no Alasca, em abril de 1989, depois que o
petroleiro Exxon Valdez encalhou a cerca de 25 milhas de Valdez, contaminando a água e
as praias e matando muitos peixes e outros animais, causando danos imensos a uma
grande área no litoral do Alasca. O navio havia partido do terminal petrolífero de Valdez, no
Alasca, em 23 de março de 1989, e bateu em um recife nas primeiras horas do dia 24 de
março. A sequência de eventos que provocou o acidente não foi esclarecida até hoje.
Este lastimável acidente deu origem à OPA – Oil Pollution Act que é uma lei de antipoluição
do mar, terra e ar dos Estados Unidos da América do Norte que assegura o ressarcimento
às partes prejudicadas.
De acordo com o autor do livro Sistemas de Gestão de SMS Aplicado na Indústria Naval e
Offshore, esse item é subdivido em quatro partes:
Parte A: especifica os requisitos, isenções, definições, avaliação, teste e aprovação dos
arranjos e dispositivos salva-vidas;
Parte B: detalha os requisitos para a embarcação, sendo dividida em três seções: requisitos
comuns aos navios de passageiros e de carga; requisitos adicionais para os navios de
passageiros e requisitos adicionais para os navios de carga;
Parte C: descreve os requisitos dos equipamentos salva-vidas incluindo: equipamento salva-
vidas individuais, características dos sinais visuais de salvamento, embarcações de
sobrevivência, embarcações de salvamento, lançamento e dispositivos de embarque, assim
como outros dispositivos; LSA: Código Internacional de Equipamentos Salva-vidas.
Capítulo IV - Este capítulo da convenção está relacionado com a radiotelegrafia e
radiotelefonia especificando todos os requisitos operacionais, conhecimentos técnicos,
localização e instalações das embarcações salva-vidas além de especificar os registros
obrigatórios existentes no Diário de Radiocomunicações.
ISM CODE -
Tabela Mestra
2 Plano de Contingência –
Este plano engloba todos os procedimentos a serem realizados em resposta a qualquer
situação de emergência que afete direta ou indiretamente a segurança do navio, da carga e
da tripulação. Todos esses procedimentos devem ser regidos de maneira clara, bem
especificados para não surgir qualquer dúvida entre os tripulantes e passageiros. Este plano
deve conter a faina que deve ser executada, local de reunião da tripulação para responder
uma lista de chamada, distribuição das instruções de emergência que deverão ser seguidas,
considerando o tipo de navio e o tipo de carga, divisão da tripulação em grupos de ação,
devendo ainda estabelecer locais de chamadas para todos os grupos de emergência, e listar
todos os procedimentos a serem seguidos por estes, como por exemplo, equipamentos de
segurança individual e coletivo e principalmente qualificar profissionalmente toda a
tripulação para aperfeiçoar todos os procedimentos a serem realizados.
São fainas de emergência:
- Incêndio;
- Colisão;
- Socorro externo;
- Homem ao mar;
- Reboque;
- Abandono;
- Avaria no sistema de governo; e
- Recolhimento de náufrago
deve ser efetuada com o terminal a Reunião de Liberação inicial, para discussão do
planejamento da operação, devendo ser abordados os seguintes itens:
• Verificar se os planos de carga, limpeza de tanques e abastecimento foram preparados
e aprovados pelo comandante;
• Discutir os planos e informações operacionais com os tripulantes envolvidos na
operação;
• Afixar no CCC a escala de serviço no porto;
• Preparar bombas de carga e lastro e sistema de gás inerte;
• Verificar se as redes do sistema de carga foram testadas nos últimos trinta dias;
• Verificar se as paradas de emergência das bombas de carga foram testadas;
• Fazer inspeção visual das redes e juntas do sistema de carga;
• Verificar se os manômetros das tomadas de carga encontram-se em boas condições;
• Verificar a superfície do lastro quanto à possível presença de óleo;
• Preencher o formulário do manual de gerenciamento de água de lastro, sendo o
modelo ANVISA;
• Verificar a atualização do livro de registro de óleo – partes I e II;
• Preparar a lista de contatos do SOPEP para o porto
• Testar o sistema remoto de comando de válvulas e sistema hidráulico, deixando a
bomba hidráulica manual pronta para o uso;
• Verificar o funcionamento das sondas e testar os alarmes (visual e sonoro) de nível alto
dos tanques de carga;
• Testar o alarme de alagamento de porão da casa de bombas
Itens a serem verificados após atracação e antes da operação Após a atracação:
• Testar o sistema remoto de comando de válvulas e sistema hidráulico, deixando a
bomba hidráulica manual pronta para o uso;
• Verificar o funcionamento das sondas e testar os alarmes (visual e sonoro) de nível
alto dos tanques de carga;
• Testar o alarme de alagamento de porão da casa de bombas;
• Testar o dispositivo para detecção de gases na casa de bombas;
• Fechar e lacrar as válvulas das caixas de mar e de descarga do costado;
• Efetuar o teste de estanqueidade das válvulas das caixas de mar;
• Verificar o funcionamento dos equipamentos portáteis de medição de gás
(explosímetro, oxímetro, tankscope, detector de H2S);
• Bujonar os embornais;
• Limpar, secar e bujonar todas as bandejas de tomadas de carga, de combustíveis, de
guinchos, de suspiros de tanques e caixas hidráulicas;
• Posicionar o kit SOPEP;
• Verificar se todas as aberturas dos tanques de carga estão devidamente fechadas;
• Testar manualmente o funcionamento das válvulas de vácuo-pressão e inspecionar as
telas corta-chamas dos tanques de carga;
• Verificar se os equipamentos portáteis de medição de ulagem e temperatura e
equipamentos de amostragem estão prontos para uso;
• Verificar a operação dos exaustores da casa de bombas;
• Verificar se os drenos e suspiros da rede de carga estão fechados;
• Fechar e lacrar a rede de descarga do separador de água e óleo;
• Aterrar e testar as bombas portáteis (tipo Wilden).
Procedimentos durante a operação :
Durante todas as operações de carga e descarga, deve ser mantido a bordo um efetivo
mínimo de 2/3 da tripulação, efetivo esse considerado necessário para atender a
eventuais emergências. Antes de iniciar a operação, o imediato deve estar presente no
CCC para realizar um briefing com os envolvidos, certificando-se de que a operação se
iniciará e transcorrerá de acordo com o planejado. O comandante e o imediato, bem
como o chefe de máquinas e o primeiro oficial de máquinas, não devem se ausentar de
bordo ao mesmo tempo. Durante as operações de carga, o CCC e a praça de máquinas
devem ficar permanentemente guarnecidos. As válvulas do manifold só devem ser
abertas quando o terminal informar que está pronto para iniciar a operação. O início da
operação deve ser autorizado pelo comandante ou imediato. As operações devem ser
iniciadas com baixa vazão. Nenhum aumento de vazão deve ser efetuado até que se
verifique que a operação está transcorrendo conforme planejada, após o que, a vazão
pode então ser aumentada gradualmente até o máximo definido com o terminal. A
comunicação navio-terminal é um dos fatores mais importantes durante a operação,
devendo ser efetuada de forma clara e objetiva. Somente assuntos referentes à operação
devem ser tratados.
Durante as operações, dentre as verificações previstas no check-list acima mencionado,
destacamos:
• A exaustão da casa de bombas deve ser mantida durante toda a operação;
• A entrada em casa de bombas deve ser precedida do cumprimento do check-list;
• A vigilância do convés durante as operações deve ser efetuada por dois tripulantes,
sendo permanente na área do manifold e o outro circulando o convés principal,
Procedimentos durante a operação :
• A vigilância do convés durante as operações deve ser efetuada por dois tripulantes,
sendo permanente na área do manifold e o outro circulando o convés principal,
verificando possíveis vazamentos nas redes de carga, inclusive do manifold do bordo
oposto ao da atracação, além de outros itens, tais como: · Amarração do navio; · Cabos de
segurança;
· Embornais;
· Observação ao redor do navio quanto à presença de óleo;
· Manômetros das tomadas de carga que não estão em uso, inclusivo do bordo oposto.
• As ulagens dos tanques dados como carregados devem continuar a ser acompanhadas
até o final da operação, para garantir que não está havendo movimentação de carga não
planejada;
• Caso haja água acumulada no trincaniz, a mesma deve ser drenada para o mar, caso
esteja isenta de óleo, ou para o tanque slop, caso esteja contaminada por óleo;
• O nível de óleo e a pressão de trabalho das unidades hidráulicas de acionamento das
válvulas de carga devem ser verificados periodicamente. Como boa prática e sempre que
possível em termos de esforços, o último tanque a ser finalizado deve ser um tanque a
meia-nau, para minimizar o efeito sobre o trim e o cuidado com os esforços para não
termos surpresa quanto a operação. Os alarmes de nível alto dos tanques de carga e de
alagamento da casa de bombas devem ser testados antes de cada operação. As válvulas da
caixas de mar do sistema de carga devem ser testadas segundo as orientações da
publicação da OCIMF – Prevention of Oil Spillages Through Cargo Pumproom Sea Valves. A
válvula de descarga alta de costado e as válvulas das caixas de mar do sistema de carga
devem ser fechadas e lacradas.
Limpeza de tanques:
A operação de limpeza de tanques de um navio petroleiro é efetuado com os seguintes
objetivos:
• Preparação de tanques para troca de produtos para que não contamine o produto que
será carregado;
• Preparação para lastro limpo.
• Inspeção de tanques
• Manutenção de redes e válvulas. A limpeza dos tanques de carga deve ser efetuada
sempre em circuito fechado. Admite-se a limpeza em circuito semiaberto em viagem,
cumprindo o anexo I da MARPOL quanto ao descarte de misturas oleosas. A limpeza dos
tanques para troca de produtos deve seguir as instruções do afretador ou na sua falta,
seguir as recomendações contidas no Tank Cleaning Guide. No planejamento das
operações de lavagem de tanques, o risco principal é de incêndio ou explosão que surgem
da presença simultânea de uma atmosfera inflamável e de uma fonte de ignição. O foco,
portanto, deve ser para eliminar um ou mais dos perigos que contribuem para esse risco,
chamados de os lados do triângulo do fogo ar/oxigênio, ignição e combustível (ex: vapores
inflamáveis). O método que oferece o mais baixo risco é o de lavar um tanque com uma
atmosfera inerte. A condição inerte não oferece ambiguidades; por definição, para um
tanque ser considerado inerte ele deve satisfazer as exigências da SOLAS para a
inertização dos tanques de carga e reduzindo o conteúdo de oxigênio da atmosfera de
cada tanque para um nível que a combustão não possa ocorrer. Durante as operações de
lavagem do tanque, devem ser tomadas medidas a fim de verificar que a atmosfera no
tanque permanece não inflamável (conteúdo de oxigênio não superior a 8% por volume)
e a uma pressão positiva. Uso do SGI.
Procedimentos adicionais quando operando cargas contendo concentrações de H2S muito
altas:
As Companhias e os Terminais devem desenvolver procedimentos adicionais para serem
empregados quando as cargas sendo operadas com níveis muito altos de H2S. (100 ppm no
espaço vapor é considerado ser um limite razoável). Sempre que houver probabilidade de
concentrações muito altas de H2S estarem presentes, devem estar disponíveis Aparelhos de
Respiração de Emergência para Fuga (Máscara de Fuga) para todo o pessoal trabalhando em
áreas de risco que já deverão estar portando um instrumento pessoal de
monitoramento/alarme para o gás H2S. As pessoas devem ser instruídas para, se o alarme de
seu instrumento for ativado, pôr a Máscara de Fuga e imediatamente deixar a área em
direção contrária ao vento. Devendo informar o controle central local da presença de altas
concentrações de gás a fim de que os procedimentos apropriados possam ser iniciados.
Quando a presença de H2S é conhecida, deve sempre ser utilizado o equipamento de
respiração autônomo se for considerado necessário violar a integridade do sistema de carga e
uma atmosfera livre dos vapores não puder ser garantida. Isto inclui as seguintes atividades:
• Abertura da boca de medição e amostragem.
• Remoção de flanges para a conexão de mangotes ou braços de carregamento ou a
desconexão dos braços ou mangotes e flangeamento após as operações com a carga.
• Limpeza de filtros.
• Drenagem de linhas para abrir retenções.
• Limpeza de derrames. Os procedimentos devem permitir somente o uso de suprimento de
ar pelo conjunto de respiração autônomo. Não devem incluir o uso de respiradores com
cartuchos químicos para proteção contra vapores de H2S, uma vez que as concentrações na
atmosfera podem exceder a capacidade operacional do respirador.
Sistema de gás inerte (SGI):
Gás inerte é um gás ou uma mistura de gases que não contém oxigênio suficiente para
permitir que ocorra a combustão de hidrocarbonetos. O gás inerte em navios de produtos
escuros é normalmente proveniente dos gases de descarga de caldeira. Já nos navios de
produtos claros, geralmente se utilizam geradores de gás inerte a diesel para a obtenção
de um gás com menor teor de impurezas para evitar o risco de contaminação da carga.
Teoricamente, os gases de hidrocarbonetos não conseguem queimar em uma atmosfera
com teor de oxigênio inferior a 11% em volume. O sistema de gás inerte deve ser capaz de
manter nos tanques de carga uma atmosfera com teor de oxigênio de 8%, valor esse
adotado, na prática, para garantir uma margem de segurança em relação aos 11% acima
citados. A figura abaixo representa os percentuais de oxigênio de hidrocarbonetos em
uma atmosfera inertizada e a área sombreada, a faixa onde ocorrem misturas inflamáveis,
que podem gerar risco de incêndio ou explosão.
O leme - Comandado pelo timão ou pela cana do leme, permite o governo de uma
embarcação (nas embarcações com motorizações azipods ou motores fora de
borda, o motor é o próprio leme). Via de regra, é feito de metal, madeira ou fibra de
vidro
Caldeiras Aquatubulares –
As caldeiras flamotubulares têm o inconveniente de apresentar uma superfície de
aquecimento muito pequena, mesmo se o número de tubos for aumentado.
A necessidade de caldeiras de maior rendimento, rapidez de geração de grandes
quantidades de vapor com níveis de pressão mais elevados, levou ao surgimento da
caldeira aquatubular (1).
Nesse tipo de caldeira, os tubos que, nas caldeiras flamotubulares, conduziam
gases aquecidos, passaram a conduzir a água, o que aumentou muito a superfície
de aquecimento, aumentando bastante a capacidade de produção de vapor.
Neste módulo, serão estudados os vários tipos de caldeiras aquatubulares e suas
principais partes constituintes.
Tipos de caldeiras aquatubulares
Para fins didáticos, dividimos as caldeiras aquatubulares em quatro grandes grupos:
· caldeiras aquatubulares de tubos retos, com tubulão
transversal ou longitudinal;
· caldeiras aquatubulares de tubos curvos, com diversos
tubulões transversais ou longitudinais utilizados na geração
(máximo 5);
· caldeiras aquatubulares de circulação positiva;
· caldeiras aquatubulares compactas.
1) Embora as normas brasileiras (NR-13, NBR 12177 e NBR 11096) denominem
esse tipo de caldeira de “aquotubular”, por contaminação do nome da caldeira
flamotubular, a palavra correta que identifica esse tipo de caldeira é aquatubular.
Caldeiras aquatubulares de tubos retos
As caldeiras aquatubulares de tubos retos consistem de um feixe tubular de
transmissão de calor, com uma série de tubos retos e paralelos, interligados a uma
câmara coletora. Essas câmaras comunicam-se com os tubulões de vapor
(superiores), formando um circuito fechado por onde circula a água. As ilustrações a
seguir mostram o sentido de circulação da água e a circulação dos gases quentes
mediante três passes.
Esse tipo de caldeira, incluindo as de tubulão transversal, conforme figuras abaixo
são as primeiras concepções industriais, que supriram uma gama de capacidade de
produção de 3 até 30 toneladas-vapor/hora, com pressões de até 45 kgf/cm². Os
projetos foram apresentados pelas empresas Babcok & Wilcox e a Steam Muller.
Vantagens e desvantagens das caldeiras aquatubulares de tubos retos
As principais vantagens das caldeiras deste tipo são:
· facilidade de substituição dos tubos;
· facilidade de inspeção e limpeza;
· não necessitam de chaminés elevadas ou tiragem forçada.
Como desvantagens apresentam:·
necessidade de dupla tampa para cada tubo, (espelhos);
· baixa taxa de vaporização específica;
· rigoroso processo de aquecimento e de elevação de carga
(grande quantidade de material refratário).
Caldeiras aquatubulares de tubos curvos
As caldeiras aquatubulares de tubos curvos não apresentam limites de capacidade
de produção de vapor. A forma construtiva foi idealizada por Stirling, interligando os
tubos curvos aos tubulões por meio de solda ou mandrilagem. A figura a seguir
apresenta um esquema de caldeira com quatro tubulões, embora possa ter de três
a cinco, o que confere a este tipo de gerador de vapor maior capacidade de
produção.
Partindo deste modelo, foram projetadas novas caldeiras. Com o objetivo de
aproveitar melhor o calor irradiado na fornalha, reduziu-se o número e o diâmetro
dos tubos, e acrescentou-se uma parede de água em volta da fornalha. Isso serviu
como meio de proteção do material refratário com o qual a parede da fornalha é
construída, além de aumentar a capacidade de produção de vapor.
Vantagens das caldeiras aquatubulares de tubos curvos:
· redução do tamanho da caldeira;
· queda da temperatura de combustão;
· vaporização específica maior, variando na faixa de 30 kg
de vapor/m² a 50 kg de vapor/m2 para as caldeiras com
tiragem forçada;
· fácil manutenção e limpeza;
· rápida entrada em regime;
· fácil inspeção nos componentes
Caldeiras compactas
Dentro da categoria das caldeiras de tubos curvos surgiram as caldeiras
compactas. Com capacidade média de produção de vapor em torno de 30 ton/h,
elas são equipamentos apropriados para instalação em locais com espaço físico
limitado.
Por se tratar de equipamento compacto, apresenta limitações quanto ao aumento
de sua capacidade de produção
Vantagens e desvantagens
As vantagens das caldeiras de circulação positiva são:
· tamanho reduzido;
· não necessitam de grandes tubulões;
· rápida geração de vapor;
· quase não há formação de incrustações, devido à
circulação forçada.
As desvantagens são:
· paradas constantes, com alto custo de manutenção;
· problemas constantes com a bomba de circulação, quando
operando em altas pressões.
Tubulão superior
O tubulão superior, ou tambor de vapor é o elemento da caldeira onde é injetada a
água de alimentação e de onde é retirado o vapor. No interior dele estão dispostos
vários componentes, conforme mostra a figura a seguir.
1. Área dos tubos de descida da água do feixe tubular (downcomers).
2. Área de tubos vaporizantes (riser), que descarregam a mistura de vapor e água
contra a chicana 6. Esta forma uma caixa fechada no fundo e dos lados, com
abertura na parte superior, que projeta o vapor e a água contra a chicana 8.
3. Área dos tubos do superaquecedor, mandrilados no tambor.
4. Filtro de tela ou chevron.
5. Tubo de drenagem da água retirada no filtro.
O tubulão de vapor é construído com chapa de aço carbono de alta qualidade
(ASTM A285 grau C, ASTM A515-60 ou A515-70). O dimensionamento da espessura
do tubulão é feito baseado no código ASME SECTION I e depende do material
usado na fabricação.
Os tubos são mandrilados nos tubulões e se dividem em tubos de descida d’água e
tubos de geração de vapor, que descarregam a mistura água/vapor no tubulão.
Na descarga dos tubos de geração de vapor é instalada uma chicana (chapa
defletora) que é uma caixa fechada no fundo e nos lados, destinada a separar a
água contida no tubulão e amenizar as variações do nível de água, ocorridas no
tubulão de vapor. Existem em alguns casos uma segunda chapa defletora, cuja
finalidade é separar partículas de água ainda contidas no vapor.
Existe ainda no tubulão superior um conjunto constituído de chapas corrugadas,
denominado chevron ou filtro, cuja finalidade é reter a maior quantidade possível de
partículas sólidas ou líquidas arrastadas pelo vapor, antes de o vapor sair para o
superaquecedor.
O tubo de alimentação de água é por onde a água entra no tubulão; a furação deste
tubo deve ser posicionada de modo a que o jato d’água não se dirija contra a chapa
do tubulão. É essencial que o tubo de alimentação esteja sempre bem fixado para
não causar vibração e nem se soltar dentro do tubulão.
O tubo de descarga contínua ou coletor é o responsável pela captação constante de
água de drenagem que elimina sólidos em suspensão prejudiciais à caldeira,
normalmente 1% do volume da água de alimentação.
Em algumas caldeiras podemos ter, também, um tubo de injeção de produtos
químicos instalado no tubulão superior.
Tubulão inferior.
O tubulão inferior, ou tambor de lama, também é construído em chapas de aço
carbono.
Nele, estão mandrilados tanto os tubos de água que descem do tubulão superior
quanto os tubos de vaporização que sobem para o tubulão superior.
No tubulão inferior estão instaladas tomadas para purga ou descarga de fundo,
utilizadas para remover parte da lama e resíduos sólidos originários do processo e
que podem causar corrosão, obstrução e superaquecimento.
A qualidade do tratamento de água de alimentação da caldeira e os tratamentos e
análises do processo determinam a periodicidade das descargas a serem efetuadas.
Cantoneira
No interior do tubulão recomenda-se instalar uma cantoneira que tem a função de
promover uma sucção ao longo do tambor; devido à diferença de pressão no tambor
e na descarga para a atmosfera, esta sucção arrasta a lama de toda extensão do
tambor.
A cantoneira deve ser instalada conforme figura a seguir.
Em caldeiras que não possuem esse tipo de cantoneira, a descarga de fundo remove
principalmente a lama das regiões próximas ao furo da tubulação de drenagem.
Feixe tubular
O feixe tubular (Boilers Convection Bank) é um conjunto de tubos que faz a ligação
entre os tubulões da caldeira. Pelo interior destes tubos circulam água e vapor. Os
tubos que servem para conduzir água do tubulão superior para o inferior são
chamados “downcomers”, ou tubos de descida, e os tubos que fazem o sentido
Os feixes tubulares podem ser:
· Feixe tubular reto: muito usado em caldeiras mais antigas,
nas quais os tubos eram ligados através de caixas ligadas ao tubulão de vapor.
Veja ilustração abaixo.
· Feixe tubular curvado
· Feixe tubular com fluxo cruzado
· Feixe tubular com fluxo axial (utilizado em caldeiras a
carvão com alto teor de cinzas).
Materiais mais comumente utilizados: ASTM-A-178 (tubos com costura) e ASTM-A-
192 e ASTM-A-210 (tubos sem costura)
Parede d’água
Nas caldeiras a fornalha, a parede d’água é formada por tubos que estão em
contato direto com as chamas e os gases, permitindo maior taxa de absorção de
calor por radiação.
Os tipos mais comuns de construção de parede d’água são:
· Parede d’água com tubos tangentes
Os materiais mais comuns usados na construção das paredes de água são: tubo
ASTM A-178 (com costura) e tubo ASTM A-192 (sem costura).
· Paredes de água com tubos aletados
É possível encontrar também paredes d’água montadas com distâncias menores
entre tubos. Com as paredes d’água, o calor ganho por convecção é relativamente
pequeno.
Fornalha
A fornalha, também chamada de câmara de combustão, é o local onde se processa
a queima de combustível. De acordo com o tipo de combustível a ser queimado, a
fornalha
pode ser dividida em:
· Fornalhas para queima de combustível sólido: são as que possuem suportes e
grelhas; podem ser planas, inclinadas ou dispostas em formas de degraus que ainda
podem ser fixos ou móveis. Estas fornalhas destinam-se principalmente à queima
de: lenha, carvão, sobras de produtos, casca de cacau, bagaço de cana, casca de
castanha, etc.
A alimentação do combustível pode ser feita de maneira manual ou automatizada.
Apresentam como desvantagem o abaixamento de temperatura que pode ocorrer
próximo à entrada de combustível, grande geração de resíduos e ter seu uso
limitado em caldeiras de pequena capacidade.
Normalmente, elas trabalham com grande excesso de ar, para melhorar as
condições de fumaça da chaminé.
· Fornalha com grelhas basculantes: é um tipo de fornalha muito usada para a
queima de bagaço como combustível sólido e é dividida em vários setores.
Cada setor possui elementos de grelha denominados barrotes. Estes barrotes se
inclinam sob a ação de um acionamento externo, que pode ser de ar comprimido ou
de vapor. Com a inclinação dos barrotes, a cinza escoa-se para baixo da grelha,
limpando-a. A redução de ar da combustão e a melhor distribuição do bagaço sobre
a grelha aumentam consideravelmente o rendimento da caldeira.
Fornalha com grelha rotativa: é um outro tipo de fornalha para a queima de
combustível sólido na qual a queima e a alimentação se processam da mesma
maneira que na grelha basculante, mas a limpeza é feita continuamente; não há
basculamento dos barrotes. A grelha é acionada por um conjunto motor-redutor, o
que lhe dá pequena velocidade, suficiente para retirar da fornalha as cinzas
formadas num determinado período. O ar de combustão entra por baixo da grelha
e serve para refrigeração, da mesma forma que na grelha basculante.
· Fornalhas para queima de combustível em suspensão: são aquelas usadas
quando se queimam óleo, gás ou combustíveis sólidos pulverizados. Para
caldeiras que queimam óleo ou gás, a introdução do combustível na fornalha é
feita através do queimador. Queimadores
Os queimadores são peças destinadas a promover, de forma adequada e eficiente,
a queima dos combustíveis em suspensão. Em volta do queimador, existe um
refratário de formato cônico que tem grande importância para uma queima
adequada do combustível lançado pelo queimador. Esse refratário tem as
seguintes finalidades:
· auxiliar na homogeneização da mistura ar/combustível, graças ao seu formato;
· aumentar a eficiência da queima, graças a sua característica de irradiar o calor
absorvido;
· dar forma ao corpo da chama. Ao contrário dos combustíveis gasosos, que já se
encontram em condições de reagir com o oxigênio, os óleos combustíveis devem
ser aquecidos e atomizados antes da queima. A preparação consiste em:
· dosar as quantidades adequadas de ar e combustível;
· atomizar o combustível líquido, ou seja, transformá-lo em pequenas gotículas
gaseificar as gotículas através da absorção do calor ambiente (câmara de
combustão);
· misturar o combustível com o oxigênio do ar;
· direcionar a mistura nebulizada na câmara de combustão.
Para combustíveis sólidos pulverizados, a introdução de combustível na fornalha
pode ser feita através de dispositivos de atomização que garantem a granulometria e
a dispersão para queima dentro da fornalha.
Superaquecedor
O superaquecedor é constituído de tubos lisos ou aletados de aço resistente a altas
temperaturas, distribuídos em forma de serpentina, que aproveitam os gases de
combustão para dar o devido aquecimento ao vapor saturado, transformando-o em
vapor superaquecido.
Quando instalados dentro das caldeiras, podem estar localizados, dependendo da
concepção de projeto da caldeira:
· atrás do último feixe de tubos;
· entre dois feixes;
· sobre os feixes;
· na fornalha.
Existem alguns tipos de caldeiras nas quais o superaquecedor é instalado
separadamente da caldeira. Em virtude disso, ele depende de outra fonte de calor
para o
aquecimento.
A transmissão de calor para os superaquecedores pode ocorrer por convecção,
Os superaquecedores correm o risco de ter seus tubos danificados, se não forem
tomados alguns cuidados relativos à garantia de circulação de água/vapor na
superfície interna, nas partidas e paradas da caldeira.
A regulagem da temperatura do vapor superaquecido normalmente é feita atuando-
se nos queimadores, no sentido da chama ou no controle dos gases de combustão,
por meio da abertura ou fechamento de uma válvula “by-pass”, ou seja, de
derivação, instalada no circuito dos gases
Equipamentos periféricos
São considerados também como parte integrante de uma caldeira, outros
equipamentos denominados como auxiliares ou periféricos, cujo bom desempenho e
controle ajudam a boa operação de uma caldeira. Eles são: economizador,
préaquecedor, soprador de fuligem.
Economizador
O economizador tem a finalidade de aquecer a água de alimentação da caldeira.
Normalmente está localizado na parte alta da caldeira entre o tambor de vapor e os
tubos geradores de vapor, e os gases são obrigados a circular através dele, antes
de saírem pela chaminé. Existem vários tipos de economizadores e na sua
construção podem ser empregados tubos de aço maleável ou tubos de aço fundido
com aletas.
Os economizadores podem ser de dois tipos: em separado ou integral.
O economizador em separado é usado nas caldeiras de baixa pressão (25 kgf/cm²).
É construído geralmente de tubos de aço ou ferro fundido com aletas. No seu
interior circula a água e por fora circulam os gases de combustão.
O economizador integral é empregado nas caldeiras de maior capacidade de
produção, apesar de requerer mais cuidados que o economizador em separado.
Todo o gás carbônico e o oxigênio, devem ser retirados da água de alimentação,
porque quando estes elementos são aquecidos aumentam a corrosão pelo lado
interno dos tubos.
A corrosão nos tubos de economizadores pode ocorrer tanto na superfície interna
quanto na externa. Internamente a corrosão pode ser causada por impurezas
contidas na água por deficiência no tratamento. Externamente, a corrosão pode
ser causada pelos gases que carregam elementos contaminantes provenientes do
processo de combustão.
Pré-aquecedor de ar
O pré-aquecedor de ar é um equipamento (trocador de calor) que eleva a
temperatura do ar antes que este entre na fornalha. O calor é cedido pelos gases
residuais quentes
ou pelo vapor da própria caldeira.
A instalação desses equipamentos oferece a vantagem de melhorar a eficiência
da caldeira pelo aumento da temperatura de equilíbrio na câmara de combustão.
Pelo aumento de temperatura dos gases, a montagem da fornalha exige tijolos
refratários fabricados com materiais de melhor qualidade. A existência de pré-
aquecedores causa um aumento na perda de carga no circuito ar/gás de
combustão, exigindo maior consumo de energia no acionamento dos ventiladores.
De acordo com o princípio de funcionamento, os pré-aquecedores de ar podem se
classificar em: pré-aquecedor regenerativo e pré-aquecedor tipo colmeia.
Nos pré-aquecedores regenerativos, o calor dos gases de combustão é transferido
O pré-aquecedor regenerativo tipo Ljungstron é constituído de placas de aço finas
e corrugadas que são aquecidas quando da passagem dos gases de combustão e
resfriadas
quando da passagem do ar. Seu formato assemelha-se a uma roda gigante,
girando lenta e uniformemente.
No pré-aquecedor tipo colmeia, os gases quentes, ao passarem pela colmeia
refratária, trocam o calor com o ar frio que vai para a combustão.
Alguns tipos de caldeiras fazem o pré-aquecimento do ar, utilizando-se do próprio
vapor gerado. Este equipamento é denominado pré-aquecedor de ar a vapor.
Sopradores de fuligem
Os sopradores de fuligem (ramonadores) permitem uma distribuição rotativa de um
jato de vapor no interior da caldeira e tem por finalidade, fazer a remoção da
fuligem e depósitos formados na superfície externa da zona de convecção das
caldeiras.
A figura a seguir mostra como é feita esta sopragem.
Os tubos sopradores são providos de orifícios e são distribuídos em pontos
convenientes de modo a garantir jateamento na maior área de aquecimento
possível.
Um outro tipo de ramonador consiste de um dispositivo que introduz o tubo de
sopragem no interior da zona de convecção, sendo acionado manual ou
automaticamente.
Compressor
Refrigeração
Industrial -
Cuidados no Manuseio da Carga:
Propriedades do Produto –
CIMENTO A GRANEL
1400 a 1600
1400 a 1600
GESSO EM PÓ 1400
CIMENTO-AMIANTO 1900
Blocos LAJOTAS CERÂMICAS 1800 a 2000
artificiais
TIJOLO FURADO 1100 a 1400
AÇO 7800
ALUMÍNIO 2600
BRONZE 8500
CHUMBO 11300
Metais COBRE 8900
ESTANHO 7400
LATÃO 8500
ZINCO 7200
MATERIAL kg/m3
MADEIRAS DE DUREZA
MÉDIA (CANELA, CEREJEIRA,
EUCALIPTO, FREIJÓ, IMBUIA, LOURO, 600 a 750
PEROBA DO CAMPO, PAU MARFIM E
Madeira VINHÁTICO)
ALCATRÃO 1200
ÁLCOOL 800
Materiais CIMENTO EM PÓ
CLINKER DE CIMENTO
1100 a 1700
1500
diversos CORTIÇA AGLOMERADA 400
LENHA 500
PORCELANAS 2200
RESINAS 1000
BASALTO 1700
1600
materiais BRITA GRANÍTICA 1800
GNAISSE 2600