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1
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
ISBN 978-85-62933-11-0
CDU 376
2
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos — CETPP
Sumário
Núcleo Temático 1 – Legislação de Trânsito ........................................................................... 9
3
Unidade de Estudo 5 – Responsabilidades do condutor durante o transporte ........... 112
Objetivo. ............................................................................................................................ 112
Fatores de interrupção da viagem .................................................................................... 112
Responsabilidades do condutor antes da viagem ............................................................ 113
Responsabilidades do condutor durante a viagem .......................................................... 115
Responsabilidades do transportador ................................................................................ 116
Responsabilidades do expedidor ..................................................................................... 117
Responsabilidades do fabricante ou importador de produtos e equipamentos ............... 118
Participação do condutor no carregamento e no descarregamento do veículo ............... 119
Trajes e equipamentos de proteção individual ................................................................. 121
4
Unidade de Estudo 4 – Estado físico e mental do condutor .......................................... 177
Objetivo. ............................................................................................................................ 177
Estado físico e mental do condutor .................................................................................. 177
Condições que influenciam o modo de dirigir .................................................................. 178
Consumo de bebidas alcoólicas e drogas psicoativas ..................................................... 182
5
Unidade de Estudo 4 – Convívio social ............................................................................ 228
Objetivo ............................................................................................................................. 228
Ser humano: trânsito, cidadania e meio ambiente ........................................................... 228
Indivíduo, grupo e sociedade ........................................................................................... 229
Necessidades do ser humano no convívio social ............................................................ 230
Educação para o trânsito .................................................................................................. 231
Relação entre indivíduo, via e veículo .............................................................................. 232
Comunicação no trânsito .................................................................................................. 233
Relacionamento social no trânsito .................................................................................... 236
Comportamento solidário no trânsito ................................................................................ 236
6
Procedimentos em caso de emergência .......................................................................... 277
7
Procedimentos em caso de emergência para substâncias da Classe 6.1 ....................... 319
Comportamento preventivo do condutor para substâncias da Classe 6.2 ....................... 322
Procedimentos em caso de emergência para substâncias da Classe 6.2 ....................... 322
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Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos — CETPP
Núcleo Temático 1 – Legislação de Trânsito
Unidade de Estudo 1 – Legislação de Trânsito: regra geral
9
veículo que irá dirigir. A legislação determina que esse condutor precisa estar
habilitado em uma das categorias descritas a seguir:
10
- Combinações de veículos automotores e
elétricos em que a unidade tratora se enquadre
na categoria B, com unidade acoplada, reboque,
semirreboque, trailer ou articulada, desde que a
soma das duas unidades não exceda o peso
bruto total de 3.500 kg e cuja lotação total não
exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
- Veículos automotores da espécie motor-casa,
cujo peso não exceda a 6.000 kg e cuja lotação
não exceda a oito lugares, excluído o do
motorista;
- Tratores de roda e equipamentos automotores
destinados a executar trabalhos agrícolas;
- Quadriciclos de cabine aberta ou fechada.
CNH C - Veículos automotores e elétricos utilizados em
transporte de carga, cujo PBT exceda a 3.500
kg;
- Tratores de esteira, tratores mistos ou
equipamentos automotores destinados à
movimentação de cargas, de terraplanagem, de
construção ou de pavimentação;
- Veículos automotores da espécie motor-casa,
cujo PBT ultrapasse 6.000 kg e cuja lotação não
exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
- Combinações de veículos automotores e
elétricos que não são abrangidas pela categoria
B, em que a unidade tratora se enquadre nas
categorias B ou C, e desde que o PBT da
unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer
ou articulada seja menor que 6.000 kg;
- Todos os veículos abrangidos pela categoria B.
11
CNH D - Veículos automotores e elétricos utilizados no
transporte de passageiros, cuja lotação exceda a
oito lugares, excluído o do condutor;
- Veículos destinados ao transporte de escolares
independentemente da lotação;
- Veículos automotores da espécie motor-casa,
cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do
motorista;
- Ônibus articulado;
- Todos os veículos abrangidos nas categorias B
e C.
CNH E - Combinações de veículos automotores e
elétricos em que a unidade tratora se enquadre
nas categorias B, C ou D e cuja unidade
acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou
articulada tenha 6.000 kg ou mais de PBT, ou
cuja lotação exceda a oito lugares;
- Combinações de veículos automotores e
elétricos com mais de uma unidade tracionada,
independentemente da capacidade máxima de
tração ou PBTC;
- Todos os veículos abrangidos nas categorias
B, C e D.
12
Os arts. 143 e 145, do CTB determinam as condições que os motoristas devem
cumprir para poder alterar a categoria. Veja abaixo para saber quais são essas
condições.
13
uma unidade tracionada, independentemente da capacidade de tração ou do
peso bruto total.
II - estar habilitado:
III - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12
(doze) meses;
14
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em
meio físico e/ou digital, à escolha do condutor, em modelo
único e de acordo com as especificações do Contran,
atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código,
conterá fotografia, identificação e número de inscrição no
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé
pública e equivalerá a documento de identidade em todo o
território nacional.
§ 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da
Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à
direção do veículo.
Brasil, 1997.
15
CNH, pena decorrente de crime de trânsito, bem como
não estar impedido judicialmente de exercer seus direitos.
Brasil, 2020.
16
O exame toxicológico para condutores de categoria C, D e E tem algumas
particularidades em relação à validade da CNH, à demissão e à admissão.
Exame toxicológico
17
“§ 2º Além da realização do exame previsto no caput
deste artigo, os condutores das categorias C, D e E com
idade inferior a 70 (setenta) anos serão submetidos a
novo exame a cada período de 2 (dois) anos e 6 (seis)
meses, a partir da obtenção ou renovação da Carteira
Nacional de Habilitação, independentemente da validade
dos demais exames de que trata o inciso I do caput do art.
147 deste Código.”
Brasil, 1997.
Demissão e admissão
Brasil, 2015.
Ainda, para fins legais, conforme dispõe a Lei n. 13.103/2015, pode ser
utilizado para essa finalidade (admissão e demissão) o exame realizado
conforme os ditames do art. 148-A do Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
desde que tenha sido realizado nos últimos 60 dias:
18
que causem dependência ou, comprovadamente,
comprometam a capacidade de direção, podendo ser
utilizado para essa finalidade o exame toxicológico
previsto na Lei n. 9.503, de 23 de setembro de 1997 –
Código de Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos
últimos 60 (sessenta) dias.
Brasil, 2015.
Infração – gravíssima;
Brasil, 2020a.
19
Exerce Atividade Remunerada – EAR
Brasil, 2016.
20
“o condutor especializado deverá portar a comprovação da
conclusão do curso até que essa informação seja registrada
no RENACH, nos termos do §4º do art. 27 da Resolução do
CONTRAN n. 789, de 18 de junho de 2020.”
(BRASIL, 2021)
Lembre-se que a partir de setembro de 2022 foi criada a infração do inciso VII
do art. 162 do CTB que prevê a penalidade de multa gravíssima para condutor
que conduzir sem os cursos especializados obrigatórios.
"Art. 162 Dirigir veículo:
[...]
VII - sem possuir os cursos especializados ou específicos
obrigatórios:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até a
apresentação de condutor habilitado."
21
da habilitação correta do condutor, da formação e da documentação específica
para o veículo, para o serviço, entre outros itens necessários, conforme o
produto que for transportar.
22
§ 1º É admitido o Certificado Internacional de Capacidade dos
Equipamentos para o Transporte de Produtos Perigosos a Granel.
§ 2º O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos
Perigosos a Granel perderá a validade quando o veículo ou o
equipamento:
a) tiver suas características alteradas;
b) não obtiver aprovação em vistoria ou inspeção;
c) não for submetido a vistoria ou inspeção nas épocas estipuladas; e
d) acidentado, não for submetido a nova vistoria após sua recuperação.
§ 3º As vistorias e inspeções serão objeto de laudo técnico e
registradas no Certificado de Capacitação previsto no item I deste
artigo.
§ 4º O Certificado de Capacitação para o Transporte de Produtos
Perigosos a Granel não exime o transportador da responsabilidade por
danos causados pelo veículo, equipamento ou produto perigoso, assim
como a declaração de que trata a alínea “c” do item II deste artigo não
isenta o expedidor da responsabilidade pelos danos causados
exclusivamente pelo produto perigoso, quando agirem com
imprudência, imperícia ou negligência.
Brasil, 1988.
23
Brasil, 1997.
Sinalização viária
Sinalização vertical
1
https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao_contran_160.pdf
24
O Anexo II do CTB define que a sinalização vertical:
- Sinalização de Regulamentação;
- Sinalização de Advertência;
- Sinalização de Indicação.”
Brasil, 2004.
Sinalização de regulamentação
Brasil, 2004.
25
R-1 R-2 R-3 R-4a
26
R-12 R-13 R-14 R-15
27
R-25c R-25d R-26 R-27
28
R-38 R-39 R-40
Sinalização de regulamentação.
Fonte: Brasil, 2007a.
Sinalização de advertência
2
https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_552/UE_2380/assets/files/Placas_regulamentacao_nt1_ue1.pdf
29
A-1a A-1b A-2a A-2b
30
A-10b A-11a A-11b A-12
31
A-21c A-21d A-21e A-22
32
A-32a A-32b A-33a A-33b
33
A-44 A-45 A-46 A-47 A-48
Sinalização de advertência.
Fonte: Brasil, 2014.
Sinalização de indicação
Brasil, 2004.
34
1 Placas de identificação de rodovias e estradas
Sinalização de indicação.
Fonte: Brasil, 2014.
Sinalização horizontal
35
via e complementam sinais de regulamentação e advertência. Ex.:
“PARE”.
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Linhas de retenção Marcas de canalização Linhas de estímulos a
redução de velocidade
Cruzamento de faixa
exclusiva
Dispositivos luminosos
Semáforos
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São os semáforos que auxiliam e alternam a preferência de passagem na
via, tanto para veículos quanto para ciclistas e pedestres. As cores semafóricas
são padronizadas e servem como ordem de procedimento, portanto devem ser
respeitadas.
Sinais sonoros
38
O agente de trânsito é a autoridade máxima no momento em que está
atuando e, por isso, desobedecer às ordens dele constitui infração grave, de
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro:
Às vezes, as manobras erradas não são suas, mas do outro motorista ou até
mesmo de pedestres, porém você é um condutor profissional e tem a direção
defensiva como elemento de qualidade em seu trabalho!
Infrações
39
“Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de
qualquer preceito deste Código, da legislação
complementar, e o infrator sujeita-se às penalidades e
medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das
punições previstas no Capítulo XIX.”
Brasil, 1997.
Atualmente, estas são algumas das infrações mais comuns praticadas por
motoristas, inclusive os profissionais:
Esses são alguns casos mais comuns que se apresentam e que, como
consequência, podem acarretar acidentes com vítimas graves e mortes.
Penalidades
40
“Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das
competências estabelecidas neste Código e dentro de sua
circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as
seguintes penalidades:
I - advertência por escrito;
II - multa;
III - suspensão do direito de dirigir;
IV - apreensão do veículo;(Revogado pela Lei n. 13.281,
de 2016)
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - cassação da Permissão para Dirigir;
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.”
Brasil, 1997.
“Art. 259
A cada infração cometida são computados os seguintes
números de pontos:
I - gravíssima - sete pontos;
II - grave - cinco pontos;
III - média - quatro pontos;
IV - leve - três pontos.”
Brasil, 1997.
41
O condutor comum, ao atingir certa quantidade de pontos na CNH em um
período de 12 meses, terá o direito de dirigir suspenso por um prazo de seis
meses a um ano. Se houver reincidência no período de 12 meses, a suspensão
será de 8 a 18 meses.
Brasil, 2020a.
42
de reciclagem sempre que, no período de 12 (doze) meses, atingir 30 (trinta)
pontos, conforme regulamentação do Contran” (Brasil, 2020a).
O condutor profissional, conforme visto acima, pode ter sua carteira suspensa,
ou até mesmo cassada, perdendo o direito de exercer sua função. Nesse caso,
terá de refazer todo seu processo de habilitação. Por esse motivo, é muito
importante estar atento a todos os detalhes e obedecer à legislação e à
sinalização de trânsito.
Crimes de trânsito
43
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver
conduzindo veículo de transporte de passageiros.
[...]
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que
lhe possa ser atribuída:
Brasil,1997.
3
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada
de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de
Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.
§ 3o Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra
substância psicoativa que determine dependência:
44
Lesão corporal Art. 303 Detenção de seis meses a dois anos,
culposa4 suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou habilitação. Na conduta
qualificada5 do parágrafo 1º pode chegar a 3
anos e no parágrafo 2º pode chegar a 5
anos.
Omissão de Art. 304 Detenção de seis meses a um ano ou
socorro6 multa.
Evasão do local do Art. 305 Detenção de seis meses a um ano ou
acidente7 multa.
Embriaguez ao Art. 306 Detenção de seis meses a três anos,
volante 8 multa, suspensão, ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para
dirigir.
Violação da Art. 307 Detenção de seis meses a um ano e
suspensão ou multa. O infrator ainda é punido com nova
proibição de dirigir9 suspensão por prazo igual ao que ele
descumpriu.
Participação em Art. 308 Detenção de seis meses a três anos, multa e
suspensão ou proibição de obter a
competição não permissão. Na conduta qualificada11 do
autorizada10 parágrafo 1º pode chegar a 6 anos e no
4
Lesão praticada a uma vítima quando o condutor não quis praticá-la. Pode ser por
imprudência, negligência e imperícia do condutor.
5
§ 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do §
1o do art. 302.
§ 2o A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras
penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência, e se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.
6
Deixar de prestar socorro à vítima ou deixar de comunicar as autoridades sobre o acidente.
7
Fugir do local do acidente sem prestar socorro à vítima e explicação à Justiça
8
Dirigir um veículo automotor após o uso de bebidas alcoólicas.
9
Dirigir um veículo automotor durante a suspensão da CNH ou após a proibição da habilitação
de dirigir.
10
Competições de rua popularmente chamadas de “racha”.
11
§ 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as
circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de
produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo
das outras penas previstas neste artigo.
§ 2o Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias
demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena
45
parágrafo 2º até 10 anos.
Dirigir sem Art. 309 Detenção de seis meses a um ano e
habilitação12 multa.
Entrega da direção Art. 310 Detenção de seis meses a um ano ou
do veículo a quem multa.
não tem condições
de dirigir13
Excesso de Art. 311 Detenção de seis meses a um ano ou
velocidade14 multa.
Fraude Art. 312 Detenção de seis meses a um ano ou
processual15 multa.
privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras
penas previstas neste artigo.
12
Dirigir um veículo automotor sem estar habilitado.
13
Consentir que outra pessoa que não tenha a permissão para dirigir ou esteja incapaz dirija
um veículo automotor.
14
Dirigir um veículo automotor em velocidade maior que a permitida na via.
15
Alteração do local ou das cenas do crime, induzindo o perito ou as autoridades ao erro.
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dezembro de 1940, Código Penal) (Brasil, 1940), o motorista terá sua
carteira de habilitação cassada, ficando 5 anos sem dirigir e somente
poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames
necessários, na forma prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro.
Estacionamento
16
http://www.planalto.gov..br/ccivil_03/lei/l9503.htm
47
“Art. 14. O veículo transportando produto perigoso só poderá
estacionar para descanso ou pernoite em áreas previamente
determinadas pelas autoridades competentes e,
na inexistência de tais áreas, deverá evitar o
estacionamento em zonas residenciais, logradouros públicos
ou locais de fácil acesso ao público, áreas densamente
povoadas ou de grande concentração de pessoas ou
veículos.
§ 1º Quando, por motivo de emergência, parada técnica,
falha mecânica ou acidente, o veículo parar em local não
autorizado, deverá permanecer sinalizado e sob a
vigilância de seu condutor ou de autoridade local, salvo se a
sua ausência for imprescindível para a comunicação do fato,
pedido de socorro ou atendimento médico.
§ 2º Somente em caso de emergência o veículo poderá
estacionar ou parar nos acostamentos das rodovias.”
Brasil, 1988.
Fica claro que caminhões que transportam produtos perigosos não podem
estacionar em qualquer lugar, perto de uma escola, um clube, um
supermercado, ou lugares que tenham aglomeração de pessoas. Também não
se deve estacionar em um posto de combustível perto do setor de
abastecimento, pois se houver algum vazamento de produto químico, isso
poderá agravar a situação e até causar uma explosão.
Parada
48
autoridades competentes. Caso seja necessário realizar uma parada, você
deve avisar ao Corpo de Bombeiros local para que saibam onde você está,
qual produto transporta, para garantir a segurança em caso de algum incidente.
Conduta
49
Com essas medidas de segurança, poderá minimizar consequências maiores,
evitando situações muito graves.
Circulação
17
Acidente ou choque entre veículos.
50
rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções
devidamente sinalizadas. Se houver acostamento, não deve ficar sobre a
pista de rolamento.
No momento de descer do veículo, cuidado ao abrir a porta para não
causar acidente com outro veículo que esteja passando;
Obedecer, sempre, à velocidade correta para o seu veículo,
considerando o produto que você transporta. Em declives, utilizar o freio
auxiliar do motor, para maior segurança.
Referências
51
_____. Lei n. 10.048/2000, de 8 de novembro de 2000. Dá prioridade de
atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 9 nov. 2000a. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/LEIS/L10048.htm>. Acesso em: 20 nov.
2021.
53
________ Resolução n. 691, de 27 de setembro de 2017. Dispõe sobre o
exame toxicológico de larga janela de detecção, em amostra queratínica, para
a habilitação, renovação ou mudança para as categorias C, D e E, decorrente
da Lei n. 13.103, de 02 de março de 2015. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 28 set. 2017. Disponível em:
<https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao6912017aprovada.pdf>. Acesso em: 20 nov.
2021.
54
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos — CETPP
Núcleo Temático 1 – Legislação de Trânsito
Unidade de Estudos 2 – Legislação específica e normas sobre transporte
de produtos perigosos
55
Quadro 1 – ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
56
providências.
57
essas substâncias que venham a causar algum acidente. Acompanhe as
definições e cuidados que serão apresentados.
Assim, você pode entender quais são as normas para transitar com esse tipo
de carga! Observe a seguir como se estabelecem essas medidas.
19 https://antigo.infraestrutura.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao5202015.pdf
58
Vale lembrar que temos outras normas sobre cargas mais extensas ou
indivisíveis que também precisam ser observadas com atenção. São elas
as Resoluções n. 610/1620, 608/1621, 625/1622, 628/1623 e 702/1724. Leia-as
com bastante atenção para que não restem dúvidas.
20 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao6102016.pdf
21 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao6082016.pdf
22https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao_625-2016.pdf
23 https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/24638119/do1-
2016-12-01-resolucao-n-628-de-30-de-novembro-de-2016-24638035
24 https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/19360515/do1-
2017-10-18-resolucao-n-702-de-10-de-outubro-de-2017-19360487
59
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, ou que apresente
característica físico-química que se enquadre no sistema de classificação de
riscos, por exemplo: explosivos; gases; líquidos e sólidos inflamáveis;
substâncias tóxicas e infectantes, oxidantes e peróxidos; materiais radioativos,
substâncias corrosivas e demais artigos perigosos. Veja na Resolução Nº
5.947, de 1º de Junho de 202125 e confirme as instruções complementares ao
regulamento do transporte terrestre de produtos perigosos.
25https://anttlegis.datalegis.inf.br/action/ActionDatalegis.php?acao=detalharAtosArvore&link=S&
tipo=RES&numeroAto=00005947&seqAto=000&valorAno=2021&orgao=DG/ANTT/MI&codTipo
=&desItem=&desItemFim=
60
Estudaremos mais sobre as resoluções que regulamentam esse tipo de
transporte no decorrer das próximas unidades.
Acondicionamento
61
III – transportar produtos perigosos juntamente com
alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados a
uso ou consumo humano ou animal ou, ainda, com
embalagens de mercadorias destinadas ao mesmo fim.
IV – transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer
objetos destinados ao uso ou consumo humano ou animal
em embalagens que tenham contido produtos perigosos.
V – transportar, simultaneamente, animais e produtos
perigosos em veículos ou equipamentos de transporte.
VI – abrir volumes contendo produtos perigosos, fumar ou
adentrar as áreas de carga do veículo ou equipamentos de
transporte com dispositivos capazes de produzir ignição dos
produtos, seus gases ou vapores, durante as etapas da
operação de transporte.”
Brasil, 2021.
Observe a seguir.
62
Transporte rodoviário de carga a granel com vários produtos
perigosos da classe 9, onde um deles é considerado uma substância
perigosa ao meio ambiente (número ONU 3082)
Fonte: ABNT,2021.
Fonte: ABNT,2021.
63
Lembre-se de que a quantidade de produto perigoso é fator que determina a
isenção das exigências previstas em lei. Para saber a quantidade indicada
para cada veículo, fique atento às mudanças, pois a Consolidação n.
420/04 foi revogada pela Resolução n. 5.947/21 26da ANTT, que passou a
vigorar em 1º de julho de 2021. Veja no documento “Produtos Perigosos
em Quantidades Limitadas”27 para ver na parte 3 quais são as regras de
isenção.
26https://anttlegis.datalegis.inf.br/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&num_ato=
00005232&sgl_tipo=RES&sgl_orgao=DG/ANTT/MTPA&vlr_ano=2016&seq_ato=000
27 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_552/UE_2381/assets/files/ESP_MOPP_NT1_UE2_produtos%20is
entos.pdf
28https://anttlegis.datalegis.inf.br/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&num_ato=
00005232&sgl_tipo=RES&sgl_orgao=DG/ANTT/MTPA&vlr_ano=2016&seq_ato=000
64
Para garantir a segurança do transporte, é imprescindível conhecer o veículo e
saber onde estão esses equipamentos, assim você poderá acompanhar o
comportamento do material que está sendo transportado.
Leia o manual do proprietário do veículo e lembre-se de que qualquer outro
equipamento indicado para leitura de pressão deve ser escolhido com cuidado,
instalado adequadamente, e sua manutenção deve ser rigorosa.
Quanto aos veículos que podem ser utilizados para o transporte rodoviário de
produtos perigosos, a Resolução ANTT n. 5947/21 estabelece, em seu artigo
12:
“Art. 12 O transporte de produtos perigosos deve ser
realizado em veículos automotores ou elétricos classificados
como “de carga” ou “misto”, conforme definições e
prescrições específicas estabelecidas pelo Código de
Trânsito Brasileiro - CTB, salvo os casos previstos nas
Instruções Complementares a este Regulamento.
§1º Serão aceitos veículos automotores classificados como
“especial” em função da atualização das carrocerias e
65
transformações permitidas de acordo com o Departamento
Nacional de Trânsito – Denatran, desde que sua
transformação esteja devidamente registrada no respectivo
órgão executivo de trânsito e, quando aplicável, esteja em
conformidade com as demais exigências estabelecidas nas
Instruções Complementares a este Regulamento.
§2º Quando forem utilizados veículos classificados como
“misto” ou “especial”, os produtos perigosos devem ser
transportados em compartimento estanque e próprio,
segregado de forma física do condutor e auxiliares.”
Brasil, 2021.
Com isso, fica clara a importância de conhecer bem o tipo de veículo que o
condutor vai dirigir e saber como operá-lo de maneira adequada. Não é só
“cumprir a lei”, mas sim ter o entendimento do conjunto todo para evitar
acidentes e situações de risco devido ao transporte de carga perigosa.
66
• Vistoriar as condições de segurança e de funcionamento do veículo;
• Providenciar a manutenção correta em tempo adequado;
• Fornecer roupas e equipamentos exigidos por lei ao condutor;
• Fornecer os equipamentos de segurança e de emergência.
Descontaminação do veículo
“Capítulo II
DAS CONDIÇÕES DO TRANSPORTE
Seção II
Dos Veículos e Equipamentos
Art. 6º Durante as operações de carga, transporte, descarga,
transbordo, limpeza e descontaminação, os veículos e
equipamentos utilizados no transporte de produtos perigosos
devem estar devidamente sinalizados, observadas eventuais
dispensas, conforme Instruções Complementares a este
Regulamento.
§1º A sinalização deve ser retirada:
I - após o descarregamento, no caso de carga embalada,
quando veículos e equipamentos de transporte não
67
apresentarem contaminação ou resíduo dos produtos
transportados; e
II - após as operações de limpeza e descontaminação,
observado o disposto nas Instruções Complementares a
este Regulamento.”
Brasil, 2021.
29 http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/eventos-
cgcre/13WorkshopDios/15_Hiperlink_Apresentacao_07_Portaria_91_2009.pdf
30 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/10em025u2n900im
68
Referências
69
_____. Resolução n. 625/16, de 19 de outubro de 2016. Altera o art. 2-A da
Resolução Contran n. 210, de 13 de novembro de 2006, com redação dada
pela Resolução Contran n. 502, de 23 de setembro de 2014. Diário Oficial da
União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 21 out. 2016c. Disponível em:
<https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao_625-2016.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2021.
70
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos — CETPP
Núcleo Temático 1 – Legislação de Trânsito
Unidade de Estudos 3 – Uso do tacógrafo e as infrações e penalidades
previstas no transporte de produtos perigosos.
Objetivos:
• Entender a importância do registrador instantâneo e inalterável de
velocidade e tempo;
• Compreender as infrações e penalidades previstas para o transporte de
produtos perigosos.
Tacógrafo
71
II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os
de transporte de passageiros com mais de dez lugares e os
de carga com peso bruto total superior a quatro mil,
quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo.”
Brasil, 1997.
31 Disco diagrama confeccionado em papel encerado, contendo áreas específicas para registro
de velocidade, de distância percorrida e de tempos diversos. O disco contém em sua parte
central o número da Portaria de aprovação de modelo e áreas apropriadas para a identificação
do condutor, do local e data do início da utilização, identificação do veículo, início e fim da
identificação do hodômetro, distância percorrida (indicação final menos a inicial do hodômetro).
(Fonte: http://www.inmetro.gov.br/legislacao/pam/pdf/PAM006697.pdf)
32 Dispositivo identificador: tem a finalidade de identificar o condutor do veículo a partir da
72
Figura 1 – Tacógrafo.
Fonte: Shutterstock/Vladiczech
Tipos de tacógrafos
73
eletrônicos com processamento digital. O sensor da caixa de
marchas, por meio de um chicote elétrico, impulsiona seu
sistema de registro. Sua constante de funcionamento K é
ajustada ao W do veículo por meio de software.
74
• 24 horas – utiliza um disco que deve ser trocado após a vigésima quarta
hora.
• 7 ou 8 dias – utiliza um conjunto de 7 ou 8 dias com 24 horas cada um,
que deverá ser trocado após a vigésima quarta hora do sétimo ou oitavo
dia.
Brasil, 1988.
34 https://www.youtube.com/watch?v=9OJjfcdCEwY
75
outros exigidos por lei, para averiguação de sua
autenticidade:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa – remoção do veículo.”
Brasil, 1997.
76
c) nos veículos de transporte de passageiros ou de uso
misto, registrados na categoria particular e que realizem
transporte remunerado de pessoas;
d) nos de carga com Capacidade Máxima de Tração
(CMT) igual ou superior a 19 t; e
e) nos veículos de carga com Peso Bruto Total (PBT)
superior a 4.536 kg, fabricados a partir de 1º de janeiro
de 1999..”
(Brasil, 2022)
Infrações e penalidades
77
Inmetro e Normas técnicas da ABNT
78
De acordo com o evento da infração, as multas poderão ser simultâneas, por
exemplo: o expedidor e o transportador poderão receber a mesma multa
quando cometerem uma determinada conduta que envolve as duas entidades.
Mas atenção! O agente de trânsito só libera o veículo caso não haja risco
ao condutor e aos demais usuários da via, pois se trata de produto perigoso,
cabendo apresentação posterior da regularização.
79
Além da multa, a autoridade com jurisdição sobre a via poderá solicitar ao
Ministério responsável que seja cancelado o Registro do Transportador, junto
ao Registro Nacional dos Transportes Rodoviários (RTB). Ao receber a
notificação, o infrator terá 30 dias para apresentar defesa e, após a decisão do
Ministério, terá ainda 30 dias para solicitar reconsideração da decisão.
39https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_552/UE_2382/assets/files/ESP_MOPP_NT1_UE3_Infra%C3%A7
%C3%B5es%20transportador%20e%20expedidor.pdf
80
Após o estudo de todas estas leis, resoluções, decretos, você deve ter
percebido a importância de conhecê-los para poder transportar produtos
perigosos. Procure se manter atualizado quanto às leis e às implicações que
elas trazem para preservar a segurança de todos, inclusive a sua.
Referências
40 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/d0wxf016kk5oa82
81
Complementares, e dá outras providências. Disponível em:
<https://bit.ly/3xtldaX>. Acesso em: 25 nov. 2021.
82
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 1 – Legislação de Trânsito
Unidade de Estudos 4 – Documentação e Simbologia
83
Documentos do condutor
Documentação do veículo
CRLV-e
CIV
84
Documentação da carga
85
organização internacional, coordenada pela Organização das Nações Unidas
(ONU).
Você, condutor, precisa estar atento e conhecer bem sobre essas rotinas de
documentação e simbologia necessárias à carga com a qual vai trabalhar.
Veja agora diversos itens importantes, que, além de fazerem parte de seu dia a
dia como transportador, também apresentam periculosidade. Acompanhe.
Certificado de capacitação
86
b) número do registro RENACH e categoria de habilitação
do condutor;
c) validade e data de conclusão do curso;
d) assinatura do diretor da entidade ou instituição, e
validação do órgão ou entidade executivo de trânsito do
Estado ou do Distrito Federal quando for o caso;
e) no verso, deverão constar as disciplinas, a carga
horária, o instrutor e o aproveitamento do condutor; e
f) o modelo dos certificados será elaborado e divulgado
em portaria pelo órgão máximo executivo de trânsito da
União.”
Brasil, 2021.
Ficha de emergência
87
A NBR 7503 orienta sobre o modelo da ficha de emergência. Confira na
imagem a seguir.
88
• Órgãos competentes para as classes 1 (explosivos) e 7 (materiais
radioativos);
• Data da versão atual da ficha de emergência.
Painel de segurança
89
Os painéis de segurança têm o objetivo de identificar o tipo do produto
transportado, assim como seu risco.
O painel deve:
90
Figura 4 – Número de identificação do risco.
Fonte: ABNT, 2021.
Você deve estar se perguntando por que o número de risco não se inicia com o
algarismo 1. Isso ocorre porque as explosões (classe 1) são
acompanhadas de chamas e apresentam os riscos de líquidos inflamáveis
(3) ou sólidos inflamáveis (4).
91
fixados nas laterais e nas traseiras dos veículos, juntamente com o painel de
segurança ou na embalagem do produto.
Os rótulos têm o formato quadrado apoiado sobre um dos seus vértices e são
divididos em rótulo de risco principal, subsidiário e especial.
92
5.3.1.1.3.1 Veículos e equipamentos de transporte a
granel, que contiveram produtos perigosos, devem
continuar portando os rótulos de risco correspondentes,
até que sejam limpos e descontaminados.
Brasil, 2021.
93
Rótulo de risco especial
É o rótulo utilizado no transporte terrestre
os equipamentos com origem ou destino
aos portos, contendo produtos perigosos
classificados nas Classes de 1 a 9 (além
do nº ONU 3077 e 3082), que são
considerados "poluentes marinhos" como
estabelecido no Código IMDG da
Organização Marítima Internacional
(OMI), portando a marca de poluente
marinho.
94
Agora, veja os símbolos de manuseio utilizados nas embalagens, indicados
pela NBR 7500, para o transporte de produtos perigosos.
Sinalização em veículos
Carga a granel
95
Transportando apenas um produto perigoso – para veículos ou equipamentos
que transportam apenas um produto perigoso ou resíduo de apenas um
produto perigoso, as regras são as seguintes:
96
• Exibir os painéis de segurança e os rótulos de risco principal e
subsidiário nas laterais de cada compartimento correspondente ao
produto que está armazenado nesse espaço;
• Nos painéis de segurança da traseira e da dianteira não deverão constar
os números de risco e da ONU;
• Rótulos de risco devem estar fixados na traseira do veículo, conforme os
tipos de produtos transportados.
97
E qual deve ser o procedimento com os rótulos de risco e com os painéis de
segurança?
98
• Painéis de segurança devem estar fixados no veículo da seguinte forma:
um na frente, um na traseira (à esquerda) e um em cada lateral;
• Rótulos de risco devem estar fixados no veículo da seguinte forma: um
na traseira e um em cada lateral;
• Rótulo de risco especial deve estar fixado na frente, na traseira (à
direita) e na lateral do veículo.
Carga fracionada
99
a carga fracionada deve estar devidamente rotulada, etiquetada e marcada.
Agora, vamos ver como fixar rótulos e painéis em cargas fracionadas.
Acompanhe!
100
Transportando mais de um produto perigoso da mesma classe – para veículos
que transportam mais de um produto perigoso embalado, mas que pertençam à
mesma classe, as regras são as seguintes:
101
Figura 12 – Transportando produtos perigosos de classes diferentes.
Fonte: ABNT, 2021.
102
Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP).
103
Placa de identificação e placa de inspeção.
104
Figura 13 – Transportando produtos perigosos em veículos utilitários.
Fonte: ABNT, 2021.
105
Transportando mais de um produto da Classe 1 – Explosivos – para veículos
que transportam vários produtos dessa classe, com o produto perigoso
embalado em uma mesma unidade de transporte, as regras são as seguintes:
43 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10030.htm#art6
106
Carga a granel e fracionada no mesmo veículo – o veículo que transporta carga
a granel e fracionada precisa exibir os painéis de segurança e os rótulos de
risco principal e subsidiário.
Veículo combinado com carga a granel com único produto de mesmo risco –
precisa exibir os painéis de segurança e os rótulos de risco principal e
subsidiário.
107
• Painéis de segurança devem estar fixados assim: um na frente, um na
traseira (à esquerda) e um na lateral de cada unidade de transporte;
• Rótulos de risco devem estar fixados assim: um na traseira e um na
lateral de cada unidade de transporte;
• Unidade de transporte que fica entre o cavalo e a última unidade de
carga, ou seja, a unidade do meio também deve receber painel de
segurança;
• A carga fracionada deve apresentar o rótulo de risco de acordo com o
produto que está acondicionado.
108
• Rótulos de risco devem estar fixados na traseira e nas laterais da carga
da carga a granel e da carga fracionada;
• A carga fracionada deve apresentar o rótulo de risco de acordo com o
produto que está acondicionado.
44 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/x9oc1u6a11584no
109
Referências
110
Legislativo, Brasília, DF, 24 jun. 2020. Disponível em:
<https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao7892020r.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2021.
111
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 1 – Legislação de Trânsito
Unidade de Estudos 5 – Responsabilidades do condutor durante o
transporte
112
Você deve parar a cada vez que observar alterações nas condições do
transporte da carga que são capazes de colocar em risco a segurança das
pessoas, da sociedade, de bens ou do meio ambiente.
Brasil, 1988.
113
Equipamentos obrigatórios
Conferir se o transportador disponibilizou os equipamentos obrigatórios e se
estão em perfeitas condições de uso.
Vistoria
Realizar com rigor a vistoria no veículo.
Documentação
Conferir os documentos pessoais (posse e validade), além dos documentos da
carga e do veículo.
Ficha de emergência e envelope de transporte
Ler e conhecer, para poder executar as medidas indicadas na ficha e no
envelope em caso de acidente ou vazamento, considerando a especificidade
do produto transportado.
Painéis de segurança e rótulos de risco
Conferir se o veículo apresenta painéis e rótulos correspondentes ao produto
transportado, e se estão legíveis e corretamente fixados.
Extintor
Conferir a disponibilidade e a adequação para uso do extintor, na cabine
própria, e se sabe manusear corretamente, além de conferir a disponibilidade
do triângulo de emergência.
Prazo para entrega
Observar o prazo para entrega da carga e identificar as condições da estrada
evitando, assim, avarias ao veículo e à carga; deve, também, analisar o
trajeto, os locais de parada e as paradas para fiscalização.
Quantos elementos para conferir antes de iniciar a viagem, não é mesmo? Mas
lembre-se de que o condutor só poderá participar das operações de
carregamento, transbordo e descarregamento da carga de produtos perigosos
se realizou treinamento específico pelo expedidor, em concordância com o
transportador.
114
Figura 1 – Responsabilidade do condutor antes da viagem.
Fonte: Depositphotos/ photography33.
Estado do veículo
Conferir com frequência o estado geral do veículo, dos pneus, dos
equipamentos da carga, dos itens de segurança; verificar se há vazamentos
ou aquecimento indevido, entre outras ocorrências.
Itinerário
Obedecer criteriosamente ao planejamento de itinerário realizado pelo
transportador.
Condições adversas
Atentar aos fatores meteorológicos que podem interferir na viagem.
115
Paradas e estacionamentos
Obedecer criteriosamente às orientações indicadas nas paradas e nos
estacionamentos para cargas de produtos perigosos.
Acostamentos
Utilizar o acostamento somente em casos de emergência e providenciar
imediatamente os encaminhamentos necessários para resolver a situação.
Condução correta
Utilizar sempre as técnicas adequadas para a condução de veículos com
produtos perigosos.
Painel de instrumentos
Manter atenção especial ao painel de instrumentos do caminhão e os relativos,
por exemplo, para aquecer ou resfriar a carga.
Irregularidades
Avisar imediatamente o transportador quando perceber qualquer irregularidade
com a carga transportada.
Traje
Utilizar o traje mínimo adequado à função e ao tipo de carga.
Descanso
Observar os intervalos de descanso, registrando-os em diário de bordo,
papeleta, ou pelo tacógrafo. A Lei 13.103, de 2 de março de
2015 regulamenta, no capítulo III–A, a obrigatoriedade do descanso.
Responsabilidades do transportador
116
• CIPP – obter e acatar o Certificado de Inspeção para o Transporte de
Produtos Perigosos;
• Equipamentos para situações de emergência – manter, no veículo, os
equipamentos necessários para situações de emergência, observando
frequentemente sua conservação, além de treinar e instruir os
condutores ao uso, de acordo com as instruções do expedidor de cada
produto;
• Ministério do Trabalho – atender às exigências quanto ao uso do traje
e dos equipamentos de segurança;
• Painéis de segurança e rótulos de risco – posicionar adequadamente
nos veículos;
• Recomendações do expedidor – atender com eficiência às
recomendações do expedidor durante as operações de transbordo;
• Documentação – exigir e conferir a documentação do condutor, da
carga e do veículo.
Quer saber mais sobre esse assunto? Leia o art. 3545 “Deveres e obrigações
do transportador” indicados na Resolução n. 5.947/21 – ANTT, que atualiza o
Decreto n. 96.044/88 – RTPP.
Responsabilidades do expedidor
45 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-5.947-de-1-de-junho-de-2021-323561273
117
revendedor de cloro. A seguir, acompanhe as responsabilidades do
expedidor.
46 https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-5.947-de-1-de-junho-de-2021-323561273
118
• especificações necessárias para o acondicionamento da carga, como
arrumação, empilhamento e fixação da carga no compartimento do
veículo;
• relação de conjunto para situações de emergência, quando for
necessário.
119
“Art. 16. O transportador, antes de mobilizar o veículo,
deve assegurar-se de que este esteja em condições
adequadas ao transporte para o qual é destinado,
conforme regulamentação das autoridades competentes,
e com especial atenção para o tanque, carroceria e
demais dispositivos que possam afetar a segurança da
carga transportada.
Art. 17. O condutor, durante a viagem, é o responsável
pela guarda, conservação e bom uso dos equipamentos e
acessórios do veículo, inclusive os exigidos em função da
natureza específica dos produtos transportados.
Parágrafo único. O condutor deve examinar as condições
gerais do veículo, verificando, inclusive, a existência de
vazamento, o grau de aquecimento, o estado de uso dos
pneus e as demais condições do conjunto transportador.”
Brasil, 1988.
120
Art. 22. Durante o transporte, o condutor do veículo e os
auxiliares devem usar calça comprida, camisa ou
camiseta, com mangas curtas ou compridas, e calçados
fechados.”
Brasil, 2019.
121
Figura 2 – Conjunto básico de EPI.
Fonte: Depositphotos/ ljsphotography.
Existe uma norma que regulamenta o uso de EPI para transporte terrestre de
produtos perigosos: a NBR 9735.
Tipos de EPI
123
Capacete com Colete de sinalização. Máscara contra gases
proteção facial, para tóxicos.
proteger contra
respingos de produtos
químicos ou
queimaduras.
Esses filtros têm validade de 3 (três) anos, para os que apresentam lacres, e 6
(seis) meses para os que apresentam lacre rompido.
A função dos filtros PV – polivalente é proteger nariz, boca e olhos contra:
• GA – gases ácidos;
• NH3 – amônia;
• VO – vapores orgânicos;
• CO – monóxido de carbono SO2 – bióxido de enxofre.
124
Veja o resumo desta Unidade de Estudo47.
Referências
47 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/tb152hcv15lw5hy
125
12.619, de 30 de abril de 2012; e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 3 mar. 2015. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm>.
Acesso em: 25 nov. 2021.
126
Curso Especializado para Condutores de Veículos
Núcleo Temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de
Trânsito Brasileiro – CTB
Unidade de Estudo 1 – Direção defensiva
127
pedestres, presta atenção na sinalização, nas condições do tempo, enfim, em
todos os elementos à sua volta. Com isso, consegue antecipar situações e
evitar acidentes.
Fonte: Shutterstock/Sorbis.
128
Categorias e elementos da direção defensiva
Preventiva
É a atitude do motorista que permanece atento para evitar situações de risco.
Corretiva
É a atitude que o motorista deve ter quando está diante de um possível
acidente, corrigindo situações que não estavam previstas.
direção defensiva com base nos cinco elementos que estudaremos a seguir.
Conhecimento
Desenvolver aprendizado constante na profissão é essencial para
a realização de um bom trabalho. Além do conhecimento prático,
ou seja, saber dirigir, é importante ter conhecimento sobre:
• Os direitos e deveres dos condutores e pedestres;
• As leis de trânsito;
• As normas;
• Os trajetos;
• As sinalizações;
• O veículo.
Esses conhecimentos são necessários para que você possa
tomar boas decisões no trânsito e com agilidade, sempre que
necessário. Isso evita danos ao motorista e ao seu veículo, aos
outros usuários e à via pública.
129
Atenção
O condutor precisa estar atento a tudo o que acontece à sua volta
no trânsito para evitar acidentes.
Ao conduzir o seu veículo, esteja sempre alerta! Fique atento e
consciente desde o momento em que entrar no veículo até chegar
ao seu destino. O risco de acidente pode diminuir quando o
condutor está atento!
Previsão
Previsão é a capacidade de se antecipar aos acontecimentos e
reagir rapidamente. Prever não é a mesma coisa que adivinhar!
Quando o motorista está atento e analisa tudo o que acontece ao
seu redor, ele consegue identificar os riscos, prevendo possíveis
acidentes. Assim, ele tem mais tempo para tomar atitudes
seguras.
A previsão também pode ser usada em outras situações que
previnem possíveis ocorrências mais distantes, como quando o
motorista realiza antecipadamente a revisão do veículo e a
verificação dos equipamentos obrigatórios, evitando, assim, que
o carro apresente problemas em via pública.
Decisão
É a capacidade de analisar rapidamente a situação e escolher
que ação deve ser tomada. A decisão no trânsito requer uma
iniciativa imediata, pois, ao identificar uma situação de perigo, o
condutor precisa decidir o que fazer a tempo de evitar um
acidente.
Habilidade
É a capacidade de o condutor dominar seu veículo em situações
de adversidades. Esse é um elemento que, assim como o
conhecimento, precisa ser constantemente exercitado para que
você possa se tornar um condutor cada vez melhor nas práticas
defensivas e mais seguro no trânsito. A habilidade está
relacionada à experiência do condutor e pode ser desenvolvida
com a prática. O motorista é considerado hábil para conduzir e
130
manobrar o seu veículo quando tem conhecimentos teóricos e
práticos e desenvolve atenção, previsão e a capacidade de
decisão.
131
Nesse sentido, é importante que as pessoas tenham consciência de que
sinistros podem ser evitados desde que condutores e pedestres
tenham responsabilidade e atenção.
Negligência
É o motorista que age com descaso, não observa e é desatento (por
exemplo: não cuida da manutenção do veículo; entrega a direção do veículo
a pessoas não habilitadas).
Imperícia
É a falta de habilidade ou de conhecimento ao dirigir que decorre
principalmente da formação inadequada do condutor (exemplo: não sabe agir
em situações de emergência).
Imprudência
Ocorre quando o condutor conhece a lei, mas desobedece às regras de
conduta (exemplo: excede a velocidade da via; dirige sob a influência de
álcool; não respeita as regras e os sinais de trânsito).
Condições adversas
132
para, diante delas, agir de forma adequada e tomar a decisão mais acertada a
fim de evitar acidentes.
Luz
Penumbra
133
Excesso de luz natural
É importante ver e ser visto, por isso algumas atitudes devem ser tomadas:
134
À noite, é mais difícil enxergar detalhes, por isso é importante reduzir a
velocidade para ter mais tempo na avaliação de obstáculos, por exemplo,
animais, buracos ou pessoas.
Tempo
Chuva, vento, granizo, neve, neblina e até calor excessivo diminuem muito a
capacidade de o condutor ver e avaliar as condições reais da estrada e do
veículo.
Nesses casos, o condutor deve usar luz baixa, diminuir a velocidade e ter mais
atenção para conduzir o veículo.
135
Os procedimentos corretos são os seguintes:
• reduzir a velocidade;
• não ultrapassar;
• ligar o limpador de para-brisa;
• parar em lugar seguro e aguardar, se necessário;
• evitar parar na via, mas, se for necessário, usar sempre o acostamento,
e posicionar o triângulo de segurança em local visível;
• se precisar parar, ligar o pisca-alerta, que não deve ser utilizado com o
veículo em movimento;
• ligar os faróis do veículo, utilizando a luz baixa conforme item “b” do
inciso I, art.40 do CTB, atualizado pela Lei Federal n. 14.071/2020
(Brasil, 2020).
Ventos fortes
Ventos transversais
O condutor deve abrir os vidros, reduzir a velocidade e manter o volante
firme.
Ventos frontais
O condutor deve fechar os vidros, reduzir a velocidade, segurar o volante
com firmeza e manter o alinhamento do veículo.
Chuva
136
A alta velocidade e o tempo de vida dos pneus podem ampliar as chances de
acidente, portanto reduza a velocidade, mantenha os pneus em excelentes
condições e fique a uma distância segura do veículo à sua frente.
Aquaplanagem ou hidroplanagem
Outro fator que ocorre como efeito da chuva são os alagamentos. Nessa
situação, é necessário parar em um lugar alto e seguro e aguardar o nível da
água baixar.
Via
48 https://player.vimeo.com/video/494214180
137
direcionada aos elementos da pista ou via ajudará a controlar situações de
risco.
Trânsito
O grande movimento de veículos nos horários de pico nas vias urbanas das
grandes cidades ou em período de férias ou feriados prolongados nas estradas
e rodovias deixa o trânsito muito carregado.
Veículo
138
1. Pneus e roda sobressalente (estepe)
Devem estar com sulco de pelo menos 1,6 milímetros (Resolução Contran n.
558/1980, art. 4º) e com calibragem adequada (Brasil, 1980); é importante
calibrá-los regularmente.
2. Rodas
Devem ser alinhadas e balanceadas.
3. Motor
Deve estar bem regulado, pois evita o consumo excessivo de combustível e
óleo. Os níveis de óleo e temperatura (água) podem ser acompanhados pelo
painel do veículo e conferidos periodicamente.
4. Retrovisores internos e externos
Devem estar limpos, firmes e bem regulados.
5. Bateria
Carga da bateria e cabos devem ser conferidos periodicamente.
6. Cintos de segurança
Verificar se todos os cintos de segurança do veículo estão funcionando
adequadamente, possibilitando a regulagem e o engate.
139
Figura 2 – Mantenha o seu veículo em perfeito estado para locomoção.
Fonte: Pexels.
Motorista
Todo condutor deverá dirigir seu veículo estando bem disposto, equilibrado e
sóbrio, o que significa que a responsabilidade vai além de portar a CNH. Cabe
ao motorista assumir a condição de direção e a responsabilidade pela sua
segurança e a dos demais.
Como ultrapassar
140
1. Passagem por outro veículo: é o movimento de passagem à frente de
outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade,
mas em faixas distintas da via.
2. Ultrapassagem: é o movimento de passar à frente de outro veículo que
se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa
de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem.
Brasil, 1997.
141
Vamos acompanhar situações consideradas corretas para a realização de uma
A ultrapassagem é permitida:
• Manter distância do veículo que segue à sua frente para não perder o
ângulo de visão;
• Sinalizar com antecedência, pois o motorista que segue à frente e o que
segue atrás precisam saber de suas intenções;
• Conferir o ângulo de visão pelo retrovisor e a situação do tráfego;
• Verificar se há espaço suficiente à frente do veículo que será
ultrapassado e se há condição de segurança para a manobra;
• Ao retornar à faixa, realizar o mesmo procedimento: conferir o espelho
retrovisor, sinalizar e retornar mantendo distância.
49 https://player.vimeo.com/video/495238825
142
Figura 3 – Placa de sinalização: Proibido ultrapassar
Fonte: Brasil, 2007.
Por isso, não corra riscos e não coloque a própria vida e a vida de outras
pessoas em risco nas rodovias e estradas. Faça suas passagens e
ultrapassagens com muito cuidado.
50 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/7c071l029e53bx0
143
risco e contribuir para um trânsito melhor. Responda aos exercícios desta
Unidade de Estudo e até a próxima!
Referências
144
Curso Especializado para Condutores de Veículos
Núcleo Temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de
Trânsito Brasileiro – CTB
Unidade de Estudo 2 – Tipos de acidentes (sinistros) e incidentes de
trânsito, como evitá-los e quais cuidados devem ser tomados na direção
Cuidados na direção
145
Observar e respeitar a sinalização e o espaço.
146
• Manter uma distância de segurança dos demais veículos. Isso é
importante para evitar colisões;
• Antes de sair do acostamento, acionar a luz indicadora de direção,
verificar o tráfego, acelerar no acostamento até uma velocidade
compatível com a via, e entrar na faixa de tráfego.
Distância de segurança
147
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas
à circulação obedecerá às seguintes normas:
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-
se as exceções devidamente sinalizadas;
II - o condutor deverá guardar distância de segurança
lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem
como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no
momento, a velocidade e as condições do local, da
circulação, do veículo e as condições climáticas;”
Brasil, 1997.
É importante saber que a distância de segurança tem que ser suficiente para
frenagem em caso de parada de emergência.
Não há uma determinação exata para a distância a ser guardada, a não ser
quando o condutor estiver passando ou ultrapassando um ciclista, pois,
nesse caso, o art. 201 estabelece a distância de 1 m e 50 cm (Brasil, 1997).
Distância de reação
É a distância de segurança percorrida por um veículo desde o momento em
que seu condutor percebe algum tipo de perigo até o momento em que aciona
o freio.
Distância de frenagem
É a distância a ser percorrida desde o ato de pressionar o pedal do freio até a
parada total do veículo. Varia de acordo com a velocidade e a carga do
veículo; quanto maiores forem a carga e a velocidade maior será a distância
de frenagem.
Distância de parada
Corresponde à distância percorrida desde o momento em que o condutor vê o
perigo até ele parar o veículo. Varia de acordo com a velocidade. Corresponde
à soma da distância de reação mais a distância de frenagem.
148
Distância de segmento
É a distância mínima que o condutor deve manter entre o seu veículo e o que
vai à sua frente. Deve corresponder à distância percorrida em dois segundos.
Dessa forma, os acidentes que são ocasionados pela ação humana também
podem ser evitados por ela.
51“Sinistro de trânsito é todo evento que resulte em dano ao veículo ou à sua carga e/ou em
lesões a pessoas e/ou animais, e que possa trazer dano material ou prejuízos ao trânsito, à via
ou ao meio ambiente, em que pelo menos uma das partes está em movimento nas vias
terrestres ou em áreas abertas ao público.” ABNT, 2020
149
• Sinistro de trânsito com vítima fatal
É aquele que resulta em vítima imediata ou em até 30 dias,
como resultado do acidente ou suas implicações.
ABNT, 2020.
No quadro a seguir, clique para saber sobre alguns tipos de sinistros de trânsito
de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR
10697, 2020.
Atropelamento de animal(is)
Sinistro de trânsito em que animal(is) sofre(m) o impacto de um veículo em
movimento.
Atropelamento de pessoa(s)
Sinistro de trânsito em que pessoa(s) sofre(m) o impacto de um veículo em
movimento.
Capotamento
Sinistro de trânsito em que o veículo gira sobre si mesmo, em qualquer
sentido, ficando em algum momento com as rodas para cima, imobilizando-se
em qualquer posição.
Choque
Sinistro de trânsito em que há impacto de um veículo contra qualquer objeto
fixo ou objeto móvel sem movimento.
Colisão
Sinistro de trânsito em que um veículo em movimento sofre o impacto de outro
veículo também em movimento.
Colisão frontal
Colisão que ocorre quando os veículos transitam em sentidos opostos, na
mesma direção, colidindo frontalmente.
Colisão lateral
Colisão que ocorre lateralmente, quando os veículos transitam na mesma
direção, podendo ser no mesmo sentido ou em sentidos opostos.
150
Colisão transversal
Colisão que ocorre transversalmente, quando os veículos transitam em
direções que se cruzam, ortogonal ou obliquamente.
Colisão traseira
Colisão que ocorre na frente contra traseira ou na traseira contra traseira,
quando os veículos transitam no mesmo sentido ou em sentidos opostos,
podendo, pelo menos um deles estra em marcha à ré.
Engavetamento
Sinistro de trânsito em que há impacto entre três ou mais veículos, em um
mesmo sentido de circulação, resultado de uma sequência de colisões
traseiras, laterais ou transversais.
Queda
Sinistro de trânsito em que há impacto em razão de queda livre do veículo,
queda de pessoas ou cargas transportadas em razão do movimento do
veículo.
Tombamento
Sinistro de trânsito em que o veículo sai de sua posição normal, imobilizando-
se sobre uma de suas laterais, sua frente ou sua traseira.
Acidentes evitáveis
Os acidentes evitáveis são aqueles que poderiam ter sido evitados por
uma manobra ou por uma decisão correta do condutor. Grande parte dos
acidentes pode ser evitada, pois é causada por falha humana, ou seja, o
condutor deixa de fazer algo que poderia evitá-los. Portanto, para que não
ocorram esses acidentes, o motorista deve manter-se atento, respeitar a
sinalização do local, verificar a segurança e as condições dos seus passageiros
e, principalmente, sua própria condição, verificar as condições da(s) carga(s)
que carrega e transporta e sempre manter o veículo revisado!
151
Figura 1 – Preste atenção em suas condições. Se estiver com sono, não dirija.
Fonte: Shutterstock/Raketir.
152
O acidente de difícil identificação da causa
Nesses casos, somente uma perícia pode apontar o que realmente ocasionou
o acidente, mas é possível prevenir. Por isso, fique atento aos seus limites e
às suas condições pessoais.
Até aqui, vimos que a maioria dos sinistros de trânsito podem ser
evitados.
Mas você deve estar se perguntando: como evitá-los na rotina
profissional?
Prever o perigo
Programar seu itinerário antes de sair. Lembrar-se dos obstáculos do
percurso e do comportamento irregular de outros motoristas e pedestres.
153
Encontrar a solução
Praticar a direção defensiva, antecipar os problemas e buscar soluções
práticas e inteligentes. Ser cortês, evitar conflitos, ter paciência e ser
prudente.
Agir a tempo
Não esperar que somente o outro tome a atitude de evitar o erro ou o
acidente. Perceber o risco, e agir a tempo de evitá-lo.
154
Observe como o CTB trata essa questão:
É importante que você saiba que utilizar um veículo como meio de trabalho
é bem diferente de apenas usá-lo como meio de transporte. Você passará
155
muito mais tempo dentro do veículo e será responsável por outras vidas,
tanto dentro do veículo quanto fora dele.
156
Figura 2 – Motociclistas.
Fonte: Shutterstock/Alexdjvu.
No trânsito existe uma regra básica, que também é lei: o maior sempre cuida
do menor!
Brasil, 1997
157
No trânsito, todos os condutores, especialmente os profissionais, devem
respeitar e zelar pela segurança de motociclistas, pedestres e
ciclistas, evitando comportamentos arriscados e priorizando o bem-estar de
todos.
52 Ponto em que os objetos e as pessoas não podem ser facilmente vistos pelo condutor é
chamado de ponto cego. É importante estar atento a ele para diminuir os riscos de acidente,
especialmente em manobras realizadas em esquinas e cruzamentos.
53 https://www.youtube.com/watch?v=0m7loEQ_o6o&app=desktop
158
Evitando acidentes com ciclistas e skatistas
Observe o que o Código dispõe sobre penalidade caso essa distância não seja
mantida.
“Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro
e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
Infração – média;
Penalidade – multa.”
Brasil, 1997
159
ser em uma curva ou após a mesma o triângulo, deve ser colocado
antes da curva;
• Ligar para o número de atendimento54 para acionar socorro médico;
• Preservar o local, não movimentar os veículos;
• Não movimentar as pessoas feridas;
• Aguardar a chegada do socorro médico e da Polícia de Trânsito.
54SAMU: 192
Bombeiros/SIATE: 193
Defesa Civil: 199
PRF: 191
Polícia Militar: 190
55 É uma empresa de energia do estado de Washington que fornece energia elétrica e gás
natural principalmente na região de Puget Sound, no noroeste dos Estados Unidos.
56 https://player.vimeo.com/video/495291915?h=68bc6f39af
160
A importância de ver e ser visto
Nesse sentido, para ver e ser visto no trânsito durante a direção, algumas
atitudes devem ser tomadas, tais como:
57 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/zpw32raqv7512i2
161
Referências
162
Curso Especializado para Condutores de Veículos
Núcleo Temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de
Trânsito Brasileiro – CTB
Unidade de Estudo 3 – Comportamento seguro na condução de veículos
especializados
Planejamento do percurso
163
seguir. E se for utilizar o GPS (Global Positioning System), traçar a rota antes
de colocar o veículo em movimento.
Atitudes do motorista
desempenho não seja prejudicada. Veja, a seguir, os artigos dessa lei que
164
remanescente dentro das 16 (dezesseis) horas seguintes
ao fim do primeiro período.
§ 4º Nas viagens de longa distância, assim consideradas
aquelas em que o motorista profissional empregado
permanece fora da base da empresa, matriz ou filial e de
sua residência por mais de 24 (vinte e quatro) horas, o
repouso diário pode ser feito no veículo ou em alojamento
do empregador, do contratante do transporte, do
embarcador ou do destinatário ou em outro local que
ofereça condições adequadas.”
Brasil, 2015.
165
É também dever do condutor atentar para o número de passageiros, para não
ultrapassar o limite da capacidade do veículo.
166
Condução adequada de veículos
Preferência
Ao se aproximar de um cruzamento não sinalizado, a preferência será do
veículo que vier pela direita.
Conversão
A Lei n. 14.071/20 permite que o movimento de conversão à direita, quando
o condutor estiver diante de sinal vermelho do semáforo, será livre, desde
que haja sinalização indicativa (Brasil, 2020).
Entrada em rodovias
O condutor deve esperar a oportunidade segura para entrar na via, sinalizar,
utilizar a faixa de aceleração e acelerar de acordo com o fluxo da rodovia.
Saída de rodovias
O condutor deve sinalizar, desacelerar e utilizar a faixa de desaceleração.
A faixa de aceleração possibilita que o tráfego que está entrando em uma via
principal aumente a velocidade até um valor que se aproxima daquele que irá
encontrar nessa via (velocidade diretriz). Por outro lado, a faixa de
desaceleração possibilita ao tráfego que está saindo reduzir sua
velocidade de acordo com as restrições do alinhamento do ramo (velocidade
da curva de saída), sem prejudicar o tráfego de passagem da via principal.
167
Figura 2 − Faixas de aceleração e desaceleração.
Fonte: Shutterstock/Miks Mihails Ignatis.
Curvas
Numa curva, entra em ação a força centrífuga que impulsiona o veículo para
fora do trajeto ou a força centrípeta que puxa o veículo para o centro da
trajetória. Para realizar uma curva de maneira segura e evitar acidentes, são
necessários alguns cuidados:
168
• Pisar de leve no acelerador ao fazer a curva. A aceleração aumenta a
aderência. Normalmente, é necessário reduzir a marcha nesse ponto.
Marcha à ré
169
Em declives, para auxiliar e intensificar a frenagem, é preciso manter a marcha
do veículo engrenada e utilizar, sempre que possível, o freio motor.
Manutenção do veículo
Pastilhas novas demoram a frear o carro, por isso o condutor deve dirigir com
cuidado redobrado após trocá-las.
170
Conduzir o veículo com defeito no sistema de iluminação implica uma infração
média.
A partir da Lei n. 14.071/20, passou a ser obrigatório o uso de luz baixa durante
o dia em rodovias somente de pistas simples fora do perímetro urbano. O não
cumprimento dessa regra acarreta em infração média.
Fique atento ao perceber luzes vermelhas acesas no painel, pois essa cor
indica a necessidade de parada imediata do veículo até que se resolva o
problema.
Vale lembrar que o farol baixo faz parte dos equipamentos obrigatórios nos
veículos e, nesse caso, o acionamento de faroletes, faróis de milha ou
auxiliares não poderão substituir esse dispositivo.
Situações de risco
É uma situação na qual há uma possibilidade (ou chance) de algo não sair
conforme o esperado ou de algo perigoso acontecer.
172
Ações imprudentes mais comuns que levam a situações de risco: desrespeito à
sinalização, excesso de velocidade, desatenção com o fluxo viário (erro de
distância), ultrapassagens perigosas e ultrapassagem de mais de um veículo
por vez (o que faz aumentar o tempo de permanência na via de sentido
contrário), entre outros.
173
• São as placas de regulamentação e/ou os semáforos que
determinam a preferência da passagem no cruzamento entre vias;
• Ao se aproximar de um cruzamento, o motorista deve diminuir a
velocidade e observar a sinalização;
• Em um cruzamento com sinalização falha ou nula, a preferência
de passagem é sempre do veículo que se aproxima pela direita;
• Em uma rotatória, a preferência de passagem será sempre do
veículo que já estiver circulando por ela;
• Antes de passar, o motorista deve observar se é possível
atravessar a via para seguir em frente;
• Em todas as situações, o motorista deve respeitar a sinalização.
58https://player.vimeo.com/video/519025324?h=0aa6c4895f
Fonte: Pexels/Tom Fisk
174
freio, a desaceleração do veículo e as condições, por exemplo, pista molhada
ou escorregadia.
59 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/k33zf0yu12q9800
175
Referências
176
Curso Especializado para Condutores de Veículos
Núcleo Temático 2 – Direção defensiva: abordagens do Código de
Trânsito Brasileiro – CTB
Unidade de Estudo 4 – Estado físico e mental do condutor
Talvez seja essa a condição adversa mais perigosa, mas também a mais fácil
de ser evitada, pois se trata do estado em que o condutor se encontra
física e mentalmente no momento em que faz uso do veículo no trânsito.
177
São várias as situações envolvendo o estado físico e mental do condutor
(doenças, deficiências físicas, problemas emocionais, entre outros), as quais
podem ser momentâneas, passageiras ou definitivas.
Uma pessoa em desequilíbrio emocional, que pode ser causado por inúmeros
fatores, pode sofrer irritações, mau humor, tornar-se retraída ou ansiosa e ter
atitudes impulsivas que podem ser prejudiciais. Aprender a lidar com as
situações e desconfortos, refletir sobre as próprias atitudes pode proporcionar
maior controle, segurança e bem-estar. Sabemos que, diante de tantas
pressões no trânsito, no trabalho, na vida social, é difícil manter um bom
controle das emoções, mas é preciso exercitar, pois os efeitos das atitudes
impulsivas são extremamente danosos quando estamos dirigindo.
178
1 Fadiga: é a sensação de cansaço permanente, mesmo quando se está
descansando. A fadiga diminui a atenção, a concentração e a
possibilidade de reação imediata às adversidades, por isso é tão
prejudicial. É preciso reequilibrar a rotina dormindo mais, alimentando-
se melhor, praticando esportes, e incluir momentos de lazer e
relaxamento nas atividades do dia a dia.
2 Atenção: a dificuldade em se manter atento às condições do tráfego
aumenta a possibilidade de envolvimento em acidentes e coloca a vida
do condutor e a de terceiros em risco. A dificuldade em manter a
concentração nas atividades do dia a dia pode trazer várias
consequências, como erro de cálculo, atrasos e esquecimentos. É
importante fazer uma coisa de cada vez, assim é possível direcionar a
atenção para que a atividade seja realizada com sucesso.
3 Audição: no trânsito, as pessoas devem estar atentas, e a audição é
um fator importante na percepção de situações de risco. Entretanto, nos
casos de condutores surdos, os veículos devem ser identificados com
adesivos nos vidros dianteiros e traseiros.
4 Visão: os condutores com indicação para uso de óculos ou lentes,
conforme definido em exame para obtenção de sua CNH, devem
sempre usá-los para dirigir. Em dias ensolarados, recomenda-se que os
motoristas, de modo geral, se utilizem de óculos escuros ou usem a
pala de proteção do veículo.
179
“Dirigir o veículo sem usar lentes corretoras de visão,
aparelho auxiliar de audição, próteses físicas ou
adaptações do veículo, impostas por ocasião da
renovação ou da concessão da licença para conduzir, é
infração gravíssima (art. 162, VI, CTB).”
Brasil, 1997.
180
O Código de Trânsito Brasileiro – CTB (Brasil, 1997) afirma que o condutor
deve estar em plenas condições físicas, mentais e psicológicas para dirigir.
Veja o que o dispõe o art. 166 do CTB:
Brasil, 2020.
O condutor deve avaliar suas condições sempre que for dirigir e entregar
a direção para alguém mais capacitado, caso entenda que não será possível
conduzir com qualidade. Além disso, deve também dividir a direção em viagens
181
longas, programar paradas para descanso, dormir um pouco e cuidar com a
alimentação e a hidratação.
182
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no
caput em caso de reincidência no período de até 12
(doze) meses.”
Brasil, 1997.
183
Veja o artigo “Efeitos do álcool61” no site da CISA – Centro de Informações
sobre Saúde e Álcool para saber mais sobre os efeitos que o álcool pode
causar no organismo de acordo com diferentes quantidades ingeridas.
Você sabia?
Atenção! Doses pequenas também interferem nas habilidades
do condutor. Por isso, não seja passageiro de alguém que
tenha consumido bebida alcoólica. Quando sair para se divertir
com seus amigos ou parentes, é importante escolher o
“motorista da rodada”, que assumirá a direção do veículo no
retorno. O escolhido deve estar sóbrio, sem ter consumido
álcool. Outra possibilidade é solicitar um táxi.
61 https://cisa.org.br/index.php/sua-saude/informativos/artigo/item/51-efeitos-do-alcool
184
Figura 1 – Motorista da rodada bebe água.
Fonte: Shutterstock/Syda Productions.
Você Sabia?
Quando o condutor faz a ingestão de substâncias para se
manter acordado, por exemplo, ele está somente impedindo
que o sono chegue dentro de algumas horas. Entretanto, assim
que o efeito da substância passar, o cérebro manifestará a
necessidade de descanso, o que pode fazer com que o
condutor durma ao volante e ocasione um acidente, muitas
vezes fatal.
185
Lembre-se: dormir é a única solução para o sono!
Referências
62 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/7c071l029e53bx0
186
Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14071.htm>.
Acesso em: 31 out. 2021.
187
Curso Especializado para Condutores de Veículos
Núcleo Temático 3 – Noções de primeiros socorros, respeito ao meio
ambiente, convívio social e prevenção de incêndio
Unidade de Estudo 1 – Noções de primeiros socorros no trânsito
188
Os primeiros socorros envolvem algumas medidas que visam preservar a
integridade da vítima e evitar que suas condições piorem. Esse atendimento
inicial pode incluir o apoio psicológico para pessoas abaladas emocionalmente
por um acidente.
Prestar socorro de maneira adequada pode salvar vidas. Por isso, é importante
ter noções de primeiros socorros para que o atendimento seja correto e o mais
cuidadoso possível.
189
Em um acidente, cada pessoa tem uma reação: há aquelas que conseguem
lidar com essa situação e tomam atitudes, mas há também quem entre em
desespero e quem fique sem reação diante da vítima, entre outros
comportamentos. E você, já pensou qual seria a sua reação diante de um
acidente de trânsito?
190
Ouça o Podcast 1 “O que fazer em caso de acidentes com vítimas63”.
Quem deve prestar os primeiros socorros à(s) vítima(s) é quem estiver mais
próximo, mas é preciso estar capacitado para realizar um bom atendimento.
63https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_554/UE_2389/assets/audio/NT3UE1Podcast.mp3
191
quando solicitado pela autoridade e seus agentes: Infração – grave.
Penalidade – multa. Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes
de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se
exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
No art. 304, o CTB (Brasil, 1997) expõe que a omissão de socorro acontece
quando o condutor deixa, “na ocasião do acidente, de prestar imediato
socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa,
deixar de solicitar auxílio da autoridade pública”.
192
Consequências dos acidentes
• Óbito;
• Invalidez;
• Sequelas físicas, psicológicas e perda de qualidade de vida;
• Ferimentos, lesões ou traumas físicos;
• Sofrimento da família;
• Prejuízo financeiro, econômico e social;
• Processos judiciais.
193
Para sinalizar o local do acidente, deve-se colocar corretamente
o triângulo (equipamento obrigatório, que tem por finalidade indicar que há um
veículo parado na via), ligar o pisca-alerta e usar também outros recursos,
como galhos de árvores e lanternas, ou utilizar panos para acenar para os
demais condutores.
194
do zero. A mesma coisa deve ser feita quando o acidente ocorrer no topo de
uma elevação, sem visibilidade para os veículos que estão subindo.
195
Veja os serviços e números64 de telefones mais comuns para atendimento a
emergências.
• Manter a calma;
• Transmitir as informações com clareza e precisão;
• Responder às perguntas do atendente também de maneira clara e
objetiva;
• Ao se referir ao local da ocorrência, fornecer o endereço completo, além
de um ponto de referência de fácil localização e visualização (uma loja
conhecida, uma praça, uma avenida etc.);
• Fornecer dados sobre as vítimas (número de pessoas, sexo, idade
aproximada);
• Informar o estado de consciência das vítimas e o grau dos ferimentos;
• Comunicar as condições do trânsito no local;
• Informar se há vítimas presas em ferragens.
• Descrever a ocorrência;
• Informar os primeiros socorros que foram aplicados;
• Fornecer ajuda, se necessário.
196
Além disso, é necessário informar aos socorristas a localização das vítimas e a
quantidade. Em um acidente de trânsito, as vítimas podem ser lançadas para
fora do veículo, podem estar presas nas ferragens, caídas na pista de
rolamento, entre outras situações.
Tipos de socorristas
197
O socorrista sabe o que fazer, como fazer, quando fazer e o que não fazer.
O objetivo do primeiro socorro não é tratar a pessoa, mas sim evitar danos
maiores à vítima.
Sobreviventes
198
Pessoal destreinado
Pessoal treinado
199
Papel do socorrista
Características de um socorrista
Um socorrista deve sempre saber o que fazer, como fazer, quando fazer e o
que não fazer.
65 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/x92xny69kybc292
200
Referências
201
Curso Especializado para Condutores de Veículos
Núcleo Temático 3 – Noções de primeiros socorros, respeito ao meio
ambiente, convívio social e prevenção de incêndio
Unidade de Estudo 2 – Verificação das condições gerais da vítima de
acidente de trânsito
202
A prioridade no atendimento deve ser à(s) vítima(s) que corre(m) maior
risco de morte. Quem está prestando socorro deve tomar muito cuidado e
limitar-se a fazer o mínimo necessário com a vítima, que deve permanecer
imobilizada até que socorristas profissionais possam transportá-la, se for o
caso.
Pulso
203
Respiração
Pressão arterial
120 x 80 mmHg.
204
Temperatura corporal
36 °C a 37 °C.
205
Isso deve ser feito da seguinte forma:
• Conversar com a vítima, dizendo quem você é e que está ali para ajudá-
la;
• Utilizar luvas de silicone para evitar contato com sangue ou saliva;
• Caso a vítima esteja acordada, deve-se acalmá-la e solicitar que não se
mova;
• Apoiar a mão sobre a testa da vítima, sem fazer força, somente para
impedir que ela faça movimentos bruscos;
• Verificar se ela está com dificuldade para respirar;
• Verificar a circulação colocando 2 dedos sobre a artéria radial localizada
no pulso;
• Conversar com a vítima para verificar seu nível de consciência;
• Proteger a vítima, cobrindo-a com mantas e casacos.
Para esse procedimento, clique para saber os passos que devem ser seguidos:
206
Figura 1 – Verificação do pulso carotídeo.
Fonte: Shutterstock/Madrolly.
207
Não se deve oferecer líquido para uma pessoa acidentada, principalmente
se ela estiver com dificuldade para respirar.
Referências
66 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/7c071l029e53bx0
208
composição do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade
das habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14071.htm>.
Acesso em: 3 nov. 2021.
209
Curso Especializado para Condutores de Veículos
Núcleo Temático 3 – Noções de primeiros socorros, respeito ao meio
ambiente, convívio social e prevenção de incêndio
Unidade de Estudo 3 – Respeito ao meio ambiente
210
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e o meio ambiente
211
A Legislação de Trânsito define as responsabilidades em relação à
proteção ao meio ambiente, além de apresentar infrações e penalidades.
O Sistema Nacional de Trânsito (SNT) é o conjunto de órgãos e entidades
da União, dos estados e do Distrito Federal e dos municípios, que têm a
finalidade de exercer as atividades que envolvem o trânsito (Brasil, 1997),
além de priorizar ações em defesa da vida, incluindo a preservação do meio
ambiente e a fiscalização do nível de emissão de poluentes e ruídos.
67 https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_554/UE_2391/assets/audio/Podcast_nt3ue3.mp3
68 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938compilada.htm
212
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota; IV - as condições estéticas e sanitárias do meio
ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.”
Brasil, 1986.
Poluição do ar
A queima incompleta de combustíveis é a principal causa de poluição do ar;
entre os principais poluidores do meio ambiente destacam-se as indústrias,
as usinas e os veículos. Os veículos à combustão emitem alguns gases
poluentes, como o monóxido de carbono, o chumbo e o nitrogênio. O nível
elevado de poluição no ar pode ser sentido pelos seres humanos por meio de
alguns sintomas, como a ardência nos olhos, náuseas e dificuldade de
respirar.
Poluição da água e do solo
213
Os veículos contribuem para esse tipo de poluição, principalmente pela troca
de óleo e lubrificantes mal acondicionados e por produtos utilizados em sua
lavagem periódica.
Poluição sonora
Alguns sons emitidos pelos veículos são responsáveis pela redução da
qualidade de vida, portanto recomenda-se manter o motor regulado, o
escapamento em bom estado e evitar o uso desnecessário da buzina.
No parágrafo 5.º do art. 104, o CTB prevê que será “aplicada a medida
administrativa de retenção aos veículos reprovados na inspeção de segurança
e na emissão de gases poluentes e ruído” (Brasil, 1997).
214
Poluição emitida pelas indústrias
215
Manter o veículo sempre em boas condições mecânicas contribui
para a preservação do meio ambiente!
Figura 1 – Dê o destino certo a cada tipo de resíduo que recolher em seu veículo.
Fonte: Shutterstock/Nitikan T.
216
A seguir, alguns exemplos de materiais e o tempo que levam para se degradar:
Nunca jogue lixo e outros objetos pela janela do carro, não retire flores e
folhagens das margens da via e, quando for à praia ou ao parque, recolha
o seu lixo.
Materiais recicláveis
Você já sabe que, daquilo que comumente chamamos de lixo, grande parte
pode ser reciclada e reutilizada. O material reciclável pode ser reutilizado e
transformado em novos objetos. Portanto, para que isso aconteça, o lixo deve
ser separado.
217
Praticamente todos os materiais descartados podem ser reciclados.
Entretanto, antes de separá-los, é necessário tomarmos alguns cuidados, como
retirar os resíduos de alimentos que ficam nas embalagens, para evitar a
contaminação e não estragar o material.
Figura 3 – Você é responsável pelo destino que dá aos resíduos que produz.
Fonte: Freepik.
Os pneus, quando chegam ao final da vida útil, devem ser levados a um local
apropriado, como uma revenda de pneus, uma borracharia ou um ponto de
coleta de pneus da Prefeitura Municipal. Os pneus descartados podem ser
reaproveitados de diversos modos, por exemplo, como combustível alternativo
para indústrias de cimento, na fabricação de solados de sapatos, borrachas de
vedação, pavimentação de vias públicas, enfeites e floreiras etc.
218
Figura 4 – Pneus descartados incorretamente.
Fonte: Shutterstock/KatMoy.
Queimadas
219
controle e causar grandes danos ao ambiente e à população, causando
acidentes e trazendo prejuízos irreversíveis.
Poluição sonora
220
Uso de buzina, outros sons e ruídos
Até outubro de 2016, a legislação que dava conta do tema era a Resolução
Contran n. 204/06. Após essa data, a Resolução Contran n. 624/1670 passou
a determinar as regras nesse âmbito.
69https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao7642018.pdf
221
E o que acontece com um condutor que for pego dirigindo com equipamento
de som com volume e/ou frequência acima do permitido?
• roncos de motor;
• escapamentos abertos;
• buzinas estridentes;
• aparelhos de som em volume alto.
70https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/conteudo-
contran/resolucoes/resolucao_624-2016.pdf
222
Além disso, o uso irregular de aparelhos de alarme e outros
dispositivos que produzem sons e ruídos que perturbam o sossego público é
fiscalizado pelo Contran e está definido no art. 229 do CTB (Brasil, 1997). Em
caso de desacordo com essa regulamentação, o indivíduo estará sujeito a:
• Infração: média;
• Penalidade: multa e apreensão do veículo;
• Medida administrativa: remoção do veículo.
Carros com alto-falantes, trios elétricos e outros veículos que produzam sons e
barulhos acima do limite necessitam de autorização especial para essa função
e devem estar regulamentados pela lei.
Como você sabe, os limites de barulho são regulamentados por lei. Então, é
importante a atenção às placas de sinalização e aos limites de ruídos para o
dia e para a noite, principalmente em lugares próximos a hospitais e escolas.
O art. 231 do CTB determina algumas penalidades para quem transitar com o
veículo:
“I. danificando a via, suas instalações e equipamentos;
II. derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
a) carga que esteja transportando;
b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente.
• Infração − gravíssima.
• Penalidade – multa.
• Medida administrativa − retenção do veículo para
regularização.
223
III. produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis
superiores aos fixados pelo Contran;
IV. com suas dimensões ou de sua carga superiores aos
limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem
autorização.
• Infração − grave.
• Penalidade – multa.
• Medida administrativa − retenção do veículo para
regularização.”
Brasil, 1997.
224
Em obediência ao CTB, no caso de veículos, não modifique o escapamento,
não utilize aparelhos de som, alarmes ou buzinas de forma irregular e não faça
alterações de estrutura, combustível ou motor nos veículos sem o Certificado
de Segurança Veicular (CSV). Saiba que, se isso ocorrer, você estará
cometendo uma infração de trânsito e prejudicando o meio ambiente.
Agora, veja outro assunto importante que também influencia o meio ambiente.
225
Lembre-se de dar o destino certo para os materiais recicláveis quando
substituídos no seu veículo.
Referências
71 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/9wl5xvu2p291600
226
BRASIL. CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução n. 624, de 19
de outubro de 2016. Regulamenta a fiscalização de sons produzidos por
equipamentos utilizados em veículos, a que se refere o art. 228, do Código de
Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 21
out. 2016. Disponível em: <https://www.gov.br/infraestrutura/pt-
br/assuntos/transito/conteudo-contran/resolucoes/resolucao_624-2016.pdf>.
Acesso em: 3 nov. 2021.
227
Cursos Especializados para Condutores de Veículos
Núcleo Temático 3 – Noções de primeiros socorros, respeito ao meio
ambiente, convívio social e prevenção de incêndio
Unidade de Estudo 4 – Convívio social
228
biosfera do planeta. O ser humano tem a responsabilidade de cuidar do
ambiente e zelar pela sua conservação, preservação e reconstrução.
Se você observar com atenção, verá que as pessoas estão quase sempre em
grupos. Ainda que alguém more ou viva sozinho, pertencerá a um ou mais
grupos. Assim, podemos dizer que o ser humano é um ser social, porque vive
em sociedade, ou seja, em grupos.
229
Viver em sociedade faz parte da natureza humana, pois é no relacionamento
com outros indivíduos e com o meio ambiente que o ser humano alcança a
satisfação e a realização pessoal, se renova e se adapta a novos ambientes e
isso colabora com a satisfação de suas necessidades sociais.
72 https://player.vimeo.com/video/328462595?title=0&portrait=0&byline=0&autoplay=1
230
Você Sabia?
A dignidade da pessoa humana é o princípio universal do qual
derivam os direitos humanos e os valores e atitudes fundamentais
para o convívio social.
Para ser condutor de um veículo, não basta conhecer regras, normas ou leis,
pois o trânsito exige além disso. Estar habilitado para dirigir envolve assumir
uma postura correta como condutor e como passageiro.
A educação para o trânsito ganhou ainda mais força com a Lei n. 14.071/20,
que permite aos Estados e ao Distrito Federal criar, implantar e manter escolas
públicas de trânsito, destinadas à educação de crianças e adolescentes, por
meio de aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e
comportamento no trânsito (Brasil, 2020).
231
Cabe ao condutor colaborar para um trânsito seguro e respeitar as normas a
fim de valorizar não só a sua segurança e a própria vida, mas a segurança e a
vida de todos.
232
O comportamento humano e os conflitos entre as pessoas interferem no
trânsito. Atitudes de desordem em um veículo comprometem a segurança de
todos.
Comunicação no trânsito
Por isso, é importante o condutor entender que os seus valores podem ser
diferentes dos valores dos demais condutores. Dessa forma, todos podem se
tornar mais tolerantes, tentando resolver as situações por meio de um processo
de comunicação eficiente, que priorize o respeito ao outro.
233
De acordo com o CTB (Brasil, 1997), o espaço público pertence a todos.
Assim, todos têm direitos e deveres no trânsito que precisam ser cada vez
mais respeitados. Essa constatação reforça a importância e a necessidade de
se iniciar a educação voltada ao trânsito desde a idade escolar, pois somente
por meio da educação a sociedade poderá contar com cidadãos: pedestres,
ciclistas, motociclistas e condutores cada vez mais conscientes e preparados.
234
Avançar o sinal vermelho.
235
A desarmonia e a falta de comunicação podem, muitas vezes, causar
acidentes graves, motivados principalmente por problemas de
relacionamento social no trânsito.
A boa conduta envolve valores morais, éticos e sociais, entre outros, que
influenciam o comportamento das pessoas.
236
• Com tempo chuvoso, neblina, cerração, o condutor deve diminuir a
velocidade, considerando os riscos que a pista molhada oferece;
• O condutor e o passageiro das motocicletas devem sempre usar o
capacete com viseira ou óculos, e vestuário de acordo com as
especificações aprovadas pelo Contran.
• Todos os condutores devem ter uma direção defensiva e um
comportamento solidário no trânsito.
Referências
73 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/7c071l029e53bx0
237
do Conselho Nacional de Trânsito e ampliar o prazo de validade das
habilitações; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder
Legislativo, Brasília, DF, 14 out. 2020. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14071.htm>.
Acesso em: 3 nov. 2021.
238
Curso Especializado para Condutores de Veículos
Núcleo Temático 3 – Noções de primeiros socorros, respeito ao meio
ambiente, convívio social e prevenção de incêndios
Unidade de Estudo 5 – Prevenção de incêndios
• Conceito de fogo;
• Triângulo de fogo;
• Fontes de ignição (calor);
• Incêndio;
• Classificação de incêndio;
• Prevenção de incêndios;
• Tipos de aparelhos extintores;
• Escolha, manuseio e aplicação dos agentes extintores.
74https://plataforma-jornada.s3-sa-east-
1.amazonaws.com/aulas/NT_554/UE_2393/assets/audio/podcastnt3ue5.mp3
239
Dessa forma, iniciaremos esse conteúdo abordando sobre o fogo e como ele
se forma.
Conceito de fogo
Triângulo de fogo
Diz respeito aos três elementos essenciais para que a combustão aconteça.
São eles:
240
1. Combustível:
Material ou substância líquida ou gasosa inflamável (passível de pegar fogo),
como madeira, papel, lixo, gás, gasolina, borracha, entre outros.
2. Oxigênio(comburente):
Gás contido no ar que respiramos e que é indispensável para a ocorrência da
combustão ou do fogo.
3. Fonte de ignição/calor:
Energia necessária para que o fogo inicie e continue.
241
Fontes de ignição (calor)
242
elevação, atingirá um ponto no qual esse material inflamável pegará fogo pelo
simples contato com o oxigênio. Por isso, ao transportar produtos inflamáveis,
é fundamental controlar a temperatura do produto.
Incêndio
Todo incêndio tem início em um ponto chamado foco inicial de incêndio, que
poderá se propagar ou não. É nesse momento que você deve estar atento, pois
precisa perceber como o fogo se propagará e quais fatores facilitarão ou
dificultarão essa propagação.
Para identificar o foco inicial, é preciso, antes, conhecer o material que está se
incendiando, para só então utilizar o extintor corretamente. Veja a seguir a
classificação de incêndio.
Classificação de incêndio
243
Classificação de Incêndio
Símbolo Materiais
Classe A
Sólidos que queimam na superfície e em profundidade,
deixando resíduos:
Madeira, papel, tecido, fibra e lixo.
Classe B
Líquidos inflamáveis que queimam somente na superfície:
Graxa, querosene, gasolina, tinta, ceras, óleos, vernizes e
álcool.
Classe C
Equipamentos ou materiais energizados:
Motores, cabos e fios energizados, transformadores e
quadros de distribuição
Classe D
Elementos que se queimam espontaneamente, sob
certas condições:
Magnésio, fósforo e sódio
Classe E
Materiais radioativos
Classe k
244
Como podemos prevenir um incêndio?
Prevenção de incêndios
Agora vamos ver os tipos de medidas que o condutor deve tomar em caso de
incêndio.
245
todo veículo utilizado no transporte coletivo de passageiros, o uso de extintor
ainda continua sendo obrigatório.
• Portáteis: com até 10 litros para carga líquida e água; até 6 kg para gás
carbônico (CO2); até 10 kg para pó químico;
• Rebocáveis: quando há necessidade de maior quantidade de carga.
246
• De válvula: esse tipo de extintor é acionado por válvula (há vários
modelos para extintores de gás carbônico, pó químico e água
pressurizada).
Os extintores são mais eficientes quando o fogo está no início, pois o volume
de carga é relativamente pequeno e o esvaziamento acontece rápido. Sendo
assim, é essencial conhecer a classificação dos extintores para cada tipo de
incêndio, para que o seu uso seja adequado e eficaz.
A aplicação incorreta do extintor pode trazer consequências sérias, por
exemplo, o aumento da chama e a propagação mais rápida do incêndio.
A substância que está dentro do cilindro e que é utilizada para combater o fogo
é chamada de agente extintor. O agente mais utilizado é a água, mas nem
sempre a água é a melhor indicação e, por isso, há outros tipos de agentes
extintores, como o pó ABC, gás CO2, pó químico seco.
247
Tipos de extintor, indicação e modo de uso.
Tipo Indicação Modo de usar Processo de
extinção
Extintor de água Indicado com
ótimo resultado Pressurizado:
para incêndios romper o lacre e
de classe “A”. apertar o gatilho, Resfriamento.
Contraindicado dirigindo o jato para a
para as classes base do fogo.
“B” e “C”.
Pressurizado:
Extintor de pó romper o lacre e
químico seco Indicado, como
apertar o gatilho,
ótimo resultado,
dirigindo o jato para a
para incêndios
base do fogo.
das classes “A”, Abafamento.
Com pressão
“B” e “C”.
injetada: abrir o
Não possui
registro de ampola de
contraindicação.
gás e dirigir o jato
para a base do fogo.
Romper o lacre e
apertar o gatilho,
dirigindo o difusor
Extintor de gás para a base do fogo.
carbônico Indicado para Não tocar no difusor,
incêndios de poderá gelar e “colar”
classes “B” e na pele, causando
“C”. Sem grande lesões. Incêndios de
Abafamento.
eficiência para a classe “D” requerem
classe “A”. Não extintores
possui específicos, podendo
contraindicação. em alguns casos
serem utilizados o de
gás carbônico (CO2)
ou o pó químico seco
(PQS).
248
Condutor, antes ou após as viagens, verifique o estado de conservação do
extintor presente em seu veículo.
Acompanhe, a seguir, alguns cuidados que você deverá ter com o extintor de
incêndio:
249
Condutor, você sabe em qual local do veículo de produtos perigosos no
transporte rodoviário o extintor deve ser instalado e fixado?
75 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/nfdagjqmbshsd5v
250
Referências
251
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 1 – Produtos Perigosos
252
Lembre-se: nem toda carga perigosa configura-se em produto
perigoso, mas qualquer carga pode ser perigosa se não for
transportada adequadamente e com segurança.
253
Pode-se conceituar perigo como toda situação ou condição que oferece risco
à saúde, à integridade ou risco de morte a pessoas ou destruição ou danos ao
meio ambiente.
254
Acompanhe a seguir a classificação das classes e subclasses dos produtos
perigosos.
Classe 1
Explosivos
Subclasse 1.1:
Substâncias e artigos com risco de explosão em massa;
Subclasse 1.2:
Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em
massa;
Subclasse 1.3:
Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão ou
de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa;
Subclasse 1.4:
Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo;
Subclasse 1.5:
Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa;
Subclasse 1.6:
Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa.
Classe 2
Gases
Subclasse 2.1:
Gases inflamáveis;
Subclasse 2.2:
Gases não-inflamáveis, não-tóxicos;
Subclasse 2.3:
Gases tóxicos.
Classe 3
Líquidos inflamáveis
(não há subclasses)
Classe 4
Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas à combustão espontânea; e
substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis
Subclasse 4.1:
Sólidos inflamáveis, substâncias autorreagentes e explosivos sólidos
insensibilizados;
255
Subclasse 4.2:
Substâncias sujeitas à combustão espontânea;
Subclasse 4.3:
Substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis.
Classe 5
Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos
Subclasse 5.1:
Substâncias oxidantes;
Subclasse 5.2:
Peróxidos orgânicos.
Classe 6
Substâncias tóxicas e substâncias infectantes
Subclasse 6.1:
Substâncias tóxicas;
Subclasse 6.2:
Substâncias infectantes.
Classe 7
Material radioativo
(não há subclasses)
Classe 8
Substâncias corrosivas
(não há subclasses)
Classe 9
Substâncias e artigos perigosos diversos, incluindo substâncias que
apresentem risco para o meio ambiente
(não há subclasses)
256
Simbologia
Acompanhe:
Rótulos de risco
257
Classe 4 Classe 5 Classe 6
Painel de segurança
258
do painel de segurança que deve ser usado para indicar o transporte
rodoviário de produtos perigosos.
259
A NBR 7500 define que o painel de segurança comporta, conforme o caso, os
números de identificação de risco (número de risco) e do produto (número
ONU)78.
Atenção:
260
Exemplos de painéis de segurança. Norma NBR 7500 Anexo I
(informativo)
Produtos perigosos Produtos perigosos da Produtos perigosos
diferentes classe 1 com dois algarismos
de risco
Alguns produtos não podem ter contato com água ou umidade. Quando for
expressamente proibido o uso de água no produto, deve ser colocada a letra
X antes do número de identificação de risco.
261
Na ausência de risco subsidiário, deve ser colocado o zero como segundo
algarismo. No caso de gás, nem sempre o primeiro algarismo significa o risco
principal.
A repetição de um número no painel de segurança indica, em geral, aumento
da intensidade daquele risco específico, por exemplo:
• 30 - inflamável;
• 33 - muito inflamável.
Podemos citar o fósforo como exemplo: quando a pólvora que está em sua
ponta é riscada na lixa de sua caixa e sua temperatura é aumentada, surge
uma reação química. A pólvora reage rapidamente com o oxigênio do ar,
formando a fumaça (gás carbônico) e rapidamente essa reação libera luz e
calor, provocando fogo (combustão). Nesse caso, pode ocorrer, além da
transformação química, a transformação física.
262
São as reações químicas que podem fazer com que os produtos se tornem
extremamente perigosos, devido a suas reações após misturadas.
Por exemplo, quando cozinhamos, a água líquida vira vapor (água gasosa)
devido ao aumento da temperatura, uma vez que se fornece energia em forma
de calor à substância, aumentando seu grau de agitação. Entretanto, a
substância continua sendo água, e suas moléculas continuam intactas, apenas
se encontram mais afastadas umas das outras.
263
1. Sólido: nesse estado físico da matéria, as moléculas se encontram
muito próximas, sendo assim possuem forma fixa, volume fixo e não
sofrem compressão. As forças de atração (coesão) predominam nesse
caso. Exemplo: a água liquida congelando, transformando-se em gelo;
264
Na prática, o produto químico transportado poderá mudar de estado físico sem
apresentar mudança de estado químico. Como exemplo, temos a água, que
pode se transformar em gelo, mas continuará sendo água. Acompanhe as
mudanças de estado físico que existem.
Alguns exemplos:
265
Durante o transporte e a movimentação de produtos perigosos, é necessário
tomar todas as precauções e os cuidados para que um produto não entre em
contato com outros, evitando reações químicas que possam agravar o perigo
do produto, fazendo surgir outro produto, como resultado dessa mistura. É o
caso de reações que liberam grande calor, as chamadas reações
químicas exotérmicas80.
266
Quadro 2 – Influências do produto perigoso para o meio ambiente
Classe de risco Consequências para o meio ambiente
Explosivos Combustão, deflagração e detonação
A reação química de decomposição do explosivo
pode se dar sob a forma de combustão, deflagração e
detonação em função das características químicas da
substância explosiva, bem como das condições de
iniciação e confinamento desta.
Combustão – É uma reação química de oxidação e
geralmente ocorre por conta do oxigênio do ar. O
fenômeno ocorre em baixas velocidades e tem como
exemplo a queima de um pedaço de carvão.
Deflagração – Quando a velocidade da reação de
decomposição da substância explosiva é maior que o
caso anterior, chegando em alguns casos a 1.000
m/s, ocorre a deflagração. Nessa reação, há a
participação não só do oxigênio do ar, mas também
daquele intrínseco à substância. É o caso da
decomposição das pólvoras, ou ainda de explosivos
mais potentes (se submetidos a condições
desfavoráveis de iniciação e confinamento).
Detonação – É uma reação de decomposição com a
participação exclusiva do oxigênio intrínseco da
substância explosiva, o que ocorre com velocidades
que variam de 1.500 m/s a 9.000 m/s. Em função da
quantidade de energia envolvida no processo, far-se-
á sempre acompanhada de uma onda de choque,
também chamada onda de detonação, a qual, com
sua frente de elevada pressão dinâmica, confere à
detonação um enorme poder de ruptura.
FRETY, R.
Gases Subdividem-se em inflamáveis; não tóxicos e não
inflamáveis; e gases tóxicos. Os inflamáveis,
inflamam em contato com o ar sob determinadas
267
circunstâncias específicas e apresentam riscos no
manuseio e transporte. Já os gases não tóxicos e não
inflamáveis são oxidantes e asfixiantes oferecendo
também riscos à saúde. Os gases tóxicos são
corrosivos e tóxicos, constituindo riscos à saúde.
Líquidos inflamáveis Produtos líquidos, mistura de líquidos ou líquidos que
contêm sólidos em solução ou suspensão, que devido
à concentração de gases em locais confinados,
produzem vapores inflamáveis e podem causar
explosões e incêndios de pequeno ou grande porte.
EMERGÊNCIAS químicas. Cetesb, S.d.
Sólidos inflamáveis Em contato com a água, pode liberar gases
inflamáveis e iniciar um incêndio.
Oxidantes e Com alguns produtos essas reações são vigorosas,
peróxidos orgânicos
ocorrendo grandes liberações de calor, podendo
acarretar fogo ou explosão; podem causar a ignição
(queima) de alguns materiais, tais como o enxofre, a
terebentina, o carvão vegetal, etc.
Tóxicos; infectantes Tóxicos:
Mercúrio, cádmio e chumbo afetam os rins e
danificam o sistema nervoso, podendo causar câncer.
Estão presentes em corantes e tipos de pigmentos.
Formol: causa dermatite. É utilizado nas resinas para
a produção de tecidos resistentes.
Clorofenóis: usados como pesticidas e conservantes,
podem afetar órgãos do corpo.
Solventes clorados: usados como solventes afetam o
sistema nervoso central, fígado e rins.
Clorobenzenos: usadas como solventes e em
corantes, afetam fígado, tireoide e sistema nervoso.
Infectantes: contaminação devido a vírus existentes
nos produtos envolvidos.
Radioativos Energia que produz elementos tóxicos para o
organismo humano e ocasiona mutações gênicas,
diversas patologias e o desenvolvimento de
deficiências.
Corrosivos O contato desses produtos com a pele e os olhos
pode causar severas queimaduras e destruição do
268
meio ambiente por queimaduras químicas.
Substâncias São as substâncias e artigos perigosos diversos,
diversas
incluindo substâncias que apresentem risco para o
meio ambiente. Exemplo: o gelo seco.
Nas unidades a seguir, você saberá mais sobre cada uma das classes de risco,
separadamente, e quais as providências necessárias para cada situação.
Referências
81 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/s1dd6tb2806v4wt
269
AROEIRA, G. J. R. Estados físicos da matéria. Infoescola, S.d. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/quimica/estados-fisicos-da-materia>. Acesso em:
28 nov. 2019.
270
FRETY, R. O estudo estatístico do efeito das variáveis de preparação e
pré-tratamento de catalisadores de paládio suportado sobre a atividade
catalítica. Lyon, France: Laboratoire des Applications de la Chimie a
L’Environnement. LACE/CNRS, 2001.
271
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 2 – Explosivos
Objetivo(s):
• Conhecer os explosivos e como evitar acidentes;
• Adotar os procedimentos necessários, em caso de emergência.
• Conceituação de explosivos;
• Divisão de classe;
• Regulamentação específica do Ministério da Defesa;
• Comportamento preventivo do condutor;
• Procedimentos em caso de emergência.
Conceituação de explosivos
272
Os explosivos são úteis quando seu uso é planejado e, devidamente
controlado, por exemplo, para demolição de edifícios, para a produção de fogos
de artifício, para remover rochas na mineração e para a fabricação de munição
para armas de fogo.
• Sólido – dinamite;
• Líquido – nitroglicerina;
• Mistura de substâncias – pólvora (nitrato de sódio, carvão, enxofre).
273
Subclasse 1.2: Substâncias e artigos com risco de projeção,
mas sem risco de explosão em massa.
Divisão de classe
82 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10030.htm#art6
274
Subclasse 1.1
Substâncias e artigos com risco de explosão em massa (uma explosão em
massa é a que afeta virtualmente toda a carga de modo praticamente
instantâneo);
Subclasse 1.2
Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão
em massa;
Subclasse 1.3
Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de
explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em
massa.
Esta subclasse abrange substâncias e artigos que:
(i) produzem grande quantidade de calor radiante; ou
(ii) queimam em sucessão, produzindo pequenos efeitos de explosão ou de
projeção, ou ambos.
Subclasse 1.4
Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo.
Esta subclasse abrange substâncias e artigos que apresentam pequeno risco
na eventualidade de ignição ou iniciação durante o transporte. Os efeitos estão
confinados, predominantemente, à embalagem, sendo improvável a projeção
de fragmentos de dimensões apreciáveis ou a grande distância. Um fogo
externo não deve provocar a explosão instantânea de virtualmente todo o
conteúdo da embalagem.
Nota: encontram-se enquadradas no Grupo de Compatibilidade S as
substâncias e artigos desta subclasse, embalados ou projetados, de forma tal
que os efeitos perigosos decorrentes de funcionamento acidental limitem-se à
embalagem, exceto se esta tiver sido danificada pelo fogo, caso em que os
efeitos de explosão ou projeção serão limitados, de modo que não dificultem o
combate ao fogo ou outras medidas emergenciais nas imediações da
embalagem.
Subclasse 1.5
Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa.
Esta subclasse abrange substâncias com risco de explosão em massa, mas
275
que são de tal modo insensíveis, que a probabilidade de iniciação ou de
transição de queima para detonação é muito pequena em condições normais
de transporte.
Subclasse 1.6
Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em massa.
Esta subclasse abrange artigos que contenham somente substâncias
extremamente insensíveis que apresentam risco desprezível de iniciação ou
propagação acidental.
Nota: O risco relativo aos artigos dessa subclasse 1.6 limita-se à explosão de
um único artigo.
276
• Obedecer às leis e aos regulamentos correspondentes aos materiais
explosivos;
• Utilizar os EPIs adequados ao manusear esse tipo de produto
transportado;
• Nunca abandonar qualquer material explosivo, não deixá-lo cair ou
extraviá-lo;
• Nunca permitir fonte de incêndio ou chama a menos de 30 m da área
de detonação (exceto os artigos de acendimento de segurança), e
tampouco a menos de 15 m de um paiol ou veículo que contenham
explosivos;
• Nunca expor materiais explosivos a chamas, calor excessivo, faíscas
ou impactos;
• Cuidado ao combater incêndio de materiais explosivos. Conduzir
todas as pessoas imediatamente para um local seguro;
• Jamais permitir que pessoas não autorizadas se aproximem de
materiais explosivos.
83 https://www.youtube.com/watch?v=O8nKGgahahw
84 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/fll6og7u66m3812
277
Nesta Unidade, você estudou as situações de risco pertinentes à
Classe 1 (produtos explosivos), os conceitos, as classes, o
Regulamento específico chamado R-105, qual deve ser o
comportamento do condutor e quais são os procedimentos necessários em
caso de emergência. Agora é importante que você responda aos exercícios
para aprofundar o seu aprendizado e continuar com seus estudos. Até breve!
Referências
278
Disponível em: <https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-5.848-de-25-de-
junho-de-2019-173020360>. Acesso em: 28 nov. 2021.
279
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 3 – Gases
• Conceituação de gases;
• Gases inflamáveis e não inflamáveis, tóxicos e não tóxicos;
• Gases comprimidos;
• Mistura de gases;
• Gases refrigerados;
• Comportamento preventivo do condutor;
• Procedimentos em caso de emergência.
Conceituação de gases
A maioria dos gases, ao ser submetido à pressão, passa para o estado líquido
e, em seguida, ao estado gasoso, assim que liberados da pressão ambiente.
280
Você precisa saber como isso ocorre e quais são as atitudes corretas de
manuseio dessa classe.
Agora você vai estudar os tipos de gases existentes e com os quais poderá
trabalhar. Clique nos rótulos para visualizar:
281
Os gases não inflamáveis têm como melhor exemplo o oxigênio, que não é
inflamável e não tem cheiro, porém é transportado em cilindros ou tanques e
necessita de grande pressão gerada por baixas temperaturas, geralmente
abaixo de -150ºC, o que demanda cuidados especiais, especialmente no
manuseio, pois pode provocar graves queimaduras devido à baixíssima
temperatura.
Gases comprimidos
282
Gases liquefeitos
Gases em solução
Mistura de gases
Gases refrigerados
283
Fatores que podem determinar risco com substâncias químicas
Concentração
Índice respiratório
Sensibilidade individual
Toxicidade
Tempo de exposição
284
• Não remover os sinais de identificação dos cilindros (rótulos,
adesivos, etiquetas, marcas de fabricação e testes);
• Não fumar na área de armazenamento;
• Não permitir o manuseio dos cilindros por pessoal sem prática;
• Em áreas internas, manter os cilindros longe de fontes de
calor e ignição, passagens ou aparelhos de ar-condicionado.
• Evitar guardá-los no subsolo;
• Em áreas externas, manter os cilindros em local arejado, coberto e
seco, longe de fontes de calor e de ignição;
• Manter equipamentos de segurança próximos da área de estocagem;
• Manter os cilindros sempre na posição vertical, com suas tampas no
lugar e afastados da luz solar direta, onde possam estar sujeitos à ação
climática.
• Não abrir a válvula do cilindro sem antes identificar o gás que contém;
• Usar equipamento de proteção individual (EPI), como óculos e
viseiras;
• Usar luvas protetoras, calçados de segurança com biqueiras de aço
e óculos de segurança;
• Manter o capacete protetor da válvula atarraxado quando não estiver
em operação;
• Não movimentar um cilindro sem seu capacete;
• Utilizar carrinhos com correntes que permitam prender os cilindros
durante o transporte;
• Não jogar um cilindro contra outro(s);
• Não derrubar o cilindro no chão ou permitir que tal ocorra;
• Não utilizar os cilindros para outros fins que não o de conter gás;
• Não transferir gás de um cilindro para outro;
285
• Não permitir contato da válvula do cilindro com óleo, graxa ou
agentes químicos, principalmente se o cilindro contiver oxigênio ou
outros gases oxidantes;
• Não aumentar a pressão interna do cilindro por aquecimento;
• Manter a válvula do cilindro fechada quando não estiver em uso;
• Utilizar manômetros, reguladores e acessórios adequados e
aprovados para os gases empregados;
• Não conectar os acessórios aos cilindros sem o regulador de pressão
apropriado, pois o uso sem o regulador poderá resultar na quebra do
acessório ou explosão.
286
• Avisar os bombeiros (fone 193), informando corretamente a situação
(local, se é caminhão tanque ou cilindros, se há vazamento, se há
vítimas, se há incêndio etc...);
• Se possível, ler a ficha de emergência, seguindo suas instruções.
• Normalmente a intoxicação por gases acontece em locais fechados e
mal ventilados, como em minas, poços de petróleo e até garagens.
Agora que você já sabe muitas informações importantes sobre o trabalho com
a Classe 2 – gases, procure se atualizar e leia sempre a ficha de emergência
para se manter informado em caso de situações inesperadas.
85 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/7c071l029e53bx0
287
Referências
288
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 4 – Líquidos inflamáveis e produtos transportados a
temperaturas elevadas
Você sabe por que alguns líquidos são chamados de inflamáveis? Essa
denominação deriva do fato de os vapores provenientes desses líquidos serem
inflamáveis e, portanto, poderem entrar em combustão. Sendo assim, não é o
líquido que incendeia, mas sim os vapores produzidos por eles.
289
A classe dos líquidos inflamáveis abrange diversos produtos. Os mais
conhecidos são: gasolina, álcool, diesel, querosene, benzeno, acetona, éter,
tintas, vernizes, laca, entre outros. Acompanhe na imagem a seguir como
esses produtos são sinalizados durante o transporte.
290
O que é eletricidade estática?
Ponto de fulgor
86 https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/manifestacoes-eletricidade-estatica.htm
291
Figura 2 – Rótulo de risco de temperaturas elevadas.
87 https://www.youtube.com/watch?v=Swl5HccFZLU
292
Figura 3 – Aterramento.
293
Não se deve fazer nenhum reparo ou solda em tambores, contêineres nem
mesmo no tanque sem antes fazer a descontaminação/desgaseificação, pois
dentro desses recipientes ficam vapores que os tornam inflamáveis. Caso haja
contato com fagulhas ou calor de aparelhos de solda, poderá haver uma
explosão.
294
situação acontecer, você precisa atuar com rapidez e segurança, realizando as
seguintes ações:
• Isolar o local;
• Avisar os bombeiros (Fone 193);
• Verificar a ficha de emergência, se possível;
• Não fumar e evitar fontes de ignição (faísca, chama) na área;
• Se possível, tente parar o vazamento (sendo pequeno), usando
EPI (equipamentos de proteção individual, como máscara contra gases,
luvas e óculos) e evitando o contato com o produto;
• Se possível, fazer o aterramento do veículo acidentado.
88 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/1tj0i2la20t2hw1
295
Referências
296
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 5 – Sólidos Inflamáveis
297
• 4.1 Sólido inflamável;
• 4.2 Substâncias sujeitas à combustão espontânea;
• 4.3 Substâncias que emitem gases inflamáveis quando
em contato com a água.
Brasil, 2016
298
Se, por acaso, houver incêndio com a presença dessas substâncias, não se
pode utilizar água, líquidos vaporizadores nem espumas.
Carbureto de cálcio
Quando seco, não é inflamável, mas, quando umedecido, libera o gás
acetileno, que é inflamável e irritante para o sistema respiratório.
Sódio metálico
Reage agressivamente à água, por isso o transporte é realizado na imersão
em querosene. Provoca graves queimaduras quando em contato com a pele.
89 http://anexosportal.datalegis.net/arquivos/1527606.pdf
299
• Verificar se as embalagens estão em perfeitas condições, sem
avarias ou violação;
• As embalagens devem estar colocadas de forma a não
sofrer pancadas, choques ou atritos;
• O produto e sua embalagem devem estar protegidos do calor,
umidade, ação do sol e em local ventilado;
• Caso haja transporte a granel, a lona deve ser impermeável, para que
não haja contato com chuva ou garoa;
• Ao manusear produtos dessa classe, usar luvas apropriadas, para se
proteger de queimaduras na pele.
• Isolar o local;
• Verificar a ficha de emergência do produto;
• No atendimento, em caso de acidente ou vazamento, sempre usar
o equipamento de proteção adequado;
• Não jogar água sobre o produto, pois de maneira geral os produtos
dessa classe em contato com a água tornam-se espontaneamente
inflamáveis ou podem produzir gases inflamáveis;
• Não permitir fontes de ignição, veículos, superfícies quentes, fósforo,
cigarros e atritos próximos ao local;
• Observar se há presença de gases ou vapores inflamáveis ou
tóxicos;
• Inspecionar visualmente os recipientes para verificar se não há furos
nas embalagens do produto, o que poderia causar vazamentos.
Pessoas contaminadas
Quando há evidência de que a pessoa pode ter sido contaminada com produto
da Classe 4, os procedimentos devem ser os seguintes:
300
• Remover a vítima para local ventilado e solicitar assistência médica
urgente;
• Tirar e isolar, roupas e calçados contaminados;
• Fazer a rápida remoção do produto;
• Lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente, durante
pelo menos 15 minutos;
• Deixar a vítima imóvel e agasalhada para manter a temperatura normal
do corpo;
• Manter a vítima em observação, para verificar reações posteriores.
301
A Classe 4 dos produtos perigosos engloba também as substâncias sólidas
que não estão classificadas como explosivas, mas que inflamam com facilidade
e podem provocar ou ativar incêndios por contato.
Referências
90 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/7c071l029e53bx0
302
BRASIL. ANTT – Agência Nacional dos Transportes Terrestres. Resolução n.
5.232, de 14 de dezembro de 2016. Aprova as Instruções Complementares ao
Regulamento Terrestre do Transporte de Produtos Perigosos, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 16 dez.
2016. Disponível em:
<http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/50082/Resolucao_n5232.html>
. Acesso em: 28 nov. 2021.
303
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 6 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos
91 Combustão é toda reação química em que um combustível (material oxidável) reage com um
comburente — um material gasoso que contenha o gás oxigênio (O2), como o ar. Essa reação
é sempre exotérmica, ou seja, libera energia na forma de calor.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-combustao.htm
92 Antisséptico se refere a tudo o que tem o propósito de evitar proliferações bacterianas,
304
Para a produção de fogos de artifício, utilizam-se como oxidantes os cloratos e
os percloratos. O oxidante hipoclorito de sódio é usado para o
branqueamento de superfícies e roupas.
305
podem reagir com outros materiais inflamáveis ou combustíveis. Essa reação
faz surgir muito calor, o que pode dar início à queima dos materiais envolvidos,
causando incêndios.
307
pequenos traços de um oxidante podem causar a ignição de alguns materiais,
se misturados a produtos oxidantes, tais como o enxofre, a terebintina, o
carvão vegetal etc.
Substâncias oxidantes são usadas, por exemplo, para mudar a coloração dos
cabelos, como é o caso da água oxigenada. Também existem oxidantes que
têm como objetivo eliminar substâncias contaminantes em certos meios, por
exemplo, em piscinas.
308
Figura 2 – Peróxidos orgânicos.
Embora não seja inflamável, é preciso ter cuidado com o peróxido orgânico
para que não fique exposto ao calor ou em contato com substâncias
incompatíveis, como álcalis (soda cáustica ou amônia), tecido, madeira, papel,
couro, aço carbono, latão, cobre, chumbo, canetas, moedas etc...
309
O peróxido orgânico é um poderoso oxidante (libera grande carga de
oxigênio) e, quando exposto ao calor, decompõe-se rapidamente, aumentando
seu volume e pressão. Nesse caso, é preciso aliviar a pressão ou sair
rapidamente de perto, pois poderá romper sua contenção e espalhar-se
causando graves queimaduras em pessoas, animais ou plantas.
310
• Se possível, fazer contenção do produto com areia, terra, ou material
de contenção especifico ao produto;
• Em caso de incêndio, usar extintor de gás carbônico (CO2). Não
espalhar o produto com jatos de água;
• Evitar que o produto escorra para rios ou córregos. Se isso
acontecer, avisar imediatamente a Defesa Civil por meio dos Bombeiros;
• Se alguém inalar, levar a vítima para local bem arejado.
• Se a vítima estiver com a roupa encharcada do produto, deve-
se retirar imediatamente as roupas e descartá-las;
• Se o produto caiu sobre a pele ou os olhos, lavar com água em
abundância por 15 minutos. Informar o médico imediatamente;
• Em caso de ingestão, não provocar vômito, mas tomar muita água.
311
• Em caso de ingestão, não provocar o vômito. Se a vítima estiver
consciente, oferecer água;
• Em caso de contato com a pele, ou com os olhos, lavar o local com
água corrente por, no mínimo, 15 minutos.
312
• conhecer bem o sistema de refrigeração para saber como utilizá-lo e
como agir em casos de falhas no sistema;
• periodicamente, durante a viagem, ou no local onde está armazenado o
produto, deve-se verificar a temperatura. Caso encontre alguma
irregularidade, por exemplo, a embalagem ficando disforme, as medidas
de alívio de temperatura devem ser realizadas. Observe as orientações
da ficha de emergência;
• verificar todo o sistema de tubulação e engrenagens do equipamento
de refrigeração para ter certeza de que está funcionando corretamente;
• realizar os controles a cada quatro ou seis horas;
• acompanhar igualmente os motores de refrigeração, com alimentação
de energia independente, para saber como está seu funcionamento e
manutenção.
93 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/7c071l029e53bx0
313
Referências
314
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 7 – Substâncias Tóxicas e Infectantes
315
b. Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes
São substâncias que contêm patógenos ou estejam sob suspeita razoável de
contê-los. Patógenos são microrganismos (incluindo bactérias, vírus,
rickettsias, parasitas, fungos) e outros agentes, tais como príons, capazes de
provocar doenças em seres humanos ou em animais.
Vamos estudar as duas subclasses para entender seus riscos que são bem
diferentes entre si.
316
As substâncias tóxicas liberam vapores ou gases tóxicos, alguns deles
inflamáveis, por exemplo, defensivos agrícolas como inseticidas, fungicidas,
acrilamida, anilina, benzidina, cianeto de potássio, cloreto de benzila, cloreto de
bário, cloreto mercuroso, clorofórmio, fenol, hidroquinona, nitrobenzeno,
oxalato de potássio, entre outros.
317
e diminuição da fertilidade masculina.
• Inalação;
• Absorção cutânea (contato através da pele);
• Ingestão.
318
Procedimentos em caso de emergência para substâncias
da Classe 6.1
319
Figura 2 – Subclasse 6.2 – Substâncias infectantes.
320
agentes, tais como príons, capazes de provocar doenças
em seres humanos ou em animais.
2.6.3.1.2 Produtos biológicos são aqueles derivados de
organismos vivos, fabricados e distribuídos de acordo
com exigências das autoridades competentes nacionais,
as quais podem exigir licenciamento especial, e que são
usados para prevenção, tratamento ou diagnose de
doenças humanas ou animais, ou, ainda, para fins de
desenvolvimento, experimentação ou investigação.
Produtos biológicos incluem, mas não se limitam a
produtos acabados ou não acabados, tais como vacinas.
2.6.3.1.3 Culturas são o resultado de um processo pelo
qual elementos patogênicos são proliferados
intencionalmente. Esta definição não inclui espécimes
para diagnósticos humanos ou animais conforme definido
no item 2.6.3.1.4.
2.6.3.1.4 Espécimes para diagnóstico ou amostras de
pacientes são os materiais de origem humana ou animal,
extraídos diretamente de pacientes humanos ou animais,
incluindo, mas sem se limitar a, excrementos, secreções,
sangue e seus componentes, tecidos e fluidos de tecidos
e partes do corpo transportados para fins de pesquisa,
diagnóstico, investigação, estudo, tratamento ou
prevenção de doenças.
2.6.3.1.5 Resíduos médicos ou clínicos são resíduos
resultantes de tratamento médico de pessoas ou animais,
ou de pesquisas biológicas.”
Brasil, 2021.
Como visto, os produtos dessa classe trazem grave risco à saúde por causa de
microrganismos presentes em materiais perfurocortantes (geralmente agulhas,
bisturi etc.). Há possível potencial de risco de doenças de pele, infecções
gástricas, entre outras situações.
321
Quando são expostos no meio ambiente, podem contaminar as pessoas, pois
estas podem tocar ou pisar nelas, ou se cortar, fazendo com que haja contato
do material infectante com a corrente sanguínea. Há ainda a possibilidade de
contaminação e riscos biológicos, quando em contato com o ar, a água e o
solo, se houver rompimento da embalagem.
Para as ações seguras sobre o produto da Classe 6.2, que você estará
transportando ou em que observe vazamento, é preciso conhecer as
recomendações/requisitos de segurança. A sua ação inicial básica é o
treinamento que você recebeu e o atendimento aos requisitos que a ficha de
emergência prevê.
322
• Em caso de acidente com ferimentos (com perfurocortantes, por
exemplo) e possível inoculação96 de material infectante, promover
cuidados para a assepsia97 do local com solução aquosa de iodo e
procurar imediatamente atendimento médico, informando sobre o
microrganismo envolvido e, se possível, levar a ficha de emergência
para fornecer outras informações importantes.
Referências
96 Contágio, transmissão.
97 Limpeza
98 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/f2u82x90bs229ix
323
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm>. Acesso em:
28 nov. 2021.
324
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 8 – Substâncias Radioativas
325
De forma geral, as pessoas associam a radioatividade apenas a situações
negativas, como a explosão de bombas atômicas ou armas nucleares, mas a
energia nuclear é mais do que isso.
326
nucleares e correlatas. Busca fazer com que um número cada vez maior de
brasileiros usufrua dos benefícios da energia nuclear com segurança.
327
Para entendermos o que é radioatividade, Cardoso (2012, p. 15) explica que:
“O esquecimento de uma rocha de urânio sobre um filme
fotográfico virgem levou à descoberta de um fenômeno
interessante: o filme foi velado (marcado) por "alguma
coisa" que saía da rocha, na época denominada raios ou
radiações”.
Outros elementos pesados, com massas próximas à do
urânio, como o rádio e o polônio, também tinham a
mesma propriedade.
O fenômeno foi denominado radioatividade e os
elementos que apresentavam essa propriedade foram
chamados de elementos radioativos.
Comprovou-se que um núcleo muito energético, por ter
excesso de partículas ou de carga, tende a estabilizar-se,
emitindo algumas partículas.”
Embora não seja tão comum realizar o transporte de produtos radioativos, pois
se trata de produtos com fabricação e uso muito controlados, pode ser que um
dia você venha a transportar ou participar de algum evento envolvendo esse
tipo de produto.
328
Como essas radiações penetram no corpo humano e nos objetos?
Acompanhe, a seguir, no texto explicativo e na figura, como as radiações
penetram nos materiais:
329
Observando-se a Figura 2, fica clara a necessidade de cuidados extremos no
armazenamento, manipulação e transporte dos produtos da Classe 7.
O sistema de transporte de materiais perigosos deve assegurar o controle
adequado sobre os riscos aos quais as pessoas, os objetos e o meio
ambiente estão expostos durante o transporte de um material radioativo.
Você Sabia?
O conjunto formado pelo material radioativo e sua embalagem é
chamado de embalado.
101 https://www.ipen.br/portal_por/conteudo/Arquivos/1876_40_Expedidor-PR.pdf
330
A Resolução n. 5.947/21 – parte 2, da ANTT, estabelece para essa classe:
102 https://www.gov.br/cnen/pt-br
331
Comportamento preventivo do condutor
103O contador Geiger foi inventado por Hans Geiger em 1908 para medir os níveis de radiação
em corpos e no ambiente. Ele contém um tubo com argônio, que se ioniza ao ser atravessado
por partículas alfa e beta da radiação, fechando o circuito elétrico e acionando o contador.
(brasilescola.uol.com.br )
332
• Somente entrar na área se tiver treinamento adequado em relação
ao produto e com traje de proteção adequado (EPI completo para essa
classe);
• Comunicar rapidamente ao Corpo de Bombeiros/Defesa Civil (fone
193) sobre o acidente, local, produto envolvido (número de ONU e risco
do produto);
• Caso tenha acesso à ficha de emergência, observar e atender aos
requisitos de segurança ali descritos;
• Não mover os embalados, não tocar neles;
• Proporcionar o atendimento médico de emergência, os primeiros
socorros, de acordo com a natureza dos ferimentos e produtos
envolvidos;
• Reter pessoas e equipamentos expostos ao material radioativo até a
chegada de pessoal qualificado para as devidas averiguações.
104 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/j2htk3271mn8832
333
muito cuidado e atenção com os produtos da Classe 7! Na sequência,
responda às perguntas e siga os estudos na próxima Unidade. Bons estudos!
Referências
334
<http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/50082/Resolucao_n5232.html>
. Acesso em: 28 nov. 2021.
335
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos – CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 9 – Corrosivos
Você Sabia?
As substâncias corrosivas podem causar gravíssimas
queimaduras quando em contato com tecidos vivos.
Observe a simbologia.
336
Figura 1 – Classe 8 – Produtos corrosivos.
Exemplos:
• ácidos: ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico.
• bases: hidróxido de sódio (soda cáustica) e hidróxido de potássio.
337
Atenção!
Essas substâncias são quimicamente muito ativas e têm a
propriedade de reagir causando corrosão e sérios danos quando
entram em contato com outras substâncias ou quando inaladas, ingeridas ou
em contato com a pele.
Por isso, você, condutor de produtos corrosivos, deve sempre ter atenção e
cuidados para evitar essas situações de risco.
338
• Nunca deixar perto de água, pois poderá haver reação química e
aumento de temperatura.
Inalação
Remova a vítima para local ventilado e a mantenha em repouso numa
posição que não dificulte a respiração.
Contato com a pele
Retire imediatamente toda a roupa contaminada. Enxague a pele em
abundância para remoção de todo o material.
Contato com os olhos
Enxague cuidadosamente durante vários minutos.
Ingestão
Não induza o vômito. Lave a boca da vítima com água em abundância.
Nunca forneça algo por via oral a uma pessoa inconsciente.
339
Em todos os casos, a vítima deve ser encaminhada para atendimento
médico.
Referências
105 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/0fm1tuzk907oki1
340
Brasília, DF, 13 maio 2011. Disponível em:
<https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=114301>. Acesso em: 29 nov.
2021.
341
Curso Especializado de Transporte de Produtos Perigosos — CETPP
Núcleo Temático 4 – Movimentação de Produtos Perigosos
Unidade de Estudo 10 – Substâncias Perigosas Diversas, Resíduos e seus
Riscos Múltiplos
342
É na Classe 9 que estão os produtos que apresentam riscos elevados de
contaminação ambiental, por exemplo:
• óleos combustíveis,
• poliestireno granulado,
• dióxido de carbono sólido (gelo seco),
• amianto azul,
• farinha de peixe estabilizada e
• baterias de lítio.
Esse símbolo não é um novo rótulo de risco e também não substitui o painel
de segurança nem o rótulo de risco indicativo da classe. Corresponde,
portanto, a um item adicional para a identificação dos riscos relativos aos
números ONU 3077 e ONU 3082.
Observe a simbologia.
343
Classe 9 – Substâncias e artigos perigosos diversos.
344
Toda e qualquer operação, movimentação e transporte de produtos perigosos
(e aqui se inclui a Classe 9) deve obedecer às instruções do fabricante e do
expedidor. A fabricação das embalagens, tambores e contêineres próprios
para a utilização de transporte de produtos e substâncias perigosas deve
ser realizada com materiais resistentes à corrosão do produto, justamente para
evitar a contaminação ambiental e outros riscos ao ser humano.
Conceito de resíduos
345
Os resíduos de produtos perigosos e seus riscos fizeram com que os
governos estabelecessem legislações rigorosas, muito importantes e
necessárias para quem manuseia, transporta e/ou descarta resíduos desse tipo
de produtos.
Vamos ver que tipos de risco existem, qual é a legislação pertinente e o que
são os resíduos de produtos perigosos.
346
A classificação dos resíduos no Brasil é determinada pela NBR 10.004/04 da
ABNT, que leva em consideração os riscos potenciais que os resíduos podem
causar para o meio ambiente e à saúde pública (ABNT, 2004).
107
https://analiticaqmcresiduos.paginas.ufsc.br/files/2014/07/Nbr-10004-2004-Classificacao-De-
Residuos-Solidos.pdf
347
incineração, inertização108 ou demais formas que o fabricante definir como ideal
para a eliminação desse material.
348
Inalação
Absorção por meio da respiração – Gases tóxicos.
Absorção via pele
Absorção por meio da pele – Contato físico.
Ingestão
Absorção por meio do trato digestivo – Alimentos, bebidas e medicamentos.
Contato físico
Evento acidental com objetos pontiagudos tendo a perfuração da pele e
contato com a corrente sanguínea.
Saiba Mais
Acesse a matéria sobre as consequências do acidente radioativo
em Goiânia publicada pela Revista Super Interessante109.
109
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-aconteceu-com-as-vitimas-do-acidente-
com-cesio-137-em-goiania/
349
Entre os diversos resíduos que podem causar contaminação, citamos o lixo
hospitalar, o chorume110, o descarte incorreto de embalagens de produtos
tóxicos, corrosivos, entre outros. Portanto você, condutor, precisa conhecer os
riscos que corre ao trabalhar com esses produtos ou seus resíduos e deve
procurar realizar ações de segurança, como usar os equipamentos de proteção
adequados, identificando o risco do produto e informando os responsáveis da
empresa sobre alguma condição incorreta encontrada, como embalagens
abertas ou vazamento.
Residuos.pdf
112 Aquele que assina ou subscreve um texto, um documento. Neste caso, o Brasil assinou um
documento junto com outros países pertencentes à ONU Organização das Nações Unidas.
350
brasileiro adotou um instrumento que considerava
positivo, uma vez que estabelece mecanismos
internacionais de controle desses movimentos, baseados
no princípio do consentimento prévio e explícito para a
importação, exportação e o trânsito de resíduos
perigosos. A Convenção procura coibir o tráfico ilegal e
prevê a intensificação da cooperação internacional para a
gestão ambientalmente adequada desses resíduos. A
convenção foi internalizada na íntegra por meio do
Decreto n. 875, de 19 de julho de 1993, sendo também
regulamentada pela Resolução Conama n. 452, 02 de
julho de 2012.”
Brasil, S.d.
351
Também o Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama editou
a Resolução n. 23 de 12 de dezembro de 1996113, que aborda o tratamento a
ser dado aos resíduos de produtos perigosos. Essa Resolução
113 http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/resolucao_conama_n.23.pdf
114 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
352
tipo de resíduo pode ocupar todos os espaços da folha.
Portanto, para maior clareza, recomenda-se utilizar
quantas folhas forem necessárias.”
115https://totumflex.com.br/postagem/o-que-e-manifesto-de-transportes-de-residuos
116FISPQ é uma sigla para identificar a, um documento criado para normalizar dados sobre a
propriedade de compostos químicos e misturas. Este registro foi elaborado pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da Norma Brasileira de número 14725-4.
353
Esses controles não são a única medida preventiva para evitar acidentes e
danos à saúde humana e ao meio ambiente, mas ajudam as empresas a
controlar o transporte de resíduos perigosos.
Os riscos múltiplos
Tipos de riscos
354
Riscos de acidentes
Máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e
explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc.
Riscos químicos
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou
produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou
vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição, possam ter
contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Fonte: Fiocruz
355
Legislação sobre o transporte de resíduos
117 http://analiticaqmcresiduos.paginas.ufsc.br/files/2014/07/Nbr-10004-2004-Classificacao-De-
Residuos-Solidos.pdf
118 http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasghislaine/iso-14001-2004.pdf
119
https://anttlegis.antt.gov.br/action/TematicaAction.php?acao=abrirVinculos&cotematica=145049
11&cod_menu=7760&cod_modulo=421
120 http://www.ibama.gov.br/residuos/importacao-exportacao/convencao-de-basileia
121 https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=242957
122 http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm571.pdf
356
Seguindo o que trazem essas orientações, o condutor está protegendo o meio
ambiente quando da manipulação de resíduos de produtos perigosos,
procurando preservar do perigo as pessoas, os animais, enfim, o nosso
planeta.
Como são diversos os tipos de produtos perigosos, seus riscos podem ser
múltiplos, e diversos também são os procedimentos em casos de emergência,
por isso é imprescindível que o condutor, antes de iniciar viagem, leia
atentamente a ficha de emergência dos produtos que está transportando. O
mesmo deverá ser feito, se possível, junto ao condutor que esteja envolvido em
um acidente. É importante também:
• isolar a área, afastar curiosos, ter bom senso para lidar com a situação;
357
• identificar o produto por meio do painel de segurança, o qual
apresenta um número com 4 algarismos. Esse número consta também
na nota fiscal, na ficha de emergência e na embalagem do produto;
• manter-se a uma distância segura do acidente, afastado do
derramamento, das fumaças, dos vapores ou dos gases;
• ficar de costas para o vento, se houver;
• informar o número do produto às equipes de emergência e às
autoridades;
• ligar imediatamente para Corpo de Bombeiros (fone 193) e informar
todos os detalhes que puder sobre os produtos:
123 https://player.jmvstream.com/OPM8a830pTa7m6m4s04nkkA6K9qGmB/d011rg3w1n8n2ht
358
Chegamos ao final desta Unidade. Você estudou os conceitos, a
importância, o comportamento preventivo para a Classe 9, bem
como a manipulação de resíduos e os riscos múltiplos que podem
apresentar, além dos procedimentos em caso de emergência.
Com isso, concluímos o curso que trata sobre transporte de produtos
perigosos. O grande objetivo, além de se ter o conhecimento, é a proteção para
as pessoas, animais e meio ambiente. Que você, condutor de veículos de
transporte de produtos perigosos, tenha um ótimo desenvolvimento
profissional, realize seu trabalho com segurança e que também saiba tomar as
decisões corretas em caso de emergência, acidentes ou avarias. Sucesso!
Referências
359
Depósito. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 jan.
2003. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/D4581.htm#_blank>. Acesso
em: 30 nov. 2021.
360
blico&num_ato=00005232&sgl_tipo=RES&sgl_orgao=DG/ANTT/MTPA&vlr_an
o=2016&seq_ato=000>. Acesso em: 30 nov. 2021.
361
radiológica a serem atendidos desde a origem até o destino final das
remessas. Diário Oficial da União, 1 ago. 1988. Disponível em:
<http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/pdf/Nrm501.pdf>. Acesso em: 30
nov. 2021.
362
Créditos
363