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Objetivo
Este manual é destinado apenas ao treinamento, com a intenção de documentar os
regulamentos e regras das autoridades do governo e outras instituições envolvidas nas atividades
das indústrias offshore e de Marinha Mercante no Brasil, aplicadas para regulamentação das
operações com helicópteros em helideques marítimos.
O propósito deste documento é refletir os padrões adotados no território brasileiro através
das Normas da Autoridade Marítima (NORMAM – 27/DPC). Onde outros padrões forem adotados ou
usados, todos os esforços devem ser feitos para que sejam identificados e seguidos conforme
exigências locais.
É essencial que os regulamentos e as regras internas da sua companhia sejam cumpridos
durante todo o tempo. Qualquer mudança de procedimento que possa beneficiar em melhoria geral
da segurança das operações com o helicóptero e do pessoal envolvido nelas, obtidas neste curso,
devem ser primeiramente discutidas com os representantes legais da empresa.
Este manual possui notas de rodapé que indicam a localização das referências citadas em
suas diversas páginas, de modo que, além das informações contidas, o leitor tem em mãos não
somente um recurso didático, mas, também, orientação para localização de referências. Por
exemplo, na citação “Após a Inspeção de Fiscalização, a DPC emitirá o RVH 1” (ver rodapé), a
indicação RVH1 trará a página onde se localiza a referência e a Publicação citada. Desta forma,
durante seus estudos, o aluno poderá fazer uso deste manual tendo como fonte de consulta a
própria NORMAM-27, além de outras Publicações referentes à operação de helideque.
Qualquer informação suplementar ou revisão não será introduzida automaticamente.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação deve ser reproduzida,
armazenada ou transmitida de qualquer forma ou meio, não estando limitado a: eletrônico,
mecânico ou fotocopiado, sem prévia permissão.
1
RVH: Relatório de Vistoria de helideque.
Operação de Helideques
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NORMAM 27
LEGISLAÇÃO REFERENTE A HELIDEQUES
São elas:
2
Texto “ipsis litteris” à alínea a), item 0104, Pagina 1-1 da NORMAM-27.
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3
Artigo 0103, alínea e), página 1-1, da NORMAM-27/REV2.
4
Assunto abordado no Capítulo 6 – Atividades da EMCIA.
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Sob a liderança do ALPH, a EMCIA tem como finalidade principal minimizar as graves
consequências de um acidente aeronáutico, para isso cada componente (BOMBAV e Assistentes do
Helideque) deverá conhecer a sua função e estar apto a exercê-la.
Dano por Objeto Estranho (DOE) / Foreign Object Damage (FOD) - é o acrônimo da
expressão “Dano por Objeto Estranho”. Refere-se a danos causados por objetos que possam ser
aspirados pelos motores ou possam colidir com alguma aeronave.
Patrulha do DOE – é a inspeção diária realizada na AAFD, antes das operações aéreas, para
limpá-la de objetos e detritos que possam causar danos à aeronave.
Figura 6 - Exigência
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Exigências Impeditivas; e
Não Impeditivas.
a) Exigências Impeditivas
São aquelas que comprometem diretamente a segurança das operações aéreas e ocasionam
a interdição do helideque, sendo emitida uma Notificação de Interdição, firmada pelo responsável
da embarcação/plataforma.
Após a constatação da retificação da exigência, a DPC solicitará à ANAC a
abertura/reabertura ao tráfego aéreo.
b) Não Impeditivas
São exigências que poderão resultar em restrição à realização das operações aéreas.
O helideque poderá operar pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por um único
período de até 30 (trinta) dias, a critério da DPC. Terminado este prazo sem que a exigência tenha
sido cumprida pelo armador e verificada pela DPC, será solicitado à ANAC o cancelamento da
Portaria de Homologação.
Nota: Após o cancelamento da Portaria de Homologação, deverá ser realizada uma nova Vistoria
Inicial para que a embarcação/plataforma seja novamente autorizada a operar o helideque.
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Embarcação Offshore
É qualquer construção, inclusive as plataformas marítimas flutuantes, e quando rebocadas,
as fixas, suscetível de se locomover na água, empregada diretamente nas atividades de prospecção,
extração, produção e/ou armazenagem de petróleo e gás.
Helideque
É um heliponto situado em uma estrutura sobre água, fixa ou flutuante. É também chamado
de helideque offshore.
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Helideque Adaptado
É uma área de pouso adaptada, localizada a meia-nau, sobre a tampa do porão de carga
(hatch cover), de Navios de Carga Geral ou Graneleiros, ou na lateral do convés principal de outros
tipos de navios.
As operações de pouso e decolagem nos helideques adaptados, homologados, estão
autorizadas somente com os navios fundeados ou com máquinas paradas e no período diurno, para
embarque e desembarque de agentes públicos/práticos e remoção de essoas feridas ou doentes
para local onde possam receber assistência médica adequada.
Certificação
É o ato oficial mediante o qual a DPC atesta que um helideque apresenta condições
satisfatórias de segurança para realização de operações com helicópteros nas AJB.
Homologação
É o ato oficial mediante o qual a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autoriza a
abertura de um determinado helideque ao tráfego aéreo, para a realização de operações com
helicópteros.
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Interdição
O ato oficial mediante o qual a ANAC promulga a interrupção das operações aéreas,
definitiva ou temporariamente em um determinado helideque.
Navio Mercante
Para fins desta norma, é o navio de bandeira nacional ou estrangeira, empregado no
transporte de carga, atividades de prospecção, extração, produção e/ou armazenagem de petróleo
e gás ou transporte de passageiros nas AJB, com finalidade comercial.
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Plataforma Desabitada
É uma plataforma marítima fixa, operada remotamente, dotada de helideque, com
instalações habitáveis para pernoite de, no máximo, cinco (5) pessoas.
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Semi-Submersíveis;
Auto-Eleváveis;
Navios Sonda;
Unidades de Pernas Tensionadas (Tension Leg);
Unidades de Calado Profundo (Spar);
Unidade Estacionária de Produção;
Armazenagem e Transferência (FPSO;) e
Unidade Estacionária de Armazenagem e Transferência (FSU).
Requerente
É o Armador brasileiro, a Empresa Brasileira de Navegação, o afretador, o operador ou o seu
preposto, com representação no país, que solicita serviços de regularização de helideque.
Autorização Provisória
Tem a finalidade de atender às necessidades
imediatas de operação. A DPC poderá recomendar a
emissão de uma Autorização Provisória para a
realização de operações aéreas em um determinado
helideque que venha a ingressar nas AJB, desde que
esteja em operação no estrangeiro.
Para isso, será necessário que:
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Vistoria
É a ação oficial mediante a qual, militares qualificados pela DPC inspecionam, in loco, um
determinado helideque, verificando se suas instalações, equipamentos, pessoal e material atendem
aos requisitos mínimos estabelecidos nesta norma, de modo a assegurar a existência de condições
satisfatórias para a condução de operações com helicópteros nas AJB em segurança.
Vistoria Inicial
Para iniciar a condução de operações aéreas nas AJB os helideques deverão ser submetidos
à Vistoria Inicial, para seu registro, certificação e homologação, que serão válidos por três (3) anos,
podendo ser renovados antes do término do prazo de homologação.
Vistoria de Renovação
Após três (3) anos da Homologação ou Vistoria Inicial, a próxima vistoria será a de
Renovação deverá ocorrer antes do término do prazo de vigência da Portaria de Homologação, a
fim de que seja verificada a manutenção das condições técnicas do helideque e renovadas as suas
Certificação e Homologação.
A data do protocolo de entrada do requerimento na Secretaria da DPC deverá anteceder em,
no mínimo, 10 (dez) dias úteis à data desejada pelo requerente para a realização da vistoria.
De acordo com o Anexo 1-F, segue a lista abaixo descreve as Exigências Impeditivas:
4. Ausência da biruta;
5. Ausência de tripulantes habilitados previstos para a operação do bote de Resgate;
6. Ausência do ALPH habilitado;
7. Número de BOMBAV habilitados inferior a dois (H-1) ou a três (H2 e H3);
8. Ausência de Radioperador de Plataforma Marítima (RPM) habilitado;
9. O ALPH não fala o idioma português;
10. O RPM não fala o idioma português;
11. RPM com o Certificado de Habilitação Técnica (CHT) vencido;
12. Inoperância do sistema de combate a incêndio;
13. Mau funcionamento do canhão, não permitindo a produção de espuma em 15
(quinze) segundos;
14. Pressão do sistema de combate a incêndio insuficiente para o jato cobrir toda a
extensão do helideque;
15. Mau funcionamento do sistema de içamento/arriamento e da embarcação de
resgate; e
16. Não guarnecimento da EMCIA durante o pouso e decolagem do helicóptero.
17. A embarcação não possui HMS.
18. O RPM não visualiza o HMS da sala de rádio.
19. A embarcação/plataforma não possui a luz de condição do helideque (status light).
20. A área de toque não se encontra centralizada.
21. Sensores de medição (MRU – pitch, roll e heave do HMS, anemômetros e sensor de
temperatura) sem calibração e com calibração vencida.
Nota: Esta relação não esgota as exigências impeditivas e será dinâmica, sofrendo
atualizações, em função de diversos fatores como, por exemplo, a evolução dos recursos
tecnológicos e procedimentos operacionais.
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Requisitos Fundamentais
Para projetar a estrutura de um helideque, o engenheiro necessitará como ponto de partida,
definir a sua localização, as dimensões e o peso do maior e mais pesado helicóptero que a estrutura
deverá ser capaz de suportar.
Para definir esses requisitos fundamentais o engenheiro poderá, como dado de projeto:
Localização do Helideque
b) A AAFD deve estar posicionada, em relação às demais estruturas, de tal forma que
exista um setor livre de obstáculos abaixo do nível do helideque, fora do setor de
gradiente negativo, que permita uma aeronave aproximar-se e decolar ou arremeter
com segurança, mesmo que apresente perda de potência dos motores;
c) A AAFD deve também ser localizada de forma a minimizar a ocorrência de turbulência
sobre o helideque, originada pelo escoamento do vento nas estruturas da instalação;
d) Não devem existir, sobre o helideque, gases da combustão de queimadores que
alterem os parâmetros ambientais para os quais o voo foi planejado. Aumentos
repentinos na temperatura ambiente podem causar diminuição de desempenho do
motor e da eficácia do rotor em um estágio crítico da operação do helicóptero. Os
projetistas devem, portanto, tomar muito cuidado com a localização e com a elevação
das descargas de gases em relação à AAFD;
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Ponto de Referência
É o ponto localizado na linha periférica da AAFD, escolhido criteriosamente com base nas
estruturas existentes nas proximidades do helideque, que serve de referência para definir o Setor
Livre de Obstáculos (SLO) e de Obstáculos com Alturas Limitadas (SOAL).
Chevron
Figura geométrica pintada na cor preta, na parte externa da faixa que define o imite da
AAFD, em forma de “V”, onde seu vértice define a origem do SLO.
Figura 28 - Chevron
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Nota:
Categorias de Helideques
Em função do diâmetro “D” do maior helicóptero que poderá operar, os helideques serão
classificados nas categorias (H) definidas de acordo com a tabela seguir:
H1 < 16 m
H2 Entre 16m e 24m
H3 > 24m
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1. Toda a superfície deverá ser pintada na cor verde-escuro ou cinza, com tinta
antiderrapante, e todas as marcações sobre ela deverão ser feitas com materiais não
deslizantes.
Nota: É recomendável a pintura da área externa à AAFD com outras cores, de modo a não
confundir os pilotos quanto ao tamanho do helideque.
I. O alumínio ser fosco para não ofuscar a visão dos pilotos por reflexão da
luminosidade ambiente (ex.: raios solares); e
II. A cor do alumínio deve prover contraste adequado à perfeita visualização,
individualização e identificação das linhas de marcação das diversas áreas
pintadas da AAFD (Área de Toque, etc.).
III. Para realçar, essas linhas deverão ser contornadas por uma faixa de dez (10)
centímetros de largura, pintada na cor preta ou possuir o fundo preto.
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Auxílios Visuais
Os auxílios de sinalização e iluminação foram desenvolvidos, principalmente, para auxiliar
aproximações de não precisão e operações em condições meteorológicas visuais.
Área de Toque
É a parte da AAFD, com dimensões definidas por uma faixa circular na cor amarelo, inclusive,
que contém o Sinal de Identificação “H”, na qual é recomendado o toque do helicóptero ao pousar.
13
NORMAM-27/Rev2, Página 3-2.
14
Artigo 0303: Página 3-2, da NORMAM-27/REV2
15
Artigo 0305: Página 3-2, Idem.
16
Ibidem, página 3-B-1.
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As dimensões dessa área deve ser a de um círculo com diâmetro interno igual a 0.5 (D)
do maior helicóptero que irá operar.
O limite da área de toque deverá ser demarcado com uma faixa circular de 1,0 metro de
largura na cor amarela. A tripulação da aeronave deverá se orientar pelo círculo de toque para um
pouso normal, de modo que, quando o assento do piloto estiver sobre a faixa circular, e as rodas
principais do trem de pouso estiverem dentro da Área de Toque, todas as partes do helicóptero
estarão livres de quaisquer obstáculos com margem de segurança.
Ressalta-se que, apenas o posicionamento correto sobre a Área de Toque garantirá um
distanciamento adequado com relação a obstáculos. A área de Toque deve apresentar uma
superfície antiderrapante para operações de helicóptero.
O operador da instalação deve assegurar que o helideque esteja livre de óleo, graxa, gelo,
neve, água acumulada na superfície ou qualquer outro contaminante (particularmente guano) que
possa degradar o atrito superficial.
Notas:
17
Ibidem, Página 11-A-1.
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18
Ibidem, página 5-3.
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A AAFD deve estar posicionada, em relação às demais estruturas, de tal forma que exista um
SLO, abaixo do nível do helideque, conforme a imagem abaixo:
As alturas máximas permitidas para os equipamentos essenciais, em relação ao helideque,
como luminárias e equipamentos de combate a incêndio existentes no SLO e externos à AAFD, não
deverão ultrapassar 0,25m, ou exceder 0,05m para helideque onde o valor D é de 16m ou menos.
Nota: A bissetriz do SLO deve passar normalmente através do centro da Área de Toque.
19
Ibidem, página 4-A-1.
20
Ibidem, página 4-B-1.
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Variação do Chevron
É aceitável uma variação de até 15º no sentido horário ou anti-horário, no entanto, o “H”
deve ser direcionado para que o seu traço horizontal fique paralelo à bissetriz do SLO de 210°
variado, conforme a figura abaixo:
Observação:
22
1. Para o SLO, a distância horizontal dos obstáculos abaixo do nível do helideque, fora
do setor do gradiente negativo, deverá ser tal que forneça uma separação vertical
segura compatível com os modelos de helicópteros classe de desempenho 1 e 2, no
caso de perda de um motor no pouso ou na decolagem.
2. Mesmo com a rotação do Chevron as medidas do SOAL deverão ser realizadas do
centro do sinal de identificação.
Gradiente Negativo
É necessário considerar a possibilidade de a aeronave perder altura de voo durante os
últimos momentos da sua aproximação ou de não conseguir manter o voo horizontal nos primeiros
instantes após a decolagem.
Dessa forma, deve-se fornecer proteção abaixo do nível do helideque neste setor crítico.
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Em relação à vista de topo do helideque, a partir do seu centro, imaginando uma linha
perpendicular à bissetriz do ângulo do SLO (chevron), deve ser considerado um setor de pelo menos
180º.
Com relação à vista de perfil, o setor é contado a partir da extremidade da tela de proteção
até a superfície da água, com o gradiente de 3m (vertical) para 1m (horizontal).
21
Ibidem, página 4-C-1 a 4-C-3.
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Nos acessos (plataformas dos BOMBAV) será contado a partir de sua balaustrada, porém
deverá ser pintada a faixa de alerta conforme descrito na imagem abaixo:
Nesse caso, deverá ser pintada uma faixa de cinquenta centímetros de largura, nas cores
preto e amarelo, junto à linha limite da AAFD, na direção do obstáculo, conforme a figura abaixo,
descrito no o Anexo 4-C22 da NORMAM-27, a fim de alertar os pilotos quanto à sua existência.
Não se deve permitir nenhum obstáculo neste setor de 180°, ressalvando-se os navios que
realizam operação offloading, onde podem ser aceitos, devendo ficar confinados a um arco não
superior a 120° (cento e vinte graus) subtendido do centro do helideque e cumprir os requisitos,
conforme a figura abaixo, apresentado no Anexo 4-C23 da NORMAM-27.
22
Idem.
23 Ibidem, página 4-C-1 a 4-C-3
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O Comandante e/ou Responsável pela Unidade deverá adotar procedimentos que garantam
que os pilotos das aeronaves sejam informados da existência de obstáculos no que tange ao
gradiente negativo.
24
Ibidem, página 4-F-1.
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Nota:
25
0.62D: a distância do Limite Externo 1, a partir do centro da área de toque, deverá ser igual 62% do comprimento total
(D) do maior helicóptero que operar nesse helideque.
26
0.83D: a distância do Limite Externo 2, a partir do centro da área de toque, deverá ser igual a 83% do comprimento total
(D) do maior helicóptero que operar nesse helideque.
27
NORMAM-27/Rev2, página 4-1.
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Normalmente, os obstáculos são pintados com listras diagonais nas cores vermelha e branca,
preta e amarela ou outras combinações de cores contrastantes com as estruturas existentes,
conforme o Anexo 4-E.
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No caso de unidades que possuam antenas nesta situação, uma alternativa é utilizar
dispositivos com cores que realcem a sua posição, desde que os mesmos não sejam passíveis de se
desprenderem com a turbulência provocada pelos rotores. NÃO É RECOMEDÁVEL A AERONAVE
REALIZAR APROXIMAÇÃO PARA POUSO PELO SOAL.
A tripulação deve manter dentro do seu campo de visão, os obstáculos existentes no SOAL
durante as operações de pouso e decolagem. O rotor de cauda deverá estar voltado para a área
livre de obstáculos.28
Setores de obstáculos:
Pousos e Decolagem
As operações de pouso e decolagem nos helideques adaptados, homologados, estão
autorizadas somente com os navios fundeados ou com máquinas paradas e no período diurno, para
embarque e desembarque de agentes públicos/práticos e remoção de pessoas feridas ou doentes
para local onde possam receber assistência médica adequada.
Nas situações em que seja estabelecida emergência, por um médico ou, na sua ausência, um
enfermeiro, técnico de enfermagem ou Comandante do navio para a remoção de pessoas feridas ou
doentes para local onde possam receber assistência médica adequada, estão autorizadas operações
no período noturno. Nesse caso, deve ser fornecida uma iluminação para o helideque adaptado.
28
NORMAM-27/Rev2, página 4-3.
29
Idem, Anexo 12-A.
30
Idem, Anexo 12-B.
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Os holofotes devem ser adequadamente instalados para garantir que a fonte de luz não seja
diretamente visível pelo piloto. O arranjo de iluminação deve garantir que as sombras sejam
reduzidas ao mínimo.
Nota: Em nenhuma situação está autorizado o corte dos motores da aeronave nesses helideques.
31
Ibidem, página 2-E-1.
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Esse documento deverá ser válido por cinco (5) anos, e ter sido emitido há no máximo dois
(2) anos da solicitação da vistoria, de modo a contemplar todo o período de vigência da Portaria de
Homologação.
Rede Antiderrapante
A rede antiderrapante tem finalidade de evitar que aeronaves venham a deslizar em
decorrência do jogo da plataforma ou da embarcação, quando operando em condições climáticas
adversas (vento forte, chuva, etc.).
Em embarcações com coeficiente de atrito cujo valor é de no mínimo 0,65, comprovado pelo
certificado de teste exigido na alínea c) do artigo 0303 da NORMAM-27 32, é opcional o uso de redes
antiderrapantes, porém recomenda-se a utilização de calços e deverá ser cumprido o período entre
testes de acordo com a tabela a seguir:
32
Alínea c do Artigo 303: Certificado do Coeficiente de Atrito.
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Nota: As dimensões das redes, devem ser ajustadas para cobrir toda área de toque, podendo ter
qualquer formato.
Búricas
Búricas são dispositivos instalados na superfície dos helipontos destinados à amarração dos
helicópteros, por intermédio de peias (cintas).
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As búricas devem ser distribuídas de maneira, concêntricas à Área de Toque, contendo seis
búricas em cada circunferência e deverão formar com as peias, pontos de amarração com ângulos
dentro dos limites recomendados pelos fabricantes dos helicópteros. Cada círculo deverá conter 6
búricas distribuídas uniformemente no seu perímetro.
Os raios deverão ser, na ordem crescente, de 2,5m, 5m, e 7m, conforme o Anexo 3-A33,
representado na ilustração abaixo:
Quando não for possível instalar as búricas seguindo as regras acima, os raios e o
espaçamento entre elas poderão variar, devendo ser o mais uniforme possível.
A quantidade mínima de búricas e os raios das circunferências para a sua distribuição variam
de acordo com a categoria do helideque.
A distribuição das búricas no helideque deverá atender a quantidade especifica de acordo
com as categorias estabelecias a seguir:
33
NORMAM-27/Rev2, página 3-A-1.
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H3 18
1 2
Figura 57 - Búricas Tipo Faceando o Piso (1) e Escamoteável (2)
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seguras para a condução das operações aéreas do maior helicóptero a operar naquele helideque, de
acordo com o Anexo 3-C34.
Nesse caso, o responsável técnico da empresa deverá apresentar a Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) e cópia do registro no CREA. Esse documento terá a validade de 3,5
anos, e ter sido emitido há, no máximo, seis meses da solicitação da vistoria.
Obs.: As unidades já em operação, que não cumprem esse requisito, deverão prover o
encaixe entre peias e búricas utilizando manilhas ou cintas de amarração de carga, com resistência
igual ou superior à das peias.
Tela de Proteção
As telas de proteção devem ser instaladas ao redor da área do helideque, exceto quando
existir proteção estrutural que venha prover segurança suficiente ao pessoal envolvido nas
operações aéreas. Devem ser constituídas por material flexível e resistente ao fogo.
1. A tela de proteção deve ter uma largura mínima de 1,5m no plano horizontal, a partir
da borda externa do helideque, podendo incluir a calha de drenagem;
2. A malha da tela de proteção deverá possuir dimensões de no máximo, 0,10m x 0,10m;
3. O espaçamento entre as telas e a borda do helideque, e entre as seções das mesmas
não deverá exceder 0,10m. Caso as características de construção impeçam esse
espaçamento com as redes rebatidas, tais espaços deverão ser fechados com rede do
mesmo material;
4. A extremidade inferior da tela de proteção deve ficar no mesmo nível do helideque
ou em um nível um pouco abaixo da calha de drenagem, quando existente. A tela
deverá possuir inclinação aproximada de 10° para cima em relação ao plano
horizontal. A extremidade superior da tela de proteção poderá ficar ligeiramente
34
NORMAM-27/Ver, página 3-C-1
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35
NORMAM-2/REv2: página 2-D-1
36
Idem, Artigo 1103, Alínea a), Página 11-1.
37
Idem, página 11-1-A.
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Acessos ao Helideque
A fim de prover vias de combate a incêndio, independentemente do vento reinante, e de
modo a permitir a eventual evacuação de feridos, deverão existir no mínimo, os seguintes acessos
fora da AAFD, e preferencialmente equidistantes.
Nos casos em que corrimãos associados aos pontos de acessos do helideque excedam a
elevação máxima permitida de 0,25m no entorno da AAFD, estes devem ser do tipo dobrável ou
removível, sendo obrigatoriamente rebaixados durante a realização das operações aéreas, de
maneira que não obstruam os acessos ou as saídas de emergência.
O acesso de emergência poderá estar dentro da AAFD, fora da área de toque, porém, deverá
ter no máximo 0,025m de altura em relação ao piso do helideque, não constituindo um obstáculo.
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O líquido escoado deverá ser direcionado diretamente para tanque próprio que evite que
eventual incêndio no helideque se propague para outras áreas de conveses inferiores.
38
NORMAM-27/Rev2, página 4-1.
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O sinal “H” deverá possuir uma altura de 4m e a largura de 3m, sendo a largura das faixas de
0,75m. Para os helideques com um valor D abaixo de 16m, as dimensões do “H” podem ser
reduzidas para 3m x 2m x 0,5m.
Caso o piso seja de alumínio, a pintura deverá atender ao contido no item 0303 alínea “b”. As
dimensões e o posicionamento do “H” estão indicados na ilustração do Anexo 5-B 39.
Seus caracteres alfanuméricos (nome ou indicativo visual) deverão ser pintados entre o início
do SLO e o Limite da Área de Toque, conforme indicado na ilustração do Anexo 5-C.
39
Idem, página 5-B-1
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Sinalização do nome
e/ou indicativo
Quando o nome e/ou indicativo visual for uma composição de letras e números, devem ser
utilizados algarismos arábicos ou romanos do mesmo tamanho das letras, podendo ser separados
por um traço.
Nota: O nome da plataforma não poderá ser coberto pela rede antiderrapante.
Indicativo de Localidade
NOME
9PLI
Esta pintura deverá ocorrer em até 30 dias após a homologação do helideque nas Vistorias
Iniciais. As dimensões e o espaçamento entre os caracteres deverão ser conforme o Anexo 5-F 41.
40
NORMAM-27/Rev2, página 5-C-1.
41
Idem, página 5-F-1.
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MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
Quando não for possível a pintura como descrito anteriormente, por falta de espaço físico, os
caracteres poderão ter suas dimensões reduzidas em até 1/3 do tamanho pré-definido.
Carga Máxima
1. Valores inteiros até nove toneladas: serão pintados em 2 (dois) dígitos, utilizando-se
o zero na frente;
2. Os valores decimais deverão ser aproximados para a centena de quilos mais próxima
e separadas do inteiro da tonelada por um “ponto”;
42
NORMAM-27/Rev2, página 5-E-1.
43
Idem, página 5-C-1.
44
Idem, página 5-D-1.
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Nota: Nos helideque localizados sobre balsa, o posicionamento dos numerais deverá estar
conforme o indicado na ilustração do Anexo 11-A45.
Valor de “D”
45
Idem, página 11-A-1.
46
NORMAM-27/Rev2, página 5-G-1.
47
Idem, página 5-H-1.
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48
Idem, página 5-A-1.
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Avisos de Segurança
Deverão ser colocados painéis próximos aos acessos, em locais bem visíveis, pintados com
letras pretas sobre fundo amarelo, com dimensões de 0,80m x 1,60m, com borda de 0,05m e com
recomendações a serem seguidas pelos passageiros que embarcam ou desembarcam dos
helicópteros e pelos demais usuários da aeronave, com as seguintes características detalhadas na
figura abaixo49.
Para helideques circulares as luzes deverão ser igualmente espaçadas ao longo da linha
limite da AAFD, com um mínimo 14 (quatorze) lâmpadas.
Estas luzes devem possuir uma intensidade mínima de 30 candelas (cd) e não poderão
exceder a 60cd. O material usado na confecção das luminárias deverá ser frangível ou do tipo
“tartaruga”. Luminárias do tipo “tartaruga” podem ser instaladas sobre a linha limite da AAFD, com
a altura máxima de 5 centímetros. As cores das luzes de perímetro deverão seguir o padronizado
pela ICAO51. (2009), Anexo 14, Volume 1, Apêndice 1, parágrafo 2.1.1, item C - Limite de
Cromaticidade.
9.3no período diurno ou noturno, sempre que o helideque estiver
Estas luzes serão acesas,
pronto e guarnecido para a realização de operações aéreas; devendo permanecer apagadas quando
não estiver em operações aéreas.
Luzes de Obstáculos
Deverão ser instaladas luzes fixas encarnadas e omnidirecionais nos obstáculos, e nos
pontos de obstrução existentes nas adjacências da AAFD do helideque, e nos locais mais elevados
da plataforma marítima ou da embarcação aéreas. Estas luzes devem possuir uma intensidade de no
mínimo 10 (dez) candelas.
No ponto mais alto da plataforma marítima ou da embarcação deve ser instalada luz de
obstáculo fixa omnidirecional, e encarnada com intensidade entre 25 e 200 candelas.
51 ICAO: Sigla Inglesa de International Civil Aviation Organization. Em português a sigla é OACI – Organização da
Aviação Civil Internacional.
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MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
Quando não for possível instalar luzes nos obstáculos e nos pontos de obstrução, deverão
ser utilizados refletores iluminando-os, como solução alternativa.
Os refletores deverão ser posicionados de forma a não ofuscar a visão dos pilotos por ocasião da
realização dos pousos e decolagens e projetados de forma a produzir uma luminosidade de no
mínimo dez candelas/m².
A status light quando ligada significará que o helideque não oferece condições seguras para
o pouso, e as aeronaves deverão permanecer afastadas ou se já pousadas deverão decolar
imediatamente ou desligar seus motores; quando a status light estiver apagada significa que não há
condição insegura para se operar naquele helideque.
iluminação embutida na circunferência de toque e na letra “H”. Esta iluminação pode ser feita por
uso da tecnologia de LED ou por cordões de luz.
Quando não for possível instalar ou quando não existir a iluminação descrita acima, podem
ser usados holofotes para iluminação da área de toque, de tal forma que a iluminação forneça
indicações de profundidade que permitam ao piloto depreender como está a aproximação do
helicóptero. essas indicações são essenciais para o posicionamento do helicóptero durante a
aproximação final e o pouso.
Os holofotes devem ser adequadamente instalados para garantir que a fonte de luz não seja
diretamente visível pelo piloto em qualquer estágio do pouso. A iluminação deve ser projetada de
forma a fornecer uma iluminação horizontal média de, no mínimo, 10cd com uma taxa de
uniformidade de oito para um. Os holofotes poderão ser controlados pelo ALPH, podendo sua
intensidade ser reduzida ou desligados a pedido do piloto.
52
NORMAM-27/DPC-Rev2, página 5-1.
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Notas:
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Lista de Ferramentas:
Material de apoio:
1 (uma) balança com capacidade mínima para 150kg, com certificado de aferição
válido, colocada nas proximidades do helideque, a fim de efetuar a pesagem de
pessoal, bagagem ou material a ser embarcado na aeronave;
3 (três) pares de calços;
No mínimo, 4 (quatro) peias metálicas, ou de nylon, específicas para amarração de
aeronaves, cujos engates sejam compatíveis com as búricas. Caso não seja possível o
encaixe entre peias e búricas, poderão ser utilizadas manilhas, ou cintas de amarração
de carga, com resistência igual ou superior à das peias;
1 (uma) escada articulada ou de apoio, com altura compatível com as dimensões do
maior helicóptero a operar a bordo; e
1 (uma) lona de sinalização de helideque interditado, Anexo 5-H.
Observação:
Os calços devem ser compatíveis com a roda do helicóptero. A experiência de operação de
helicóptero offshore mostrou que o calço mais eficaz para o uso em helideques é o tipo "sandbag
OTAN". Em alternativa, podem ser utilizados calços tipo “triângulo de borracha” ou de uma só peça
à frente e à ré. O "calço de borracha triangular" é geralmente eficaz em plataformas sem redes.
P á g i n a | 57
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Figura 81 - Bombeiro de
Aviação
Material de Salvamento:
Plataformas Desabitadas
O helideque situado em plataforma desabitada, onde a
capacidade de salvamento é reduzida, deverá ser empregado apenas
para pouso ocasional. Quando existirem pessoas a bordo, a plataforma
deverá ter pelo menos uma com o curso de ALPH, portando um rádio
transceptor VHF aeronáutico ou marítimo portátil, na frequência a ser
combinada com a tripulação durante o briefing.
Figura 82 - Transceptor
VHS Portátil
Os demais não precisam ter o curso de BOMBAV, porém, necessitam saber utilizar os
equipamentos e estar equipados com o traje de combate a incêndio.
Quando não existirem pessoas a bordo, as plataformas desabitadas deverão receber pessoal
habilitado ao guarnecimento do helideque. A EMCIA deverá ser conduzida no primeiro voo e
retirada no último voo para/da plataforma desabitada.
Deverão estar disponíveis, para pronto uso, no mínimo, os seguintes itens:
Ferramentas:
Material de apoio:
Material de salvamento:
Balsa Salva-Vidas
Homologada conforme requisitos previstos na Convenção Internacional para a Salvaguarda
da Vida Humana no Mar (SOLAS), e com capacidade compatível com as aeronaves que podem
operar naquele helideque. Esta balsa deve possuir dispositivo para o seu rápido lançamento em
caso de necessidade.
53
NORMAM-27/Rev2, página 7-1.
P á g i n a | 59
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Embarcações de Resgate
Deverá haver uma embarcação de apoio e uma lancha de resgate próximos à balsa com
helideque. As plataformas e embarcações deverão possuir uma embarcação de resgate rápido
homologada pela DPC para o resgate dos náufragos. Poderão ser aceitas embarcações de resgate
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Aplicação de Espuma
Um sistema de combate a incêndio dotado de monitor de espuma, com linha de
mangueira com comprimento suficiente para alcançar qualquer parte do helideque.
Tais mangueiras poderão ser equipadas com bicos, ligadas ao sistema gerador de
espuma, ou alternativamente com aplicador manual de espuma com utilização de
bombonas.
Extintores de Pó Químico e de Gás Carbônico
Duas unidades de extintores de pó químico de 50 kg e três unidades de gás carbônico
de 6 kg. Poderá haver outra balsa próxima, com os equipamentos e equipes que
alcance toda a extensão da balsa com helideque.
Embarcação de Apoio e Lancha de Resgate
Deverá haver uma embarcação de apoio e uma lancha de resgate próximos à balsa
com helideque.
Material de Apoio de Salvamento
Observar o mesmo material exigido para as plataformas desabitadas, cuja relação
consta no Artigo 1109, página 11-4, das alíneas a) a d), da NORMAM-27/Rev2. 54
54
NORMAM-27/Rev2, página 11-4.
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Dinâmica do Sistema
Os navios e plataformas dotados de helideques
não possuem qualquer vínculo oficial com o SIPAER, de
acordo com a legislação atualmente em vigor.
Apesar disso, como a Equipe de Manobra de
Combate a Incêndio de Aviação (EMCIA) está em
constante contato com a atividade aérea, faz-se
importante que seus componentes, em especial o Agente
de Lançamento e Pouso de Helicópteros, possua um
mínimo de conhecimento sobre a dinâmica do sistema, a
fim de contribuir para evitar ou minimizar as
consequências de um acidente aeronáutico. Figura 89 - ALPH Verificando a Segurança do
Helideque
Elos do Sipaer
São os órgãos, cargos ou funções dentro da estrutura das organizações que têm a
responsabilidade do trato dos assuntos de Segurança de Voo. Nessas organizações, o Elo-SIPAER é
o responsável pelas Vistorias de Segurança, elaboração e/ou revisão do PPAA, atividades educativas
voltadas para a disseminação da Segurança de Voo e pelas análises dos RELPREV, bem como das
ações mitigadoras por ele geradas. Cabe também ao Elo-SIPAER o controle estatístico dessa dos
RELPREV, mantendo um registro das ocorrências e soluções adotadas.
55
Norma de Segurança do Comando da Aeronáutica - NSCA 3-3/2013 7/35.
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Risco
É a avaliação das consequências de um perigo ou ameaça, expresso em termos de
probabilidade e severidade, tomando como referência a pior condição possível. (Agência Nacional de
Aviação Civil - ANAC)
Perigo
Condição, objeto ou atividade que potencialmente pode causar lesões às pessoas, danos a
bens (equipamentos ou estruturas), perda de pessoal ou redução da habilidade para desempenhar
uma função determinada. (Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC)
56
Verificar na página 58 desta apostila.
P á g i n a | 65
MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
Gerenciamento do risco
É a identificação, análise e eliminação, e/ou mitigação de um perigo ou ameaça que afete a
capacidade operacional de uma organização.
O processo tem por propósito reduzir a possibilidade da ocorrência e suas consequências a
um nível aceitável, contando com a alocação equilibrada de recursos para enfrentar, controlar e
diminuir seus efeitos a um nível aceitável, defensável e fácil de explicar. Exemplo: A avaliação das
consequências da possibilidade de que o piloto não consiga controlar a aeronave, em termos de
probabilidade e severidade, é o risco.
Acidente aeronáutico
Ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave – que, no caso de aeronave
tripulada, se dê entre o momento em que qualquer pessoa nela embarca com a intenção de realizar
um voo, até o momento em que todas as pessoas tenham dela desembarcado.57
No caso de uma aeronave não tripulada, considera, também, acidente aeronáutico quando a
ocorrência se dá entre o momento em que a aeronave está pronta para se movimentar com o
propósito de voar, até o momento em que cessa a sua movimentação ao final do voo e seu sistema
principal de propulsão é desligado – na qual ocorra, pelo menos, uma das situações, a seguir:
a) Estar na aeronave;
b) Contato direto com qualquer parte da aeronave, incluindo aquelas que dela tenham
se desprendido; ou
c) Exposição direta ao sopro de hélice, rotor ou escapamento de jato, ou às suas
consequências.
Nota:
57 NSCA 3-3/2013/7-35.
P á g i n a | 66
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Incidente Aeronáutico
Toda ocorrência aeronáutica relacionada com a operação de uma aeronave que não chegue a
se caracterizar como um acidente aeronáutico, mas que afete ou possa afetar a segurança da
operação.58
Ocorrência de Solo
Toda ocorrência, envolvendo
aeronave no solo, do qual resulte dano
ou lesão, desde que não haja intenção
de realizar voo, ou, havendo esta
intenção, o(s) fato(s) motivador(es)
esteja(m) diretamente relacionado(s)
aos serviços de rampa, aí incluídos os
de apoio e infraestrutura
aeroportuários, e não tenha(m) tido
qualquer contribuição da
movimentação da aeronave por meios
próprios ou da operação de qualquer
Figura 96 - Ocorrência de Solo
um de seus sistemas.59
58
Ibidem, página 9-35.
59 Ibidem, página 10-35.
P á g i n a | 67
MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO
Finalidades do PPAA61:
1. planejar e orientar a realização das atividades de Segurança de Voo, por meio das
ferramentas do SIPAER, de modo que a operação aérea se desenvolva dentro de
um nível de segurança julgado aceitável;
2. estabelecer uma ferramenta de GR que permita adotar mecanismos de
monitoramento dos processos organizacionais, a definição de metas, a
identificação de perigos e das condições latentes, bem como a contenção das
falhas ativas e o reforço das defesas do sistema;
3. estabelecer as atividades educativas e promocionais relacionadas à segurança de
voo;
4. estabelecer o monitoramento e a medição dos indicadores das ocorrências do
âmbito do SIPAER, com vistas à melhoria contínua e à garantia da segurança de
voo; e
5. estabelecer programas específicos e ações programadas, adequando-as às
características da missão e da organização, a fim de prevenir as ocorrências
aeronáuticas.
60
Ibidem, página 17-35.
61
Ibidem, página 15/35.
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MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
Qualquer pessoa que identifica uma situação potencial de perigo ou que dela tiver
conhecimento, poderá reporta-la através de um RELPREV e encaminhá-la ao setor responsável de
sua unidade que a enviará a um ELO-SIPAER.
62
NSCA 3-6, Página 13 - Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico (CIAA) - É o grupo de pessoas designadas
para investigar um Acidente Aeronáutico específico, devendo sua composição ser adequada às características deste
acidente.
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MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
sinistro, o que se encontra em seu interior, se possível, os corpos de vítimas fatais, não devem ser
tocados, exceto com a permissão do Presidente da CIAA ou do seu representante.
Deve ser solicitado e principalmente os tripulantes do helicóptero e a EMCIA que relatem
por escrito com suas próprias palavras, em linguagem simples tudo aquilo que presenciaram. É
importante enfatizar que, apesar de ser importante preservar os destroços, em nenhuma hipótese
se pode sequer pensar em retardar qualquer ação que vise o socorro das vítimas e a manutenção da
segurança do navio ou plataforma.
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MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
Sequência de Eventos
São pequenos erros, falhas e omissões que vão agregando e interagindo, até que a
semelhança das pedras de dominó colocada, uma a frente da outra, bastando uma cair sobre a
seguinte e todas cairão.
Chega a um momento em que o acidente torna-se inevitável. Tal momento chama-se ponto
de irreversibilidade de acidente, e todos os seus erros, falhas e omissões, são os seus fatores
contribuintes.
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Fator Material
É a área de abordagem da Segurança de Voo que se refere à aeronave nos seus aspectos de
projeto, fabricação e de manuseio do material, não inclui os serviços de manutenção de aeronave e
relaciona-se com a engenharia aeronáutica e envolve aeronave nos aspectos de projeto, fabricação
e de manuseio do material, tais como carga, corrosão de peças, manutenção, dimensionamento de
peça, fratura por fadiga, deformidade e outros elementos.
Figura 102 - Aspecto de uma Pá do Rotor de Cauda Partida por Fadiga do Material
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Obrigatoriedade
Toda embarcação ou plataforma marítima onde exista um helideque para operação com
helicóptero deverá possuir um PEA/PRE com os recursos humanos e materiais disponíveis. Por
ocasião da realização de Vistoria, a DPC verificará a existência e divulgação do PEA/PRE, bem como
os treinamentos realizados. O PEA/PRE deverá ser amplamente divulgado aos setores envolvidos.
Tipo de Emergência
As diversas ações previstas no PEA/PRE devem ser agrupadas em listas por tipo de
emergência, e não pelas atribuições de cada setor responsável.
Para cada tipo de emergência deve haver uma lista de ações a serem tomadas, indicando
claramente o responsável por aquela ação e pela respectiva supervisão.
Área de Atuação
Para o planejamento e dimensionamento dos recursos necessários à execução do PEA/PRE,
a área de atuação a ser considerada é a área de operação do helideque, a partir do início da
comunicação com o helicóptero. No entanto, devem ser previstos procedimentos para o caso do
recebimento da comunicação de uma aeronave em emergência fora desta área.
P á g i n a | 73
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A partir dessas informações o PEA/PRE da Unidade que estiver em comunicação com essa
aeronave deverá ser acionado, o qual deverá conter os procedimentos abaixo:
TIPO DE COMANDANTE/GERENTE DA
RADIO OPERADOR ALPH
CHAMADA UNIDADE
1) Informar ao
responsável pela 1) Interromper exercícios em
unidade, ao ALPH e andamento que possam
ao patrão do bote interferir com o pouco do Posicionar a
resgate; helicóptero em emergência; EMCIA e testar
URGÊNCIA
2) Acionar o apoio 2) Iniciar registro das os
médico para ficar informações previstas no equipamentos
PAN, PAN, PAN
próximo do Plano Pré-Investigação; de combate a
helideque (médico 3) Estar pronto para eventual incêndio.
ou enfermeiro) acionamento da estrutura
para um eventual de busca e salvamento
atendimento
1) Cumprir as providências
1) Cumprir as previstas para a condição
providências de “urgência” e informar a
previstas para a gerência da unidade em Posicionar a
SOCORRO
condição de terra; EMCIA e testar
“urgência”; 2) Se em embarcação os
MAYDAY,
2) Informar a todos os propulsada, manobrar de equipamentos
MAYDAY,
setores de apoio forma a reduzir a distância de combate a
MAYDAY
para que assumam para a aeronave, e incêndio.
a sua prontidão posteriormente para
máxima oferecer o vento ideal para
recolhimento.
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MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
P á g i n a | 75
MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
Nota: Todo PEA deve enfatizar que qualquer atraso na notificação das fases de emergência
é inaceitável, uma vez que esse retardo reduz a probabilidade de resgatar, com vida, eventuais
vítimas de um acidente aeronáutico.
Comunicação do Acidente
A embarcação/plataforma que estiver operando com a aeronave no momento do Acidente
deverá transmitir ao Órgão de Controle, mensagens Padronizadas previstas no PEA/PRE.
63
NORMAM-27/DPC/Rev 2, página 1-H-1.
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Nessas situações, a desinterdição do local de pouso tem maior prioridade que a preservação
dos destroços ou evidências necessárias para a investigação da ocorrência e deverá ser tomada pelo
responsável da unidade.
O PEA/PRE deve estabelecer procedimentos para que a decisão de desinterditar o local de
pouso ocorra com a presteza necessária e considerando os seguintes aspectos:
Os riscos que possam advir para o helideque, da não remoção dos destroços;
O potencial de degradação que esses destroços possam vir a sofrer por não terem
sido recolhidos a um local abrigado até o início da investigação; e
No caso de navio, o alijamento dos destroços deve ser cuidadosamente avaliado
quando for imperiosa a necessidade da desinterdição do helideque.
Atualização
O PEA deverá ser atualizado sempre que for detectada qualquer deficiência, durante a
aplicação do exercício simulado, na resposta de cada serviço participante nos procedimentos
estabelecidos; ou em atendimento à emergência real; ou quando ocorrer alguma alteração nos
seguintes aspectos:
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Aerodinâmica
Aerodinâmica é a parte da Física que estuda a força do ar sobre os corpos sólidos em
movimento e a dinâmica dos fluidos. O termo aerodinâmica é derivado da combinação de duas
palavras gregas "Aer", significando ar; e "dynamis", que significa força, no sentido de potência, de
onde deriva a palavra dinamite.
Assim, quando juntamos “aer” e “dynamis”, temos a aerodinâmica, que significa a força do ar
(vento), ou o ar em movimento. Logo, aerodinâmica é o estudo dos das forças que agem sobre
qualquer objeto em movimento através do ar.
Tubo de venturi
O tubo de Venturi é um aparato criado pelo físico italiano Giovanni Battista Venturi, para
medir a velocidade do escoamento e a vazão de um líquido incompressível através da variação
da pressão.
Durante a passagem desse líquido por esse tubo cujas seções nas extremidades são mais
largas do que no meio, que é estreitado, Venturi observou que nessas seções há um diferencial
tanto de velocidade quanto de pressão, cuja relação é inversamente proporcional.
Este efeito é explicado pelo matemático suíço Daniel Bernoulli, criador do princípio de
Bernoulli e no princípio da continuidade da massa: “Se o fluxo de um fluido é constante, mas sua
área de escoamento diminui então necessariamente sua velocidade aumenta.”
Por ser mais largo nas extremidades e estreito na zona média, o tubo Venturi ilustra esse
principio da seguinte forma: quando o ar passa através da garganta do tubo a velocidade aumenta,
a pressão estática diminui.
Aerofólio
É uma seção bidimensional, projetada para provocar variação na direção da velocidade de
um fluido. A reação do fluido sobre o aerofólio devido à variação na quantidade de movimento é
uma força, que será decomposta em ângulos normais a direção de seu movimento.
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MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
Perfil do Aerofólio
Há dois tipos de perfis de aerofólio, o perfil simétrico e o perfil assimétrico. O perfil
Simétrico pode ser dividido por uma linha reta gerando assim duas metades iguais.
Já o perfil Assimétrico não pode ser divido por uma linha reta e também não gera duas
partes iguais. O perfil simétrico é utilizado exatamente onde é necessário que o comportamento do
fólio seja simétrico, ou seja, na empenarem (leme e profundo) do avião.
As partes que compõem um aerofólio são as seguintes:
P á g i n a | 79
MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
Na ilustração abaixo, observa-se que as para que as partículas possam contornar o bordo de
ataque mantendo a continuidade, é necessário que exista um decréscimo na pressão local. Como a
energia em um fluido é constante, para que a energia em forma de pressão caia é necessário que a
velocidade aumente.
Estol
É um termo utilizado em aerodinâmica de aviação para explicar o efeito que ocorre quando
há a separação do fluxo de ar do extradorso do aerofólio (asa), formando um turbilhonamento,
resultando em perda total de sustentação.
1. Sustentação: É a força que sustenta a aeronave no ar. Atua na vertical, de baixo para
cima, em sentido oposto à força da gravidade ou peso da aeronave.
2. Arrasto: Arrasto ou Resistência ao Avanço é a resistência do ar à progressão do
movimento da aeronave, que se opõe à tração, produzida pelo moto propulsor
3. Gravidade (ou Peso): É a força da gravidade que atua sobre a aeronave, no sentido
oposto à força de sustentação. O ponto onde se localiza a resultante de toda a força
de gravidade é o centro de gravidade da aeronave.
4. Tração: É a força que "empurra" ou impulsiona a aeronave para frente. A tração é a
força que se opõe à resistência ao avanço (atrito). A tração pode ser conseguida por
um motor convencional, por um motor à reação ou por um motor de foguete.
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Comandos de Voo
A principal característica do helicóptero é poder voar verticalmente, lentamente pairar
próximo ao solo com toda segurança.
Seu controle é realizado por um complexo mecanismo que controla o ângulo de ataque das
pás dos rotores principal e de cauda a partir das ações do piloto, por meio da movimentação dos
comandos coletivo, cíclico e pedais, que funcionam conforme a descrição a seguir:
Comando Coletivo
A alavanca de coletivo altera uniformemente e simultaneamente o ângulo de passo em
todas as pás. Quando o piloto aciona essa alavanca, o platô cíclico desliza sobre o mastro para cima
ou para baixo.
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Comando Cíclico
O manche cíclico produz a variação cíclica do passo, provocando a oscilação do rotor (origem
do vetor velocidade) e cuja direção depende da direção do deslocamento do manche. Quando o
piloto aciona o manche, ele inclina o platô cíclico no ângulo necessário para a direção de voo
considerada.
Pedais (Anti-Torque)
São os pedais que controlam o ângulo de ataque das pás do rotor de cauda. O pedal
esquerdo aumenta o ângulo, aumentando a tração do rotor de cauda, fazendo a fuselagem girar
para a esquerda. Por sua vez, o pedal direito diminui o ângulo de ataque, diminuindo a tração,
fazendo a fuselagem girar para a direita.
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Efeito Solo
Um fenômeno que afeta os helicópteros é o efeito solo. O efeito solo é formado quando o
helicóptero está a uma altura igual ou menor que a metade do diâmetro do rotor principal (mais ou
menos o comprimento de uma pá). O ar é impelido para baixo pelo rotor principal choca-se com o
solo e retorna, aumentando a sustentação da aeronave. Uma aeronave em voo a baixa altura,
consome menos potência que fora do efeito solo.
Ressonância no Solo
Os trens de pouso dotados de rodas são mais suscetíveis ao fenômeno de ressonância no
solo. Este fenômeno ocorre quando há uma realimentação da vibração do helicóptero no solo, em
determinadas frequências. O piloto tem que decolar ou cortar os motores, sob pena da aeronave se
desintegrar.
1. Relação angular das pás alterada - vamos supor que uma roda toque o solo
violentamente, esse choque forçará as pás deste lado para baixo quebrando a relação
angular;
2. Mau funcionamento dos amortecedores (dampers) das pás - mesmo que o
helicóptero toque ao solo suavemente e com todas as rodas ao mesmo tempo, uma
ressonância pode ocorrer;
3. Peias muito justas durante a partida - antes da partida as peias devem ser folgadas;
4. Casamento de frequência de vibração - tanto o helicóptero quanto uma
embarcação possuem vibração e estas vibrações possuem frequência devido aos
componentes que estão em uso que são variados. Quando pousa, entretanto, pode
ocorrer uma união de frequências que resultará numa possível ressonância com o
solo.
movimento rotacional ou, após os pousos, com parada dos rotores, como procedimento de
segurança, o ALPH só deverá permitir a aproximação ou afastamento do helicóptero após a parada
total do rotor ou vice-versa (pás estabilizadas) e a luz anticolisão desligada.
Figura 117 - Drop Stops (Limitadores de Queda das Pas do Rotor Principal)
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Teoria do Fogo:
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Processos da Combustão:
Ponto de Fulgor
É a temperatura mínima na qual o combustível, quando submetido a aquecimento,
desprende gases suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor (chama ou
centelha), mas não em quantidade suficiente para manter a queima.
A chama aparece, repentinamente, extinguindo-se em seguida (flash point) e irá acender e
apagar, repetidamente, até que o combustível atinja o seu ponto de combustão.
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Ponto de Combustão
Prosseguindo com o aquecimento, cerca de 3 a 4ºC acima do ponto de fulgor, o combustível
atinge a temperatura necessária para que os gases que dele são desprendidos, em contato com
uma fonte externa de calor (chama ou centelha), entrem em combustão e mantenham a queima
mesmo quando retirada essa fonte externa de calor.
A partir do ponto de combustão, a reação de queima passa a ser autossustentável.
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Condução
É a forma de propagação do calor por meio de contato físico entre as moléculas de dois
corpos. Por exemplo, uma barra de ferro em que uma de suas extremidades é exposta ao fogo e
após algum tempo o calor atinge a outra extremidade, é um típico exemplo de propagação do calor
por condução.
Irradiação
É a forma como o calor se propaga no ar ou no vácuo, por meio de ondas caloríficas. As
ondas de calor, ou calor radiante, geradas pelas agitações térmicas moleculares, são funções da
temperatura. Um bom exemplo de irradiação é o da propagação do calor do sol para a superfície
terrestre.
Convecção
É o método de transmissão de calor característico dos líquidos e gases. Este método
consiste na formação de correntes descendentes e ascendentes no seio da massa fluida, devido ao
fenômeno da dilatação e consequente perda de densidade da porção de fluido mais próximo da
fonte calorífica.
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O fogo a bordo de aeronaves tem duas origens principais: combustível e elétrica. Em ambas
as possibilidades os pilotos têm recursos, extintores nos compartimentos ou no interior da
aeronave, para combatê-lo, porém, após o pouso ou crash no helideque, poderão necessitar de
ajuda externa.
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A instalação deve dispor de pessoal qualificado e treinado para atender a qualquer situação
de emergência sempre que ocorrer movimento de aeronave no helideque.
Logo, qualquer trabalho assim executado, para que seja bem sucedido, necessita que os
fatores abaixo sejam considerados e satisfeitos:
1. Organização;
2. Instrução;
3. Treinamento; e
4. Manutenção do material.
Organização
Cada componente de uma equipe deve saber com segurança quais os seus deveres e as
atividades que lhe cabe executar e ter noção do que cabem aos demais elementos do grupo.
É importante ressaltar que se tratando de combate a incêndio em aeronaves, as ações
executadas pela equipe devem seguir as ordens diretas da liderança.
Os documentos que estabelecem os procedimentos de emergência da Instalação ou
Embarcação devem ser observados.
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Instrução
Para exercer a função de EMCIA, a empresa deve prover treinamento formal para assegurar
um nivelamento da equipe, uma vez que somente a Organização não é suficiente para que cada
componente tenha o conhecimento técnico necessário para a função para a qual está designado.
Tal conhecimento pode ser obtido tanto pelo pessoal de bordo, quanto por instituições de
instrução especializadas em treinamentos.
Treinamento
A Instrução, por si só, não basta. O indivíduo ficará conhecendo o serviço a executar, mas
necessitará ter prática para a execução de tal serviço, que em determinadas circunstâncias, poderá
ter que ser feito de forma rápida e eficiente. Tal habilidade só será obtida mediante o treinamento.
Por meio do treinamento, pretende-se então, que o indivíduo execute a função para a qual já
foi instruído durante um determinado número de vezes, até ser capaz de realizá-la rápida e
eficientemente, mesmo em condições adversas.
Manutenção do Material
O grupo pode estar organizado, os elementos instruídos e treinados, mas se não contarem
com material adequado e em boas condições de utilização, não terão meios para o desempenho de
suas tarefas. A não observância de pequenos detalhes de manutenção poderá ser a causa de falha
de todo um conjunto complexo. As situações de emergência não admitem falhas sem cobrar
sempre um alto preço.
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1. Na partida do motor;
2. No reabastecimento;
3. Incêndio no compartimento de bagagem;
4. Pouso de Emergência; e
5. Crash.
64
Normam-27/Rev2, página 10-3.
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Nesta situação, a ação do ALPH deverá ser racional, de modo que o uso dos agentes
extintores seja progressivo, isto é, partindo sempre do método mais simples para o mais completo
(CO2-PQS-ESPUMA), visando, sempre que possível, preservar o material.
IV - POUSO DE EMERGÊNCIA
A princípio, o pouso de emergência pode não requerer providência imediata de combate a
incêndio. É fundamental que o ALPH e os BOMBAV saibam diferenciar uma situação de Crash e de
um Pouso de Emergência.
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1) Combate a incêndio;
2) Salvamento de tripulantes e passageiros; e
3) Remoção dos destroços.
1) COMBATE A INCÊNDIO
Na ocorrência do acidente, a providência inicial por parte da EMCIA deverá ser concentrada
no combate ao incêndio, pelo fato de os sobreviventes e a própria estrutura da aeronave serem
vulneráveis às altas temperaturas de ignição dos materiais inflamáveis. O sucesso ou insucesso do
atendimento direcionado a essa emergência dependerá da eficiência e rapidez com que os
BOMBAV agirão, uma vez que a combustão ocorre com a presença do combustível, do comburente
e da temperatura de ignição adequada para que estes elementos se inflamem. A técnica de
combate ao incêndio consistirá inicialmente na supressão de pelo menos um desses elementos.
Como o combustível não pode ser removido, os meios de extinção consistirão, basicamente, no
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isolamento do comburente por meio do uso dos canhões monitores de espuma e/ou do sistema
pop-up spray que atuarão na diminuição da temperatura ou ainda na supressão desses dois
elementos ao mesmo tempo.
Conforme já mencionado neste capítulo, a espuma é o principal agente extintor
para combate a incêndio em aeronave. Para que a sua utilização seja feita de modo eficiente, alguns
aspectos básicos devem ser levados em consideração:
O crash no helideque resulta geralmente de fatores como a perda de potência dos motores,
vento, danos causados por DOE, obstáculos localizados dentro do SLO, erros operacionais ou
problema em algum componente dos comandos de voo da aeronave, o que causará a sua
insustentabilidade no ar, principalmente no momento do pouso, podendo ocasionar o impacto.
Pode-se dizer que uma ocorrência aeronáutica no helideque se caracteriza como um crash a partir
do momento em que após o impacto, há o tombamento do helicóptero e o mesmo começa a girar
sobre o helideque.
O giro do helicóptero ocorre geralmente devido à força de torque exercida pelos motores
sobre o rotor principal, o que é muito comum neste tipo de ocorrência, em decorrência das pás
entra em contato com o piso do helideque, produzindo fragmentos e arremessando-os em todas as
direções. O pessoal da EMCIA, sobretudo os BOMBAV, deve ter conhecimento, adestramento e
bom senso para rapidamente avaliar a situação do sinistro e tomar a decisão mais correta possível.
O ALPH, os BOMBAV e todas as pessoas que se encontram próximos à área de pouso,
deverão encontrar-se em locais protegidos, evitando o contato com alguma parte que possa se
soltar da aeronave no momento do impacto. Nesta condição, a EMCIA poderá se deparar com uma
das seguintes situações após o crash:
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Figura 132 - Impacto sem Vazamento de Combustível, sem Fogo com Lançamento de
Espuma
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Primeira Etapa
Uma vez extinto o incêndio e cessada a possibilidade de seu recrudescimento, a segunda
etapa do salvamento deverá ser executada de forma criteriosa.
Os homens com roupas especiais deverão aproximar-se da aeronave, levando em mãos um
machado de bombeiro, um instrumento cortante (faca em “V”) e executarão os seguintes
procedimentos de cabine:
a) Alijar portas;
b) Fechar o combustível;
c) Desligar bateria; e
d) Acionar o freio do rotor principal (caso a tripulação esteja incapacitada de fazê-lo).
Feito isto, o ALPH determina a aproximação da equipe de resgate e socorro médico que
executará a etapa seguinte.
Segunda Etapa
A equipe de salvamento, orientada pelo enfermeiro, procederá com a remoção dos
tripulantes do interior da aeronave, observando os seguintes procedimentos:
a) Avaliação da cena;
b) Triagem de feridos; e
c) Remoção e transporte de feridos.
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Avaliação da Cena
Antes de qualquer outra medida a ser adotada, a equipe de primeiros socorros deve fazer
um breve reconhecimento do ambiente onde ocorreu a situação de emergência, estabelecendo um
plano de ação a partir de uma avaliação do local, de modo que, por meio deste planejamento prévio,
se tenha uma percepção geral do estado das vítimas e da providência a ser tomada diante do
cenário avaliado.
Triagem de Feridos
A prioridade no atendimento ocorre mediante o enquadramento das lesões de cada
acidentado nas seguintes categorias:
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No que tange a possibilidade de a vítima ter sofrido uma lesão na coluna, faz-se
necessário uma rígida observância quanto à importância e a circunstância da aplicação da “Chave
Rauteck”, haja vista a movimentação abrupta e incorreta da vítima poderá causar-lhe lesões
irreversíveis.
Desta forma, a extricação da vítima de acidente aeronáutico em decorrência de crash
deverá abranger, basicamente, os seguintes tópicos:
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Definição
São os primeiros procedimentos efetuados a uma pessoa cujo
estado físico coloca em risco a sua própria vida, ou seja, é a ajuda dada
a uma pessoa que tenha sido vitima de um acidente ou de uma doença
súbita, com o fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento
de suas condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada
de assistência qualificada.
Pode ser aplicada por qualquer pessoa, desde que devidamente
treinada para prestar o primeiro atendimento.
Os princípios básicos do atendimento de emergência estão
baseados em três “ERRES”:
Rapidez no atendimento.
Reconhecimento das lesões.
Reparação das lesões.
Em uma abordagem devemos nos preocupar com os seguintes temas que são bem
complicados, porém essenciais em primeiros socorros: urgência e emergência. Para entendermos o
assunto, abordaremos algumas noções básicas que envolvem o atendimento inicial.
Urgência
Ocorrência imprevista de danos à saúde, em que não ocorre risco de morte, ou seja, o
indivíduo necessita de atendimento médico mediato. Considerado como atendimento de prioridade
moderada. Exemplo: dor torácica sem comprometimento respiratório; algumas queimaduras;
sangramentos leves e moderados.
Emergência
Constatação médica de condições de danos à saúde, que implicam em risco de morte,
exigindo tratamento médico imediato. Considerado como atendimento de prioridade alta. Ex:
parada cardiorrespiratória; dor torácica acompanhada de desconforto respiratório; hemorragia de
alta intensidade; intoxicações em geral, perda da consciência, estado de choque.
Avaliação da cena
É muito importante, antes de qualquer outra ação, fazer uma avaliação do ambiente em que
se dá a situação de emergência e chamar o serviço de socorro especializado de sua unidade.
Desta forma, um contexto geral será criado através de uma pré-avaliação do local e assim
será possível ter uma ideia do tipo de vítima e de situação que se está lidando.
Existem dois tipos de ocorrências identificadas após a avaliação da cena, que podem ser:
Clínica ou Trauma.
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Deve-se seguir algumas etapas básicas na fase de avaliação da cena, a fim de se isolar os
riscos e poder promover um socorro efetivo até a chegada de profissionais:
Abordagem primária
O conhecimento das técnicas para a execução de uma abordagem primária é de fundamental
importância para a manutenção da vida de uma vítima, onde ao examinarmos rapidamente a vítima
deveremos obedecer a uma sequência padronizada de ações que busquem corrigir imediatamente
todos os problemas encontrados.
A manutenção de alguns sinais vitais (pulsação e respiração) são os pontos cruciais a serem
observados a partir dos procedimentos básicos a seguir:
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Queimaduras
São lesões na pele causadas pela ação do calor, eletricidade, substâncias
químicas, atrito ou radiação. Geralmente as lesões são causadas pelo contato direto com objetos
quentes superaquecidos ou incandescentes, mas podem também ser provocadas por substâncias
químicas como ácidos, soda cáustica e outros. Emanações radioativas como as radiações
infravermelhas e ultravioletas ou mesmo a eletricidade são outros fatores desencadeantes das
queimaduras.
Podemos classificar as queimaduras conforme a extensão e profundidade da lesão. A
gravidade depende mais da extensão do que da profundidade. Saber diferenciar a queimadura é
muito importante para que os primeiros cuidados sejam feitos corretamente. Deste modo, as
queimaduras são classificadas quanto ao (à):
1. Profundidade;
2. Gravidade da Extensão.
1) Quanto a profundidade:
a) 1º grau: são queimaduras leves, nas quais ocorre uma vermelhidão no local, seguida
de inchaço e dor variável. Não há formação de bolhas e a pele não se desprende. Na
evolução não surgem cicatrizes, mas a pele pode ficar um pouco escura no início, o
que desaparece com o tempo.
b) 2º grau: Há destruição maior da epiderme e derme, com dor mais
intensa. Normalmente aparecem bolhas no local ou desprendimento total ou parcial
da pele afetada. A recuperação dos tecidos é mais lenta e podem deixar cicatrizes e
manchas claras ou escuras.
c) 3º grau: Ocorre destruição total de todas as camadas da pele, e o local pode ficar
esbranquiçado ou carbonizado (escuro). A dor é geralmente pequena pois a
queimadura é tão profunda que danifica as terminações nervosas da pele.
temos: raio, corrente elétrica, etc., e com a radiação temos: raios solares, aparelhos
de raios-X ou ultravioleta, nucleares, etc.
c) Biológicos: são as queimaduras provocadas por animais e vegetais, como exemplo
temos: Vegetais: Urtiga, látex, etc. Animais: água-viva, lagarta-de-fogo, medusa, etc.
d) Radioativos: causada por agente radioativo como césio e cobalto, radiação UV (Ultra
violeta) ou radiação solar.
As manifestações locais mais importantes das queimaduras são: perda de líquidos corporais,
não há eliminação das toxinas através do suor, formação de substâncias tóxicas, choque causado
por dor intensa, destruição de tecidos e infecção.
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vítima de algum trauma. Se uma pessoa permanecer de 4 a 6 minutos sem oxigênio, as células
cerebrais morrem rapidamente.
Uma parada cardiorrespiratória pode ocorrer sem aviso e requer primeiros socorros rápidos.
O diagnóstico da PCR deve ser feito com a maior rapidez e pode ser mencionado por sinais e
sintomas que precedem a PCR e por sinais clínicos de uma PCR.
Principais Sinais e Sintomas que precedem uma PCR:
a) Dor torácica;
b) Sudorese;
c) Palpitações;
d) Tontura;
e) Perda de consciência.
f) Ausência de movimentos respiratórios;
g) Ausência de pulsos em grandes artérias (femoral e carótidas) ou ausência de sinais de
circulação;
h) Pele pálida (esbranquiçada) e fria; e
i) Cianose (cor arroxeada nos lábios e unhas).
Uma vez constatado o diagnóstico, deve ser reforçado o pedido por ajuda e iniciam-se as
manobras de suporte básico de vida. A aplicabilidade da RCP (Reanimação Cardiopulmonar) está
diretamente ligada com a constatação da PCR.
A RCP é com posta de três ações básicas denominadas pela sequência das letras CAB que
estão descritas na tabela abaixo:
DESCRIÇÃO PROCEDIMENTO
Circulação: deve se realizar de 100 a 120
C compressões por minuto, aprofundar 5 a 6
cm do esterno,
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Caso o socorrista não possua materiais para ventilação o mesmo deverá realizar apenas
compressão cardíaca no ritmo de 100 a 120 compressões por minuto, devendo reavaliar a vítima e
trocar de socorrista a cada 02 minutos.
Afogamento
É a aspiração de líquido causada por submersão ou imersão. O termo aspiração refere-se à
entrada de líquido nas vias aéreas (traqueia, brônquios ou pulmões) e não deve ser confundido com
o ato de “engolir água”.
1. Obstrução parcial ou completa das vias aéreas superiores por uma coluna de líquido,
nos casos de submersão súbita; e/ou
2. Pela aspiração gradativa de líquido até os alvéolos (a vítima luta para não aspirar).
Sinais de afogamento
Uma vítima de afogamento, quando resgatada, geralmente que apresenta evidencias de
aspiração de líquido, que pode se manifestar da seguinte forma:
Tosse;
Espuma na boca ou nariz; e
Dispneia (dificuldade para respirar).
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Após as ventilações caso haja retorno da respiração posicione a vítima paralelo a direção da
água na PLS (posição lateral de segurança para o lado direito).
1. Fraturas;
2. Luxações;
3. Entorses;
4. Contusões.
Fratura
Significa que houve o rompimento total ou parcial de qualquer osso, podendo esse
rompimento apresentar o osso com o meio externo, o que se denomina fratura aberta ou exposta, e
quando o osso não faz contato com o meio externo, denominando fratura fechada.
Na fratura aberta a possibilidade de infecção é muito grande, e deve ser observada com
atenção.
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Para caracterizar a identificação de uma fratura os seguintes sinais e sintomas devem estar
presentes:
Suspeitando a existência de uma fratura, a conduta que deve ser adotada é a de não tentar
colocar o osso no lugar, pois isto poderá causar complicações. Colocar o membro em uma posição
mais próxima do natural, lentamente, junto ao corpo, conforme a ilustração abaixo:
Luxação
Em uma luxação ocorre o deslocamento de um osso da articulação, geralmente
acompanhado de uma grave lesão de ligamentos articulares. Isso resulta no posicionamento
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anormal dos dois ossos da articulação. A luxação pode ser total ou parcial (os dois ossos da
articulação ainda permanecem em contato). Identificamos uma luxação pelos seguintes sinais e
sintomas: deformidade e movimento anormal da articulação, cavidade entre as superfícies
articulares e dor intensa.
As ações adotadas são: cuidadosamente colocar os dois ossos numa posição de conforto que
permita a imobilização e o transporte com o mínimo de dor. A articulação só deve ser recolocada no
lugar por profissionais médicos. Não fazer massagem ou aplicação de calor e procurar
imediatamente pelo serviço especializado.
Entorse
Em uma entorse ocorre uma lesão que ultrapassa o limite normal de movimento de uma
articulação. Normalmente, ocasiona uma distensão dos ligamentos e da cápsula articular.
A conduta adequada é:
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Contusão
Em uma contusão ocorre um forte impacto na superfície do corpo. Pode causar uma lesão
nos tecidos moles da superfície, nos músculos ou em cápsulas ou ligamentos articulares. Algumas
vezes a lesão é profunda, tornando difícil determinar a sua extensão.
Os sinais e sintomas da contusão geralmente são caracterizados pela coloração arroxeada da
pele (Hematoma) e dor na área de contato. As ações de primeiros socorros são: aplicar gelo no local
imediatamente e não massagear ou aplicar calor no local (apenas 24 horas após a contusão).
Procure pelo serviço especializado para avaliação e tratamento.
Hemorragias
Hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, veia ou
artéria, alterando o fluxo normal da circulação. A Hemorragia abundante e não controlada pode
causar morte de 3 a 5 minutos.
Uma hemorragia está classificada quanto ao local e a espécie:
a) Quanto ao local: pode ser externa (origem visível, o sangue verte para o exterior),
Interna (quando se produz numa cavidade fechada) e mista (interna no momento de
produzir-se, e externa quando verte para o exterior).
b) Quanto à espécie: pode ser arterial (sangue é vermelho vivo e sai em jato forte,
rápida e intermitentemente), venosa (sangue é mais vermelho-escuro, e sai de forma
contínua e lentamente) e capilar (sangue é de cor intermediária, e brota como
pequenas gotas).
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As providências que você deve tomar para estancar a hemorragia vão depender da parte do
corpo em que ela se localiza. Nos membros Superiores (Braços) e Inferiores (Pernas), são casos que
você encontra com facilidade.
Acidentes que podem acontecer a qualquer momento quando lidamos com materiais
cortantes ou mesmo quando se leva um tombo e há sangramento na ferida.
O que fazer:
Estado de Choque
A função do sistema circulatório é distribuir sangue com oxigênio para todas as partes do
corpo. Quando isso, por qualquer motivo, deixa de acontecer e começa a faltar oxigênio nos tecidos
corporais, ocorre o que denominamos estado de choque, ou seja, as células começam a entrar em
sofrimento e, se esta condição não for revertida, as células acabam morrendo.
A incidência maior do estado de choque é hemorragia interna. É uma reação do organismo a
uma condição onde o sistema circulatório não fornece circulação suficiente para cada parte vital do
organismo.
a) Agitação ou ansiedade;
b) Respiração rápida e superficial;
c) Pulso rápido e (fraco);
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Tratamento Pré-Hospitalar :
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KED: Kendrick Extrication Device.
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O colar deve ser medido, adaptando ao tamanho do pescoço da vítima, para ficar bem
ajustado. Essa medição deve ser feita com o dorso da mão, onde devemos medir da altura entre o
ângulo da mandíbula a base do pescoço da vítima. Já no colar, medir do parafuso ou marca
indicadora até o final da parte rígida.
A colocação do colar cervical em vítima sentada deve seguir o seguinte procedimento:
para uma posição de coluna alinhada) mantendo a cabeça da vítima no chão, sem
realizar a elevação da mesma.
2. Um segundo socorrista posiciona a parte posterior do colar (velcro) por trás do
pescoço deslizando o velcro da direita para a esquerda. Traga a parte da frente do
colar para frente do pescoço e posiciona-o na linha média. Posicione o colar,
comprima levemente nas laterais e feche o velcro.
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O dispositivo possui em suas extremidades laterais (dobráveis), 3 tirantes do tipo engate rápido,
confeccionados em nylon de 5 cm de largura e em cores diferentes. Deverá ser acompanhado de
almofada retangular e duas fitas para a fixação da cabeça da vítima.
O KED possui, ainda, duas correias de fixação posicionadas na parte posterior para a fixação
dos membros inferiores da vítima. Deverá possuir resistência para imobilizar e transportar vítimas
de até 165 Kg. Existem tamanhos adultos e infantis.
A colocação do KED deve seguir o seguinte procedimento:
Em caso de o socorrista identificar um cenário inseguro em que não seja possível utilizar
recursos, existem manobras de retiradas rápidas de vítimas como os exemplos abaixo:
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Chave de Rautek
É uma manobra executada para remoção rápida de uma vítima de acidente automobilístico
com suspeita de lesão na coluna cervical a ser realizada por um socorrista ou pessoal treinado, que
permite a extricação da vítima por uma pessoa sem o uso de equipamentos, desde que a vítima
esteja no banco dianteiro não encarcerada (a vítima deve ser acessível pela porta dianteira).
Essa manobra só é indicada em casos de extrema necessidade de extricação da aeronave,
como parada cardiorrespiratória ou risco de incêndio.
No que tange a possibilidade de a vítima ter sofrido uma lesão na coluna, faz-se necessário
uma rígida observância quanto à importância e a circunstância da aplicação da “Chave Rauteck“, haja
vista a movimentação abrupta e incorreta da vítima poderá causar-lhe lesões irreversíveis.
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Transporte em maca
Deve ser utilizado em situações nas quais a vítima precisará ser deslocada para um local mais
seguro ou em locais sem possibilidade de chegada de socorro adequado.
A transferência da vítima para local onde possa ser atendida de modo adequado deve ser
realizada através da aplicação de técnicas de imobilização e uso de dispositivo para facilitar a seu
transporte, evitando o agravamento de sua lesão.
Deste modo, o uso da maca para transferir uma vítima, cujo mecanismo de lesão sugere
trauma da coluna vertebral, sobretudo em ambientes de resgate onde o espaço é de difícil acesso,
será necessário a aplicação de técnicas de rolamento de modo a adaptar a maca de acordo com
posição em que a vítima se encontra, conforme a ilustração abaixo:
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ATIVIDADES DA EMCIA
A segurança do helicóptero deve ser uma preocupação de todos os envolvidos em
operações aéreas.
O ALPH pode dar sua contribuição particular para segurança das operações aéreas e para a
segurança de um modo geral, dando um bom exemplo. Isto inclui habilidade para:
a) Atuar como líder de uma equipe onde se trabalhará juntamente com outros a fim de
assegurar uma operação segura e eficiente;
b) Atuar como fonte de informação relacionada às operações com helicópteros;
c) Disseminar os procedimentos de segurança entre passageiros e funcionários da
instalação;
d) Assistir à tripulação do helicóptero; e
e) Responder rápido e eficientemente a qualquer situação de emergência.
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Pessoal Habilitado
Por ocasião das operações aéreas, os helideques das plataformas marítimas habitadas e das
embarcações deverão estar guarnecidos por uma Equipe de Manobra e Combate a Incêndio de
Aviação (EMCIA), constituída por:
66 Helideque sobre Balsa: Página 11-1 da NORMAM-27, Artigo 1102: Pessoal Habilitado.
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p) Realizar treinamentos com os componentes da EMCIA toda vez que houver troca de
turma, e registrar em livro específico (com data, nomes e assunto) abordando os
seguintes assuntos:
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Os BOMBAV deverão:
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Ao Radioperador compete:
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Preparação do helideque
Existem inúmeros deveres que podem ser executados por uma ou mais pessoas trabalhando
nas atividades de suporte ao helicóptero. Todo o pessoal, enquanto executando tais deveres,
deverá reportar-se diretamente ao ALPH.
Precauções rotineiras
Após do pouso de um helicóptero no helideque há um número de precauções rotineiras que
devem ser observadas por todos os envolvidos nas operações do helicóptero:
a) Aproximação do helicóptero;
b) Pás do rotor;
c) Eletricidade estática;
d) Tubo Pitot;
e) Entradas de ar e descargas do motor;
f) Equipamento de combate de incêndio;
g) Flutuadores;
h) Condições de ventos fortes - Não Deixe Portas Abertas Sem Supervisão;
i) Cabos-guia de segurança;
j) Informação aos passageiros antes do voo.
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Espere até que a “Luz Anticolisão” tenha sido desligada (“Off”) e que o piloto confirme,
através de um sinal manual, que a aproximação é segura.
a) Após o piloto liberar a aproximação da equipe para o helicóptero, instrua um homem
(BOMBAV) para colocar calços de rodas a vante e a ré das rodas principais do
helicóptero.
e) Em operações sem atendentes de voo o ALPH, após ter aberto as portas, posiciona-se
de tal maneira que ele possa ver o piloto, a tripulação do helideque e os passageiros
(normalmente fora do alcance dos rotores).
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4. Informe ao piloto pelo rádio ou com sinais de mão que o “heliponto está pronto
para decolagem”.
CENTRO DE PRESSÃO (CP) - Está localizado nas pás do rotor principal, acima do CG,
onde se tem a reação aerodinâmica útil ao voo.
PESO VAZIO - Peso da fuselagem, motor, rotores, equipamentos fixos, óleos,
combustível e fluído hidráulico, que permanecem na linha, não podendo ser
drenados;
CARGA ÚTIL - Peso do piloto, passageiros, bagagem, combustível e óleo;
PESO OPERACIONAL (Peso Bruto) - Peso máximo estipulado no certificado de
aeronavegabilidade, é a soma do peso vazio mais a carga útil; 4-PESO BÁSICO- Peso
vazio mais, somente, peso do óleo (sem combustível e fluído hidráulico). OBS: O
cálculo do CG é feito, dividindo a soma dos momentos pela soma dos pesos.
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Caso o helicóptero não esteja com uma distribuição correta de peso, a fuselagem se inclinará
para o lado mais pesado, dando ao helicóptero uma tendência indesejada, obrigando ao piloto a
acionar o cíclico na direção oposta, dificultando as manobras e diminuindo a amplitude do comando.
Para um melhor balanceamento motor e tanque de combustível deverão estar localizados na seção
central.
Manifesto de Passageiros
A Unidade é responsável pela preparação e precisão de um manifesto de carga em duplicata
contendo informações concernentes ao carregamento da aeronave, que deve ser preparado antes
de cada decolagem e deve incluir:
1. Número de passageiros;
2. Peso da carga;
3. Peso dos passageiros;
4. Peso total da aeronave carregada;
5. Matrícula de registro da aeronave ou o número do voo;
6. Origem e o destino;
7. Identificação dos tripulantes e as suas designações.
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Ao enviar carga que exceda as limitações da área de bagagem, sempre cheque com o piloto
quanto ao número de passageiros que poderão ser carregados. Geralmente, as companhias
estabelecem limites para essas bagagens que devem ser previamente pesadas e medidas de acordo
com os padrões adotados com a obrigação de informar antecipadamente, caso o limite venha a ser
excedido. É inaceitável, além de proibido, estimar o peso de passageiros, bagagem e de carga. Tudo
que entra na aeronave deve ser pesado antes de serem transportados por ar.
a) Descrição do material;
b) Dimensões;
c) Peso;
d) Quantidade;
e) Valor unitário;
f) Local de origem;
g) Local de destino;
h) Modal de transporte;
i) Requisitante; e
j) Prazo para o atendimento.
Etiquetas de Bagagem
Certifique-se de que a etiqueta certa esteja afixada à bagagem. Etiquetas antigas devem ser
removidas. O ALPH e seus assistentes devem checar se a bagagem e a carga estão corretamente
etiquetadas antes de serem levadas ao helicóptero.
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Artigo Perigoso
Artigo Perigoso significa artigo ou substância que, quando transportada por via aérea, pode
constituir risco à saúde, à segurança, à propriedade e ao meio ambiente.
Artigo Proibido
É Todo e qualquer artigo que representa risco aparente para segurança, quando
transportados por aeronaves civis, artigo este que é proibido para o transporte aéreo.
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Essas instruções e regulamentos se destinam a viabilizar o transporte por via aérea ao impor
um nível de segurança tal que os artigos perigosos possam ser transportados sem colocar a
aeronave ou seus ocupantes em risco.
Responsabilidades
É obrigação do expedidor de carga aérea ou de qualquer pessoa que atue como
intermediário entre o expedidor e o operador de transporte aéreo assegurar que todos os
requisitos aplicáveis ao transporte aéreo sejam cumpridos, entre eles certificar-se de que o artigo
perigoso oferecido para o transporte aéreo:
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Classe 1: Explosivos
Classe 2: Gases
Classe 3: Líquidos Inflamáveis. Esta classe não possui divisões.
Classe 4: Sólidos Inflamáveis, substâncias passiveis de combustão espontânea,
substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.
Classe 5: Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos.
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b) realizar teste de detecção de água. Um dos pilotos deve presenciar o teste a fim de
verificar que o resultado esteja dentro do limite aceitável;
c) conectar o cabo de aterramento à aeronave;
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Observação:
A Diretoria de Portos e Costas não realiza a homologação de sistemas de combustível de
embarcações/plataformas marítimas.
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a) Rígida;
b) Inflável;
c) Combinada.
Rígida
A maioria dos cascos das Embarcações de Salvamento é construída totalmente de
compostos modernos de fibra de vidro, porém podem ser encontrados tipos de cascos em alumínio.
Os cascos da maioria das embarcações de salvamento são projetados adequadamente às diversas
condições de mar, com seu formato em V e seção de proa levantada. O convés pode ser de madeira
com um revestimento de fibra de vidro.
Inflável
São embarcações fabricadas totalmente com material especial e de flutuação sustentada
através de tubos infláveis, conhecidos também como flutuadores. Estes flutuadores dão
flutuabilidade a embarcação além de proteção. Eles são projetados em seções especiais para que,
no caso de dano de uma das seções, as demais seções possam sustentar a embarcação.
Em caso de afundamento ou entrada de água, estes flutuadores evitarão que a embarcação
afunde completamente, proporcionando à tripulação melhores oportunidades para auto-resgate.
Eles devem receber boa manutenção e com recomendações que, quando vazios, devam ser inflados
a partir da seção de proa.
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Combinada
Construída de forma combinada em que sua parte inferior, convés e quilha, sejam de
material similar à embarcação totalmente rígida e suas bordas com material inflável (flutuadores)
com ou sem revestimento.
Amarração do Helicóptero
Os Helicópteros, como todas as aeronaves, devem ser protegidos para evitar danos
estruturais e consequentes riscos à segurança de voo. A bordo das instalações e embarcações
offshore, esses riscos podem advir de diversos fatores, entre eles estão as condições de mar e
ventos de alta velocidade sobre os helideques.
As instruções de amarração geralmente são estabelecidas pelo fabricante ou pelas próprias
empresas operadoras. Deste modo, compete à tripulação a responsabilidade por todos os aspectos
de amarração do helicóptero, devendo o ALPH manter as cintas (peias) e calços disponíveis e em
condições de uso imediato para atender a solicitação da tripulação.
Todo o pessoal da EMCIA deverá ter conhecimento da localização dos pontos de amarração
dos diferentes modelos de helicóptero que operam em sua unidade.
Um fator importante a tal conhecimento, refere-se às partes das aeronaves onde são
permitidos exercer esforços, a fim de que não causem nenhum tipo de dano, quebra ou avaria.
Sempre que houver qualquer dúvida em relação aos pontos de amarração, o pessoal da EMCIA,
antes de iniciar a amarração, deverá consultar a tripulação.
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Capa de Pitot: acessório de lona ou plástico, destinado a revestir o tubo de pitot (captador
de ar para os instrumentos da aeronave).
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Calços: são dois blocos de madeira, alumínio ou plástico, unidos por um cabo ou haste,
podendo ser graduado, cuja finalidade é impedir o deslocamento da aeronave estacionada.
Peias de Aço: são constituídas por uma corrente contendo em uma de suas extremidades
um “gato” e na outra um “macaco esticador” (stretcher), cuja finalidade é prender a aeronave ao
piso do helideque. Sua carga de ruptura é de 10.000lb ou 4.530kg.
Peia de nylon (Cintas): é um dispositivo constituído de uma grossa faixa de nylon, com cerca de
7 metros de comprimento com carga de ruptura de 3.000 lbs (1.359 kg), utilizada para amarrar o
helicópteros em fainas de pouso e decolagem.
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Pequeno porte;
Médio Porte; e
Grande.
Pequeno porte
Helicópteros com configuração máxima de até 10 passageiros, exceto tripulantes.
Médio porte
Helicópteros com configuração máxima de 11 a 15 passageiros, exceto tripulantes.
Grande porte
Helicópteros com configuração máxima superior a 15 passageiros, exceto tripulantes, ou
capacidade estrutural mínima, no gancho, para 3175 kg de carga externa.
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O AW139 possui uma velocidade de cruzeiro de 305 km/h, uma autonomia de 3 horas de voo
e opera principalmente com transporte de passageiros, Serviço Evacuação Aero médica (MEDVAC),
Serviço de Aéreo de Resgate (SAR) e transporte de passageiros e materiais offshore.
SIKORSKY S76
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Nota: O freio do rotor nos modelos S76C não são do tipo manete e sim botão, seu
acionamento é elétrico. Sua localização do freio Rotor fica no console inferior ao lado do assento do
Comandante da Aeronave.
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Projetado para realizar várias missões, o EC155 B1, pode ser configurado para transporte
entre plataformas offshore, transporte médico, operações policiais e de busca e salvamento além
de transporte corporativo e executivo.
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SIKORSKY S92
O Sikorsky S-92 é um helicóptero de transporte de utilitário médio bimotor produzido pelo
fabricante americano Sikorsky Aircraft, é usado principalmente por operadores civis para o
transporte de passageiros e material para plataformas petrolíferas e de gás e para o serviço de
busca e salvamento (SAR).
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VALOR
PESO
VELOCIDAD DA
COMPRIMEN AUTONOMI MÁX. NÚMERO
VALOR E CARGA
MODELO TO EM A DECOLAG DE
DE D MÁX/CRUZ MAX.
METROS (D) (KM) EM ASSENTOS
(KM/H) ADMISSÍV
(KG)
EL (TON)
EC 135 T2+ 12.20 12 635 287/254 2.910 2.9 7+2Trip
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NOÇÕES DE COMUNICAÇÕES.
A legislação aeronáutica brasileira prevê que toda estação que realize comunicações ou que
preste serviço de tráfego aéreo a aeronaves deve cumprir requisitos específicos que variam de
acordo com a natureza das comunicações e com os serviços prestados. Estas estações são
denominadas Estações Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e Tráfego Aéreo (EPTA) e são
normatizadas pela Instrução do Comando da Aeronáutica (ICA) 63-10, que relaciona todos os
requisitos necessários para a instalação de uma EPTA.
Helideques Estacionários
São os localizados em plataformas
marítimas ou em embarcações que serão
homologados para operar em uma posição
geográfica estacionária nas AJB.
Dependendo do tipo de embarcação,
esta posição pode sofrer variações
toleráveis, e neste caso, a posição informada
deverá ser a posição da amarração ao fundo.
A posição deverá constar da FRH e será Figura 197 - Helideque Estacionário
publicada na sua Portaria de Homologação,
sempre em coordenadas geográficas e com precisão de décimos de minutos.
Nota: Serão considerados helideques estacionários, aqueles com previsão de operar em uma
mesma posição geográfica por, no mínimo, um ano.
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A Instrução do Comando da Aeronáutica - ICA 100-12 (Item 4.4), preconiza os sinais para
manobras de aeronaves, os quais serão executados por um “sinaleiro”, o qual será responsável por
fornecer às aeronaves, de forma clara e precisa, os sinais padronizados para manobrar na superfície.
Nenhuma pessoa deverá orientar uma aeronave a não ser que esteja devidamente
treinada, qualificada e aprovada pela autoridade competente para realizar tal função.
O ALPH deverá usar uma vestimenta de identificação fluorescente para permitir que a
tripulação de voo reconheça que se trata da pessoa responsável pela operação de manobra no
helideque. A comunicação estabelecida entre aeronave e instalação offshore ocorrerá,
basicamente, por meio de rádio, entretanto, nas operações aéreas, algumas situações poderão
exigir que o ALPH conheça e saiba utilizar os sinais manuais para se comunicar com o piloto do
helicóptero.
Na sequência que se segue, encontram-se os sinais requisitados ao ALPH e seus
respectivos significados:
Braços esquerdo
flexionado à altura do
ombro como punhos
cerrados e dedos voltado
Idem usando
para a frente, mantido
lanternas
nessa posição.
NÃO DECOLE
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Braços estendidos na
vertical, com mãos
espalmadas, realizando
movimentos para acima,
tocando e afastando as
Idem usando
pontas dos dedos acima
lanternas
da cabeça.
MOVER-SE VERTICAL
PARA CIMA
Braços estendidos na
vertical, com mãos
espalmadas, realizando
movimentos para baixo,
tocando e afastando as
palmas das mãos na lateral Idem usando
externa das pernas. lanternas
MOVER-SE VERTICAL
PARA BAIXO
Braço esquerdo/direito
estendido na horizontal,
mão espalmada e com a
palma voltada para baixo;
e braço direito/esquerdo
flexionado, com palma da
mão volta para cima,
realizando movimentos Idem usando
repetidos, tocando a lanternas
MOVER-SE fronte do lado direito da
LATERALMENTE PARA cabeça.
DIREITA/ESQUERDA
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O contexto da manobra
indicará a intenção do
ALPH/PILOTO. Exemplo:
Mão direita levantada à
Positivo para decolagem,
altura do rosto, com o
Positivo para helideque
polegar para cima Idem usando
guarnecido e liberado,
indicando sinal de lanternas
positivo para aproximação,
“positivo”.
SINAL DE POSITIVO positivo para
abastecimento, etc.
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O ALPH poderá comunicar-se diretamente com a aeronave para alertar os pilotos sobre
situações de risco. A comunicação na frequência aeronáutica deve limitar-se a assuntos de interesse
da aeronave e não devem ser trafegados assuntos administrativos.
Outros assuntos, como quantidade
de passageiros a embarcar e desembarcar,
carga a ser transportada, etc., devem ser
trafegados entre ALPH e plataforma por
outro canal. Não ocupe a frequência para
instruções sem importância.
Nota 1: Nas plataformas desabitadas
não há necessidade de existir uma EPTA
categoria “M” homologada, no entanto,
deve haver pelo menos um rádio
transceptor VHF aeronáutico portátil.
Nota 2: Em helideques localizados Figura 199 - Piloto Solicitando Autorização para Decolagem
sobre balsa, o ALPH deverá comunicar-se de Helideque
diretamente com a aeronave para passar as informações e alertar os pilotos sobre situações de
risco.
Se não houver uma frequência aeronáutica alocada pelo Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (DECEA), por meio do Certificado de Aprovação de Projeto (CAP), para um
determinado helideque, por questões de segurança, as comunicações essenciais entre o helicóptero
e a unidade marítima deverão trafegar pelo VHF marítimo, até a homologação da respectiva
Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicação e de Tráfego Aéreo (EPTA).68
68
Artigo 0112 – Página 1-9 NORMAM-27.
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Poderá ser instalado nas plataformas marítimas e nas embarcações procedimento NDB de
descida por instrumentos, por meio de radiofarol (NDB) homologado como EPTA categoria “C”, em
conformidade com o disposto na Norma ICA 63-10.
Nesse caso, o helideque deve ser do tipo estacionário. A solicitação de implantação deve ser
encaminhada ao Órgão Regional do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).
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MCIA - Curso de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
O HMS Tem como objetivo assessorar as operações com helicóptero, assegurando pousos
seguros.
O Responsável pela embarcação deverá:
69
NORMAM-27, Artigo 0904, Página 9-2: Sistema de Monitoramento de Helideque, Alínea a) Procedimento adotado.
70 NORMAM-27, Artigo 0904, Página 9-3: Tabela 1 – Limites de movimento das unidades marítimas flutuantes.
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a) Mensagens de rádio;
b) Sinais luminosos;
c) Sinais de mão; e
d) Voz.
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Em geral, o ALPH deve usar seu rádio num contexto bastante limitado, ex., liberação do
helideque, etc., e quando for necessária qualquer informação de emergência.
Notas:
O Radioperador e o ALPH não assumirão a responsabilidade de controle de tráfego
aéreo, mas somente agirão em avisos;
Os procedimentos de fonia corretos entre o RO e o ALPH devem necessariamente
ser seguidos todo o tempo; e
O piloto do helicóptero visitante irá chamar com o pedido de liberação do helideque
e, se o helideque estiver livre (pronto para o pouso), receberá como resposta
“helideque guarnecido e liberado”.
Alfabeto Fonético
Confundir-se com o som de "TRÊS" e "SEIS" numa conversa telefônica é muito comum. A
mesma confusão pode acontecer quando soletramos um nome ao telefone ou numa conversa via
rádio: a confusão entre "B" e "D" ou pode levar a uma falha na comunicação e, consequentemente, a
um acidente aeronáutico. Por este motivo, resolveu-se criar alfabetos fonéticos, não só para evitar
confusões, mas também para garantir a segurança dos voos.
Idiomas
O Português deve ser o idioma normalmente utilizado. O Inglês será usado como idioma
internacional. A fraseologia não deve ser utilizada com misturas de idiomas.
O Alfabeto Fonético deve ser sempre usado quando transmitindo sinais ou palavras
soletradas numa chamada de helicóptero.
Exemplos:
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A ALFA AL FA
B BRAVO BRA VO
C CHARLIE CHAR LI
D DELTA DEL TA
E ECHO E CO
G GOLF GOLF
H HOTEL O TEL
I INDIA IN DIA
K KILO KI LO
L LIMA LI MA
M MIKE MAIK
O OSCAR OS CAR
P PAPA PA PA
R ROMEO RO ME O
S SIERRA SI E RRA
T TANGO TAN GO
U UNIFORM IU NI FORM
Z ZULO ZU LU
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Algarismos
Na pronúncia, estão sublinhadas as sílabas fortes. A forma feminina será utilizada quando os
algarismos 1 ou 2 antecederem palavra do gênero feminino.
Por exemplo, a distância de 6 NM deve ser pronunciada “MEIA DÚZIA DE MILHAS” com a
finalidade de evitar-se o entendimento de meia milha (0,5NM).
Exemplos:
PRONÚNCIA
0 ZE RO ZI RO
1 UNO (UMA) UAN
2 DOIS (DUAS) TU
3 TRÊS TRI
4 QUA TRO FOR
5 CIN CO FA - IF
6 MEIA SIKS
7 SE TE SEV’ N
8 OI TO EIT
9 NO VE NAI NA
Números inteiros
Os números inteiros serão transmitidos, pronunciando-se todos os dígitos
separadamente.
Exemplos:
PRONÚNCIA
ALGARISMO PORTUGUÊS INGLÊS
75 SETE CINCO SEVEN FIVE
100 UNO ZERO ZERO ONE HUNDRED
583 CINCO OITO TRÊS FIVE EIGHT THREE
600 MEIA ZERO ZERO SIX HUNDRED
5000 CINCO MIL FIVE THOUSAND
7600 SETE MEIA ZERO ZERO SEVEN THOUSAND SIX HUNDRED
8547 OITO CINCO QUATRO SETE EIGHT FIVE FOUR SEVEN
11000 UNO UNO MIL ONE ONE THOUSAND
25000 DOIS CINCO MIL TWO FIVE THOUSAND
TWO EIGHT THOUSAND SEVEN
28700 DOIS OITO SETE ZERO ZERO
HUNDRED
38143 TRÊS OITO UNO QUATRO TRÊS THREE EIGHT ONE FOUR THREE
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Exemplos:
PRONÚNCIA
ALGARISMO PORTUGUÊS INGLÊS
5000 CINCO MIL FIVE THOUSAND
Exemplo:
129,5: Transmitido como UM DOIS NOVE DECIMAL CINCO.
Escala de Comunicação
A seguinte escala deve ser usada quando se estiver reportando sobre a força e a clareza
do radio:
Afirmativo
Negativo
Ciente
Repita sua ultima mensagem
Como está me copiando
Correto
Prossiga
Confirme
Correção
Contato
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Horas
Normalmente, quando se transmitirem horas, somente serão indicados os minutos.
Deverá ser pronunciado cada dígito separadamente. Quando houver possibilidade de confusão,
deverá ser incluída a hora.
Correções e Repetições
Quando acontece um erro numa transmissão, a palavra “correção” deve ser usada, seguida
pela versão correta começando a partir da última palavra ou frase correta.
Se estiver em dúvida sobre a certeza de uma mensagem, sempre peça uma repetição, em
parte ou completa.
Se uma repetição da mensagem inteira é necessária, a palavra “REPITA” deve ser usada.
Se a repetição de uma parte é necessária, diga: “Repita tudo antes” (A primeira palavra
satisfatoriamente recebida) ou “repita tudo após”. (última palavra recebida).
Itens específicos devem ser pedidos na devida forma, como: “Repita estimada”. Ou “repita
altitude”.
Nota: A comunicação de rádio entre a estação offshore e o helicóptero durante ou anteriormente
ao pouso e durante e após a decolagem, deve ser evitada.
Mensagem de Saída
Se o próximo destino do helicóptero é um campo de pouso onshore, pode ser necessário
que o RO da instalação passe uma “mensagem de saída” para aquele campo de pouso, dando as
seguintes informações:
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Todas as mensagens subsequentes que digam respeito ao problema devem ser precedidas
pela palavra Mayday. A estação que receba o controle do Mayday deve impor silêncio a todas as
outras estações utilizando aquela frequência (ou a frequência do problema) através da seguinte
transmissão, por exemplo:
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NOÇÕES DE METEOROLOGIA
Embora os avanços da tecnologia aeronáutica tenham tornado as viagens menos sensíveis
a determinados aspectos do estado do tempo, a meteorologia continua, e sempre continuará a ser
essencial para a eficiência do voo.
A informação meteorológica contribui para o conforto dos passageiros facilitando o
estabelecimento de rotas mais rápidas, econômicas e de voos regulares.
O tempo é o único fator contribuinte a um acidente sobre o qual o homem não exerce
nenhum controle. Lidar com ele, porém, é uma tarefa difícil, uma vez que se encontra em constante
mudança.
Meteorologia
É a ciência que estuda a atmosfera e todos os fenômenos ligados a ela, como a chuva, os
ventos, as nuvens, o tempo e o clima. Além de situações de maior intensidade como os furacões e
os tornados.
Meteorologia Aeronáutica
É parte da Meteorologia que estuda os fenômenos meteorológicos que ocorrem na
atmosfera, tendo em vista a economia e a segurança das atividades aeronáuticas.
Atmosfera terrestre
A atmosfera é o conjunto de gases e partículas, constituindo o que se chama ar, que
envolve a superfície da Terra, sendo presa a esta pela ação da força da gravidade. Não existe um
limite superior para a atmosfera, no sentido físico.
Camadas atmosféricas
A atmosfera terrestre possui uma estrutura vertical extremamente variável quanto aos
aspectos composição, temperatura, umidade e movimentos.
Para fins de estudo, costuma-se dividir a atmosfera em várias camadas, em cujas regiões
encontramos peculiaridades relevantes.
As principais camadas da atmosfera são:
Troposfera;
Estratosfera;
Mesosfera;
Termosfera;
Exosfera.
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a) Troposfera
Também chamada de baixa atmosfera, é a camada que se encontra em contato com a
superfície, apresentando uma maior concentração gasosa.
Sua espessura varia segundo as
estações do ano e a latitude. Nas regiões
tropicais, sua altitude varia de 17 a 19 km;
nas regiões de latitudes médias, de 13 a 15
km e nas regiões polares, de 7 a 9 km.
Ela corresponde ao invólucro onde
ocorrem os fenômenos meteorológicos mais
importantes e que afetam diretamente a
vida sobre a superfície terrestre.
A troposfera é a camada menos
espessa, mas é a mais densa. É nela que
Figura 208 - Troposfera
ocorrem os fenômenos atmosféricos, o calor,
os ventos e as chuvas. A temperatura média varia de 20°C na parte inferior a 60°C negativos na
parte superior.
b) Estratosfera
Camada que se estende até cerca de 50
Km acima da superfície terrestre, onde ocorre
moderada penetração de radiação ultravioleta,
que é absorvida pelo oxigênio molecular, o qual
se decompõe e forma uma zona de concentração
de Ozônio com espessura entre 25 a 35 Km. Este
fato produz calor e torna esta área mais aquecida
e com características próprias.
d) Termosfera
Também conhecida por ionosfera. Caracterizada por conter cargas de íons e elétrons, por
abranger entre os 60 km e 500 km de altitude, por ser constantemente ionizada pelas radiações
solares e possui uma variação de temperatura bastante severa (-70ºC - 1.500ºC).
P á g i n a | 168
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e) Exosfera
Camada atmosférica que se estende acima de 1.000 km e onde as moléculas escapam à lei
da gravidade e se elevam para o espaço interplanetário. É a camada mais alta, e zona de transição
com o espaço exterior.
Extremamente rarefeita, a Exosfera composta principalmente de hidrogênio e hélio suas
temperaturas são em torno de 1000º C, podendo variar significativamente em função da atividade
solar, latitude e período do dia (manhã, tarde, noite ou madrugada).
Apesar da elevada temperatura, não há perigo de uma nave ou satélite sofrer
aquecimento, já que a atmosfera a esta altitude é extremamente rarefeita, o que faz com que a
troca de calor seja muito pequena. É nessa altitude que se situam diversos satélites.
Observaremos neste capítulo tipos de nuvens que afetam as operações aéreas, e noções
de teto e visibilidade.
Definição de Nuvens
As nuvens consistem em um aglomerado visível de pequenas gotas de água ou cristais de
gelo suspensos no ar. Umas são encontradas a altitudes muito elevadas, outras quase tocam no
chão e podem assumir diversas formas.
Tipos de Nuvens
De maneira geral as nuvens são dividas em três grupos:
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a) Stratus (St): camada de nuvens geralmente cinzentas, com base bastante uniforme,
podendo dar lugar a chuviscos, prismas de gelo ou grãos de neve (em regiões muito frias) e se
forma a menos de um quilômetro do solo. O sol, quando visto através da camada, tem contorno
nitidamente visível. Apresenta-se, também, sob a forma de bancos esgarçados. Pode provocar
garoa e quando bem perto do solo, forma a neblina.
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c) Nimbostratus (Ns): é mais cinzenta e espessa, e consegue tapar todo o sol. Uma das
mais associadas à precipitação. é comum nos dias úmidos de tempo fechado e chuvoso, podendo
provocar chuva forte e a neve.
d) Cumulos (Cu): nuvem de bom tempo, muito conhecida como nuvem de carneirinhos,
por possuir característica de formar imagens. É branca e assemelha-se a chumaços de algodão ou ao
um “couve flor” e não ameaça chuva.
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b) Altocumulus (Ac): compostos apenas por gotículas de água. São lençóis ou camadas
de nuvens brancas ou cinzentas, com altitude entre 2000 e 6000 metros tendo geralmente sombras
próprias e constituem o chamado "céu encarneirado se aproxima".
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b) Cirrostratus (Cs): são nuvens altas (entre 6000 e 10000 metros), também
formados por cristais de gelo com a aparência de um véu muito fino, esbranquiçado e transparente,
de algumas centenas de metros de espessura, que pode chegar a cobrir o céu todo.
Por vezes são quase imperceptíveis e revelam-se apenas por um “halo”
(fotometeoro) em volta da Lua ou do Sol, resultante da refracção da luz nos cristais de gelo.
Teto e Visibilidade
As condições meteorológicas afetam o voo de diversas maneiras, entre elas, as formações
de nuvens que são expressas em termos de visibilidade e teto iguais ou superiores que os mínimos
especificados para o voo visual.
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a) Teto: Diz-se que "não há teto" quando a mais baixa camada de nuvens, cobrindo
pelo menos metade do céu, está mais baixa que a altura mínima estipulada para aquele aeroporto.
Para a Meteorologia Aeronáutica, o teto é a altura, acima do solo ou água, da base da mais baixa
camada de nuvens, abaixo de 6.000m (20.000 pés) que cobre mais da metade do céu.
a) Horizontal;
b) Vertical;
c) Oblíqua.
b) Vertical: é aquela utilizada por um observador para avaliar a altura da base das
nuvens ou aquela que um piloto tem voo de sua posição no espaço, olhando diretamente para o
solo.
c) Oblíqua: Esta visibilidade e a que um piloto tem, quando se encontra com sua
aeronave na reta final para o pouso.
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Oblíqua
Vertical
Horizontal
Frente
Frente é toda área de encontro de uma massa de ar quente com uma massa de ar frio ou
vice-versa. As frentes formam-se nos limites entre as massas de ar e o tempo se torna instável. Uma
depressão pode ter centenas de quilômetros de comprimento, apesar de se formar em menos de 24
horas. O ar frio sempre se situa para o lado do Pólo e o quente para o lado da linda do Equador.
Quando o ar frio avança para o Equador a frente será fria, quando o ocorre o contrário, ou seja, o ar
quente que avança na direção do Pólo, a frente será quente.
As frente são classificadas da seguinte forma:
1. Fria;
2. Quente;
3. Oclusa;
4. Estacionária.
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Frente Fria
Frente fria é a borda dianteira de uma massa de ar fria, em movimento ou estacionária. Em
uma frente fria o ar quente é empurrado e substituído pelo ar frio. Como no caso da frente quente,
a estrutura vertical do ar quente é que vai determinar as reações com referência à nebulosidade e
precipitação.
Na proporção que uma frente fria comum se aproxima, há chuvas fortes podendo haver
fortes rajadas de vento ou violentas tempestades.
Frente quente
É a parte região frontal de uma massa de ar quente em movimento. Uma frente quente tem
ar quente e úmido atrás de si. Esse ar quente sobe acima do ar frio por ser menos denso e forma
nuvens ao longo da frente. À medida que a frente quente se aproxima, há uma queda maior da
pressão e a nebulosidade, a temperatura mantém-se constante ou sobe lentamente, podendo cair
se houver precipitação.
Ocorre, algumas vezes, instabilidade suficiente para formar nuvens cumulonimbus e
trovoadas. Na medida em que a chuva cai, através do ar mais frio, a evaporação das gotas, em
combinação com a turbulência do ar inferior, pode resultar na formação de nevoeiros.
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Frente oclusa
Também chamada de oclusão, é uma zona de transição onde uma frente fria, movendo-se
mais depressa, ultrapassa (e obstrui) uma frente quente, fazendo elevar-se todo o ar quente.
Na atmosfera podem ocorrer três tipos de oclusão:
a) Oclusão Fria: ocorre quando o ar frio que está atrás da frente fria é mais frio que o ar
frio que está na frente da frente quente. A frente fria enfraquece a frente quente e, na superfície, o
ar mais frio substitui o ar menos frio. Abaixo, um esquema mostrando uma oclusão fria.
b) Oclusão Quente: ocorre quando o ar frio que está na frente da frente quente é mais
frio que o ar frio que está atrás da frente fria.
Na superfície, o ar menos frio substitui o ar mais frio. Conforme o esquema a seguir:
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Frente estacionária
É uma fronteira entre ar quente e ar frio que resulta quando uma frente fria ou quente deixa
de se mover. Quando ela volta a se mover, volta a ser fria ou quente. Normalmente há uma
mudança de temperatura ou de direção de vento que se nota de um lado para o outro.
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O windshear pode ocorrer em todas as fases do voo, sendo mais perigoso nas fases de
aproximação, pouso e subida em razão da baixa altitude e pouco tempo de resposta. Abaixo,
relacionam-se algumas condições atmosféricas que favorecem a redução da visibilidade:
Qualquer desses fenômenos causa sérios transtornos à aviação, pois são condições
atmosféricas que reduzem à visibilidade. Em virtude disso, o conhecimento das condições do tempo
nos aeródromos, constitui fator preponderante na economia e segurança do voo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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