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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL,

ESTUDO DE IMPACTO E
CONTROLE AMBIENTAL

Prof. Alexandre Hiroyuki Kubota


alexhk1971@gmail.com
Módulo 1
Legislação Ambiental na Constituição Federal e Estadual do RJ.
Meios administrativos e judiciais de proteção ambiental.
Licenciamento Ambiental Federal
Competências do Licenciamento Ambiental
Módulo 2
Etapas do EIA:
Diagnóstico Ambiental
Avaliação de aspectos e impactos ambientais
Medidas mitigadoras, Compensação Ambiental
Programas Ambientais

Módulo 3
Normas de controle ambiental dando ênfase aos efluentes líquidos,
resíduos sólidos, PEI
Bibliograf ia Recomendada

Édis Milaré. Direito do Ambiente. Editora Revista dos Tribunais


7ª edição - 2011

Luiz Enrique Sánchez. Avaliação de Impactos Ambientais.


Oficina de Textos. 2015

Mini Código Administrativo - Coletânea de Legislação Administrativa -


RT – 2015 Odete Medauar - Edição 15ª/2015

Eduardo Fortunato Bim. Licenciamento Ambiental. Lumen Juris.


2018
Quantas Normas existem no
Brasil atualmente?

Cerca de 5,4 milhões de


Normas!!!!

www.conjur.com.br
Data de acesso: 17/06/2020
Quantas Normas Ambientais
existem no Brasil atualmente?

Cerca de 60 mil Normas!!!!

https://direitoambiental.com/procedimentos-ambientais-nos-meios-virtual-e-digital-durante-e-pos-pandemia/
Definições

Direito Ambiental
D e f i n i d o p o r To s h i o M u k a i c o m o :
“Um conjunto de normas e institutos jurídicos pertencentes a vários ramos do
Direito reunidos por sua função instrumental para a disciplina do comportamento
humano em relação ao seu meio ambiente.”
MUKAI, Toshio. Direito ambiental sistematizado, p.10. 2016

Carlos Gomes de Carvalho define-o como:


“Conjunto de princípios e regras destinados à proteção do meio ambiente,
compreendendo medidas administrativas e judiciais, como a reparação
Econômica e financeira dos danos causados ao meio ambiente e aos ecossistemas
de uma maneira geral”.
CARVALHO, Carlos Gomes de. Introdução ao direito ambiental, p. 140. 2011
 Príncípio da Prevenção

• O princípio remete ao dever de não poluir e arcar com


todos os custos na fase preventiva.

 Princípio d o Poluidor -Pagador

• Em caso de poluição, sujeita-se ao sistema de


responsabilização, nas esferas administrativa, penal e
cível.

 Princípio da Participação

• O meio ambiente é difuso, pertence a todos, onde a


p o p u l a ç ã o d e v e t e r a c e s s o e d e v e i n t e r a g i r, a t r a v é s d a
manifestação nos processos decisórios da avaliação
ambiental de empreendimentos.
Meios Administrativos de
Proteção ao Meio Ambiente

Esfera Constitucional
PIRÂMIDE DE KELSEN

CF

L COMPLEMENTARES

L ORDINÁRIAS

MEDIDAS PROVISÓRIAS

RESOLUÇÕES

PORTARIAS/INSTRUÇÕES
CUMPRIMENTO DA LEI

Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro


(Decreto –lei nº 4.657/1942)

Art. 3º N i n g u é m s e e s c u s a d e c u m p r i r a l e i ,
alegando que não a conhece.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma

coisa senão em virtude de lei.

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem
prévia cominação legal.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
TÍTULO III
Da Organização do Estado

CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos
autônomos, nos termos desta Constituição.

CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
ESTUDO DE CASO
TRF 1 – Processual Civil. Ação Civil Pública. Dano Ambiental Causado por
Agente Público. Responsabilidade Objetiva do Estado (CF/88 art. 37 § 6º ).
Abate de animais silvestres. Indenização devida. 2013.

 Nos termos do § 6º, do art. 37 da CF 88 (as pessoas jurídicas de


direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa) a
União é responsável pelo dano causado a seus agentes,
decorrente de abate de animais silvestres em treinamento
militar.
CONTINUAÇÃO
 O art.1º da Lei 5.197/1967 proíbe a caça ou apanha de animais
silvestres, configurando dano a fauna de animais silvestres durante
treinamento militar – incontroverso nos autos, não exigindo a lei
que se cuide de animais em extinção, bastando que se cuide de
animais que vivam fora do cativeiro.

 Mantém-se sentença que condenou a União e o agente causador de


dano ao meio ambiente, em solidariedade, ao pagamento de
indenização fixada com base nos valores especificados no Decreto
3.179/1999, de R$ 500,00 (por unidade abatida) porque não se trata
de espécie ameaçada de extinção mais multa de R$ 1.000,00 como
sanção pecuniária – art. 12 da Lei 9.605/98.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Art. 20. São bens da União:
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras,
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu
domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com
outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica
exclusiva;
VI - o mar territorial;
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo.
ESTUDO DE CASO
TRF 4 – Penal. Processual Penal. Crime Ambiental. Lei 9.605/98, art. 54.
Lançamento de resíduos , líquidos, gasosos e oleosos. Rio localizado
em praia marítima. Influência das marés. Bem da União.
RSE 5154 SC 2005.72.01 005154-9

 Em se tratando de delitos praticados contra o meio ambiente, a


jurisprudência dos Tribunais Superiores vem se consolidando no
sentido de que a competência é da Justiça Comum Estadual, de regra, o
processamento e o julgamento dos feitos que visem sua apuração.

 Na hipótese, o crime, em tese teria afetado as águas do Rio Acaraí,


situado no Balneário da Enseada/SC, logo em praia marítima. Potencial
dano em detrimento de bens, serviços ou de interesse da União,
competente é a Justiça Federal.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
XIV - populações indígenas;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e


dos Municípios:

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,


artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os
sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de
arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de
suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
Art. 24

§ 1º Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente sobre:
(...)

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo


e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens
e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
DOS ESTADOS FEDERADOS

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que


adotarem, observados os princípios desta Constituição.

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:


I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras
da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio,
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
C O M P E T Ê N C I A S L E G I S L A T I VA S
1 ) C O M P E T Ê N C I A S P R I VA T I VA S D A U N I Ã O (art. 22)
 Sobre determinadas matérias, somente à União é dado legislar, admitindo-
se, contudo, que, por lei complementar, o ente central autorize os Estados e o
Distrito Federal a legislarem sobre tópicos específicos dessas matérias.

2) C O M P E T Ê N C I A S C O N C O R R E N T E S D A U N I Ã O, D O S E S T A D O S
E D O D I S T R I T O F E D E R A L (art. 24)
Em determinadas matérias, compete à União estabelecer normas gerais, cabendo aos
Estados e ao Distrito Federal editar legislação suplementar, que pode ser de dois tipos:
 Complementar – complementa normas gerais editadas pela União;
 Supletiva – dispõe amplamente sobre a matéria, na ausência de normas
gerais editadas pela União.
3) COMPETÊNCIA E X C L U S I VA DOS MUNICÍPIOS E DO
D I S T R I T O F E D E R A L (art. 30, I, e 32, § 1º)
 Aplicável nos assuntos de interesse local.

4) C O M P E T Ê N C I A S U P L E M E N T A R D O S M U N I C Í P I O S E D O
D I S T R I T O F E D E R A L (art. 30, II)
 Complementa a legislação federal e estadual em assuntos que também sejam
de interesse local.
Quinta da Boa Vista – RJ

Exemplo de autonomia
delegada aos Municípios
Foto: Alexandre H. Kubota
01/05/2017
EXERCÍCIOS

1) Cabe exclusivamente à União legislar sobre:


a) Meio ambiente
b) Atividades nucleares de qualquer natureza
c) Defesa dos solos e dos recursos naturais

2) A competência exclusiva dos municípios refere-se a:


a) Legislar sobre as matérias de interesse regional
b) Legislar sobre as matérias de interesse local
c) Legislar sobre as matérias de interesse nacional
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

Capítulo VI
Do Meio Ambiente

Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente


equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade
de vida, impondo-se ao poder Público e à coletividade, o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito (meio ambiente


ecologicamente equilibrado), incumbe ao Poder Público:
Fonte: Água e Qualidade de Vida. Ciclo de palestras UNESP. Santos, Fabiane Raquel O., 2004.
Inciso I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais;

Inciso II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do

País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material

Genético.

Inciso III - Definir espaços territorialmente protegidos.

Inciso IV- Licenciamento ambiental

Inciso V- controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,

métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e

o meio ambiente.

Inciso VI – Promover a Educação Ambiental

Inciso VII – Proteger a fauna e a flora


Atenção: Estados possuem Constituição própria!

C O N S T I T U I Ç Ã O D O E S TA D O D O R I O D E J A N E I R O
CAPÍTULO VIII - DO MEIO AMBIENTE

Art. 261 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente saudável e


equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida,
impondo-se a todos, e em especial ao Poder Público, o dever de defendê-lo,
zelar por sua recuperação e proteção em benefício das gerações atuais e
futuras.
– XI - Determinar a realização periódica, preferencialmente por
instituições científicas e sem fins lucrativos, de auditorias nos
sistemas de controle de poluição e prevenção de riscos de
acidentes das instalações e atividades de significativo
potencial poluidor, incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de
sua operação sobre a qualidade física, química e biológica dos
recursos ambientais;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988

DOS ÍNDIOS – CF/1988

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus
bens.

§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais


energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só
podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as
comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados
da lavra, na forma da lei.
ESTUDO DE CASO

Comandante de navio impediu por duas vezes a subida de servidores do I b a m a


que tentavam realizar o trabalho de fiscalização ambiental.

O Comandante alegou que isso seria atribuição da Capitania dos Portos.

Pergunta: você considera acertada a decisão do Comandante ou existiria


prerrogativa dos servidores do Ibama em realizar a fiscalização?
L e i 9 . 6 05 / 9 8 – L e i d e C r i m e s A m b i e n t a i s
Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão
que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação
do meio ambiente.
§ 1 º São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental
e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais
integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA,
designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das
Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
§ 2 º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poder á dirigir
representação às autoridades relacionadas no par ágrafo anterior, para
efeito do exercício do seu poder de polícia.
Meios Administrativos de
Proteção ao Meio Ambiente

Esfera Infraconstitucional
Política Nacional de Meio Ambiente - Lei 6.938/81
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins de mecanismos
de formulação e aplicação, e dá outras providências.

Art.1º - Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23 e no art. 225
da Constituição, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins
e mecanismos de formulação e aplicação, constitui o Sistema Nacional do
Meio Ambiente (Sisnama) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental.

Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação,


melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses
da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios:
Art. 3º - Para os fins previstos nesta lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações
de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas;

II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das


características do meio ambiente;

III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de


atividades;

IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,


responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental;
Art. 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder
Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental,
constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim
estruturado:
I - Ó r g ã o S u p e r i o r : o Conselho de Governo;
II - Órgão Consultivo e Deliberativos: o Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama);
III - Órgão Central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República
(Semam/PR);
IV - Órgão Executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodversidade
(ICMBio);
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de
programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a
degradação ambiental;

VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle e


fiscalização das atividades referidas no inciso anterior, nas suas respectivas jurisdições.
Organograma do Sistema Nacional de Meio Ambiente – Decreto nº 99.274/90

Não fazem parte do


Sisnama!
Art. 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou
absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambiental e
as de relevante interesse ecológico, pelo Poder Público Federal, Estadual e
Municipal;
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa
Ambiental;
………..
XII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras
e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.
Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais,
efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento
ambiental.

§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva


concessão serão publicados no jornal oficial, bem como em periódico
regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de
comunicação mantido pelo órgão ambiental competente.
RESPONSABILIDADE EM
M AT É R I A A M B I E N TA L

 CIVIL

 ADMINISTRATIVA

 CRIMINAL (PENAL)
Esfera Civil
L ei n ° 6.938/81 – Política Nacional de Meio Ambiente
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas;
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do
meio ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos;
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação
ambiental;

Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da


qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;

……..

VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou


indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de
recursos ambientais com fins econômicos.
Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e
municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção
dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental
sujeitará os transgressores:
I - à multa simples ou diária,
II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder
Público;
III - à perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em
estabelecimentos oficiais de crédito;
IV - à suspensão de sua atividade.

§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o


poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a
indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros,
afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá
legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos
causados ao meio ambiente.
R E S P O N S A B I L I D A D E E M M A T É R I A D E A M B I E N TA L
C A R Á T E R R E PA R A T Ó R I O E P U N I T I V O

SIMPLES PRESENÇA DO AGENTE

DANO E O NEXO CAUSAL ENTRE A LESÃO E


D E T E R M I N A D A AT I V I D A D E

R E S P O N S A B I L I D A D E C I V I L O B J E T I VA

NÃO É NECESSÁRIA A CONFI GURAÇÃO DO ELEMENTO


SUBJETIVO

D O L O , C U L PA O U I L I C I T U D E D O AT O
L e i n º 1 0 . 4 0 6 / 2 0 0 2 – C ó d i go C i v i l

Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 187 – Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao


exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
L e i n º 1 0 . 4 0 6 / 2 0 0 2 – Có d i go C iv i l
CAPÍTULO I
Da Obrigação de Indenizar

Art. 927 – Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

§ único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa,


nos casos especificados em lei (Ex.: Art. 14 § único da Lei n˚ 6.938/81),
ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Lei nº 10.406/2002 – Código Civil
CAPÍTULO II
Da Indenização

Art. 934 – Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que

houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for

descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.

Art. 935 – A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo

questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor,

quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.

Art. 944 – A indenização mede-se pela extensão do dano.


Esfera civil:

 Reparação civil decorrente do dano causado;

 Recuperação/restauração da área atingida pelo


acidente.
ESTUDO DE CASO
TJ-RS. Apelação Cível. Direito Público não especificado. Dano ambiental não
comprovado (2016).

1. A legislação é clara ao definir como objetiva a responsabilidade do causador do


dano ambiental. Contudo, no presente caso, em que pese restar incontroverso
que foi realizada a queima de campo nativo, sem autorização, não houve
comprovação da existência de dano ambiental.
2. Assim, muito embora seja objetiva a responsabilidade, não se dispensa a
comprovação de prejuízo e do nexo de causalidade, não sendo autorizado
inferir dano a partir da mera constatação de cumprimento de norma
administrativa.
Esfera Criminal (Penal)
Responsabilidade Penal
CF 1988 CAPÍTULO VI – DO MEIO AMBIENTE
Art. 225.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

 Lei n° 9.605/98 e Decreto nº 6.514/2008

 RJ: Lei nº 3.467/2000; 5.502/09; 5.690/10 e Decreto nº 46.268/18

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do


patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos.
Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e

atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível,

fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e

cálculo de multa.

Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível

poderá ser aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório.


D E T E R M I N A DA P E L A C U L PA B I L I DA D E

 Os crimes ambientais podem ser punidos a título de


dolo ou culpa.
 Crime doloso
 É a consciência do resultado danoso de sua conduta
que poderá causar dano a outrem.
 Dolo eventual
 O a ge n te a s s u m e o r i s co d e p ro d u z í - l o.
 Espécie comum nos crimes ambientais.
 Crime culposo
 O agente deu causa ao resultado por imprudência,
imperícia ou negligência.
 O agente deixando de empregar com atenção ou
diligência de que era capaz em face das
circunstâncias, não previu o caráter delituoso de sua
ação ou supôs levianamente que não se realizaria.
Imperícia

 Falta de aptidão para o exercício de determinada profissão


ou arte.

Imprudência

 Prática de um ato perigoso.

N e g l i gê n c i a

 Ausência de precaução ou indiferença em relação ao


ato realizado.
TIPOS DE PENAIS
1. P R I V A T I V A D E L I B E R D A D E :
1.1. D E T E N Ç Ã O : Pena que se cumpre com rigor penitenciário menor
que o da reclusão;
1.2. R E C L U S Ã O : Pena rigorosa, para ser cumprida em penitenciária,
com estágios diversos, e que a lei comina aos crimes de maior
gravidade.
2. M U LTA

3. P E N A S R E S T R I T I VA S D E D I R E I T O S :

3.1. Prestação de serviços à comunidade: atribuição ao condenado de


tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de
conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou
tombada, na restauração desta, se possível.
3.2. Interdição temporária de direitos: proibição de o condenado contratar com o
Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios,
bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de
crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos;
3.3. Suspensão parcial ou total de atividades (quando estas não estiverem
obedecendo às prescrições legais);
3.4. Prestação pecuniária: pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública
ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um
salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor
pago ser á deduzido do montante de eventual reparação civil a que for
condenado o infrator.
3.5. Recolhimento domiciliar: baseia-se na autodisciplina e senso de
responsabilidade do condenado, que dever á, sem vigilância, trabalhar,
frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido
nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a
sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.
EXERCÍCIOS
1. Piloto de moto aquática habilitado bebeu duas doses de bebida alcoólica e
bate seu veículo matando o ocupante de outro veículo. Ele agiu com:
a) Dolo
b) Dolo eventual
c) Culpa
2. Piloto de moto aquática habilitado, navegando acima da velocidade em local
com restrição, bate a moto em outro veículo ferindo o outro piloto. Ele agiu
com:
a) Dolo
b) Dolo eventual
c) Culpa
3. Piloto de moto aquática habilitado viu antigo “inimigo” da escola. Discute e
avança com seu veículo sobre o “inimigo” provocado a sua morte. Ele agiu
com:
a) Dolo
b) Dolo eventual
c) Culpa
EXERCÍCIOS
4. Empresa que produz produtos químicos e gera resíduos perigosos contratou
transportadora para destinação final de seus resíduos. No percurso houve
acidente e a carga foi derramada atingindo um rio que abastece uma cidade.

a) Qual empresa será responsável pela reparação do dano ambiental?


b) A responsabilização civil pela reparação do dano é subjetiva ou
objetiva
c) A responsabilidade criminal independe de culpa?

5. Empresa X comprou um terreno da empresa Y para construção de condomínio


residencial e no decorrer das obras foi descoberto um passivo ambiental que
não só impede a construção como também requer a remediação do solo.
a) Qual empresa será responsável pela reparação do dano ambiental?
ESTUDO DE CASO
TRF 1 – Agravo de Instrumento (2014)
Desapropriação agrária. Imissão de posse. Bloqueio de parte do valor da
oferta. Desconto do valor do passivo ambiental. Impossibilidade.

 Carece de amparo legal o pedido da expropriante, de bloquear do


valor da oferta a quantia que aponta pertinente ao “passivo
ambiental”. O denominado “passivo ambiental”, se comprovado,
deve ser assumido pelo adquirente.
Esfera Administrativa
T U T E L A A D M I N I S T R AT I VA D O M E I O A M B I E N T E
 O PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL

Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário
aplicáveis à União, Estados e Municípios.

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato
Complementar nº 31, de 1966)

Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando


desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou
desvio de poder.
O PODER DE POLÍCIA AMBIENTAL

 “Assim, o Poder de Polícia é prerrogativa da Administração Pública, que


legitima a intervenção na esfera jurídica do particular em defesa de
interesses maiores relevantes para a coletividade, e desde que fundado
em lei anterior que defina seus contornos”.

 O Poder de Polícia Adminstrativa é prerrogativa do Poder Público,


particularmente do Executivo, e é dotado dos atributos da
discricionariedade, da autoexecutoriedade e da coercibilidade, inerentes
aos atos administrativos. Pode ser exercido diretamente ou por
delegação; tal delegação, porém, requer esteio legal, não podendo ser
arbitrária, nem ampla, nem definida”

(Édis Milaré. Direito do Ambiente. 7 ed. Revista dos Tribunais, 2011, p. 1132)
L e i Co m p l e m e n t a r 1 4 0 / 2 0 1 1

Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização,


conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração
ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à
legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou
autorizada.

§ 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração


ambiental decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de
recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir
representação ao órgão a que se refere o caput, para efeito do exercício
de seu poder de polícia.
ESTUDO DE CASO
TRF 4 – Apelação Cível (2015)
Direito administrativo. Auto de infração. Multa. Licenciamento ambiental.
Nulidade.
As decisões administrativas devem ser motivadas formalmente, vale dizer que a
parte dispositiva deve vir precedida de uma explicação ou exposição de
fundamentos (motivos-pressupostos) e de direito (motivos determinantes da lei).
Conclui-se ser da FATMA a competência do licenciamento ambiental, é dela
também a competência para apurar eventual infração à legislação ambiental, ou
seja, o IBAMA em nada deve interferir no procedimento, já que os
empreendimentos e atividades são licenciados por um único ente federativo, no
caso o Estado.
ESTUDO DE CASO
TRF 1 – Apelação Cível – 2018
ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL. APELAÇÃO. MULTA. LEI 9605/98.
SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO DESAUTORIZADA. VICIO DE LEGALIDADE E
RESERVA LEGAL.

1. Lavrado auto de infração pelo Ibama, em que se imputa prática de suprimir vegetação
nativa na Amazônia Legal sem autorização prévia do órgão ambiental competente.
2. A previsão específica ambiental e respectiva penalidade em ato infralegal (Decreto
3.179/99) não viola a legalidade nem a reserva legal.
3. A competência constitucional para fiscalizar é comum aos órgãos de meio ambiente
das diversas esferas da federação inclusive a Lei 9.605/98 prevê tal competência a todos
os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sisnama.
4. Na hipótese examinada, na data de autuação do Ibama, a autora da ação não se
encontrava autorizada por nenhum órgão ambiental a realização da supressão, razão
que de ser validada a ação da autarquia federal, no uso da competência supletiva,
porquanto a administrada já havia transgredido a norma, sem que fosse por outro
órgão autuada.
5. A LO expedida pelo órgão estadual refere-se somente ao funcionamento do
empreendimento.
L e i Fe de ral 9.605/98 - L e i de Crime s Ambie ntais

Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o
disposto no art. 6 º:
I - advertência;
II - multa simples;
III - multa diária;
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos,
petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
V - destruição ou inutilização do produto;
VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - embargo de obra ou atividade;
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total de atividades;
X – (VETADO)
XI - restritiva de direitos.
 I N S T R U Ç Ã O N O R M A T I VA n º 6 D E 1 5 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 8

Institui, no âmbito do Ibama, a regulamentação dos procedimentos


necessários à aplicação da conversão de multas em serviços de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

 Conversão de multa: procedimento especial para convolação da multa consolidada


em serviços de prestação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, a
partir da conversão do valor pecuniário correspondente;

 Programa Nacional de Conversão de Multas do Ibama (PNCMI): programa


elaborado pelo Ibama, com revisão bienal, que estabelece as diretrizes, os temas
prioritários e os parâmetros de âmbito nacional, bem como outros elementos
técnicos necessários para a propositura e execução de projetos de conversão de
multas aplicadas pelo Instituto.
 III - Programa Estadual de Conversão de Multas do Ibama (PECMI):
subprograma do PNCMI, elaborado e proposto pela Superintendência Estadual
do Ibama, para avaliação e aprovação pelo Conselho Gestor do Instituto, com
revisão bienal, que contemplará, à luz do programa nacional, as prioridades
territoriais a serem aplicadas em cada estado para a propositura e execução de
projetos de conversão de multas na jurisdição das Superintendências, e os
demais elementos técnicos previstos nesta Instrução Normativa.
Superior Tribunal de Justiça – responsabilidade administrativa é objetiva?
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC*.
INOCORRÊNCIA. DANO AMBIENTAL. ACIDENTE NO TRANSPORTE DE
ÓLEO DIESEL. IMPOSIÇÃO DE MULTA AO PROPRIETÁRIO DA CARGA.
IMPOSSIBILIDADE. TERCEIRO. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA.
I – A Corte de origem apreciou todas as questões relevantes ao deslinde da
controvérsia de modo integral e adequado, apenas não adotando a tese vertida
pela parte ora Agravante. Inexistência de omissão.
II – A responsabilidade civil ambiental é objetiva; porém, tratando-se de
responsabilidade administrativa ambiental, o terceiro, proprietário da carga,
por não ser o efetivo causador do dano ambiental, responde subjetivamente
pela degradação ambiental causada pelo transportador.

AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 62.584 - RJ (2011/0240437-3)


Enquanto a responsabilidade civil ambiental é objetiva, a
responsabilidade administrativa ambiental é subjetiva conforme
entendimento doutrinário dominante e consolidação da
jurisprudência da 2ª Turma do STJ (REsp 1.401.500/PR e REsp
1.251.697/PR).
http://varesponse.veirano.com.br/pt/o-stj-e-a-subjetividade-da-responsabilidade-administrativa-ambiental/
Ação Civil Pública
 Lei no 7.347, 24 de julho de 1985
Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e dá
outras providências.

Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as
ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados:
I - ao meio-ambiente;
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o
dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa.
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas
as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o
mesmo objeto.
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I - o Ministério Público;
II - a Defensoria Pública;
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;
V - a associação que, concomitantemente:
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;

§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará


obrigatoriamente como fiscal da lei.
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos
deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes.
§ 3º Em caso de desistência ou abandono da ação por associação legitimada, o
Ministério Público assumirá a titularidade ativa.
§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada,
o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E DOS ESTADOS

 Tem a função de exercer a defesa do interesse público previsto na


Constituição Federal e dos Estados.

 Não tem papel de licenciar ambientalmente empreendimentos.

 Ele age mediante representação ou quando uma situação ou conduta acarrete


um prejuízo à sociedade (interesses difusos/coletivos).
ESTUDO DE CASO
TJ/RS – 2018

Apelação civil. Ação Civil Pública. Loteamento irregular. Ausência de


licenciamento ambiental. Dano ambiental não comprovado. Conjunto probatório
abstrato e insuficiente.
Embora seja objetiva a responsabilidade em matéria ambiental, na qual se
dispensa a verificação de culpa, faz-se necessária todavia a comprovação de
ocorrência de dano, para fins de responsabilização. Hipótese em que o conjunto
probatório juntado pelo autor civil público mostra-se insuficiente, uma vez que
não comprovou o dano propriamente dito e a efetiva ocorrência de degradação
ambiental do responsável, a ensejar a indenização postulada, revelando-se
demasiadamente abstrata a argumentação trazida nos autos.
ESTUDO DE CASO
TJ/MG – 2019

Agravo de Instrumento. Ação Civil Pública. Omissão da Administração. Dever do


município. Lançamento de efluente em curso d´água. Ausência de tratamento.

Submetem-se ao controle jurisdicional, as condutas da Administração Pública no


âmbito das políticas públicas diante da constatação de omissão que afronta a
direitos e garantias constitucionais. Diante da situação de risco a danos ao
patrimônio público, às residências e à incolumidade dos moradores, o dever de
agir da Administração Municipal não está submetida a critérios de oportunidade e
conveniência, mas decorre do comando constitucional e legal, devendo cumprir
seu papel de agir.
ESTUDO DE CASO
Justiça exige licenciamento ambiental para a atividade do
Depósito Central de Munições do Exército – 2019. Ação Civil
P ú b l i c a . M P F.

 Descarte de munição e explosivos promovido no Depósito Central de Munições


do Exército Brasileiro impacta o meio ambiente que conforme o Ibama se
posiciona pela necessidade do licenciamento ambiental desde 2009:
 o “Depósito deve contar com um sistema de gestão ambiental que compreenda
as medidas de mitigação, controle e monitoramento ambiental cabíveis, além
das medidas de remediação que se fazem necessárias”.

http://www.mpf.mp.br/rj/sala-de-imprensa/noticias-rj/justica-exige-licenciamento-ambiental-para-a-atividade-do-deposito-central-de-municoes-do-
exercito - data de acesso: 12/9/2020.
Sistemas
M O D E LO S I M PL I F I C A D O D E U M S I ST E M A

Positiva
Negativa
Entrada Saída

Ambiente Processamento Ambiente

Retroalimentação
Por que licenciar e controlar ambientalmente atividades,
empreendimentos ?

Salinópolis
220 Km de Belém/PA
Por que licenciar e controlar ambientalmente atividades,
empreendimentos ?
Princípio da Prevenção (vir antes)
LICENCIAMENTO AMBIENTAL

PREVENÇÃO ESTUDOS AMBIENTAIS (EIA)

AUDITORIA AMBIENTAL

Licenciamento Ambiental
1º - Antever o impacto ambiental
2º - Mitigar os impactos negativos
3º - Compensar o meio ambiente
O QUE SIGNIFICA LICENCIAMENTO AMBIENTAL?

 É o ato administrativo no qual o poder público, representado


por órgãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e
a operação de atividades, que utilizam recursos naturais ou
que sejam consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras.

 É a obrigação do empreendedor, prevista em lei, buscar o


licenciamento ambiental junto ao órgão competente, desde as
etapas iniciais de seu planejamento e instalação até sua efetiva
operação.
AU T O R I Z AÇÕ E S E L I C E N Ç A S N O D I R E I T O
A D M I N I S T R AT I VO

 Autorização (envolve interesse) – “o ato administrativo


discricionário e precário mediante o qual a autoridade
competente faculta ao administrado, em casos concretos, o
exercício e a aquisição de um direito, em outras circunstâncias,
sem tal pronunciamento proibido”. (José Cretella Jr. Manual de direito
administrativo. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1979, p. 239)
ATO N OVO

 Licença (envolve direito) – ato administrativo vinculado e


definitivo, que implica a obrigação do Poder Público atender a
súplica do interessado, uma vez atendidos, exaustivamente, os
requisitos legais pertinentes. (Édis Milaré. Direito do Ambiente. 7 ed. Revista dos
Tribunais, 2011, p. 510)
DECL ARA UM DIREITO PRÉ-EXISTENTE
O QUE SIGNIFICA LICENCIAMENTO AMBIENTAL?
 O licenciamento ambiental é uma das manifestações do poder
de polícia do Estado, que é o poder de limitar o direito
individual em benefício da coletividade (conceito jurídico
expresso no art. 78 do Código Tributário (Lei Federal nº 5.172,
de 25 de outubro de 1966).

CF 1988
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na


livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social.
 Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos
públicos, salvo nos casos previstos em lei.
O Q U E S I G N I F I C A U M A L I C E N Ç A A M B I E N TA L ?

Sistemas Ecológicos

Sistemas Políticos Licença Ambiental Sistemas Jurídicos

Sistemas Econômicos
A regra é o
conflito!

Adaptado de: Rosa, Patricia Silveira da.


O Licenciamento Ambiental à Luz da Teoria dos Sistemas Autopoiéticos. Lumen Juris, 2009
L e i Fe d e r a l 9 . 6 0 5 / 9 8 - L e i d e C r i m e s A m b i e n t a i s

 Seção III - Da Poluição e outros Crimes Ambientais

Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer


parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços
potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais
competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares
pertinentes:

• Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas


cumulativamente.
Principais
Legislações e Resoluções
Conama

Licenciamento Ambiental
RESOLUÇÃO CONAMA 01/86

Art. 1º. Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas,


químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria
ou energia resultante das atividades humanas

I – saúde;
II - as atividades sociais e econômicas;
Etc.

Art 2º - dependerá de elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo


Relatório de Impacto Ambiental - Rima, a serem submetidos à aprovação do
órgão estadual competente e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de
atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:

III - Portos, terminais de minério, petróleo


V - Oleodutos, gasodutos
VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão)
XII - Complexo e unidades industriais (petroquímicos, destilarias de álcool,
etc).
Art. 6º. O estudo de impacto ambiental desenvolverá no mínimo, as seguintes
atividades técnicas:
I- diagnóstico da área de influência do projeto (...)

a) meio físico - o subsolo, as águas, o ar,clima, etc.

b) meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e flora e etc.

c) meio socioeconômico - o uso e a ocupação do solo, os usos da água e a


socioeconomia, etc.

II – análise dos impactos ambientais do projeto e suas alternativas ...

III – definição de medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas


equipamentos de controle, etc.

IV – elaboração de programa de acompanhamento e monitoramento (impactos


positivos e negativos) indicando fatores e parâmetros a serem considerados).
R E S O LU Ç ÃO CO N A M A 2 3 7 / 9 7
Art 2º - A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e
operação de empreendimentos e atividades utilizadores de recursos
ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os
empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação
ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental
competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

Art. 7º - Os empreendimentos e atividades serão licenciados em um único


nível de competência, conforme estabelecido nos artigos anteriores.

Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência e controle,


expedirá as seguintes licenças

 Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento,


atestando a viabilidade ambiental
 Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento
 Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade, após a
verificação do efetivo cumprimento do que consta as licenças anteriores.
ÓRGÃOS
INTERVENIENTES
PORTARIA INTERMINISTERIAL MMA/MJ/MC/MS n° 60/2015

Estabelece procedimentos administrativos que disciplinam a atuação dos órgãos e


entidades da administração pública federal em processos de licenciamento
ambiental de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis-IBAMA.

Os MINISTROS DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, DA JUSTIÇA, DA CULTURA


E DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhes confere o art. 87, parágrafo único,
inciso II, da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto no art. 14 da Lei no
11.516, de 28 de agosto de 2007, resolvem:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art.1° Esta Portaria estabelece procedimentos administrativos que disciplinam a


atuação da Fundação Nacional do Índio-FUNAI, da Fundação Cultural Palmares-
FCP, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN e do
Ministério da Saúde nos processos de licenciamento ambiental de competência do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -
IBAMA.
Art. 2° Para os fins desta Portaria entende-se por:

I - estudos ambientais - estudos referentes aos aspectos ambientais relacionados a


localização, instalação, operação e ampliação de atividade ou empreendimento,
apresentados como subsídio para a análise da licença requerida;

II - bens culturais acautelados em âmbito federal:


III - Ficha de Caracterização da Atividade-FCA - documento apresentado pelo
empreendedor, em conformidade com o modelo indicado pelo IBAMA, em que
são descritos:

a) os principais elementos que caracterizam a atividade ou o empreendimento;

b) a área de localização da atividade ou empreendimento, com as coordenadas


geográficas e o shapefile;
c) a existência de intervenção em terra indígena ou terra quilombola, observados
os limites definidos pela legislação;

d) a intervenção em bem cultural acautelado, considerada a área de influência


direta da atividade ou do empreendimento;

e) a intervenção em unidade de conservação, compreendendo sua respectiva zona


de amortecimento;

f) as informações acerca da justificativa da implantação do projeto, de seu porte,


da tecnologia empregada, dos principais aspectos ambientais envolvidos e da
existência ou não de estudos, dentre outras informações; e

g) a existência de municípios pertencentes às áreas de risco ou endêmicas para


malária;
FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO – INSTRUÇÃO
N O R M AT I VA 0 2 / 2 0 1 5

 Estabelece procedimentos administrativos a serem observados pela


Fundação Nacional do Índio - Funai nos processos de licenciamento
ambiental.

I N S T I T U T O D O PA T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O E A R T Í S T I C O
N A C I O N A L – I N S T R U Ç Ã O N O R M A T I VA 0 1 / 2 0 1 5

 Estabelece procedimentos administrativos a serem observados pelo


Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional nos processos de
licenciamento ambiental dos quais participe.

FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES – IN 01/2015

 Estabelece procedimentos administrativos a serem observados pela


Fundação Cultural Palmares nos processos de licenciamento ambiental dos
quais participe.
ESTUDO DE CASO
Governo deve apresentar nesta tarde proposta para conflito entre quilombolas e Marinha.
2012 – Agência Brasil.

Brasília - O governo federal dever apresentar nesta tarde uma proposta de acordo para
resolver o impasse envolvendo a comunidade quilombola Rio dos Macacos, localizada em
Simões Filho (BA), e a Marinha do Brasil. A expectativa é dos próprios moradores, que
foram convidados para reunião às 14h30 de hoje (30) na sede da Advocacia-Geral da União
(AGU), em Brasília.

A área de cerca de 300 hectares (um hectare corresponde a um campo de futebol de


medidas oficiais) onde funciona também uma vila militar é disputada, na Justiça, pela
Marinha, que conseguiu vencer uma ação de reintegração de posse contra as 67 famílias já
reconhecidas como quilombolas que vivem no local.

De acordo com o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) elaborado pelo


Incra, as pessoas que vivem na área são de fato quilombolas, descendentes de escravos
levados à região para trabalhar em fazendas que, durante o período colonial, produziam
cana-de-açúcar para o Engenho de Aratu. Os descendentes desses escravos permaneceram
no local mesmo após a decadência do engenho.

Obs. do professor: o objetivo é trazer a discussão técnica e não discutir o mérito.


ESTUDO DE CASO
TRF – 1ª Região – Apelação Cível
Constitucional e Administrativo . Ação Civil Pública. Terras Indígenas. Parque
Nacional da Serra da Neblina. Ausência de aquiescência prévia do MPF, Ibama,
Funai. Afronta aos princípios da legalidade e à orientação jurisprudencial do STF
sobre a matéria.

 A CF 1988, art. 231, dispõe que “são reconhecidos aos índios sua organização
social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as
terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las,
proteger e fazer respeitar todos os seus bens”.
 STF fixou orientação de que o usufruto de terras indígenas é conciliável, desde
que tudo se processe sob a liderança institucional da União, controle do MPF e
atuação da Funai.
 Paralisação do projeto de construção de estrada vicinal, ligando o km 112 da
BR307 ao 5º Pelotão Especial de Fronteira do EB, instalado em área adjacente à
aldeia Araibu, pertencente aos índios ianomâmi, região Matucará, São Gabriel
da Cachoeira (AM).
COMPETÊNCIAS DO
LICENCIAMENTO
AMBIENTAL
Art. 7° da Lei Complementar nº 140/2011
Ibama
Atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional a saber:

I - localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;


no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva;
em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União.
II - localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados;
III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do
País ou de um ou mais Estados;
IV - destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar,
armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem
energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN;
V- bases ou empreendimentos militares.
Art. 8° da Lei Complementar n º 140/2011

Órgãos Estaduais de Meio Ambiente

- XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou


empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar
degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e 9o;
- XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou
empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de
conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção
Ambiental (APAs);
Art. 9° da Lei Complementar n º 140/2011
Órgãos Municipais de Meio Ambiente

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja


atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao
Município;
XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta
Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou
empreendimentos:
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local,
conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio
Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da
atividade;
L ei 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente

Art. 17 - Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio


Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA:

Inciso II: Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente


Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, para registro
obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades
potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e
comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente,
assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora.
ESTUDO DE CASO
Uma Academia Militar lançou edital para contratação de empresas interessadas
em realizar o reparo de equipamentos pesados.

Foi solicitado a impugnação do edital por dois motivos:


1. Ausência da exigência de licença ambiental;
2. Ausência da exigência do registro no CREA por parte da empresa prestadora
de serviço.
 O parecer do pregoeiro em relação à licença ambiental foi que a exigência do
documento no Estado onde está localizada a Academia, limitaria a participação
de outros interessados, uma vez que o maquinário deveria ser consertado na
sede da empresa;

 Houve entendimento de que o registro no CREA não seria aplicável.


 Você concorda com as duas alegações do pregoeiro? O CTF também deveria ser
exigido?
Justifique sua resposta.
Uma OM necessita de CTF do Ibama de APP ou utilizadoras de
recursos naturais?

 O acesso ao Sistema do Ibama necessita de certificado digital do tipo A3.


 A Instrução Normativa 06/2013 do Ibama determina as atividades passíveis
de registro.
 Ex.: fabricação de materias metálicos, substâncias químicas, gases
industriais.
 Obs. importante: comércio de podutos químicos, madeiras, mobiliário
requer CTF do Ibama.
Qual a diferença entre CTF/APP e Atividades e Instrumentos de
Defesa Ambiental (AIDA)?

 O primeiro segue as orientações do slide anterior.


 O segundo é relativo às empresas e pessoas físicas que
trabalham com problemas ecológicos e ambientais
(consultorias de uma forma geral).
 Uma empresa pode ter CTF/APP e AIDA?
 Sim, pode.
DEFINIÇÕES
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) - O EIA compreende o detalhamento
técnico-científico associado aos meios físico, biótico e antrópico, à inserção do
empreendimento em uma região, aos impactos provocados, às medidas
necessárias e aos programas ambientais correspondentes.
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) - documento que consubstancia, de
forma objetiva, as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), elaborado
em linguagem corrente adequada à sua compreensão pelas comunidades afetadas
e demais interessados. O RIMA reflete as conclusões do EIA, segundo a própria
Resolução 01/86 do CONAMA
Área de Influência - área potencialmente afetada, direta ou indiretamente, pelas
ações a serem realizadas nas fases de planejamento, construção e operação de uma
atividade.
Diagnóstico Ambiental - parte do estudo de impacto ambiental destinada a
caracterizar a situação do meio ambiente na área de influência, antes da execução
do projeto, mediante completa descrição e análise dos fatores ambientais e suas
interações.
Aspecto Ambiental – elemento das atividades, produtos e serviços de uma
organização que podem interagir com o meio ambiente

Impacto Ambiental – qualquer troca com o meio ambiente , seja adverso ou


benéfico, resultante no todo ou em parte das atividades, produtos ou serviços de
uma organização.

Medidas Mitigadoras - aquelas destinadas a corrigir impactos negativos ou a


reduzir sua magnitude.

Medidas Compensatórias - aquelas destinadas a compensar a sociedade ou um


grupo social pelo uso de recursos ambientais não renováveis, ou pelos impactos
ambientais negativos inevitáveis.

Análise de Risco - é a estimativa qualitativa ou quantitativa do risco de uma


instalação, com base em uma avaliação técnica, mediante identificação dos
possíveis cenários de acidente, suas frequências de ocorrência e consequências.
F LU XO G R A M A DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Empreendimento potencialmente poluidor e/ou utilizador


de recursos naturais

Licenciamento Ambiental
EIA/Rima
PCA, etc.

Licença Prévia (LP) Controle Operacional


Licença de Instalação (LI) LI
Licença de Operação (LO) LO
FLUXO DO EIA
Detalhamento das etapas do EIA
 Caracterização do empreendimento;
 Definição das áreas de influência diretamente afetada, direta e indireta
 Diagnóstico ambiental: meios físico, biótico e socioeconômico;
 Análise integrada;
 Definição de aspectos e impactos ambientais: do empreendimento para cada
meio;
 Estabelecimento de medidas mitigadoras;
 Proposição de medias compensatórias;
 Prognóstico ambiental: meio ambiente com e sem empreendimento;
 Conclusão: empreendimento viável ou não.
Estudo de Impacto Ambiental

 Avaliar a viabilidade ambiental do empreendimento e fornecer subsídios


para o seu licenciamento (LP) junto ao órgão ambiental competente;

 Complementar e ordenar uma base de dados temáticos sobre a região onde


se inserem as obras propostas;

 Permitir, através de métodos e técnicas de identificação/avaliação de


impactos, o conhecimento e o grau de transformação que a região sofrerá
com a introdução das obras propostas, como agente modificador;
Estudo de Impacto Ambiental

 Estabelecer programas que visem prevenir, mitigar e/ou compensar os


impactos negativos e reforçar os positivos, promovendo, na medida do
possível, a inserção regional das obras propostas;

 Caracterizar a qualidade ambiental atual e futura da Área de Influência;

 Definir os programas de acompanhamento/monitoramento que deverão ser


iniciados e/ou continuados durante e/ou após a implantação do
empreendimento.
 Área Diretamente Afetada – ADA – a área necessária para a implantação do
empreendimento, incluindo suas estruturas de apoio, vias de acesso privativas que
precisarão ser construídas, ampliadas ou reformadas, bem como todas as demais
operações unitárias associadas exclusivamente à infraestrutura do projeto.

 Área de Influência Indireta – AID – constituir-se-á pela área atingida pelos


efeitos induzidos pelo empreendimento.

 A Áreas de Influência Direta – AII – constituir-se-ão pelas áreas atingidas pelo


empreendimento (reservatórios, obras civis e de apoio, dentre outros).
Á R E A D E I N F LU Ê N C I A D I R E TA :
 Identificação dos aglomerados urbanos e famílias atingidas.

 Famílias e estabelecimentos rurais atingidos.

 Atividade agropecuária.

 Atividades extrativas minerais.

 Estabelecimentos industriais, comércio e serviços.

 Estabelecimentos institucionais.

 Levantamento de campo na área de intervenção do projeto, com intuito de


identificar vestígios arqueológicos em superfície e no subsolo, bem como,
monumentos culturais, objetos de valor cultural e arqueológico, formas de
ocupação paisagística histórica, paisagens com cunho cultural, relações de
caminhos e trilhas tradicionalmente turísticas.
Á R E A D E I N F LU Ê N C I A I N D I R E TA :
 Apresentar dados sobre dinâmica populacional dos municípios atingidos pelo
projeto.
 Apresentar dados sobre casos de doenças endêmicas.
 Indicar a infraestrutura dos municípios envolvidos pelo projeto.
 Economia urbana.
 População e rendimentos.
 Educação.
 Saúde.
 Habitação.
 Turismo e lazer.
 Finanças públicas municipais.
 Apresentar o perfil energético da área.
 Indicar as principais atividades econômicas desenvolvidas.
 Apresentar dados sobre o uso e ocupação do solo.
 Levantamentos de edificações que podem ser afetados pelas mudanças das
condições ambientais.
 Atividades Econômicas Rurais – apresentar dados sobre a estrutura fundiária das
terras.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Resolução CONAMA n° 01/86, de 23.01.86
No artigo 11, § 2º, dispôs sobre as Audiências Públicas
Resolução CONAMA n° 09/87, de 03.12.87
Regulou as Audiências Públicas

FINALIDADE
Proporcionar aos cidadãos o conhecimento do conteúdo do RIMA, divulgando
informações, recolhendo as críticas e sugestões da sociedade interessada na
implantação dos empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos
ambientais ou modificadoras do ambiente, de modo a subsidiar a decisão
quanto ao seu licenciamento ambiental.
AVA L I A Ç Ã O D E I M PA C T O A M B I E N TA L

Definições:
 Atividade que visa identificar, prever, interpretar e comunicar
informações sobre as consequências de uma determinada ação sobre a
saúde e o bem estar humanos (Munn, 1975, p.23).

 Um processo sistemático que examina antecipadamente as


consequências ambientais de ações humanas (Glasson, Trerivel e
Chadwick, 1999, p. 4).

 O processo de identificar, prever, avaliar e mitigar os efeitos relevantes


de ordem biofísica, social ou outros de projetos ou atividades antes que
decisões importantes sejam tomadas (IAIA, 1999).
Exemplos de relações atividade -aspecto-impacto ambiental –
Sánchez, 2006

ASPECTO IMPACTO
ATIVIDADE

Redução da disponibilidade
Lavagem de roupa Consumo de água hídrica

Lançamento de água
Lavagem de louça com detergente Eutrofização

Pintura de uma peça Emissão de compostos Deterioração da qualidade


metálica orgânicos voláteis do ar

Armazenamento de Contaminação do lençol


Vazamento
combustível subterrâneo

Transporte de cargas
Emissão de ruídos Incômodo aos vizinhos
por caminhões

Transporte de cargas Maior frequência de


Aumento do tráfego
por caminhões congestionamentos
DA N O A M B I E N TA L X I M PAC TO A M B I E N TA L
Sanchez, 2015

Avaliação de dano Avaliação de impacto


ambiental ambiental

tempo

Passado Presente Futuro


ATIVIDADES TRANSFORMADORAS
 Interações com o ambiente produzidas pela implantação e operação do
empreendimento, geradoras dos impactos ambientais.

 Magnitude - “Medida da gravidade da alteração de parâmetro ambiental


(consideram-se questões como a extensão do impacto, sua periodicidade e seu grau
de modificação).

 Significância - indica a importância do impacto no contexto da análise. É


classificada como alta, média ou baixa.

 Natureza - indica se i impacto ambiental é positivo ou negativo:

 Impacto positivo (ou benéfico) - quando a ação resulta na melhoria da


qualidade de um fator ou parâmetro ambiental;

 Impacto negativo (ou adverso) - quando a ação resulta em um dano à qualidade


de um fator ou parâmetro ambiental.
FORMA

 Impacto direto - resultante de uma simples reação de causa e efeito.

atividade transformadora Impacto ambiental


causa efeito
FORMA

 Impacto indireto – resultante de uma reação secundária em relação à


ação, ou quando é parte de uma cadeia de reações.

Atividade Impacto Impacto


transformado ambiental - ambiental –
ra - causa efeito efeito 2
PRAZO DE OCORRÊNCIA
 Impacto imediato - quando o impacto ambiental (efeito)
ocorre no mesmo momento em que se dá a atividade
transformadora (causa)

 Impacto de médio prazo - quando o impacto ambiental


(efeito) ocorre a médio prazo, a partir do momento em que se
dá a atividade transformadora (causa)

 Impacto de longo prazo - quando o impacto ambiental


(efeito) ocorre em longo prazo, a partir do momento em que se
dá a atividade transformadora (causa)
CONSTÂNCIA/DURAÇÃO
 Impacto temporário - quando o efeito (impacto ambiental) tem
duração determinada
 Impacto permanente - quando, uma vez executada a atividade
transformadora, o efeito não cessa de se manifestar num horizonte
temporal conhecido
 Impacto cíclico - quando se manifesta em intervalos de tempo
determinados.
ABRANGÊNCIA
 Impacto local - quando a ação afeta apenas o próprio sítio e suas
imediações
 Impacto regional - quando o impacto ambiental se faz sentir além
das imediações do sítio onde se dá a ação
 Impacto estratégico - quando o componente ambiental afetado tem
relevante interesse coletivo nacional.
REVERSIBILIDADE
 Impacto reversível - quando o fator ou parâmetro ambiental
afetado, cessada a ação, retorna às suas condições originais
 Impacto irreversível - quando, uma vez ocorrida a ação, o fator ou
parâmetro ambiental afetado não retorna às suas condições originais
m prazo previsível.

CUMUL ATIVIDADE E SINERGIA


 Cumulatividade - Um impacto ambiental cumulativo, é derivado da
soma de outros impactos ou de cadeias de impacto que se somam,
gerados por mais de um empreendimento isolado, porá contíguo
(MAGRINI, 1990).
 Sinergia - é o efeito, força ou ação, resultante da conjunção
simultânea de dois ou mais fatores, inclusive outros
empreendimentos, de forma que o resultado é superior a ação dos
fatores individualmente, sob as mesmas condições (MAGRINI, 1990).
 Os impactos devem ser identificados no planejamento do
empreendimento;
 Quando os impactos se mostram acima dos limites permitidos ou
tolerados, devem ser minimizados (se forem negativos e
maximizados se forem positivos);
 Parte fundamental do EIA;
 Deve considerar as melhores técnicas disponíveis para controle de
processos e da poluição;
 Pode considerar a não execução de parte do projeto;
 Minimização do impacto através de realocação ou substituição dos
recursos afetados;
 Controle das fontes;
 Controle da exposição.
PRO J E T O B Á S I CO A M B I E N TA L
 Nesse instrumento legal, é determinada a exigência de elaboração
e aprovação do Projeto Básico Ambiental, para que o órgão
ambiental forneça a Licença de Instalação (LI), ou seja, a de início
das obras.

 O Projeto Básico Ambiental (PBA) é um conjunto de Programas a


serem implantados, visando viabilizar as recomendações emitidas
no EIA e no Rima e atender às exigências e condicionantes fixadas
pelo órgão ambiental licenciador
ESTUDO DE CASO
Durante vistoria de obras, relacionadas ao cumprimento de condicionantes

ambientais, órgão ambiental competente identificou algumas condições de

risco aos trabalhadores, como locais insalubres nos dormitórios, ausência da

utilização de equipamentos de segurança, etc.

– As não conformidades identificadas pelo órgão ambiental


competente foram relatadas em Relatório Técnico, apresentado
posteriormente ao empreendedor, com solicitação de medidas
corretivas.

– Você concorda com o posicionamento do órgão ambiental?


Medidas Mitigadoras x Preservação

X
Medidas Compensatórias

“Nos casos de licenciamento ambiental de


empreendimentos de significativo impacto
ambiental, assim considerado pelo órgão
ambiental competente, com fundamento em
EIA e respectivo Rima o empreendedor é
obrigado a apoiar a implantação e
manutenção de unidade de conservação do
Grupo de Proteção Integral”
L E G I S L AÇ ÃO
Lei nº 9.985/00 – Institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação

 Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de


empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim
considerado pelo órgão ambiental competente, com
fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo
relatório - EIA/Rima, o empreendedor é obrigado a apoiar a
implantação e manutenção de unidade de conservação do
Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste
artigo e no regulamento desta Lei.
Decreto nº 4.340/2002 – regulamenta a Lei 9985/2000

 Art. 33. A aplicação dos recursos da compensação ambiental de que


trata o art. 36 da Lei 9.985/2000, nas unidades de conservação,
existentes ou a serem criadas, deve obedecer à seguinte ordem de
prioridade:
I - regularização fundiária e demarcação das terras;
II - elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo;
III - aquisição de bens e serviços necessários à implantação, gestão,
monitoramento e proteção da unidade, compreendendo sua área
de amortecimento;
IV - desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova
unidade de conservação; e
V - desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da
unidade de conservação e área de amortecimento.
DECRETO n o 6.848/2009
Altera e acrescenta dispositivos ao Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002, para
regulamentar a compensação ambiental.

Art. 1o Os arts. 31 e 32 do Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002, passam a


vigorar com a seguinte redação:

“Art. 31 - Para os fins de fixação da compensação ambiental de que trata o art. 36


da Lei no 9.985, de 2000, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA estabelecerá o grau de impacto a partir de estudo
prévio de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, ocasião em que
considerará, exclusivamente, os impactos ambientais negativos sobre o meio
ambiente.

§ 1o O impacto causado será levado em conta apenas uma vez no cálculo.


§ 2o O cálculo deverá conter os indicadores do impacto gerado pelo
empreendimento e das características do ambiente a ser impactado.
4o A compensação ambiental poderá incidir sobre cada trecho, naqueles
empreendimentos em que for emitida a licença de instalação por trecho.” (NR)
I) Identificação das UC`s do entorno do empreendimento

II) Artigo 31-A


O Valor da Compensação Ambiental (CA) será calculado pelo produto do Grau de
Impacto (GI) com o Valor de Referência (VR), de acordo com a fórmula a seguir:

CA = VR x GI
Onde:

CA = Valor da Compensação Ambiental;


VR = Somatório dos investimentos necessários para implantação do
empreendimento, não incluídos os investimentos referentes aos planos, projetos
e programas exigidos no procedimento de licenciamento ambiental para
mitigação de impactos causados pelo empreendimento, bem como os encargos e
custos incidentes sobre o financiamento do empreendimento, inclusive os
relativos às garantias, e os custos com apólices e prêmios de seguros pessoais e
reais;
GI = Grau de Impacto nos ecossistemas, podendo atingir valores de 0 a 0,5%.
ESTUDO DE CASO
Agravo de instrumento. Ação ordinária de cobrança movido por município.

Divisão de compensação ambiental pelas obras de extensão da linha de trem.

Decisão da câmara estadual de compensação ambiental. Análise do judiciário

deve se limitar a legalidade do ato.

 Decisão sobre a divisão da compensação ambiental para a realização das


obras de expansão de serviços que foi tomada por órgão competente,
técnico e sobre o qual não paira qualquer apontamento objetivo de suspeita
deve ser mantida. Em casos assim, deve-se privilegiar tais aspectos, sob
pena de emprestar desmedida força ao subjetivismo, que travaria qualquer
atividade administrativa pela simples existência de opiniões divergentes
daquelas apontadas pelo órgão ambiental competente.
CONTROLE
AMBIENTAL
ÁGUA EFLUENTES
AR EMISSÕES
SOLO RESÍDUOS
Ef luentes Líquidos
 Padrão de lançamento no corpo receptor
 Qualidade do corpo receptor

 NT-202.R-10 – Critérios e Padrões para Lançamento de Efluentes


Líquidos.
 DZ-205.R-6 – Diretriz de Controle de Carga Orgânica em Efluentes
Líquidos de Origem Industrial.
 DZ-215.R-4 – Diretriz de Controle de Carga Orgânica Biodegradável em
Efluentes Líquidos de Origem não Industrial
 DZ-942.R-7 – Diretriz do Programa de Autocontrole de Efluentes
Líquidos – PROCON-ÁGUA
Definição

Efluentes Líquidos - são despejos líquidos provenientes de


estabelecimentos industriais e comerciais, de condomínios e
loteamentos em suas fases de implantação ou de operação tais como:
efluentes de processos industriais, águas pluviais e águas de
refrigeração passíveis de contaminação e esgotos sanitários.
NT-202.R-10 – Critérios e Padrões para Lançamento de Efluentes Líquidos

 Objetivo - Estabelecer critérios e padrões para o lançamento de efluentes


líquidos, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de Atividades
Poluidoras – SLAP.

 Aplicação - Esta Norma Técnica aplica-se aos lançamentos diretos ou indiretos


de efluentes líquidos, provenientes de atividades poluidoras, em águas
interiores ou costeiras, superficiais ou subterrâneas do Estado do Rio de Janeiro,
através de quaisquer meios de lançamento, inclusive da rede pública de esgotos.
NT-202.R-10 – Critérios e Padrões para Lançamento de Efluentes Líquidos

3. CRITÉRIOS PARA LANÇAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS


...
3.3 Não será permitida a diluição de efluentes industriais para
atendimento aos padrões constantes desta Norma Técnica
...

4. Padrões para lançamento de efluentes líquidos


 pH entre 5 a 9;
 Temperatura: inferior a 40°C;
 Ausência de materiais sedimentáveis – lançamentos em lagos e
lagoas;
 Materiais flutuantes: virtualmente ausente;
 Cor: virtualmente ausente;
 Óleos e graxas:
a) óleos minerais: até 20 mg/L;
b) óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L.
NT-202.R-10 – Critérios e Padrões para Lançamento de Efluentes Líquidos

Substância Conc. máxima


Arsênio total 0,1 mg/L As
Bário total 5,0 mg/L Ba
Cádmio total 0,1 mg/L Cd
Chumbo total 0,5 mg/L Pb
Cromo total 0,5 mg/L Cr
Ferro solúvel 15,0 mg/L Fe
Manganês dissolvido 1,0 mg/L Mn
Mercúrio total 0,01 mg/L Hg
Níquel total 1,0 mg/L Ni
Prata total 0,1 mg/L Ag
Selênio total 0,05 mg/L Se
Resolução CONAMA nº 430/2011 – condições e padrões de lançamento de
efluentes
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes
para gestão do lançamento de efluentes em corpos de água receptores, alterando
parcialmente e complementando a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do
Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama.

Parágrafo único. O lançamento indireto de efluentes no corpo receptor deverá


observar o disposto nesta Resolução quando verificada a inexistência de legislação
ou normas específicas, disposições do órgão ambiental competente, bem como
diretrizes da operadora dos sistemas de coleta e tratamento de esgoto sanitário.

Art. 3º Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados


diretamente nos corpos receptores após o devido tratamento e desde que
obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos nesta Resolução e em
outras normas aplicáveis.
Resolução CONAMA nº 430/2011 – condições e padrões de
lançamento de efluentes
Art. 16.
I. condições de lançamento de efluentes:
• pH entre 5 a 9;
• temperatura: inferior a 40°C, variação do corpo receptor < 3°C
• materiais sedimentáveis: até 1 mL/L
• óleos e graxas:
1. óleos minerais: até 20 mg/L;
2. óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L;
• ausência de materiais flutuantes.
Res. Conama nº 430/2011 e alterações

Capítulo III – Condições e padrões de qualidade das águas


TABELA I
Parâmetros inorgânicos Valores máximos
Arsênio total 0,5 mg/L As
Bário total 5,0 mg/L Ba
Boro total (Não se aplica para o
5,0 mg/L B
lançamento em águas salinas)
Cádmio total 0,2 mg/L Cd
Chumbo total 0,5 mg/L Pb
Cianeto total 1,0 mg/L CN
Cianeto livre (destilável por ácidos
0,2 mg/L CN
fracos)
Cobre dissolvido 1,0 mg/L Cu
Cromo hexavalente 0,1 mg/L Cr+6
Cromo trivalente 1,0 mg/L Cr+3
Estanho total 4,0 mg/L Sn
Ferro dissolvido 15,0 mg/L Fe
Fluoreto total 10,0 mg/L F
DZ-215.R-4 – Diretriz de controle de carga orgânica
biodegradável em ef luentes líquidos de origem sanitária

 Objetivo – Estabelecer exigências de controle de poluição das águas


que resultem na redução de carga orgânica biodegradável de origem
sanitária, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de
Atividades Poluidoras – SLAP.

 Abrangência
Atividades não industriais – loteamentos, edificações residenciais,
comerciais, públicas, serviços de saúde, escolas, hotéis e similares, sistemas
de tratamento de esgotos sanitários e ETE’s de Concessionárias de Serviços
de Esgotos.
Esgoto sanitários gerados em industrias com sistema de tratamento
independente.
DZ-215.R-4 – Diretriz de controle de carga orgânica
biodegradável em ef luentes líquidos de origem sanitária

 Matéria orgânica biodegradável – é a parcela de matéria orgânica de um


efluente suscetível à decomposição por ação microbiana, nas condições
ambientais. É representada pela Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO e
expressa em termos de concentração (mg O2/L) ou de carga (kg O2/dia).

 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) – quantidade de oxigênio


utilizada na oxidação bioquímica de matéria orgânica.
 Resíduos Não Filtráveis Totais (RNFT) ou Sólidos em Suspensão Totais
(SST) – quantidade de sólidos que fica retida no meio filtrante quando se
submete um volume conhecido de amostra à filtragem. Expressa em mg /litro
(concentração), ou kg/dia (carga).
 População residente - aquela que habita no domicílio urbano em pelo menos
70% do ano.
 População flutuante - aquela que habita 30% do ano em dois domicílios, em
época de férias, feriados e fins de semana.
DZ 205 R-6 – Diretriz para controle de carga orgânica em efluentes
líquidos de origem industrial

Estabelecer, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de


Atividades Poluidoras – SLAP, exigências de controle de poluição das águas
que resultem na redução de:

 Matéria orgânica biodegradável de origem industrial;


 Matéria orgânica não biodegradável de origem industrial; e
 Compostos orgânicos de origem industrial que interferem nos
mecanismos ecológicos dos corpos d’água e na operação de sistemas
biológicos de tratamento implantados pelas indústrias e pelas
operadoras de serviços de esgoto.
DZ 205 R-6 – Diretriz para controle de carga orgânica em efluentes
líquidos de origem industrial

Remoções mínimas para carga orgânica biodegradável de efluentes


industriais

VAZÃO ≤ 3,5 m3/dia


CARGA (Kg DBO/dia) REMOÇÃO
Carga ≤ 2,0 Sólidos grosseiros, sedimentáveis e
materiais flutuantes
VAZÃO > 3,5 m3/dia
CARGA (Kg DBO/dia) REMOÇÃO DE DBO (%)
2 < carga ≤ 10 40
10 < carga ≤ 100 70
carga > 100 90
Concentrações máximas de dqo em efluentes de indústrias com vazão
superior a 3,5 m3/dia
I N D Ú S T R I A S D Q O

Indústrias químicas, petroquímicas e refinarias de petróleo < 250 mg/L ou 5,0 Kg/dia

Fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários < 150 mg/L ou 3,0 Kg/dia

Fabricação de bebidas < 150 mg/L ou 3,0 Kg/dia

Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, impermeabilizantes < 300 mg/L ou 6,0 Kg/dia

Curtume e processamento de couros e peles < 400 mg/L ou 8,0 Kg/dia

Indústrias alimentícias, exclusive pescado < 400 mg/L ou 8,0 Kg/dia

Indústrias de pescado < 500 mg/L ou 10 Kg/dia

Fabricação de cigarros, charutos e preparação de fumo < 450 mg/L ou 9,0 Kg/dia

Indústria têxtil < 200 mg/L ou 4,0 Kg/dia

Indústrias siderúrgicas e metalúrgicas < 200 mg/L

Papel e celulose < 200 mg/L ou 4,0 Kg/dia

Estações terceirizadas de tratamento de efluentes líquidos < 250 mg/L ou 5,0 Kg/dia

Percolado de aterro industrial < 200 mg/L


DZ– 942 - Critérios e padrões para lançamento de efluentes líquidos

OBJETIVO - Estabelecer as diretrizes do PROGRAMA DE AUTOCONTROLE DE


EFLUENTES LÍQUIDOS - PROCON ÁGUA, no qual os responsáveis pelas
atividades poluidoras informam por intermédio do Relatório de
Acompanhamento de Efluentes Líquidos - RAE, as características qualitativas e
quantitativas de seus efluentes líquidos, como parte integrante do Sistema de
Licenciamento de Atividades Poluidoras - SLAP.

 Estão sujeitas ao PROCON ÁGUA todas as atividades efetivas ou


potencialmente poluidoras de água.
 As análises de efluentes líquidos para atendimento ao PROCON ÁGUA
deverão ser efetuadas por laboratórios credenciados pela FEEMA.
 A coleta de amostras dos efluentes líquidos, quer das atividades
industriais quer das atividades não industriais deverá ser feita de
acordo com o MF-402.
Tabela 1 - frequência(1) de medições e
de coleta de amostras de ef luentes

Vazão (m3/dia)
Parâmetros 100 a
até 100 1000 a 10000 > 10000
1000
pH(2) 7/7 7/7 7/7 7/7
Temperatura 7/7 7/7 7/7 7/7
Condutividade 1/7 2/7 7/7 7/7
Cloretos 1/30 1/15 1/7 1/7
Resíduos sedimentáveis 1/7 1/7 7/7 7/7
Resíduo não filtrável 1/7(3) 2/7(3) 2/7(3) 7/7(3)
total
Resíduo não filtrável 1/7(3) 2/7(3) 2/7(3) 7/7(3)
volátil
Oxigênio dissolvido 1/7(3) 1/7(3) 7/7(3) 7/7(3)
Óleos e graxas 1/7(4) 1/7(4) 2/7(4) 7/7(4)
Tabela 1 - frequência(1) de medições e
de coleta de amostras de ef luentes

Vazão (m3/dia)
Parâmetros
Até 100 100 a 1000 1000 a 10000 > 10000
DBO (afluente/efluente) 1/15(5) 1/15(5) 1/7(5) 1/7(5)
1/30(6) 1/30(6) 1/15 1/7
DQO (afluente/efluente) 1/7(5) 1/7(5) 1/7(5) 7/7
1/15(6) 1/7(6) 1/7(5)
Metais 1/15 1/7 1/7 2/7
Índice de fenóis 1/15 1/7 1/7 2/7
Fenóis 1/15 1/7 1/7 2/7
Sulfetos 1/15 1/7 1/7 1/7
Fluoreto 1/15 1/7 1/7 1/7
Sulfato 1/30 1/30 1/15 1/15
Surfactantes 1/15 1/7 2/7 2/7
Cloro Residual 1/7 2/7 7/7 7/7
Tabela 1 - frequência(1) de medições e
de coleta de amostras de ef luentes

Vazão (m3/dia)
Parâmetros
Até 100 100 a 1000 1000 a 10000 > 10000
Nitrogênio Amoniacal 1/15 1/15 1/7 1/7
Nitrogênio Nitrito 1/15 1/15 1/7 1/7
Nitrogênio Total 1/15 1/15 1/7 1/7
Fósforo Total 1/30 1/30 1/15 1/7
Compostos Orgânicos 1/30 1/30 1/15 1/15
Tóxicos
Toxicidade 1/30 1/30 1/30 1/15
Coliformes Fecais 1/7 1/7 1/7 7/7
Número mínimo de
porções de amostras em 2 4 8 12
efluentes contínuos.
ESTUDO DE CASO
TRF – 2ª Região - 3/5/2019

 Laudo de sondagem ou qualquer outro documento por meio


do qual tenha sido determinado o nível do lençol freático no
local onde foi instalada a fossa séptica, pois, caso isto não seja
providenciado, seria necessária a realização de trabalhos de
sondagem (perfuração de solo) no local onde foi instalada a
fossa séptica.
CONTINUAÇÃO
 Não é objeto da Ação Civil Pública o destino e tratamento dos efluentes
vindos do Destacamento de Saúde Paraquedista à rede pública de esgoto.
Basta ser definida a forma com que a destinação dos efluentes é feita pelo
órgão federal, para se assegurar a forma mais adequada de manejo do
impacto ao meio ambiente, de acordo com os parâmetros definidos pelos
órgãos públicos responsáveis.

 Basta que os órgãos públicos municipais esclareçam se o Destacamento de


Saúde Paraquedista está conectado à rede pública de esgoto, ainda que a
mista, posto que já resta evidenciado nos autos que, apesar de existir
sistema separador absoluto (que transporta exclusivamente o esgoto) na
região desde 2015, o Destacamento de Saúde Paraquedista não se encontra
conectado ao sistema de esgoto disponibilizado pela concessionária.
ESTUDO DE CASO
TRF – 4ª Região – Apelação Cível

Administrativo. Ambiental. Ação Civil Pública. Pedido de


reparação por danos ambientais decorrentes de poluição
atmosférica causada por usina de beneficiamento de asfalto,
mantido pelo 10º Batalhão de Engenharia e Construção do
Exército – Vacaria do Sul/RS

 Em maio de 1998, moradores das cercanias da Rede Ferroviária


Federal S/A encaminharam documento à Procuradoria de
Justiça, noticiando poluição atmosférica provocada pela usina
de asfalto mantida pelo citado órgão militar.
CONTINUAÇÃO
 A LO obtida junto à FEPAM não foi renovada, passando então
a operar de forma irregular, em desacordo com a Lei 6.938/81,
assim como dispositivos constitucionais.
ESTUDO DE CASO
TJ-PR. Apelação Crime. Art. 54 da Lei 9.605/98. Despejo de efluentes líquidos
oriundos de atividades hospitalar em área de preservação permanente e
disposição inadequada de resíduos hospitalares.

 Houve apelação da inaplicabilidade do art. 54 da Lei 9.605/98 por se tratar


de norma penal em branco. Argumentação de fragilidade de provas.

 Dispositivo devidamente complementado pela Resolução Conama no


283/01 e posteriormente pela 358/2005.

 Conjunto probatório idôneo para comprovar a materialidade e a autoria


delitiva. Crime formal e de perigo abstrato. Desnecessidade de ocorrência
de resultado final, bastando a existência de perigo à incolumidade pública.
Sistema On Line de Manifesto de Transporte de Resíduos –
SMTR NOP 35 – INEA
Armazenador Temporário – Pessoa física ou jurídica responsável pelo
armazenamento temporário de resíduos para fins de consolidação de cargas, sem
que ocorra, antes disso, qualquer tipo de processamento dessas cargas, tais como
mistura, separação, triagem, enfardamento entre outros, até o envio para a
destinação final ambientalmente adequada definida pelo gerador nos MTRs
correspondentes.
Certificado de Destinação Final de Resíduos (CDF) – Documento emitido pelo
Destinador Final que atesta o tratamento aplicado aos resíduos recebidos,
contidos em um ou mais MTRs, assinado pelo Responsável Técnico do destinador.
Destinador Final – Pessoa física ou jurídica responsável pela destinação final
ambientalmente adequada de resíduos (reutilização, reciclagem, compostagem,
recuperação e aproveitamento energético ou disposição final, entre outros).
Sistema On Line de Manifesto de Transporte de Resíduos –
SMTR NOP 35 – INEA

Sistema Online de Manifesto de Transporte de Resíduos (Sistema MTR) –


Sistema digital de controle de resíduos sólidos, por meio da internet, que
possibilita, aos órgãos públicos competentes, à sociedade e às atividades
geradoras, transportadoras, armazenadoras temporárias e destinadoras:
aprimorar o controle da movimentação de resíduos no Estado do Rio de
Janeiro; ampliar os tipos de resíduos controlados; contribuir para a destinação
ambientalmente adequada; e, adequar-se às diretrizes da Política Nacional de

Resíduos Sólidos - Lei nº 12.305/2010.


GERADORR

Emissão MTR* - papel

Emissão do TRANSPORTADOR
CDF on line
em até 90 Entrega do MTR
dias.
DESTINADOR/ARM. TEMP. MTR complem. + MTR*

Em até 7 dias

BAIXA NO DESTINADOR FINAL


SISTEMA
Resolução Estadual nº 113/15
Aprova a NOP-Inea 26/15
 Licenciamento das atividades de coleta e transporte rodoviário de Resíduos
Perigosos (Classe I) e Não Perigosos (Classes II A e II B)

Resolução Estadual nº 114/15


Aprova a NOP-Inea 26/15
 Licenciamento das atividades de coleta e transporte rodoviário de Resíduos da
Construção Civil das classes A, B, C e D
Resolução Conama nº 313/2002
Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

Art. 1º - Os resíduos existentes ou gerados pelas atividades industriais serão


objeto de controle específico, como parte integrante do processo de licenciamento
ambiental.

Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais: é o conjunto de


informações sobre a geração, características, armazenamento, transporte,
tratamento, reutilização,
reciclagem, recuperação e disposição final dos resíduos sólidos gerados pelas
indústrias do país.
Resolução Conama nº 313/2002
Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

Art. 2º - Para fins desta Resolução entende-se que:


I- resíduo sólido industrial: é todo o resíduo que resulte de atividades
industriais e que se encontre nos estados sólido, semi-sólido, gasoso -
quando contido, e líquido – cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d`água, ou exijam para
isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor
tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em
equipamentos e instalações de controle de poluição.
Resolução Conama nº 313/2002
Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

Art. 9° - A responsabilidade pela execução de medidas para prevenir e/ou corrigir


a poluição e/ou contaminação do meio ambiente decorrente de derramamento,
vazamento, lançamento e/ou disposição inadequada de resíduos sólidos é:

I - da atividade geradora dos resíduos, quando a poluição e/ou contaminação


originar se ou ocorrer em suas instalações ou em locais onde os resíduos foram
acondicionados ou destinados pela geradora;
II - da atividade geradora de resíduos e da atividade transportadora,
solidariamente, quando a poluição e/ou contaminação originar-se ou ocorrer
durante o transporte;
III - da atividade geradora dos resíduos e da atividade executora de
acondicionamento, de tratamento e/ou de disposição final dos resíduos,
solidariamente, quando a poluição e/ou contaminação ocorrer no local de
acondicionamento, de tratamento e/ou de disposição final.
Lei nº 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos
Sólidos

Art. 1º Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo

sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as

diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos

sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do

poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.


Lei nº 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos
Sólidos

Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou


privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o
consumo;

Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou


indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos
sólidos, exigidos na forma desta Lei;
Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que
inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o
aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final,
observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos


em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos
ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos;

Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte


ordem de prioridade:
NÃO GERAÇÃO
REDUÇÃO
REUTILIZAÇÃO
RECICLAGEM
TRATAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DOS REJEITOS
Planos de Resíduos Sólidos

1- Plano Nacional de Resíduos Sólidos;


2- Planos Estaduais de Resíduos sólidos;
3- Planos Municipais de gestão integrada de resíduos sólidos;
4- Planos de gerenciamento de resíduos sólidos

 Diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos;

 Metas - redução, reutilização, reciclagem, aproveitamento


energético, eliminação e recuperação de lixões ...
Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Quem?
1- Os geradores de:
- resíduos dos serviços públicos de saneamento básico;
- resíduos industriais;
- resíduos de serviços de saúde;
- resíduos de mineração.
2- Estabelecimentos comerciais de prestação de serviços que gerem
resíduos perigosos e/ou gerem resíduos não perigosos que não sejam
equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;
3- As empresas de construção civil;
4- Os responsáveis por portos, aeroportos, terminais alfandegários,
rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
5- Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris (se exigido).
O que deve conter o Plano?

 Descrição do empreendimento ou atividade;

 Diagnóstico, contendo a origem, o volume e a caracterização dos


resíduos, incluindo os passivos ambientais;

 Normas estabelecidas e instrumentos legais e, se houver, o plano


municipal;

 Responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;

 Definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas sob


responsabilidade do gerador;

 Identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros


geradores.
Logística reversa
Art. 33 – São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,
mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja
gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em
normas técnicas;
II - pilhas embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as
regras de e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens (Res. Conama nº 362/2005);

V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista (sem


regulamentação);
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Decreto nº 7.404/2010 – Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de
2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê
Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê
Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras
providências.

Estado de São Paulo


DECISÃO DE DIRETORIA CETESB Nº 114, DE 23 DE OUTUBRO DE 2019
Estabelece o “Procedimento para a incorporação da Logística Reversa no âmbito
do licenciamento ambiental”, em atendimento à Resolução SMA 45, de 23 de
junho de 2015 e dá outras providências.
Continuação....

Termo de Compromisso de Logística Reversa (TCLR) – o cumprimento das

obrigações referentes à estruturação e implantação de sistemas de logística

reversa poderá ser feito por adesão das empresas a um dos TCLR firmados entre a

Secretaria do Meio Ambiente (atual Secretaria de Infraestrutura e

Meio Ambiente), CETESB e representantes dos respectivos setores empresariais

(cuja relação encontra-se disponível na página da CETESB na internet); ou por

meio da estruturação e implementação de um sistema de logística reversa,

individual ou coletivo. Em ambos os casos, deve-se atender às condições

estabelecidas neste Procedimento.


Decreto nº 9.177/2017 – Implantação da logística reversa obrigatória pelos
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

 agrotóxicos;
 pilhas e baterias;
 pneus;
 óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
 lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
 produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Celebração de acordos setoriais a nível federal, estadual e municipal.


https://sinir.gov.br/logistica-reversa
Decreto nº 10.388/2020 – Regulamenta o § 1º do caput do art. 33 da Lei nº
12.305, de 2 de agosto de 2010, e institui o sistema de logística reversa de
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso humano,
industrializados e manipulados, e de suas embalagens após o descarte pelos
consumidores.
Art. 4º Este Decreto dispõe sobre a estruturação, a implementação e a
operacionalização do sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares
vencidos ou em desuso, exclusivamente de uso humano, industrializados e
manipulados, e de suas embalagens após o descarte pelos consumidores.
Art. 5º O disposto neste Decreto não se aplica aos seguintes medicamentos:
I - de uso não domiciliar;
II - de uso não humano e
III - descartados pelos prestadores de serviços de saúde públicos e privados.
N B R 1 6 4 5 7 , de 09/2016
Logística reversa de medicamentos de uso humano vencidos e/ou em desuso –
Procedimento especifica os requisitos aplicáveis às atividades de logística
reversa de medicamentos descartados pelo consumidor.
Estabelece os requisitos mínimos para proteção e prevenção dos riscos ao
meio ambiente, segurança ocupacional e saúde pública, no processo de
descarte, armazenamento temporário, coleta e transporte de medicamentos
de uso humano provenientes de domicílios, descartados pelo consumidor.
R E S O LU Ç ÃO DA D I R E T O R I A CO L E G I A DA - R D C
N º 2 2 2 , D E 2 8 D E M A RÇO D E 2 0 1 8

Resolução dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas de Gerenciamento dos


Resíduos de Serviços de Saúde.

§ 1º Para efeito desta resolução, definem-se como geradores de RSS todos os


serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana
ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar.
XLI. plano de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (PGRSS):
documento que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento
dos resíduos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos,
contemplando os aspectos referentes à geração, identificação, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, destinação e
disposição final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à
saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente.

Art. 5º Todo serviço gerador deve dispor de um Plano de Gerenciamento de


RSS (PGRSS), observando as regulamentações federais, estaduais, municipais
ou do Distrito Federal.
Empresas transportadoras e receptoras de resíduos de serviço de
saúde devem possuir Cadastro Técnico Federal do Ibama e
Licença Ambiental emitido por órgão ambiental competente.

Situação hipotética: se uma OM vier a receber vistoria da


Vigilância Sanitária Municipal e for constatada ausência do
PGRSS no ambulatório, tal inação será configurada como
infração administrativa sanitária e/ou ambiental?
R e s í d u o s d o P l a n o d e E m e r gê n c i a I n d i v i d u a l
Os resíduos oriundos do acionamento do PEI de uma Base da Marinha,
devem ser separados e estocados em local dedicado.
Considerando que a partir do contato com óleo e derivados todo material
que antes do momento do uso é insumo, após uso o mesmo será
considerado como resíduo perigoso.
EPI`s – descarte
Barreira absorvente – descarte
Panos ecológicos – descarte
Barreira de Contenção – material que pode ser reaproveitado. A limpeza
do material deve ser feito em local adequado, com canaleta de contenção e
caixa Separadora de Água e Óleo.
Separador de Água e Óleo

As caixas separadoras de água e óleo devem ser dimensionadas


conforme a vazão operacional (800-5.000 litros/hora).

 NBR 14605 (Postos de Serviço – Sistema de Drenagem Oleosa);


 Parâmetros: pH, óleos e graxas minerais, ausência de materiais flutuantes,
surfactants, sólidos em suspensão, sólidos sedimentáveis.
 A coleta deve ser realizada na caixa de inspeção e contar com uma rotina
de monitoramento por laboratório próprio ou por outro contratado, de
preferência acreditado pela ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017.
Separador de Água e Óleo

Apud: Secron, M. B.
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS SEPARADORES ÁGUA E ÓLEO DO TRATAMENTO DE EFLUENTES DE LAVAGEM, ABASTECIMENTO E
MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES. Trabalho Final de Mestrado em Engenharia Ambiental
Esboço das separações de fase ocorridas em um SAO. Fonte: Programa de capacitação técnica e gerencial de órgãos ambientais. FEEMA/COPPETEC,
2003.
R e s í d u o s d o P l a n o d e E m e r gê n c i a I n d i v i d u a l
Uma das formas mais adequadas de descarte do material oleoso é seu
envio para coprocessamento para formação de blend que é utilizado em
indústrias com alta demanda de energia em seus fornos como
cimenteiras.
A OM pode contratar empresa especializada por meio de licitação
pública exigindo que a mesma possua Cadastro Técnico Federal do
Ibama e Licença Ambiental emitido por órgão ambiental competente.
Para o transporte dos resíduos deverá ser executado por empresa
também detentora de CTF e LA. Isso deve estar previsto no
CONTRATO.
Instrução Normativa IBAMA 01, de 25 de janeiro de 2013, que regulamenta o
Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (CNORP) e define os
procedimentos administrativos relacionados ao cadastramento e prestação de
informações sobre resíduos sólidos, inclusive os rejeitos e os considerados
perigosos.

São obrigadas à inscrição no CNORP as pessoas jurídicas que exerçam atividades


de geração e operação de resíduos perigosos.

Instrução Normativa IBAMA nº 13, de 18 de dezembro de 2012, que publica a


Lista Brasileira de Resíduos Sólidos.
Exercicio
Empresa XYZ* iniciou obra de grande porte devidamente licenciada junto ao órgão
ambiental estadual. Para o controle dos efluentes sanitários gerados pelos
trabalhadores na obra, foi contratada uma empresa que forneceu banheiros
químicos.

 Diante do exposto, responda:

É necessário gerar o manifesto de resíduos?

De quem é a responsabilidade: a XYZ ou empresa proprietária dos


banheiros químicos?

* Nome fictício
Exercício

Empresa XYZ* contratou transportadora para levar carga de resíduos tóxicos


para incineração em receptor devidamente licenciado. No percurso, houve um
acidente que ocasionou o derramamento da carga transportada.

 De quem é a responsabilidade de formular o Plano de Emergência:


transportador, gerador ou ambos?

 De quem é a responsabilidade pela reparação dos danos ambientais em caso


de acidente?

* Nome fictício
R E S O LU Ç ÃO DA D I R E T O R I A CO L E G I A DA - R D C
N º 2 2 2 , D E 2 8 D E M A RÇO D E 2 0 1 8

Resolução dispõe sobre os requisitos de Boas Práticas de Gerenciamento dos


Resíduos de Serviços de Saúde.

§ 1º Para efeito desta resolução, definem-se como geradores de RSS todos os


serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde humana
ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar;
Seção III
Definições
Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I. abrigo externo: ambiente no qual ocorre o armazenamento externo dos
coletores de resíduos;
II. abrigo temporário: ambiente no qual ocorre o armazenamento
temporário dos coletores de resíduos;
III. acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou
recipientes que evitem vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às
ações de punctura, ruptura e tombamento, e que sejam adequados física e
quimicamente ao conteúdo acondicionado;
ESTUDO DE CASO
TJ/DF. Agravo interno no mandado de segurança. Direito Administrativo.
Serviços Funerários. Supremacia do interesse público sobre o particular.

 Os serviços funerários do Distrito Federal são serviços públicos locais


essenciais, que poderão ser prestados diretamente pelo Poder Público ou por
empresas permissionárias, selecionadas por meio de prévia licitação Dec.
Distrital 28.606/2007.

 Não realização de licitação pública, sendo que a regulamentação do setor tem


sido feito através de Termo de Ajustamento de Conduta.

 Mesmo as empresas não tendo sido selecionadas por licitação pública, não as
isenta do Poder de Polícia a ser exercido pelo Estado.

 Há de se considerar que o PGRSS é um protocolo necessário a todos os serviços


relacionados com atendimento a saúde humana e animal.
Procon Fumaça Preta – emissões atmosféricas
O Programa de Auto monitoramento de Emissão de Fumaça Preta por Veículo
Automotor do Ciclo Diesel (PROCON Fumaça Preta) integra o Plano de Controle
da Poluição Veicular (PCPV) do Estado do Rio de Janeiro e foi criado como uma
das estratégias para reduzir a poluição causada pelos veículos movidos a diesel.

Para credenciamento ao Programa Procon Fumaça Preta, é necessário realizar o


Curso “Fumaça Preta” que tem como objetivo capacitar profissionais para realizar
a medição da opacidade em veículos do ciclo diesel, conforme a DZ 583 – R.1
CONCESSÃO E RENOVAÇÃO DE REGISTRO PARA MEDIÇÃO DE EMISSÃO
VEÍCULAR.
http:www.inea.rj.gov.br/ar-agua-e-solo/instrumentos-de-controle-de-poluicao-do-ar/
Resolução Inea 58/2013

Referências Normativas
Resolução CONAMA n° 418, de 25/11/2009 - Dispõe sobre critérios para a elaboração de
Planos de Controle de Poluição Veicular
• Padrão de opacidade (opacímetro)
• Escala de Ringelmann poderia ser uma opção no auto controle.
Portaria IBAMA n° 85, de 17/10/96 - Estabelece, como exigência, a adoção de Programa
Interno de Autofiscalização da Correta Manutenção da Frota, quanto à Emissão de Fumaça
Preta, nas Empresas Transportadoras que possuem veículos movidos a diesel.
Pode ser utilizado também a escala de Ringelmann
para f ins de autocontrole

O Procon Fumaça Preta necessita de registro da empresa monitorada no Sistema


online do Inea e a realização da análise deve ser feita por empresas cadastradas
nesse mesmo Sistema.

Após monitoramento, os resultados são inseridos no site do Inea.


S u p r e s s ã o d e Ve ge t a ç ã o
Para os empreendimentos licenciados, é necessária a utilização do Sistema

Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais – Sinaflor.

A IN 21/2014, alterada pela IN 14/2018, foi instituído que a partir de 02/05/2018

todas as solicitações referentes a atividades florestais e processos correlatos

sujeitos ao controle de órgão do Sisnama, devem ter a Autorização de Supressão de

Vegetação (ASV) solicitadas pelo Sinaflor.

Para inscrição no Sinaflor, é necessário inscrição no CTF do Ibama e estar

cadastrado em uma atividade potencialmente poluidora e/ou utilizadora de

recursos naturais.
D Z 0 5 6 R 3 – D I R E T R I Z PA R A R E A L I Z AÇ ÃO
D E AU D I T O R I A A M B I E N TA L

A auditoria ambiental pode ser definida como o processo sistemático de


verificação, documentado e independente, nas modalidades Auditoria Ambiental
de Controle e Auditoria Ambiental de Acompanhamento, executado para obter
evidências e avaliá-las objetivamente, para determinar a extensão na qual os
critérios de auditoria estabelecidos na DZ 056 R3 são atendidos e os resultados
comunicados.

A auditoria ambiental de controle é realizada normalmente a cada


requerimento ou renovação de licença ambiental, para verificação detalhada do
desempenho ambiental da organização em operação, com base em conformidade
legal e em suas políticas e práticas de controle.
D Z 0 5 6 R 3 – D I R E T R I Z PA R A R E A L I Z AÇ ÃO
DE AUDITORIA AMBIENTAL

 Objetivos:
 Contribuir para a implantação de políticas de gerenciamento
ambiental nas empresas ou atividades públicas e privadas.
 Contribuir para informação e condicionamento e
conscientização dos trabalhadores sobre os benefícios de
redução dos diferentes tipos de poluição para sua segurança e
bem estar.
 Verificar o cumprimento dos dispositivos legais de proteção
ambiental, etc.
D Z 0 5 6 R 3 – D I R E T R I Z PA R A R E A L I Z AÇ ÃO
DE AUDITO RIA A MBIENTA L

A auditoria ambiental de acompanhamento é realizada a cada ano,


com ênfase no acompanhamento do Plano de Ação da última auditoria
ambiental, complementando-o com novas medidas advindas de eventuais
exigências do órgão ambiental, alterações significativas nos aspectos e
impactos ambientais e mudanças em processo, entre outros..

Auditor ambiental é o profissional qualificado para executar auditorias


ambientais, registrado e regular em seu respectivo Conselho de Classe,
técnica e legalmente responsável pelo relatório da auditoria ambiental.
DZ 056 R 3 – D I R E T R I Z PA R A R E A L I Z AÇ ÃO
DE AUDITORIA AMBIENTAL
Oportunidade de melhoria – possibilidade de melhoria dos processos internos
da organização e de melhor gerenciamento de seus aspectos ambientais. As
oportunidades de melhoria identificadas não se caracterizam como não-
conformidade e devem ser apreciadas pelo auditado, que definirá pela execução ou
não de ações preventivas.

Plano de ação – parte integrante do Relatório de Auditoria Ambiental que


contempla as ações corretivas e preventivas associadas às não-conformidades, com
respectivo cronograma de execução e identificação dos responsáveis, assim como
as oportunidades de melhoria verificadas na auditoria. O Plano de Ação é de
responsabilidade da organização auditada e sua adequação técnica deve ser
atestada pela equipe de auditoria.
DZ 05 6 R 3 – D I R E T R I Z PA R A R E A L I Z AÇ ÃO
DE AUDITORIA AMBIENTAL

Quais atividades estão sujeitas à Auditoria Ambiental?

 Refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e seus


derivados;
 Instalações portuárias;
 Instalações aeroviárias (aeroportos, aeródromos, aeroclubes)
 Instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e
perigosas;
 Instalações de processamento e de disposição final de
resíduos tóxicos ou perigosos
 Etc.

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