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3ª edição
Agosto /2019
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transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de
informação, sem prévia autorização, por escrito da Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária.
REALIZAÇÃO
Universidade Infraero
CONTEUDISTAS
Antônio Nogueira dos Santos
Antonio Carlos Correia Santos
Fabiano Fujiwara Santana
Geferson Gilberto Santos
Marcos Valerio de Souza Veggi
Walteuner Bezerra Mendonca
PROJETO GRÁFICO
Universidade INFRAERO
MÓDULO 1 - BÁSICO
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
comercial sem autorização prévia e expressa da Gerência da Universidade Infraero.
Bombeiro de Aeródromo (BA) - é o profissional com habilitação específica para o exercício
das atividades de resgate de pessoas e combate a incêndio.
Bombeiro de Aeródromo Chefe de Equipe de Serviço (BA-CE) - é o profissional habilitado
com especialização especifica responsável pelo comando da equipe de serviço nas operações
de resgate e combate a incêndio.
Bombeiro de Aeródromo Líder de Equipe de Resgate (BA-LE) - é o profissional designado
responsável pela coordenação dos BA-RE nas operações de resgate;
Bombeiro de Aeródromo Motorista/Operador de CCI (BA-MC) - é o profissional
especializado, responsável pela condução e operação de carros contraincêndio de aeródromo
(CCI).
Bombeiro de aeródromo resgatista (BA-RE) - é o profissional responsável pelo resgate de
pessoas e prestação dos primeiros socorros.
Bombeiro Civil - é aquele que, habilitado nos termos da lei 11.901, de 12.01.2009, exerça em
caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como
empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia
mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
Carro contraincêndio de aeródromo (CCI) – é o veículo projetado especificamente para
cumprir as missões de resgate, salvamento e combate a incêndio em aeronave.
Carro contraincêndio de aeródromo em linha (CCI em Linha) – carro contraincêndio
equipado e que esteja operacionalmente disponível e integrado à frota diária de serviço de um
SESCINC.
Categoria Contraincêndio do Aeródromo (CAT) – é a representação numérica no nível de
proteção contraincêndio de um aeródromo, o qual varia de 1 a 10, e reflete a proteção contraincêndio
provido pelo SESCINC, considerando existentes e disponíveis, nos valores mínimos, a quantidade
e regime de descarga de agentes extintores principal e complementar, a quantidade de CCI e os
recursos humanos operacionais.
Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo (CAP-BA) – documento
comprobatório da aptidão do bombeiro de aeródromo para o exercício de funções operacionais
do SESCINC.
Certificado de especialização de bombeiro de aeródromo - é o documento comprobatório da
especialização do bombeiro de aeródromo para o desempenho de funções BA-MC e BA-CE.
Certificado de habilitação de bombeiro de aeródromo – documento comprobatório da
formação do profissional que se destina à execução das funções operacionais do SESCINC.
Certificação OE-SESCINC – é o processo pelo qual a ANAC reconhece que uma pessoa
jurídica está apta a ministrar os eventos didáticos de capacitação de bombeiros de aeródromo a
que se propõe, de acordo com os requisitos estabelecidos no processo de certificação.
Conteúdo programático – é o conjunto de assuntos que compõem a parte teórica e a parte
prática de um curso, acompanhados dos respectivos objetivos específicos e organizados em
uma estrutura lógica que contribui para o alcance do objetivo do curso.
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Currículo – é o conjunto de informações de apoio às atividades didáticas, formado pelo
conteúdo programático e a carga horária de um curso, bem como as experiências de
aprendizagem a serem proporcionadas aos alunos com vistas à construção de conhecimentos e
ao desenvolvimento de habilidades, em conformidade com os objetivos específicos indicados
no conteúdo programático.
Currículo mínimo – é o currículo estabelecido pela ANAC com o mínimo indispensável para
o alcance do objetivo de um curso. Constitui o núcleo curricular comum que deve ser cumprido
por todas as OE-SESCINC.
Ementa de curso – é o documento elaborado para cada curso contendo o currículo mínimo, os
objetivos gerais e específicos e carga horária.
Emergência aeronáutica – situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob
condições de perigo latente ou iminente decorrentes de sua operação ou que tenham sofrido
suas consequências.
Emergência aeroportuária – evento ou circunstância, incluindo uma emergência aeronáutica
que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco vidas humanas
em um aeródromo.
Equipagem - é o conjunto de bombeiros de aeródromo designados para compor a tripulação de
um CCI ou veículos de apoio às operações do SESCINC.
Equipe de serviço do SESCINC – conjunto de bombeiros de aeródromo designados para um
determinado turno de trabalho.
Especialização de bombeiro de aeródromo – capacitação do bombeiro de aeródromo que se
destina à execução de funções operacionais específicas no SESCINC.
Gerente de seção contraincêndio (GS) - é o profissional responsável pela gestão e
coordenação dos recursos humanos e materiais do Serviço de Salvamento e Combate a
Incêndio.
Grade curricular – é o quadro que fornece uma visão global e sucinta da estrutura do curso,
compreendendo a indicação da carga horária, a relação das disciplinas e atividades práticas.
Habilitação de bombeiro de aeródromo – é a formação do profissional que se destina à
execução das funções operacionais em um SESCINC
Instalações para treinamento prático – são os locais onde são realizados os treinamentos
práticos de salvamento e combate a incêndio.
Instrução prática – é a parte do curso disponibilizada por uma OE-SESCINC realizada em
uma instalação de treinamento prático com utilização de equipamentos e/ou CCI.
Manual de Instrução e Procedimentos (MIP) – é o documento que contém instruções,
procedimentos e padronizações adotados pela pessoa jurídica postulante a certificação OE-
SESCINC para a execução de suas atividades, visando o cumprimento dos requisitos de
certificação estabelecidos na Resolução 279/2013 ANAC.
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Material instrucional – é o material elaborado para cada curso destinado ao aluno de uma OE-
SESCINC como recurso didático de apoio ao aprendizado.
Movimento de aeronave – é o termo genérico utilizado para caracterizar um pouso ou uma
decolagem ou um toque e arremetida de aeronaves no aeródromo.
OE-SESCINC 1 - Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos Humanos
para o SESCINC – certificada para prover a formação teórica dos cursos de habilitação e
especialização de bombeiro de aeródromo, exceto Curso de Especialização de Bombeiro de
Aeródromo Motorista/Operador de CCI.
OE-SESCINC 2 - Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos Humanos
para o SESCINC – certificada para prover a formação teórica e prática dos cursos de
habilitação, especialização e atualização de bombeiro de aeródromo e de formação e atualização
de instrutores de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromo civil.
Operador de aeródromo – toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado
o direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio
ou não, com ou sem fins lucrativos.
Operador de Sistema de Comunicação (OC) - é o profissional responsável pelas atividades
de comunicação e observação da área de movimento das aeronaves.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Traje de Proteção - é o conjunto de equipamentos de proteção individual apropriados às
operações de resgate e combate a incêndio.
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3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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4 OBJETIVO DO CURSO
b) Características do Curso
6 ESTRUTURA DO CURSO
Este curso foi desenvolvido de acordo com a Resolução 279 da ANAC, de 10 de julho
de 2013, alterada pela Resolução nº 517, de 14 de maio de 2019 e a Portaria ANAC nº 1.987/SIA,
de 12 de junho de 2017, que estabelecem o currículo mínimo do Curso de Atualização para
Bombeiro de Aeródromo.
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6.1 Organização Curricular
CARGA HORÁRIA
MÓDULO DISCIPLINA
TEÓRICA PRÁTICA
1.1 Introdução do Cursos 1
1.2 Fundamentos da Teoria Contraincêndio 3
1. Básico 1.3 Legislação aplicada ao Sistema de 1
Resposta à Emergência Aeroportuária
(SREA).
1.4 Noções Básicas de SGSO 3
2.1 Fundamentos de Fatores Humanos 1
2.2 Fundamentos de Segurança e Saúde no 1
2. Fatores Humanos Trabalho em Aeródromos
2.3 Proteção Individual do Bombeiro de 2 4
Aeródromo
3. Atendimento Pré-Hospitalar 3.1 Procedimentos operacionais de APH 4 4
4 Emergências Químicas 4.1 Artigos perigosos e procedimentos em 2 2
emergências químicas
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7 MÉTODO DE AVALIAÇÃO
Exemplo:
Mensuração do desempenho de um aluno hipotético que, na avaliação de aprendizagem,
que conseguiu acertar 22 (vinte e duas) das 30 (trinta) questões da prova.
Quando o aluno não realizar a avaliação teórica e a justificativa apresentada não for
acatada pela Coordenação Técnica e Pedagógica da OE-SESCINC, será atribuída a nota 0 (zero)
ao aluno na avaliação teórica.
O aluno que desejar interpor recurso poderá fazê-lo em até 2 (duas) horas após a
divulgação do resultado da avaliação de aprendizagem teórico aplicada, mediante a entrega ao
Coordenador Pedagógico, Instrutor ou profissional responsável pela aplicação da avaliação, do
Formulário de Interposição de Recurso - FIR (Anexo I), devidamente preenchido.
O processo de interposição de recurso deve ser realizado presencialmente em sala de aula,
perante o instrutor, pedagogo ou profissional responsável pela aplicação da avaliação de
aprendizagem.
Os recursos referentes a avaliação de aprendizagem teórica da primeira e segunda
chamada serão apreciados por um dos Instrutores que tenha ministrado aulas teóricas no curso.
O parecer deve ser explicitado no Formulário de Interposição do Recurso (FIR), anexo I,
cabendo ao coordenador pedagógico ou instrutor informar ao aluno apenas se recurso foi
deferido ou não.
A avaliação de aprendizagem dos alunos nas práticas Ap1 - Táticas de resgate e combate
a incêndio em aeronaves será realizada pelos instrutores responsáveis pela instrução das
atividades, tendo como base os parâmetros explicitados a seguir e registrados em formulário
especifico (Anexo I - Registro e Apuração de Avaliação de Atividade Prática):
Mais que satisfatório: muito motivado e cooperativo, atingiu os objetivos,
desenvolvendo otimamente a atividade, demonstrou plena compreensão dos procedimentos
abordados nas aulas teóricas e orientações repassadas pelo instrutor durante as práticas.
Satisfatório: motivado e cooperativo, atingiu os objetivos propostos, desenvolveu
satisfatoriamente a atividade e demonstrou compreensão dos procedimentos abordados nas
aulas teóricas e orientações repassadas pelo instrutor durante as práticas.
Pouco satisfatório: pouco motivado e cooperativo, atingiu os objetivos propostos,
desenvolveu razoavelmente a atividade, demonstrou dificuldade na compreensão dos
procedimentos abordados nas aulas teóricas e orientações repassadas pelo instrutor durante as
práticas.
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Insatisfatório: baixa motivação e cooperação, não atingiu os objetivos propostos,
apresentou dificuldades na aplicação dos procedimentos abordados nas aulas teóricas e
orientações repassadas pelo instrutor durante as práticas.
Exemplo:
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A avaliação de aprendizagem dos alunos na prática (Ap2) - Proteção Individual
do Bombeiro de Aeródromo será realizada com base na pontuação (performance) obtida na
execução das atividades explicitada abaixo:
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A avaliação de aprendizagem dos alunos na prática Ap4 - Procedimentos
operacionais de APH será realizada com base na pontuação obtida nas oficinas apresentadas
no guia técnico, que serão trabalhadas por cada aluno de forma individual, conforme quadros
abaixo:
OFICINA 1
POSIÇÃO DA VÍTIMA: decúbito dorsal
ATIVIDADE 1: Avaliação inicial com vítima inconsciente
AÇÃO ESPERADA DO ALUNO OU GRUPO DE PONTUAÇÃO PONTUAÇÃO
ITEM
ALUNO MÁXIMA OBTIDA
1 Identificação rápida da hemorragia exsanguinolenta. 0,2
Aproximar da vítima pelo lado da face e proceder o controle
2 da cervical.
0,2
3 Verificar se a vítima está respirando 0,3
4 Palpar o pulso carotídeo. 0,3
Verificar a temperatura, coloração da pele e enchimento
5 capilar.
0,3
Observar rapidamente da cabeça aos pés da vítima à procura
6 de grandes deformidades.
0,3
Pontos obtidos na atividade 1 da oficina I 1,6
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Abdômen: inspecionar sinais de contusão, distensão e
4 mobilidade.
0,3
5 Quadril: analisando mobilidade anormal e produção de dor. 0,3
6 Membros inferiores e superiores: inspecionar e palpar. 0,3
Dorso: realizar a manobra de rolamento a noventa graus para
7 examinar o dorso.
0,3
Pontos obtidos na atividade 3 da oficina I 2,1
Total pontos obtidos nas atividades (1+2+3) da oficina I 5,3
OFICINA II
POSIÇÃO DA VÍTIMA: decúbito ventral com vítima inconsciente e com fratura de fêmur
aberta.
ATIVIDADE: Exame primário inicial com vítima inconsciente e fratura de fêmur aberta.
PONTUAÇÃO PONTUAÇÃO
ITEM AÇÃO ESPERADA DO ALUNO OU GRUPO DE ALUNO MÁXIMA OBTIDA
1° Socorrista: verificar pulso carotídeo e assumir o topo da cabeça,
1 0,3
(comando).
2 Aplicar técnica de rolamento de vítima: 90°/180°. 0,3
OFICINA III
POSIÇÃO DA VÍTIMA: decúbito dorsal (manequim de RCP)
ATIVIDADE: intervenção em vítima que apresenta parada cardiorrespiratória, utilizando
DEA e OVACE total em adulto e bebê.
PONTUAÇÃO PONTUAÇÃO
ITEM AÇÃO ESPERADA DO ALUNO OU GRUPO DE ALUNO MÁXIMA OBTIDA
1 Reconhecer ausência de respiração e pulso em vítima com PCR 0,3
2 Aplicar técnica de compressão e ventilação (um ciclo). 0,4
3 Postura e posicionamento das mãos do socorrista na compressão. 0,3
4 Ligar o DEA e fixar as pás autoadesivas. 0,3
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Pontos obtidos na Oficina III 2,4
Somas dos pontos nas três oficinas (I+II+III) 10,0
O resultado de cada avaliação de aprendizagem dos alunos nas práticas orientadas (Ap1
Ap2 Ap3 e Ap4) será registrado pelo instrutor em planilha específica de Registro e Apuração de
Avaliação de Atividade Prática.
A avaliação final dos alunos nas práticas (Apf) realizadas durante o curso será apurada
através da média aritmética das avaliações obtidas nas práticas (Ap1, Ap2, Ap3 e Ap4), conforme
exposto na fórmula abaixo:
A mensuração da Avaliação Final do Aluno (Avf) será feita com base na média
aritmética da Avaliação Teórica Final (Atf) e a Avaliação Prática Final (Apf), empregando-se a
fórmula abaixo:
Exemplo:
Considerando que um aluno obteve nota 7,20 na Avaliação Teórica Final (Atf) e 8,10
na Avaliação Pratica Final (Apf), aplicando-se a fórmula indicada, a avaliação final do aluno
(Avf) é 7,65, conforme pode ser observado na memória de cálculo abaixo:
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8 REQUISITOS PARA A APROVAÇÃO
10 PROGRAMAÇÃO DO CURSO
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Datas e horário reservado para a avaliação teórica;
Indicação dos instrutores e coordenador pedagógico do curso;
Horários de abertura e encerramento do evento.
12 ANEXO
13 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
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DIRETORIA DE SERVIÇOS E SUPORTE JURÍDICO – DS
UNIVERSIDADE INFRAERO – DSUI
OE-SESCINC INFRAERO
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ANÁLISE DO INSTRUTOR:
Data,____ /____________/_________
___________________________________
Assinatura
22
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DIRETORIA DE SERVIÇOS E SUPORTE JURÍDICO – DS
UNIVERSIDADE INFRAERO – DSUI
OE-SESCINC INFRAERO
MÓDULO 1 - BÁSICO
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2 TERMOS E DEFINIÇÕES
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
Intensidade da Combustão
É indicada pelo volume de chamas que se desprende do incêndio, e está diretamente
relacionada a:
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• Superfície do combustível em contato com o ar;
• Volume de combustível;
• Características do combustível;
• Concentração de oxigênio.
Nota: Devemos considerar ainda que a combustão continuará existindo até que o combustível
se consuma, o agente oxidante diminua sua concentração para níveis abaixo dos necessários à
combustão, o combustível se esfrie para abaixo da temperatura de ignição ou a reação em cadeia
se interrompa. Na falta de qualquer um dos quatro elementos, a combustão não se produz.
• Nitrogênio: 78,1%
• Oxigênio: 20,9%
• Outros gases: 1%
Nota: Sabe-se também que a atmosfera é composta por 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e
1% de outros gases, por isso, em ambientes com a composição normal do ar, a queima
desenvolve-se com velocidade e de maneira completa e notam-se chamas. Contudo, a
combustão irá consumir o oxigênio do ar num processo contínuo.
Algumas temperaturas são importantes, pois é a partir delas que definimos a temperatura
com que determinada substância é capaz de pegar fogo, ou seja, entrar em combustão.
Ponto de fulgor: é a temperatura mínima em que um combustível começa a desprender
vapores, os quais, combinados com o oxigênio do ar, ao entrarem em contato com alguma fonte
externa de calor, se inflamam. A chama, entretanto, não se mantém, não se sustenta, por não
existirem vapores suficientes.
Temperatura de combustão: é a temperatura mínima necessária para que um
combustível desprenda vapores que, combinados com o oxigênio do ar, ao entrarem em contato
com uma fonte externa de calor, se inflamam e, mesmo que se retire essa fonte externa de calor,
o fogo não se apaga.
Temperatura de ignição: é a temperatura em que os vapores desprendidos dos
combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente
de qualquer fonte externa de calor.
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Tipo de contado:
Líquido: Irritante para a pele, irritante para os olhos. Se ingerido, causará náusea ou
vômito.
Tratamento: Remover roupas e sapatos contaminados e enxaguar com muita água.
Manter as pálpebras abertas e enxaguar com muita água. Não provocar o vômito.
a) Cinzas
São os produtos de uma combustão completa, as quais não oferecem risco ao homem, nem
interferem na combustão.
b) Carvão
É o resíduo sólido da combustão incompleta. Merece atenção especial, pois pode estar
em brasa no seu interior e permitir o retorno das chamas.
c) Vapor d’água
É produzido pela umidade existente no corpo que queima e pela água utilizada na
extinção das chamas.
d) Fumaça
A combustão pode ocorrer por diversas formas. Por isso apresentamos abaixo o Limite
Inferior de Explosividade (LIE) e o Limite Superior de Explosividade (LSE) de alguns produtos
que em mistura com o ar atmosférico entra em combustão quando em contato com uma fonte
de ignição.
Uma mistura abaixo do LIE é dita pobre e uma mistura acima do LSE e dita rica. Tanto
uma mistura pobre como uma mistura rica, estão fora dos limites para poderem queimar ou
explodir.
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Nota: Objetivando trazer esse conceito teórico para uma situação mais real considerar-
se-á um cômodo de uma residência, por exemplo uma cozinha. Se for aberto o botão de um
queimador de um fogão a gás e liberado o gás GLP e num outro extremo da cozinha alguém
acender um isqueiro, em princípio, não irá ocorrer nenhum efeito sobre o gás disperso, no
entanto, se for permitido que o gás continue a ser liberado e a chama do isqueiro for mantida
acesa, após um certo tempo se produzirá a inflamação (explosão) do gás. Isso tudo ocorre
porque se está falando de GLP (gás liquefeito de petróleo = mistura de gás butano e propano)
quando o mesmo alcança concentrações de cerca de 3,8% de volume total está pronto para
iniciar a inflamação, ou seja, atinge o LIE.
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c) Médio Incêndio: evento em que a área atingida e a sua intensidade exigem a
utilização de meios e materiais equivalentes a um socorro básico de incêndio,
apresentando perigo iminente de propagação.
d) Grande Incêndio: evento cujas proporções apresentam uma propagação crescente,
necessitando para a sua extinção, do emprego efetivo de mais de um socorro básico.
e) Incêndio Extraordinário: incêndio provocado por fenômenos naturais, como
abalos sísmicos, vulcões, etc., ou ainda por bombardeios ou similares, atingindo
quarteirões, bairros e cidades inteiras.
Essas conceituações deixam claro que o incêndio não é medido pelo tamanho do fogo.
No Brasil quando o estrago causado pelo fogo é pequeno, diz-se que houve um
princípio de incêndio e não um incêndio.
Não existem dois incêndios iguais, pois são vários os fatores que concorrem para seu
início e desenvolvimento, podendo-se citar:
A maior parte dos incêndios pode ser caracterizada pelas seguintes fases:
a) Fase incipiente: fase inicial, de crescimento lento, caracterizado pela combustão
lenta, ou por chamas limitadas.
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b) Fase de crescimento: corresponde ao período de propagação do incêndio anterior
à inflamação generalizada.
c) Fase de incêndio plenamente desenvolvido: caracterizado por uma velocidade
de queima constante, tanto em incêndios controlados pela ventilação quanto em
incêndios controlados pelo combustível.
d) Fase de decaimento: período de declínio da severidade do incêndio.
e) Extinção: quando a energia não é mais liberada.
Em uma análise relativa a segurança à vida, feita para avaliar a habilidade dos
ocupantes de desocupar o compartimento de origem do incêndio, somente as fases incipiente e
de crescimento serão de relevância. Após a inflamação generalizada ou fase de incêndio
plenamente desenvolvido não mais se considera a possibilidade de desocupação.
Incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, que pode ser extremamente
perigosa para os seres vivos e as estruturas. A exposição a um incêndio pode produzir a morte,
geralmente pela inalação dos gases, ou pelo desmaio causado por eles, ou posteriormente pelas
queimaduras graves.
Segundo a NBR 12693:2010, os incêndios são classificados em quatro classes
diferentes.
Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis.
Somente com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir
o melhor método para uma extinção rápida e segura.
a) Incêndios classe A
• Caracteriza-se por fogo em materiais sólidos;
• Queimam em superfície e profundidade;
• Após a queima deixam resíduos, brasas e cinzas;
• Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo método de resfriamento, e
as vezes por abafamento através de jato pulverizado.
b) Incêndios classe B
• Caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamáveis;
• Queimam em superfície;
• Após a queima, não deixam resíduos;
• Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento.
c) Incêndios classe C
• Caracteriza–se por fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente
equipamentos elétricos);
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• A extinção só pode ser realizada com agente extintor não-condutor de
eletricidade, nunca com extintores de água ou espuma;
• O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força, pois
assim ele se tornará um incêndio de classe A ou B.
d) Incêndios classe D
• Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos (alumínio, antimônio, magnésio,
etc.).
• São difíceis de serem apagados;
• Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento;
• Nunca utilizar extintores de água ou espuma para extinção do fogo.
e) Incêndios Classe K
A Classe K não é mencionada na NBR 12693/2010, contudo já consta em recentes
bibliografias essa nova classificação que consiste em incêndios, que envolvem meios de
cozinhar utilizando gordura animal e vegetal têm sido por muito tempo a principal causa de
incêndios em cozinhas causando danos materiais, ou até mesmo vítimas fatais. Estes incêndios
são muito especiais quanto à natureza. Testes recentes efetuados por UL (laboratórios de
underwriters, Inc.) nos Estados Unidos e outras agências em outros países obtiveram novos
resultados neste tipo específico de risco de incêndio.
A evolução e alta eficiência dos equipamentos de cozinhas comerciais/industriais e o
uso de óleos não saturados, aliados as altas temperaturas criaram riscos de incêndios mais
severos determinando uma nova classificação de incêndio, que passamos a chamar de classe K.
A natureza específica de incêndios que envolvem meios de cozinhar envolvendo
equipamentos de cozinha industrial são diferentes na maior parte de outros incêndios. Nos
Estados Unidos a nova classificação - classe K - foi reconhecida pela NFPA (National Fire
Protection Association), através da norma NFPA 10, criada a partir de 1998.
Organizações compreenderam que estes incêndios não se parecem com os tradicionais
incêndios em líquidos inflamáveis que envolvem a gasolina, o óleo lubrificante, solvente de
pintura ou solvente em geral.
Os óleos de cozinha usados para fritura têm uma faixa ampla de temperaturas de
autoignição, que pode ocorrer em qualquer intervalo de 288°C a 385°C (o teste de laboratórios
requer a autoignição e/ou acima de 363°C). Para que esta autoignição possa ocorrer, a massa
total de óleo, se medido em gramas em uma panela pequena ou até 52 kg em uma fritadeira
industrial, deve ter sido aquecido além da temperatura de autoignição.
Depois que a autoignição ocorreu o óleo mudará sua composição ligeiramente ao
queimar-se. A sua nova temperatura de autoignição pode ser tanto quanto 10°C mais baixo do
que sua temperatura de autoignição original. Este incêndio será autossustentado a menos que a
massa inteira de óleo for refrigerada abaixo da nova temperatura de autoignição.
A extinção
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Toda forma de cozinhar que utilize óleos de natureza animal ou vegetal, líquido ou
sólido, contém gordura saturada. Quando um agente extintor de base alcalina (bicabornato de
sódio ou bicabornato de potássio, pós BC e agente úmido classe K) são aplicados à gorduras
saturadas à altas temperaturas, ocorre uma reação chamada de “saponificação”. A reação forma
uma espuma ‘ensaboada’ que abafa o fogo e contém os vapores inflamáveis e os combustíveis
quentes.
Ambos os agentes (sendo de base alcalina) causam a mesma reação, mas o agente
úmido classe K ao ser aplicado como uma nevoa fina tem a vantagem de resfriar o meio de
cozimento e abaixar a temperatura, tornando-se mais eficiente. Pós a base de monofosfato de
Amônia (ABC) são ácidos por natureza e não saponificam quando aplicados a combustível de
cozinha queimando. Podem inclusive ser contraprodutivos quando aplicados após o uso de
agentes alcalinos, atrapalhando e removendo a camada saponificada e permitindo reignição.
Extintor classe K
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b) Combustível líquido - quando exposto a um determinado grau de calor, não sofre
decomposição térmica, mas, sim, o fenômeno físico denominada evaporação, que
é a liberação dos vapores, os quais, em contato com o oxigênio do ar, forma a
mistura inflamável (ou mistura explosiva). Essa mistura na presença de uma fonte
de energia ativante (faísca, chama, centelha) se inflama.
7.1 O Flashover
7.2 O Backdraft
O fenômeno ou efeito Backdraft caracteriza-se pela explosão por fluxo reverso que se
move por intermédio do ambiente e para fora da abertura realizada.
Essa explosão é decorrente da repentina entrada de ar, normalmente por meio da
abertura de uma porta ou janela, num ambiente confinado, que contém fogo em estado de
latência, devido à baixa taxa de oxigênio (combustão incompleta) e, por decorrência disso, há
significantes porções de mistura de gases inflamáveis (monóxido de carbono entre outros) e de
partículas de carbono, que entram em contato com as moléculas de oxigênio e provocam uma
repentina deflagração e violenta reação de óxido-redução (explosão).
A esta deflagração, caracterizada pela instantânea expansão de gases no
compartimento e pelas aberturas realizadas no ambiente, denomina-se de Backdraft.
A concentração normal de oxigênio no ar atmosférico ao nível do mar é de 21% e
diminui progressivamente com o aumento da altitude. Sabe-se que o oxigênio é essencial nos
processos da combustão e que reage quimicamente com o elemento químico carbono (C),
formando o dióxido de carbono (CO2), quando a concentração de O2 está abaixo de 21%. Um
incêndio em uma área confinada, por exemplo, um porão ou um quarto, provoca uma queda
nos níveis de O2 a patamares abaixo de 21%.
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Outras áreas fora do compartimento incendiado podem conter atmosfera com mistura
explosiva, aguardando-se apenas uma fonte de ignição. A área de maior risco é a área fora do
compartimento, exatamente onde os bombeiros estão esperando para poder abrir a porta ou
janela. Quando a porta ou janela é aberta, os gases inflamáveis fora do compartimento podem
entrar em ignição pelo fenômeno Backdraft no compartimento, por brasas ou fuligens, que são
levadas pela abertura da porta, ou pelos gases quentes, se estes estiverem na temperatura de
autoignição. Os gases inflamáveis fora do compartimento podem entrar em ignição pelas brasas
e fuligens que são levadas pelo ar através da abertura da porta ou janela, ou se os gases quentes,
junto à abertura da porta ou janela, tiverem uma autoignição.
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c) Roll Over (gases quentes) é o fogo que movimenta entre a fumaça negra da área de
fogo. Pode-se também ver como “dança de fogo” que se precipita fora da fumaça.
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8 FORMAS DE DETECÇÃO DOS FENÔMENOS ASSOCIADOS AOS
INCÊNDIOS
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Se o fogo está queimando por algum tempo, se há muita fumaça saindo da edificação
e, se o fogo, aparentemente, está extinto, sem grandes áreas com chamas visíveis pelo lado de
fora, a principal hipótese é que o ambiente incendiado esteja sem oxigênio.
Quando a edificação é vista pelo lado de fora, as janelas do compartimento aparentam
escurecidas, sem as supostas chamas que se espera visualizar. Se apenas parte da janela está
quebrada, isto pode não suprir o oxigênio suficientemente para alimentar o fogo. Neste caso, a
fumaça aparente sai da edificação em forma de lufadas, através de aberturas (frestas de janelas
e portas) e o ar fresco ingressa de acordo com a diminuição do fogo e a contração da fumaça.
Isto produz a mistura explosiva de queima, resultando em um backdraft de proporções menores
que se pode chamar de mini backdraft. A expansão desses gases quentes em ciclos produz
fumaça para fora do compartimento.
O backdraft é assim explicado:
À medida que cresce o incêndio grandes volumes de calor e gases do fogo se não
queimados podem se acumular em espaços não ventilados. Estes gases podem alcançar a
temperatura de ignição, mas carecem de suficiente oxigênio para acender. Qualquer condição
que permita que o ar entre e se misture com esses gases quentes pode provocar uma ignição
explosiva ou explosão de fumaça.
De forma bem simplificada podemos dizer que a ignição explosiva é uma ignição
induzida pela oxigenação dos gases inflamáveis provenientes da combustão.
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Nota: O flashover tem lugar quando a radiação térmica, proveniente da parte superior do
recinto, esquenta todos os materiais combustíveis do local até o ponto em que se produz uma
ignição simultânea de todos estes. Em segundos, a temperatura alcança valores cinco vezes
maiores, o oxigênio se reduz consideravelmente, o monóxido de carbono é produzido em níveis
letais e aumentam igualmente as concentrações de dióxido de carbono. Este fenômeno foi
demonstrado em numerosos experimentos realizados a partir de incêndios em interiores. Dessa
forma, os bombeiros devem estar permanentemente informados sobre os perigos do flashover”.
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8.4 Sinais de um Slop over
O bombeiro deve ficar atento quando os gases quentes sobem e a temperatura destes
gases próximo ao teto chega a um ponto em que os próprios gases entram em combustão.
Para que ocorra o fenômeno Bleve é necessário que alguns fatores se alinhem, tais como:
Alguns dos principais efeitos destrutivos causados pelas ondas de pressão são:
PRESSÃO DESTRUTIVA EFEITO DA EXPLOSÃO
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15 psi ou 1,03 kg/cm² Danos nos pulmões dos bombeiros
O bombeiro do século XXI precisa agora focar sua atenção na avaliação de riscos e na
identificação das melhores opções táticas para assegurar-se de que toda a aproximação e
combate sejam realizados corretamente pela combinação segura de técnicas de acesso e
supressão do fogo. Entretanto, antes de avaliar o risco e de selecionar a melhor opção tática a
seguir é essencial que o bombeiro aprenda sobre o comportamento do fogo, de modo que as
implicações operacionais das várias táticas e técnicas utilizadas sejam compreendidas
inteiramente.
Em relação aos efeitos fisiológicos do calor, sabe-se que ele desempenha importante
papel tanto na vida animal como no vegetal, pois é absolutamente necessário permanecer dentro
de um limite de temperatura. O calor em nível muito elevados ou muito baixo ocasiona
distúrbios em vários níveis a saber.
Quando a pele é aquecida, a sua superfície torna-se avermelhada caracterizando o
eritema e os vasos sanguíneos sofrem uma dilatação o que leva a um aumento do fluxo
sanguíneo.
Inicialmente, a elevação da temperatura exerce um efeito direto no estado de dilatação
das arteríolas e vênulas, mediante a atuação na musculatura lisa dos vasos. A vasodilatação
também pode ser produzida na pele por um reflexo axonal local em que estimulações nervosas
cutâneas sensitivas produzem impulsos nervosos nos ramos dos nervos sensitivos que se
arborizam em torno dos vasos sanguíneos cutâneos. Ocorre um aumento do fluxo sanguíneo na
pele em áreas distantes do tecido aquecido, em decorrência dos reflexos nervosos espinhais
longos. As veias comumente avançam próximas as artérias, o que permite uma rápida troca de
calor entre os vasos. Por meio de uma troca de contracorrente, o calor flui do sangue arterial
para o sangue venoso, mais frio. Isto faz com que algum calor retorne ao centro anatômico.
Parte da resposta circulatória global na termorregulação envolve uma redistribuição do sangue
circulante em favor dos vasos sanguíneos cutâneos com a finalidade das trocas térmicas e às
custas da irrigação sanguínea ao centro anatômico.
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9.1 Calor
O calor é uma forma de energia que produz efeitos físicos e químicos nos corpos e
efeitos fisiológicos nos seres vivos. Em consequência do aumento de intensidade do calor, os
corpos apresentarão sucessivas modificações, inicialmente físicas e depois químicas. Causa
direta da queima e de outras formas de danos pessoais. Danos estes causados pelo calor incluem
exaustão, danos ao sistema respiratório, vaso dilatação periférica, desidratação, além de
queimaduras, que nos casos mais graves (1º, 2º e 3º graus) podem levar até a morte.
9.2 Exaustão
Quando a quantidade de calor que o corpo perde por condução, convecção ou radiação
é menor que o calor ganho, a primeira ação corretiva que se procede no organismo é a vaso
dilatação periférica, que implica num maior fluxo de sangue na superfice do corpo e um
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aumento da temperatura da pele, estas alterações resultam em um aumento da quantidade do
calor perdido ou em uma redução do calor ganho.
9.5 Desidratação
9.6 Queimadura
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10 GASES TÓXICOS MAIS COMUNS NOS INCÊNDIOS E SEUS
EFEITOS
a) Fumaça
É uma mistura de gases, vapores e partículas sólidas finamente divididas. Sua
composição química é altamente complexa, assim como o mecanismo de sua formação. É o
produto da combustão que mais afeta as pessoas por ocasião do abandono da edificação ou de
uma aeronave. Sua presença pode ser percebida visualmente ou pelo odor. A fumaça
desenvolvida no incêndio afeta a segurança das pessoas das seguintes maneiras:
• Tira a visibilidade das rotas de fuga.
• Tira a visibilidade por provocar lacrimejamento, tosses e sufocação.
• Aumenta a palpitação devido à presença de gás carbônico.
• Provoca o pânico por ocupar grande volume do ambiente.
• Provoca o pânico devido ao lacrimejamento, tosses e sufocação.
• Debilita a movimentação das pessoas pelo efeito tóxico de seus componentes.
• Tem grande mobilidade podendo atingir ambientes distantes em poucos minutos.
O efeito tóxico deste gás é a asfixia, pois ele substitui o oxigênio no processo de
oxigenação do cérebro efetuado pela hemoglobina. A hemoglobina é o componente do sangue
responsável pela oxigenação das células do corpo humano. Ela fixa o oxigênio no pulmão
formando o composto denominado oxihemoglobina. Quando o oxigênio é substituído pelo
monóxido de carbono, o composto formado é o carboxihemoglobina que provoca a asfixia do
cérebro pela falta de oxigênio. Esse é um processo reversível, porém lento, portanto, quando as
pessoas forem afetadas por este gás é fundamental que elas recebam muito oxigênio e fiquem
em repouso.
A anóxia produzida pelo monóxido de carbono não cessa pela respiração do ar fresco,
como no caso dos asfixiantes simples.
Após moderado grau de exposição, somente em torno de 50% do monóxido de carbono
inalado é eliminado na primeira hora em circunstâncias ordinárias e sua eliminação completa
leva algumas horas quando se respira ar fresco.
A concentração máxima de monóxido de carbono que uma pessoa pode se expor sem
sentir seu efeito é de 50 ppm (parte por milhão) ou 0,10%, em volume no ar. Acima deste nível
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aparecem sintomas como dor de cabeça, fadiga e tonturas, como podemos observar na tabela
abaixo;
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É um gás da família dos halogenados; os outros são HBr (gás bromídrico), HF (gás
fluorídrico) e HI (gás iodídrico). O cloro é o halogênio utilizado para inibir o fogo nos materiais
sintéticos, sendo comum encontrá-lo nas estruturas dos diversos materiais de construção que
sejam feitos de PVC - cloreto de polivinil. Seu efeito é lesar a mucosa do aparelho respiratório,
em forma de ácido clorídrico (gás clorídrico + umidade da mucosa), provocando irritação
quando a concentração é pequena, tosse e ânsia de vômito em concentrações maiores e
finalmente lesão seguida de infecção.
h) Gás oxigênio - O2
O consumo do oxigênio na combustão dos materiais diminui a concentração desse gás
no ambiente e é um dos fatores de risco à vida das pessoas.
Importante:
O Bombeiro não pode assumir o risco de colocar sua vida em perigo, em detrimento
do patrimônio, devendo adotar procedimentos seguros e eficientes.
A verificação do EPR/TP (Equipamento de Proteção Respiratório e Traje de Proteção)
e materiais deverão ser diárias, buscando uma sintonia entre o bombeiro e a atividade
desenvolvida na emergência. O incêndio em local confinado exige atendimento operacional
específico e tem como um dos fatores determinantes o tempo-resposta. Para o sucesso da
ocorrência, o tempo-resposta é fundamental para retirada de vítimas e combate ao incêndio,
sendo que o emprego adequado de técnicas e procedimentos operacionais proporciona
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economia de tempo, melhor utilização dos meios e um atendimento com excelência da
qualidade operacional.
O fogo, quando utilizado de forma controlada, facilita muito a nossa vida, pois sem ele
e sem a inteligência do homem, provavelmente, não teríamos chegado ao nível de
desenvolvimento tecnológico dos dias atuais. Mas, esse mesmo fogo, que ajuda a construir,
pode, também, ser um elemento causador de destruição, extinguindo tudo por onde passa.
Para evitarmos a destruição causada pelo fogo descontrolado, devemos conhecer as
técnicas de prevenção, ou seja, as maneiras ou formas que temos para evitar que o fogo
aconteça. Como passo primordial para a prevenção do princípio de incêndio (foco deste estudo),
é importante que apreendamos alguns conhecimentos básicos para evitar o fogo, são eles:
• Conhecer as características do fogo.
• Conhecer as propriedades de risco dos materiais que temos na empresa.
• Conhecer as principais fontes causadoras de incêndio.
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Contudo, mesmo tomando todas as medidas necessárias para prevenirmos o fogo,
ainda assim corre-se o risco de que algum imprevisto dê início a um incêndio. Nessa hora,
devemos estar preparados para realizar o combate ao fogo.
Para que se possa realizar um combate eficiente ao princípio de incêndio e evitar que
o fogo tome proporções catastróficas, faz-se necessário:
Importante
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12 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
CPNSP. Proteção e combate a incêndios. Ed. Fundação COGE. Rio de Janeiro, 2005.
SEITO, Alexandre Itiu, et. Al (Coord.). A Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo:
Projeto Editora, 2008.
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DIRETORIA DE SERVIÇOS E SUPORTE JURÍDICO – DS
UNIVERSIDADE INFRAERO – DSUI
OE-SESCINC INFRAERO
MÓDULO 1 – BÁSICO
Essa atuação, como todas as atividades afetas à aviação, deve estar fundamentada em
manuais procedimentais e, evidentemente, na legislação que estabelece os requisitos a serem
observados para condução das ações operacionais do SESCINC como recurso essencial do
Sistema de Resposta à Emergência Aeroportuária (SREA).
Nesta apostila, o aluno estudará sobre revisão da legislação vigente que estabelece
critérios regulatórios quanto ao SREA, bem como sobre os principais recursos que compõe esse
importante sistema.
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Plano de emergência em aeródromo (PLEM) - documento que estabelece as
responsabilidades dos órgãos, entidades ou profissionais que possam ser acionados para o
atendimento às emergências ocorridas no aeródromo ou em seu entorno.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Sistema de Resposta à Emergência Aeroportuária (SREA) - conjunto de recursos internos
e externos ao aeródromo, com responsabilidades e procedimentos próprios, que em
coordenação deve responder eficientemente a emergências aeroportuárias, visando o
salvamento de vidas, bem como à mitigação de danos matérias, e garantindo ao aeródromo
retorno eficaz às suas operações.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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4 LEGISLAÇÃO QUE ESTABELECE OS CRITÉRIOS
REGULATÓRIOS QUANTO AO SREA
“O plano deve prevê a coordenação das organizações que poderia ser útil para
responder a uma emergência, de acordo com avaliação da autoridade competente”.
5 CLASSIFICAÇÃO DE AERÓDROMO
Essa classificação é realizada com base em dois parâmetros, quais sejam: número de
passageiros processados (embarcados + desembarcados), considerando a média aritmética no
período de referência 1 e tipo de voo que o aeródromo processa.
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Quanto ao número de passageiros processados, temos:
• Classe I: aeródromo em que o número de passageiros processados seja inferior a
200.000 (duzentos mil);
• Classe II: aeródromo em que o número de passageiros processados seja igual ou
superior a 200.000 (duzentos mil) e inferior a 1.000.000 (um milhão);
• Classe III: aeródromo em que o número de passageiros processados seja igual ou
superior a 1.000.000 (um milhão) e inferior a 5.000.000 (cinco milhões); e
• Classe IV: aeródromo em que o número de passageiros processados seja igual ou
superior a 5.000.000 (cinco milhões).
Assim, podemos resumir a classificação dos aeródromos para fins de cumprimento dos
requisitos de segurança operacional:
Classe I
Classe II Classe III Classe IV
IA IB
Inferior a 200.000 até 1.000.000 até A partir de
200.000 999.999 4.999.999 5.000.000 de
passageiros passageiros passageiros passageiros
processados processados processados processados
Período de referência - período de 3 (três) anos anteriores ao ano corrente dentro do qual é obtida a média aritmética do
movimento anual de passageiros processados para efeito do cálculo da classe do aeródromo
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2. Salvar vidas;
3. Mitigar os danos materiais e as consequências decorrentes de uma emergência
aeroportuária; e
4. Estabelecer ações contingenciais para restauração das operações normais do
aeródromo.
1. Serviços:
a) SESCINC:
Nível de proteção contraincêndio provido pelo SESCINC reflete na Categoria
Contraincêndio do Aeródromo – CAT, a qual é baseada na categoria da aeronave e
a movimentação do aeródromo em cada período de três meses, além da Classe do
aeródromo.
b) Ambulâncias:
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Devem, obviamente, ser conduzidas por pessoal habilitado e capacitado,
observando as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
para provimento da tripulação mínima.
2. Estruturas de coordenação:
a) Centro de Operações de Emergência (COE):
Local designado ou adaptado na estrutura do aeródromo de onde são realizadas
as atividades de acionamento e coordenação da resposta a uma emergência
aeroportuária, devendo ser provido de meios de comunicações e não pode ter sua
estrutura física compartilhada com outras áreas operacionais, quando ativado.
Exemplo:
Tempo
Recurso Base/Local Contato Distância
Resposta2
Bombeiro Centro 193 8km 20min
IML Parque São José (48) 3331-4570 14km 32min
2
O tempo resposta deverá ser aferido por meio dos exercícios simulados.
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• Posicionamento padrão dos CCI e veículos de apoio às operações do
SESCINC para cada uma das cabeceiras em acionamentos do SESCINC;
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5. Planos resultantes do SREA:
a) Plano de Emergência em Aeródromo (PLEM):
Deve contemplar os tipos de emergências que integram o escopo do SREA, bem
como atender aos seguintes requisitos:
• Possuir lista dos elementos envolvidos no planejamento de emergência
aeroportuária, sejam tais elementos pertencentes ou não à estrutura
organizacional do operador de aeródromo;
• Dispor de relação de telefones dos elementos envolvidos, direta ou
indiretamente, no atendimento às emergências aeroportuárias;
• Estabelecer as responsabilidades e ações de cada elemento envolvido para
cada tipo de emergência aeroportuária prevista
• Mapas de grade interno e externo;
• Possuir fluxogramas de acionamento específicos para cada tipo de
emergência aeroportuária prevista no aeródromo e a forma de acionamento
de cada recurso a qualquer hora;
• Conter a identificação e contato do responsável designado pelo operador de
aeródromo para coordenação das ações descritas no PLEM;
• Dispor de um Procedimentos de Remoção de Aeronaves Inoperantes e
Desinterdição de Pista (PRAI), com o seguinte conteúdo mínimo:
✓ Procedimentos e prazos estimados para desinterdição de pista, quando
não envolvidas aeronaves;
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✓ Procedimentos e prazos estimados para a remoção de aeronave
inoperante;
✓ Relação dos equipamentos disponíveis no aeródromo ou em suas
adjacências para remoção de aeronaves, sua localização, a empresa
detentora, a capacidade dos equipamentos e os contatos para
acionamento dos seus responsáveis a qualquer hora;
✓ Relação das empresas aéreas que operam no aeródromo e das demais
empresas que prestam serviços de rampa no aeródromo, com os contatos
para acionamento dos seus responsáveis a qualquer hora;
✓ A indicação da empresa detentora do conjunto de remoção para
aeronaves de grande porte, com os contatos para acionamento dos seus
responsáveis a qualquer hora.
a) O operador de aeródromo deve publicar no Serviço de
Informações Aeronáuticas, em conformidade com o
PRAI: a capacidade do aeródromo para remoção de
aeronaves inoperantes, expresso em termos do modelo e
peso da maior aeronave que o aeródromo está equipado
para remover e os contatos para acionamento do
responsável designado pelo operador de aeródromo para
coordenação das ações descritas no PRAI
Os exercícios são meios para que o operador de aeródromo possa aferir a efetividade
dos recursos que integram o SREA. O ESEA é composto por módulos, os quais devem ser
realizados num ciclo não superior a 3 (três) anos. Portanto, deve ser realizado ao menos 4
(quatro) módulos por ano, sendo 1 (um) por trimestre ou até 2 (dois) por semestre, em caso de
agrupamento de módulos.
O ESEA é dividido nos seguintes módulos:
MÓDULO OBJETIVO
Simular a formação do COE quando da ocorrência de uma
COE emergência e como o COE realiza os acionamentos previstos para o
tipo de emergência simulada.
Simular os acionamentos dos alarmes existentes no aeródromo e
Comunicação e Alarmes verificar a utilização dos meios de comunicação disponíveis para uso
em emergências, incluindo fraseologia.
Utilizar os mapas de grade interno e externo para verificar a
funcionalidade dos meios de localização de ocorrências, a
Ferramentas de Suporte proficiência dos envolvidos em utilizar as referências do sistema de
quadriculas alfanuméricas e os percursos realizados nos
deslocamentos das equipes.
Posto de Coordenação Simular, por parte do PCM, a capacidade de coordenação em campo
Móvel (PCM) dos envolvidos na resposta à emergência.
Simular as ações de atendimento à emergência de um ou mais
Recursos Externos e
recursos externos ou internos, podendo ser efetuada aferição em
Internos
grupo ou individual, a critério do operador de aeródromo.
Simular os procedimentos de triagem, atendimento e remoção de
Remoção de Vítimas vítimas, verificando o tempo de acionamento e disponibilização
destes recursos.
Corpo de Voluntários de Simular o acionamento, formação, encontro e organização do CVE
Emergência (CVE) e os procedimentos de atendimento às vítimas.
Plano Contraincêndio de Simular os procedimentos de atendimento a uma emergência por
Aeródromo (PCINC) parte do SESCINC, verificando tempos de acionamento e resposta.
Simular os procedimentos de resgate e salvamento aquático, para os
Salvamento Aquático aeródromos situados próximos a áreas pantanosas ou aquáticas,
verificando tempos de acionamento e resposta.
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Plano de Remoção de
Simular a remoção de aeronave inoperante, veículos ou destroços da
Aeronaves Inoperantes e
pista para retorno às operações do aeródromo, utilizando a sequência
Desinterdição de Pista
de acionamento e os procedimentos descritos no PRAI.
(PRAI)
Plano de Assistência às
Vítimas de Acidente Simular as ações de assistência às vítimas de acidente aeronáutico e
Aeronáutico e Apoio a seus apoio a seus familiares.
Familiares (PAFAVIDA)
Exercício Simulado de
Simular a totalidade das ações de resposta a uma emergência
Emergência Aeronáutica
aeroportuária.
Completo.
Ressalta-se que, nem todos os módulos necessitam ser simulados, a depender das
características físicas e operacionais do aeródromo. Por exemplo, para localidades onde não
existem áreas aquáticas/pantanosas próximas ao aeródromo, não há necessidade de executar o
módulo salvamento aquático; ou para aeródromos que não possuam SESCINC implantado, não
há necessidade de realizar o módulo PCINC. Tais justificativas devem compor o planejamento
dos exercícios, a ser enviado à ANAC para acompanhamento dos simulados propostos.
7 CONCLUSÃO
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MÓDULO 1 - BÁSICO
É importante que essas ações sejam pautadas em processo sistemático que promova
uma evolução contínua da estratégia de prevenção, visando elevar nível de desempenho de
segurança operacional.
Nesta apostila, o aluno estudará sobre esse sistema, os conceitos básicos e fundamentos
sobre o processo do gerenciamento de risco, enfatizando-se o entendimento sobre perigo,
responsabilidade e participação do Bombeiro de Aeródromo no processo de identificação de
perigo, assim como a importância dos relatos de segurança operacional.
Bons estudos!
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2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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3 SIGLAS E ABREVIATURAS
Os conceitos são elementos fundamentais para que se possa entender bem o sistema
em que o Bombeiro de Aeródromo atua. Neste sentido, a revisão dos conceitos aplicáveis ao
processo de gerenciamento de segurança operacional sempre é imprescindível para manutenção
da proficiência desse importante profissional para a segurança das operações aeroportuárias e
aéreas.
O erro humano é fator contribuinte para a maioria dos eventos na aviação. Profissionais
mesmo competentes cometem erros, intencionais ou não. Desta forma, os erros devem ser
aceitos como um componente normal em qualquer sistema onde os seres humanos interagem
com a tecnologia.
O gerenciamento da segurança operacional visa o controle do erro humano
considerando que estatisticamente são cometidos milhões de erros operacionais antes que um
evento grave maior ocorra. Assim, será possível a adoção de ações que reduzirão a possibilidade
do erro humano gerar consequências mais graves.
As violações podem ser entendidas como erros intencionais, quando houve uma
motivação para proceder ao erro. Dentro do processo de produção de um sistema há um espaço
de segurança operacional limitado ao alcance do objetivo de produção. Uma vez atingido este
objetivo e considerando a tendência de superá-lo, surge o espaço para as violações de regras e
procedimentos, o que poderá gerar incidentes e acidentes. Os recursos disponíveis que servirão
como defesas serão: a tecnologia, os treinamentos e os regulamentos.
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de segurança, mas não tiver cultura de segurança é provável que tenha um desempenho inferior
ao almejado.
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O operador de aeródromo deve detalhar e documentar as defesas existentes e medidas
adicionais para eliminação ou mitigação dos riscos em um documento denominado
Procedimentos Específicos de Segurança Operacional (PESO).
O PESO tem como objetivo a descrição da implantação e/ou da execução das defesas
existentes e medidas adicionais para eliminação ou mitigação dos riscos decorrentes da AISO.
Cabe ao operador do aeródromo estabelecer requisitos para:
• O controle para acompanhamento da execução das defesas existentes e medidas
adicionais estabelecidas para eliminação ou mitigação dos riscos;
• A avaliação das defesas existentes e medidas adicionais estabelecidas para
eliminação ou mitigação dos riscos quanto à sua eficácia.
PROBABILIDADE DO EVENTO
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5.5 Tolerabilidade ao Risco
Mitigação de riscos são medidas que eliminam o perigo potencial ou que reduzem a
probabilidade ou a severidade do risco. É a forma de controle do risco. Para controle ou
mitigação do risco, conforme o benefício à operação ou atividade, poderão ser adotadas
estratégias que levarão a evitar, reduzir ou segregar à exposição.
a) Evitar a exposição:
Quando os riscos excedem os benefícios de continuar a operação ou atividade, deve-
se então cancelá-las.
b) Redução da exposição:
Esta estratégia baseia-se na redução da frequência da operação ou da atividade, ou se
tomam medidas para reduzir a magnitude das consequências do risco que foi aceito.
c) Segregação da exposição:
Na utilização dessa estratégia são tomadas providências para isolar os efeitos do risco
ou se introduzem barreiras de proteção (redundância) contra os riscos.
As três principais defesas (proteções / barreiras) de uma organização da aviação para
enfrentar os riscos são tecnologia, treinamento e regulamentos. Como parte da mitigação do
risco é essencial a determinação dos seguintes aspectos:
• A existência de defesas coerentes e apropriadas para se proteger dos riscos analisados;
• A verificação da funcionalidade da defesa em relação ao fim para o qual foi projetada;
• A compatibilidade com as condições atuais de trabalho;
• O envolvimento do pessoal sobre os riscos e sobre as respectivas defesas disponíveis;
• A verificação da necessidade de outras medidas adicionais de mitigação dos riscos.
Considerando que não existe segurança absoluta e que em aviação é impossível
eliminar todos os riscos, esses deverão ser minimizados a um nível tão baixo quanto
racionalmente praticável. A mitigação do risco requer um equilíbrio entre o tempo (rapidez), os
custos e a dificuldade em tomar medidas para reduzir ou eliminar os riscos, ou seja, gerenciá-
los.
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6 RESPONSABILIDADES DO BOMBEIRO DE AERÓDROMO EM
RELAÇÃO À SEGURANÇA OPERACIONAL
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7.1 Conceitos importantes relacionados ao Perigo
a) Perigo identificado.
Esse passo consiste em identificar o (s) perigo (s) em razão da descrição e motivação
do objeto da AISO.
O (s) perigos devem estar coerentes com a compreensão dos cenários descritos.
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Diante desses conceitos, as atividades do SESCINC e considerando o ambiente de
atuação desse serviço, Bombeiro de Aeródromo de Aeródromo participa do processo de
identificação de perigo por meio dos registros das condições em que realiza a suas atividades
cotidianas, as quais devem ser tratadas no âmbito do SGSO para o estabelecimento das medidas
mitigadoras que serão implementadas pelos profissionais do SESCINC e demais entes que
desempenham atividades em área operacional, conforme a abrangência das referidas medidas.
9 CONCLUSÃO
10 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
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MÓDULO 2 – FATORES
HUMANOS
Mas para quem pretende se tornar bombeiro é preciso ter, além do desejo de servir a
população e salvar vidas, um ótimo condicionamento físico e equilíbrio emocional para lidar
com as situações mais adversas a serem enfrentadas em seu ambiente de trabalho. Nesta relação
entre o bombeiro e o seu ambiente de trabalho é importante compreendermos o conceito de
Fator Humano.
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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Emergência aeroportuária – evento ou circunstância, incluindo uma emergência aeronáutica
que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco vidas humanas
em um aeródromo.
Fadiga – diminuição progressiva da habilidade do homem para realizar uma tarefa
determinada, podendo se manifestar por meio da deterioração da qualidade do trabalho,
imprecisão, desinteresse, tédio, falta de entusiasmo entre outros.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
De acordo com o MCA 63-15, o conceito de Fator Humano se refere, para a ICAO –
International Civil Aviation Organization, ao estudo das capacidades e das limitações
humanas oferecidas pelo local de trabalho. É o estudo da interação humana em suas situações
de trabalho e vida, ou seja, é o estudo da interação das pessoas com os equipamentos
utilizados, regras a serem seguidas, os procedimentos escritos e verbais, condições do
ambiente e interações com outras pessoas.
Nesse conceito de Fator Humano, o elemento central é o Homem porque “os seres
humanos estão sujeitos a variações consideráveis em seu desempenho, tanto no que diz respeito
a cada indivíduo quanto a variações de desempenho em seu dia a dia. Além disso os seres
humanos possuem diversas limitações, sendo físicas, cognitivas ou emocionais, algumas das
quais são, em termos gerais, imprevisíveis” (MCA 63/15/2012).
Do ponto de vista dos Fatores Humanos não existe a possibilidade de uma operação
livre de erros humanos, mas eles podem ser evitados.
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4.1.1 Rendimento e Limitação Humana
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4.3 Ambiente Físico:
A atividade de bombeiro pode ser exercida em vários tipos de ambiente, cada qual com
suas particularidades. Alguns externos ou dentro das corporações e/ou Aeroportos, a saber:
• Atividade de escritório.
• Incêndios em edificações.
• Acidentes de trânsito.
• Acidentes em estradas.
• Acidentes em aeroportos.
• Resgates e remoção de enfermos.
• Atividades de remoção de animais peçonhentos e/ou perigosos.
• Escolas.
• Comunidades Carentes.
Assim, para cada ambiente físico no qual o bombeiro for atuar precisará desenvolver
certas habilidades, ter conhecimentos específicos e ter atitudes específicas condizentes aos
aspectos e equipamentos físicos com os quais pode se deparar. Precisa ter conhecimento de que
na atividade de prevenção, salvamento e combate a incêndios sofrerá impactos oriundos: das
fontes de calor, com as altas ou baixas temperaturas que podem estar presentes no ambiente ao
mesmo tempo; da umidade excessiva; da presença de fumaça ou outros odores, que podem
dificultar a respiração; dos ruídos; e dos espaços confinados, que pode ter que atuar.
Sabemos que existe uma distinção entre grupo e equipe, a saber: o grupo consiste em
pessoas que trabalham juntas, que em geral se reúnem por afinidades, mas podem realizar suas
tarefas sozinhas. A equipe é um conjunto de pessoas com habilidades complementares, atuando
no cumprimento de metas específicas e em um plano de trabalho definido.
As equipes fazem sentido quando existe:
a) Interdependência entre as tarefas e competência para trabalhar com outras pessoas;
b) Existência de um desafio significativo para todos os integrantes da equipe, com um
objetivo claro;
c) Existência de uma comunicação clara, aberta e de respeito mútuo, com interação
sinérgica.
Podemos ver isto claramente na atuação de uma equipe do SESCINC, na qual o trabalho
dos bombeiros precisa ser sinérgico, por meio do esforço coordenado de todos, para que a tarefa
a ser desempenhada tenha êxito e seja de qualidade e eficaz. Logo, o sucesso e êxito do trabalho
do SESCINC dependem do trabalho em equipe.
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4.5 Comunicação
Comunicar-se bem significa muito mais que falar com clareza e usar a fraseologia
correta. Também, inclui assegurar-se de que as outras pessoas entenderam o que você quer
dizer, assim como que você entendeu o que os outros disseram.
A comunicação é um processo que envolve a transmissão de uma mensagem de uma
pessoa (emissor) para outra (receptor), sendo então compartilhada por ambas. Para que haja
comunicação, é necessário que o destinatário da mensagem, ou seja, o receptor a receba e a
compreenda.
No ambiente de trabalho, os envolvidos deverão estar atentos para o caminho que
percorre a informação emitida. Primeiro vem a ideia, é codificada e depois é emitida pelo
emissor. O receptor a receberá decodificará a informação, e transformá-la-á em ideia, o que é
conhecido “Diagrama da Comunicação”.
Perigo é qualquer condição, potencial ou real, que possa causar dano físico, doença ou
morte a pessoas, dano ou perda de um sistema, equipamento ou propriedade, ou dano ao meio
ambiente. Assim, um perigo é uma condição que se constitui num pré-requisito para a
ocorrência de um acidente ou incidente.
Muito embora o risco esteja presente em qualquer profissão, a pluralidade de
atividades de socorro que os Bombeiros desempenham em condições e ambientes difíceis
sujeita-os, de forma muito singular, a riscos biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e
psicológicos que lesam a sua saúde e podem causar a morte.
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5.1 Perigos associados à atividade de Prevenção
• Temperaturas extremas como frio e/ou calor excessivo, que podem causar
desidratação;
• Explosões;
• Odores – devido à queima de material combustível;
• Acidentes com produtos perigosos;
• Agressão física/ verbal por parte de familiares ou até mesmo de uma vítima;
• Queda de equipamentos.
• Choque elétrico;
• Queda de materiais/equipamentos;
• Queda da vítima e até mesmo queda do Bombeiro;
• Fadiga – ocasionada à exposição ao calor e contato com fumaça;
• Choque da vítima, ou do Bombeiro, em obstáculos - quando em edificações.
• Temperaturas extremas;
• Fumaça - que pode ocasionar dificuldades/problemas respiratórios e dificuldade
de visualização do ambiente, no qual está ocorrendo o incêndio;
• Queimaduras, luxações, fraturas, escoriações, cortes, lesões perfurocortantes;
• Fadiga e esforço físico inadequado;
• Explosões;
• Desmoronamentos e quedas de objetos;
• Choque elétrico;
• Exposição às substâncias químicas.
Mediante este cenário, e conforme visto na literatura, a profissão de Bombeiro está
envolta também com fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas e estresse
(Nunes, D. A; Fontana R.T., 2012). Já que diante de catástrofes se deparam com o sofrimento
das pessoas, além das frustações pelos possíveis insucessos e impotências, ocasionando
sofrimento psíquico.
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6 PRINCIPAIS EFEITOS DO ESTRESSE DECORRENTE DO
EXERCÍCIO DA FUNÇÃO OPERACIONAL DE BA
O efeito do estresse pode ser compreendido por três categorias de sintomas: físicos,
psicológicos e comportamentais. As reações físicas comumente encontradas são: dor de cabeça,
transpiração excessiva, constipação ou diarreia, taquicardias, entre outros. Como reações
psicológicas temos a insatisfação com o trabalho, ansiedade ou depressão, irritabilidade,
frequência de pensamentos negativos, etc. E no que se refere as reações comportamentais, o
estresse pode levar aos distúrbios de sono, distúrbios alimentares, inquietação, consumo de
drogas e de álcool, absenteísmo, etc. (Robbins et ali, 2010).
7 ERRO HUMANO
Erros são vistos como um componente natural em atividades onde haja a interação
entre o homem e o ambiente onde ele vive e atua.
Segundo a ICAO, “o erro humano pode ser a consequência ao invés de ser a causa das
ocorrências”. Assim, para que seja possível diminuir a recorrência do erro humano é preciso
compreender o contexto que o provocou.
Existem 3 estratégias para o controle do Erro humano:
• Redução do erro: As estratégias para redução do erro intervêm diretamente na fonte
do erro reduzindo ou eliminando os fatores contribuintes do erro. Os exemplos incluem
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melhorar o acesso a um componente do avião para a manutenção, melhorando a
iluminação em que a tarefa deverá ser executada, reduzindo distrações ambientais e
fornecendo um treinamento melhor;
• Captura do erro: Supõe-se que o erro já aconteceu, e intervém logo que o homem tenha
cometido um erro capturando-o antes que gere consequências adversas. Os exemplos
incluem: usar checklists, fichas de tarefas, ter procedimentos operacionais bem
definidos.
• Tolerar o erro: pode ser entendido como mitigar o erro. Intervem de maneira a
incrementar a habilidade do sistema para aceitar os erros sem que maiores
consequências sejam geradas. Um exemplo seria realizar vistorias sistemáticas.
Nem sempre as coisas ocorrem como queremos, nem sempre atingimos os resultados
desejados no momento planejados. Nessas alturas, o que fazer? Olhar para a realidade como
fracasso, ou seja, como insucesso?
Na vida profissional, existem normalmente um conjunto de tarefas a desempenhar,
expectativas a materializar, objetivos a cumprir. Ou seja, os resultados produzidos podem ser
comparados com algo definido anteriormente ou simplesmente com os resultados de colegas
ou concorrentes.
Qualquer pessoa está sujeita ao insucesso profissional, especialmente quando é preciso
tomar decisões e fazer escolhas que afetem o dia a dia. No caso de um erro, é importante correr
atrás de uma solução e enxergar toda a situação como oportunidade de aprendizado e
crescimento.
A sensação de fracassar pode ser ruim, porém depende muito mais da expectativa que
você coloca em cada situação.
Já quanto ao acerto, é importante não se apoiar nisso para sempre ou humilhar outras
pessoas. Afinal, um dia você está bem, mas no outro pode não estar.
Seguem atitudes que levam ao insucesso profissional, segundo Marques (2019):
1. Estabelecer ou aceitar metas fora da realidade.
2. Medo de fracassar.
3. Não aceitar os próprios erros ou não aprender com eles.
4. Esquecer-se que já cometeu erros no passado.
5. Não planejar suas ações de maneira estratégica.
6. Não tirar seus planos do papel por medo, falta de planejamento ou preguiça.
7. Não se atualizar com as novidades da atividade em que trabalha, e assim parar de
estudar constantemente.
8. Deixar de conhecer e de aprender com outros profissionais.
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9. Achar que os seus ídolos profissionais não erram.
10. Não assumir a responsabilidade por algo que fez ou participou, e assim terceirizar
a sua culpa.
11. Tomar decisões apenas com base em certezas e não em dados e informações
concretas.
12. Descartar a possibilidade de que o fracasso pode acontecer com qualquer um,
inclusive você mesmo.
13. Subestimar a própria competência.
14. Dificuldade de ser flexível em vários cenários, e de se adaptar em diversos
ambientes.
15. Aderir à procrastinação com frequência, ou seja, o famoso “Ah, amanhã eu faço
isso ou aquilo! ”
DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z.A.P. Psicologia das relações interpessoais: vivências
para o trabalho em grupo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
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MURTA S.G.; TROCCOLI, B.T. Stress Ocupacional em Bombeiros: efeitos de intervenção
baseada em avaliação de necessidades. Estud Psicol. 2007; 24(1): 41-51. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v24n1/v24n1a05.pdf Acesso em: 27 jul.2017
REIS, A.M.V. et al. Desenvolvimento de Equipes. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008. (Série
Gestão de Pessoas).
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MÓDULO 2 – FATORES
HUMANOS
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
2 TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................................................................. 5
3 SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................ 5
4 CONCEITOS DE ACIDENTE DO TRABALHO .............................................................. 6
5 SEGURANÇA DO TRABALHO ....................................................................................... 9
6 ACIDENTES DE TRABALHO MAIS COMUNS NA ÁREA DE RESPOSTA À
EMERGÊNCIA AEROPORTUÁRIA. .................................................................................... 10
7 CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO .............................................................. 14
8 FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO .............................................................................. 21
9 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 24
INTRODUÇÃO
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
Ato Inseguro – São fatores gerados pelo fator humano, tais como a personalidade, tempo de
reação ao estimulo ou até mesmo características físicas pessoais.
Condição Insegura – São condições geradas pelo ambiente de trabalho, onde fatores de risco
como a falta de sinalização ou proteção nas maquinas geram condições de risco para as
atividades laborais do trabalhador.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
5
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ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil.
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NÃO SÃO CONSIDERADAS COMO DOENÇA DO TRABALHO:
• A doença degenerativa;
• A inerente a grupo etário;
• A que não produza incapacidade laborativa;
• A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato
direto determinado pela natureza do trabalho.
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§ 1 Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no
exercício do trabalho.
ACIDENTES DO TRABALHO
ACIDENTE TÍPICO –TIPO (ART. 19) Acidente de Trabalho nos termos do art. 19 Lei n.
8.213, de 24 de julho de 1991 o típico, tratado neste tópico, decorre de evento único dentro da
empresa e no horário de trabalho.
ACIDENTE ATÍPICO embora não tenha sido causa única acabou contribuindo diretamente
(concausa) para a morte do trabalhador, ou perda de sua capacidade ou reproduzido lesão que
exija atenção médica para sua recuperação. (art. 21, I, lei de benefício da previdência social).
(CONCAUSA) - causa que se junta a outra preexistente para a produção de certo efeito; causa
concomitante.
ACIDENTE DE TRAJETO ao de trabalho no artigo 21: Equiparam-se também ao
acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: d) no percurso da residência para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado.
Essa definição engloba acidentes sem lesão, aqueles apenas com danos materiais e
casualidades não registradas como acidentes, são os quase acidentes.
“QUASE - ACIDENTE”
Um quase-acidente é uma ocorrência inesperada que apenas por pouco deixou de ser
um acidente com um trabalhador ou um acidente com um equipamento.
Aqui está um exemplo: um CCI estava estacionado com a traseira voltada para a SCI.
Mais ou menos dois metros separavam a traseira do veículo de um pilar. Um bombeiro passava
entre o pilar e o veículo. Nesse momento, o motorista sem avisar, acionou a marcha-a-ré, para
estacionar. O bombeiro que passava deu um grito assustado e conseguiu pular para o lado em
segurança; por pouco não foi esmagado contra o pilar. Não houve contato, mas o bombeiro
ficou assustado e nervoso com a experiência.
Esse não é um caso de acidente de trabalho. O bombeiro não foi tocado, não foi
fisicamente molestado e do susto só lhe ficou a lembrança. Também não se trata de um acidente
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com equipamento, pois nada aconteceu com o CCI. Não houve falha de equipamento e o
motorista nem se deu conta do ocorrido.
Um acidente quase sempre acontece mais tarde, quando tais “avisos” são ignorados;
mais cedo ou mais tarde o acidente acaba acontecendo. O objetivo da prevenção organizada de
acidentes é evitar todo tipo de acidentes.
Em primeiro lugar, por definição, o acidente com equipamento sempre tem potencial
para causar ferimentos nas pessoas. Eles podem e, geralmente, resultam em ferimentos sérios e
até fatais.
Em segundo lugar, mesmo quando não acontecem ferimentos, os acidentes sem lesões
representam uma interrupção do processo de produção. Eles geralmente causam prejuízos em
virtude dos danos causados aos equipamentos, redução de produtividade, ou das horas de
trabalho gastas para reparar os estragos ocorridos.
5 SEGURANÇA DO TRABALHO
Segurança do Trabalho pode ser definida também como a ciência que atua na
prevenção dos acidentes do trabalho decorrentes dos fatores de riscos ocupacionais. Nos locais
de trabalho existem inúmeras situações de risco passíveis de provocar acidentes do trabalho.
Logo, a análise de fatores de risco em todas as tarefas e nas operações do processo é
fundamental para a prevenção.
Para toda atividade a segurança é essencial, e para o SESCINC o êxito das operações
possui uma relação muito mais efetiva e íntima, pois a todo momento o risco é potencial.
Durante muito tempo a segurança do trabalho foi vista como um tema que se relacionava apenas
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com o uso de capacetes, botas, cintos de segurança e uma série de outros equipamentos de
proteção individual contra acidentes.
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Considerando a atuação do bombeiro de aeródromo em emergências aeronáuticas ou
aeroportuárias, diversas ocorrências podem acontecer dentro da área do aeródromo,
considerando o conceito legal de acidente de trabalho, tais como:
•
Acidentes com deslocamento de viaturas;
•
Quedas etc;
•
Acidentes no manuseio de equipamentos (ex.: moto serra);
•
Inalação de gases tóxicos;
•
Contaminação por exposição a produtos perigosos;
•
Lesões e escoriações e Queimaduras nos membros superiores;
As consequências de uma emergência que colocam em risco os bombeiros de
aeródromos, faz-se necessário dispor de instruções específicas para sua atuação, as quais
deverão constar no Plano Contra Incêndio de Aeródromo – PCINC.
São exemplos de acidentes de trabalho mais comuns na área de resposta à emergência
aeroportuária a inalação de gases tóxicos, exposição a produtos perigosos, risco de quedas, além
das elencadas abaixo:
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ACIDENTES COM CCI (QUEDAS DE VIATURAS DO SESCINC)
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INALAÇÃO DE GASES TÓXICOS
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LESÕES E ESCORIAÇÕES E QUEIMADURAS NOS MEMBROS SUPERIORES
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Atos inseguros
CONDIÇÕES INSEGURAS
Estão relacionadas com o local e/ou ferramenta ou equipamento de trabalho, que pode
causar ou favorecer a ocorrência de acidente do trabalho. Em geral, a existência de condição
insegura é de responsabilidade da organização.
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O responsável por um eventual acidente do trabalho causado por condição insegura é
do empregador.
As condições inseguras são tidas como falhas técnicas, que podem estar presentes no
ambiente de trabalho e que comprometem a segurança dos trabalhadores e a própria segurança
das instalações e dos equipamentos. Por outro lado, não se devem confundir condições
inseguras com o risco inerente a algumas operações afetas à atividade de bombeiro.
Exemplos de condições inseguras:
✓ CCI mal manutenido (pneus desgastados, mal conservados);
✓ falta ou fornecimento de EPI inadequado para a atividade;
✓ sinalização e orientação incorreta, como por exemplo o limite de altura máximo
para passagem de um CCI;
✓ etc.
RESUMO ATOS E CONDIÇÕES INSEGURAS
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RISCOS AMBIENTAIS
Vibração
Problemas físicos motivados pela vibração aparecem em grande parte dos casos, após
longo tempo de exposição. Nos casos de vibração de todo o corpo, podem aparecer problemas
renais e casos de dores fortes na coluna. As vibrações localizadas nos braços e mãos, provocam
deficiências circulatórias e nas articulações. Exemplos: operação de moto serra, moto esmeril,
e operação prolongada de mangueiras pressurizadas.
Calor
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O ser humano mantém uma temperatura interna aproximadamente constante (em torno
de 37ºC) seja qual for a temperatura externa (do ambiente). Essa característica está ligada a
existência de um mecanismo fisiológico de regulação da temperatura interna do corpo, o qual
é responsável pela conservação e dissipação do calor.
Ruído
Certas máquinas, equipamentos, ou operações de aeronaves produzem um ruído agudo
e constante. Esses níveis sonoros, acima da intensidade aceitável, conforme específica
legislação de acordo com a duração de exposição no ambiente de trabalho, provocam, em
princípio, a irritabilidade ou uma sensação de ouvir o ruído mesmo estando em casa. Com o
passar do tempo, a pessoa começa a falar mais alto, ou perguntar constantemente, por não ter
entendido. Este é o início de uma surdez parcial que, com o tempo, passará ser total e
irreversível. Exemplo: Trânsito urbano, geradores, moto esmeril, motosserras, bomba do CCI,
etc.
Agentes químicos
Que constituem ação tóxica e venenosa no organismo. São responsáveis por alto
percentual de doenças profissionais. Os agentes químicos podem ser encontrados nas formas
gasosa, líquida, que quando absorvidos pelo nosso organismo, produzem, na grande maioria
dos casos, reações que são chamadas de venenosas ou tóxicas.
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Existem três meios básicos de penetração de tóxicos no corpo humano:
• Via cutânea: por contato com a pele, que absorve a substância tóxica.
A pele tem várias funções e entre elas a principal é a proteção contra as agressões
externas. Entretanto há vários grupos de substâncias químicas que penetram, principalmente,
pelos poros; desta maneira, algumas substâncias e vapores têm o poder de fixar-se no tecido
adiposo subcutâneo.
Agentes mecânicos
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Os agentes mecânicos de doenças profissionais se caracterizam pelas atitudes e hábitos
profissionais, os quais são transmitidos ao esqueleto e órgãos do corpo. São os responsáveis
diretos por lesões e traumas provocados aos bombeiros, e os principais responsáveis por
acidentes do trabalho.
Exemplos:
• Ferramentas defeituosas;
• Máquinas sem proteção;
• Ligação elétrica deficiente.
Agentes biológicos
Esses microrganismos são invisíveis a olho nu, sendo visíveis apenas ao microscópio.
Estes agentes biológicos são capazes de produzir doenças, deterioração de alimentos, mau
cheiro, etc. Apresentam muita facilidade de reprodução, além de contarem com diversos
processos de transmissão.
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Agentes ergonômicos
8 FERRAMENTAS DE PREVENÇÃO
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https://www.yammer.com/infraero.gov.br/#/threads/inGroup?type=in_group&feedId=11272
297&view=all
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• Adoção de medidas de prevenção de acidentes, que são propostas de revisão dos
processos e operações que tragam maior segurança.
Medidas disciplinares
Revista CIPA - Ano XV -178. Título da capa: Explosão do Pó (pag. 47), SP, 1994
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ANDRADE, F. Manual de Formação – Fundamentos Gerais de Segurança no Trabalho.
BESTCENTER. 2014
https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-notrabalho/sst-menu/sst-
normatizacao/sst-nr-portugues?view=default
https://www.conceitozen.com.br/o-que-e-seguranca-do-trabalho.html
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep1998_art369.pdf
http://www.protecao.com.br/materias/memoria/teoria_de_heinrich/AcyJAJ
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DIRETORIA DE SERVIÇOS E SUPORTE JURÍDICO – DS
UNIVERSIDADE INFRAERO – DSUI
OE-SESCINC INFRAERO
MÓDULO 2 – FATORES
HUMANOS
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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EPR de demanda – significa que o ar armazenado no cilindro é mandado para o interior da
máscara facial somente pelo ato inalação. Uma mola ou membrana de alta sensibilidade é
responsável por liberar a passagem do ar no ato de inalação.
EPR de circuito fechado – significa que todo o gás exalado, ou parte dele, é purificado e
reinalado. O gás exalado pelo usuário, rico em gás carbônico, passa por uma camada de material
granulado contendo absorvente do dióxido de carbono antes de ser reinalado. Há respiradores
de circuito fechado que utilizam substâncias que geram, por meio de reações químicas, o
oxigênio necessário.
EPR de circuito aberto – nesse sistema o gás exalado sai para o ambiente externo em vez de
ser reinalado. O gás respirável mais utilizado é o ar comprimido. Existem modelos que operam
com pressão positiva e pressão negativa.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromo Civil (SESCINC) – é o
serviço composto pelo conjunto de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em
proveito da segurança contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento
de vidas por meio da utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados pelo
aeródromo.
Traje de Proteção – é o conjunto de equipamentos de proteção individual apropriados às
operações de resgate e combate a incêndio.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
TP – Traje de Proteção
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4 TRAJE DE COMBATE A INCÊNDIO
O TP padronizado pela ANAC é formado por capacete, capuz tipo balaclava, traje de
proteção tipo aproximação, luva, bota e protetor auricular, com a finalidade de proteger o
bombeiro de aeródromo dos riscos inerentes à execução das atividade operacionais de
prevenção, salvamento e combate a incêndio.
4.1 Componentes do TP
Capacete, com viseira móvel, que possua características de proteção contra impactos,
inclusive pontuais, resistência à condutividade elétrica e que seja indeformável sob ação de
calor irradiado;
Capuz tipo balaclava, com proteção térmica e antichama, com abertura elástica
ajustável e adequada ao uso por sobre a máscara facial do EPR;
4.1.1 Bota
a) Utilização
Para facilitar o calçamento, devem possuir alças resistentes que permitam colocá-las
com firmeza e rapidez.
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Para pronto emprego nas emergências a calça da roupa de aproximação deve estar
ajustada por sobre a bota.
b) Limitações operacionais
Alguns cuidados devem ser tomados pelo bombeiro durante o uso das botas de
combate a incêndio, dentre eles:
✓ Procure respeitar as restrições do fabricante da bota quanto a contato com
substâncias as quais podem deteriorá-la.
✓ Não entre em contato direto com as chamas, isto é, não deixe a bota permanecer
em contato direto com o fogo, nem em contato com agentes biológicos.
✓ Botas com o cano extremamente largo deverão ter especial atenção, por parte do
bombeiro, durante a sua utilização quanto aos aspectos de se evitar entrada de
água residual de incêndio, entrada de produtos químicos, entrada de brasas,
metais incandescentes bem como o acúmulo de gases de forma a se evitar uma
série de acidentes ao usuário da mesma.
✓ Deverá ser tomado um cuidado especial com a aderência em pisos cerâmicos ou
lisos com acúmulo de água por haver o perigo de quedas.
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c) Procedimentos de Manutenção
Lavagem manual com detergente neutro utilizando-se um pano úmido ou escova de
cerdas macias. Não utilizar alvejantes, solventes ou produtos à base de cloro na higienização.
Secagem ao natural ou manual com pano seco e limpo. Calçados submetidos a
condições molhadas deverão ser permitidos a secar naturalmente num ambiente fresco e seco.
Forçar a secagem poderá causar deterioração da parte superior e materiais do forro.
Em todo caso deve ser seguida a recomendação do fabricante.
Caso o calçado possua o cuidado necessário, seja usado no ambiente de trabalho
correto e guardado em condições secas e ventiladas, este poderá possuir uma boa vida útil, se
não houver falhas prematuras da sola externa e/ou parte superior.
A vida útil do calçado depende da correta escolha do mesmo para o ambiente de
trabalho requerido e a prevenção de contaminação e degradação.
Caso o calçado seja danificado, incorretamente lavado, ou alterado de sua forma
original, este não estará de acordo com o nível especificado de proteção e deverá ser substituído.
Limpe as botas após seu uso utilizando apenas sabão neutro e água, escovando-as com
uma escova de nylon, procurando retirar todo o sabão após a lavagem. Tenha certeza de retirar
qualquer óleo, sujeira, poeira, ou resíduo de produto químico.
Guarde as botas de maneira vertical (em pé), para amenizar dobras e amassados;
Mantenha o forro seco para prevenir mofo e enrole um pedaço de jornal, colocando-o
dentro das botas, de forma a ajudar a absorver os excessos de umidade.
Guarde as botas longe de motores elétricos e outros produtos de elementos que
contenham ozônio, bem como longe de lugares claros em demasia, luzes de neon e áreas úmidas
e sem ventilação.
Não faça marcas nas botas com qualquer substância que deteriore a borracha ou com
produto inf1amável, bem como nunca fure a bota.
Quando observar dobraduras, buracos na borracha, calcanhar liso, sola com traços
reduzidos de forma a perder o efeito antiderrapante ou vazamento através da bota, a mesma
deverá ser substituída.
a) Utilização
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estrutural, e operações de salvamento não-relacionadas a incêndios, operações médicas de
emergência, e desencarceramento de vítimas. A roupa de aproximação oferece proteção contra:
✓ Calor e chamas.
✓ Penetração de alguns fluidos de automóveis e alguns outros produtos químicos.
✓ Penetração de sangue e outros fluidos corporais.
✓ Chuva e jatos d’água de mangueiras.
✓ Clima frio.
O tempo de vestimenta, ou seja, o tempo que o bombeiro de aeródromo gasta para se
equipar com o conjunto completo de EPI para bombeiro de aeródromo, é preponderante no
sucesso das ocorrências, tendo em vista que o tempo gasto para se chegar ao local da emergência
pode ser a diferença entre a vida e a morte das vítimas de um acidente.
O tempo que se gasta para vestir o EPI completo para bombeiro de aeródromo não
deve ser superior a 1 minuto.
Primeiro passo
• Vista a calça e ajuste o suspensório.
Segundo passo:
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Terceiro passo:
Atenção
Quarto passo:
b) Limitações operacionais
Um TP, com qualquer outro EPI, não oferece proteção ilimitada, integral e irrestrita
ao usuário, por esse motivo é necessário que o bombeiro de aeródromo conheça a limitação do
seu TP, o qual é indicado para contatos ocasionais com o fogo e por tempo de exposição
limitado, a fim de evitar exposição prolongada desnecessária.
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De outra forma, é importante que o bombeiro saiba que, ao estar completamente
equipado, seus sentidos de tato, visão e audição serão, significativamente, reduzidos pelo TP, o
que exige dele mais atenção e cuidado nas ações. A maioria dos equipamentos usados em
conjunto acaba por restringir os movimentos, os quais podem ficar lentos ou mesmo limitados,
exigindo maior esforço físico e atenção, além de aumentar o desgaste físico do bombeiro.
Trajes de proteção foram desenvolvidos para permitirem que os bombeiros se
aproximem e suprimam uma situação de incêndio, não são previstos para oferecer o nível de
proteção necessário para adentrar áreas de fogo ativo. A roupa de aproximação é diferente de
roupa de adentramento ao fogo. Roupas de adentramento permitem contato direto com o fogo
por determinado período de tempo e são normalmente aluminizadas.
O traje de combate a incêndio foi selecionado para ser adequado ao risco que o
bombeiro estará exposto, e contatos ocasionais com o fogo com tempo de exposição limitada.
É importante que o profissional tenha em mente que o TP não evita o acidente, mas
apenas atenua os efeitos de um acidente.
Além disso, existe a possibilidade de que o calor presente seja suficiente para evaporar
toda a água, causando queimaduras. Portanto, mesmo protegido com a roupa de aproximação o
bombeiro não deve se molhar antes de entrar no ambiente sinistrado.
c) Procedimentos de manutenção
Visando garantir que as roupas de aproximação fiquem higienizadas e prontas para
uso, um programa de manutenção deve ser seguido. Contudo, é importante saber que tecidos
intrinsecamente antichama, como as roupas de aproximação e o capuz tipo balaclava, não
perdem suas características antichama com as lavagens, desde que observadas as orientações
do fabricante.
O acondicionamento do TP deve ser feito em ambientes limpos, arejados e abrigados
da luz solar direta, separado dos demais equipamentos e vestimentas tais como uniformes e
roupas diversas. Deve ser acondicionado em local distante de produtos inflamáveis e químicos.
A inspeção do TP para verificação da manutenção da integridade deve ser feita após
cada higienização através de inspeção visual. Devem-se substituir peças quando necessário,
contatando o fabricante.
As orientações contidas nesta apostila não substituem as recomendações do fabricante.
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Não se deve fazer uso da vestimenta em caso de danos de qualquer natureza ou mesmo
suja. Vestimentas de bombeiro não proporcionam proteção adequada quando não seguidas as
instruções do fabricante para manutenção e higienização.
A higienização pode ser feita em lavagem industrial ou lavagem caseira.
Lavagem industrial: utilizar detergente com pH entre 7 e 8 (de neutro a básico),
podendo utilizar amaciante catiônico.
Lavagem caseira: utilizar sabão em pó neutro ou detergente neutro.
Orientações gerais para higienização roupa de aproximação:
✓ Lavar a roupa de aproximação separada das demais vestimentas.
✓ Lavar separadamente da camada externa do forro interno, caso este seja
destacável.
✓ Nunca utilizar alvejantes clorados, e nunca lavar a seco.
✓ Realizar enxágue adicional e centrifugação normal.
✓ A secagem deve ser ao natural e a sombra com a vestimenta pelo avesso. Para
secagem a quente não ultrapassar 60°C.
O TP possui vida útil limitada. O usuário deve inspecionar regulamente este traje e
retirá-lo do uso em caso de verificação visual de danos.
Uma inspeção adequada é feita pela visualização da camada externa do conjunto, em
busca de rasgos ou danos causados pelo contato direto do tecido com chamas e impregnação
com produto inflamável, como graxa ou combustível.
Se essas ações forem negligenciadas, pode haver uma redução do nível de segurança
oferecido pelos equipamentos, expondo o bombeiro a riscos desnecessários.
Nos conjuntos com forro removível, verifique se todos os botões estão fixados
adequadamente, proporcionando segurança e conforto durante a utilização. Verifique a fixação
do suspensório a calça, bem como a sua regulagem do tamanho.
Dada a urgência das ações de socorro, não haverá tempo ou condições, para realizar
esses ajustes na cena da emergência de forma eficiente. Também não é recomendável que o
bombeiro vista a roupa no interior de veículos em movimento, pois a tripulação deve se deslocar
com o cinto de segurança afivelado em respeito às normas de segurança.
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a) Utilização
O capuz tipo balaclava deve estar inserido por baixo da gola da roupa de aproximação
a fim de proporcionar a proteção para a região do pescoço do usuário. Deve ainda estar sobre a
máscara facial de respiração autônoma e cobrir totalmente partes sensíveis do bombeiro como
orelhas e cabelos.
Vista a balaclava.
Na sequência de vestimenta de TP, o capuz tipo balaclava deve
ser colocado depois da calça da roupa de aproximação e antes do
blusão (japona).
Ao colocar o blusão (japona) do TP e só em seguida o capuz tipo
balaclava, o bombeiro terá dificuldade em acomodar a aba dentro
da roupa de aproximação ou, erroneamente, deixar a aba do
capuz para fora da roupa de aproximação.
Se for utilizar a máscara facial do EPR, a balaclava deverá ser
totalmente acomodada no pescoço, com a cabeça inserida nos
dois orifícios da balaclava.
Após a colocação da máscara, a balaclava deverá ser puxada da
nuca por sobre a cabeça, para frente, cobrindo também a máscara
facial do EPR.
b) Limitações operacionais
c) Procedimentos de manutenção
O Capuz tipo balaclava pode ser lavado segundo orientações gerais para higienização
da roupa de aproximação, conforme abaixo:
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✓ Nunca utilizar alvejantes clorados, e nunca lavar a seco.
✓ Realizar enxágue adicional e centrifugação normal.
✓ A secagem deve ser ao natural e a sombra com a vestimenta pelo avesso. Para
secagem a quente não ultrapassar 60°C.
✓ Utilizar sabão em pó neutro ou detergente neutro.
4.1.4 Capacete
Possui uma viseira móvel, resistente ao atrito, impacto e calor irradiado, oferece um
amplo ângulo de visão. Há também uma proteção ao pescoço por material aluminizado ou
tecido antichama.
O capacete deve permitir que possa ser utilizado em conjunto com máscara de EPR
quando em ambientes com atmosfera contaminada ou falta de oxigênio.
a) Utilização
O capacete para combate a incêndio deve ser utilizado sobre a balaclava para proteção
do crânio, face e olhos contra impacto e agente térmico. Antes da utilização a suspensão com
sistema catraca deve ser regulada para permitir o ajuste na cabeça do usuário.
Em seguida, a tira jugular deve ser ajustada visando proporcionar maior estabilidade
ao usuário.
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b) Limitações operacionais
c) Procedimentos de manutenção
Alguns cuidados devem ser tomados pelo bombeiro durante o uso do capacete para
combate a incêndio, dentre eles:
✓ Depois de cada uso, guarde o capacete em local fechado (armário, estante)
longe de umidade, luz e fumaças de exaustão.
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✓ Evite quedas ou golpes no capacete, o que pode causar danos no casco externo
(risco ou arranhões), enfraquecendo o sistema de absorção ou danificando o
acabamento do capacete.
✓ Não guarde o capacete sem primeiro tê-lo limpo e seco.
✓ Não deixe o capacete exposto à luz solar por longos períodos, pois os raios
ultravioletas aceleram o processo de envelhecimento.
✓ Inspecione cada parte do capacete depois do uso e todos os pontos de fixação,
em particular verificando a ancoragem correta, desgastes visíveis, quebras e
ajustes corretos das partes.
Para a correta manutenção do capacete após o uso deve-se desmontar e limpar
separadamente os componentes removíveis, ex.: viseira e proteção de nuca.
A limpeza do casco e viseira e outras partes não têxteis podem ser limpas somente com
pano úmido. Não utilizar para a limpeza ou desinfecção solventes tais como acetona, álcool,
éter ou detergentes com partículas abrasivas.
A secagem deve ser ao natural ou manual com pano seco e limpo.
A pala protetora (protetor de nuca) deve ser removida e lavada conforme orientações
gerais para higienização da roupa de aproximação, veja abaixo:
✓ Nunca utilizar alvejantes clorados, e nunca lavar a seco.
✓ Realizar enxágue adicional e centrifugação normal.
✓ A secagem deve ser ao natural e à sombra. Para secagem a quente não ultrapassar
60°C.
✓ Utilizar sabão em pó neutro ou detergente neutro.
4.1.5 Luva
As luvas têm como característica se estender por sobre os pulsos, de modo a protegê-
los. Sua confecção permite ao usuário operar botões, fechos e ferramentas manuais. Devido a
natureza das operações de combate ao fogo sugere que o verso da luva deva ter uma superfície
protetora no dorso, de modo a minimizar os efeitos do calor irradiado, sendo que a palma e os
dedos são confeccionados com um material resistente à abrasão e à penetração de objetos
pontiagudos, relativa proteção contra fluídos e certos produtos químicos. Todas as costuras
devem ser resistentes à penetração de líquidos.
a) Utilização
Deve ser utilizada para segurança no que tange à proteção das mãos, principalmente
quanto a exposições ao calor, objetos cortantes ou perfurantes, bem como razoável proteção
química contra substâncias que possam haver no local de ocorrência, sem, contudo, reduzir a
capacidade de maneabilidade do bombeiro.
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Calce as luvas.
b) Limitações operacionais
Existem diversos tipos de luvas no mercado. O bombeiro de aeródromo deve ter em
mente para qual finalidade a luva será utilizada, se para operação de equipamentos, para
combate a incêndio ou atendimento pré-hospitalar. Para operação de equipamentos como serras,
cordas, desencarceradores, etc., exige-se da luva maior sensibilidade ao toque. Por outro lado,
a luva de combate a incêndio quanto mais eficiente neste quesito menor sensibilidade ao toque
a luva terá.
O bombeiro de aeródromo deve possuir uma luva que lhe permita a operação de
equipamentos, sem, contudo, prejudicar o combate a incêndio. Um tipo de luva para cada
atividade a ser exercida pelo SESCINC também é uma alternativa.
c) Procedimentos de manutenção
Ruídos elevados podem produzir vários efeitos adversos que incluem desde
interferências nas comunicações, acidentes de trabalho até efeitos sobre a saúde e perdas
auditivas irreversíveis. Controles administrativos, técnicos e, sobretudo, dispositivos de
proteção aos trabalhadores são fundamentais para reduzir ou neutralizar a exposição.
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A atividade de bombeiro em um ambiente aeroportuário está também cercada por ruído
que é de difícil mitigação. Portanto, deve-se utilizar a medida preventiva de atenuar o ruído
nocivo, por meio da utilização de protetores auditivos, também conhecidos como protetores
auriculares.
Exige-se o uso de protetor auditivo no pátio de estacionamento de aeronaves sempre
que houver aeronaves com motor em funcionamento. No atendimento à emergência, o ruído
provocado por sirenes deve ser limitado ao deslocamento do CCI até o local da ocorrência,
evitando que permaneça ligado o tempo todo, diminuindo desse modo o tempo de exposição da
equipe aos ruídos.
a) Utilização
O tipo plug de inserção requer um pouco mais cuidado. Se for do tipo espuma
moldável, primeiro é necessário moldá-lo. Em seguida, segure e puxe a orelha para cima e para
trás, para que o canal auditivo fique reto. Introduza o plug segurando-o com o dedo indicador
até que se expanda e ocupe o canal auditivo. Faça o mesmo com o outro lado conforme a figura
abaixo.
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b) Limitações operacionais
O tipo plug possui como limitação a impossibilidade de utilização por pessoas com
inflamação ou infecção no ouvido. Sua durabilidade é bem menor do que o tipo concha,
devendo ser trocado frequentemente. A colocação requer maior cuidado e o desconforto na
utilização é maior do que o tipo concha.
c) Procedimentos de manutenção
Limpe regularmente o protetor auditivo com pano úmido. As peças plásticas podem
ser lavadas com água e sabão neutro. Os protetores tipo plug moldáveis devem ser descartados
quando houver redução de sua reconstituição natural após pressionado.
a) Utilização
Considerando o isolamento que esta roupa proporciona com o ambiente externo são
sempre utilizadas conjuntamente com os Equipamentos de Proteção Respiratória – EPR
adequados, essas roupas de proteção química protegem eficazmente as pessoas, em ambientes
hostis.
Recomenda-se que na operação de emergência química um bombeiro nunca atue
sozinho, mas sempre na companhia de um segundo bombeiro.
De igual modo é importante que o grau de proteção da roupa de proteção química
esteja adequado ao produto químico da emergência, observando as orientações contidas em
manuais de emergência em produtos químicos.
De maneira geral, as instruções para utilização consistem em:
✓ Utilize um auxiliar para vestir e despir um traje totalmente encapsulado;
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✓ Forre o chão para evitar contaminação e abrasão do EPI, de preferência apoie sobre uma
cadeira ao se preparar para vestir ou despir;
✓ Evite contato com cantos vivos, pontiagudos ou afiados, e remova itens pessoais que
porventura esteja usando, tais como: caneta, relógio, chaveiro, distintivo, pins/botons,
celular, crachá, sapatos, óculos, etc.
✓ Cheque o funcionamento do EPR e coloque-o próximo à roupa de proteção química;
✓ Cheque o tamanho das luvas, botas e da própria roupa de proteção;
✓ Uma inspeção visual e de pressão deverá ter sido feita previamente à utilização da roupa,
onde deve ser identificado o funcionamento da válvula de exaustão, coloração diferente,
manutenção da pressão interna, danos físicos, etc.
✓ Abra totalmente a roupa e, sentado, insira os pés e pernas. Estique as pernas ao máximo
enquanto puxa o traje até a cintura sem movimentos bruscos.
✓ Em pé, equipe com o EPR, em seguida vista as mangas da roupa e o capuz.
✓ Feche a roupa com o auxílio de um ajudante.
As ações após o atendimento da ocorrência são:
➢ Saia da área certificando-se que o EPR esteja funcionando corretamente, pois
ainda será necessário realizar os procedimentos de descontaminação (se
necessário), para remoção segura da vestimenta em local apropriado.
➢ Um auxiliar deverá verificar se houve exposição e contaminação da roupa para
realizar a descontaminação antes de retirá-la.
➢ Após a descontaminação realize inversamente os procedimentos para vestir a
roupa.
b) Limitações operacionais
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c) Procedimentos de Manutenção
Essas roupas de proteção devem, obrigatoriamente, serem submetidas a testes de
pressão e a testes de vazamentos, para assegurar a sua integridade.
Em caso de falha na vedação deve-se contatar o fabricante e não utilizar a roupa de
proteção química.
Para limpeza deve-se usar água e detergente. Pode esfregar com escova macia ou
toalha. A secagem deve ser feita em local fresco e ao natural sem exposição direta ao sol. Não
deve utilizar secadora ou secador, nem lavar a seco.
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Composição do cilindro de EPR
Acessórios do EPR
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Tecido antichama de proteção do
Elastômero de proteção do
cilindro.
cilindro.
b) Utilização do EPR
• Pressão; e
• Volume.
Cilindros de material compósito possuem capacidade para armazenar ar comprimido
a uma pressão de 300 bar, sendo que já existe modelos com capacidade de armazenamento à
pressão de 380 bar.
Já os cilindros mais antigos de aço carbono, têm capacidade mais limitada e
armazenam ar respirável a 200 bar de pressão. Cilindros de material compósito e cilindros de
aço carbono são facilmente distinguíveis:
• Pelo peso
✓ Material compósito – mais leve;
✓ Aço carbono – mais pesado.
• Aparência visual
✓ Material compósito – brilhante com a resina externa
transparente.
✓ Aço carbono – geralmente pintado de cor amarela.
• Som do toque
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✓ Material compósito – som seco ao toque;
✓ Aço carbono – som metálico ao toque.
Em relação ao volume, há diversos disponíveis no mercado sendo os mais comuns
encontrar volumes de 6,8 litros e 9 litros.
Para o cálculo da quantidade de ar respirável em litros existente no interior do cilindro,
basta multiplicar a pressão indicada no manômetro pelo volume.
Exemplo:
Resumo:
T = tempo em minutos.
Há que se considerar que o consumo de 50 litros por minuto em cada respiração foi
estabelecido com base em uma situação normal sem estresse. Em uma situação de grande
esforço físico, pode-se chegar a consumir até 150 litros por minuto de volume de ar respirável.
Portanto, a autonomia do bombeiro de aeródromo com uso do EPR está em último caso limitado
à condição física do usuário.
Cabe ressaltar que o EPR possui um alarme mecânico que é ativado quando a pressão
do cilindro se encontra em um nível que recomenda a saída do bombeiro do local da emergência,
devido a iminência de acabar o suprimento de ar.
Colocação do EPR
O tempo que se gasta para vestir o EPI completo, inclusive com o EPR, não deve ser
superior a 1 minuto e 30 segundos.
Na demonstração abaixo, para colocação do EPR, o capacete e as luvas deverão ser
colocados posteriormente.
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Primeiro passo:
Segundo passo:
Terceiro passo:
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Quarto passo:
Quinto passo:
• Coloque a balaclava.
A balaclava deverá estar previamente
posicionada no pescoço do bombeiro. Neste
caso, após colocação da máscara facial, a
balaclava deverá ser puxada para frente por
sobre a cabeça.
Sexto passo:
• Coloque o capacete.
Sétimo passo:
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Oitavo passo:
• Calce as luvas.
c) Limitações operacionais
Segundo o Programa de Proteção Respiratória da FUNDACENTRO uma máscara
facial não deve ser utilizada por pessoas cujos pelos faciais (barba, bigode, costeletas ou
cabelos) possam interferir no funcionamento das válvulas, ou prejudicar a vedação na área de
contato com o rosto.
A comunicação entre os membros da equipe de bombeiros de aeródromo fica
prejudicada com a utilização de máscaras faciais caso a máscara não possua acessórios como
amplificador de voz ou comunicador rádio do tipo PTT – Push To Talk. O bombeiro de
aeródromo deve ter consciência dessa limitação para uso do EPR em ambientes com elevado
nível de ruído.
Caso o usuário necessite de óculos, a máscara facial deverá permitir utilização
simultânea, desde que as hastes ou tiras dos óculos não interfiram na vedação. Caso contrário
o bombeiro de aeródromo não deverá utilizar o EPR. O uso de lentes de contato somente é
permitido quando o usuário está perfeitamente acostumando ao uso desse tipo de lente.
As máscaras faciais dos equipamentos autônomos de respiração protegem as vias
respiratórias, o aparelho gastrointestinal e os olhos, do contato com tais substâncias. A roupa
de aproximação do bombeiro de aeródromo oferece proteção limitada da pele contra substâncias
químicas ou biológicas. O bombeiro deve ter em mente que somente as roupas de proteção
química protegem totalmente a pele do contato com substâncias que podem destruir ou ser
absorvidas por ela.
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d) Procedimentos de Manutenção
Lavar a cobertura das vias respiratórias com uma solução aquosa de detergente para
limpeza normal com água morna no máximo a 43ºC, ou com a solução recomendada pelo
fabricante. Usar escova para remover a sujeira. Não usar escova com fios metálicos.
Enxaguar com água morna limpa (no máximo 43ºC), preferivelmente em água
corrente.
Outra solução como, por exemplo, os sais quaternários de amônia, estão disponíveis
comercialmente e também é recomendada por fabricantes de EPR na higienização das
máscaras.
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Após o processo de lavagem deve-se enxaguar bem os componentes com água morna
(43ºC), preferivelmente em água corrente. Escorrer. É importante enxaguar bem, pois o
desinfetante ou o detergente que secar na peça facial poderá provocar dermatite. Além disso, a
não remoção completa desses agentes pode causar deterioração da borracha ou provocar
corrosão das partes metálicas.
Por fim, considerando que a máscara será utilizada para respiração humana, sendo
necessário alto grau de conservação, livre de poeira e detritos que possam ser aspirados,
recomenda-se envolver a máscara facial com plástico filme para evitar acúmulo de poeira ou
mesmo presença indesejável de insetos.
Para maior familiarização dos alunos quanto ao correto uso do EPI requeridos para as
atividades do SESCINC, será realizado um exercício onde cada aluno será orientado e terá a
oportunidade de experimentar a colocação do EPI (japona, calça, balaclava, capacete, luvas e
bota) e o EPR.
Para treinamento dos alunos quanto as ações que devem adotadas em ocorrência de
emergência utilizando o Equipamento de Proteção Respiratória, serão simuladas as seguintes
situações:
• Acionamento do alarme indicador de baixo suprimento de ar.
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• Fim do suprimento de ar.
• Mau funcionamento do regulador.
• Bocal e mangueiras danificadas.
9 CONCLUSÃO
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INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION - ICAO. Airport Services
Manual: Part 1 – Rescue and fire fighting. Doc 9137 – AN/898. 4. ed. 2014.
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DIRETORIA DE SERVIÇOS E SUPORTE JURÍDICO – DS
UNIVERSIDADE INFRAERO – DSUI
OE-SESCINC INFRAERO
MÓDULO 3 – ATENDIMENTO
PRÉ-HOSPITALAR (APH)
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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SCQ - Superfície Corporal Queimada.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
Saber onde procurar lesões e tão importante quanto saber o que fazer após encontrá-las.
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destruída; a energia total do sistema sempre permanece constante”. Considerando-se o
movimento de um carro como uma forma de energia (energia cinética), quando o carro colide,
esta forma de energia é transformada em outras (mecânica, térmica, elétrica, química).
Considerando que E = m. V²/ 2, sendo E = energia cinética (movimento), m = massa
(peso), V = velocidade. Conclui-se que quanto maior a velocidade, maior a troca de energia
resultando assim em maiores danos aos organismos envolvidos. Para que um objeto em
movimento perca velocidade é necessário que sua energia de movimento seja transmitida a
outro objeto. Esta transferência de energia ocorre quando, por exemplo um objeto em
movimento colide contra o corpo humano ou quando o corpo humano em movimento é lançado
contra um objeto parado, os tecidos do corpo humano são deslocados violentamente para longe
do local do impacto pela transmissão de energia, criando uma cavidade, este fenômeno chama-
se “cavitação”. A avaliação da extensão da lesão tecidual é mais difícil quando não existe
penetração cutânea do que quando há uma lesão aberta.
Por isso é obrigatório pesquisar a história do evento traumático, isto é, avaliação do
cenário de emergência, com objetivo de prestar atendimento pré-hospitalar com eficiência.
Uma cavidade com deformação visível após um impacto é definida como
permanente. Já uma cavidade (ou deformidade) não visualizada quando o socorrista ou médico
examina a vítima é definida como temporária, na qual o tecido retorna para a sua posição
normal. A diferença entre as duas está relacionada a elasticidade dos tecidos.
A análise da cinemática é realizada desde a chegada do socorro à cena e continua até
mesmo no atendimento intra-hospitalar.
Observação: GOLDEN HOUR = HORA DE OURO para que seja prestado o atendimento
definitivo às lesões ameaçadoras da vida.
“Há uma ‘hora de ouro’ entre a vida e a morte. Se você estiver gravemente ferido, terá menos
de 60 minutos para sobreviver. Você pode não morrer imediatamente: isso pode acontecer três
dias ou duas semanas mais tarde – mas ocorreu alguma coisa em seu organismo que é
irreparável. ” (R. Adams Cowley - 1917-1991).
Pré-impacto: são os eventos que precedem o acidente, tais como ingestão de álcool e ou drogas,
condições de saúde do paciente (doenças preexistentes), idade, etc. Estes dados terão influência
significativa no resultado final.
Impacto: deve constar o tipo de evento traumático (ex. colisão automobilística, atropelamento,
queda, ferimento penetrante, etc.). Deve-se também estimar a quantidade de energia trocada
(ex. velocidade do veículo, altura da queda, calibre da arma, etc.).
Pós-impacto: ela se inicia após o paciente ter absorvido a energia do impacto. As informações
coletadas nas fases de pré-impacto e impacto são utilizadas para conduzir as ações pré-
hospitalares na fase de pós-impacto. A ameaça à vida pode ser rápida ou lenta, dependendo em
parte das ações tomadas nesta fase pela equipe de resgate. Portanto, as informações colhidas
pelas equipes a respeito dos danos externos e internos do veículo constituem-se em pistas para
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as lesões sofridas pelos seus ocupantes. Com isto, a identificação das lesões ocultas ou de
diagnóstico mais difícil são facilitadas, permitindo tratamento mais precoce reduzindo-se a
morbimortalidade dos pacientes. Algumas observações são muito comuns, tais como:
• Deformidades do volante de direção, sugerindo trauma torácico;
• Quebra com abaulamento circular do para-brisas indicando o impacto da cabeça, o que
sugere lesão cervical e craniana;
• Deformidades baixas do painel de instrumentos sugerindo luxação do joelho, quadril ou
fratura de fêmur.
Importante: Estudos demonstram que cerca de 50% dos doentes morrem no local do acidente
ou na primeira hora, justificando desta forma a necessidade de programas de prevenção.
Deste modo, ressalta-se a importância de se conhecer a história do acidente. Quando
bem acurada e interpretada pela equipe, tem-se a suspeita de mais de 90% das lesões antes de
ter contato direto com o paciente.
5 SEGURANÇA DO APH
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As equipes de socorro devem usar luvas, máscaras e protetor ocular quando estão
trabalhando junto a uma vítima que está sangrando ou espirrando, evitando assim as doenças
infecciosas transmitidas por via respiratória ou sanguínea.
São considerados EPI quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por
uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício
de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser constituído
por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou
vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de equipamento só deverá ser contemplado quando
não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se
desenvolve a atividade. O socorrista é um profissional treinado para prestar os primeiros
socorros a pacientes, ainda no local da emergência, amenizando as dores e o sofrimento da
vítima. Seus cuidados são essenciais para salvar a vida dos pacientes e reduzir possíveis
sequelas, uma vez que o socorrista detecta o que está errado e providencia assistência de
emergência sem causar maiores danos.
Em geral, o socorrista realiza trabalhos como estacar sangramentos, verificar pressão
arterial e imobilizar a vítima. Sua ação é comumente requisitada em acidentes de trânsito,
incêndios, acidentes domésticos e até emergências relacionadas a doenças.
Durante a realização de seu trabalho, é fundamental que o socorrista utilize
equipamentos de proteção individual (EPIs) que garantam sua proteção contra problemas
ergonômicos, acidentes e contaminações químicas ou biológicas. Saiba quais são a seguir.
Barreiras Físicas:
Luvas: As luvas devem ser utilizadas quando se toca a pele não íntegra, mucosa ou áreas
contaminadas por sangue ou outros fluidos corporais. Tendo em vista a possibilidade de
ocorrerem perfurações nas luvas durante o atendimento ao doente, estas devem ser examinadas
regularmente em busca de defeitos e trocados imediatamente, caso seja observado qualquer
problema.
Mascaras e Protetores faciais: As máscaras servem para proteger as mucosas oral e nasal do
profissional de saúde da exposição a agentes infecciosos, especialmente em situações nas quais
há conhecimento ou suspeita da presença de patógenos de transmissão aérea. Caso as máscaras
ou os protetores faciais fiquem úmidos ou sujos, devem ser trocados imediatamente.
Proteção Ocular: A proteção ocular deve ser utilizada sempre que houver a possibilidade de
respingos de gotículas de fluidos infectados, como ocorre ao se entubar um doente que tenha
sangue na orofaringe. Os óculos comuns não são considerados adequados, pois não fornecem
proteção lateral.
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Aventais: Aventais descartáveis com forros plásticos impermeáveis oferecem a melhor
proteção, mas podem ser extremamente desconfortáveis e pouco práticos no ambiente pré-
hospitalar. Aventais ou outras roupas devem ser trocados imediatamente caso apresentem
sujidades.
Lembre-se: Cuidado ao abordar a vítima.
Segurança do socorrista
Lavar as mãos antes e após qualquer contato com a vítima. Lavagem das mãos é um
princípio fundamental no controle da infecção. As mãos devem ser lavadas com sabão e água
corrente sempre que ocorrer contaminação grosseira com sangue ou fluido corporal.
Observação: Antissépticos à base de álcool mostram-se úteis para evitar a transmissão dos
muitos agentes infecciosos, porém não são adequados quando as mãos estivem com sujidades
evidentes. No entanto, esses antissépticos podem limpar e proporcionar um efeito protetor em
situações nas quais não há água corrente ou sabão. Após a remoção das luvas, as mãos devem
ser lavadas com água e sabão ou com um antisséptico à base de álcool.
Segurança da Vítima
• Lavar as mãos antes e após qualquer contato com a vítima;
• Trocar as luvas de procedimentos antes de examinar outra vítima;
• Descontaminar todo material antes de utilizar na próxima vítima;
• Utilizar preferencialmente material estéril para curativo (compressas ou plásticos
estéreis) em casos de feridas abertas.
6 ANÁLISE DE VÍTIMAS
Controle de Cena
Segurança do Local Antes de iniciar o atendimento propriamente dito, a equipe de
socorro deve garantir sua própria condição de segurança, a das vítimas e a dos demais presentes.
De nenhuma forma qualquer membro da equipe deve se expor a um risco com chance de se
transformar em vítima, o que levaria a deslocar ou dividir recursos de salvamento disponíveis
para aquela ocorrência.
Mecanismo de Trauma Enquanto se aproxima da cena do acidente, o socorrista
examina o mecanismo de trauma, observando e colhendo informações pertinentes. Em um
pouso de barriga, por exemplo, avaliar o tipo de colisão (frontal, lateral), aeronave envolvida,
danos na aeronave, número de vítimas, posição da aeronave e das vítimas, etc.
Ser ágil e decidido observando rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem
estiver prestando o socorro.
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7 SIMULAÇÃO DE EXAMES PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO EM
VÍTIMAS DE TRAUMAS
Exame Primário
Visa identificar e manejar situações de ameaça à vida, A abordagem inicial é realizada
sem mobilizar a vítima de sua posição inicial, salvo em situações especiais que possam
comprometer a segurança ou agravar o quadro da vítima, tais como:
● Situações climáticas extremas: geada, chuva, frio, calor, etc.;
● Risco de explosão ou incêndio;
● Risco de choque elétrico;
● Risco de desabamento.
Nota: Só se justifica mobilizar a vítima de sua posição inicial na abordagem primária quando a
situação de risco não possa ser afastada. Por exemplo: Havendo risco de choque elétrico
e sendo possível a interrupção da passagem de energia, não há necessidade de mobilizar
a vítima. Na abordagem primária, havendo mais de uma vítima, o atendimento deve ser
priorizado conforme o risco, ou seja, primeiro as que apresentem risco de morte, em
seguida as que apresentem risco de perda de membros e, por último todas as demais.
Importante: Esta recomendação não se aplica no caso de acidente com múltiplas vítimas, onde
os recursos para o atendimento são insuficientes em relação ao número de vítimas e, por tanto,
o objetivo é identificar as vítimas com maiores chances de sobrevida.
O exame primário começa com uma visão geral simultânea ou global da condição dos sistemas
respiratório, circulatório e neurológico do doente para identificar problemas externos
significativos óbvios relacionados à oxigenação, circulação, hemorragia ou deformidades
macroscópicas.
Nota: Pesquisa primaria mudou de ABC para CAB, a pesquisa principal do paciente vítima de
trauma agora enfatiza o controle de sangramento externo com risco de vida como o primeiro
passo da sequência. Enquanto as etapas do exame primário são ensinadas e exibidas de forma
sequencial, muitos dos passos podem, e devem ser realizados simultaneamente. Os passos
podem ser lembrados usando o mnemônico XABCDE:
X - Hemorragias Exsanguinolenta (Controle de Sangramento Externo); A - Gerenciamento de
vias aéreas e estabilização da coluna cervical; B - Respiração (ventilação e oxigenação); C -
Circulação (perfusão e outras hemorragias); D – Deficiência; E - Expor / ambiente.
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É a avaliação sucinta da respiração, circulação e nível de consciência. Deve ser
completada em no máximo 30 segundos. Tem por finalidade a rápida identificação de
condições de risco de morte (X: Hemorragias Exsanguinolenta: choque hipovolêmico:
controle da hemorragia deve ser feito o mais rápido possível pois está situação poderá levar a
morte), o início precoce do Suporte Básico de Vida (SBV) e o desencadeamento de recursos de
apoio, tais como médico no local e aeronave para o transporte.
No exame primário inicial devem ser seguidos os seguintes passos:
• Identificação rápida da hemorragia exsanguinolenta. Se a hemorragia externa
exsanguinante estiver presente, deve ser controlada antes mesmo de prosseguir
avaliação, ou de outras intervenções.
Nota: Caso à vítima esteja em PCR, proceder para o tratamento.
• Aproximar-se da vítima pelo lado para o qual a face da mesma está voltada, garantindo-
lhe o controle cervical.
• Observar se a vítima está consciente e respirando. Tocando o ombro da vítima do lado
oposto ao da abordagem, apresente-se, acalme-a e pergunte o que aconteceu com ela:
“Eu sou o. (nome do socorrista), do Corpo de Bombeiros, e estou aqui para te ajudar. O
que aconteceu contigo?”. Uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está
consciente, que as vias aéreas estão permeáveis e que respira. Caso não haja resposta,
examinar a respiração. Se ausente a respiração, iniciar as manobras de controle de vias
aéreas e a ventilação artificial.
• Simultaneamente palpar pulso radial (em vítima inconsciente palpar direto o pulso
carotídeo) e definir se está presente, muito rápido ou lento. Se ausente, palpar pulso de
artéria carótida ou femoral (maior calibre) e, caso confirmado que a vítima está sem
pulso, iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar.
• Verificar temperatura, umidade e coloração da pele e enchimento capilar. Palidez, pele
fria e úmida e tempo de enchimento capilar acima de dois segundos são sinais de
comprometimento da perfusão oxigenação dos tecidos (choque hipovolêmico por
hemorragia interna ou externa, por exemplo), que exigem intervenção imediata.
• Observar rapidamente da cabeça aos pés procurando por hemorragias ou grandes
deformidades.
IMPORTANTE: Verifique se não há respiração ou se há somente gasping e verifique o pulso
(simultaneamente).
b) Exame Primário DETALHADO
Se o doente for incapaz de fornecer uma resposta ou aparentar angústia, deve-se iniciar
a avaliação primária detalhada para identificar os problemas com risco à sua vida. Em poucos
segundos, é obtida uma impressão geral da condição global do doente.
O exame primário, por meio de uma rápida análise das funções vitais, estabelece se o
doente está na iminência ou já se encontra em uma condição grave.
No exame primário detalhado segue-se uma sequência fixa de passos estabelecida
cientificamente. Para facilitar a memorização, convencionou-se o XABCDE do trauma para
designar essa sequência fica de passos, utilizando-se as primeiras letras das palavras (do inglês)
que definem cada um dos passos:
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• Passo X – Hemorragia Exsanguínolenta (controle de Sangramento Externo);
• Passo A (Airway) – Vias aéreas com controle cervical;
• Passo B (Breathing) – Respiração (existente e qualidade);
• Passo C (Circulation) – Circulação com controle de hemorragias;
• Passo D (Disability) – Estado neurológico;
• Passo E (Exposition) – Exposição da vítima (para abordagem secundária).
Lembre-se de somente passar para próximo passo após ter completado o passo
imediatamente anterior. Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve ser
mantido. Suspeitar de lesão de coluna cervical em toda vítima de trauma.
Passo X - Com trauma, com risco eminente a vida e hemorragia externa, esta deve
ser imediatamente identificada e gerenciada. Se a hemorragia externa exsanguinante estiver
presente, deve ser controlada antes mesmo da avaliação da via aérea (ou simultaneamente, se a
assistência adequada estiver presente na cena) ou realização de outras intervenções, como a
imobilização da coluna cervical. Este tipo de sangramento envolve tipicamente o sangramento
arterial de uma extremidade, mas também pode ocorrer no couro cabeludo ou na junção de uma
extremidade com o tronco e outros locais.
Nota: Hemorragia externa exsanguinante de uma extremidade é melhor administrada
imediatamente colocando um torniquete o mais próximo possível, isto é, perto da virilha ou da
axila, isto é, proximal.
Se a hemorragia externa exsanguinante estiver presente, deve ser controlada antes
mesmo da avaliação da via aérea ou realização de outras intervenções, como a imobilização da
coluna cervical.
IMPORTANTE: Os conceitos mais importantes a considerar quando tentar controlar
o sangramento em locais juncionais são (1) que uma grande quantidade de pressão direta e
compressão para os vasos sanguíneos que abrangem a área será necessária, e (2) uma pressão
direta com curativo, idealmente com um agente hemostático, deve ser colocada na superfície
aberta da ferida.
Passo A – Vias aéreas com controle cervical -Após o controle cervical e a
identificação, pergunte à vítima o que aconteceu. Uma pessoa só consegue falar se tiver ar nos
pulmões e se ele passar pelas cordas vocais.
Portanto, se a vítima responder normalmente, é porque as vias aéreas estão permeáveis
(passo A resolvido) e respiração espontânea (passo B resolvido). Seguir para o passo C. Se a
vítima não responder normalmente, examinar as vias aéreas. Desobstruir vias aéreas de sangue,
vômito, corpos estranhos ou queda da língua, garantindo imobilização da coluna cervical. Para
a manutenção da abertura das vias aéreas pode ser utilizada cânula orofaríngea ou nasofaríngea.
Estando as vias aéreas desobstruídas, passar para o exame da respiração (passo B).
Notas:
✓ Quanto ao controle da cervical: Se os dispositivos de imobilização que foram colocados
tiverem que ser removidos para reavaliar o doente ou realizar alguma intervenção
necessária, a RMC empregada até que o doente possa mais uma vez estar com Restrição
de Movimento da Coluna vertebral - RMC.
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✓ Se indicada a restrição de movimento vertebral, esta deve ser aplicada a toda a coluna
(lesões não contíguas), utilizando-se o colar cervical associado à estabilização do
restante da coluna. O colar cervical de tamanho adequado é um componente crítico da
RMC e deve ser usado para limitar o movimento do segmento cervical sempre que a
técnica for empregada.
✓ A própria musculatura paravertebral tem a função de restringir a coluna espinhal
potencialmente instável do paciente alerta, consciente e orientado. O profissional da
saúde apenas auxilia na redução da amplitude de movimento, mantendo a coluna em
posição neutra para aquele determinado paciente. Se utilizado colar cervical nesse
exemplo, este possui a função de lembrete para o paciente limitar o movimento do
pescoço.
✓ A RMC envolve a manutenção da posição neutra em todos os momentos do
atendimento: durante a extração, o transporte e a transferência do paciente para o leito
hospitalar. A técnica requer que a cabeça, o pescoço e o tronco da vítima estejam
apropriadamente alinhados. Isto pode ser obtido manualmente ou com o uso de
equipamentos comercialmente disponíveis.
Passo B – Respiração - Checar se a respiração está presente e efetiva (ver, ouvir e
sentir). Se a respiração estiver ausente, iniciar respiração artificial (passo B resolvido
temporariamente). Estando presente a respiração, analisar sua qualidade: lenta ou rápida,
superficial ou profunda, de ritmo regular ou irregular, silenciosa ou ruidosa. Se observar sinais
de respiração difícil (rápida, profunda, ruidosa), reavaliar vias aéreas (passo A) e solicitar a
presença do médico no local. A necessidade de intervenção médica é muito provável. Se
observar sinais que antecedam parada respiratória (respiração superficial, lenta ou irregular),
ficar atento para iniciar respiração artificial. Iniciar a administração de oxigênio a 3 litros por
minuto, sob máscara de contorno facial bem-ajustado. Garantir que os passos A e B não sejam
interrompidos antes de passar ao exame da circulação (C).
Notas: A frequência ventilatória pode ser dividida em cinco níveis, são eles:
1. Apneia. O doente não está ventilando.
2. Lenta. Uma frequência ventilatória muito lenta pode indicar isquemia cerebral
(suprimento deficiente de oxigênio ao cérebro). Se a frequência ventilatória for
inferior 10 ventilações por minuto (bradipneia), é necessário auxiliar ou assumir
completamente a respiração do doente empregando dispositivo assistido (incluir
oxigênio suplementar).
3. Normal. Se a frequência ventilatória estiver entre 10 a 20 ventilações por minuto
(eupneia, uma frequência normal para o adulto), o socorrista observará o doente
com atenção. Embora o doente possa parecer estável, deve-se considerar o uso de
oxigênio suplementar.
Passo C – Circulação com controle de hemorragias - O objetivo principal do passo C
é estimar as condições do sistema circulatório e controlar grandes hemorragias. Para tanto
devem ser avaliados: pulso; perfusão periférica; coloração, temperatura e umidade da pele.
Neste passo também devem ser controladas as hemorragias que levem a risco de vida eminente.
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Pulso: Em vítima consciente, verificar inicialmente o pulso radial; se este não for
percebido, tentar palpar o pulso carotídeo ou o femoral; em vítima inconsciente, examinar o
pulso carotídeo do lado em que você se encontre. A avaliação do pulso dá uma estimativa da
pressão arterial. Se o pulso radial não estiver palpável, possivelmente a vítima apresenta um
estado de choque hipovolêmico descompensado, situação grave que demanda intervenção
imediata. Se o pulso femoral ou carotídeo estiver ausente, iniciar manobras de reanimação
cardiopulmonar. Estando presente o pulso, analisar sua qualidade: lento ou rápido, forte ou
fraco, regular ou irregular.
Perfusão Periférica: A perfusão periférica é avaliada através da técnica do enchimento
capilar. É realizada fazendo-se uma pressão na base da unha ou nos lábios, de modo que a
coloração passe de rosada para pálida. Retirando-se a pressão a coloração rosada deve retomar
num tempo inferior a dois segundos. Se o tempo ultrapassar dois segundos é sinal de que a
perfusão periférica está comprometida (oxigenação/perfusão inadequadas). Lembre-se que à
noite e com frio essa avaliação é prejudicada.
Coloração, temperatura e umidade da pele cianose e palidez são sinais de
comprometimento da oxigenação/perfusão dos tecidos. Pele fria e úmida indica choque
hipovolêmico (hemorrágico).
Controle de Hemorragias: Se o socorrista verificar hemorragia externa, deve utilizar
métodos de controle. Observando sinais que sugerem hemorragia interna, deve agilizar o
atendimento e transportar a vítima o mais brevemente possível ao hospital, seguindo sempre as
orientações da Central de Emergências.
Passo D – Estado Neurológico Tomadas as medidas possíveis para garantir o ABC,
importa conhecer o estado neurológico da vítima (passo D), para melhor avaliar a gravidade e
a estabilidade do quadro. O registro evolutivo do estado neurológico tem grande valor. A vítima
que não apresente alterações neurológicas em um dado momento, mas passe a apresentá-las
progressivamente, seguramente está em situação mais grave que outra cujo exame inicial tenha
mostrado algumas alterações que permaneçam estáveis no tempo. Na avaliação do estado
neurológico o socorrista deve realizar a avaliação do nível de consciência e o exame das pupilas.
Nota: O objetivo do PASSO D é determinar o nível de consciência do doente e
verificar o potencial para hipóxia (diminuição de oxigênio).
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Nota: Embora seja importante expor o corpo para completar a avaliação com eficácia, a
hipotermia é um problema grave no tratamento do doente traumatizado. Somente as partes
necessárias do doente devem ser expostas ao ambiente externo. Uma vez dentro da unidade de
emergência aquecida, é possível realizar em exame completo e cobrir novamente o doente, o
mais rápido possível. A quantidade de roupa que deve ser removida do doente durante a
avaliação varia de acordo com as condições ou lesões identificadas.
Deve-se tomar cuidado especial ao cortar e remover as roupas de uma vítima.
A quantidade de roupa do paciente que deve ser removida durante uma avaliação varia
dependendo das condições ou lesões encontradas. Uma regra geral é remover, conforme
necessário, para determinar a presença ou ausência de suspeita de condição ou lesão. Se um
paciente tiver estado mental normal e uma lesão isolada, apenas a área em torno da lesão
geralmente precisa ser exposta.
Para manter a temperatura corporal e prevenir a hipotermia, o paciente deve ser coberto
assim que possível após avaliação e tratamento. Em ambientes frios, o prestador de cuidados
deve considerar o uso de cobertores térmicos.
Importante: A quantidade de roupa do paciente que deve ser removida durante uma
avaliação varia dependendo das condições ou lesões encontradas. Uma regra geral é remover,
conforme necessário, para determinar a presença ou ausência de suspeita de condição ou lesão.
Se um paciente tiver estado mental normal e uma lesão isolada, apenas a área em torno da lesão
geralmente precisa ser exposta. Pacientes com um mecanismo sério de lesão ou alteração mental
devem ser totalmente expostos para avaliar as lesões. O prestador de cuidados pré-hospitalar
não precisa ter medo de remover o vestuário, se é a única maneira de completar a avaliação e
tratamento adequadamente. Na ocasião, os pacientes podem sustentar múltiplos mecanismos de
lesão, tais como um acidente aéreo, etc
Lesões com risco a vida podem ser negligenciadas se o paciente for examinado
inadequadamente. Essas lesões não podem ser tratadas se não forem identificadas. Cuidados
especiais devem ser tomados ao cortar e remover roupas de uma vítima de um crime para não
inadvertidamente destruir provas.
c) Exame Secundário
O exame secundário é a avaliação da cabeça aos pés do doente. A avaliação secundária
é realizada apenas após o término da avaliação primária com identificação e tratamento das
lesões que colocam a vida em risco. O grande objetivo da avaliação secundária é identificar as
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lesões ou os problemas que não foram encontrados durante a avaliação primária, isto é, uma
avaliação primária bem-feita identificará todas as condições com risco à vida, a avaliação
secundária, por definição, tratará de problemas de menor gravidade. Um doente traumatizado
grave é transportado o mais rápido possível após a conclusão da avaliação primária e não
mantido na cena para a avaliação secundária.
Histórico SAMPLE
Deve ser obtido um histórico rápido do doente, sempre que possível. Essas
informações devem ser documentadas no relatório do doente. SAMPLE serve como lembrança
de seus componentes chave.
S - SINTOMAS: De que o doente se queixa? Dor? Dificuldade respiratória?
Dormência? Formigamento? Queimaduras? Hemorragia?
A - ALERGIA: Principalmente a medicamento.
M - MEDICAÇÃO: Fármacos prescritos ou não que o doente usa regularmente.
P - PASSADO MÉDICO E ANTECEDENTE CIRÚRGICO: Problemas clínicos
importantes para os quais o doente recebe tratamento: incluí cirurgias prévias.
L - LÍQUIDO E ALIMENTOS (ÚLTIMA REFEIÇÃO): Quanto tempo se passou
desde a última refeição?
E - EVENTO: Quais eventos precederam a lesão? Imersão em água (afogamento ou
hipotermia) e exposição a materiais perigosos devem ser incluídos.
Exame segmentar:
• Cabeça: palpar o crânio com os polegares fixos na região frontal, mantendo o
controle cervical. Palpar as órbitas. Simultaneamente, inspecionar cor e integridade
da pele da face, hemorragia e liqüorragia pelo nariz e ouvidos, hematoma
retroauricular (sugestivo de fratura de coluna cervical alta ou base de crânio), simetria
da face, hemorragia e laceração dos olhos e fotorreatividade pupilar (não a valorize
em olho traumatizado). Retirar corpos estranhos (lentes de contato e próteses
dentárias móveis) eventualmente remanescentes.
• Pescoço: inspecionar o alinhamento da traquéia e a simetria do pescoço. Palpar a
cartilagem tireóide e a musculatura bilateral. Inspecionar as veias jugulares: se
ingurgitadas, principalmente com piora na inspiração, preocupar-se com lesão
intratorácica grave (derrame de sangue no pericárdio, impedindo os movimentos
normais do coração: hemopericárdio com tamponamento cardíaco). Palpar as artérias
carótidas separadamente e a coluna cervical, verificando alinhamento, aumento de
volume, crepitação e rigidez muscular. Completado o exame, colocar o colar cervical.
• Tórax: inspecionar a caixa torácica (face anterior), buscando simetria anatômica e
funcional, respiração paradoxal, áreas de palidez, eritema ou hematoma (sinais de
contusão) e ferimentos. Palpar as clavículas separadamente, buscando dor e
crepitação. Palpar os arcos costais e esterno em busca de rigidez muscular, flacidez
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e crepitação. Examinar até a linha axilar posterior. Realizar ausculta pulmonar e
cardíaca (procedimento médico).
• Abdômen: inspecionar sinais de contusão, distensão e mobilidade. Palpar
delicadamente, analisando sensibilidade e rigidez de parede (abdômen em tábua).
• Quadril: afastar e aproximar as asas ilíacas em relação à linha média, analisando
mobilidade anormal e produção de dor. Palpar o púbis no sentido anteroposterior. A
região genital também deve ser avaliada, sugerindo haver lesão conforme as queixas
da vítima ou o mecanismo de trauma.
• Membros inferiores: inspecionar e palpar da raiz das coxas até os pés. Observar
ferimento, alinhamento, deformidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a roupa
onde suspeitar de ferimento ou fratura. Retirar calçados e meias. Examinar a
mobilidade articular ativa e passiva. Executar movimentos suaves e firmes de flexão,
extensão e rotação de todas as articulações. Palpar pulsos em tornozelos e pés. Testar
sensibilidade, motricidade e enchimento capilar.
• Membros superiores: inspecionar e palpar dos ombros às mãos. Observar ferimento,
alinhamento, deformidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a roupa onde
suspeitar de ferimento ou fratura. Palpar os pulsos radiais. Testar a mobilidade ativa
e passiva. Executar movimentos suaves e firmes de flexão, extensão e rotação de
todas as articulações. Testar a simetria da força muscular nas mãos. Verificar
sensibilidade, motricidade e enchimento capilar.
• Dorso: realizar a manobra de rolamento a noventa graus para examinar o dorso.
Inspecionar alinhamento da coluna vertebral e simetria das duas metades do dorso.
Palpar a coluna vertebral em toda a extensão, à procura de edema, hematoma e
crepitação. Terminado o exame do dorso, rolar a vítima sobre a maca rígida de
imobilização dorsal. Após completar o exame segmentar, fazer curativos,
imobilizações e outros procedimentos necessários. Fazem também parte da
abordagem secundária os seguintes procedimentos, que são realizados por médicos
no ambiente hospitalar: radiografias, sonda gástrica, toque retal, cateterismo vesical
e lavagem peritonial. Durante a abordagem secundária, o socorrista deva reavaliar o
ABCD quantas vezes forem necessárias, principalmente em vítimas inconscientes.
Após a abordagem secundária, realizar a verificação de dados vitais e escalas de
coma e trauma.
Importante: Uma abordagem organizada e sistemática no cuidado destes pacientes pode
melhorar a sobrevida. Esta abordagem organizada começa inicialmente com esforços para
prevenir que lesões ocorram. Quando a lesão ocorre, a resposta organizada e sistemática de toda
a equipe de atendimento de saúde, começando no contexto pré-hospitalar, vai ajudar a diminuir
a morbidade e a mortalidade da lesão traumática.
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8 SIMULAÇÃO DE EXAMES PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO EM
VÍTIMAS DE TRAUMAS
9 TRIAGEM DE VÍTIMAS
O primeiro socorrista que chega numa cena da emergência com múltiplas vítimas
enfrenta um grande problema. A situação é diferente e seus métodos usuais de resposta e
operação não são aplicáveis. Este profissional deve modificar sua forma rotineira de trabalho
buscando um novo método de atuação que lhe permita responder adequadamente a situação.
Estes socorristas não estarão sendo eficientes se voltarem sua atenção para a reanimação de
uma ou mais vítimas, já que, outras vítimas viáveis poderão morrer se não forem atendidas.
Racionalmente, o ideal é conseguirmos, ao final, o maior número possível de sobreviventes,
portanto investindo inicialmente nos críticos viáveis.
Portanto, logo que chegam na cena, esses primeiros socorristas devem avaliá-la, pedir
reforços adicionais e assegurar o local para, só então, dedicarem-se a seleção das vítimas
enquanto as novas unidades de socorro deslocam-se para o local da emergência. Esses
socorristas aproveitam assim o seu tempo da melhor maneira iniciando um processo de triagem.
Este é o primeiro passo para a organização dos recursos na emergência.
Definição de triagem
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9.1 Prioridade no atendimento à vítima (Método de triagem START)
Cor PRETA - Significa que a vítima possui lesões fatais ou está em morte clínica (sem
sinais vitais). Só haverá tentativa de reanimação, se houver a chegada suficiente de mais
socorristas.
Critérios de triagem
O método START utiliza quatro critérios de avaliação, que são:
• Condição de locomoção: As vítimas que podem andar até o ponto de concentração ou posto
médico avançado, são consideradas vítimas leves, pelo menos no início da avaliação. A
capacidade de locomoção indica inicialmente que não há graves problemas respiratórios,
circulatórios e neurológicos, tornando esta vítima não prioritária.
• Condição da respiração: A frequência respiratória não poderá ser superior a 30m.r.m
(movimento respiratório por minuto), pois estaria indicando um problema grave, já que, para
o adulto, a respiração normal em repouso é de 12 a 18 m.r.m. Havendo frequência superior
a 30 m.r.m, é certa a presença de sérios problemas no sistema respiratório, sendo esta vítima
prioritária.
• Condição da circulação: A condição da circulação do sangue, será avaliada pela checagem
da perfusão capilar ou da presença de pulso radial. A nulidade ou lentidão do reenchimento
sanguíneo nas extremidades das mãos e dos pés ou a falta de pulso radial, revela deficiência
do sistema hemodinâmico, podendo tratar-se de hemorragia, obstrução, estado de choque,
entre outros. A vítima que possuir um tempo de perfusão capilar superior a 2 segundos ou
ausência de pulso radial, será classificada na cor vermelha.
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• Condição neurológica: Esta condição é medida por intermédio da resposta que a vítima dá
ao estímulo do socorrista, que será uma ordem de fácil cumprimento. Uma ordem simples,
como por exemplo, “levante o braço, pisque os olhos, olhe para mim” que não seja cumprida
pela vítima, indica um sério problema neurológico, gerando a classificação da vítima na cor
vermelha. Se a vítima executa corretamente as ordens simples, será classificada na cor
amarela.
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Princípios da busca e resgate em salvamento em acidentes aeronáuticos são as mais difíceis e
potencialmente confusas de todas as atividades no local sinistrado. Elas requerem velocidade,
decisões efetivas BA-CE, forte e agressiva ação das forças de controle. O BA-CE deve
continuamente reconhecer a necessidade de operações de busca e resgate adequadas e o fato de
que a proteção à vida é a razão principal para as ações iniciais. Geralmente um desastre
aeronáutico irá começar a fazer vítimas antes que qualquer guarnição de combate a incêndio
tenha chegado ao local. As guarnições que primeiro chegarem irão frequentemente encontrar
pessoas já necessitando de algum tipo de resgate. É um momento de análises precisas e rápidas
decisões.
Lembre-se: A evacuação dos ocupantes envolvidos em acidentes aéreos e a assistência
para aqueles que não conseguem sair sozinhos deve proceder com a maior rapidez possível.
Há fatores que influenciam severamente o efeito do fogo nas vítimas, contudo, o
principal fator é a posição da vítima em relação ao fogo. Em outras palavras, quanto maior for
à proximidade do fogo em relação às vítimas, maior será o perigo. A disposição no local
sinistrado da posição da vítima em relação ao fogo determinará como o BA-CE juntamente com
o BA-LR o planejamento e execução da operação de busca e resgate. Com sua chegada o líder
poderá classificar as vítimas de incêndio de acordo com uma das três categorias:
a) Vítimas já fora da aeronave em chamas:
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Usualmente pessoas ativas e conscientes conseguem evadir-se do local sinistrado
porque rapidamente tomam noção do perigo. Este “aviso antecipado” é a melhor
opção de fuga desde que a vítima saia da aeronave enquanto o fogo ainda seja
relativamente fraco e a estrutura esteja intacta. Estas pessoas que saíram por conta
própria, ou as que se encontram ainda dentro da aeronave, mas que também estão
saindo por conta própria irá concentrar-se nas proximidades do local do desastre.
Quando os socorristas chegarem, elas deverão ser removidas para uma zona de
reunião segura.
b) Vítimas tentando sair da aeronave em chamas:
Estas vítimas terão dificuldades de salvarem-se por conta própria e encontrar-se-ão em
vários níveis de pânico (saltando pelas escorregadeiras, saltando das portas de
emergência). Sua condição poderá ser marginal e sua posição precária, portanto elas
precisam de atenção imediata. Elas usualmente demonstram grande disposição para
serem resgatadas. Em alguns casos, o BA-CE deve coordenar o ataque ao incêndio
com a função de evitar que o fogo seja empurrado para cima dessas vítimas.
c) Vítimas ainda dentro da aeronave em chamas (ou áreas afetadas):
Este grupo pode estar inconsciente, trancado, dominado ou de alguma forma
impossibilitado de se salvar por conta própria. O BA-LR geralmente desconhece a
situação de tais pessoas. Ele deve inicialmente estimar seu número, localização e
condição, mas a única maneira de responder a estas perguntas de forma precisa é a
realização de uma busca primária completa.
Busca por vítimas
Busca por vítimas toma lugar durante as duas principais atividades de localização: a
busca primária e a busca secundária. Uma busca primária iniciada após a chegada não é
possível em todos os casos.
Busca primária: Uma rápida busca por todas as áreas envolvidas ou expostas à ação do fogo,
nas quais possa ser possível a entrada para verificar as necessidades de remoção e/ou proteção
de todos os ocupantes.
Busca secundária: Uma busca através do interior da área incendiada após o controle inicial do
fogo, ventilação e condições de iluminação interna adequadas.
A busca primária - O BA-LR deve estruturar inicialmente suas operações no local
sinistrado em torno da realização completa da busca primária por todos os compartimentos
envolvidos ou expostos à ação do fogo por onde seja possível a entrada de guarnições. Busca
primária envolve entrar, localizar, proteger e remover. Haverá vezes em que a busca primária
será impossível, como nos casos de estruturas completamente envolvidas pelo fogo. Nestes
casos, o BA-CE somente poderá dar início a busca primária quando a estrutura estiver protegida
para a entrada. Ele deve se resguardar contra fúteis e inseguras tentativas de resgate. Se a
estrutura está tão bem envolvida pelas chamas e é inseguro para guarnições protegidas e bem
treinadas, é duvidoso que alguma vítima tenha chance de sobrevivência.
LEMBRE-SE: Em primeiro lugar a segurança da guarnição, em segundo lugar... a segurança
da guarnição e, em terceiro lugar, a segurança da guarnição !!!
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Frequentemente, os fatores do resgate não estão óbvios. Vítimas não estão sempre
saltando pelas escorregadeiras ou pelas saídas de emergência. Nestas situações há uma forte
inclinação para esquecer o resgate e diretamente atacar o fogo. Isto pode levar a uma falta de
proteção às vítimas do incêndio, um feroz reflexo no sistema de administração do local
sinistrado. Avaliar a proteção à vida é a atividade primária absoluta no local sinistrado. A
realidade inescapável do resgate em local sinistrado é a única maneira do líder de equipe ter
certeza sobre a condição dos ocupantes é enviar grupos de busca dentro das áreas envolvidas e
expostas à ação do fogo para, fisicamente, procurar por vítimas. O fator crítico durante as
operações de busca e resgate é o tempo. A busca primária deve ser rápida e efetiva. A única
maneira de garantir rotineiramente a busca e o resgate durante todos os incêndios é sempre
conduzir a busca para verificar as condições dos ocupantes em todas as operações ofensivas,
quer haja fogo envolvendo a estrutura ou não.
LEMBRE-SE: O BA-LR deve rotineiramente desenvolver a busca primária em todas as
situações ofensivas.
A seguir, exemplo de modelo de Ficha de classificação de vítima:
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VERSO – LADO B
10 VIAS AÉREAS
As vias aéreas têm como função principal conduzir o ar entre o meio ambiente e os pulmões
(alvéolos pulmonares), proporcionando a entrada de ar filtrado, aquecido e rico em oxigênio,
assim como a saída de ar rico em dióxido de carbono do aparelho respiratório, participando
assim do processo da respiração. Dividem-se em vias aéreas superiores e vias aéreas inferiores.
As Vias Aéreas Superiores são a Cavidade nasal (nariz), a Cavidade oral (boca) e a Faringe
(Nasofaringe, orofaringe e laringofaringe ou hipofaringe). Destas três, a nasofaringe é
exclusivamente via aérea, a laringofaringe é exclusivamente via digestiva e a orofaringe é um
caminho comum ao ar e aos alimentos.). As Vias Aéreas Inferiores são a Laringe, a Traqueia,
os Brônquios/bronquíolos e os Pulmões/alvéolos pulmonares
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O acesso às vias aéreas superiores é direto e sua visualização é quase completa, exceto
pela nasofaringe (região posterior à cavidade nasal e póstero-superior à úvula - campainha). As
vias aéreas superiores terminam e as inferiores têm início na laringe, com a epiglote, estrutura
que protege a abertura das vias aéreas inferiores, obstruindo-a durante o reflexo de deglutição
e abrindo-a para a passagem do ar. Seu acesso e visualização dependem de procedimento
médico denominado laringoscopia.
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principalmente em se tratando de vítima inconsciente. A avaliação e o controle das vias aéreas
se fazem mediante condutas rápidas e simples, não exigindo inicialmente qualquer
equipamento, bastando a aplicação de técnicas manuais de controle e desobstrução, sem a
necessidade de aguardar equipamentos ou pessoal. Entende-se por obstrução de vias aéreas toda
situação que impeça total ou parcialmente o trânsito do ar ambiente até os alvéolos pulmonares.
A restauração e manutenção da permeabilidade das vias aéreas nas vítimas de trauma
são essenciais e devem ser feitas de maneira rápida e prioritária. A vítima de trauma pode ter
as vias aéreas comprometidas direta ou indiretamente por mecanismos distintos, sendo os
principais os enumerados a seguir:
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Em pouco tempo o oxigênio disponível nos
pulmões será utilizado e, como a obstrução de vias
aéreas impede a renovação de ar, ocorrerá a perda de
consciência e, rapidamente, a morte.
Reconhecimento de OVACE em Vítima Inconsciente
Quando um adulto for encontrado inconsciente por
causa desconhecida, suspeitar de parada
cardiopulmonar por infarto, acidente vascular ou
hipóxia secundária à obstrução de via aérea. Ele será
avaliado pensando-se em parada cardiopulmonar,
deixando para fazer o manejo de desobstrução de vias
aéreas apenas se o fato se evidenciar. Tratando-se de
criança, devemos suspeitar imediatamente de OVACE
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Manobras de desobstrução de vias aéreas em adultos
São manobras realizadas manualmente para desobstruir vias aéreas de sólidos que lhe
ficarem entalados. Manobra mediante a lateralização da própria maca rígida.
Para vítimas inconscientes deve ser aplicada a manobra de ressuscitação
cardiopulmonar, pois as compressões torácicas forçam a expulsão do corpo estranho e mantém
a circulação sanguínea, aproveitando o oxigênio ainda presente no ar dos pulmões. Para vítimas
conscientes usa-se uma das seguintes técnicas:
Compressão Abdominal - também chamada manobra de Heimlich, consiste em uma série de
quatro compressões sobre a região superior do abdômen, entre o apêndice xifóide e a cicatriz
umbilical.
Vítima em pé ou sentada:
• Posicionar-se atrás da vítima, abraçando-a em torno do abdômen.
• Segurar o punho da sua outra mão e aplicar compressão contra o abdômen, entre o
apêndice xifóide e a cicatriz umbilical no sentido superior (tórax), por quatro vezes.
• Estando a vítima em pé, ampliar sua base de sustentação, afastando as pernas, e
posicionar uma entre as pernas da vítima, para evitar-lhe a queda caso fique
inconsciente.
Compressão Torácica - a compressão torácica é utilizada quando a compressão abdominal é
inviável ou contraindicada, como nos casos de obesidade com circunferência abdominal muito
larga e gestação próxima do termo. Consciente em uma série de quatro compressões torácicas
sobre o terço inferior do esterno, logo acima do apêndice xifóide.
Vítima em pé ou sentada:
• Posicionar-se atrás da vítima, abraçando-a em torno do tórax.
• Segurar o punho da sua outra mão e aplicar compressão contra o esterno, acima do
apêndice xifóide, por quatro vezes.
• Estando a vítima em pé, ampliar sua base de sustentação, afastando as pernas, e
posicionar uma entre as pernas da vítima, para evitar-lhe a queda caso fique
inconsciente.
Vítima deitada:
• Posicionar a vítima em decúbito dorsal.
• Ajoelhar-se ao lado da vítima.
• Aplicar quatro compressões torácicas como na manobra de ressuscitação
cardiopulmonar – RCP.
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semelhante à do adulto. Nos lactentes, uma combinação de palmada nas costas (face da criança
voltada para baixo) e compressões torácicas (face voltada para cima), sempre apoiando a vítima
no seu antebraço; mantenha-o com a cabeça mais baixa que o tronco, próximo a seu corpo.
Técnica:
• Utilizar a região hipotenar das mãos para aplicar até 05 palmadas no dorso do
lactente (entre as escápulas).
• Virar o lactente segurando firmemente entre suas mãos e braços (em bloco).
• Aplicar 05 compressões torácicas, como na técnica de reanimação cardiopulmonar
(comprima o tórax com 02 dedos sobre o esterno, logo abaixo da linha mamilar). Os
passos da manobra de Heimlich para crianças maiores e os da combinação de
palmada nas costas com compressões torácicas para lactentes devem ser repetidos
até que o corpo estranho seja expelido ou a vítima fique inconsciente. Neste caso,
proceder às manobras de abertura de vias aéreas, repetir os passos de desobstrução
iniciar manobras de RCP.
Métodos Manuais
Doenças cardíacas são a principal causa de morte em todo o mundo e em cerca de 60%
destas mortes ocorre uma Parada Cardíaca Súbita (PCS). A parada cardíaca súbita corresponde
a 80% das paradas cardiopulmonares. Estas paradas cardíacas súbitas têm como principal causa
o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e durante o infarto a grande maioria das vítimas apresenta
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algum tipo de fibrilação ventricular (FV) durante a parada. Nenhum tipo de RCP consegue
reverter este quadro, mas garante a oxigenação dos tecidos até a chegada de um desfibrilador.
Uma RCP aplicado com alta qualidade pode dobrar ou triplicar as taxas de
sobrevivência de PCS. Outras causas de Parada Cardíaca são: Trauma direto no coração, uso
de drogas. Sinais de parada cardiopulmonar. São três os sinais que demonstram que uma vítima
está em parada cardiopulmonar:
• Inconsciência sem resposta a estímulo.
• Ausência de movimentos respiratórios.
• Ausência de Pulso.
Delineação da idade
Crianças não devem ser vistas como pequenos adultos, nem tão pouco podemos
afirmar que uma criança de 8 anos é igual fisiologicamente a um bebê de menos de 1 ano. Com
o objetivo de aplicar as técnicas conforme a idade da vítima é necessária definir tal situação:
• Adultos: vítimas que apresentem caracteres sexuais secundários (pré-adolescentes).
• Crianças: a partir de 1 (um) ano de idade até a presença de caracteres sexuais
secundários.
• Bebês ou lactentes: até 1 (um) ano de idade.
• Neonatos ou recém-nascidos: das primeiras horas do parto até a saída do hospital.
Parada Cardiorrespiratória
Parada cardíaca e a cessação repentina dos batimentos cardíacos. Também pode estar
presente no infarto do coração, em choques elétricos, intoxicações, acidentes graves e outros.
Sinais de que houve parada cardíaca:
• Pulso ausente;
• Insuficiência respiratória;
• Dilatação das pupilas dos olhos;
• Perda da consciência;
• Cianose (coloração arroxeada da pele e lábios);
• Ausência de batimentos cardíacos.
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13.1 Procedimentos Básicos
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Evolução de RCP pelo decorrido
Tempo 5min 10 min 15 min 20 min
Consequências Consciente Sonolento Inconsciente Inconsciente
Respiração Reanimação Respiração Apnéia
espontânea espontânea espontânea Morte
Neurológico Déficit Estado encefálica
normal neurológico Vegetativo
Ainda que muitas novas evidências científicas tenham sido incorporadas nestas novas
diretrizes, a revisão sistemática da literatura apontou para algumas questões que ainda se
mostram sem resposta e podem direcionar futuras pesquisas. Os pontos principais de
desenvolvimento nos últimos anos podem ser resumidos em:
• RCP de qualidade, sobretudo com redução das interrupções das compressões torácicas. O
foco da RCP deve ser colocado em compressões torácicas de qualidade, com frequência e
profundidade adequadas. O próprio sucesso de uma desfibrilação depende da qualidade das
compressões torácicas realizadas.
• Fatores que influenciam a performance do socorrista. Uma simplificação de procedimentos,
principalmente voltada para o socorrista leigo, pode proporcionar uma maior aderência a
possíveis tentativas de ressuscitação de sucesso. O melhor entendimento de eventuais
barreiras para a realização de uma RCP pode gerar ações que aumentem as taxas de RCP,
sobretudo no ambiente extra-hospitalar.
• Registros hospitalares de RCP. Informações sobre epidemiologia e desfechos da RCP têm
contribuído com informações valiosas para um maior sucesso das tentativas de ressuscitação.
Importância dos cuidados pós-ressuscitação. Muitas vítimas de PCR ressuscitadas morrem
nas primeiras 24 a 36 horas de disfunção miocárdica, e outras tantas sobrevivem com
disfunção e sequelas cerebrais importantes. É necessária uma atenção especial aos momentos
iniciais pós-ressuscitação, com ventilação e oxigenação adequadas, controle da pressão
arterial.
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sequência é um processo que se estende de 5 a 20 minutos no cérebro, de 20 a 30 minutos no
coração e por horas na pele. Devido à variação na longevidade dos diferentes tecidos corporais,
a morte encefálica tem sido considerada o indicador da morte biológica.
Para alguns pacientes com parada cardiopulmonar e com funções neurológica e
cardiorrespiratória previamente preservadas, a utilização rápida das técnicas de RCP, seguidas
de cuidados médicos definitivos, pode ser salvadora. O tempo disponível de viabilidade dos
tecidos antes da morte biológica é curto e o principal determinante do sucesso da RCP.
Informação importante
A sequência recomendada para um único socorrista foi: o único socorrista deve iniciar
as compressões torácicas antes de aplicar as ventilações de resgate (C-A-B em vez de A-B-C),
para reduzir o tempo até a primeira compressão. O único socorrista deve iniciar a RCP com 30
compressões torácicas seguidas por duas respirações.
Tem-se dado ênfase permanente nas características de uma RCP de alta qualidade:
comprimir o tórax com frequência e profundidade adequadas, permitir o retorno total do tórax
após cada compressão, minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilações excessiva.
A velocidades recomendada para as compressões torácicas é de 100 a 120/mim
(atualizada em relação ao mínimo de 100/mim.
A recomendação confirmada para a profundidade das compressões torácicas em
adultos é de, pelo menos, 2 polegadas (5cm), mas não superior a 2,4 polegadas (6cm).
Bebês (menos de 1
Crianças (1 ano de ano de idade,
Componente Adultos e adolescente
idade à puberdade) excluindo recém-
nascido)
Segurança Verifique se o local é seguro para os socorristas e a vítimas
Verifique se a vítima responde
Ausência de respiração ou apenas sem respiração
Reconhecimento
Nenhum pulso definido sentido em 10 segundos
de PCR
(Verificação da respiração e do pulso pode ser feita
simultaneamente, em menos de 10 segundos.
Relação de 1 socorrista
compressão- 1 ou 2 socorristas 30:2
ventilação sem via 30:2 2 ou mais socorrista
aérea avançada 15:2
Frequência de
100 a 120/min
compressão
Pelo menos um
Profundidade da terço do diâmetro
No mínimo, 5 cm Cerca de 5 cm
compressão do tórax
Cerca de 4 cm
2 mãos ou 1 mão
1 socorrista
Posicionamento 2 mãos sobre a metade (opcional para
2 dedos no centro
das mãos inferior do esterno criança muito
do tórax, logo
pequenas) sobre a
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metade interior do abaixo linha
esterno. mamilar
Espere o retorno do tórax após cada compressão; não se apoie sobre
Retorno do tórax
o tórax após cada compressão.
Minimizar Limite as interrupções nas compressões torácicas a menos de 10
interrupções segundos.
Definição de Morte - a parada total e irreversível das funções encefálicas equivale à morte,
conforme critérios já bem estabelecidos pela comunidade científica mundial. Trecho da
Resolução do Conselho Federal de Medicina Nº 1.480/97 de 8/8/97.
Nos países em que o APH é tradição, são reconhecidos três tipos de morte: a Morte
Clínica, a Morte Biológica e a Morte Óbvia.
• Morte Clínica: equivale a parada cardiorrespiratória.
• Morte Biológica: equivale a morte encefálica.
• Morte Óbvia: diversos estados que indiretamente definem uma situação de morte
encefálica.
Características da Morte Clínica:
• Parada cardíaca e respiratória identificada pela ausência do pulso e da respiração.
• Midríase paralítica após 30 segundos da parada cardíaca.
• Manobras adequadas de reanimação regridem a midríase.
• Pode ser reversível.
Características da Morte Biológica:
• Morte das células encefálicas.
• Manobras adequadas de reanimação não regridem a midríase.
• É irreversível.
Obs.: Intoxicação por drogas depressoras do Sistema Nervoso Central, distúrbios metabólicos
e hipotermia podem simular os parâmetros de lesão encefálica irreversível.
Características da Morte Óbvia:
Diversos são os estados que nos apontam para uma morte encefálica:
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• Evidente estado de decomposição.
• Decapitada ou segmentada no tronco.
• Esmagada.
• Carbonizada.
• Esmagamento de crânio com perda de massa encefálica e ausência de sinais vitais (não
confundir com trauma de crânio com perda de massa encefálica, quando deve ser tentada
a reanimação).
• Rigor mortis - inicia-se entre 1 a 6 horas pelos músculos da mastigação e avança da
cabeça aos pés atingindo o máximo entre 6 a 24 horas.
• Livor mortis - estase sanguínea dependente da posição do cadáver; manifesta-se entre
1h30min a 2 horas, atingindo seu máximo entre 8 a 12 horas.
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Importante: O primeiro socorrista só vai parar de realizar as compressões cardíacas após o
DEA iniciar análise (analisando). O segundo socorrista que vai pegar e preparar o DEA, e vai
realizar o disparo.
Vítimas de PCR são divididas em 2 grupos:
• Acometidos por PCR com ritimos chocáveis: Taquicardia Ventricular (TV) sem
pulso e Fibrilação Ventricular (FV).
• Acometidos por PCR com ritmos não-chocáveis: Assistolia e Atividade Elétrica Sem
Pulso (AESP).
Uma vez definido qual o ritmo de apresentação da PCR deve se tomar atitudes
específicas em relação a esses doentes, mas elas podem mudar de acordo com a evolução do
cenário clínico, de forma tal que um indivíduo que inicia com um ritmo pode degenerar
rapidamente para outro e, assim, ter seu manejo alterado.
TV sem Pulso
Sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares
• Deterioração hemodinâmica.
Fibrilação Ventricular
• Total desorganização da atividade elétrica do coração que deixa de bombear o sangue.
• Não há débito cardíaco e fluxo cerebral.
• Mais frequente tipo de PCR e com maior chance de reversão com o uso de desfibrilador.
Qualidade da RCP
• Comprima com força (>2 pol (5cm) e rapidez (≥100/min) e aguarde o retorno total do
tórax.
• Minimize interrupções nas compressões.
• Evite ventilação excessiva.
• Alterne a pessoa que aplica as compressões a cada 2 minutos.
• Se sem via aérea avançada, relação compressão-ventilação de 30:2.
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Após o choque reinicie o RCP imediatamente com compressões torácicas, sem
reavaliar o pulso e sem retirar as pás. Após o primeiro choque com o DEA, mais de 90% dos
corações em FV respondem, retornando a um ritmo normal. Porém, muitas vezes o coração
não consegue estabelecer este ritmo por mais de um minuto e precisa da aplicação de
compressões torácicas para restabelecer o ritmo.
Quando a PCR aconteceu a mais de 4 (quatro) a 5 (cinco) minutos, o músculo cardíaco
permanece por muito tempo em hipóxia não reagindo bem ao choque. Para isso a aplicação de
2 (dois) minutos ou 5 (cinco) ciclos de RCP garante um mínimo de oxigenação ao músculo
cardíaco para responder de forma mais efetiva ao choque. Nos casos em que o choque não é
indicado reinicie com compressões e realize 2 (dois) minutos ou 5 (cinco) ciclos de RCP. Após
isto reative o DEA para analisar novamente o ritmo cardíaco.
Não é necessário retirar as pás durante o RCP. O uso do DEA também é indicado em
crianças, preferencialmente com pás menores adaptadas para a proporção das crianças. Caso
não haja pás para crianças use as pás para adultos. O DEA ainda não é recomendado para bebês
(menores de 1 ano).
Algumas complicações podem surgir devido ao excesso de pelos ou a presença de água
no peito da vítima. Se o DEA não conseguir analisar arranque as pás com os pelos e coloque
outras no lugar, se não funcionar corte os pelos com uma tesoura. Nunca aplique o DEA se a
vítima estiver submersa, retire-a da água e seque o peito da vítima para conectar as pás.
Aplicar as pás a, pelo menos, 3 centímetros da borda de qualquer dispositivo eletrônico
implantado (ex.: marcapasso). Isso evitará danos ao dispositivo do paciente.
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Tratamento pós parada cardiorrespiratória
16 ESTADO DE CHOQUE
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Para melhorar nosso entendimento: O aparelho cardiovascular é responsável por
transportar oxigênio e nutrientes para todos os tecidos do corpo e eliminar gás carbônico e
resíduos resultantes do processo de nutrição celular. Para realizar adequadamente esse trabalho,
o sistema circulatório retira oxigênio dos pulmões, nutrientes do intestino e fígado e leva-os
para todas as células do organismo. Depois disso, retira o gás carbônico e detritos celulares da
intimidade dos tecidos, levando-os para os órgãos responsáveis pela excreção (pulmões, rins,
fígado etc.).
A esse processo, que ocorre em nível de capilares, dá-se o nome de perfusão tecidual.
A diminuição do volume sanguíneo afeta a perfusão. Uma falha na perfusão leva os tecidos à
morte.
Importante:
O choque pode estar relacionado a:
1º) CORAÇÃO - falha de bomba;
2º) SANGUE - perda de sangue ou plasma;
3º) DILATAÇÃO DOS VASOS SANGUÍNEOS - capacidade do sistema circulatório muito
maior que o volume de sangue disponível para enchê-lo.
Com a diminuição de perfusão tecidual, os órgãos terão sua função prejudicada
basicamente pela falta de oxigênio, nutrientes e acúmulo de resíduos. A falha na circulação
cerebral leva à diminuição do nível de consciência da vítima, os rins diminuem o débito urinário
e o coração aumenta a frequência de batimentos, num esforço para manter o fluxo de sangue
para órgãos vitais; com o agravamento do choque, o músculo cardíaco comprometido
desenvolve bradicardia e parada cardíaca.
Choque Hipovolêmico
Tipo mais comum de choque que o socorrista vai encontrar no atendimento pré-
hospitalar. Sua característica básica é a diminuição acentuada do volume de sangue. Pode ser
causado pelos seguintes fatores: perda direta de sangue: hemorragia interna e externa; perda de
plasma: em caso de queimaduras, contusões e lesões traumáticas; perda de líquido pelo trato
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gastrointestinal: provoca desidratação (vômito ou diarreia). No caso de fratura de fêmur, estima-
se a perda de aproximadamente 1 litro de sangue circulante, parte devido ao sangramento e
parte à transudação (perda de plasma e outros fluidos nos tecidos moles danificados pela
fratura). Nas queimaduras, quantidade considerável de plasma deixa a circulação em direção
aos tecidos adjacentes à área queimada. A redução no volume de sangue circulante causa
diminuição no débito cardíaco e reduz toda a circulação (perfusão tecidual comprometida). O
reconhecimento precoce e o cuidado efetivo no atendimento do choque hipovolêmico podem
salvar a vida do paciente. O tratamento definitivo do choque hipovolêmico é a reposição de
líquidos (soluções salinas ou sangue).
Sinais e sintomas do choque hipovolêmico podem variar e não aparecer em todas as
vítimas. O mais importante é suspeitar e estabelecer os cuidados antes que se desenvolvam. A
vítima apresentaria os seguintes sinais e sintomas:
• Ansiedade e inquietação;
• Náusea e vômito;
• Sede, secura na boca, língua e lábios;
• Fraqueza, tontura e frio;
• Queda acentuada de pressão arterial (PA menor que 90mm/Hg);
• Respiração rápida e profunda - no agravamento do quadro, a respiração torna-se
superficial e irregular;
• Pulso rápido e fraco em casos graves; quando há grande perda de sangue, pulso difícil
de sentir ou até ausente;
• Enchimento capilar acima de 2 segundos;
• Inconsciência parcial ou total;
• Pele fria e úmida (pegajosa);
• Palidez ou cianose (pele e mucosas acinzentadas);
• Olhos sem brilho, e pupilas dilatadas (sugerindo apreensão e medo).
• Casos graves; quando há grande perda de sangue, pulso difícil de sentir ou até ausente;
• Enchimento capilar acima de 2 segundos;
• Inconsciência parcial ou total;
• Pele fria e úmida (pegajosa);
• Palidez ou cianose (pele e mucosas acinzentadas);
• Olhos vitrificados, sem brilho, e pupilas dilatadas (sugerindo apreensão e medo).
Choque cardíaco
Decorre de uma incapacidade do coração bombear o sangue de forma efetiva. Este
enfraquecimento do músculo cardíaco pode ser consequência de infarto agudo do miocárdio,
situação frequente, sendo que a vítima, normalmente, apresenta dor torácica antes de entrar em
choque.
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Outras situações que podem gerar choque cardiogênico: Arritmias cardíacas (prejuízo
da eficácia de contração); tamponamento pericárdico (por restrição de expansão do coração).
Os sinais e sintomas são semelhantes aos do choque hipovolêmico e o pulso pode estar
irregular. Já com relação aos cuidados de emergência, a vítima não necessita de reposição de
líquidos ou elevação de membros inferiores; frequentemente respira melhor semi sentada.
Administrar oxigênio e, se necessário, manobras de reanimação.
Choque neurogênico
Causado por falha no sistema nervoso em controlar o diâmetro dos vasos, em
consequência de lesão na medula espinhal, interrompendo a comunicação entre o cérebro e os
vasos sanguíneos. O resultado é a perda da resistência periférica e a dilatação da rede vascular.
Se o leito vascular estiver dilatado, não existirá sangue suficiente para preencher a circulação,
havendo perfusão inadequada de órgãos. Com exceção do pulso, os sinais e sintomas do choque
neurogênico são os mesmos do choque hipovolêmico. O paciente apresenta bradicardia (pulso
lento).
Choque anafilático
Resulta de uma reação de sensibilidade a algo a que o paciente é extremamente
alérgico. Como picada de inseto (abelhas, vespas), medicação, alimentos, inalantes ambientais,
etc.
A reação anafilática ocorre em questão de segundos ou minutos após o contato com a
substância a que o paciente é alérgico. Alguns sinais e sintomas são característicos:
• Pele avermelhada, com coceira ou queimação;
• Edema de face e língua;
• Respiração ruidosa e difícil devido ao edema de cordas vocais;
• Finalmente queda da pressão arterial, pulso fraco, tontura, palidez e cianose; - coma.
O paciente em choque anafilático necessita de medicação de urgência para combater a
reação, administrada por médico.
Choque séptico
Numa infecção severa, toxinas são liberadas na circulação, provocando dilatação dos
vasos sanguíneos e consequente aumento da capacidade do sistema circulatório. Além disso,
ocorre perda de plasma pela parede dos vasos, diminuindo o volume sanguíneo. Esse tipo de
choque ocorre em pacientes hospitalizados, sendo excepcionalmente visto por socorrista no
atendimento pré-hospitalar.
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17 SIMULAÇÃO DE INTERVENÇÃO EM VÍTIMAS NO ESTADO DE
CHOQUE
18 CLASSIFICAÇÃO DE FRATURAS
Fratura: é a lesão óssea de origem traumática, produzida por trauma direto ou indireto.
O conjunto de fragmentos ósseos produzidos pela fratura e os tecidos lesados em torno da lesão
é denominado foco de fratura. O osso é o único tecido do nosso organismo que cicatriza com o
mesmo tecido anterior à lesão. O processo de cicatrização óssea denomina-se consolidação. O
risco de surgir uma fratura óssea nas mulheres é maior devido a osteoporose, são fraturas
resultantes de quedas de baixo impacto, portanto não resultantes de acidentes graves. A massa
óssea, principalmente das mulheres, começa a diminuir depois da menopausa por influência
dos hormônios. Os homens também podem sofrer de osteoporose, depois dos 65 anos de idade,
mas a relação com os hormônios não é tão evidente. A qualidade de vida das pessoas idosas,
que sofrem fraturas, geralmente, piora muito, pois, a cicatrizarão é mais lenta e a recuperação
muscular é mais difícil. Uma das fraturas mais graves no idoso é a do fêmur e para sua
imobilização não é indicada a utilização aparelho de tração de fêmur, assim como em fraturas
expostas.
Classificação de Fraturas:
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Quando uma fratura está exposta ao ambiente externo, as pontas do osso fraturado
podem ser contaminadas com bactérias da pele adjacente ou por contaminação vinda do
ambiente.
Todo ferimento aberto próximo a uma possível fratura precisa ser considerado como
uma fratura exposta e tratado como tal.
Nota: Imobilização inadequada ou manipulação não cuidadosa de uma extremidade fraturada
pode transformar uma fratura fechada em uma fratura exposta.
Fraturas expostas podem nem sempre ser fáceis de identificar em um doente vítima de
trauma. Embora a saída do osso através de um ferimento seja evidente, lesões do tecido mole
próximos a uma fratura/deformidade podem ser resultantes de uma extremidade óssea que
perfurou a superfície da pele, e posteriormente retornou de volta para o tecido.
Sintomas e Sinais
• Dor: Devido ao trauma localizado, sempre haverá dor no local da fratura, que varia
muito de um paciente para outro, sendo aliviada por manobras de tração, alinhamento e
imobilização.
• Aumento de volume: devido ao trauma, ocorre uma lesão dos tecidos vizinhos à fratura,
produzindo sangramento local, detectado como um aumento de volume, produzindo,
com o passar do tempo, edema localizado. Em algumas fraturas, de fêmur e pélvis, por
exemplo, o sangramento pode causar choque hipovolêmico.
• Deformidade: o segmento fraturado apresenta angulações, rotações e encurtamentos
evidentes à simples observação da vítima, comparando-se o membro lesado com o não
afetado.
• Impotência funcional: a fratura impede ou dificulta os movimentos, devido à dor e à
alteração musculoesquelética, no que diz respeito à anatomia.
• Crepitação óssea: sensação audível e palpável causada pelo atrito entre os fragmentos
ósseos. Não deve ser reproduzida intencionalmente, porque provoca dor e aumenta a
lesão entre os tecidos vizinhos à fratura.
Durante o atendimento não movimente vítima com fraturas antes de imobilizá-la
adequadamente. Se há risco real de incêndio, desabamento ou explosão, arraste-a por meio do
maior eixo do corpo. Se há necessidade de posicionar a vítima para instituir RCP, proceda de
modo a manter em alinhamento os segmentos fraturados.
Nas fraturas expostas controle o sangramento e proteja o ferimento, ocluindo-o com
curativos estéreis e bandagens.
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Em fratura dos ossos longos, examine a sensibilidade e os pulsos periféricos antes e
depois de tracionar e alinhar. Reveja seu procedimento se esses parâmetros mostrarem sinais
de piora. Mantenha a tração e o alinhamento até que a tala de imobilização esteja posicionada
e fixa. Imobilize deformidades situadas próximas a articulações que não se corrijam com tração
suave na posição em que se encontram.
Quando imobilizar uma fratura inclua na tala a articulação proximal e distal à lesão.
As talas devem ser ajustadas e não apertadas, de maneira a não interromper a
circulação local. Forre toda a tala. Nos pontos de deformidade e nas saliências ósseas, coloque
estofamento extra.
Transporte da vítima deve ser feito de modo confortável e seguro; o principal objetivo
do resgate é não agravar as lesões preexistentes. O atendimento correto evita o agravamento
das lesões, reduz a dor e o sangramento.
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• Impotência funcional: devido à perda da congruência articular, existe perda completa da
função articular, e qualquer tentativa de mobilidade é extremamente dolorosa.
• Palidez: localizada, causada pela compressão do osso luxado sob a pele.
• Edema: tardio varia com o grau de deformidade e a articulação luxada.
• Encurtamento ou alongamento: podem ocorrer devido à deformidade da articulação
luxada.
• Cuidados de emergência: a manipulação das luxações cabe exclusivamente ao médico.
Manobras inadequadas e intempestivas podem agravar a lesão já existente e produzir
dano adicional aos tecidos vizinhos, inclusive fraturas. No atendimento pré-hospitalar,
a imobilização deve ser na posição de deformidade, buscando oferecer o máximo de
conforto à vítima. Ficar atento a sinais e sintomas de choque, informando se ocorrerem.
19 TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÃO
Tipos de imobilizadores
• Talas rígidas: seguem um formato no alinhamento do membro.
• Talas moldáveis: permitem moldagem na forma do segmento lesado.
• Talas infláveis: dispositivo plástico no formato do membro.
• Prancha longa: imobilização de corpo inteiro em plano rígido.
• Bandagens triangulares: fixador de talas e imobilizador para luxações e entorses de
membros superiores.
• Colete Imobilizador Dorsal, conhecido por KED - Kendrick Extrication Device:
aplicado invertido em caso de trauma no quadril.
• Prancha curta.
Importante: no caso de suspeita de fratura, a providência mais recomendável a tomar é
proceder a imobilização, impedindo o deslocamento dos ossos fraturados e impedindo maiores
danos.
Acessórios para imobilização: fita crepe, atadura de crepe, compressas de gaze, bandagem
triangular.
Luxação de Ombro
• Utilizar bandagem triangular e confeccionar uma tipoia:
• Se o membro estiver afastado do corpo, colocar um apoio entre o braço e o corpo para
manter o membro na posição encontrada.
Úmero
a) Envolver a articulação do ombro e do cotovelo:
• Se a fratura for proximal (próximo ao ombro), utilizar 2 bandagens triangulares,
imobilizando o membro fletido.
• Se a fratura for medial, utilizar tala rígida na face anterior do braço, protegendo a
extremidade da tala que estiver em contato com a axila com uma atadura. Poderá ser
utilizado tala moldável.
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b) Se a fratura for distal (comum em crianças e pessoas idosas) utilizar a tala rígida ou a
moldável.
Rádio e Ulna
a) Envolver a articulação do cotovelo e do punho.
b) Utilizar a tala rígida ou moldável para imobilização de fraturas.
c) Fraturas alinhadas, sem comprometimento neurológico ou vascular, podem ser
imobilizadas com tala inflável.
Mão e Dedos
a) Imobilizar a mão com os dedos semifletidos, deixando-os apoiados sobre um rolo de
atadura de crepe ou chumaço de gaze.
b) Utilizar tala rígida ou moldável.
c) Para os dedos, proceder da mesma forma; caso seja apenas um dedo e o
comprometimento é da falange distal, utilizar duas espátulas de madeira.
Pelve
a) Imobilizar na prancha longa, com auxílio da tala rígida e bandagem triangular.
b) Imobilizar envolvendo a articulação do joelho e impedindo a flexão do quadril.
c) Colocar um cobertor enrolado entre os membros inferiores.
d) Poderá ser utilizado o colete imobilizador dorsal na posição invertida.
Fêmur
a) Utilizar a tala rígida ou moldável.
b) Imobilizar de forma a impedir movimentação do quadril e do joelho.
Joelho
a) Lesões ortopédicas de joelho, utilizar tala rígida ou moldável.
b) Imobilizar o joelho envolvendo o fêmur, a tíbia e a fíbula.
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Tíbia e Fíbula
a) Utilizar tala rígida, moldável ou inflável.
b) Imobilizar envolvendo a articulação do joelho e tornozelo
Pés
a) Utilizar tala aramada moldável.
ATENÇÃO
20.1 Hemorragias
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ÓRGÃO Tempo de isquemia
Coração, cerebelo, pulmões. 4 a 6 minutos
Rins, ficado, trato gastrointestinal. 45 a 90 minutos
Músculo, osso, pele. 4 a 6 horas
20.2 Ferimentos
Tipos de Ferimentos
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Escoriações ou ferida abrasiva: são lesões superficiais de sangramento discreto e muito
doloroso. Devem ser protegidas com curativo estéril de material não aderente, bandagens ou
ataduras.
Incisivo: são lesões de bordas regulares produzidas por objetos cortantes, que podem causar
sangramentos variáveis e danos a tecidos profundos, como tendões, músculos e nervos. Devem
ser protegidas com curativo estéril fixado com bandagens ou ataduras.
Lacerações: são lesões de bordas irregulares, produzidas por objetos rombos, através de trauma
fechado sobre a superfície óssea ou quando produzido por objetos afiados.
Pérfuro-contusos: são lesões causadas pela penetração de projéteis ou objetos pontiagudos
através da pele e dos tecidos subjacentes. O orifício de entrada pode não corresponder à
profundidade de lesão, devendo-se sempre procurar um orifício de saída e considerar lesões de
órgãos internos, quando o ferimento se localizar nas regiões do tórax ou abdômen.
Contundente: lesão produzida por agressão através de objeto pesado e pouco afiado, ou pelo
choque do corpo contra estruturas semelhantes. Sempre suspeitar da possibilidade de
rompimento de órgãos internos principalmente se ocorre na cavidade abdominal.
Avulsões: lesões nas quais tecidos moles e/ou pele são destacados do corpo ou ficam
dependurados por um retalho. Pode ser avulsão completa ou incompleta. Obs.: completa quando
se separa totalmente do seu local de origem; incompleta quando fica dependurada como um
retalho.
Amputação Traumática: perda total ou parcial de um membro ou de parte deste segmento (mão,
dedo, pé) causada por um traumatismo. Obs.: em geral o termo “amputação” se refere ao
procedimento cirúrgico de secção de parte ou de todo um membro. Quando provocada por
trauma deve o conceito ser acrescido da expressão “traumática”.
20.3 Queimaduras
As queimaduras são lesões frequentes e a quarta causa de morte por trauma. Mesmo
quando não levam a óbito, as queimaduras severas produzem grande sofrimento físico e
requerem tratamento que dura meses, até anos. Sequelas físicas e psicológicas são comuns.
Pessoas de todas as faixas etárias estão sujeitas a queimaduras, mas as crianças são vítimas
frequentes, muitas vezes por descuido dos pais ou responsáveis. O atendimento definitivo aos
grandes queimados deve ser feito preferencialmente em centros especializados.
Quanto às Causas:
• Térmicas: causadas por gases, líquidos ou sólidos quentes, revelam-se as queimaduras
mais comuns.
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• Químicas: causadas por ácidos ou álcalis, podem ser graves; necessitam de um correto
atendimento pré-hospitalar, pois o manejo inadequado pode agravar as lesões.
• Por eletricidade: geralmente as lesões internas, no trajeto da corrente elétrica através do
organismo, são extensas, enquanto as lesões das áreas de entrada e saída da corrente
elétrica na superfície cutânea, pequenas. Essa particularidade pode levar a erros na
avaliação da queimadura, que costuma ser grave.
• Por radiação: causadas por raios ultravioleta (UV), por raios-X ou por radiações
ionizantes. As lesões por raios UV são as bem-conhecidas queimaduras solares,
geralmente superficiais e de pouca gravidade. As queimaduras por radiações ionizantes,
como os raios gama, são lesões raras. Nesta situação, é importante saber que a segurança
da equipe pode estar em risco se houver exposição a substâncias radioativas presentes
no ambiente ou na vítima. Atender às ocorrências que envolvam substâncias radioativas
sempre sob orientação adequada e com a devida proteção; não hesitar em pedir
informações e apoio à Central.
Quanto à Profundidade:
As queimaduras, principalmente as térmicas, classificam-se de acordo com a
profundidade da lesão: de primeiro, segundo e terceiro graus. Essa classificação é importante
porque direciona desde o atendimento pré-hospitalar até o definitivo no centro de queimados.
Trata-se de conhecimento importante para a atividade do socorrista. A avaliação da
profundidade da lesão se faz apenas por estimativa; muitas vezes, a real profundidade da lesão
só se revela depois de alguns dias.
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Terceiro grau (espessura total): atingem toda a
espessura da pele e chegam ao tecido subcutâneo.
As lesões são secas, de cor esbranquiçada, com
aspecto de couro, ou então pretas, de aspecto
carbonizado. Geralmente não são dolorosas,
porque destroem as terminações nervosas; as
áreas nos bordos das lesões de terceiro grau
podem apresentar queimaduras menos profundas,
de segundo grau, portanto bastante dolorosas
Bolhas: Ocorre quando a epiderme se separa da derme subjacente, e é preenchida pelo fluido
proveniente do extravasamento de vasos adjacentes. A presença de proteínas osmoticamente
ativas contido no interior da bolha atrai mais líquidos para este espaço, levando ao
crescimento da lesão. Conforme a bolha cresce, pressiona o tecido lesionado do leito da ferida,
aumentando a dor sentida pelo doente.
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Quanto a extensão da queimadura
Com relação a sua extensão, calcula-se a área de superfície corporal queimada (SCQ)
através da regra dos noves. Nesta regra, cada braço tem 9% da SCQ, a cabeça outros 9%, tórax
9%, abdome 9%, dorso 18%, cada perna 18%, totalizando 99%. O 1% restante é a área genital.
Para áreas pequenas, usa-se uma comparação da área queimada com a palma da mão do
queimado: equivale a 1% da SCQ.
Queimaduras de segundo grau até 10% da superfície corporal geralmente podem ser
tratadas ambulatoriamente, desde que não sejam em mãos, face ou articulações e não estejam
complicadas com infecção.
As queimaduras maiores devem ser tratadas em Centros de Tratamentos de
Queimados, com risco de morte aumentado conforme aumenta a área afetada. É uma importante
causa de morte em crianças.
Importante:
• O socorrista sempre deve, antes de tudo, retirar a vítima do contato direto com o agente
causador.
• Para cada agente causador existe um tratamento específico.
• O socorrista não pode jogar água em todos os tipos de vítimas. Se o agente causador for
a soda cáustica, por exemplo, que reage com água, o socorrista agravará o estado da
lesão. Devemos sim espanar o excesso de pó químico e depois prosseguir com as demais
etapas.
• Não cobrir a vítima com cobertores sintéticos, pois estes são inflamáveis.
• Não furar bolhas.
• Não jogar clara de ovo, pó de café, açúcar, entre outros, mas sim, encaminhar para
socorro médico, caso não tenha noção de SBV (suporte básico de vida).
• Não colocar o pé em água com gelo, pois o objetivo da água é resfriar, voltar à
temperatura corpórea. O gelo esfriará o pé, abaixando muito a temperatura, o que
aumentará a dor da vítima após contato com o mesmo.
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21 TÉCNICAS DE TRATAMENTO
21.1 Hemorragias
Compressão direta sobre a lesão: com as mãos ou bandagem, gaze seca, ou outro
material, executar pressão direta sobre a área lesada. Se a gaze estiver saturada de sangue e a
hemorragia persistir, não a remova, aplique outra sobre a primeira e exerça maior pressão.
Quase todos os casos de hemorragia externa são controlados pela aplicação de pressão
direta na ferida, o que permite a interrupção do fluxo de sangue e favorece a formação de
coágulo. Preferencialmente, utilizar uma compressa estéril, pressionando-a firmemente por 10
a 30 minutos; a seguir, promover a fixação da compressa com bandagem. Em sangramento
profuso, não perder tempo em localizar a compressa (pressionar diretamente com a própria mão
enluvada). Após controlar um sangramento de extremidade, certifique-se de que existe pulso
distal; em caso negativo, reajuste a pressão da bandagem para restabelecer a circulação.
Importante: Pressão direta é o método mais rápido e eficiente para o controle da hemorragia
externa.
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Situações para aplicação da pressão dos pontos arteriais proximais:
Está indicado quando os métodos anteriores não puderem ser utilizados
imediatamente.
Exemplo: Um operário com o braço preso em uma máquina (compressão da artéria
braquial), em múltiplos ferimentos em uma perna, enquanto se pratica a primeira técnica
(compressão da artéria femoral) etc.
Imobilização: importante técnica coadjuvante para todos os casos. Não se deve permitir a
movimentação da área lesada. Um músculo lesado apresenta espasmos musculares, que por sua
vez causam contrações nos vasos lesados impedindo ou retardando a formação do coágulo e
aumentando a velocidade da perda sanguínea, agravando a hemorragia. A imobilização reduz
os espasmos musculares, sendo fundamental para que não se aumente a lesão dos tecidos das
proximidades e se aumente a hemorragia.
Torniquete
Há casos em que uma hemorragia se torna intensa, com grande perda de sangue. Estes
casos são de extrema gravidade. Nestes casos, em que hemorragias não podem ser contidas
pelos métodos de pressão direta, curativo compressivo ou ponto de pressão, torna-se necessário
o uso do torniquete.
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Só deve ser utilizado em situações de desastres quando os procedimentos anteriores já
foram tentados e falharam.
Deve-se utilizar uma bandagem triangular em forma de gravata, posicionada 5 cm
antes da lesão, protegendo a pele com compressas de gaze envolvendo o membro antes de sua
aplicação. Colocar um bastão, girando-o até que cesse a hemorragia.
Outra opção: utilizar um manguito de esfigmomanômetro colocado cerca de 5 (cinco)
cm antes da lesão e insuflar até que cesse o sangramento. Nesse caso deve-se marcar a hora da
aplicação do torniquete e informar ao médico que receber a vítima. Uma vez aplicado, nunca
afrouxe o torniquete.
Importante: Não utilizar torniquete em articulações.
Portanto caso uma hemorragia externa em uma extremidade não possa ser controlada
por pressão, a aplicação de um torniquete é a etapa lógica seguinte para controle da hemorragia.
Embora haja um pequeno risco de que uma parte ou todo o membro seja sacrificado,
considerando a escolha de perder um membro ou salvar a vida do doente, a decisão óbvia é
preserva a vida. Usados de maneira adequada, os torniquetes não são apenas seguros, mas
também salvam vidas.
Hemorragias Internas
De difícil diagnóstico, exigem que o socorrista tenha um bom nível de treinamento
para pesquisar a história do acidente relacionado o mecanismo do trauma com a possibilidade
de lesões ocultas e para realizar um exame secundário detalhado.
Para suspeitar que a vítima esteja com hemorragia interna, é fundamental conhecer o
mecanismo de lesão. Os traumas contusos são as principais causas de hemorragias internas
(acidentes de trânsito, quedas, chutes e explosões). Alguns sinais de alerta para suspeitar de
hemorragia interna: fratura da pelve ou ossos longos (braços ou coxa), rigidez abdominal, área
de equimose em tórax e abdômen, ferida penetrante em crânio, tórax ou abdômen.
Suspeitar de hemorragia interna quando:
• Na presença de hematomas, escoriações, abrasões ou outros sinais sugestivos de
impacto sobre regiões do corpo como tórax e abdome.
• Houver saída de sangue por orifícios naturais do corpo.
• Estiverem presentes sinais e sintomas de choque hipovolêmico.
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é uma ameaça à vida a menos que seja prolongado ou uma grande veia esteja envolvida. 3. O
sangramento arterial é causado por uma lesão que lacera uma artéria. Esse é o tipo de perda de
sangue mais importante e difícil de controlar. É geralmente caracterizado por jorrar sangue de
cor vermelho vivo. O sangramento arterial pode também apresentar-se como sangue que
rapidamente “escorre” de uma ferida se uma artéria profunda se ferir. Até mesmo uma ferida
por punção arterial pequena e profunda pode produzir perda de sangue com risco a vida. O
controle rápido do sangramento é um dos mais importantes objetivos nos cuidados de um
paciente traumatizado. O levantamento primário não pode avançar a menos que a hemorragia
externa seja controlada. A hemorragia pode ser controlada das seguintes maneiras: 1. Pressão
direta. A pressão direta é exatamente o que o nome indica – aplicar pressão no local de
sangramento. Isto é conseguido colocando um curativo (por exemplo, gaze hemostática de
preferência) diretamente sobre o local da hemorragia (se puder ser identificada) e aplicando
pressão. A pressão deve ser aplicada o mais precisamente e focalmente possível. Um dedo em
uma artéria compressível visível é muito eficaz. A pressão deve ser aplicada continuamente por
pelo menos 3 minutos ou por 10 minutos se estiver usando gaze simples; prestadores de
cuidados pré-hospitalares devem evitar a tentação de remover a pressão para verificar se a ferida
está sangrando antes do período mínimo. A aplicação e manutenção de pressão exigirá todo o
cuidado pré-hospitalar e atenção do operador, impedindo o mesmo de participar de outros
aspectos do atendimento ao paciente.
21.2 Ferimentos
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IMPORTANTE
Deve-se utilizar compressas de gaze secas na confecção do curativo;
• A umidificação somente é indicada nos seguintes casos:
• Evisceração abdominal;
• Oclusão de globo ocular;
• Queimaduras térmicas nos olhos;
• Para proteger e envolver tecido avulso.
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• Em casos de sangramentos incontroláveis, transportar a vítima em DDH com
lateralização da prancha longa para drenar o sangue da boca;
c) Ferimentos nos olhos
• Impressionam pelo aspecto da lesão.
• Não se descuidar das prioridades devido à lesão.
• Suspeitar de lesões mais severas associadas à lesão ocular.
Lembrete:
NÃO aplique pressão direta no globo ocular traumatizado. Há fluido
gelatinoso (humor vítreo e aquoso) no globo ocular, insubstituível. Neste caso,
utilize curativo absorvente não compressivo para auxiliar na formação de
coágulos sanguíneos e no controle do sangramento.
Técnicas de tratamento
• Retirar somente corpos estranhos grosseiros superficiais e soltos com gaze seca na
superfície externa das pálpebras.
✓ Não retirar nenhum corpo estranho do globo ocular.
• Aplicar curativo oclusivo em ambos os olhos, mesmo que somente um olho tenha sido
lesionado, para limitar os movimentos.
✓ Não fazer pressão sobre o globo ocular;
✓ Não tentar recolocar o globo ocular protuso no lugar.
• Irrigar com soro fisiológico por aproximadamente 20 minutos no caso de queimadura
química seja por substância álcali ou ácida. Fazer a irrigação do centro para o canto
externo do olho;
• Fazer a irrigação continuamente durante o transporte.
• Retirar as lentes de contato, se houver.
• No caso de queimaduras químicas obter o nome do produto e se possível levar o
recipiente para o hospital.
d) Ferimentos no nariz
Técnicas de tratamento
• Manter as vias aéreas permeáveis.
• Manter a vítima calma e sentada e a cabeça em posição neutra.
• Orientá-la para que respire pela boca, não forçando a passagem de ar pelas narinas e
também para não engolir o sangue.
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• Pinçar com o dedo indicador e polegar, as narinas na sua parte cartilaginosa durante
cinco minutos, transportando a vítima na posição sentada:
✓ Se persistir o sangramento, exercer novamente a pressão com os dedos.
✓ Pode ser usada compressa fria sobre a narina que está sangrando.
Atenção
• Não permitir que a vítima assoe o nariz sob risco de agravar a lesão.
• Se usar gelo, envolver com pano para não provocar queimadura.
Técnicas de tratamento
• Manter as vias aéreas permeáveis.
• Observar se há saída de sangue e/ou líquor e não obstruir a sua saída; proteger o local
com gaze.
• Observar os procedimentos específicos para os casos de amputação ou avulsão.
Atenção
• Considerar a possibilidade da ocorrência de choque nas grandes amputações e/ou
avulsões.
• Não colocar o segmento amputado em contato direto com gelo, água, soro fisiológico
ou outra substância.
• Caso haja grande perda de sangue ou sinal de choque, não perder muito tempo em
procurar o membro amputado ou providenciar gelo.
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coxa geralmente protegem esses órgãos, que são conhecidos como genitália externa. Inclui
traumatismos fechados, escroto, lacerações nas nádegas.
g) Objeto Cravado
Tipos de acidentes mais comuns. Ex.: lança de grade de portão, agressão à faca etc.
Tratamento pré-hospitalar
• Estancar a hemorragia, colocando-se gaze em torno do objeto.
• Evitar movimentação do objeto enquanto se efetua o procedimento.
• Estabilizar o objeto utilizando bandagem triangular, esparadrapo, blocos de gaze, etc.
• Somente remover objetos que estejam na bochecha e com risco absoluto de obstruir as
vias aéreas.
h) Ferimento no tórax
Na prática pré-hospitalar um dos tipos de trauma que causa maior ansiedade na equipe
de socorro é o trauma torácico. Especialmente aquele que interfere diretamente na dinâmica
respiratória da vítima. A ferida torácica aspirativa, muito comum em nosso meio, devido aos
ferimentos por projéteis de arma de fogo, e armas brancas são um exemplo deste drama vivido
por aqueles que lidam com o socorro.
Importante salientar que na prática pré-hospitalar devemos nos ater aos procedimentos
e condutas que visam diretamente o combate as condições ameaçadoras da vida. O tratamento
definitivo deve ser feito em ambiente hospitalar. A função da equipe de resgate é proporcionar
a vítima a chance de chegar viva ao hospital, se possível estabilizada respiratória e
hemodinamicamente.
O curativo de três pontos, amplamente divulgado na literatura especializada, é um
procedimento que apesar das críticas, possui importante papel no manejo pré-hospitalar do
trauma torácico penetrante. Além de teoricamente ser incontestável no que se refere à
fisiopatologia deste tipo de trauma, tem a característica peculiar de poder ser facilmente
realizável por profissional não médico.
i) Ferimentos abdominais
Sangramento interno pode ser severo quando há uma ruptura de um órgão. Além disso,
órgãos ocos podem romper e drenar seu conteúdo para a cavidade abdominal e pélvica,
produzindo reações dolorosas e graves, irritando o peritônio.
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Consequências do ferimento abdominal
Lesões em vísceras ocas. Ex.: intestino delgado e intestino grosso, estômago, vesícula biliar,
etc.
• Alteração ou perda funcional do órgão.
• Extravasamento do conteúdo para a cavidade abdominal podendo produzir peritonite
aguda (inflamação da parede abdominal).
Lesões em vísceras sólidas ou parenquimatosas. Ex.: baço, fígado, pâncreas, etc.
• Alteração ou perda funcional do órgão.
• Hemorragia abundante podendo evoluir para o estado de choque.
Reconhecimento do trauma abdominal
• Verificar o mecanismo da lesão.
• Verificar ocorrências de náuseas e vômitos.
• Observar a posição e postura da vítima: protegendo o abdome e adotando posições
típicas de defesa da dor (resguardando o abdome).
• A vítima tentando deitar-se com as pernas encolhidas.
• Abdome rígido ou sensível.
• Respiração rápida, superficial e pulsação acelerada.
• Observar sinais e sintomas de choque hipovolêmico.
Tratamento pré-hospitalar para ferimentos fechados abdominais
• Avalie a necessidade de transporte imediato.
• Mantenha a vítima em decúbito dorsal horizontal.
• Adote medidas para prevenir o estado de choque.
• Esteja alerta para vômito.
j) Evisceração abdominal
Técnicas de tratamento
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• Cobrir as vísceras expostas com plástico esterilizado ou, na ausência, compressas de
gaze algodoadas estéreis umedecidas constantemente com soro fisiológico.
• Proteger o local com curativo oclusivo.
• Prevenir estado de choque.
Atenção
• Estar preparado para ocorrência de vômitos.
• Não recolocar as vísceras no interior do abdome.
• Não lavar com soro fisiológico ou qualquer outra substância.
• Não utilizar pequenos materiais (gaze) na manipulação das vísceras ou curativo.
• Abrir o soro fisiológico para umedecer a compressa apenas no momento da utilização.
k) Ferimentos fechados em geral
Quando um objeto é lançado contra um corpo ou ocorre o inverso, com força suficiente
para lesionar tecidos abaixo da pele, sem, no entanto, lesionar sua superfície temos uma ferida
fechada, também chamada de contusão.
Efeitos da contusão
• Equimoses;
• Hematoma;
• Fraturas, luxações e entorses; e
• Lesões em órgãos internos.
l) Tratamento pré-hospitalar dos ferimentos fechados
Estes ferimentos podem variar o grau de lesão abaixo da pele até lesões severas em
órgãos internos.
Basicamente, o tratamento pré-hospitalar consiste em avaliar o acidentado, identificar
a lesão e tratar a hemorragia interna com imobilização e prevenir o choque.
Observações:
• Não remova objetos transfixados.
• Preserve as partes arrancadas (avulsão) envolvendo-as em plástico ou curativo
esterilizado e as mantenha resfriadas em recipiente com algumas pedras de gelo.
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ATENÇÃO
Informar sempre à vítima o que será feito. Diga-lhe porque deve examinar e cuidar de
sua genitália. Proteger a vítima do olhar dos curiosos, afastando-os do local da ocorrência.
Se isto não for possível, preserve os cuidados no interior da viatura ou local reservado.
21.3 Queimaduras
Técnicas de tratamento
A primeira preocupação da equipe é com a sua própria segurança, que se aplica a
qualquer situação, mas devendo ser reforçada ao atender vítimas de queimaduras em ambientes
hostis. Cuidar com as chamas, os gases tóxicos, a fumaça e o risco de explosões e desabamentos.
O segundo passo no atendimento à vítima é a interrupção do processo de queimadura, na
seguinte sequência:
• Extinguir as chamas sobre a vítima ou suas roupas.
• Remover a vítima do ambiente hostil.
• Remover roupas que não estejam aderidas a seu corpo.
• Promover o resfriamento da lesão e de fragmentos de roupas ou substâncias, como
asfalto, aderidos ao corpo do queimado.
Após interromper o processo de queimadura, proceder ao atendimento segundo o A-B-C-D-E.
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22 SIMULAÇÃO DE INTERVENÇÃO EM VÍTIMAS QUE
APRESENTAM FRATURA EM MEMBROS, HEMORRAGIAS,
FERIMENTOS E/OU QUEIMADURAS
Toda vítima de trauma deve ser atendida com o máximo cuidado, a fim de não agravar
suas lesões e/ou ferimentos. Isto é particularmente mais importante nas vítimas com suspeita
de lesão na coluna vertebral ou traumatismo raquimedular. Considerando que a vítima necessita
ser removida e transportada do local do acidente para um hospital, há grande probabilidade de
manejo excessivo da coluna vertebral, o que pode pôr em risco a integridade da medula
espinhal. Desta forma, é preciso dar prioridade à abordagem da vítima, utilizando técnicas e
táticas de imobilização e remoção que minimizem ao máximo qualquer possibilidade de
agravamento de lesões. Neste capítulo estão descritas as técnicas mais utilizadas no
atendimento pré-hospitalar, que, no entanto, algumas vezes não poderão ser utilizadas devido a
situação da vítima no local. Nestes casos o Socorrista terá forçosamente que adaptar as
manobras, usar sua capacidade de análise e inferir daí a melhor técnica e tática de abordagem
para estabilizar a vítima.
Regras Gerais
Para que as técnicas de imobilização e remoção sejam realizadas com êxito é
necessário, primeiramente, que se tenha conhecimento das regras abaixo descritas:
• A melhor posição para imobilizar a coluna do paciente é a neutra, porém outras podem
ser escolhidas (decúbito ventral, lateral etc.), dependendo das lesões da vítima.
• Para realizar o alinhamento do paciente, é necessário utilizar ambas as mãos, com gestos
firmes, mas suaves, tentando evitar qualquer movimento brusco e, especialmente, de
"vai-e-vem".
• Não tentar mover uma vítima cujo peso seja provavelmente maior do que aquele que
possa ser sustentado; neste caso, pedir auxílio a outros socorristas ou mesmo a leigos,
estes devendo ser adequadamente instruídos.
• Sempre deve haver um só responsável pela ação, de preferência o mais experiente, a
quem caberá a direção da manobra. Sua posição é junto à cabeça da vítima.
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• Se a vítima estiver consciente, informá-la dos procedimentos a serem executados, para
que ela possa colaborar e não causar empecilhos.
• Se a manobra provocar aumento da dor, significa que algo está errado e o movimento
deve ser interrompido. Retornar suavemente no movimento e imobilizar nessa posição.
• Se a vítima estiver inconsciente ou incapaz de se comunicar, realize a movimentação,
porém de maneira bastante cuidadosa, interrompendo-a caso haja alguma resistência ou
bloqueio no movimento. Como no caso anterior, retroceda um pouco no movimento e,
então, imobilize.
• Ao mover uma vítima, mantenha uma posição segura e estável. Estando de pé, procure
atuar com as duas plantas dos pés apoiadas no solo e as pernas ligeiramente entreabertas;
ajoelhado, apoie um joelho e o pé da mesma perna no solo, com a perna entreaberta.
• Só inicie a mobilização da vítima se todos os materiais necessários estiverem
disponíveis e à mão, bem como todo o pessoal posicionado e instruído. Combinar
previamente e descrever o movimento antes de realizá-lo.
• Fixar adequadamente a vítima à maca, tendo o cuidado de utilizar coxins em tamanho e
espessura adequados, sempre que necessário.
• Se possível, o transporte de gestante poli traumatizada deve ser feito em decúbito lateral
esquerdo, para isso inicialmente imobilize e alinhe a gestante na prancha rígida em
decúbito dorsal e posteriormente lateralize na prancha rígida.
• O Socorrista deve conhecer profundamente todos os itens do seu arsenal de
imobilização, para saber escolher tipo, tamanho e uso necessários.
• O Socorrista deve lembrar que equipamentos improvisados oferecem maiores riscos de
falhas.
• Equipamentos normais costumam apresentar desgaste, por isto deve-se ficar atento a
falhas e ter outros meios disponíveis para cumprir seu objetivo.
• Os pacientes têm graus variados de lesões. Utilizar todo recurso necessário disponível,
mas sempre avaliando a gravidade real (lesões perceptíveis) ou as suspeitas (estudo do
mecanismo da lesão), para então quantificar o equipamento necessário.
• No atendimento a vítima não se pode confundir rapidez com pressa, porque a primeira
traduz eficiência e segurança, enquanto a segunda, precipitação e risco. A rapidez só é
alcançável mediante treinamento e experiência, sendo sempre almejada, sem jamais
permitir qualquer risco desnecessário ao paciente.
• Somente é admissível retardar o uso dos equipamentos de imobilização necessários
quando o paciente apresenta situação clínica altamente instável como parada
cardiopulmonar, por exemplo.
• Imobilização Dorsal em prancha rígida e Transporte ou Remoção
• A imobilização da vítima tem por fim evitar lesões secundárias na vítima traumatizada,
bem como, facilitar e dar segurança para a mobilização da vítima. Para que seja feita a
imobilização dorsal, ou seja, com a vítima deitada sobre a maca rígida, os socorristas
podem se utilizar de várias técnicas de rolamento e elevação, que a seguir serão
descritas.
Rolamento de 90° com Três Socorristas é a técnica mais utilizada durante os atendimentos
pré-hospitalares. Para a sua perfeita utilização deve-se primeiramente verificar qual lado da
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vítima apresenta lesões e então realizar os procedimentos de rolamento para o lado contrário
aos ferimentos, caso a vítima apresente lesões em ambos os lados, ou fratura pélvica, evitar esse
procedimento e substituí-lo. Feito isto deverão serem tomadas as seguintes providências:
1. O Socorrista 1 deverá realizar a abordagem pelo lado em que a vítima está olhando e
consecutivamente realizar o controle cervical
2. O Socorrista 1 deverá apoiar uma das mãos no chão e deslocar para o topo da cabeça da
vítima, procedendo então o alinhamento do pescoço;
3. O Socorrista 2 instala o colar cervical e alinha os braços da vítima junto ao tronco,
podendo deixar o antebraço, contrário ao rolamento, sobre o tronco;
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10. Após a prancha rígida estar posicionada os Socorristas 2 e 3 giram as mãos que
utilizaram para puxar a prancha rígida e ao comando do Socorrista 1 posicionam a
vítima sobre a tábua;
11. Caso a vítima não fique centralizada após o rolamento, é necessário desloca-la para um
dos lados; para isto o Socorrista 1 deverá, sem perder o controle da cabeça, pinçar os
ombros da vítima e manter o controle da cabeça com os antebraços; o Socorrista 2 e 3
deverão transferir suas mãos para o lado contrário ao do deslocamento da vítima,
segurando respectivamente no ombro e pelve, e na pelve e bandagem;
12. Sob o comando do Socorrista 1 todos os Socorristas realizarão a centralização da vítima,
tomando cuidado para que o movimento seja feito em bloco, sem permitir deslocamento
lateral da coluna;
13. Caso a vítima tenha que ser colocada mais para cima ou para baixo da prancha rígida o
Socorrista 1 deverá pinçar os ombros da vítima e manter o controle da cabeça com os
antebraços; os Socorristas 2 e 3 deverão posicionarem-se com a vítima entre as pernas
segurando respectivamente a pelve e as pernas (gastrocnemios) da vítima.
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Rolamento de 180º com Três Socorristas Esta técnica de rolamento deve ser utilizada
pelos Socorristas quando a vítima se encontra em decúbito ventral, devendo ser adotados as
seguintes providências:
1. O Socorrista 1 deverá realizar a abordagem pelo lado em que a vítima está olhando e
consecutivamente realizar o controle cervical;
2. O Socorrista 1 deverá apoiar uma das mãos no chão e deslocar para o topo da cabeça da
vítima, posicionando as mãos nas laterais da face da vítima para poder, posteriormente,
realizar o rolamento (mão direita na face direita e mão esquerda na face esquerda);
3. O Socorrista 2 deverá alinhar os braços da vítima junto ao tronco e o Socorrista 3 deverá
alinhar as pernas da vítima fazendo uma leve tração e posteriormente amarrar uma
bandagem nos tornozelos da vítima para facilitar o movimento de rolamento;
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8. Sob o comando do Socorrista 1 todos os Socorristas realizarão o rolamento de 90º,
lateralizando a vítima;
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antebraços; os Socorristas 2 e 3 deverão posicionarem-se com a vítima entre as pernas
segurando respectivamente a pelve e as pernas da vítima;
16. Sob o comando do Socorrista 1 todos os Socorristas realizarão o alinhamento da vítima;
17. Terminado o rolamento, centralizada e alinhada a vítima, o Socorrista 2 deve realizar a
fixação da vítima na prancha rígida com a utilização dos cintos de fixação e
imobilizador, seguindo a sequência de fixação já descrita (tórax, pelve, cabeça e coxa).
Imobilização da Vítima em Pé
Quando a vítima traumatizada necessita de imobilização da coluna, embora se encontre
em pé, não é possível deitá-la ao solo sem apoio, pois haverá flexão da coluna, o que pode
provocar danos adicionais. Nesta situação, os socorristas devem proceder da seguinte forma:
1. O Socorrista 1 deverá informar a vítima dos procedimentos que irá realizar e
posteriormente abordar a vítima por trás, fazendo o controle cervical;
2. O Socorrista 2 posiciona o colar cervical conforme descrito acima;
3. O Socorrista 3 deve passar a prancha rígida entre a vítima e o Socorrista 1;
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7. O Socorrista 1 pinça os ombros da vítima mantendo o controle cervical para que o
Socorrista 3 eleve a parte inferior da prancha rígida;
8. O Socorrista 2 efetua a passagem dos cintos de fixação sob a tábua e então procede a
fixação dos mesmos e do imobilizador lateral de cabeça, conforme a sequência acima
definida;
9. Elevação da vítima para imobilização a fim de posicionar a vítima na prancha rígida,
quando o rolamento não pode ser executado ou é contraindicado, pode-se utilizar a
técnica de elevação, que pode ser efetuada com três ou quatro socorristas.
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7. Os Socorristas 2 e 3 posicionam-se com as pernas abertas sobre a vítima e seguram
respectivamente a pelve e as pernas;
8. Sob o comando do Socorrista 1 todos os socorristas realizarão a elevação e a
transferência da vítima para a prancha rígida, tomando cuidado para manter a altura e o
alinhamento da vítima;
9. Caso a vítima não fique centralizada ou alinhada na prancha rígida os socorristas,
aproveitando a posição favorável em que se encontram e ao comando do Socorrista 1,
deverão fazer a devida centralização ou alinhamento;
10. Terminada a elevação, a centralização e alinhamento da vítima, o Socorrista 2 deve
realizar a fixação da vítima na prancha rígida com a utilização dos cintos de fixação e
imobilizador, seguindo a sequência de fixação já descrita.
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4. Sob o comando do Socorrista 1 todos os Socorristas deverão apoiar a cabeça no ombro
do colega que está à frente, para garantir estabilidade ao movimento de elevação e a
integridade física dos socorristas;
5. Feito isto o Socorrista 1 coordenará a elevação da vítima, para que uma quinta pessoa
(possivelmente um policial ou popular) passe a prancha rígida de imobilização sob a
vítima (neste momento deve-se atentar para que o movimento da vítima seja feito em
bloco);
6. O Socorrista 1 comandará a descida da vítima, alinhada e centralizada, sobre a prancha
rígida;
7. Terminada a elevação, a centralização e o alinhamento da vítima, os Socorristas 2 e 3
devem realizar a fixação da vítima na prancha rígida com a utilização dos cintos de
fixação e o imobilizador lateral de cabeça, seguindo a sequência de fixação já descrita.
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Elevação da Prancha rígida para Transporte
Uma vez que a vítima esteja fixa à prancha rígida, é preciso levantá-la do solo para
levá-la à ambulância ou a outro local. Este procedimento pode ser feito com dois, três ou mais
socorristas ou colaboradores (policiais, populares, amigos da vítima, etc.). Sempre que possível,
deve-se optar pela elevação da prancha rígida em três ou mais socorristas ou colaboradores,
visto que muitos Socorristas mais antigos de função reclamam de dores lombares após algum
tempo de atividade.
Elevação da prancha rígida com três socorristas sempre que a vítima for muito pesada
haverá a necessidade do auxílio de mais um socorrista ou colaborador.
Neste caso:
• O Socorrista 1 deverá deslocar para um dos lados da prancha rígida;
• O Socorrista 2 deverá deslocar para o lado oposto da prancha rígida, de frente para o
Socorrista 1;
• O Socorrista 3 permanecerá na extremidade inferior da prancha rígida, junto aos pés da
vítima;
• Todos os socorristas deverão posicionar os pés totalmente no chão e dobrar os joelhos,
objetivando manter a coluna na posição mais vertical possível;
• Os três Socorristas posicionam as mãos nos vãos da prancha rígida;
• Sob o comando do Socorrista 1, eleva-se a prancha rígida com a vítima até a altura dos
joelhos, apoiando com os cotovelos na coxa, cuidando para que a vítima esteja alinhada
horizontalmente;
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24 SIMULAÇÃO DO TRANSPORTE DE VÍTIMAS TRAUMÁTICAS
25 CONCLUSÃO
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26 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
PHTLS – 9ª edição – Soporte Vital de Trauma Prehospitalario- Scott Frame – JeffrJones &
Bartlett Learning. LLC.
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DIRETORIA DE SERVIÇOS E SUPORTE JURÍDICO – DS
UNIVERSIDADE INFRAERO – DSUI
OE-SESCINC INFRAERO
MÓDULO 4 –EMERGÊNCIAS
QUÍMICAS
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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Aeronave Cargueira - toda aeronave, que não de passageiros, que transporta mercadorias ou
bens tangíveis.
Aeronave de Passageiros - toda aeronave que transporte pessoas outras que não membros da
tripulação, empregados do explorador que voam por razões de trabalho, representantes
autorizados das autoridades nacionais competentes ou acompanhantes de alguma entrega ou
outra carga.
Área de carga - todos os espaços e instalações destinados ao processamento de carga aérea,
incluindo pátios de aeronaves, terminais de carga e terminais de carga aérea, estacionamento
de veículos e vias de acessos adjacentes.
Armazém Aeroportuário - instalação do aeroporto destinada à armazenagem de carga aérea.
Artigo Perigoso - artigo ou substância que, quando transportada por via aérea, pode constituir
risco à saúde, à segurança, à propriedade e ao meio ambiente e que figure na Lista de Artigos
Perigosos – TABELA 3-1 do DOC. 9284-AN/905 – ou esteja classificada conforme o DOC.
9284-AN/905.
Artigo Proibido - todo e qualquer artigo que represente risco aparente para segurança, quando
transportados por aeronaves civis; artigo que é proibido para o transporte aéreo.
Bagagem - bem pertencente ao passageiro ou tripulante, transportado a bordo de uma aeronave,
mediante contrato com o transportador.
Bagagem de mão - bagagem transportada com o passageiro a bordo de uma aeronave.
Bagagem despachada - bagagem que é transportada no porão de uma aeronave.
Carga conhecida - envio de carga aérea por parte de um expedidor conhecido ou de um agente
de carga aérea autorizado ou credenciado.
Carga desconhecida - carga aérea que ainda não tenha sido submetida às medidas de segurança
contra atos de interferência ilícita.
Carga em trânsito - carga transportada por via aérea, com passagem pelo Terminal de Carga
Aérea (TECA) ou zona primária, cujo transporte prosseguirá por essa mesma via ou não, para
outro aeroporto.
Conhecimento aéreo (Air Waybill - AWB) - documento legal que estabelece o contrato entre
o expedidor de carga e o transportador, para a prestação de serviço aéreo.
Embalado - o produto final da operação de empacotamento – a embalagem em si e seu
conteúdo –, preparado de forma idônea para o transporte.
Embalador - pessoa responsável pelo embalamento do artigo perigoso para fins de transporte.
Embalagem - recipientes e outros componentes ou materiais necessários à sua função de
contenção.
Expedidor - pessoa que entrega a carga ao transportador para efetuar o serviço de transporte.
Equipamento de segurança - significa dispositivo de natureza especializada, para uso
individual ou como parte de um sistema, na detecção de armas, substâncias, objetos ou
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dispositivos perigosos e/ou proibidos que possam ser utilizados para cometer um ato de
interferência ilícita.
Estado de origem - Estado onde a mercadoria a bordo de alguma aeronave foi originalmente
carregada.
Exceção - toda disposição do RBAC 175 EMD 00 que exclui item específico considerado artigo
perigoso do cumprimento de requisitos normalmente aplicáveis a tal item.
Incidente imputável a artigos perigosos - toda ocorrência, não enquadrada na definição de
acidente – atribuída ao transporte aéreo de artigos perigosos, não necessariamente a bordo de
uma aeronave, de que resultem lesão à pessoa, danos à propriedade, incêndio, ruptura,
derramamento, vazamentos de fluídos ou de radiação e qualquer outra manifestação que
ocasione vulnerabilidade à integridade da embalagem. Qualquer ocorrência ou discrepância
relacionada ao transporte de artigo perigoso que ponha em risco a saúde, a segurança, a
propriedade e o meio ambiente também é considerada um incidente. Um incidente imputável a
artigo perigoso pode constituir um incidente aeronáutico, conforme especifica o Anexo 13 da
Convenção sobre Aviação Civil Internacional.
Incompatível - os artigos perigosos que, caso misturados, podem gerar calor ou gases perigosos
ou produzir substância corrosiva.
Isenção - toda autorização emitida pela ANAC que exime o cumprimento de requisito previsto
no RBAC 175 EMD 00.
Inspeção de segurança da aviação civil - aplicação de meios técnicos ou de outro tipo com a
finalidade de identificar e/ou detectar armas, explosivos ou outros artigos perigosos que possam
ser utilizados para cometer ato de interferência ilícita.
Lesão grave - qualquer lesão sofrida por uma pessoa em um acidente e que:
• Requeira hospitalização durante mais de 48 horas, iniciada no período de sete dias
contados a partir da data em que sofrida a lesão; ou
• Cause fratura de algum osso (com exceção de fraturas simples no nariz ou nos dedos
das mãos ou dos pés); ou
• Cause lacerações que levem a hemorragias graves, lesões nos nervos, músculos ou
tendões; ou
• Cause danos a qualquer órgão interno; ou
• Cause queimaduras de segundo ou terceiro grau ou outras queimaduras que afetem mais
de 5% da superfície do corpo; ou
• Seja atribuível ao contato comprovado com substâncias infectantes ou à exposição a
radiações prejudiciais.
Manuseio de artigo perigoso - atividade de transbordo, armazenagem, carregamento,
embalagem, consolidação, desconsolidação, recebimento ou expedição de carga perigosa.
Membro da tripulação - pessoa que recebe obrigações do explorador a serem cumpridas a
bordo durante o período de serviço do voo.
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comercial sem autorização prévia e expressa da Gerência da Universidade Infraero.
Número ONU - número de quatro dígitos designado pelo Comitê de Peritos em Transporte de
Artigos Perigosos das Organizações das Nações Unidas – ONU, que serve para identificar uma
substância ou um determinado grupo de substâncias.
Produto controlado - artigo ou substância cujo transporte por via aérea depende de autorização
de órgão competente, mesmo que não considerada artigo perigoso.
Recintos alfandegados - aqueles assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na
zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possa ocorrer, sob controle aduaneiro,
movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:
• Mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime
aduaneiro especial;
• Bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
• Remessas postais internacionais.
Serviço de courier - sistema de coleta e entrega rápida de encomendas e correspondência que
utiliza o serviço de transporte aéreo.
Sobre-embalagem - embalagem utilizada por um único expedidor que contenha um ou mais
volumes e constitui uma unidade para facilitar sua manipulação e movimentação (Esta definição
não inclui os dispositivos de carga unitizada).
Terminal de Carga Aérea (TECA) - instalação aeroportuária dotada de facilidades para
armazenagem e processamento de carga, e onde ela é transferida de uma aeronave para um
transporte de superfície ou desse para aquela, bem como para outra aeronave. O TECA pode
estar localizado fora do terminal aeroportuário.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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OACI - Organização da Aviação Civil Internacional;
PAX - Passageiro
PLEM - Plano de Emergência em Aeródromo;
PCM - Posto de Coordenação Móvel;
PCINC - Plano Contraincêndio de Aeródromo;
PAA - Parque de Abastecimento de Aeronaves;
RBAC - Regulamento Brasileiro de Aviação Civil;
SCI - Seção Contraincêndio de Aeródromo;
SESCINC – Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos Civis;
TECA - Terminal de Carga Aérea
TPS - Terminal de Passageiros;
TWR (Tower) - Torre de Controle de Aeródromo
Como vimos, o termo artigo perigoso se refere a objeto ou substância que, quando
transportada por via aérea, pode constituir risco à saúde, à segurança, à propriedade e ao meio
ambiente. Os artigos considerados com potencial de perigo para o transporte aéreo figuram na
Lista de Artigos Perigosos – TABELA 3-1 do DOC. 9284-AN/905 – documento que também
classifica esses artigos.
Não obstante as regulamentações oriundas da OACI e da IATA, o transporte aéreo
doméstico e internacional de artigos perigosos em aeronaves civis registradas ou não no Brasil
é regulamentado pelo RBAC n° 175, 08 de dezembro de 2009.
4.2 Classificação
Os artigos perigosos dividem-se em classes que, por sua vez, podem ser subdivididas
em Divisões devido à grande extensão de tipos de produtos e riscos envolvidos na Classe como
a seguir:
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pressão e velocidade tais que possa causar danos a sua volta. Incluem-se nesta definição
as substâncias pirotécnicas, mesmo que não desprendam gases;
b) Substância pirotécnica é uma substância, ou mistura de substâncias, concebida para
produzir um efeito de calor, luz, som, gás ou fumaça, ou a combinação destes, como
resultado de reações químicas exotérmicas auto-sustentáveis e não-detonantes;
c) Artigo explosivo é o que contém uma ou mais substâncias explosivas.
Divisão 1.1 - São artigos e substâncias que possuem um risco de explosão de massa,
isto é, uma explosão virtualmente instantânea de toda a carga.
Divisão 1.2 - São artigos e substâncias que possuem um risco de projeção, mas não
uma explosão de massa.
Divisão 1.3 - Artigos e substâncias que possuem um risco de fogo, um risco pequeno de
explosão ou um risco pequeno de projeção, mas não um risco de explosão de massa.
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Divisão 1.4 - Artigos ou substâncias que não apresentam risco significante.
Divisão 1.5 - Substâncias muito pouco sensíveis que possuem um risco de explosão de
massa, (mas que são tão insensíveis que a probabilidade de iniciação ou de transição
da queima para a detonação, em condições normais de transporte, é muito pequena).
Divisão 1.6 - Artigos muito pouco sensíveis que não possuem um risco de explosão de
massa, (abrange os artigos que contêm somente substâncias detonantes extremamente
insensíveis e que apresentam risco desprezível de iniciação ou propagação acidental).
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4.2.2 Classe 2 – Gases
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Divisão 2.2 - Gases não inflamáveis e não tóxicos.
NOTA: os gases que se enquadram nestes critérios por sua corrosividade devem ser
classificados como tóxicos, com um risco subsidiário de corrosivo.
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4.2.4 Classe 4 - Sólidos Inflamáveis
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Divisão 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis.
Substâncias que, por reação com a água, podem tornar-se espontaneamente inflamáveis
ou liberar gases inflamáveis em quantidades perigosas. Emprega-se também a expressão "que
reage com água" para designar as substâncias desta subclasse.
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4.2.6 Classe 6 - Substâncias tóxicas e Infectantes.
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4.2.7 Classe 7 - Material Radioativo.
São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com
tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o
veículo; elas podem, também, apresentar outros riscos.
São substâncias que, em caso de fugas de suas unidades contentoras, podem causar
danos graves por sua ação química ao entrar em contato com tecidos vivos ou que podem
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provocar danos materiais a outros produtos ao meio de transporte ou ao meio ambiente. Utiliza-
se, ainda, a abreviação COR, de corrosivo.
“A ordem numérica das Classes e Divisões não corresponde a seu grau de periculosidade”
Os painéis de segurança devem ter o número das Nações Unidas e o número de risco do
produto transportado, apostos em caracteres negros, não menores que 65mm, num painel
retangular de cor laranja, com altura não inferior a 140mm e comprimento mínimo de 350mm,
com uma borda preta de 10mm.
Na parte superior desses painéis estão grafados números que representam os riscos
associados ao produto transportado de acordo com sua Classe (1 a 9) e, na inferior, encontramos
o número da ONU – Organização das Nações Unidas, referente ao produto.
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rótulos de risco e/ou discriminados em campo específico constante nos documentos fiscais
portados pelo transportador.
Os rótulos de risco têm a forma de um quadrado, colocado num ângulo de 45° (forma
de losango), podendo conter símbolos, figuras e/ou expressões emolduradas, referentes à
classe/subclasse do produto perigoso. São divididos em duas metades:
• A metade superior destina-se a exibir o pictograma, símbolo de identificação do risco.
Exceto para as subclasses 1.4, 1.5 e 1.6;
• A metade inferior destina-se para exibir o número da classe ou subclasse de risco e grupo
de compatibilidade, conforme apropriado, e quando aplicável o texto indicativo da
natureza do risco.
O transporte de produtos requer cuidados específicos no que se refere aos critérios para
armazenamento e manuseio, o que originou uma série de símbolos conhecidos com indicações
de manuseio no transporte. Essas etiquetas podem ser tanto impressas diretamente na
embalagem quanto aplicadas utilizando adesivos, muito mais práticas para empresas de
transporte e logística.
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Apesar de não haver uma padronização internacional, a maior parte dos países adota
os símbolos recomendados pelas Nações Unidas, definidos por duas entidades: ASTM D5445
(Standard Practice for Pictorial Markings for Handling of Goods) e ISO 780 (Pictorial
marking for handling of goods). No Brasil, há a padronização de símbolos de transporte e
manuseio definida pela NBR 7500, que utiliza os mesmos símbolos recomendados pelas
instituições internacionais.
Recomenda-se, ainda, o uso da cor preta, para que não sejam confundidos com rótulos
de risco para produtos químicos e perigosos. Caso o fundo seja escuro, a cor branca ou outra
cor contrastante é indicada.
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5.4 Marcações e Embalagens de Artigos Perigosos em Território Brasileiro
5.4.1 Marcações:
As marcas necessárias para cada embalagem que contenha artigos perigosos devem
estar de acordo com os requisitos do Capítulo 2 da Parte 5 do DOC. 9284-AN/905.
Marcas que identificam o projeto ou a especificação de uma embalagem,
independentemente de seu uso para um embarque em particular, devem estar de acordo com os
requisitos relevantes de marcação especificados no RBAC 175 EMD 00 de 08/12/09.
Qualidade e especificações das marcas:
a) Todas as marcas devem ser colocadas nas embalagens ou nas sobre-embalagens em
locais que não sejam cobertas por qualquer parte da embalagem ou qualquer outra marca
ou etiqueta;
b) Todas as marcas devem ser:
• Duráveis e impressas ou de outra maneira marcadas sobre, ou fixadas na,
superfície externa da embalagem ou sobre-embalagem;
• Visíveis e legíveis;
• Resistente e não perder sua efetividade quando exposta a água;
• De cor contrastante com a cor da superfície onde será marcada.
O veículo que transporta produtos perigosos, conforme a legislação vigente deve fixar
a sua sinalização na frente (painel de segurança, do lado esquerdo do motorista), na traseira
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(painel de segurança, do lado direito do motorista) e nas laterais (painel de segurança e o rótulo
indicativo da classe ou subclasse de risco) colocados do centro para a traseira, em local visível.
Quando a unidade de transporte trafegar vazia, sem ter sido descontaminada, está sujeita
às mesmas prescrições que a unidade de transporte carregada, devendo, portanto, estar
identificada com os rótulos de risco e os painéis de segurança utilizados no último carregamento
(NBR 7500 ABNT).
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VERMELHO – INFLAMABILIDADE
4 – Produto Letal.
3 – Produto severamente perigoso.
2 – Produto moderadamente perigoso.
1 – Produto levemente perigoso.
0 – Produto não perigoso ou de risco mínimo.
AMARELO – REATIVIDADE
Quando utilizada na rotulagem de produtos, ela é de grande utilidade, pois permite num
simples relance, que se tenha ideia sobre o risco representado pela substância ali contida.
SEÇÕES DO MANUAL
O manual para atendimento a emergência com produtos perigos possui cinco seções:
BRANCA AMARELA AZUL LARANJA VERDE
SEÇÃO BRANCA: Aborda informações gerais acerca do manual, bem como dados referentes
aos números de risco e suas características, além da tabela de códigos de riscos;
A seção laranja possui 62 guias, divididas em função dos riscos potenciais, tais como:
fogo ou explosão e risco à saúde; atribuições da segurança pública, como vestimentas de
proteção e evacuações; e traz, ainda, ações de emergência em caso de vazamento e
derramamento, fogo e os primeiros socorros em caso de vítimas.
SEÇÃO VERDE: Esta seção trata sobre gases ou vapores tóxicos passíveis de inalação, os
quais são particularmente perigosos para a saúde humana. Inclui também produtos que
originalmente podem não apresentar esta propriedade, mas que liberam gases ou vapores
tóxicos ao reagirem com água e, ainda, recomendações para a ação protetora e uma tabela de
distancias de isolamento inicial.
Exemplo:
Página AMARELA - Relação dos produtos pelo número ONU na ordem numérica:
ONU NOME GUIA
1863 QUEROSENE PARA JATO 128
Página VERDE - Tabela de distância de isolamento e produtos que reagem com água:
NOME ONU GUIA
CARBURETO DE CÁLCIO 1402 134
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5.8 Notificação ao Comandante – NOTOC
Existe uma gama de artigos que são considerados proibidos para o transporte em
aeronaves como bagagem despachada e uma série de outros que jamais poderão ser
transportados na bagagem de mão, os quais são objeto de advertência e questionamento ao
passageiro antes do seu embarque na aeronave, bem como é exercida fiscalização rigorosa
durante os processos de segurança.
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6 IDENTIFICAÇÃO DE EMERGÊNCIAS QUÍMICAS
a) Origem Natural:
Ocorrência causada por fenômeno da natureza, cuja maioria dos casos independe das
intervenções do homem. Incluem-se nesta categoria os terremotos, maremotos, furacões,
tsunami etc.
b) Origem Tecnológica:
Ocorrência gerada por atividade desenvolvida pelo homem, tais como os acidentes
nucleares, vazamentos durante a manipulação ou transporte de substâncias químicas, etc.
Embora estes dois tipos de ocorrências sejam independentes quanto suas
origens(causas), em determinadas situações pode haver uma certa relação entre as mesmas,
como por exemplo uma forte tormenta que acarrete danos numa instalação industrial. Neste
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caso, além dos danos diretos causados pelo fenômeno natural, pode-se ter outras implicações
decorrentes dos impactos causados nas instalações da empresa atingida.
Da mesma forma, as intervenções do homem na natureza podem contribuir para a
ocorrência dos acidentes naturais, como por exemplo o uso e ocupação do solo de forma
desordenada pode vir a acelerar processos de deslizamentos de terra. No entanto, os acidentes
de origem natural em sua grande maioria são de difícil prevenção, razão pela qual diversos
países do mundo, principalmente aqueles onde tais fenômenos são mais constantes, têm
investido em sistemas para o atendimento a estas situações.
No caso dos acidentes de origem tecnológica, pode-se afirmar que a grande maioria dos
casos é previsível, razão pela qual há que se trabalhar principalmente na prevenção destes
episódios, sem esquecer obviamente da preparação e intervenção quando da ocorrência dos
mesmos. Para efeito desta apostila, os termos: emergências químicas, acidentes químicos,
incidentes químicos e acidentes com produtos perigosos são equivalentes.
As emergências químicas geram diversas consequências danosas à sociedade,
destacando-se:
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6.1 Medidas iniciais ao identificar uma Emergência Química
O primeiro passo, tanto para a prevenção, como para uma intervenção eficiente, deve
ser a identificação e avaliação dos riscos a que uma região está exposta.
A partir disso, estabelecer ações que possam ser desenvolvidas para a redução desses
riscos, seu gerenciamento e planejamento de intervenções emergenciais.
No caso das emergências químicas, os trabalhos devem ser desenvolvidos seguindo a
sequência abaixo, a qual obviamente pode ser adaptada às condições específicas de uma
determinada região:
• Indústria;
• Comércio;
• Terminais; e
•Sistemas de transportes: rodoviário, ferroviário, aéreo, marítimo, fluvial e por dutos.
c) Caracterização das substâncias e respectivas quantidades;
d) Identificação dos riscos e das possíveis consequências causadas por eventuais emergências
envolvendo as atividades e produtos identificados;
e) Implantação de medidas para a redução dos acidentes e gerenciamento de riscos.
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Essas atividades, além de propiciarem resultados do ponto de vista preventivo (redução
e gerenciamento dos riscos), fornecerá informações de fundamental importância para o
planejamento de um sistema para atendimentos às emergências químicas na região em estudo.
O primeiro passo, tanto para a prevenção como para uma intervenção eficiente, deve
ser a identificação e avaliação dos riscos a que uma região está exposta.
A partir disso, estabelecer ações que possam ser desenvolvidas para a redução desses
riscos, seu gerenciamento e planejamento de intervenções emergenciais.
A seguir, serão abordados os principais aspectos a serem observados nos
acidentes/incidentes de acordo com as classes de risco dos produtos químicos envolvidos.
7.1 Toxicologia
Todo produto químico é tóxico, podendo causar qualquer dano ao corpo ou levar a
morte. A dose, as propriedades físicas e químicas do tóxico e as características fisiológicas do
indivíduo exposto, determinam o grau de toxicidade. A toxicologia é o estudo dos mecanismos
e processos básicos que causam reações adversas.
Existe uma terminologia específica a toxicologia que relaciona os efeitos dos agentes
no organismo:
• Irritantes: São aqueles compostos químicos que produzem uma inflamação, devido a uma
ação química ou física das áreas anatômicas com as quais entram em contato, principalmente
a pele e mucosa do sistema respiratório.
• Tóxicos sistêmicos: Define-se como tais, os compostos químicos que independente de sua
via de entrada, distribuem-se por todo organismo produzindo efeitos diversos sendo que
certos compostos apresentam efeitos específicos ou seletivos sobre um órgão ou sistema.
• Anestésicos: São substâncias que atuam como depressoras do sistema nervoso central,
dependendo da quantidade que chegue ao cérebro.
• Cancerígenos: São substâncias que podem gerar ou desenvolver o câncer.
• Mutagênico: São substâncias que podem alterar permanentemente o material genético
(DNA).
• Teratogênicos: São substâncias que podem proporcionar o desenvolvimento de embriões
deficientes.
• Alérgicos: São substâncias cuja ação caracteriza-se por duas circunstâncias: a primeira é
aquela que não afeta a totalidade dos indivíduos, já que requer predisposição fisiológica. A
segunda é aquela que somente manifesta no indivíduo previamente sensível.
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• Neumoconióticos: São substâncias químicas sólidas que se depositam nos pulmões e se
acumulam, produzindo uma neumopatia e degeneração fibrótica do tecido pulmonar.
• Efeitos combinados: Existem contaminantes que desenvolvem somente um efeito no
organismo, e outros que englobam ações variadas.
Apresentamos uma série de termos relacionando o efeito dos agentes químicos no
organismo, porém podemos classificar os efeitos em duas classes:
a) Efeito local: são classificados como efeitos locais aqueles em que o agente químico
exerce sua ação no local de contato;
b) Efeito sistêmico: são classificados como efeitos sistêmicos aqueles em que o agente
químico exercerá sua ação em um órgão diferente do local inicial de contato.
8 ORGANIZAÇÃO DA CENA
Após a avaliação dos demais aspectos envolvidos nesse tipo de evento (identificação,
isolamento, salvamento, contenção e descontaminação), o socorrista irá definir suas Zonas de
Trabalho da seguinte forma:
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• Zona Quente ou Zona de Exclusão: Local onde está localizada a origem do acidente.
Neste local o risco é iminente, devendo ser isolado, sendo somente acessado pelas Equipes de
Intervenção.
• Zona Morna ou Zona de Redução de Contaminação: Local que servirá de ligação
entre as Zonas Quente e Fria. Neste local será montado o Corredor de Descontaminação, sendo
acessado somente pelas Equipes de Descontaminação.
• Zona Fria ou Zona de Suporte: Local externo ao acidente, onde o risco será mínimo
ou inexistente. Nele deverão estar localizados todas as Equipes de Suporte, além dos Órgãos de
Imprensa e de Apoio, como Defesa Civil Municipal e outros. Nesta será também montado o
Posto de Comando, devendo contar com a presença do Coordenador da Operação.
Este zoneamento deverá seguir os seguintes fatores e parâmetros:
• Direção e velocidade dos ventos;
• Topografia do local;
• Lençol freático e recursos hídricos da região;
• População local;
• Características do Material;
• Previsões e condições meteorológicas;
• Tempo previsto de trabalho.
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9 TÉCNICAS DE CONTENÇÃO/ISOLAMENTO
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Na abordagem de uma aeronave acidentada, o conhecimento dos artigos perigosos
embarcados e sua localização a bordo, além do conhecimento dos procedimentos adequados
acerca do tratamento da situação por parte dos integrantes do SESCINC, é de fundamental
importância para o pleno êxito das operações de salvamento e combate a incêndio.
A existência de um artigo perigoso a bordo é do conhecimento de todos os envolvidos
na preparação de uma aeronave antes do voo, desde a sua fase de carregamento, e essa
informação a acompanha até o destino final do voo, findando com o descarregamento da
aeronave.
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10 TÉCNICAS DE RESGATE DE VÍTIMAS
Consiste em pessoas dentro da Zona de Perigo (Zona Quente) que não estão usando
roupas e equipamentos de proteção adequados contra os riscos.
O grupo pode ser formado por cidadãos e empregados que deixaram por conta própria
a área inicial de perigo e acreditam que agora estão a salvo, como também os curiosos, os
“autorizados” e os totalmente ignorantes. Também inclui pessoas que precisam ser resgatadas,
mas ainda não sabem disso. Normalmente, é preciso apenas de um pouco de organização e
direção para conduzi-las longe da área de perigo. Este grupo pode também incluir pessoas que
foram inicialmente expostas, mas ainda não mostram os sinais ou sintomas da exposição.
Neste grupo estão inclusos os indivíduos ou grupos de pessoas que foram expostos ao
material perigoso e estão sofrendo os efeitos danosos. Exemplos desse grupo incluem vítimas
que foram queimadas, envenenadas, ficaram cegas, etc. Normalmente, o resgate consiste em
abordar a pessoa e retirá-la segundo o POP específico.
Neste grupo estão inclusas as pessoas que foram atingidas e se encontram em locais de
difícil acesso, exigindo da equipe de salvamento a utilização de técnicas específicas além das
relacionadas com os produtos perigosos envolvidos no acidente. Essa situação é extremamente
perigosa e deve ser planejada adequadamente, usando indivíduos altamente treinados. Como
exemplos de situações deste tipo podemos citar:
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• Resgates na vertical, incluindo vítimas feridas ou incapacitadas encontradas em áreas
elevadas (Ex: torres de resfriamento e estruturas elevadas em refinarias ou indústrias
químicas, no alto de tanques de armazenamento de diâmetro grande, treliças, etc.);
• Vítimas prensadas e presas em meio a escombros e entulho (Ex. a tripulação de um trem
presa na locomotiva ou um motorista de caminhão tanque dentro de um veículo
capotado);
• Situações de resgate em área confinada (Ex: dentro de tanques de armazenamento, valas
de metrô, esgotos, etc).
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10.2 Abordagem da Vítima
A aparência do local do acidente cria uma impressão que influencia toda a avaliação,
portanto a avaliação correta da cena é crucial. Uma grande variedade de dados é obtida
simplesmente olhando, observando, ouvindo e processando o máximo de informações.
A função primária de todas as pessoas envolvidas no tratamento médico de emergência
é a avaliação rápida, o manuseio e a reanimação do CAB do paciente: Circulação, Vias Aéreas
e Respiração.
O socorrista tem a responsabilidade de fazer uma avaliação rápida do local da
ocorrência, a fim de determinar:
Perigos ambientais;
Número de pacientes a serem tratados;
Mecanismo de lesão;
Problemas da retirada imediata da vítima.
Na doença ou no trauma sério, o manejo agressivo dos problemas CAB é vital. O
paciente morrerá se estas funções primárias forem negligenciadas ou tratadas de forma
inadequada.
C = CIRCULAÇÃO
O pulso é palpável?
Verificar pulsos carotídeos; se ausentes, fazer reanimação cardiopulmonar (RCP).
O pulso é irregular?
Comparar pulsos.
Há hemorragia externa visível?
Controlar sangramento externo.
Há sangramento interno suspeito?
Iniciar tratamento para choque.
A = VIA AÉREA
Está aberta?
Verificar, procurando o movimento de ar: observar a elevação do peito; sentir a parede
torácica movimentar-se e ver se há crepitação; verificar se há perfuração.
A vítima está posicionada adequadamente?
Verificar a inclinação da cabeça e a elevação do pescoço ou do queixo; empurrar a
mandíbula nos traumas de face e de pescoço (mantendo a tração cervical alinhada).
As respirações são ruidosas ou difíceis?
Verificar se há obstrução parcial, líquidos, salivação excessiva.
Verificar se há obstrução completa.
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B = RESPIRAÇÃO
O paciente está respirando?
Reanimar boca máscara.
Profundidade das respirações?
Inspecionar o movimento do tórax.
Frequência?
Frequência< 10/ min deve ser assistida.
Padrões incomuns?
Lesões cerebrais produzem padrões específicos a registrar.
Além da avaliação do CAB, é necessário fazer a avaliação inicial do nível de
consciência do paciente. Outras medidas para o tratamento neurológico incluem o estado
mental, nível de consciência e resposta pupilar.
Os músculos mais fortes do corpo humano estão na coxa. Desse modo, esses devem ser
os músculos utilizados quando se deseja elevar um objeto pesado. Nunca usar os músculos das
costas que são mais fracos e mais propensos a lesões. Dobrar os joelhos antes de elevar o peso
mantendo a coluna ereta.
Ao elevar uma vítima do solo, ficar de cócoras bem próximo a ela. Os movimentos
devem ser sempre em conjunto com o outro socorrista.
Em algumas situações de risco iminente para o socorrista e para a vítima, é necessário
removê-la rapidamente. São exemplos dessas situações os locais de incêndios, desabamento e
emergências químicas, além da instabilidade da vítima (respiração difícil). Estes métodos são
precários e podem agravar lesões existentes, devendo ser reservados para situações
especiais e transportes de curta distância.
O método a ser escolhido depende:
✓ Peso do paciente;
✓ Tipo de terreno;
✓ Força física e número de socorristas;
✓ Estado da vítima.
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• Vítima consciente que não pode andar: Transporte pelas extremidades.
• REGRA Nº 2: A atividade profissional que a vítima exerce deve ser sempre considerada,
com vista à provável causa da intoxicação;
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A triagem permite o atendimento às vítimas de uma maneira organizada,
encaminhando-as para os diversos hospitais da rede assistencial, evitando-se a
superlotação dos serviços de urgências. Além disso, a triagem reduz o tempo de espera
e permanência no local do incidente das vítimas mais graves, conseguindo assim uma
melhor assistência e um aumento nas possibilidades de sobrevida.
A triagem das vítimas de um acidente com produtos perigosos pode ser feita pelo
START, onde identificamos as lesões que põem risco de morte ou pelo START
modificado para que se adeque as situações de contaminação por produtos químicos.
Observações do
START Prioridades
agente químico
Imediata 1 Alteração da -Sinais e sintomas Estado crítico
respiração e nível graves;
VERMELHO
de consciência -Agente líquido
conhecido.
Atrasada 2 Vítimas que podem -Sinais e sintomas Danos
esperar antes de um moderados; moderados a
AMARELO
transporte rápido ao -Agente líquido severos
hospital conhecido ou suspeito.
Menor 3 Vítimas -Sinais e sintomas Danos leves ou
deambulando, mínimos; Exposição a sem danos
VERDE
lesões menores. vapor e fumaça.
Óbito 4 Óbitos ou sem -Sinais e sintomas Não viáveis
chance de muito graves;
PRETO
sobrevida -Grave contaminação
com agente líquido de
ação central.
-Sem resposta.
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f) diarreia (arsênico);
g) miose (álcool);
h) hipotermia (fenotiazinicos);
i) hipertermia (pesticidas a base de nitrofenois);
j) perda de cabelo (arsênico, tálio e substancias radioativas);
k) tremores musculares (organofosforados);
l) sangramentos generalizados (fósforo / naftaleno);
m) alterações na coloração da pele e mucosas (monóxido de carbono);
n) parada cardiorrespiratória e/ou morte clínica (qualquer substância química, agente
biológico ou carga radioativa – dependendo do tipo de agressão, tempo de exposição,
quantidade, etc.);
o) mudança na cor natural da pele ou descoloração;
p) mudança no comportamento;
q) salivação excessiva;
r) reação da pupila;
s) mudança no padrão verbal;
t) dificuldades na respiração;
u) dificuldades ou falta de coordenação motora;
v) tosse.
w) dor de cabeça;
x) tontura;
y) visão embaraçada;
z) câimbras.
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i) Caso a vítima tenha ingerido o tóxico e em seguida tenha vomitado ou expelido
secreções orais, procure guardar uma quantidade desse material em um recipiente
limpo e leve-o para o hospital;
j) Em caso de ingestão, dar dois copos de água para a vítima beber. “NÃO EXISTE
ANTÍDOTO UNIVERSAL, NEM DEVEM SER TENTADAS REAÇÕES DE
NEUTRALIZAÇÃO”. Só oferecer leite para a vítima beber se vier especificado na
ficha de emergência que isso é permitido; e isso se houver leite na hora. Caso
contrário, ministrar apenas água potável, como já foi citado. Pode ser provocado
vômito estimulando a parte posterior da língua. Porém o vômito nunca deve ser
tentado se:
• a vítima estiver inconsciente;
• nos casos de crise convulsiva;
• tóxico corrosivo ou derivado de petróleo.
k) Em caso de inalação de gases, fumaça ou vapores:
• remova o indivíduo do local contaminado;
• inicie a RCP, se necessário;
• administre oxigênio, se houver um aparelho e você souber usá-lo.
Lembre-se: em todos os casos a vítima deve ser conduzida para avaliação e provável
tratamento médico.
1º Atender
a) vítimas em parada respiratória ou cardiorrespiratória (desde que não decorridos
mais de dez minutos da parada). Em dúvida do tempo de parada: tente ressuscitar
a vítima;
b) vítimas em estado de choque;
c) vítimas em crise convulsivas;
d) vítimas em estado de coma ou inconsciente.
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2ºAtender:
Vítimas com sinais evidentes de intoxicação, mas que ainda estejam conscientes, alertas,
situados no tempo e local e com capacidade de responder perguntas adequadamente.
3º Atender:
a) vítimas conscientes, alertas, com sinais pouco evidentes de intoxicação;
b) morte óbvia. Ex.: um corpo sem sinal de vida, completamente queimado por uma
substância corrosiva.
11 TÉCNICAS DE DESCONTAMINAÇÃO
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• Padrão - Risco Moderado:
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Avançada – Risco Extremo:
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• O Kit é composto de três envelopes nº.01 e três envelopes nº.02, acomodados em uma
caixa própria com suporte para cinto;
• O Kit nº. 01 possui uma pequena saliência em seu envelope na parte superior, a fim
de facilitar a retirada da caixa e evitar confundir com o envelope nº. 02.
SOLUÇÃO FÓRMULA
A 5% de carbonato de sódio+5% de fosfato trisódico. Misturar 1,8Kg de
fosfato trisódico comercial para 37,85 litros de água.
B 10% de hipoclorito de cálcio. Misturar 3,64 Kg para37,85 litros de água.
C 5% de solução de fosfato de trisódico para 37,85 litros de água
D Solução diluída de ácido clorídrico. Misturar 0,4% litros de ácido
clorídrico concentrado em 37,85 litros de água
E Solução concentrada de água e detergente. Misturar até formar uma pasta
e aplicar com uma bucha ou pincel, após enxaguar com água em
abundância.
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✓ Aplicações:
MATERIAIS SOLUÇÃO
Ácidos inorgânicos e resíduos metálicos A
Metais pesados (mercúrio, chumbo, cádmio, etc.) B
Pesticidas, organoclorados e dioxinas B
Cianetos, amoníacos e outros resíduos inorgânicos não ácidos B
Solventes e compostos orgânicos A
Bifenilicos, policlorados A
Resíduos oleosos e graxos não específicos c
Bases inorgânicas, resíduos alcalinos e cáuticos D
Materiais radioativos E
Materiais etológicos A+B
Estação 1
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Estação 2
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DIRETORIA DE SERVIÇOS E SUPORTE JURÍDICO – DS
UNIVERSIDADE INFRAERO – DSUI
OE-SESCINC INFRAERO
MÓDULO 5 – PREVENÇÃO,
SALVAMENTO E COMBATE A
INCÊNDIO EM AEROPORTOS
CIVIS
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
5
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empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia
mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
Carro contraincêndio de aeródromo (CCI) - é o veículo projetado especificamente para
cumprir as missões de resgate, salvamento e combate a incêndio em aeronave.
Carro contraincêndio de aeródromo em linha (CCI em Linha) - é CCI apto a ser utilizado
na resposta ao acionamento do SESCINC.
Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo (CAP-BA): documento
comprobatório da aptidão do bombeiro de aeródromo para o exercício de funções operacionais
do SESCINC.
Certificado de especialização de bombeiro de aeródromo: documento comprobatório da
especialização do bombeiro de aeródromo para o desempenho de funções operacionais
específicas do SESCINC.
Certificado de habilitação de bombeiro de aeródromo: documento comprobatório da
formação do profissional que se destina à execução das funções operacionais do SESCINC.
Chefe de Equipe de Serviço (BA-CE): profissional habilitado para o exercício das funções
operacionais/supervisionais do SESCINC, responsável pelo comando das operações da equipe
de serviço, em especial quando do atendimento a emergências aeroportuárias, estabelecendo as
ações técnicas e táticas necessárias.
Emergência aeronáutica: situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob
condições de perigo latente ou iminente decorrentes de sua operação ou que tenham sofrido
suas consequências.
Emergência aeroportuária: evento ou circunstância, incluindo uma emergência aeronáutica
que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco vidas humanas
em um aeródromo.
Equipe de serviço do SESCINC: conjunto de bombeiros de aeródromo designados para um
determinado turno de trabalho.
Funções operacionais do SESCINC: atividades que se referem, exclusivamente, àquelas
relativas ao desempenho das funções operacionais, operacionais/supervisionais e
operacionais/gerenciais do SESCINC.
Gerente de Seção Contraincêndio é o responsável pela gestão e coordenação dos recursos
humanos e materiais do SESCINC.
Intervenção imediata: procedimento adotado pelo SESCINC para atendimento às aeronaves
na Condição de Socorro, requerendo intervenção imediata no local do acidente aeronáutico.
Operador de aeródromo: toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado o
direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio ou
não, com ou sem fins lucrativos.
Operador de Sistema de Comunicação é o responsável pelas atividades de comunicação e
observação da área de movimento das aeronaves.
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comercial sem autorização prévia e expressa da Gerencia da Universidade da Infraero.
Plano contraincêndio de aeródromo (PCINC): documento que estabelece os procedimentos
operacionais a serem adotados pelo SESCINC para os atendimentos às emergências ocorridas
na sua área de atuação.
Plano de emergência em aeródromo (PLEM): documento que estabelece as
responsabilidades dos órgãos, entidades ou profissionais que possam ser acionados para o
atendimento às emergências ocorridas no aeródromo ou em seu entorno.
Posto avançado de contraincêndio (PACI): seção contraincêndio auxiliar ou satélite,
localizada em um ponto que permita o atendimento ao tempo-resposta.
Seção contraincêndio de aeródromo (SCI): conjunto de dependências e instalações
projetadas para servir de centro administrativo e operacional das atividades do SESCINC.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Traje de Proteção: conjunto de equipamentos de proteção individual apropriados às operações de
resgate e combate a incêndio.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
4.1 Mangueiras
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Do adequado uso das mangueiras dependem não só o sucesso no combate ao fogo
como também a segurança dos homens que operam seus esguichos. Essa razão é suficiente para
que se dispense cuidadoso trato a esse equipamento, antes, durante e depois do uso. Esses
cuidados têm como objetivo mantê-las em perfeitas condições de uso, além de obter desse
material de custo financeiro considerável, o maior tempo de utilização possível.
A pressão hidráulica interna pode romper as mangueiras sujeitas a dobras ou golpes
de aríete, sendo que golpes de aríete são causados pelo fechamento abrupto dos esguichos e
válvulas. A elevação dos lances em linha vertical faz recair o peso da água e das mangueiras
suspensas sobre as que estão no solo; esse inconveniente pode ser contornado pelo uso de
suporte para mangueiras e válvulas de retenção.
A ANAC estabelece que cada CCI deve dispor de dois lances de mangueiras de
combate a incêndio com, no mínimo, 45 metros de comprimento, podendo ser conectadas 30m
+15m com 1 ½ polegada de diâmetro.
As especificações das mangueiras deverão ser compatíveis com a pressão de trabalho
nominal do CCI, as mais utilizadas e recomendadas nos aeroportos são a tipo 4, que suportam
normalmente as pressões de trabalho dos CCI, possuem um revestimento em PVC que além de
proteger de agentes externos, facilitam a lavagem após o uso.
4.2 Acondicionamento
ZIGUE ZAGUE
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ESPIRAL ADUCHADA
Antes que as mangueiras sejam acondicionadas nos compartimentos, deve-se retirar
toda água de seu interior, evitando que sejam guardadas molhadas, o que pode comprometer a
integridade do equipamento. Nos casos em que tenha sido realizado combate com espuma, as
mangueiras devem ser lavadas para a retirada total do agente.
Principais equipamentos que compõem o sistema de extinção com linhas de
mangueiras:
• Derivantes duplos ou triplos;
• Chaves STORZ de 1 ½”, 2 ½” e 4”;
• Mangueiras de 1 ½”, 2 ½”;
• Mangotes de 4”;
• Reduções de 2 ½” para 1 ½”;
• Esguichos; CAC (controle ajustável de carga)
• Válvulas de retenção e peneiras para sucção.
Os CCI, por força de norma do órgão regulador, também são equipados com
mangueiras de 2 ½” para abastecimentos por pressão de hidrantes ou para conectar um CCI ao
outro para transferência de água, além de sua utilização nos ventiladores/exaustores que fazem
parte dos equipamentos de apoio às atividades do SESCINC. Por possuir mangueiras de bitolas
diferentes 1 ½”, 2 ½” e 4”, o CCI possui reduções e chaves para cada tipo de operação.
O CCI dispõe de um sistema secundário de combate com PQ, composto por um ou
dois mangotinhos para expedição. O mangotinho é um tubo semirrígido de borracha com bitola
de 1 polegada e comprimento de 30m, e está conectado ao reservatório de PQ. É reforçado para
resistir a pressões elevadas, em torno de 14 bar, e é dotado de um esguicho tipo pistola próprio.
Seu acionamento (desenrolar) é manual, porém o recolhimento geralmente é feito por um motor
elétrico, por isso sua utilização requer alguns procedimentos:
• Desenrolar o mangotinho despressurizado;
• Aguardar a pressurização do sistema para os acionamentos;
• Direcionar para a base do fogo;
• Comandar jatos intermitentes;
• Realizar movimentos de varredura;
• Realizar a limpeza do sistema;
• Ter em mente que o poder de extinção é decorrente da ação da nuvem de PQ que se
forma geralmente a 3m do esguicho da pistola.
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Linha de combate
É uma linha composta por um ou mais lances de mangueiras que conduzem água direto
da expedição da bomba para o incêndio. Especial atenção deve-se ter na montagem de linhas
diretas com mangueiras de 30m por 1 ½” que pode ser conectada a outra de +15m caso o cenário
do sinistro exija. A pressão de operação é 8 bar.
REUNIR ACELERADO
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ARMAR LINHAS ATENÇÃO CANHÃO
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USAR CANHÃO FRONTAL CORTAR CANHÃO
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FECHAR LINHAS CESSAR OPERAÇÃO
a) Evacuação Recomendada
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b) Parada Recomendada
c) Emergência Contida
Nenhuma evidência externa de condições perigosas ou “tudo livre”.
O Chefe de Equipe de Serviço deverá posicionar a sua equipe à frente do CCI, de onde
dará início à formação da equipe. Esse procedimento padrão é de fundamental importância
para que a equipe compreenda a função que cada BA - Bombeiro de Aeródromo, irá
desempenhar naquela etapa do treinamento.
As atividades de maneabilidade requerem uma motivação adicional. A atitude perante
o trabalho a ser desenvolvido na instrução deve ser vibrante e dinâmica. É requerida uma
postura diferenciada por parte de todos os participantes, quer sejam alunos ou instrutores. Os
comandos bradados e as respectivas respostas a eles devem ser eivados de energia e vivacidade,
tudo com o objetivo de condicionar física e mentalmente a Equipe para o desempenho em
situações reais e mesmo para prepará-las para os exercícios com fogo que serão realizados.
Com a equipe reunida à frente do CCI, caberá ao Chefe de Equipe dar o comando de
ENUNCIAR FUNÇÕES, utilizando o seguinte protocolo:
Tomando-se como base uma equipe composta por 10 bombeiros, seja em um curso de
formação, especialização ou treinamento recorrente para bombeiros de aeródromo, o Chefe de
Equipe deve bradar em voz alta para a equipe seguinte ordem de comando.
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Comando 1: ATENÇÃO EQUIPE, ENUNCIAR FUNÇÕES!
Imediatamente após o comando, o Chefe de Equipe enuncia em voz alta: graduação,
nome de guerra e função (se militar) ou o nome de guerra e função (se civil).
Na sequência, os demais membros da equipe, seguindo a ordem indicada abaixo,
fazem, enumeram: graduação, nome de guerra e função (se militar) ou o nome de guerra e
função (se civil).
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Comando 2: EQUIPE, A POSTOS!
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No comando de armar linhas, o chefe de equipe deve orientar a equipe quanto aos
seguintes aspectos:
• O afastamento que o Bombeiro deve manter da viatura nos deslocamentos
realizados lateralmente ao CCI, como forma de evitar possíveis acidentes durante a
abertura de uma das portas da cabine.
• Realizar o estiramento das mangueiras, sempre que possível, perpendicularmente
ao eixo longitudinal do CCI.
• Ajustar o esguicho da linha para uma vazão entre 230 a 260 litros por minuto.
• Ajustar o jato do esguicho para neblina (100%).
As movimentações dos esguichos devem ser no sentido vertical e de forma cadenciada,
evitando jatos diretos no líquido inflamado.
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Comando 5: ABRIR ROTA DE FUGA!
O comando abrir rota ou corredor de fuga tem a finalidade de formar e preservar a rota
que esteja ou possa vir a ser utilizada para evacuação dos passageiros de uma aeronave durante
uma emergência aeronáutica. É uma das principais ações da Equipe de salvamento em uma
emergência aeronáutica.
Pelo corredor aberto (rota de fuga), a equipe de resgate terá acesso à área quente para
resgatar as vítimas que não conseguirem abandonar a aeronave por meios próprios. Por isso, os
Chefes de Linha devem tomar cuidado quanto a direção dos jatos, evitando atingir os BA-RE
durante o resgate das vítimas.
Considerando a redução da visibilidade em consequência da fumaça, a entrada na
aeronave pela equipe de resgate deve ocorrer pelo lado direito da via de fuga, sendo a saída
coordenada pelo lado contrário. Essa padronização evitará possíveis choques (esbarrões) entre
os BA-RE que estiverem entrando e saindo na área do sinistro pela mesma rota de fuga.
A equipe de resgate deve adentrar à área quente através da rota de fuga utilizando
pranchas rígidas de imobilização, transportadas lateralmente como escudo protetor da cabeça e
tronco contra o calor e as chamas que porventura a ameace.
Durante a retirada de vítimas, o Chefe de Equipe deve permanecer vigilante quanto a
possíveis mudanças na direção e velocidade do vento que possa colocar em risco a passagem
da equipe de resgate pela rota de fuga. Ao perceber tais situações, deve alertar ao BA-LR, que
deve aguardar uma mudança favorável de cenário e reiniciar o resgate de forma segura. Durante
toda a operação de resgate a equipe de combate deve manter a rota de fuga com o uso da espuma
das linhas de mangueira. Ao resgate da última vítima, o BA-LR deverá avisar ao Chefe de
Equipe.
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Comando 6: EQUIPE RECUAR!
Com o objetivo de familiarizar a equipe com esse comando o BA-CE deve, durante o
treinamento, utilizar o comando “Equipe Recuar”, seja utilizando uma situação hipotética ou
real (mudança na direção do vento, falta de água, etc.) que, por questão de segurança da própria
equipe enseje a necessidade de recuo no combate. Destacar que o recuo deve ser feito de forma
ordenada, em bloco (linhas de água e pó), sem perder o foco no incêndio e com o esguicho
aberto com jato neblinado.
A linha de PQ não possui proteção contra o calor, por isso sua atuação deve ser rápida
e eficaz. O mangotinho de pó pela suas características e pressão de trabalho representa um fator
a mais de dificuldade nas manobras de recuo. O Chefe de equipe ao comandar avançar ou recuar
a linha de pó deve destacar que, pelo menos, uma linha de água (com jato neblinado) faça a
proteção dos operadores da linha de PQ.
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Comando 8: LINHA DIREITA SOBREPOR LINHA ESQUERDA! (VICE-VERSA)
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Comando 10: EXTINÇÃO TOTAL!
O comando extinção total deve ser dado quando o fogo já foi devidamente controlado
e apenas alguns pequenos focos de chamas e calor ainda persistem. As linhas devem avançar
sobre a área afetada com jatos neblinados fazendo movimentos de varredura horizontal.
Todos os comandos de: avançar, recuar, avançar, abrir rota de fuga, sobrepor linhas,
resgatar as vítimas, perigo iminente e extinção total, devem ser executados, preferencialmente,
utilizando apenas a quantidade de água existente no CCI em uso.
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BRASIL, ANAC. Res. nº 279 da ANAC, de 10/07/2013 - Estabelece critérios regulatórios
quanto à implantação, operação e manutenção do Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio
em Aeródromos Civis (SESCINC). Alterada pela Res. nº 517, de 14/05/2019.
INTERNATIONAL CIVIL AVIATION ORGANIZATION - ICAO. Doc. 9137-AN/898 –
Parte 1 – Salvamento e Extinção de Incêndio em Aeródromo. 1995.
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DIRETORIA DE SERVIÇOS E SUPORTE JURÍDICO – DS
UNIVERSIDADE INFRAERO – DSUI
OE-SESCINC INFRAERO
MÓDULO 6 – RESGATE E
COMBATE A INCÊNDIO EM
AERONAVES
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
2 TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................................................................. 5
3 SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................ 9
4 TÁTICAS DE RESGATE E COMBATE A INCÊNDIO EM AERONAVES ................ 11
4.1 Aproximação e Abordagem .......................................................................................... 11
4.1.1 A identificação da Área Crítica Prática ................................................................................ 12
4.1.2 Área Crítica Prática: ............................................................................................................. 12
4.1.3 A existência de vítimas no solo que podem ter sido arremessadas da aeronave: ................. 13
4.1.4 As condições do terreno: ...................................................................................................... 13
4.1.5 A direção do vento ............................................................................................................... 14
4.1.6 Exposição a hélices, rotores, ingestão de turbina ou deslocamento de massas de ar e
gases provenientes dos motores (jet): ............................................................................. 14
4.1.7 Exposição ao risco de explosões oriundas do conjunto do trem de pouso. .......................... 14
4.1.8 Evitar atingir a equipe ou CCI eventualmente posicionados em condição oposta: .............. 15
4.1.9 Riscos envolvendo aeronaves de asas rotativas. .................................................................. 15
4.1.10Risco em aeronaves com paraquedas balístico..................................................................... 17
4.1.11Aeronave militar................................................................................................................... 18
4.1.12Interferência Ilícita ............................................................................................................... 19
4.2 Posicionamento de CCI ................................................................................................ 19
4.2.1 Posicionamento de CCI Para Intervenção ............................................................................ 19
4.3 Corte de Motores, APU, Desligamentoe Desconexão de Baterias ............................... 26
4.4 Identificação e prioridade para a seleção de aberturas de acesso de uma
determinada aeronave ................................................................................................... 29
4.4.1 Abertura externa de portas de aeronaves.............................................................................. 30
4.5 Seleção e uso de ferramentas e equipamentos necessários para acesso, por
arrombamento, a uma determinada aeronave ............................................................... 34
4.6 Métodos de aplicação de solução de espuma por canhão e por linha de CCI .............. 35
4.7 Métodos de aplicação de solução de espuma por Linha de Mangueira ........................ 36
4.8 Aplicação de PQ por canhão monitor ........................................................................... 37
4.9 Aplicação por PQ por linhas (mangotinho) .................................................................. 38
4.10 Procedimentos para proteção da fuselagem da exposição ao fogo ............................... 38
4.10.1Preceitos básicos para proteção da fuselagem:..................................................................... 39
4.11 Procedimentos para formação de linhas de proteção e apoio ao resgate ...................... 39
4.12 Procedimentos de ventilação de aeronave .................................................................... 40
4.12.1Aeronave desocupada e fechada: ......................................................................................... 40
4.12.2Aeronave ocupada: ............................................................................................................... 40
4.13 Procedimentos de busca, resgate e salvamento em aeronaves...................................... 42
4.14 Procedimentos de evacuação de emergência ................................................................ 43
4.14.1Responsabilidades durante a evacuação ............................................................................... 44
4.15 Procedimentos para assegurar e manter uma rota de salvamento ................................. 44
5 CRITÉRIOS DE PRESERVAÇÃO DO LOCAL DO ACIDENTE AERONÁUTICO ... 45
5.1 Conservação de indícios para investigação de acidentes .............................................. 46
6 EXERCÍCIOS DE RESGATE E COMBATE A INCÊNDIO EM AERONAVES .......... 48
6.1 Exercício de controle e extinção de incêndio com fogo real em área para
treinamento com fogo, com a aplicação de solução de espuma ................................... 48
6.2 Simulação de estabelecimento de rota de fuga, proteção da fuselagem, penetração
da equipe de resgate de passageiros com a utilização de macas. .................................. 48
7 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 49
INTRODUÇÃO
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
Bombeiro Civil - é aquele que, habilitado nos termos da lei 11.901, de 12.01.2009, exerça em
caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como
empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia
mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
Categoria Contraincêndio do Aeródromo (CAT) – é a representação numérica no nível de
proteção contraincêndio de um aeródromo, o qual varia de 1 a 10, e reflete a proteção contraincêndio
provido pelo SESCINC, considerando existentes e disponíveis, nos valores mínimos, a quantidade
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e regime de descarga de agentes extintores principal e complementar, a quantidade de CCI e os
recursos humanos operacionais.
Carro contraincêndio de aeródromo (CCI): veículo projetado especificamente para cumprir
as missões de prevenção, salvamento e combate a incêndio em emergências aeronáuticas e
outras emergências contempladas no Plano Contraincêndio de Aeródromo (PCINC) e no Plano
de Emergência do Aeródromo (PLEM).
Carro contraincêndio de aeródromo em linha (CCI em Linha): carro contraincêndio
equipado e que esteja operacionalmente disponível e integrado à frota diária de serviço de um
SESCINC.
Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo (CAP-BA): documento
comprobatório da aptidão do bombeiro de aeródromo para o exercício de funções operacionais
do SESCINC.
Certificado de especialização de bombeiro de aeródromo: documento comprobatório da
especialização do bombeiro de aeródromo para o desempenho de funções operacionais
específicas do SESCINC.
Certificado de habilitação de bombeiro de aeródromo: documento comprobatório da
formação do profissional que se destina à execução das funções operacionais do SESCINC.
Condição de socorro – é a condição em que a aeronave se encontra ameaçada por um grave
ou iminente perigo e requer assistência imediata. A condição de socorro também se aplica à
situação de emergência em que o acidente aeronáutico é inevitável ou já está consumado
Condição de urgência - é a condição que envolve a segurança da aeronave ou de alguma pessoa
a bordo, mas que não requer assistência imediata.
Emergência aeronáutica: situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob
condições de perigo latente ou iminente decorrentes de sua operação ou que tenham sofrido
suas consequências.
Emergência aeroportuária: evento ou circunstância, incluindo uma emergência aeronáutica
que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco vidas humanas
em um aeródromo.
Equipagem é o conjunto de bombeiros de aeródromo designados para compor a tripulação de
um CCI e demais veículos do SESCINC.
Equipe de serviço do SESCINC: conjunto de bombeiros de aeródromo designados para um
determinado turno de trabalho.
Especialização de bombeiro de aeródromo: capacitação do bombeiro de aeródromo que se
destina à execução de funções operacionais específicas no SESCINC.
Flashover: fenômeno resultante do calor da combustão que pode aquecer gradualmente todos
os materiais combustíveis presentes no ambiente, fazendo com que eles alcancem,
simultaneamente, seu ponto de ignição, produzindo a queima instantânea e concomitante desses
materiais (dita, ignição súbita generalizada).
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Funções operacionais do SESCINC: atividades que se referem, exclusivamente, àquelas
relativas ao desempenho das funções operacionais, operacionais/supervisionais e
operacionais/gerenciais do SESCINC.
Gerente de seção contraincêndio: profissional habilitado para o exercício das funções
operacionais/gerenciais do SESCINC, responsável pelo gerenciamento da SCI do aeródromo.
Incursão em pista: significa toda ocorrência em aeródromo envolvendo a presença incorreta
de aeronave, veículo ou pessoa na área protegida de uma superfície designada para pouso e
decolagem de aeronaves.
Intervenção imediata: procedimento adotado pelo SESCINC para atendimento às aeronaves
na Condição de Socorro, requerendo intervenção imediata no local do acidente aeronáutico.
Jet blast–Corrente de ar e gases de escapamento que saem em alta velocidade expulsos por
motores a reação e/ou turboélice de aeronaves.
Operador de aeródromo: ou operador aeroportuário significa a pessoa jurídica que tenha
recebido, por órgão competente, a outorga de exploração da infraestrutura aeroportuária.
Operador de sistema de comunicação: profissional responsável pela operação do sistema de
comunicação da SCI.
Plano contraincêndio de aeródromo (PCINC): documento que estabelece os procedimentos
operacionais a serem adotados pelo SESCINC para os atendimentos às emergências ocorridas
na sua área de atuação.
Plano de emergência em aeródromo (PLEM): documento que estabelece as
responsabilidades dos órgãos, entidades ou profissionais que possam ser acionados para o
atendimento às emergências ocorridas no aeródromo ou em seu entorno.
Programa de segurança aeroportuária (PSA): programa veiculado em documento reservado
elaborado pela administração aeroportuária, aprovado pela ANAC, que define
responsabilidades, bem como a coordenação entre os órgãos e entidades envolvidas e as ações
e medidas de segurança a serem adotadas no aeroporto, relacionadas à proteção da aviação civil
contra atos de interferência ilícita.
Posicionamento para intervenção: procedimento adotado pelo SESCINC para atendimento
às aeronaves na condição de urgência ou socorro, requerendo o posicionamento dos CCI para
aguardar a aeronave naquela condição e o acompanhamento da mesma, após o pouso, até a
parada total dos motores.
Posto Avançado de Contraincêndio (PACI): significa a seção contraincêndio satélite,
localizada em um ponto que permita o atendimento ao tempo-resposta.
Posto de Coordenação Móvel (PCM): significa a estrutura com atribuição específica de
estabelecer a coordenação local dos órgãos/organizações e serviços do aeródromo e da
comunidade do entorno relacionados para auxiliar na resposta à emergência.
Nacele - compartimento aerodinâmico com fim primário de alojar os motores.
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Pouso longo - Ocorrência em que o toque no pouso é efetuado em um ponto da pista ou área
de pouso onde a distância restante não é suficiente para a parada da aeronave naquelas
circunstâncias.
Regime de descarga: quantidade mínima de agentes extintores necessários para o controle, em
um minuto, de incêndio em aeronaves que operam em um determinado aeródromo. O regime
de descarga é definido para cada CAT do aeródromo e é expresso em litros por minuto (l/min).
Recursos contraincêndio: são os meios existentes no aeródromo referentes aos agentes
extintores, carros contraincêndio e pessoal habilitado ao desempenho das atividades
operacionais de salvamento e combate a incêndio em aeródromos
Seção contraincêndio de aeródromo (SCI): significa o conjunto de dependências e
instalações projetadas para servir de centro administrativo e operacional das atividades do
SESCINC.
Segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita (AVSEC): combinação de
medidas, de recursos humanos e de materiais destinados a proteger a aviação civil contra atos
de interferência ilícita.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados
Situação de crise: situação que coloca em risco a segurança de pessoas, patrimônio, bens e
instalações relacionadas com a aviação civil ou com a operação de aeroportos e de aeronaves.
Tailstrike:(“Bater com a cauda”) é um evento em que a extremidade traseira de uma aeronave
atinge a pista. Isto pode acontecer durante a decolagem de uma aeronave de asa fixa se o piloto
puxa o manche demasiadamente, fazendo a extremidade traseira da fuselagem entrar em contato
com a pista. Ele também pode ocorrer durante o pouso se o piloto levanta o nariz de forma
muito agressiva, muitas das vezes numa tentativa de pousar o mais perto da cabeceira da pista.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
Existem preceitos básicos de segurança para o posicionamento tático dos CCI em torno
da aeronave, no momento em que realizamos a chamada intervenção imediata no local do
acidente.
Assim, o posicionamento dos CCI para atendimento no local do acidente deve ser
precedido de uma avaliação rápida do cenário da emergência, visando identificar a(s):
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Air France, voo 358, Airbus 340-313, ‘’varou pista’’, Toronto,
2/ago/2005, POB 297, sem fatalidades.
4.1.3 A existência de vítimas no solo que podem ter sido arremessadas da aeronave:
Não somente o BA-MC, mas toda a equipe de serviço deve estar atenta ao risco para
vítimas ao solo no momento da aproximação do CCI. Trata-se de premissa que sempre constou
das orientações para desenvolvimento das ações táticas, pois é inaceitável que os esforços de
salvamento contribuam para a perda de vidas humanas, sendo a segurança da operação um
requisito básico a ser garantido. Esses cuidados devem ser redobrados, caso a operação seja
efetuada em condições noturnas ou de baixa visibilidade.
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Caso a parada da aeronave ocorra na encosta de um morro, por exemplo, a
aproximação do CCI deverá ser realizada pela parte mais alta, com vistas a evitar exposição a
impactos por partes ou componentes que possam se desprender da aeronave, ou mesmo ao
escoamento do combustível derramado.
O posicionamento dos CCI, sempre que possível, deve ser a favor do vento, pois nessa
condição o calor e os gases tóxicos resultantes do incêndio são mais facilmente controlados e
afastados da fuselagem e da própria equipe de bombeiros.
Contudo, trata-se de uma recomendação tática cuja adoção dependerá das
especificidades da ocorrência. Podem ocorrer situações em que a única possibilidade de
intervenção seja posicionando o CCI contra o vento. A equipe de bombeiros deverá ter meios
e conhecimento técnico suficiente para trabalhar, mesmo com esse tipo de adversidade.
Em suma: se possível, atuar a favor do vento; se necessário, atuar mesmo contra o
vento.
O risco de se expor aos efeitos de um jet blast devem ser conhecidos e evitados pelo
BA-MC durante a aproximação no local do acidente ou durante o acompanhamento de uma
aeronave que pousou em emergência. Esse risco também deve ser evitado pelos demais
membros da equipe de serviço atuando nas imediações de aeronaves com motores acionados.
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Ocorre que a altas temperaturas atingidas no incêndio podem gerar o colapso e
rompimento da estrutura dos pneus ou mesmo da liga metálica constituinte das rodas, por efeito
de um resfriamento brusco diferencial resultante da aplicação de agentes extintores.
Os efeitos da projeção explosiva dessas estruturas são mais intensos lateralmente, ou
seja, na direção do ombro e talão do pneu. Por conta disso, recomenda-se nunca fazer uma
aproximação ou posicionamento pela lateral do trem de pouso. Nesses tipos de incêndios, os
CCI ou equipe de serviço devem realizar o controle/combate do incêndio aproximando-se
sempre pela frente ou por trás do conjunto do trem de pouso. Vide ilustração abaixo:
SEMPRE NUNCA
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4.1.10 Risco em aeronaves com paraquedas balístico
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4.1.11 Aeronave militar
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4.1.12 Interferência Ilícita
Caso o tipo de pane indique uma possibilidade de a aeronave sair da pista, as viaturas
podem ser posicionadas mais recuadas, tendo como parâmetro o previsto no PCINC do
aeródromo.
Não é recomendado que as viaturas fiquem posicionadas em local não pavimentado,
pois detritos podem ser carreados pelos pneus para a pista e, em tempo de chuva, poderá o CCI
ter reduzida sua mobilidade/tração.
Ressaltamos que o posicionamento para aguardar o pouso da aeronave não deve ser
ÚNICO. O BA-CE deve, como base o PCINC do aeródromo, avaliar o tipo de aeronave, tipo
de pane, quantidade e tipo de viaturas disponíveis, quantidade de locais para posicionamento
existentes e a cabeceira a ser utilizada para o pouso da aeronave em emergência. Dessa forma
definir o melhor posicionamento dos CCI em linha, bem como os demais carros de apoio que
atendem à emergência.
Após o pouso, o acompanhamento à aeronave pode ser dispensado pelo piloto em
comando, desde que explicitamente solicitado ao SESCINC por meio do órgão responsável
pelo controle de tráfego aéreo.
A seguir, apresentaremos algumas considerações sobre posicionamento de CCI em
determinados tipos de panes:
Pane Hidráulica
Ocorrência em que há perda total ou parcial de pressão hidráulica, quer seja pela perda
de fluido hidráulico ou por falha nos sistemas de bombeamento, a qual impossibilita a
alimentação de importantes sistemas de controle da aeronave.
• Pane de flapes
Uma pane hidráulica que interfira no correto acionamento dos flapes poderá resultar
em pouso com velocidade acima do previsto, por impossibilitar a redução da velocidade da
aeronave em voo, no conhecido processo em que o comandante troca velocidade por maior
sustentação, acionando os flapes e reduzindo drasticamente a potência dos motores.
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Assim, a aeronave efetuará uma aproximação para pouso com velocidade acima do
previsto, com tendência de utilizar toda a pista disponível no processo de frenagem e parada.
Nessa condição, a evolução do voo pode resultar nas seguintes possibilidades:
✓ superaquecimento de freios com risco de incêndio no conjunto de trens de pouso;
✓ pouso longo, com risco de ultrapassar o limite longitudinal na pista de pouso, ou
seja, parar além da cabeceira.
Concluímos que o posicionamento dos CCI em caso de pane hidráulica (pouso sem
flapes) deve considerar que a maior probabilidade é de que a aeronave utilize toda a pista
durante o pouso, ou seja, deve ser garantido que pelo menos um CCI seja posicionado nas
proximidades da cabeceira de pista contrária a utilizada para pouso da aeronave em emergência.
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Posicionar os CCI de forma a proteger o ponto de toque e a parte central da pista, a
depender da quantidade de veículos disponíveis.
• Pane de motor do lado esquerdo: tendência de guinada para o lado direito, por conta
do efeito do reverso, se acionado no motor que está operando normalmente;
Nesse caso, recomenda-se posicionar os CCI no lado mais seguro da pista, evitando
exposição ao risco de colisão com a aeronave, aumentando a distância em relação ao eixo da
pista, se preciso.
Posicionar os CCI de forma a proteger o ponto de toque e a parte central da pista, a
depender da quantidade de veículos disponíveis.
• Pane de reverso: Os reversores são componente anexos ao motor com a função de
auxiliar os sistemas de freio da aeronave. Nos motores a reação, isso ocorre
invertendo o fluxo de ar do fan ou redirecionando os gases de escape para frente,
gerando arrasto.
Nos motores turbo-hélice, esse reverso é obtido através da mudança de passo da hélice,
redirecionando a tração.
• A pane no reversor poderá ocasionar uma rolagem longa, com probabilidade de
ultrapassar a cabeceira de pista ou gerar a guinada da aeronave para o lado do
reverso operante, caso haja o acionamento desse recurso.
Pane elétrica
O sistema elétrico é responsável pela alimentação e acionamento de vários
componentes da aeronave: bombas elétricas de combustível; bombas hidráulicas; iluminação;
comunicação rádio e sistemas eletrônicos de navegação. A aeronavegabilidade da aeronave
pode ser prejudicada de forma grave.
• pane de comunicação: probabilidade da aeronave se aproximar do aeródromo sem
autorização e realizar incursão de pista e/ou ocultar outras panes. As aeronaves de
pequeno porte utilizam o procedimento de sinalizar com movimentos longitudinais
(balançando a asa) informando a TWR pane de rádio;
• pane de desorientação: dificuldade de navegação, principalmente em condição de
voo noturno ou com baixa visibilidade, por inoperância dos equipamentos dos
sistemas de auxílio eletrônicos de aproximação e pouso da cabine.
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Nesse caso, recomenda-se posicionar os CCI no lado mais seguro da pista, evitando
exposição ao risco de colisão com a aeronave, aumentando a distância em relação ao eixo da
pista, se preciso.
Posicionar os CCI de forma a proteger o ponto de toque e a parte central e o final da
pista, a depender da quantidade de veículos disponíveis.
Pane seca
A legislação vigente no País preconiza que uma aeronave deve decolar com
combustível suficiente para chegar ao aeroporto de destino ou, em caso de interdição ou
impraticabilidade do aeródromo, seguir para o aeroporto de alternativa, com capacidade para
se manter voando por até 45 minutos, ou conforme o tipo e performance da aeronave em causa,
tais como: turbo-hélice, turbo-fan, etc, tudo com base nas regras de tráfego aéreo vigentes.
Falhas nos procedimentos de cálculo para reabastecimento ou vazamentos podem
gerar as chamadas “panes secas”, com implicações graves para a manutenção do voo.
Possíveis consequências de panes secas:
• pouso curto: devido a falta do auxílio dos motores;
• pouso longo: devido à aproximação ser feita em um padrão de altitude elevada, há
possibilidade de perder o ponto de toque e ultrapassar os limites da pista.
Nesses casos, recomenda-se posicionar os CCI de forma a proteger principalmente o
ponto de toque e a parte final da pista, a depender da quantidade de veículos disponíveis.
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As aeronaves de asas rotativas possuem uma peculiaridade que aumenta os riscos
durante o posicionamento para atendimento de uma emergência: sua operação envolve grande
acúmulo de energia cinética, com a possibilidade de projeção de destroços resultantes do
impacto dos rotores com obstáculos ou com o solo na área de pouso.
Assim, o posicionamento dos CCI em atendimento a emergências com helicópteros
deve guardar distância de segurança maior que aquela observada para os casos de panes em
aeronaves de asa fixa, pois há grande risco de projeção de destroços.
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A aeronave apresenta tendência de girar no sentido horário perdendo os comandos de
cabine. Nesse caso, por conta do efeito do rotor de cauda a cabine será induzida a girar, também
impossibilitando o controle da proa em linha reta.
Nessa condição, o comandante da aeronave tentará realizar o chamado pouso corrido,
movimento em forma de mergulho, com nariz do helicóptero direcionado para baixo, numa
busca de equilibrar a aeronave obtendo escoamento de ar no seu estabilizador vertical.
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MANETES DE POTÊNCIA VÁLVULAS DE
COMBUSTÍVEL
Procedimento em que o bombeiro realiza uma manobra nos comandos do sistema fixo
de extinção da aeronave. Esse comando normalmente se faz puxando um punho de
acionamento(ex.: Boeing 737, Embraer 190), resultando no corte da alimentação de
combustível, elétrico, pneumático e hidráulico do respectivo motor. Há aeronaves com
acionamento através de botoeira, como é o caso das aeronaves Airbus.
Nesse momento, ainda não foi acionado o agente extintor, mas há grande possibilidade
de extinção.
• Corte de APU:
Inicialmente, precisamos considerar o que segue:
✓ Algumas aeronaves não possuem APU;
✓ Todas as aeronaves que possuem APU são dotadas de um sistema fixo de
extinção de incêndio na cabine de comando;
✓ Existem aeronaves com APU que também dispõem de um dispositivo de corte
e/ou sistema fixo de extinção que pode ser acionado externamente, ou seja, fora
da aeronave.
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BOTOEIRA EXTERNA DE CORTE E DISPOSITIVO EXTERNO DE CORTE E DISPOSITIVO EXTERNO DE
EXTINÇÃO PARA O APU DO A-320. EXTINÇÃO PARA O APU DO BOEING 737. CORTE DO APU DO E-190.
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4.4 Identificação e prioridade para a seleção de aberturas de acesso de uma determinada
aeronave
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As cabines de comando são dotadas
de janelas de emergência para fuga da
tripulação. Cordas também estão
disponíveis para a descida.
BOEING 737(todas as
versões)
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EMBRAER(170;175;190 e
195)
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Aeronaves Airbus possuem dispositivos de
alerta luminoso na escotilha das portas
advertindo de possíveis pressões residuais na
cabine.
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4.5 Seleção e uso de ferramentas e equipamentos necessários para acesso, por
arrombamento, a uma determinada aeronave
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Martelete portátil – para perfuração e corte de estruturas.
b) Outras ferramentas:
✓ Ferramentas manuais, incluindo cisalhas para cortar cabos, chaves de fenda
de tamanhos e modelos apropriados, alavancas, martelos, machados e
talhadeiras;
✓ Meios de iluminação, alimentados preferencialmente por um gerador
autônomo;
✓ Macacos hidráulicos, munidos de acessórios adequados, que possibilitem
flexibilidade de utilização na aplicação dos esforços sobre as estruturas;
✓ Equipamentos de proteção respiratória e máscaras contra gases;
✓ Estojo de primeiro socorros;
✓ Mantas aluminizadas e macas; e
✓ Megafone transistorizado portátil e equipamentos de comunicação portátil,
para comunicação com as equipes que se encontrem dentro e fora da
aeronave.
4.6 Métodos de aplicação de solução de espuma por canhão e por linha de CCI
O emprego do canhão monitor de teto tem precedência sobre o uso das outras
expedições do CCI, sendo utilizado para controle inicial do incêndio e proteção imediata da
fuselagem.
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A tendência no desenvolvimento dos equipamentos de salvamento e combate a
incêndio é de que os canhões monitores de CCI tenham grande capacidade de lançamento de
espuma, de forma a atuar em incêndios em grandes aeronaves.
Nesse sentido, os operadores devem ser treinados de forma a evitar desperdícios de
agente extintor no que se refere ao direcionamento do jato; escolher o momento certo para
alternar de jato compacto para jato neblinado, assim como evitar atingir e machucar ocupantes
ou outras pessoas envolvidas na operação.
Princípios básicos:
✓ os operadores devem ser treinados de forma a conseguirem operar os canhões e
lançar a espuma, mesmo com os CCI em movimento (baixa velocidade);
✓ lançar um lençol visível de espuma sobre a área incendiada, principalmente
protegendo a Área Crítica Prática;
✓ os jatos do canhão devem ser direcionados ao longo da fuselagem, do nariz para a
cauda da aeronave e vice versa;
✓ renovar a aplicação de espuma sempre que necessário, eliminando os vapores
inflamáveis;
✓ os operadores do canhão devem concentrar-se na área crítica prática, e usá-lo até a
distância que esteja sendo efetiva;
✓ ao utilizar o canhão, o operador deverá ter o cuidado para não deslocar o
combustível inflamado para áreas onde existam vítimas nas proximidades da
fuselagem, evitando dessa forma, jatos compactos diretos sobre o líquido
inflamado.
A aproximação e início de aplicação deve ser com jato neblinado aberto, reduzindo
suavemente para 30°. Utilizar as variações de jato e vazão do esguicho, conforme necessidade
de alcance dos focos de incêndio.
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As linhas devem atacar o incêndio de uma mesma direção, atentando para o risco de
eventualmente atingir ou direcionar as chamas, vapor de combustível ou gases tóxicos para a
equipe trabalhando em outro flanco da fuselagem. O número de linhas a serem armadas
dependerá de fatores como:
✓ quantidade de bombeiros;
✓ quantidade de equipamentos; e
✓ quantidade de agente extintor.
Considerações Básicas:
✓ A aplicação de PQ por canhão monitor é secundária, alternativa ou complementar
à atuação com espuma;
✓ Possui grande capacidade de redução imediata do calor e intensidade de chamas,
mas também pode ser imediata a reignição, pois não é eficaz no resfriamento ou
extinção;
✓ Diminui a visibilidade no cenário do acidente, o que pode gerar outros riscos.
✓ O melhor efeito do PQ sobre o incêndio é resultado da ação da nuvem de pó
químico sobre as chamas. Essa nuvem só existe 5m após o esguicho do canhão;
✓ Uma aplicação eficiente de PQ é aquela que busca atingir as chamas resultantes do
incêndio, pois sua ação principal ocorre na redução da reação em cadeia;
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✓ Sugere-se buscar efetividade, resfriando as superfícies aquecidas com
água/espuma;
✓ Não é recomendável a aplicação de PQ e água/espuma simultaneamente pelo
mesmo canhão, dada a perda de eficiência e desperdício de agente extintor;
✓ Os sistemas dos CCI já inibem essa operação simultânea, sendo recomendado
manter sempre selecionada a expedição de água/espuma, prioritariamente.
Considerações Básicas:
✓ É recomendado o uso de linhas de PQ nos casos em que há limitações ao
uso/alcance da espuma, em espaços de difícil acesso ou enclausurados. Ex.:
compartimentos de carga;
✓ Apesar de sua capacidade de redução imediata das chamas e do calor emanado da
combustão, não é efetivo em termos de resfriamento das superfícies aquecidas,
podem resultar reignição.
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• Deve ser evitado que uma linha de espuma interfira na camada de espuma aplicada
por outra linha;
• O avanço e operação com linhas requer movimentos rápidos em forma de varredura,
eliminando os vapores emanados, resfriando superfícies aquecidas.
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Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
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Boeing 767 da Dynamic Airways, voo 405 – Fogo no motor durante o taxi para decolagem
no Fort Lauderdale-Hollywood International Airport, em 29/10/2015.
Evacuação de um Boeing 767 da Dynamic Airways, voo 405 – Fogo no motor durante o taxi para decolagem no Fort
Lauderdale-Hollywood International Airport, em 29/10/2015.
• Tripulação
• Equipe do SESCINC
✓ Auxiliar a tripulação no que for possível;
✓ Sinalizar quanto a: evacuação imediata, parada recomendada da evacuação e
emergência contida, quando necessário;
✓ Realizar uma avaliação das partes externas da aeronave e comunicar à
tripulação;
✓ Resfriamento da fuselagem para garantir a sobrevivência dos passageiros no
interior da aeronave;
✓ Combate ao incêndio e proteção de toda área externa;
✓ Assistência à tripulação, para que os equipamentos de evacuação e de
emergência de bordo sejam utilizados. Por exemplo: escorregadeiras, escadas,
etc;
✓ Provisão de iluminação, quando isso puder acelerar a evacuação;
✓ Agrupamento dos passageiros em uma área segura;
✓ Início de procedimento de ventilação do interior da aeronaves;
✓ Acessar o interior da aeronave para remoção dos passageiros que não
conseguiram abandonar a aeronaves com meios próprios.
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O posicionamento das linhas de espuma é fundamental para o alcance dos objetivos
principais do salvamento, quais sejam: isolar e resfriar a fuselagem, além de salvaguardar as
vias de fuga.
A equipe operando com linhas de mangueira deve desviar o calor e as chamas da
fuselagem, enquanto se processa a evacuação e o salvamento.
Recomenda-se, ainda, manter um bombeiro a postos, munido com uma linha armada,
esguicho preparado para jato neblinado, mesmo após a total extinção das chamas, enquanto
durar a evacuação da aeronave.
• Aeronave acidentada em águas vizinhas
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Nesse sentido, a preservação de indícios no local do acidente é tarefa tão importante
quanto outras desenvolvidas pela equipe do SESCINC, que via de regra é a primeira a ter
contato com a aeronave e/ou destroços, principalmente nos acidentes ocorridos dentro da área
do aeroporto.
Assim, as equipes dos SESCINC devem receber orientações de forma que sejam
preservadas as provas e evidências presentes no cenário de um acidente aeronáutico, exceto nos
casos em que o salvamento de vidas humanas exige alterações do cenário encontrado. Nesse
caso, as equipes devem fazer constar em relatório específico quaisquer alterações e/ou
manobras realizadas em partes ou sistemas da aeronave acidentada, sempre que possível,
retornando-os à condição em que foram encontrados.
Essa conduta de preservação de “informações’’ pelos bombeiros envolvidos nas
operações de salvamento se torna uma atividade fundamental no processo de prevenção e
investigação de acidentes aeronáuticos.
Após as operações de salvamento e combate a incêndio, a investigação do acidente
aeronáutico é tarefa crucial para elucidar os fatores que contribuíram para o acidente, numa
busca constante de prevenir que outros acidentes ocorram.
Sempre que possível, os restos da aeronave não devem ser tocados e/ou movimentados,
até a chegada da autoridade responsável pela investigação do acidente. Não obstante, quando
for absolutamente necessário para as atividades de salvamento e extinção, podemos trasladar
ou mover componentes da aeronave, procurando alterar ao mínimo o cenário e o estado do
conjunto.
Em muitos casos, a remoção prematura dos cadáveres tem impedido sua identificação
e destruído a evidência patológica requerida pelo médico da Comissão de Investigação de
Acidentes Aeronáuticos (CIAA) ou da autoridade policial.
Sempre que possível, ao retirar as vítimas da aeronave acidentada, tentar identificar a
posição ou número do assento que ocupavam, principalmente quanto a tripulação;
Se as circunstâncias permitirem, deve-se fotografar o local do acidente antes de retirar
os corpos das vítimas fatais;
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Como regra geral e na medida do possível, as equipes do SESCINC devem procurar
observar e não modificar a posição ou estado em que se encontram, no momento do acidente,
os seguintes itens:
✓ Instrumentos do avião;
✓ Posição dos controles na cabine;
✓ Ajuste do piloto automático;
✓ Ajuste dos rádios;
✓ Posição das seletoras de combustível;
✓ Posição dos interruptores;
✓ Posição dos suportes dos flapes;
✓ Posição dos suportes do trem de pouso;
✓ Posição dos controles de superfície;
✓ Posição dos controles de compensadores;
✓ Rupturas ou dobramentos suspeitos;
✓ Pás de hélices mostrando a posição do passo;
✓ Marcas de impacto no solo;
✓ Localização de vítimas fatais;
✓ Assentos e cintos de segurança;
✓ Danos causados pelo fogo, etc.
✓ Localização e preservação de gravadores de voo(Caixas pretas).
Gravador de voo (caixa preta)
É um termo amplamente utilizado para designar os equipamentos que registram as
últimas informações dos instrumentos de bordo e conversações ocorridas antes de um acidente.
São gravadores protegidos por material resistente às chamas e impacto, normalmente
pintados na cor laranja, identificados como:
CVR – Cockpit Voice Recorder (Gravador de voz);
FDR – Flight Data Recorder (Gravador de dados do voo).
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Caso tais dispositivos sejam localizados pelas equipes do SESCINC, devem ser
entregues tão somente à autoridade da aeronáutica, devendo ser garantida sua preservação e a
localização devidamente informada.
6.1 Exercício de controle e extinção de incêndio com fogo real em área para treinamento
com fogo, com a aplicação de solução de espuma
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7 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
Airport Services Manual, Part 7, Airport Emergency Planning.2. Ed. Montreal: International
Civil Aviation Organization ICAO, 1991.
International Fire Service Training Association. Aircraft Rescue and Fire Fighting. 3th. ed.
Stillwater: Oklahoma State University, 1992.
Aircraft Rescue and Fire Fighting. 4th. ed. Stillwater: Oklahoma State University, 2001.
NFPA 422: Guide for aircraft accident response. Ed. National Fire Protection Association,
1999.
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