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Curso Básico de Gestor de

Aeroportos Regionais - CBGAR


10ª Edição
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por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia
autorização, por escrito da Gerência da Universidade Infraero.

FICHA TÉCNICA
REALIZAÇÃO:
Universidade Infraero

GERENTE DA UNIVERSIDADE INFRAERO:


Renata Martins Teixeira

CONTEUDISTAS
Anderson Sábio Schally
Antônio Nogueira dos Santos
Eduardo Renato Ludwig

REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DA 10ª EDIÇÃO:


Antônio Nogueira dos Santos
Eduardo Renato Ludwig
Meire Viviane da Silva

COORDENAÇÃO TÉCNICA:
Eduardo Renato Ludwig

REVISÃO PEDAGÓGICA:
Lilian Cristina Ferreira da Costa
SANTOS, Antônio Nogueira. Curso Básico
PROJETO GRÁFICO:
de Gestor de Aeroportos Regionais –
Infraero
CBGAR. 10. ed. Brasília: Infraero, 2020.
Curso Básico
de Gestor de
Aeroportos
Regionais - CBGAR
10ª Edição

Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero. 9
Curso Básico de Gestor de Aeroportos Regionais - CBGAR

LISTA DE SIGLAS
Para efeito do conteúdo programático desta apostila, aplicam-se as siglas e
abreviaturas apresentadas a seguir:

AAR – Assessoria de Avaliação de Risco

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACC (Área Control Center) – Centro de Controle de Área

AIP (Aeronautical Information Publications) – Publicações de Informações


Aeronáuticas

AIS – Serviço de Informação Aeronáutica

ANAC – Agência Nacional da Aviação Civil

ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APAC – Agente de Proteção da Aviação Civil

APP (Approach Control) – Controle de Aproximação

ARS – Área Restrita de Segurança

ATC (Air Traffic Control) – Controle de Tráfego Aéreo

ATS (Air Traffic Services) – Serviço de Tráfego Aéreo

AVSEC – Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita

BA-1 – Bombeiro de Aeródromo 1

BA-2 – Bombeiro de Aeródromo 2

BA-CE – Bombeiro de Aeródromo Chefe de Equipe de Serviço

BA-LR – Bombeiro de Aeródromo Líder de Equipe de Resgate

BA-MC – Bombeiro de Aeródromo Motorista/Operador de CCI

BA-RE – Bombeiro de Aeródromo Resgatista

CAP-BA – Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo

CAT – Categoria Contraincêndio de Aeródromo

10 Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
CAT AV – Categoria Contraincêndio de Aeronave

CCI – Carro Contraincêndio de aeródromo

CCI em Linha – Carro Contraincêndio de Aeródromo em Linha

CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáutico

CGNA – Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea

CMES – Centro de Monitoramento Eletrônico de Segurança

CNPA – Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes

COA – Centro de Operações Aeroportuárias

COE – Centro de Operações de Emergência

COMAER – Comando da Aeronáutica

CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente

CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito

DAC – Departamento de Aviação Civil

DAT – Documento de Arrecadação de Tarifa

DAVSEC – Diretriz de Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência


Ilícita

DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo

DIRENG – Diretoria de Engenharia da Aeronáutica

DME (Distance Measuring Equipment) – Equipamento Medidor de Distância

DMM – Detector Manual de Metal

DOM – Doméstica

EENB – Espuma de Eficácia Nível B

EENC – Espuma de Eficácia nível C

EPI – Equipamento de Proteção Individual

EPR – Equipamentos de Proteção Respiratória

EPTA – Estação Prestadora de Serviço de Telecomunicações e de Tráfego


Aéreo

Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero. 11
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ESO – Evento de Segurança Operacional

ETD – Detector de Traços de Explosivos

FIR – Região de Informação de Voo

FOD (Foreig object damage) – qualquer artigo ou substância alheia a uma


aeronave ou sistema que pode causar danos

GA – Grupo de Apoio

GD – Grupo de Decisão

GN – Grupo de Negociadores

GND (Ground Control) – Controle de Solo

GO – Grupo Operacional

GS – Gerente de Seção Contraincêndio

GT – Grupo Tático

HOTRAN – Horário de Transporte

IAA – Inquérito de Acidente Aeronáutico

IAC – Instrução da Aviação Civil

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais


Renováveis

ICA – Instrução do Comando da Aeronáutica

ICMBIO – Instituto Chico Mendes de Conservação Biodiversidade

IFR (Instrument Flight Rules) – Regras de Voo por Instrumentos

INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária

INT – Internacional

IPF – Identificação do Perigo da Fauna

IPM – Inquérito Policial Militar

IS – Instrução Suplementar

ITS – Inquérito Técnico Sumário

LGE – Líquido Gerador de Espuma

12 Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
MOPS – Manual de Operações do Aeródromo

NBR – Norma Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas

NDB (Nondirectional Beacon) – Radiofarol Não Direcional

NOTAM (Notice to Airmen) – Aviso aos Aeronavegantes

NSCA – Norma do Sistema do Comando da Aeronáutica

NSMA – Norma de Segurança do Ministério da Aeronáutica

OACI – Organização da Aviação Civil Internacional ou International Civil Aviation


Organization (ICAO)

OC – Operador de Sistema de Comunicação

OE-SESCINC – Organização de Ensino Especializada na Capacitação de


Recursos Humanos para o SESCINC

ONU – Organização das Nações Unidas

PAPI (Precision Approach Path Indicator) – Indicador de Trajetória de


Aproximação de Precisão

PBZR – Plano Básico de Zoneamento de Ruído

PCA – Plano de Contingência Aeroportuária

PCINC – Plano Contraincêndio de Aeródromo

PCM – Posto de Coordenação Móvel

PESO – Procedimentos Específicos de Segurança Operacional

PEZR – Plano Específico de Zoneamento de Ruído

PF – Polícia Federal

PGEA – Programa de Gerenciamento de Emissões Atmosféricas

PGRF – Programa de Gerenciamento do Risco da Fauna

PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

PISOA – Programa de Instrução de Segurança Operacional de Aeródromo

PNAE – Passageiro com necessidade de assistência especial

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PNAVSEC – Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil Contra Atos de


Interferência Ilícita

PQ – Pó Químico

PSA – Programa de Segurança Aeroportuária

PSOA – Programa de Segurança do Operador Aéreo

PTR-BA – Programa de Treinamento Recorrente para Bombeiros de Aeródromo

PZR – Plano Zoneamento de Ruído

QBRN – Artefato Químico, Biológico, Radiológico e Nuclear

RAB – Registro Aeronáutico Brasileiro

RBAC – Regulamento Brasileiro da Aviação Civil

RFB – Receita Federal do Brasil

RNAV (Area navigation specification) – Rotas de Navegação Aérea

RPE – Resumo de Passageiros Embarcados

SAC – Secretaria Nacional de Aviação Civil, vinculada ao Ministério da


Infraestrutura

SCI – Seção Contra Incêndio de Aeródromo

SDIA – Solicitação de Divulgação de Informações Aeronáutica

SESCINC – Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos Civis.

SGSO – Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional

SIPAER – Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

SISCEAB – Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro

SUCOTAP – Sistema Unificado de Arrecadação e Cobrança das Tarifas


Aeroportuárias

TAN – Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios à Navegação Aérea em


Rota

TAT ADR – Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios-Rádio à Navegação


Aérea em Área de Controle de Aeródromo

14 Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
TAT APP – Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios-Rádio à Navegação
Aérea em Área de Controle de Aproximação

TCAS (Traffic alert and Collision Avoidance System) – Sistema de Alerta de


Tráfego e Evitação de Colisão

TP – Traje de Proteção

TPS – Terminal de Passageiros

TWR (Tower) – Torre de Controle de Aeródromo

VARIG – Viação Aérea Rio-grandense

VASIS (Visual Approach Slope Indicator System) – Indicador de Ângulo de


Aproximação Visual

VFR (Visual Flight Rules) – Regras de Voo Visual

VIGIAGRO – Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional

VOR (Very High Frequency Omnidirectional Range) – Radiofarol Onidirecional


em Frequência Muito Alta

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Disciplina 13
13 – MEDIDAS PREVENTIVAS DE
SEGURANÇA: INSPEÇÃO DE AVSEC
Introdução
Como já foi visto na disciplina anterior, o controle de acesso às áreas aeroportuárias,
em especial, às áreas restritas de segurança é um componente básico do sistema
de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita.

Nesta disciplina, o aluno estudará os requisitos básicos para o acesso de pessoas,


veículos e equipamentos às referidas áreas, com destaque aos conceitos básicos
relativos à inspeção de AVSEC e aos procedimentos de inspeção como requisito
para entrada e permanência de pessoas e veículos às áreas restritas de segurança
dos aeroportos.

13.1 Termos e Definições


Para efeito deste conteúdo programático, aplicam-se os termos e definições
estabelecidos a seguir:

Agente de Proteção da Aviação Civil: profissional capacitado para exercer

202 Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
atividades de proteção da aviação civil contra atos de interferência ilícita, de
acordo com os requisitos estabelecidos no PNIAVSEC e atos normativos emitidos
pela ANAC.

Agente Público: é aquele que está indicado na lista que contém a relação
dos agentes públicos que estão autorizados a serem inspecionados de forma
randômica, nos termos do art. 8º da Resolução ANAC nº 515.

Ameaça: intenção declarada de causar prejuízo, dano ou outra ação hostil a alguém,
não se restringindo apenas a um evento isolado, podendo ser compreendida como
circunstância ou tendência.

Agência Nacional de Aviação Civil: é a entidade integrante da Administração


Pública Federal indireta, submetida a regime autárquico especial, vinculada ao
Ministério da Infraestrutura, com prazo de duração indeterminado que atua como
autoridade brasileira de aviação civil e que tem suas competências estabelecidas
pela Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005.

Ato de Interferência Ilícita Contra a Aviação Civil: ato ou atentado que coloca em
risco a segurança da aviação civil e o transporte aéreo.

Busca pessoal: revista do corpo de uma pessoa, suas vestes e demais acessórios,
realizada por autoridade policial ou por APAC, com consentimento do inspecionado.
Ocorre quando houver suspeita de que haja arma ou algum objeto proibido,
como parte de um processo de inspeção de segurança conduzido aleatoriamente
quando estabelecido pela ANAC ou, ainda, quando não seja possível a inspeção
por outro método.

Detector de traços de explosivos: equipamento de segurança que detecta a


existência de traços de explosivos.

Detector manual de metal: equipamento de segurança que possibilita a detecção


de objetos metálicos no corpo do usuário.

Equipamento de raio-x: equipamento de segurança que possibilita a detecção de


objetos metálicos e não metálicos existentes nas bagagens.

Módulo de inspeção de segurança de pessoas: conjunto mínimo de recursos


humanos e materiais habilitado a realizar os procedimentos de inspeção de
pessoas e pertences de mão em um ponto de controle de acesso de pessoas à
área restrita de segurança.
Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero. 203
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Objeto suspeito: qualquer substância, objeto ou volume, incluindo bagagem de


mão, bagagem despachada, carga ou mala postal, suspeito de conter artefatos
explosivos, artefatos QBRN ou outro artigo perigoso com potencial de causar dano
iminente.

Operador do aeródromo: também denominado explorador de infraestrutura


aeroportuária. É toda pessoa natural ou jurídica que administre, explore, mantenha
e preste serviços em aeródromo de uso público ou privado, próprio ou não, com
ou sem fins lucrativos.

Pórtico detector de metal: equipamento de segurança que possibilita a detecção


de objetos proibidos e perigosos no corpo do usuário devido ao acionamento de
alarme audiovisual.

Segurança: sinônimo de segurança da aviação civil contra atos de interferência


ilícita, ou seja, é uma combinação de medidas, recursos humanos e de materiais
destinados a proteger a aviação civil contra atos de interferência ilícita.

13.2 Conceitos Básicos Sobre Inspeção AVSEC


Como em qualquer área do conhecimento, a compreensão dos conceitos básicos
é fundamental para o desempenho das atividades de segurança, sejam no âmbito
da gestão ou supervisão e execução. Neste sentido, destacam-se a seguir, os
principais conceitos sobre a inspeção de segurança da aviação civil contra atos de
interferência ilícita.
a) Inspeção de AVSEC:
Consiste na aplicação de meios técnicos, ou de outro tipo, com a finalidade
de identificar e detectar armas, explosivos ou outros artigos perigosos que
possam ser utilizados para cometer ato de interferência ilícita.
b) Inspeção AVSEC Aleatória:
Inspeção de segurança conduzida aleatoriamente em pessoa (busca pessoal)
ou pertence de mão (inspeção manual), em percentagem estabelecida
pela ANAC. Objetiva trazer um caráter de imprevisibilidade à inspeção de
segurança da aviação civil.
c) Inspeção AVSEC randômica:
Inspeção de segurança de aviação civil realizada em agentes públicos e em seus

204 Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
pertences de mão, nos acessos às ARS, sob o conceito da imprevisibilidade e
com a finalidade de identificar e detectar armas, explosivos ou outros artigos
perigosos que possam ser utilizados para cometer ato de interferência ilícita.
d) Inspeção AVSEC Primária:
Primeira atividade realizada para a inspeção de segurança de pessoas e
objetos.
e) Inspeção AVSEC Secundária:
Inspeção de segurança complementar realizada com o objetivo de esclarecer
alarme e suspeita gerados na inspeção de segurança primária.
f) Canal de inspeção de AVSEC:
Ponto de controle de acesso à Área Restrita de Segurança – ARS, constituído
de um ou mais módulos de inspeção de segurança.

O canal de inspeção, dentro dos requisitos operacionais exigidos para cada


aeroporto, deve possuir equipamento especializado de inspeção (raio-x, pórtico
detector de metais, escâner corporal, detectores de metais e detectores de traços
explosivos) e agentes de proteção da aviação civil desempenhando as seguintes
funções predefinidas:
• APAC função 1 – controlador de fluxo.
• APAC função 2 – inspeção de pessoas.
• APAC função 3 – inspeção manual de pertence de mão.
• APAC função 4 – inspeção de pertence de mão por meio de raio-x.
• APAC função 5 – inspeção de pessoas e pertence de mão por meio de ETD.
• APAC função 6 – supervisão de módulo de inspeção de segurança.

13.3 Obrigatoriedade
A inspeção de segurança da aviação civil é um requisito obrigatório para o acesso
de pessoas, veículos e equipamentos às áreas restritas de segurança. Isto envolve
os passageiros, tripulantes, pessoal de serviço no aeroporto, seja empregado das
organizações privadas ou agente público.

13.4 Responsabilidade Pela Inspeção de AVSEC


O operador de aeródromo é o responsável pela inspeção de segurança dos

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passageiros, funcionários, seus pertences de mão e veículos antes do ingresso nas


Áreas Restritas de Segurança – ARS, inclusive pela inspeção realizada nos pontos
de controle de acesso operados por exploradores de áreas aeroportuárias.

13.5 Procedimentos de Inspeção de AVSEC


Os passageiros e suas bagagens de mão devem ser inspecionados de forma
manual ou com o uso de equipamentos de segurança (detector de metais, escâner
corporal também conhecido como body scanner, raio-x, equipamento detector
de traços explosivos (o ETD e outros), ou por meio de combinação de ambas as
técnicas.

13.5.1 Inspeção de Agentes Públicos


Os servidores públicos federais e militares das forças armadas, portando
ostensivamente a credencial aeroportuária permanente e que necessitam circular
nas ARS para atuarem nas atividades de fiscalização ou controle de espaço aéreo
poderão ser inspecionados de forma regular ou randomicamente. Nesta última
opção, os seguintes requisitos devem ser observados:

• A inspeção randômica deve ser precedida de solicitação e responsabilização


do órgão público a que o agente público pertença.
• O processo de credenciamento do agente público deve englobar a avaliação
de antecedentes criminais e sociais para obtenção da credencial.
• A credencial dos agentes públicos que são inspecionados de forma randômica
deverá conter elemento visual que a diferencie das credenciais dos demais
agentes públicos e pessoas em geral.
• A inspeção randômica dos agentes públicos e dos seus pertences de mão,
conduzida por APAC, deverá ser realizada em quantidade estabelecida em
DAVSEC editada pela ANAC, com base em avaliação de ameaça específica
estabelecida pela Polícia Federal.
• O operador de aeródromo deverá disponibilizar a lista atualizada à Polícia
Federal ou, na sua ausência, ao órgão de segurança pública responsável
pelas atividades de polícia do aeródromo e ao APAC quando da realização
da inspeção randômica.

206 Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
Os policiais federais ou, na sua ausência, os policiais do órgão de segurança pública
responsável pelas atividades de polícia no aeródromo que estejam em serviço no
aeroporto, portando ostensivamente a credencial aeroportuária permanente e que
necessitam circular nas ARS para atuarem nas atividades de polícia, poderão ser
inspecionados de forma randômica, porém essa inspeção deve ser conduzida por
Observação policial de tais órgãos.

13.5.2 Casos especiais de inspeção


O passageiro com necessidade de assistência especial, conforme definido pela
ANAC em regulamento próprio, deve ter prioridade para ser inspecionado, inclusive
em relação aos tripulantes, e será submetido aos procedimentos de inspeção à
medida que sua condição permitir.

O passageiro que, por motivo justificado, não puder ser inspecionado por meio
de equipamento detector de metal, a exemplo dos portadores de material
implantado (marca-passo, implante coclear, etc.), deverá submeter-se a busca
pessoal, devendo ser informado da necessidade de chegar ao canal de inspeção
com a devida antecedência.

As mulheres grávidas, caso solicitem, podem ser inspecionadas por meio de


detector manual de metais ou por meio de busca pessoal.

13.5.3 Busca pessoal (revista)


Constitui-se da revista do corpo de uma pessoa, suas vestes e demais acessórios,
realizada por autoridade policial ou por agente de proteção da aviação civil com
consentimento do inspecionado. É efetuada quando houver suspeita de que haja
arma ou algum objeto proibido, como parte de um processo de inspeção de
segurança conduzido aleatoriamente quando estabelecido pela ANAC ou, ainda,
quando não seja possível a inspeção por outro método.

13.5.4 Itens proibidos


São os artigos que não devem ser transportados na cabine de aeronaves ou serem
conduzidos em ARS, exceto por pessoas autorizadas e quando necessários para
realizar tarefas essenciais.

13.5.5 Procedimento em caso de recusa à inspeção


Em conformidade com as normas e regulamentos de segurança da aviação civil,
Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero. 207
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caso o passageiro se recuse a se submeter a algum dos procedimentos de inspeção


AVSEC, seu acesso à sala de embarque deve ser negado e o APAC deverá acionar
o órgão de segurança pública do aeroporto para avaliar a situação.

13.6 Equipamentos e Meios de Inspeção AVSEC


Tanto os passageiros quanto suas bagagens de mão são obrigados a se submeter
a inspeção manual ou com o uso de equipamentos de segurança, como pórtico
e bastão detector de metais, raio-x, ETD e escâner corporal (também conhecido
como body scanner), etc. Essa vistoria pode também ser executada por meio da
combinação de ambas as técnicas.

Cada ponto de controle de acesso de pessoas a ARS é constituído por um ou mais


módulos de inspeção de pessoas que são operados, no mínimo, com os recursos
humanos e materiais estabelecidos pela ANAC em anexo a IS 107, requisitos
obrigatórios às classes de aeródromo AP-1 que atenda aeronave com capacidade
superior a 30 assentos, AP-2 e AP-3.

Exemplos de equipamentos de inspeção AVSEC

208 Em referência à Lei sobre Direitos Autorais N.º 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.

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