Volume 22 Número 12

Fechamento Autorizado.

PERIÓDICO DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA Pode ser aberto pelos Correios

Aero Agricola Rondon

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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 3

Keep Turning… Nesta Edição
Edição em português | Volume 22, Número 12
PERIÓDICO DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA

Nesta Edição...
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475 Myrtle Field Rd. • Perry, GA 31069 USA
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08 Aero Agricola Rondon - Uma Diversidade de Aviões
AgAir Update is a Marsayl Media Publication
14 Quase 1.000 Pilotos Agrícolas Graduados
25 Zanoni Equipamentos Participa de Ciclo de Clínicas de
Aeronaves no Estado do Mato Grosso EDITOR:
Graham Lavender - graham@marsaylmedia.com
26 A Importância do Planejamento Para Obtenção da Margem CONSULTOR:
de Lucro Bill Lavender - bill@marsaylmedia.com
ADMINISTRAÇÃO:
Casey L. Armstrong - casey@marsaylmedia.com
PUBLICIDADE:
Gina Hickmann - gina@agairupdate.com
Ivan Parra - ivan@agairupdate.com
Ernie Eggler - ernie@marsaylmedia.com
Melanie Woodley - melanie@marsaylmedia.com
PRODUÇÃO:
Deborah Freeman - deborah@marsaylmedia.com
CIRCULAÇÃO:
Mary Jane Virden - maryjane@marsaylmedia.com
subs@agairupdate.com

AUTORES CONTRIBUINTES:
Robert Craymer - robertc@covingtonaircraft.com
Rafael Correa da Costa -
contato@agroflysistemas.com.br

SINDAG...
Michelle Miller - michelle@thefarmbabe.com
Gleice Silva - comercial@prev-one.com.br

REPRESENTANTES SUL AMERICANOS:

18 Sindag Pede que Senado Agilize Nomeação Gina Hickmann - gina@agairupdate.com

Técnica Para a Anac Ernesto Franzen - ernesto@agairupdate.com

Marcia Specht - marcia.specht@gmail.com
Ivan Parra - ivan@agairupdate.com
20 Sindag Pede Fiscalização Contra Operadores Clandestinos Noelia Burgeus - noeliburgues@gmail.com
Pat Kornegay - pat@svatx.com
22 Academia de Tecnologia já Soma 600 Alunos Formados
Direitos Autoriais 2021 AgAir Update
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para AgAir Update. Nenhuma parte desta
publicação pode ser reproduzida, em parte
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Colunas e seções mensais escrito do editor. O editorial publicado não
necessariamente reflete as opiniões do editor.

06 Papo de Cabine | Bill Lavender Acredita-se que o conteúdo dentro do AgAir

Update seja verdadeiro e preciso e a editora
não assume responsabilidade por quaisquer
07 Está por Acontecer erros ou omissões. Editoriais manuscritos
não solicitados e fotos são bem-vindos e
16 Conselhos do Craymer | Robert Craymer incentivados. Nós não somos responsáveis por
algum retorno a menos que os registros sejam
acompanhados de um envelope selado e auto
30 Low and Slow - “Baixo e Devagar” | Mabry Anderson endereçado. O prazo da publicidade é às 12
horas, no 1 º dia do mês anterior ao da sua
34 Papo de Gestão | Rafael Correa da Costa publicação.

36 Difundindo Fatos | Michelle Miller

38 De Operado Para Operador | Marcos Antonio Camargo
42 Livre para Voar | Gleice Silva

Na capa e nesta página: Um panorama da sede da Aero Agricola Rondon em Tangará da Serra,
Mato Grosso. O AT-504 da Aero Agricola Rondon faz um lançamento de demonstração.
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Piloto agrícola. Poucos trabalhos são tão exigentes ou essenciais. Áreas desafiadoras.
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 5

 PAPO DE CABINE
Bill Lavender bill@agairupdate.com
Treinado e Condicionado
Há dois fatores significativos ao se
considerar o nível de experiência de
um piloto agrícola. Há o piloto agrícola
“treinado” e há o “condicionado”. Por óbvio,
o piloto agrícola treinado é aquele que
completou alguma forma de treinamento.
Este pode ser um curso de uma escola
estabelecida, ou ele pode ter sido treinado
pelo proprietário ou operador de uma
empresa aeroagrícola (nos EUA isso é
possível). Já o piloto condicionado é aquele
que formou sua base de conhecimento
para voar agrícola através da experiência,
além de possivelmente treinamento. Isso
simplesmente significa que ele atingiu
um nível maior de proficiência através da
experiência.
O que isso significa? Como esta diferença
afeta a habilidade de um piloto agrícola?
Ter feito o melhor curso do mundo não
quer dizer que o aluno realmente entendeu
o assunto. Além disso, o aprendizado real
ocorre no mundo real. Assim sendo, o
piloto condicionado teve seu aprendizado
no mundo real e possivelmente, em
treinamento também. Ele se condicionou a
si mesmo (lembram do mês passado, horas
versus safras?)
O piloto condicionado não é
necessariamente o melhor piloto. Na
verdade, ele pode se condicionar com maus
hábitos de voo. Por exemplo, é preciso ser
um piloto muito bom para fazer um “balão”
estilo “hammerhead”. Há vários pilotos
agrícolas que fazem este tipo de balão o dia
todo, dia após dia, ano após ano. Isso não
quer dizer que eles não estejam forçando
a barra desnecessariamente, porque estão.
Eles podem ser mais produtivos do que o
piloto do “balão” padrão e seguro. Mas as
6 | agairupdate.com | Português
chances deles chegarem vivos ao final de
suas carreiras como pilotos agrícolas são
exponencialmente menores.
Se é a hora de se avaliar um piloto agrícola,
há vários itens a serem considerados.
Ele recém começou a voar agrícola?
Então não se pode esperar que ele esteja
condicionado. Ele é um piloto veterano com
hábitos condicionados? Neste caso, estes
hábitos são bons para todos os envolvidos?
Da próxima vez que você refletir sobre a
habilidade de um piloto agrícola, pergunte
a si mesmo: ele é condicionado? Como ele
foi condicionado? Todos os pilotos treinados
deveriam se esforçar para atingir um alto
nível de condicionamento. E mais, esse
nível deveria refletir bons hábitos de voo.
Um piloto condicionado precisa de outra
avaliação completamente diferente. Todos
nós já ouvimos dizer que “cachorro velho
não aprende truque novo”. Quando um
piloto atingiu o nível de expertise por ter
sido apropriadamente condicionado, ele se
torna um piloto muito melhor, com hábitos
de pilotagem bons e seguros. Alguns
poderão discordar dessa afirmação. Seria
uma discussão sem sentido. A profissão
de voar baixo e carregado separa de
forma implacável os pilotos devidamente
condicionados daqueles que foram
treinados mas ainda não se condicionaram,
e principalmente, dos que se condicionaram
a correr riscos.
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 7

Aero Agricola Rondon
Uma Diversidade de Aviões
por Bill Lavender
Depois que um ano se passou desde minha
última visita ao Brasil, devido à pandemia
de Covid e ao infeliz acidente vascular
cerebral que tive em março de 2021,
finalmente pude voltar. A pandemia de
Covid já dura quase dois anos e parece que
quer continuar. É realmente um desafio
quando se viaja internacionalmente. No
entanto, meu derrame induzido pela artéria
carótida representou os maiores desafios
para mim. Felizmente, tenho a maioria das
funções do meu corpo de volta, mas foi
uma longa jornada.
Para minha primeira viagem neste ano,
Gina Hickmann, representante da AgAir
Update Brasil, organizou algumas visitas
no Mato Grosso. Uma dessas visitas foi na
Aero Agricola Rondon, sediada em Tangará
da Serra. Os irmãos Danilo e Deomar Iper
de Lima, junto com a família e amigos,
deram as boas-vindas a mim e a Gina
oferecendo diferentes espécies de peixe do
rio e um churrasco no almoço.
O pai de Danilo e Deomar, Gastão Lourenço
de Lima, fundou a Aero Agricola Rondon
em 1994. Gastão começou sua carreira de
aviador em um Cessna C-185 SkyWagon,
em busca de ouro na Floresta Amazônica
no norte do Mato Grosso. Depois de um
tempo, Gastão deixou o garimpo e mudou-
8 | agairupdate.com | Português
se para o sudoeste do Mato Grosso. Sendo
um empresário visionário, ele identificou
a necessidade de aplicações aéreas nas
lavouras da região, dada a grande expansão
do setor agrícola, e iniciou uma empresa
aeroagrícola com um Ipanema EMB-201.
Gastão faleceu em 2004 e os irmãos
continuaram com o negócio com o legado
deixado pelo pai, sempre com o mesmo
objetivo: atender às várias demandas
exigidas no mercado da aviação agrícola
com qualidade e excelência.
Hoje, a Aero Agricola Rondon opera 10
aviões agrícolas: cinco Ipanemas e cinco
Air Tractors. A frota de aeronaves consiste
em um EMB-203, quatro EMB-202,
um AT-802, um AT-504, dois AT-502 e
um AT-402. A diversidade de marcas e
modelos de aeronaves ajuda a empresa
a atender a todas as necessidades de
aplicações aéreas, sendo elas: aplicações
de inseticidas, fungicidas, adubação foliar,
herbicidas e semeaduras.
Sob a gestão do saudoso comandante
Gastão, a Rondon Aviação iniciou no
ano de 2000 seu primeiro trabalho em
combate aéreo a incêndios com o Air
Tractor 402, através do Governo Federal,
sendo uma das empresas pioneiras nesse
tipo de serviço.
Esquerda: Um Ipanema EMB-203, pronto para a próxima safra na Aero Agricola Rondon. A época de pulverização em Tangará da Serra começa
em novembro.
Direita: Na instalação de mistura de calda, a Aero Agricola Rondon possui uma ampla seleção de equipamentos de pulverização para suas 10
aeronaves agrícolas; Atomizadores rotativos Micronair, Microspin e Travicar, bem como bicos de pulverização da CP Products CP11TT E CP03 e
difusores de granulados Swathmaster da marca Stol.

Os aviões operam a partir de três bases: Tangará

da Serra e Campos de Júlio, no Mato Grosso, e Rio
Brilhante, no Mato Grosso do Sul. A partir destas três
bases, a Aero Agricola Rondon trata soja, algodão,
milho, cana-de-açúcar, pasto e eucalipto. O algodão e
a cana-de-açúcar são as principais culturas tratadas,
com a pastagem sendo a terceira em importância. A
safra começa em novembro e vai até abril. De julho
a outubro, os cinco Air Tractors são todos designados
como aeronaves de combate a incêndios. A maior
parte do combate aéreo a incêndios é feita com o
AT-802, o AT-504 e o AT-502B em contratos com o
governo. O AT-402 é utilizado no Mato Grosso para
combate a incêndios em fazendas, em contratos com
particulares.

Todos os aviões da Aero Agricola Rondon são

equipados com bicos Transland CP ou atomizadores
rotativos. Três marcas diferentes de atomizadores
são usadas, dependendo
​​ dos requisitos do trabalho:
Micronair, Microspin e Travicar. Dos dez aviões, dois
usam GPS Satloc M3, três usam GPS Satloc Bantam e (E-D) Os irmãos Danilo e Deomar Iper de Lima, proprietários e
cinco usam GPS AgNav Gold. operadores da Aero Agricola Rondon, posam ao lado do AT-802 da
empresa em Tangará da Serra.
O AT-504 utiliza a nova comporta de combate à
incêndio hidráulica Zanoni. O piloto da Aero Agricola

Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 9

O simpático pessoal da Aero Agricola Rondon, que agraciaram com peixes especiais de rio e churrasco o editor da AgAir Update Brasil, Bill
Lavender, e a representante Gina Hickmann na sede da Aero Agricola Rondon em Tangará da Serra, Mato Grosso. Da esquerda para a direita,
Vilmar Pereira de Souza, piloto que voa com a empresa há 26 anos. Luan Henrique da Cunha Lima, filho de Deomar, atua como coordenador e
administrador da empresa. Ele também é um piloto privado; Laura Vitória da Cunha Lima, trabalha no setor administrativo e é filha de Deomar;
Deomar Iper de Lima com a esposa Cristiane da Cunha Lima; Danilo Iper de Lima com a esposa Ivete Sanchez; Gabriel Vitor Marques de Lima,
filho de Danilo, é engenheiro agrônomo da empresa e também piloto privado. Ivandro Luis Formighieri, piloto que voa com a Aero Agricola Rondon
há 25 anos. Ele também treina os pilotos de Ipanema da empresa para voar em seus Air Tractors.

Rondon, Ivandro Luis Formighieri fez os primeiros

lançamentos de teste com esta comporta e está
muito satisfeito com seu desempenho. Ivandro diz
que uma grande vantagem da comporta Zanoni é
que nenhuma modificação é necessária ao se trocar
de combate a incêndio para pulverização aérea ou
vice-versa. Os AT-502 usam a comporta de incêndio
Zanoni mecânica.

Em 27 anos, a Aero Agricola Rondon cresceu de

um começo humilde, com Gastão Lourenço de Lima
voando e operando um único Ipanema, para uma
impressionante frota aeroagrícola de 10 aviões. Sob
a liderança de Danilo e Deomar, a empresa integrou
com sucesso duas aeronaves muito diferentes,
o Ipanema e o Air Tractor. Eles expandiram as
operações de uma pista principal em Tangará da
Serra para uma em Campos de Júlio, MT e outra (E-D) Luan Henrique da Cunha Lima e Gabriel Vitor Marques de Lima,
em Rio Brilhante, MS. Com o tipo de liderança que filhos dos proprietários Danilo e Deomar Lima, na área de depósito de
Danilo e Deomar têm demonstrado, só poderá haver equipamentos de aplicação e Pátio de descontaminação das aeronaves
mais sucesso no futuro. da Aero Agrícola Rondon. Luan é o coordenador e administrador da
empresa. Gabriel é o engenheiro agrônomo da empresa.

10 | agairupdate.com | Português
Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 11
Foto da turma XCV (95) de 2021. Na foto da esquerda para a direita: Maycon Moura Fernandes Barros De Oliveira,Moacir Ferreira Pinto Neto,Bruno
Lopes Da Silva,Josean Donelardy Lopes,Edivaldo Nobre Reis, Otavio Freo, Junior Jean Petterman, Eduardo De Franceschi Schuh, Mauricio Brião
Conze (Instrutor), Maikel Miotto (Instrutor E Coordenador), Diego Tel Stedile (No Avião Instrutor), Laudelino Bernardi ( Diretor), Juliana Da Silva
Voelcker, Roger Hideo Tsutsume, Santiago Lopes Pacheco, Rodrigo Gomes Vieira, Silecio Jacob Mallmann Junior, Andre Andreo Perez, Thiago
Rodrigues De Oliveira, Nean Carlos Bertollo

Aero Agrícola Santos Dumont –

Quase 1.000 Pilotos Agrícolas Graduados
Cmte Laudelino
Bernardi com sua
primeira piloto agrícola
formada na AASD,
Rochele Teixeira, a
recém formada nova
piloto agrícola Juliana
da Silva Voelcker
e Gina Hickmann ,
representante brasileira
da AgAir Update.
No dia 30 de outubro de 2021 a Aero
Agrícola Santos Dumont – de Cachoeira
do Sul, RS, orgulhosamente formou mais
dezesseis novos pilotos agrícolas, incluindo
mais uma nova mulher piloto agrícola.
São 986 Pilotos Agrícolas formados até o
momento.
O Cmte. Laudelino Bernardi diz que a sua
história se mescla com a de muitos pilotos
que iniciaram e passaram pela sua escola;
berço de centenas de comandantes... e
agora partindo para um número histórico:
1.000 pilotos agrícolas. Sem falar os
outros pilotos formados em PP-A, PC-A
e INVA, onde muitos desses acabaram
ficando na própria escola trabalhando como
instrutores.

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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 13

 CONSELHOS DO CRAYMER
Robert Craymer - robertc@covingtonaircraft.com
Vamos Mergulhar no Óleo
Recebi perguntas e ouvi muitas discussões
sobre óleo recentemente, então vamos
mergulhar no óleo este mês. Quando se
trata de óleo de motor, existem várias
opções e a sua experiência o ajudou a
determinar o tipo correto de óleo para sua
operação.
A saber, a Pratt & Whitney Canada
fornece listas de óleos aprovados no
primeiro boletim de serviço de cada série
de motores. Por exemplo, o boletim de
serviço 1001 mostra os óleos aprovados
para todos os motores PT6 de menor porte
cobertos pelos boletins de serviço da série
1000. Este boletim de serviço contém
informações sobre os tipos de óleos de
motor e lista os óleos aprovados pela Pratt
& Whitney Canada para serem usados nos
motores PT6. Os óleos são subdivididos
por viscosidade e outros fatores. Na minha
experiência, a maioria das pessoas usa
o 2380 como óleo de escolha. Este óleo
é encontrado na Tabela 3 do boletim de
serviço, incluindo outros óleos comumente
usados, como Mobil Jet II e Aeroshell
500. Certifique-se de que o óleo que você
escolher seja aprovado.
O primeiro dos tópicos de discussão
que ouvi é sobre manutenção. Durante
14 | agairupdate.com | Português
a manutenção, o primeiro ponto é não
misturar óleos. O boletim de serviço
informa que você não deve misturar
óleos de viscosidades ou especificações
diferentes, pois esses óleos podem não
ser compatíveis entre si. Se você se
encontrar em uma situação em que o óleo
foi misturado, há instruções sobre como
drenar e qual o nível de lavagem do motor
necessário para garantir que o motor esteja
protegido.
Em segundo lugar, você deve verificar
o nível do óleo na hora certa. Sempre
verifique seu óleo dentro de 15 minutos
após desligar o motor. Isso o ajudará a
obter a verificação mais precisa do nível de
óleo. Nada é pior do que óleo derramando
de todos os pontos do motor durante o
serviço. Seria terrível ter de drenar todo
o óleo de um motor para redefinir o nível
de óleo por ele ter transbordado. Um PT6
sempre encontrará o nível de óleo em que
deseja operar e botará o extra para fora.
Outro tema importante é o óleo “escondido”
do motor. Isso ocorre principalmente
em motores PT6 de maior porte e pode
acontecer por vários motivos diferentes.
Se, depois de passar a noite parado ou por
mais tempo, ou de girar o motor durante
a lavagem, não houver óleo na vareta, o que você faz?
Meu conselho sempre é olhar o chão ao redor; se não
houver uma grande poça de óleo, então o óleo ainda
está no motor. Dê partida no motor, prestando atenção
especial à pressão e temperatura do óleo. Quando o
óleo atingir a temperatura, você pode desligar o motor
e verificar o nível do óleo. Você não quer começar a
adicionar litros de óleo e bagunçar tudo.

Como um operador pode manter o óleo do motor

saudável? Primeiro, certifique-se de que os detectores
de limalha estejam funcionando. Verificamos a função
do detector a cada inspeção de 100 horas. O sistema
é projetado para alertar o piloto o mais cedo possível
quando algo está acontecendo que precisa de atenção.
Em segundo lugar, trocando seu óleo. A Pratt &
Whitney Canada tem dito há muito tempo que o óleo
do motor não precisa ser trocado. No entanto, eles
alertam os operadores para estarem cientes de todas as
questões ambientais que podem afetar ou contaminar
o óleo. Na nossa aviação, o ar nem sempre é tão limpo
quanto gostaríamos, embora nossos aviões voem
com filtros. Você também deve estar ciente de que os
fabricantes de fuselagem podem exigir a troca do óleo
do motor. Por último, existem programas de análise de
amostras de óleo de motor disponíveis. Historicamente,
laboratórios têm sido usados para analisar amostras
de óleo, adesivos de amostragem e filtros de óleo
para fornecer informações. A Pratt & Whitney Canada
também iniciou um programa de monitoramento de
óleo. Você pode acessar o site deles, pwc.ca, e obter
um kit. A vantagem de usar o equipamento P&WC é
que eles podem fornecer dados específicos da peça
do motor se sinalizarem um problema. A P&WC pode
informar se metais da engrenagem ou de mancais estão
aumentando na sua amostra de óleo e aconselhar ações
sobre como prosseguir com a inspeção ou manutenção.

Quero encerrar esta discussão com uma palavra sobre

“óleo escuro”. Este fenômeno parece ocorrer de vez
em quando em motores PT6 de grande porte. A Pratt
& Whitney Canada sugeriu algumas soluções para

Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 15

problemas relacionados a este tópico. Vários boletins
de serviço estão introduzindo alguns óleos resistentes à
temperatura para ajudar a limitar o acúmulo de carvão
no óleo. Eles também forneceram algumas opções para
óleos de alta temperatura. A Pratt & Whitney Canada
tem uma lista de óleos aprovados na Tabela 4 do
boletim de serviço de óleo aprovado. Estes são listados
como óleos de “Alta Estabilidade Térmica”. De acordo
com as instruções do boletim de serviço, eles podem
ser misturados com os óleos da Tabela 3. Certifique-se
de seguir as instruções. Tive um cliente que me disse
que as instruções para trocar por um desses óleos para
alta temperatura mudavam de tempos em tempos e
havia confusão sobre como usá-los. Que eu saiba, as
instruções nunca mudaram. Se você deseja passar
de BP2380 (óleo da Tabela 3) para um óleo de alta
temperatura como Aeroshell 560 (óleo da Tabela 4)
para reduzir ou evitar o óleo escuro, examine seu óleo e
filtro; se o nível de carvão for “aceitável” (veja as fotos
inseridas aqui no boletim de serviço), você pode usar o
método de completar o óleo.
Isso significa que, quando você precisar adicionar
seu próximo litro de óleo, usará o óleo para alta
temperatura, Aeroshell 560, em nosso exemplo. Se
houver carvão excessivo no óleo, pode ser necessário
16 | agairupdate.com | Português
drenar o óleo e lavar o motor de acordo com as
instruções e, em seguida, reabastecer o tanque de óleo
com o óleo original. Podemos então empregar o método
de completar o óleo de acordo com as instruções.
Esses óleos para alta temperatura têm uma qualidade
detergente e começarão a tirar o carvão do motor para
o filtro de óleo. A ideia geral é que você não quer jogar
fora todo o óleo da Tabela 3 e usar só óleo da Tabela
4 no motor, porque isso poderia obstruir todos os
filtros de óleo e bicos do motor. Seguir as orientações
adequadas permite a remoção controlada do carvão
do motor. Eu sempre recomendo que você discuta isso
com seu mecânico, com o encarregado da manutenção
do motor e claro, leia os manuais. Use os recursos que
você tem para tomar a decisão mais informada.
Por favor, entre em contato comigo no e-mail robertc@
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terei o maior prazer em ajudá-lo.
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 17


ATUALIZAÇÕES DO SINDAG
Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola
Sindag Pede que Senado Agilize
Nomeação Técnica Para a ANAC
APOIO: Nomeação de Luiz Ricardo é esperada como reforço
técnico para diretoria da Anac – Foto: Comando da Aeronáutica.
Crédito da foto: Comando da Aeronáutica.
Entidade destaca relatório do senador Luis Carlos
Heinze aprovando a indicação do major-brigadeiro Luiz
Ricardo Nascimento para diretoria do órgão e solicita
que sua sabatina ocorra logo
O Sindag enviou ofício ao senador Luís Carlos Heinze
(Progressistas/RS) reforçando o apoio do setor
aeroagrícola à indicação do major-brigadeiro do ar
Luiz Ricardo de Souza Nascimento para compor a
Diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
No documento, encaminhado no dia 5, o presidente do
sindicato aeroagrícola, Thiago Magalhães Silva, destaca
que Heinze (que é relator da Comissão de Serviços de
Infraestrutura do Senado) deixou claro em seu relatório
que o oficial da reserva da Força Aérea Brasileira
atende todas as prerrogativas do cargo. E solicita que
o parlamentar interceda para que seus pares “não
meçam esforços” para que a sabatina de Nascimento
ocorra até o final do ano.
O pedido do Sindag faz coro ao apoio de outras
entidades do setor aeronáutico à indicação, como
18 | agairupdate.com | Português
SINDAG
a Associação Brasileira dos Pilotos de Helicóptero
(Abraphe) e a Associação de Pilotos e Proprietários
de Aeronaves (Aopa Brasil). A indicação do major-
brigadeiro Luiz Ricardo Nascimento para a Anac
havia sido oficializada em julho, pelo presidente Jair
Bolsonaro (publicada no Diário Oficial do dia 2). O
posicionamento favorável do setor ocorre justamente
por se tratar de uma indicação técnica – alguém
que tem no currículo vasta experiência sobre todas
as nuances do setor, em especial a segurança nas
operações aéreas.
RESPALDO
O ofício do Sindag ao senador Heinze se soma a
diversas manifestações anteriores dos dirigentes da
entidade ao parlamentar – que tem estreita relação
com o setor aeroagrícola. “Em todas as manifestações
nos baseamos em inúmeras experiências positivas
de trabalho, enquanto ocupou posições nos órgãos
subordinados ao Comando da Aeronáutica”, reforça
Magalhães, sobre o oficial da reserva. O dirigente
aeroagrícola adianta que a entidade também tem
reforçado o apelo a outros parlamentares ligado à
aviação.
O major-brigadeiro teve mais de 40 anos de carreira
na Força Aérea, com vasta experiência em tráfego e
navegação aérea, além de pós-graduações em Gestão,
Política e Defesa e formação em gerenciamento e
auditorias de segurança operacional da aviação civil
internacional, entre outras formações. Sua indicação na
Anac é para a vaga do ex-diretor Juliano de Alcântara
Noman. Se confirmada sua nomeação,
ele trabalhará junto com os diretores
Ricardo Catanant, Rogerio Benevides e
Tiago Pereira.
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 19


Sindag Pede Fiscalização Contra
Operadores Clandestinos
Sindicato aeroagrícola solicitou
ao Ministério da Agricultura
ações contra produtores rurais
que prestam ilegalmente
serviços de aviação agrícola
MAGALHÃES: para terceiros, infringindo
operadores que prerrogativa das empresas
prestam serviço
irregularmente
comentem crime O Sindag enviou em outubro solicitação
ambiental e prejudicam ao Ministério da Agricultura Pecuária e
todo o setor. Crédito Abastecimento (Mapa) para que o órgão
da foto: Castor Becker intensifique a fiscalização sobre produtores
Júnior/C5 NewsPress. rurais realizam irregularmente serviços
de pulverização aérea para terceiros.
Pelo regulamento do setor, os chamados
operadores aeroagrícolas privados (ou
TPPs, que são os fazendeiros, empresas
de produção ou cooperativas que têm
seus próprios aviões agrícolas) só podem
realizar esse tipo de serviço em suas áreas
20 | agairupdate.com | Português
SINDAG
próprias ou arrendadas para sua produção.
Conforme o presidente do Sindag, Thiago
Magalhães Silva, além de concorrência
desleal com as empresas (que cumprem
requisitos extras para operar) essa atitude
tomada por alguns produtores representa
um risco para a segurança ambiental e
operacional.
As operações clandestinas ferem
diretamente o Código Brasileiro de
Aeronáutica (Lei nº 7565/1986), o
Regulamento Brasileiro da Aviação Civil
(RBAC) 137, a própria Instrução Normativa
(IN) 02/2008 do Mapa, que regulamenta
as operações aeroagrícolas, além dos dois
decretos federais que tratam diretamente
do setor (Decreto-Lei 917/69 e Decreto nº
8671565/81). Além disso, as operações
clandestinas também se enquadram em
crime ambiental, já que a Lei 9.605/1998,

que trata desta matéria, considera como tal “fazer
funcionar, em qualquer parte do território nacional,
serviços potencialmente poluidores, sem licença ou
autorização dos órgãos ambientais competentes,
ou contrariando as normas legais e regulamentares
pertinentes.”
EXIGÊNCIAS
Tanto as empresas aeroagrícolas – classificadas
Serviço Aérea Especializado (SAE) – quanto os
operadores TPP precisam ser registrados no Mapa
e na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Ambas também são obrigadas a terem em seu
quadro pilotos especializados, engenheiro agrônomo
responsável (como coordenador das operações) e um
técnico agrícola com especialização em operações
aéreas em cada missão em campo. Além de pátio
de descontaminação e outras exigências. Porém as
empresas aeroagrícolas ainda possuem exigências
complementares como o Certificado de Operador Aéreo
(Coa), emitido pela Anac, entre outros requisitos.
Para completar, as empresas filiadas ao Sindag (que
abrange atualmente mais de 80% do setor) também
são atendidas por projetos de melhoria contínua de
seu pessoal técnico e de qualificação de seus gestores
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– focados na conformidade técnica e legal, eficiência e
segurança. Conforme Magalhães, o ofício foi enviado ao
Mapa na última quinta-feira (28), por ser este o órgão
diretamente responsável por coordenar e fiscalizar o
setor aeroagrícola no País. A atitude foi tomada devido
ao número crescente de reclamações que chegam à
entidade aeroagrícola, de todo o País, relatando casos
de fazendeiros que contratam serviços de aplicações
feitas por aeronaves clandestinas – não homologadas
para serviço aéreo especializado.
Segundo o último levantamento do Sindag sobre a
frota aeroagrícola nacional, realizado no início do
ano, das 2.352 aeronaves agrícolas do País, 1.459
(62%) estão com as empresas de aviação agrícola – os
chamados operadores de Serviço Aéreo Especializado
(Sae). As outras 869 aeronaves (37%) pertencem
a operadores privados (categoria TPP, segundo a
Anac). O 1% restante na conta abrange aeronaves
agrícolas compradas por governos estaduais para
combate a incêndios, protótipo de
demonstração e aviões de escolas de
pilotagem.
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 21

Academia de Tecnologia já Soma 600
Alunos Formados
COLLE: segundo diretor do Sindag, iniciativa já qualificou centenas de empresários
aeroagrícolas, pilotos, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos e outros
profissionais ligados ao setor.
Edição deste ano do evento do
Sindag e do Ibravag teve 342
participantes, que podem rever
as aulas até o final do ano baixar
seus certificados na plataforma do
evento.
Os 342 alunos que participaram da segunda
edição da Academia Brasileira de Tecnologia
de Aplicação Aérea, ocorrida nos dias 21 e
de 25 a 28 de outubro, já podem retirar seu
certificado do evento. Além disso, as aulas
permanecem disponíveis na plataforma até
31 de dezembro – para quem quiser revê-las
ou assistir pela primeira vez algum encontro
que tenha perdido. Nos dois casos, basta
entrar na plataforma da academia pelo seu
link de acesso às aulas.
Conforme o diretor-executivo do Sindag,
Gabriel Colle, a academia as inscrições para
a Academia este ano cresceram mais de 30%
em relação à sua primeira edição, em outubro
de 2020. Com isso já são mais de 600
alunos formados pela iniciativa, voltada para
empresários aeroagrícolas, pilotos, técnicos
agrícolas, engenheiros agrônomos e outros
profissionais ligados ao setor.
22 | agairupdate.com | Português
SINDAG
Ao todo, foram 13 palestrantes que
abordaram oportunidades e panorama da
tecnologia aeroagrícola no País, boas práticas,
formação de gota e redução de deriva,
pesquisas sobre aplicações em alto ou baixo
volume, manejo integrado de pragas e outros
temas. Destaque para as palestras sobre
mapeamento, aplicação e gerenciamento de
aplicações com drones e abordagem prática
sobre pontos críticos para uma aplicação
aérea sustentável.
INTERESSE
Segundo a coordenadora de Mídias Sociais
do Sindag, Gabriella Meireles Andrade Coelho
– que também participou da coordenação da
Academia, outro diferencial desta edição foi a
grande quantidade de empresas que fecharam
inscrições em grupo para seus colaboradores.
“Além disso, tivemos uma participação muito
grande de estudantes, que foram bastante
participativos nas aulas, demonstrando muito
interesse por esse mercado”, completou.
“Aliás, a interatividade nas palestras online foi
tanta que extrapolamos o tempo em todas.”
A Academia Brasileira de Tecnologia é
uma promoção do Sindag e do Instituto
Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag). Ela
integra também o projeto Aviação Agrícola
2022, que tem patrocínio da Syngenta, e se
soma a uma série de ações das entidades
aeroagrícolas focadas na qualificação e
melhoria contínua do setor. O que abrange
as Academias de Líderes da Aviação Agrícola
(que ocorre anualmente desse 2018) e
de Segurança Aeroagrícola (que teve duas
turmas em 2020). Também estão na lista o
Seminário de Gestão Financeira Aeroagrícola
e o Programa de Mentoria
para empresários do setor,
entre outras ações.
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 23

24 | agairupdate.com | Português
Zanoni Equipamentos Participa de Ciclo de Clínicas
de Aeronaves no Estado do Mato Grosso
Durante o mês de outubro a Zanoni Equipamentos
participou de um ciclo de eventos no estado do Mato
Grosso, promovido pela Sabri – Sabedoria Agrícola. A
chamada “Clínica de Aeronaves” foi realizada em Campo
Novo do Parecis (na Fênix Aviação Agrícola), em Sorriso
(na Plafértil Aviação Agrícola) e em Primavera do Leste
(na Rambo Aviação Agrícola), onde pudemos ouvir os
novos desafios do campo, discutir tendências e construir
juntos novas perspectivas para o nosso setor.
O projeto desenvolvido pelo agrônomo especialista em
aplicação aérea, PhD Henrique Campos, é composto por
aulas teóricas, aulas práticas e avaliação de aeronaves.
Durante as sessões de instrução, pilotos e técnicos
são capacitados para o trabalho e ocorrem intensas
discussões entre os participantes sobre boas práticas.
A calibração dos aviões agrícolas é feita com coletas
de espectro de gotas e faixa efetiva, alinhando os
equipamentos para a safra.
A Zanoni tem investido constantemente em pesquisa
e desenvolvimento, para oferecermos um padrão de
excelência com nossos atomizadores rotativos. Através
do diálogo com pilotos e outros profissionais e da
avaliação do resultado efetivo em campo, podemos
acompanhar o desempenho dos nossos produtos e
produzir equipamentos que atendam às necessidades
dos operadores. A escolha de tecnologias apropriadas
e o seu uso correto são essenciais para uma aplicação
aérea de qualidade, segura e responsável.
Nesse ciclo, visitamos vários de nossos parceiros no
estado, que hoje é o maior polo produtor de grãos do
planeta. Com muita ciência, tecnologia e trabalho bem
feito, a aviação agrícola tem sido uma ferramenta crucial
para dar à região destaque internacional. Temos orgulho
de poder contribuir para o trabalho de pilotos agrícolas,
agrônomos e técnicos que atualmente realizam um
trabalho de ponta e excelência, sendo verdadeiros líderes
mundiais em termos de qualidade em aplicação aérea.
Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 25
A Importância do Planejamento
Para Obtenção da Margem de Lucro
por Eduardo Boris
A aviação agrícola, a cada ano, trabalha
com margens mais apertadas. Os lucros
vêm diminuído e, junto com eles, crescem
as dificuldades para analisar onde agir para
reduzir ao máximo as perdas operacionais.
Em 2016 a Travicar Tecnologia Agrícola,
empresa fundada em 1970 e com larga
participação no desenvolvimento da aviação
agrícola brasileira, lançou seu primeiro
DGPS com tecnologia 100% nacional.
Ao longo desses anos, a Travicar sempre
buscando inovar e melhorar o desempenho
do DGPS, vem analisando junto com seus
clientes uma série de áreas pulverizadas
ao longo das safras. Os relatórios sempre
apontavam um somatório de pequenas
falhas que somadas representavam uma
enorme perda de rendimento hora e,
consequentemente, financeira para as
empresas.
Toda essa análise levou ao desenvolvimento
de uma ferramenta que pudesse ajudar as
empresas de pulverização aérea a planejar
26 | agairupdate.com | Português
suas operações com maior precisão. Além
de avaliar as operações já executadas com
o intuito de descobrir a origem das perdas
operacionais.
Em diversas reuniões com empresários e
pilotos sempre foi relatado uma grande
dificuldade em formular o preço de um
serviço antes de sua execução. Permitindo
que muitos serviços de pulverização
acabassem trazendo prejuízos para as
empresas aeroagrícolas. Essas perdas eram
percebidas apenas após a execução das
áreas, na qual o valor cobrado por hectare
na região era insuficiente para se cobrir o
custo hora da aeronave.
Com o desenvolvimento do portal SGE, que
simula toda operação de pulverização aérea
antes de sua execução, o usuário consegue
preencher poucos parâmetros e o sistema
calcula o tempo que a aeronave leva para
realizar um determinado serviço ou diversos
serviços de pulverização aérea ao mesmo
tempo. Após o serviço planejado, o mesmo
pode ser enviado para a aeronave para a
Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 27
realização do trabalho e após executado, o portal Os parâmetros de aeronave e custo hora
permite uma avaliação comparando o planejado com utilizado para o estudo estão descritos na
o executado. tabela abaixo:

Assim a empresa e o piloto saberão ao certo onde Custo Hora R$2800,00

agir para otimizar ao máximo o tempo de operação.
O que permite calcular o preço correto para Tamanho da Área 129 Hectares
realização do serviço e gerenciar suas margens de Faixa de Aplicação 20 metros
lucro. Vazão 30 litros por hectare
A título de exemplificação, fizemos um estudo Carga no Hopper 600 litros
utilizando o portal TRAVICAR SGE. O intuito é Velocidade Média 165 km/h
demonstrar o impacto financeiro referente a distância Largura do Balão 400 metros
da pista de abastecimento da área pulverizada e
quanto deveria ser o valor cobrado por hectare para
Comprimento do 600 metros
equalizar o resultado da empresa. Balão
Tempo de 5 minutos
O estudo compara a aeronave saindo sempre da Reabastecimento
mesma base operacional, porém realizando o
Distância da Base 16 km
abastecimento em pistas distantes 10km, 8km,
6km, 4km, 2km e 1km da área pulverizada. Margem de Lucro 20%

Os resultados obtidos são apresentados em

Tempo Total de Operação (tempo de translado + No estudo apresentado, o custo hora da aeronave
tempo de balão + tempo de aplicação + tempo demonstrada era de R$2.800,00, equivalendo
de abastecimento), Rendimento da Aeronave em a R$46,66 o custo do minuto. Os valores nessa
Hectares por Hora e o Valor a ser cobrado por magnitude não deixam margem para erros de cálculo,
hectare para a obtenção do lucro planejado de 20%. cada minuto precisa ser cobrado e toda operação
precisa dar resultado positivo.
Ao analisarmos o resultado, fica evidente a
importância do planejamento operacional, pois cada
minuto é de extrema importância no resultado final
de uma operação. Muitas vezes, pequenos detalhes
podem fazer uma grande diferença no resultado
líquido da empresa.

Distância da Pista Tempo Total de Rendimento Valor do Hectare

Operação hectares/hora
10 km 2 horas e 34 minutos 50,2 ha/h R$86,57

8 km 2 horas e 24 minutos 53,9 ha/h R$81,16

6 km 2 horas e 15 minutos 57,5 ha/h R$76,04

4 km 2 horas e 6 minutos 61,7 ha/h R$70,84

2 km 1 hora e 57 minutos 66,3 ha/h R$65,97

1 km 1 hora e 53 minutos 68,7 ha/h R$63,61

28 | agairupdate.com | Português
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 29

 LOW AND SLOW - “BAIXO E DEVAGAR”
Mabry I. Anderson | Uma História da Aviação Agrícola por Quem a Viveu

O Equipamento e as Pessoas — Capítulo Dois – Parte 15

Do Pó ao Líquido: a Mississippi
State University
Na Mississippi State University, a
pesquisa em aviação agrícola ocorreu
esporadicamente entre o final dos anos
1920 até os anos 1930. Os pesquisadores
se preocupavam quase que exclusivamente
com a efetividade de certas aplicações no
controle de insetos.

Um acordo esteve em efeito por muitos

Fora da aviação anos entre a Mississippi State University
agrícola, o Dr. August e a Estação Experimental da USDA (o
“Gus” Raspet é mais Ministério da Agricultura dos EUA) em
conhecido por suas Stoneville. Imediatamente após a II Guerra,
contribuições no esta estação passou a ser chefiada por
desenvolvimento da William L. Giles, que depois se tornaria
aerodinâmica e do voo presidente da Mississippi State University.
a vela. Esta foto, com O Departamento de Entomologia era
ele em um planador, chefiado por E.W. Dunham e S.L. Calhoun.
se encontra no site Todos eles eram visionários, sendo Dunham
do National Soaring e Calhoun destacados especialistas no
Museum, o Museu controle de insetos.
Nacional do Voo a Vela
dos EUA (https://www. Tendo tomado conhecimento do sucesso
soaringmuseum.org/ obtidos por aplicadores aéreos do Delta,
hof_more.php?id=84). usando sistemas de pulverização de
líquidos fabricados pela Mississippi
Valley Aircraft Service, em 1947 e 1948,
Dunham e Calhoun “recrutaram” aviões
e pilotos de todo o estado e começaram
a fazer experimentos que duraram a safra
de 1948 inteira. Resultados significativos
foram obtidos.
Ao invés do aprimoramento dos
equipamentos, o principal objetivo era o
controle dos insetos. Os resultados dos
programas de pulverização controlados
foram tão dramáticos que Dunham
e Calhoun passaram a recomendar a
aplicação de inseticidas líquidos ao invés
de em pó, muitos anos antes da aplicação
de líquidos ser oficialmente aprovada.
Tanto 1948 como 1949 foram anos de
alta infestação do “bicudo”. Os inseticidas
em pó convencionais entraram em falta no
mercado devido ao aumento da procura,
e as empresas aeroagrícolas se viram
obrigadas a aplicar inseticidas líquidos.
Aplicações de toxafeno e DDT foram feitas
em enorme escala em todo o sul dos EUA,
e os resultados foram tão evidentemente
superiores que a aplicação de pós passou
a ser praticamente abandonada. Agências
reguladoras do estado do Mississippi
emitiram recomendações aprovando
oficialmente a aplicação de defensivos
líquidos, no que foram acompanhadas
quase que imediatamente pelos estados
vizinhos.
Ao mesmo tempo, experimentos também
foram conduzidos com desfolhantes em pó,
especialmente o Aero Cyanamid Special
Grade, comumente conhecido como “Black
Annie” (“Aninha Preta”). Foi determinado

30 | agairupdate.com | Português
Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 31
 que aplicações em alturas maiores davam
resultados superiores àquelas feitas
com as rodas roçando o algodão, e o
Departamento de Extensão recomendou
oficialmente aplicações feitas entre quatro
a seis metros acima da cultura!
Também se descobriu que as aplicações de
Cyanamid eram consideravelmente mais
efetivas quando feitas no final da tarde,
ao invés de cedo pela manhã, quando a
lavoura estava encharcada de sereno. Os
“riscos” na lavoura eram evitados quando
as plantas estavam secas e a penetração
era notadamente melhor.
Milhares de homens-
horas foram investidos
em experimentos
com projetos de
perfis aerofólicos e
diferentes cargas
alares.
Avaliações de aeronaves e equipamentos
mais extensas e científicas passaram a ser
feitas na Mississippi State University nos
anos 1950, quando August “Gus” Raspet
assumiu a coordenação do currículo
aeronáutico da universidade. Raspet, que
era também piloto, era um autêntico gênio.
Ele era competentemente assessorado
por Michael “Mike” Smith, um jovem e
zeloso engenheiro mecânico de grande
talento, e por Joe Cornish, um engenheiro
igualmente talentoso. Um aeródromo com
oficinas e hangar foi disponibilizado para a
universidade e lá Raspet, Smith e Cornish
elaboraram um programa contínuo de
desenvolvimento e avaliação de aeronaves
e equipamentos de aplicação aérea.
Milhares de homens-horas foram
investidos em experimentos com
projetos de perfis aerofólicos e diferentes
cargas alares. Raspet, Smith e Cornish
32 | agairupdate.com | Português
desenvolveram uma teoria conhecida
como controle da “camada-limite”, na
qual milhares de pequenos orifícios foram
perfurados em superfície sustentadoras,
alterando o fluxo aerodinâmico e
permitindo mudanças nas normas de
projetos de aerofólios. Estes estudos
tiveram uma forte influência no futuro
desenvolvimento de aeronaves agrícolas
modernas.
O programa da Mississippi State se
tornou tão famoso e reconhecido que
empresários e fabricantes aeronáuticos
contribuíram voluntariamente com aviões
e equipamentos para a universidade,
para estudo e uso em seus programas. A
Callaire, de Afton, Wyoming, foi uma das
primeiras grandes fabricantes a contribuir
com um avião para a instituição – um A-9.
Durante os anos nos quais este programa
esteve em operação, um relacionamento
único se formou entre o pessoal da aviação
agrícola e o da universidade. Giles achava
que nenhum problema era pequeno
demais para a universidade. Operadores
podiam levar seus aviões ou equipamento
para um estudo especial quase sem aviso
prévio, e tinham certeza que Gus Raspet,
Mike Smith ou Joe Cornish iriam pôr mãos
à obra e ajudar a resolver quase qualquer
problema aeroagrícola.
Grande progresso foi feito por
empresas aeroagrícolas e fabricantes
de equipamentos durante o tempo em
que este programa esteve ativo. Tanto
Giles como Raspet foram homenageados
pela Associação de Aviação Agrícola do
Mississippi com com o título de membros
honorários vitalícios, a maior honraria
dada pela associação.
Tragicamente, Gus Raspet faleceu em um
acidente aeronáutico no mesmo aeródromo
onde trabalhava. O avião que ele voava
aparentemente estolou em uma curva
na aproximação para o pouso, tendo ele
morrido instantaneamente na queda. A
Mississippi State University e a aviação
agrícola perderam um de seus mais
produtivos amigos.
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 33

 PAPO DE GESTÃO
Rafael Correa da Costa contato@agroflysistemas.com.br
Retenção de Clientes
Retenção de clientes é um processo muito importante
para todas as empresas, pois, permite o crescimento
e sustentação do negócio. Se não houver investimento
adequado nela, é muito arriscado que com o tempo
a empresa perca cliente e receita, ou passe por
limitações de lucratividade.
E, para você, qual é a prioridade: atrair ou reter
clientes? O ideal mesmo é ter estratégias bem definidas
para os dois objetivos, porém, na realidade de uma
pequena empresa nem sempre isso é uma tarefa fácil.
Então, se você quer crescer de verdade, a fidelização
também precisa fazer parte do seu planejamento e
guiar suas ações. Aumentar vendas e lucros sempre
envolve atrair mais pessoas, e o desafio de garantir
a satisfação dos clientes é igualmente importante.
Uma coisa é fato: manter clientes costuma ser mais
econômico e rentável do que investir na conquista de
novos.
Retenção de clientes é o ato de evitar a debandada de
clientes, ou seja, a saída deles. Ela se refere, assim,
aos esforços e resultados não só em atrair e converter
clientes, mas principalmente mantê-los. O americano
Philip Kotler, um dos maiores nomes do marketing no
mundo, tem muitas frases marcantes e inspiradoras.
Esta aqui é especial para você: “Atrair novos clientes
custa de cinco a sete vezes mais do que manter os
atuais”. Portanto, não dá para deixar essa tarefa de
lado.
Alicia Matheson, ex-diretora do Disney Institute,
afirma que “encantar seus clientes é uma questão de
cultura, liderança e paciência“. Faz sentido rever o
seu atendimento e analisar se a impressão que você
espera passar está realmente refletindo na ponta.
Verifique se os seus colaboradores estão alinhados à
sua expectativa. Além disso, a partir de um contrato
com um cliente satisfeito, você pode ser capaz de
incluir novos serviços e aumentar o faturamento e a
34 | agairupdate.com | Português
lucratividade. Aqui cabe uma menção à cadeia de
valor, satisfação e retenção. Para isso, você pode
adotar diversas práticas no dia-a-dia, desde o primeiro
contato. E antes, claro, deve preparar sua equipe para
satisfazer aos anseios dos clientes. Depois você vai
focar na satisfação.
Seu cliente precisa viver uma boa experiência ao
lhe contatar. São ações simples que garantem isso,
como um atendimento ágil ou uma comunicação
personalizada voltada a ele. Ajude-o a perceber valor e
personalize essa jornada. Para isso, você também pode
investir em conteúdo que eduque o mercado e mostre
as vantagens de contratar você.
Seu cliente precisa viver
uma boa experiência ao lhe
contatar.
Desaparecer está fora de cogitação! Comunique-se com
seus clientes várias vezes durante o ano através de
e-mails, redes sociais, WhatsApp, entre outras formas
de contato. Identifique quais são os canais que eles
mais utilizam e explore-os.
Os clientes são totalmente influenciados pelas
referências. Se alguém falou bem da sua empresa
aero agrícola, pode ter certeza que o ouvinte irá acatar
a sugestão. E o contrário também é regra, cuidado!
Por isso, mantenha a reputação da sua empresa em
alta. Verifique sempre se existe alguma reclamação a
respeito do seu negócio ou nas mídias sociais.
Eventualmente, problemas acontecem e sabemos
que no mundo real nem tudo está sob nosso controle.
O que fará com que você conquiste seu cliente é a
agilidade em resolver essas questões. De um problema
podemos tirar uma lição e, quem sabe, até fidelizar um
cliente.
Agora que você conheceu esses postos-chaves, vale
falarmos mais sobre atendimento e pensar em como
uma plataforma de gestão pode facilitar o alcance
dessas metas de relacionamento e performance
também.
Estabelecer um bom convívio com os clientes faz toda
a diferença! Manter e impulsionar a participação da
sua empresa no mercado é igualmente essencial. Por
isso, lembre-se que pessoas satisfeitas também são
importantes na hora de divulgar o seu trabalho por
meio da campanha sempre eficaz que é a indicação
feita boca a boca. Para aumentar a retenção de
clientes, você pode colocar algumas dicas em prática:
O atendimento personalizado é peça-chave na interação
entre uma empresa e os clientes. Conhecer bem o perfil
deles e demonstrar interesse em suas preferências,
hábitos e necessidades é um bom caminho para
agradá-los. Sabendo disso, vale ter uma agenda
atualizada com os dados de cada cliente, considerando
todas as informações importantes para estreitar esse
relacionamento. Elimine a barreira entre vocês, e
tenha cuidado para não confundir o profissional com o
pessoal.
Lembre-se sempre de que em cada um desses
conselhos cabem uma série de medidas que
podem fazer a diferença para o seu cliente. Treinar
adequadamente a equipe, ampliar os canais para
contato com os clientes, melhorar o controle de
processos e instituir políticas claras para resolver
problemas e sugerir sempre inovação são algumas
delas. Outra opção interessante é o uso do CRM (do
inglês, Customer Relationship Management), um
sistema direcionado para a construção dessa relação
com o cliente. A partir dele é possível ter acesso a
todo o histórico de forma organizada, desde a fase de
captação, até a qualificação, a negociação, a serviço e
a pós-serviço.
Dentro de um bom atendimento, é válido ressaltar
que o pós-serviço também importa. Quanto mais
impactado positivamente, melhor a imagem que
terá e a recomendação do seu negócio. Desenvolva
táticas que valorizem os clientes mais antigos e que
os procuram com frequência, oferecendo descontos ou
bônus na contratação de algum trabalho. É importante
que se sintam prestigiados ao recorrerem à sua
empresa. E fique atento: a lealdade é uma via de mão
dupla e deve, portanto, vir também do prestador de
serviços. Lembre-se, cliente satisfeito não procura a
concorrência.
Elogios, sugestões e reclamações. A tradicional
caixinha de sugestão das empresas é mais valiosa
do que muitos empreendedores acreditam. Ali, estão
referências cruciais para entender o que agrada os
clientes, em quais aspectos a empresa aero agrícola
pode melhorar e quais ações ou formas de atendimento
não estão funcionando. Que tal fazer uma pesquisa de
satisfação do cliente e escutar o que eles têm a dizer?
Aproveite e tire o melhor proveito dessas informações.
Cada feedback recebido é vital para personalizar seu
atendimento e, como consequência, você cada vez
mais se destaca dos concorrentes.
O cliente precisa sentir-se lembrado e, para isso, é
fundamental manter o contato com ele. Mas não se
trata apenas de enviar mensagens no aniversário
ou ligar para “empurrar” uma aplicação aérea.
É necessário adotar táticas que entreguem valor,
mostrando que esse cliente é importante para a
empresa e que você está à disposição para solucionar
as questões dele. Para isso, seja um consultor do
seu negócio. Informe seus clientes sobre os serviços
prestados ou produtos vendidos, como podem
aproveitar da melhor forma e quais são as tendências
relacionadas à sua área que os interessam. Essa ação
pode, inclusive, incentivá-los a solicitarem uma nova
aplicação.
Ter uma relação transparente com seu público é
interessante para aproximá-lo e fazer com que tenha
mais confiança no que você oferece. No entanto, alguns
assuntos internos não precisam ser abordados, como os
problemas pelos quais sua empresa passa ou alguma
dificuldade em curso. Isso pode ser associado à falta de
profissionalismo e insegurança, por exemplo. Também
tenha cuidado em manter o sigilo. Não comente
informações de um cliente com outro, principalmente
quando atuam na mesma área, isso seria o suficiente
para jogar sua credibilidade por água abaixo.
Conseguiu entender melhor a importância da retenção
de clientes? Que tal começar a estruturar a sua gestão
internamente também para que os bons resultados
reflitam no atendimento aos clientes? Experimente
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agrícola que vai te ajudar a conectar todas as áreas de
sua empresa e alavancar a produtividade!
Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 35
 DIFUNDINDO FATOS
Michelle Miller - michelle@thefarmbabe.com
Seis Maneiras de Saber se o Que
Você Está Lendo é Verdadeiro
No negócio de aplicação aérea, ou
na agricultura moderna em geral, as
pessoas têm dúvidas. Às vezes, eles têm
percepções erradas. Em um mundo onde
a desinformação povoa a Internet, quais
são os fatos e como podemos combater
as informações que não são verdadeiras?
Todos nós provavelmente temos aquele
amigo ou parente que parece sempre se
apaixonar pela última conspiração ou
notícia falsa. Aqui estão algumas maneiras
de saber se o que estamos lendo está
correto ou não.
1. Saiba quem são os autores. Se
você está lendo algo que o deixa
desconfiado, procure saber o nome
e a experiência deles. Se eles estão
escrevendo um artigo sobre pecuária,
procure saber se são pecuaristas de
uma pequena cidade ou são ativistas
veganos pelos direitos dos animais da
cidade de Nova York. Conhecer sua
formação educacional ajuda muito
em saber se eles têm conhecimento
em sua área. Você também pode
pesquisar seus nomes no Google com
palavras-chave como “orgânico”, “não
geneticamente modificado” ou “vegano”
para ver se eles são extremistas ou
vinculados a empresas alimentícias ou
grupos ativistas com uma agenda.
2. Pesquise no Google pelo assunto.
Digamos que você esteja lendo um
artigo que se tornou um tanto viral.
36 | agairupdate.com | Português
Por exemplo, eu estava lendo um
que falava sobre como o trigo é
“encharcado” em glifosato e que é
o Roundup, não o glúten, causando
todos os tipos de problemas médicos.
O artigo parecia suspeito, então eu
pesquisei “roundup trigo” e todos
os tipos de artigos apareceram
desmascarando essa notícia falsa.
O artigo viral original foi escrito por
alguma mãe blogueira sem nenhuma
evidência confiável. Os artigos que
desmascararam essa história foram
escritos por profissionais, como
produtores de trigo, a associação de
plantadores de trigo e tantos outros
que têm experiência direta no cultivo
de trigo e que são os verdadeiros
especialistas no assunto.
3. Está no noticiário? O FDA cobriu
isso, os produtos foram recolhidos?
Digamos, por exemplo, que haja
uma razão legítima para evitar um
determinado alimento, como um surto
de e.coli na alface. Se for esse o caso,
estará em todos os noticiários e canais
especializados de renome, como USDA
ou FDA, anunciarão que há um motivo
sério para evitar um alimento.
4. Eles estão vendendo alguma coisa?
“Medo” é o novo “sexo” quando se trata
de fazer uma venda. Especialmente
na agricultura, a comercialização de
alimentos às vezes pode ser bastante
 feia. Alguns autores também podem estar vendendo
um livro ou ideologia. Pedindo doações? Não caia
na desinformação como uma tática de vendas. É
“orgânico” ou “não-OGM” e realmente tão puro ou
as empresas de alimentos estão criando falsos halos
de saúde para vender um produto? É realmente
benéfico abandonar a carne? Provavelmente não,
mas siga o rastro do dinheiro por trás do movimento
anti-carne, por exemplo, e você descobrirá que
grupos de ativistas extremistas pelos direitos dos
animais geralmente são os responsáveis pelo
financiamento de tudo isso para solicitar doações e
impulsionar uma agenda “tornar-se vegano” cheia de
desinformação.

5. Experimente sites de verificação de fatos. Embora

nem sempre seja perfeito, eu recomendo conferir
www.snopes.com (no Brasil: Fake Check, e-farsas,
Fato ou Fake), que faz um bom trabalho ao verificar
os tópicos importantes. Se você está lendo algo que
se tornou viral e não tem certeza do que fazer com
isso, há uma boa chance de que o site já tenha
contatado os especialistas e feito a devida diligência
para postar os fatos reais.

6. Procure evidências revisadas por especialista.

O medo é fácil, a ciência é difícil. Às vezes, as
pessoas só precisam fazer um trabalho melhor
ao ler os tópicos e não ser intelectualmente
preguiçosas. Frequentemente, você vai ler ou ouvir
uma história que diz “estudos mostram”, mas
onde estão os estudos? Alegações extraordinárias
exigem evidências extraordinárias. Analise mais ATOMIZADORES ROTATIVOS
a fundo o assunto, leia o estudo real, conecte-se
com especialistas legítimos e confiáveis em um
determinado assunto e não acredite em tudo que
você lê de primeira. Provas, provas, provas.

No final das contas, temos que pensar sobre quem são

os verdadeiros especialistas e aplicar o pensamento
crítico e o bom senso. Se você tem alguma dúvida
sobre o seu carro, você conversa com o seu mecânico,
não é? Se você tiver problemas com os dentes, vai ao Precisão em cada gota
dentista. É importante aumentarmos a conscientização
e mostrarmos transparência com o negócio agroquímico.
Todos nós nos preocupamos com o planeta e nossa
saúde, mas se alguém pode explicar segurança,
dosagem, aplicação, treinamento, física, equipamento,
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clima e muito mais, são os aplicadores profissionais, T + 1 281 3425451 T +1 306 786 7007 T +55 (53) 3026 2903
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agricultores e agrônomos que têm o conhecimento.
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 37

 DE OPERADOR PARA OPERADOR
Marcos Antonio Camargo Sócio Diretor da ITAGRO e ItagroAgro
Uma História de Vida na
Aviação Agrícola
Quando há algum tempo sugeri a Bill
Lavender, através da Gina Hickmann, sua
representante no Brasil, que proporcionasse
aos leitores da AgAir Update, espaço para
que pilotos, empresários, engenheiros
e demais pessoas que têm na aviação
agrícola a sua vida, pudessem escrever
suas histórias e percepções sobre tão
importante atividade, de pronto obtive
resposta positiva e incentivo para assim
o fazer. Porém, com algumas condições
impostas: no mínimo dois textos iniciais e
determinado número de palavras para que
a ideia tomasse forma.
Portanto, vamos lá, me perdoem algum
possível erro de concordância ou sintaxe,
pois minhas notas de redação na escola
nunca foram muito boas.
HÁ 30 ANOS NO ALEGRETE
Há exatos 30 anos, em 1991, chegava em
Alegrete, exatamente neste mesmo mês de
outubro. Na época, tinha apenas 100 horas
de voo como piloto agrícola empregado
na Aero Agrícola Santos Dumont, onde o
exemplo de piloto, empresário e mentor
Laudelino Bernardi, após delinear esse
desafio, entregou-me uma aeronave
Ipanema e uma camionete Chevy, além
de muitos ensinamentos, dizendo: “faz
pela vida”. No ano anterior, o comandante
Bernardi colocou-me para trabalhar com
Leonardo Kaczmarek, seu sócio em São
Gabriel, e este, como legado, entre outros
conhecimentos, passou-me o seguinte
38 | agairupdate.com | Português
ensinamento “faça o melhor e o trabalho
não dependerá apenas de preço”.
Com esses dois instrutores fazendo
parte da minha formação me sentia
muito confiante, porém os desafios eram
enormes. Trabalhava no extinto CESEC,
centro de processamento de dados do
Banco do Brasil em Passo Fundo, naquela
época, no turno da noite. Não conhecia
ninguém nesta terra carinhosamente
chamada de “baita chão” quando aqui
chegamos. Acertados os trâmites para
minha transferência, viemos “de mala
e cuia”, com mulher e filho a tiracolo.
Costumo contar sempre que pagamos
nossa mudança em 30 e 60 dias, não por
sermos bons negociadores, na verdade não
tínhamos dinheiro para fazê-lo à vista.
Particularmente, alimentava um sonho,
o de ser reconhecido como um bom
profissional. Trabalhava à noite no CESEC
e na época de safra, tirava meu direito à
férias e licença-prêmio para voar. Fazia isso
desde os tempos de instrutor no Aeroclube
de Passo Fundo, por 12 anos trabalhei
no banco a noite voando durante o dia
até o ano de 1994, quando me desliguei
definitivamente do Banco do Brasil. Quis
o destino que eu comprasse um avião
agrícola, num leilão. É como se diz, “estava
no lugar certo na hora certa”. Esse avião é
o saudoso PT-GXZ, e nele fui construindo a
empresa, errando e acertando, mas graças
a Deus mais acertos do que erros. Saldo
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tecnológicas
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 39
positivo que até hoje nos coloca como uma empresa
parceira confiável perante a comunidade.
Nos primeiros anos, tivemos alguns reveses, dois
acidentes em que as aeronaves ficaram destruídas,
mas novamente, com a graça de Deus, apenas danos
materiais. Isso nos fez repensar profundamente sobre
segurança operacional. Algo não estava indo bem, as
ações certas foram tomadas e passamos a trilhar o
caminho certo, qual seja, o da segurança de voo.
FAZER MAIS E MELHOR
Após já termos consolidado nossa posição de empresa
referência, algumas coisas ainda atrapalhavam a
execução das nossas atividades. Uma delas, o pouco
conhecimento da tecnologia de aplicação aérea por
parte dos técnicos responsáveis por prescrever os
produtos usados nas lavouras.
Faço aqui uns parênteses: nós, aplicadores,
aprendemos com os engenheiros agrônomos que
se dedicam ao estudo da tecnologia de aplicação,
mas eles são muito poucos, os demais não têm
nenhuma hora aula nas academias sobre o tema.
Era simplesmente entregar o produto ao operador
aero agrícola, e esse deveria fazer o melhor possível,
pois éramos os únicos responsáveis pelas misturas
e aplicações. Tínhamos misturas incompatíveis,
problemas com a qualidade da água, receituários
agronômicos mal preenchidos, etc...
Então, decidimos que era necessário resolver esses
problemas, na crença de que a aviação pode fazer sim
mais do que simplesmente aplicar, já que ela é um
Serviço Aéreo Especializado, precisa orientar, agir para
que o conhecimento chegue aonde está faltando. Penso
ser esse o maior insumo que todos, sem exceção,
temos que aplicar nas lavouras, o conhecimento.
PRODUTOS CERTOS NA HORA CERTA
Motivados por essa deficiência, trouxemos em algumas
ocasiões renomados pesquisadores e conhecedores da
Tecnologia da Aplicação Aérea para palestrar sobre o
tema aos produtores de Alegrete e região e criamos,
também a empresa ItagroAgro.
O primeiro passo foi aliarmo-nos a uma grande
empresa de produtos destinados à melhoria de
tecnologia de aplicação, a SPRAYTEC, (numa
tradução empírica, Tecnologia de Spray) com o intuito,
inicialmente, de entregar uma melhor aplicação aos
nossos clientes. Hoje, temos as certificações exigidas
para armazenar e comercializar defensivos agrícolas,
40 | agairupdate.com | Português
o nosso produtor encontra tudo isso em um mesmo
local, e pode usar o seu tempo para outras tarefas
importantes dentro da sua propriedade. Utilizando as
tecnologias disponíveis entre a tomada de decisão e a
sua efetiva aplicação otimizando o seu tempo.
Visamos, com isso, encurtar procedimentos e
providências, entre a decisão do que aplicar, quando
e como aplicar, pois, o produtor perde tempo
considerável nesse processo. Sair da propriedade,
comprar o produto e disponibilizá-lo para aplicação,
isso demanda um tempo precioso que não pode ser
desperdiçado nas janelas e condições de aplicação,
cada vez mais estreitas, tanto na agricultura como na
pecuária.
Para isso, a ITAGRO e ItagroAgro estão desenvolvendo
aplicativo para a viabilização e execução dessa ideia,
onde através de um simples “clic” do seu smartphone,
o produtor vai informar tudo que necessita e teremos
todas as informações para dispararmos as ações
imediatas para a sua consecução, aproveitando melhor
as janelas de aplicação. Usando as tecnologias de
comunicação disponíveis, o tempo entre a tomada
de decisão e a efetiva aplicação será encurtado
sobremaneira. Em um futuro muito próximo, o
produtor irá contratar não só os nossos serviços, mas
as melhores soluções que sua lavoura ou campo
necessita. Para isso estamos preparando técnicos
conhecedores de toda a cadeia produtiva. Nosso lema
hoje é “Produto certo na hora certa”.
A empresa CORTEVA nos brindou, também, com a
parceria exclusiva para a comercialização e aplicação
dos produtos para limpeza de campos nativos das
invasoras (problema crescente na região). Esses
produtos requerem cuidados especiais quanto a sua
aplicação e baseados no histórico da empresa esse
compromisso pode ser firmado.
“PENSAR NÃO DÓI”
A aviação agrícola é uma ferramenta importantíssima
para a agricultura e pecuária, e não é baixando preços
que ela será sustentável, hoje e no futuro. Temos várias
formas de entregar mais do que apenas aplicações
aéreas. Investirmos em conhecimento e levar esse
conhecimento ao nosso cliente é uma delas. Mostrar a
ele que precisamos é de valor não apenas preço.
Pense nisso—“Enquanto você reza, vá fazendo” -
Provérbio africano.
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Volume 22 Número 12 | agairupdate.com | 41
 LIVRE PARA VOAR
Gleice Silva - gleice.prevencao1@gmail.com
Meia-Idade, Menopausa e Escuta Psicológica
Meia-idade compreende o período entre 40 e 60 anos,
aproximadamente. No entanto, a idade cronológica
constitui um critério relativo e insuficiente para a
compreensão desta fase da vida considerada crítica,
ocasionada pelo desconhecimento que ocorre devido
a transformações físicas, psíquicas e sociais que aí
se entrecruzam. As mulheres enfrentam mudanças
significativas nesses anos intermediários da vida, onde
tem lugar o climatério e a Menopausa.
Fisiologicamente, menopausa se refere à cessação
definitiva da ovulação. No entanto, a OMS recomenda
que o termo seja utilizado para designar o processo
como um todo, e não apenas o cessar do fluxo
menstrual. Fenômeno natural na vida da mulher, a
menopausa tem sido frequentemente tratada como
doença, reduzindo sua complexidade à queda dos
níveis hormonais. Ondas de calor, sudorese, secura
vaginal, insônia, irritabilidade, dor de cabeça,
Ansiedade e sintomas depressivos, entre outras
queixas, podem estar presentes. Entretanto, as
mulheres vivenciam estas mudanças de maneira
diversificada, o que é reafirmado por estudos sociais e
culturais.
O corpo feminino se transforma: rugas, perda da
elasticidade da pele e da flexibilidade corporal, o
ganho de peso pela falta do estrógeno, sinalizam o
inevitável processo de envelhecimento, impactando
a autoimagem da mulher, até então tão valorizado
e badalado. Vivendo em sociedades que cultuam a
juventude, a beleza e a saúde e que desvalorizam o
idoso, é sem dúvida doloroso para a mulher enfrentar o
seu envelhecer. Ao se ver diante do “espelho negativo”
- estranheza ante a própria imagem que a mulher
de meia-idade vê diante do espelho, prenunciando a
velhice sob o ponto de vista estético.
Relações conjugais e familiares são igualmente
afetadas. Relacionamentos afetivos desgastados podem
implicar em separação ou sofrimento conjugal. Na
42 | agairupdate.com | Português
maioria das vezes é convocada a assumir funções que
a sobrecarregam. A aposentadoria pode afetar a mulher
em sua identidade e relações. Pais idosos demandam
cuidados que envolvem esforços econômicos e
psíquicos. O adoecimento e morte destes potencializam
o contato da mulher com a própria fragilidade e
finitude. Filhos na adolescência e mães na menopausa
geram conflitos provocando uma revisão dos papéis
sociais exercidos nos seus relacionamentos.
As transformações instauram na mulher de meia-
idade um processo de reavaliação psíquica envolvendo
tarefas como: aceitação e compreensão do corpo que
envelhece; aceitação e compreensão da limitação do
tempo e da morte; promovendo um desenvolvimento
espiritual resinificando seus valores de vida; preparação
para a velhice por meio de estratégias de prevenção e
promoção de saúde, incluindo vínculos sociais.
O trabalho clínico nos mostra que a mulher deseja
e precisa falar sobre conflitos que se manifestam,
ressurgem ou se intensificam na meia-idade e na
menopausa. Além das queixas físicas relativas à
menopausa, trajetórias de vida marcadas por violências
sexuais e físicas, conflitos familiares, situações de
abandono e de negligência, entre outras questões,
são expressas muitas vezes pela primeira vez nesse
trabalho. Tais vivências podem se manifestar em
sintomas/transtornos, como depressão e ansiedade.
A intervenção psicológica individual ou em grupo
com mulheres na meia-idade tem demonstrado
que compartilhar histórias de vida com outras que
atravessam a mesma etapa de vida possibilita a busca
de sentido para tantas transformações e desafios.
A escuta psicológica para a mulher nesse momento é
vital para sua saúde. Esta deve integrar uma proposta
de atenção integral à saúde da mulher de meia-
idade, além de outros componentes de uma equipe
multiprofissional.
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Nós recentemente estendemos nosso TBO
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casos, extensões de TBO de 400 horas
podem ser aprovadas. Estas extensões
dão a nossos clientes mais horas de voo,
melhor custo/beneficio e portanto mais
tranquilidade.
Nós investimos continuamente em pesquisa
científica de materiais e no desenvolvimento
necessário para aumentar a durabilidade
dos motores e peças genuínas Lycoming.
Este compromisso com a inovação vem
junto com uma rede de suporte mundial que
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Agrinautics..................................7
Agrotec.....................................16
AgSur Aviones...........................31
Air Tractor Inc.............................2
Apollo.........................................7
Covington Aircraft Engines..........44
DP Aviação/Frost Flying Inc. ......29
Embraer...................................23
Escapamentos João Teclis...........15
Gota.........................................37
Lycoming..................................43
Micro Vortex Generators...............7
Micron Sprayers Limited.............37
Mid-Continent...........................16
Pratt & Whitney Canada.......13, 33
SATLOC....................................39
STOL LTDA ..............................15
TAE Aerospace..........................41
Thrush Aircraft............................5
Transland .................................17
Travicar Ltda.............................27
Turbines Conversions LTD...........21
VMF.........................................19
Zanoni Equipamentos.................25
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