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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE
BA CHEFE DE EQUIPE DE
SERVIÇO - CBA-CE
DIRETORIA DE FINAÇAS E NOVOS NEGÓCIOS – DNS
UNIVERSIDADE INFRAERO – NGUI
OE-SESCINC INFRAERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE
BA CHEFE DE EQUIPE DE
SERVIÇO - CBA-CE
1ª edição
Janeiro /2020
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de
informação, sem prévia autorização, por escrito da Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária.
REALIZAÇÃO
Universidade Infraero
CONTEUDISTAS
Antônio Nogueira dos Santos
Eduardo Luis Barduco
Fabiano Fujiwara Santana
Gisangela Faria de Paula
Priscila Luciane Santos Lima
Weber Nobre Lima
PROJETO GRÁFICO
Universidade INFRAERO
UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
MÓDULO 1 - BÁSICO
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
6
Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
comercial sem autorização prévia e expressa da Gerência da Universidade Infraero.
BA-RE Bombeiro de Aeródromo Resgatista
CAP-BA Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo
OC Operador de Sistema de Comunicação
OE-SESCINC Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos Humanos
para o SESCINC
PTR-BA Programa de Treinamento Recorrente para Bombeiros de Aeródromo
4 OBJETIVO DO CURSO
5 ESTRUTURA DO CURSO
Este curso foi desenvolvido de acordo com a Resolução 279 da ANAC, de 10 de julho
de 2013, alterada pela Resolução nº 517, de 14 de maio de 2019 e a Portaria ANAC nº 1.810/SIA,
de 13 de junho de 2019, que estabelecem o currículo mínimo do Curso de Especialização de
Bombeiro de Aeródromo Chefe de Equipe de Serviço (CBA-CE).
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CARGA HORÁRIA
MÓDULO DISCIPLINA
TEÓRICA PRÁTICA
1. Básico 1.1 Introdução do Cursos 0,5
2.1 Técnicas de exposição oral 0,5 0,5
2.2 Relacionamento com o público e
0,5 0,5
2. Comunicação e Expressão imprensa
2.3 Elaboração de relatórios referentes à
0,5
atuação do SESCINC
3.1 Relações pessoais. 1 1
3.2 Liderança. 1 1
3 Liderança, Trabalho e
Desenvolvimento em Equipe 3.3 Trabalho e desempenho em equipe 1 1
3.4 Desenvolvimento das equipes de serviço
2 2
do SESCINC e de seus componentes.
4.1 O papel do BA-CE no gerenciamento de
0,5
Fatores Humanos
4.2 4.2 O papel do BA-CE em emergências
de Security 0,5 0,5
4 O Papel do BA-CE em
Emergências 4.3 O papel do BA-CE em emergências não
0,5 1,0
aeronáuticas
4.4 O papel do BA-CE em emergências
1,5 1,5
aeronáuticas.
5 Competências do Bombeiro 5.1 Comunicação e coordenação de equipes
de Aeródromo Chefe de 1 2
Equipe de Serviço do
SESCINC
SUB TOTAL HORAS-AULA 11 11
OUTRAS ATIVIDADES CARGA HORÁRIA
Avaliação de Aprendizagem, correção e divulgação do resultado 02
TOTAL HORAS-AULA 24
6 MÉTODO DE AVALIAÇÃO
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(vinte) questões objetivas de múltipla escolha, focando os conteúdos técnicos abordados
durante o curso
A avaliação teórica será realizada na mesma data de conclusão das atividades teóricas
e práticas da grade curricular do CBA-CE, aplicando-se para mensuração, a fórmula abaixo:
Exemplo:
Mensuração do desempenho de um aluno hipotético que, na avaliação de aprendizagem,
que conseguiu acertar 16 (dezesseis) das 20 (vinte) questões da prova.
→ →
Quando o aluno não realizar a avaliação teórica e a justificativa apresentada não for
acatada pela Coordenação Técnica e Pedagógica da OE-SESCINC, será atribuída a nota 0 (zero)
ao aluno na avaliação teórica.
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6.4 Avaliação de Aprendizagem Prática
As seguintes disciplinas serão objeto de avaliação prática e exercício modular:
A avaliação de aprendizagem dos alunos nas práticas (Ap6), (Ap9) e (Ap10) será realizada
pelos instrutores responsáveis pela instrução das atividades, tendo como base os parâmetros
explicitados a seguir e registrados em formulário específico (Anexo I - Registro e Apuração de
Avaliação de Atividade Prática):
Mais que satisfatório: muito motivado e cooperativo, atingiu os objetivos,
desenvolvendo otimamente a atividade, demonstrou plena compreensão dos procedimentos
abordados nas aulas teóricas e orientações repassadas pelo instrutor durante as práticas.
Satisfatório: motivado e cooperativo, atingiu os objetivos propostos, desenvolveu
satisfatoriamente a atividade e demonstrou compreensão dos procedimentos abordados nas
aulas teóricas e orientações repassadas pelo instrutor durante as práticas.
Pouco satisfatório: pouco motivado e cooperativo, atingiu os objetivos propostos,
desenvolveu razoavelmente a atividade, demonstrou dificuldade na compreensão dos
procedimentos abordados nas aulas teóricas e orientações repassadas pelo instrutor durante as
práticas.
Insatisfatório: baixa motivação e cooperação, não atingiu os objetivos propostos,
apresentou dificuldades na aplicação dos procedimentos abordados nas aulas teóricas e
orientações repassadas pelo instrutor durante as práticas.
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A avaliação de aprendizado do aluno nas práticas mencionada será mensurada com
base na média aritmética dos desempenhos obtidos pelo aluno com relação aos comportamentos
relacionados nos itens 1 e 2 que constam do quadro “Parâmetros de Avaliação de
Aprendizagem”, aplicando-se a fórmula abaixo:
Exemplo:
Um aluno ao realizar a prática (Ap9) - O papel do BA-CE em emergências
aeronáuticas, obteve na avaliação do item 1-Motivação e Cooperação do aluno durante a
realização da atividade a nota 10 e no item 2-Atingimento dos objetivos da instrução e a
correta aplicação dos procedimentos técnicos abordados nas instruções teóricas e orientações
repassada pelo instrutor durante a prática a nota 7. Aplicando-se a metodologia indicada, esse
aluno alcançou um nível de desempenho na prática-9 (Ap9) igual a 8,5.
Embora os alunos desenvolvam em equipe as atividades práticas referenciadas, o
desempenho de cada aluno deve ser considerado individualmente e tendo como parâmetro os
dois aspectos básico mencionados (1 - motivação e cooperação e 2 - atingimento dos objetivos
da instrução e a correta aplicação dos procedimentos técnicos ministrados).
O resultado de cada avaliação de aprendizagem dos alunos nas práticas (Ap6), (Ap9)
e (Ap10) será registrado pelo instrutor em planilha específica de Registro e Apuração de
Avaliação de Atividade Prática.
Exemplo:
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Considerando que um aluno obteve nota 7,20 na Avaliação Teórica Final (Ate) e 8,10
na Avaliação Pratica Final (Apf), aplicando-se a formula indicada, a avaliação final do aluno
(Avf) é 7,65, conforme pode ser observado na memória de cálculo abaixo:
→ →
A grade horária do curso será distribuída aos alunos, no início do curso, juntamente
com o material didático e conterá as seguintes informações:
• Datas de início e final do curso;
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• Data e horário das instruções teóricas e práticas de todas as disciplinas da grade
curricular;
• Datas e horários das aulas práticas;
• Datas e horário reservado para a avaliação teórica;
• Indicação dos instrutores e coordenador pedagógico do curso.
• Horários de abertura e encerramento do evento
11 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
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ANÁLISE DO INSTRUTOR:
___________________________________
Assinatura
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
Você já ouviu falar de Elon Musk e sua empresa de transporte espacial SpaceX? Após
dois lançamentos fracassados, em 02 de agosto de 2008 eles lançaram o terceiro foguete, o
Falcon. Os 350 funcionários da empresa, junto com o Elon Musk, assistiram ao lançamento
apreensivos, havia muita coisa em jogo e o todos acreditavam que o sucesso do lançamento era
fundamental para o futuro da empesa. O foguete subiu, mas logo após o fim do primeiro estágio,
o foguete explodiu. Os funcionários ficaram transtornados, e o clima da empresa era de
desespero total. Então Musk resolveu aparecer e conversar com eles. Em resumo, ele disse que
apesar do resultado ter sido a explosão, o primeiro estágio do lançamento tinha sido bem-
sucedido, conquista que poucos países ou empresas tinham sido capazes de alcançar. O foguete
tinha entrado no espaço, e o que todos precisavam fazer era dar a volta por cima e voltar ao
trabalho, pois:
Após a fala do Elon Musk, o clima na empresa mudou completamente, as pessoas saíram
do desespero pela derrota, para a determinação e foco. Vontade de seguir em frente, não
lamentar e olhar para trás. Por que isso aconteceu?
Dessa forma, devido as atribuições do Chefe de Equipe nas atividades de Salvamento
e Combate a Incêndios, os objetivos da aula são:
• Identificar os fatores que influenciam negativamente na qualidade da comunicação.
• Empregar técnicas de discurso efetivo e oratória, por meio de apresentação expositiva.
• Aplicar comunicação efetiva ao coordenar as equipes de serviço do SESCINC.
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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Bombeiro de Aeródromo Chefe de Equipe de Serviço (BA-CE) - é o profissional habilitado
com especialização específica responsável pelo comando da equipe de serviço nas operações
de resgate e combate a incêndio.
Especialização de bombeiro de aeródromo – capacitação do bombeiro de aeródromo que se
destina à execução de funções operacionais específicas no SESCINC.
Habilitação de bombeiro de aeródromo – é a formação do profissional que se destina à
execução das funções operacionais em um SESCINC
Instrução prática – é a parte do curso disponibilizado por uma OE-SESCINC realizado em
uma instalação de treinamento prático com utilização de equipamentos e/ou CCI.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
6
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6 TÉCNICAS DE DISCURSO EFETIVO E ORATÓRIA
Para planejar uma apresentação, é fundamental ter uma linha mestra, ou seja, um tema
central que interligue todas as informações da sua fala. Em outras palavras, ter um objetivo
claramente definido desde o início da apresentação, que deixe clara qual a ideia exata que você
quer construir com os ouvintes. Observe as diferenças entre os dois trechos extraídos do livro
do Chris Anderson sobre as apresentações do TED Talks:
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Versão 1:
“Eu gostaria de compartilhar com vocês algumas experiências que vivi durante
a viagem que fiz recentemente à Cidade do Cabo, depois de fazer algumas
observações sobre a vida na estrada.”
Versão 2:
“Em minha recente viagem à Cidade do Cabo, aprendi algo novo com relação
a estranhos: quando se pode confiar neles e quanto não se pode fazer isso de
jeito nenhum. Quero dividir com vocês duas experiências muito distintas que
vivi.”
Introdução:
Contexto:
Em seguida, é importante destacar o motivo pelo qual o tema tratado é relevante para os
ouvintes.
Conceitos Principais:
Conclusões:
Imaginem o Elon Musk discursando com desespero pela explosão do foguete, ou com
apatia e autocontrole excessivo? Ou o mesmo discurso sendo reproduzido em outro contexto?
Imaginem o mesmo discurso sendo proferido aqui, nessa sala de aula, onde graças a Deus nada
explodiu? Mal sabemos o que é um foguete ou o que significa o sucesso do estágio um. Nós
entendemos a cena, o significado, imaginamos as emoções quando ouvimos a história, mas o
efeito que o Elon Musk conseguiu exercer sobre sua equipe é único, pois envolve não apenas
os fatores objetivos, ferramentas de comunicação bem utilizadas, ou o fato de ele ser o dono da
empresa.
É um conjunto de fatores, o relacionamento entre aquelas pessoas construído
diariamente, não apenas no momento da fala. Em outras palavras, a eficácia de uma
apresentação expositiva depende de diversos fatores, por este motivo na sequência do módulo
de Comunicação e Expressão, estudaremos Relacionamento Interpessoal, Liderança e
desenvolvimento em equipe.
No âmbito da comunicação entre chefe de equipe e equipe do SESCINC, é importante
estar atento a valores importantes:
• Respeito às pessoas e aos acordos feitos previamente quanto à horário, tempo, local;
• Empatia;
• Diálogo;
Disponibilidade para ouvir.
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8 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
ANDERSON, Chris. Ted Talks: O guia oficial do TED para falar em público. 1ª ed. Rio de
Janeiro: Intrínseca, 2016.
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MÓDULO 2 – Comunicação e
Expressão
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
2 TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................................................................. 5
3 SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................ 7
4 TÉCNICAS DE REDAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS
REQUISITADOS PELA NORMA VIGENTE .......................................................................... 8
5 emergências envolvendo aeronaves e acionamentos diversos .......................................... 12
6 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 18
INTRODUÇÃO
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita e para que haja comunicação,
são necessários alguém que comunique, algo a ser comunicado e alguém que receba essa comunicação.
Em uma situação de crise, fatores diversos podem atrapalhar o entendimento da mensagem, afetando o
desempenho esperado e até colocando em risco a vida das pessoas.
O conhecimento técnico e o domínio da linguagem são importantes no desempenho das atividades
de bombeiro de aeródromo – chefe de equipe, que lidera um grupo de profissionais atuando em situações
adversas, muitas vezes sob pressão emocional, e que deve ser compreendido com clareza e precisão.
Apresentaremos a seguir alguns conceitos e definições que auxiliarão na comunicação do chefe
de equipe em relação ao emprego de técnicas de redação para a elaboração de relatórios de atuação do
SESCINC em emergências aeronáuticas e demais acionamentos.
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia
mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
Carro contraincêndio de aeródromo (CCI) – é o veículo projetado especificamente para
cumprir as missões de resgate, salvamento e combate a incêndio em aeronave.
Carro contraincêndio de aeródromo em linha (CCI em Linha) – carro contraincêndio
equipado e que esteja operacionalmente disponível e integrado à frota diária de serviço de um
SESCINC.
Categoria Contraincêndio do Aeródromo (CAT) – é a representação numérica no nível de
proteção contraincêndio de um aeródromo, o qual varia de 1 a 10, e reflete a proteção contraincêndio
provido pelo SESCINC, considerando existentes e disponíveis, nos valores mínimos, a quantidade
e regime de descarga de agentes extintores principal e complementar, a quantidade de CCI e os
recursos humanos operacionais.
Certificação OE-SESCINC – é o processo pelo qual a ANAC reconhece que uma pessoa
jurídica está apta a ministrar os eventos didáticos de capacitação de bombeiros de aeródromo a
que se propõe, de acordo com os requisitos estabelecidos no processo de certificação.
Conteúdo programático – é o conjunto de assuntos que compõem a parte teórica e a parte
prática de um curso, acompanhados dos respectivos objetivos específicos e organizados em
uma estrutura lógica que contribui para o alcance do objetivo do curso.
Currículo – é o conjunto de informações de apoio às atividades didáticas, formado pelo
conteúdo programático e a carga horária de um curso, bem como as experiências de
aprendizagem a serem proporcionadas aos alunos com vistas à construção de conhecimentos e
ao desenvolvimento de habilidades, em conformidade com os objetivos específicos indicados
no conteúdo programático.
Currículo mínimo – é o currículo estabelecido pela ANAC com o mínimo indispensável para
o alcance do objetivo de um curso. Constitui o núcleo curricular comum que deve ser cumprido
por todas as OE-SESCINC.
Emergência aeronáutica – situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob
condições de perigo latente ou iminente decorrentes de sua operação ou que tenham sofrido
suas consequências.
Emergência aeroportuária – evento ou circunstância, incluindo uma emergência aeronáutica
que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco vidas humanas
em um aeródromo.
Equipagem - é o conjunto de bombeiros de aeródromo designados para compor a tripulação de
um CCI ou veículos de apoio às operações do SESCINC.
Equipe de serviço do SESCINC – conjunto de bombeiros de aeródromo designados para um
determinado turno de trabalho.
Especialização de bombeiro de aeródromo – capacitação do bombeiro de aeródromo que se
destina à execução de funções operacionais específicas no SESCINC.
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Gerente de seção contraincêndio (GS) - é o profissional responsável pela gestão e
coordenação dos recursos humanos e materiais do Serviço de Salvamento e Combate a
Incêndio.
Habilitação de bombeiro de aeródromo – é a formação do profissional que se destina à
execução das funções operacionais em um SESCINC
Manual de Instrução e Procedimentos (MIP) – é o documento que contém instruções,
procedimentos e padronizações adotados pela pessoa jurídica postulante a certificação OE-
SESCINC para a execução de suas atividades, visando ao cumprimento dos requisitos de
certificação estabelecidos na Resolução 279/2013 ANAC.
Material instrucional – é o material elaborado para cada curso destinado ao aluno de uma OE-
SESCINC como recurso didático de apoio ao aprendizado.
Movimento de aeronave – é o termo genérico utilizado para caracterizar um pouso ou uma
decolagem ou um toque e arremetida de aeronaves no aeródromo.
OE-SESCINC 2 - Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos Humanos
para o SESCINC – certificada para prover a formação teórica e prática dos cursos de
habilitação, especialização e atualização de bombeiro de aeródromo e de formação e atualização
de instrutores de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromo civil.
Operador de aeródromo – toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado
o direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio
ou não, com ou sem fins lucrativos.
Operador de Sistema de Comunicação (OC) - é o profissional responsável pelas atividades
de comunicação e observação da área de movimento das aeronaves.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Traje de Proteção - é o conjunto de equipamentos de proteção individual apropriados às
operações de resgate e combate a incêndio.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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BA-LR Bombeiro de Aeródromo Líder de Equipe de Resgate
BA-MC Bombeiro de Aeródromo Motorista/Operador de CCI
BA-RE Bombeiro de Aeródromo Resgatista
BA-1 Bombeiro de Aeródromo 1
BA-2 Bombeiro de Aeródromo 2
CAP-BA Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo
CAT Categoria Contraincêndio de Aeródromo
CCI Carro Contraincêndio de Aeródromo
GS Gerente de Seção Contraincêndio.
MIP Manual de Instrução e Procedimentos
OACI Organização da Aviação Civil Internacional
OC Operador de Sistema de Comunicação
OE-SESCINC Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos Humanos
para o SESCINC
PTR-BA Programa de Treinamento Recorrente para Bombeiros de Aeródromo
SCI Seção Contraincêndio de Aeródromo
SESCINC Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos Civis
SGSO Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
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Alguns atributos devem ser considerados durante o processo de redação desses
documentos para tornar a mensagem compreensível aos destinatários do texto e via de regra,
essa comunicação deve caracterizar-se por:
_ clareza e precisão;
_ objetividade;
_ concisão;
_ coesão e coerência.
Clareza e precisão
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro
aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. Não se concebe que um
documento oficial de qualquer natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou
impossibilite sua compreensão.
a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto
versar sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará nomenclatura própria da área;
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar
intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a adoção da
ordem inversa da oração;
c) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;
d) não utilizar regionalismos e neologismos;
e) pontuar adequadamente o texto;
f) explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela; e
g) utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, em
razão de serem designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata tradução.
O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-se por:
a) articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia
veiculada no texto;
b) manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o
emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico; e
c) escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto.
É indispensável, também, a releitura de todo o texto redigido. A ocorrência de trechos
obscuros provém principalmente da falta da releitura, o que tornaria possível sua correção. Na
revisão de um relatório, deve-se avaliar se ele será de fácil compreensão por seu destinatário.
O que nos parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre
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certos assuntos, em decorrência de nossa experiência profissional, muitas vezes, faz com que
os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade. Explicite, desenvolva,
esclareça, precise os termos técnicos, o significado das siglas e das abreviações e os conceitos
específicos que não possam ser dispensados.
A revisão atenta exige tempo. A pressa com que são elaboradas certas comunicações
quase sempre compromete sua clareza.
A clareza e a precisão não são atributos que se atinjam por si sós: elas dependem
estritamente das demais características da redação, apresentadas a seguir.
Objetividade
Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem
redundâncias. Para conseguir isso, é fundamental que o redator saiba de antemão qual é a ideia
principal e quais são as secundárias.
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em todo texto de alguma
complexidade: as fundamentais e as secundárias. Essas últimas podem esclarecer o sentido
daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também ideias secundárias que não
acrescentam informação alguma ao texto, nem têm maior relação com as fundamentais,
podendo, por isso, ser dispensadas, o que também proporcionará mais objetividade ao texto.
A objetividade conduz o leitor ao contato mais direto com o assunto e com as
informações, sem subterfúgios, sem excessos de palavras e de ideias. É errado supor que a
objetividade suprime a delicadeza de expressão ou torna o texto rude e grosseiro.
Concisão
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é
o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras. Não se
deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não se deve eliminar
passagens substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo em tamanho. Trata-se,
exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias e passagens que nada acrescentem ao
que já foi dito.
Detalhes irrelevantes são dispensáveis: o texto deve evitar caracterizações e comentários
supérfluos, adjetivos e advérbios inúteis, subordinação excessiva.
Coesão e coerência
Exemplos:
O Deputado evitou a instalação da CPI da corrupção. Ele aguardou a decisão do Plenário.
O TCU apontou estas irregularidades: falta de assinatura e de identificação no documento.
Exemplos:
O Presidente assinou o acordo. O Chefe do Poder Executivo federal propôs reduzir as alíquotas.
O ofício está pronto. O documento trata da exoneração do servidor.
Os governadores decidiram acatar a decisão. Em seguida, os prefeitos fizeram o mesmo.
Outra estratégia para proporcionar coesão e coerência ao texto é utilizar conjunção para
estabelecer ligação entre orações, períodos ou parágrafos.
Exemplo:
O Embaixador compareceu à reunião, pois identificou o interesse de seu Governo pelo assunto.
Lembre-se:
_ a língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade;
_ o uso do padrão culto não significa empregar a língua de modo rebuscado ou utilizar
figuras de linguagem próprias do estilo literário;
_ a consulta ao dicionário e à gramática é imperativa na redação de um bom texto.
Ortografia
Listamos a seguir, dentre outros, os relatórios que podem ser utilizados em decorrência
da operação do SESCINC:
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Nos acionamentos do SESCINC para atendimento a emergências aeronáuticas, os
dados devem ser compilados pelo responsável pelo SESCINC em formulário padronizado que
será detalhado a seguir e apresentados à ANAC em até 5 (cinco) dias úteis, contados a partir da
ocorrência da emergência.
O modelo de relatório padronizado pela ANAC para preenchimento quando houver
operação de salvamento e combate a incêndio em aeronave é composto de 14 grupos de
informação que serão detalhadas a seguir:
a) Grupo 1: Generalidades
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b) Grupo 6: Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio
d) Grupo 9: Evacuação
15
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g) Grupo 11: Eficiência das Operações de Salvamento e Combate a
Incêndio
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i) Grupo 13 – Observações Gerais
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6 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO 3 - LIDERANÇA,
TRABALHO E DESENVOLVIMENTO
EM EQUIPE
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
2 TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................................................................. 5
3 SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................ 7
4 Conceito das Relações pessoais........................................................................................... 7
5 Divisão das relações Pessoais: ............................................................................................ 8
5.1 Relação Intrapessoal: ................................................................................................... 8
5.2 Relação Interpessoal: ................................................................................................... 9
6 ferramentas para um bom relacionamento interpessoal ...................................................... 9
6.1 – Comunicação .......................................................................................................... 10
6.2 Feedback: ................................................................................................................... 12
6.3 Motivação: ................................................................................................................. 14
7 Eis que a “chave” do sucesso para qualquer equipe e negócio “é a relação humana que
construímos e imprimimos nos nossos relacionamentos” - Fonseca (2006). importância dAs
relações interpessoais nas equipes de serviço do sescinc ......................................................... 15
8 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 16
INTRODUÇÃO
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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provido pelo SESCINC, considerando existentes e disponíveis, nos valores mínimos, a quantidade
e regime de descarga de agentes extintores principal e complementar, a quantidade de CCI e os
recursos humanos operacionais.
Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo (CAP-BA) – documento
comprobatório da aptidão do bombeiro de aeródromo para o exercício de funções operacionais
do SESCINC.
Certificado de especialização de bombeiro de aeródromo - é o documento comprobatório da
especialização do bombeiro de aeródromo para o desempenho de funções BA-MC e BA-CE.
Certificado de habilitação de bombeiro de aeródromo – documento comprobatório da
formação do profissional que se destina à execução das funções operacionais do SESCINC.
Emergência aeronáutica – situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob
condições de perigo latente ou iminente decorrentes de sua operação ou que tenham sofrido
suas consequências.
Emergência aeroportuária – evento ou circunstância, incluindo uma emergência aeronáutica
que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco vidas humanas
em um aeródromo.
Equipagem - é o conjunto de bombeiros de aeródromo designados para compor a tripulação de
um CCI ou veículos de apoio às operações do SESCINC.
Equipe de serviço do SESCINC – conjunto de bombeiros de aeródromo designados para um
determinado turno de trabalho.
Especialização de bombeiro de aeródromo – capacitação do bombeiro de aeródromo que se
destina à execução de funções operacionais específicas no SESCINC.
Gerente de seção contraincêndio (GS) - é o profissional responsável pela gestão e
coordenação dos recursos humanos e materiais do Serviço de Salvamento e Combate a
Incêndio.
Habilitação de bombeiro de aeródromo – é a formação do profissional que se destina à
execução das funções operacionais em um SESCINC
Instalações para treinamento prático – são os locais onde são realizados os treinamentos
práticos de salvamento e combate a incêndio.
Instrução prática – é a parte do curso disponibilizado por uma OE-SESCINC realizado em
uma instalação de treinamento prático com utilização de equipamentos e/ou CCI.
Material instrucional – é o material elaborado para cada curso destinado ao aluno de uma OE-
SESCINC como recurso didático de apoio ao aprendizado.
Operador de aeródromo – toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado
o direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio
ou não, com ou sem fins lucrativos.
Operador de Sistema de Comunicação (OC) - é o profissional responsável pelas atividades
de comunicação e observação da área de movimento das aeronaves.
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Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Traje de Proteção - é o conjunto de equipamentos de proteção individual apropriados às
operações de resgate e combate a incêndio.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
7
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5 DIVISÃO DAS RELAÇÕES PESSOAIS:
É uma interação que acontece entre o meu eu, a minha pessoa e os meus sentimentos
e emoções, é uma relação que se situa no centro de minha vida. Sendo assim, precisamos
compreender como somos e o que sentimos, entrar em contato com os nossos sentimentos e
nossa afetividade, buscando um autoconhecimento.
Segundo Bom Sucesso (2002, p.127) “o autoconhecimento facilita a compreensão do
próprio comportamento e do comportamento alheio, permitindo refletir sobre as implicações e
consequências da assertividade na qualidade de vida”.
Neste sentido, existem necessidades intrapessoais que facilitam este
autoconhecimento:
a) Aceitação pessoal: sentir que me aceito e me valorizar;
b) Controle: das emoções e atitudes;
c) Doação: perceber se o meu doar está sendo de dentro para fora ou de fora para
dentro (só quero receber?).
Desenvolvendo este autoconhecimento, fica mais fácil compreendermos e observamos
como eu me comunico com o outro, pois nas relações humanas estamos a todo instante falando,
gesticulando ou fazendo mímica para o nosso interlocutor.
Neste relacionar-se intrapessoal um outro aspecto importante é a nossa autoestima, que
pode ser compreendida como nossa capacidade de lidar com os desafios da vida entendendo e
dominando os problemas. Ela resulta da soma da autoconfiança e auto respeito.
Como componentes da autoestima podemos citar dois: o sentimento de competência
pessoal e o sentimento de valor pessoal. Neste sentido, ter autoestima elevada é sentir-se pleno
e adaptado à vida.
Assim, quanto maior a nossa autoestima:
• Maior será o nosso fortalecimento para enfrentar os problemas;
• Maior tranquilidade e criatividade teremos em nossa vida emocional;
• Maiores serão nossas possibilidades de manter relações saudáveis e satisfatórias;
• Maior será o respeito, a benevolência e a boa vontade para com os outros e a nós
mesmos.
Lembre-se:
“Autoestima elevada é o estado da pessoa que não está em guerra consigo mesmo
ou com os outros”.
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5.2 Relação Interpessoal:
Como já foi mencionada a relação interpessoal é uma interação que acontece entre
duas ou mais pessoas. É um relacionamento que envolve uma competência interpessoal, a qual
é a habilidade de lidar eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de
forma adequada às necessidades de cada uma e às exigências da situação.
Este relacionamento envolve algumas necessidades interpessoais, como:
a) Inclusão: sentir-se aceito(a) e valorizado(a) no grupo;
b) Controle: diante de minhas responsabilidades no grupo e as de cada membro;
c) Afeição: poder experimentar uma proximidade dos outros;
d) Valorização pessoal: sentir-se valorizado(a) pelo que faz e pelo que é.
Assim, de acordo com Bom Sucesso (2002) o autoconhecimento e o conhecimento do
outro são componentes essenciais na compreensão do modo como a pessoa atua no ambiente
de trabalho, dificultando ou facilitando as relações.
Reconhecendo as necessidades interpessoais, podemos compreender as causas que
impedem a existência de um bom relacionamento interpessoal:
• Uma necessidade egoística de ser notado(a), de dominar;
• Uma atitude “amarga” que não perdoa;
• Uma tendência ao excesso de crítica, ao julgamento;
• Insegurança, sentimentos de ameaça, medo de rejeição;
• Preconceito (no geral reconhecido ou negado);
• Recusa ou incapacidade de “abrir-se e compartilhar”;
• Falha ou indisposição para reconhecer as diferenças individuais, para ouvir o
outro, buscando conhecer e compreender seu ponto de vista.
Nesta busca de um bom relacionamento interpessoal, um outro fator é considerado de
suma importância: a capacidade de nos COMUNICARMOS. Essa capacidade será abordada no
próximo item.
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a existência de diferenças individuais internas, como: percepção, opinião, sentimento, atitudes
e conhecimentos. Neste sentido, na relação interpessoal além de existir o fator da competência
técnica existe, também, a influência do ciclo atividade-interação-sentimento. Esse ciclo,
conforme Moscovici (2008, p.69) explica, equivale aos “sentimentos positivos de simpatia e
atração provocarão aumento de interação e cooperação, repercutindo favoravelmente nas
atividades e ensejando maior produtividade”. Sendo que caso existam sentimentos negativos de
antipatia repercutirão desfavoravelmente na interação, atividades e produtividade.
6.1 – Comunicação
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c) Canal – é o meio pelo qual a mensagem é transmitida. Ele é selecionado pelo emissor
que determina se utilizará um discurso oral, escrito e a comunicação não verbal;
d) Decodificação – significa traduzir os símbolos de uma mensagem de um modo
compreensível;
e) Receptor - sujeito a quem a mensagem se destina, e que a decodifica. Pode ser
chamado também de Destinatário;
f) Ruído – composto das barreiras à comunicação que distorcem a clareza da
mensagem, como problemas de percepção ou diferenças culturais;
g) Feedback - ou retorno, determina se a compreensão da mensagem foi ou não
alcançada.
Uma vez que se sabem quais são os elementos constituintes do processo da
comunicação, este pode ampliar ou limitar conhecimentos, facilitar ou dificultar o
desenvolvimento de criatividade e de habilidades inerentes ao melhor desempenho de uma
relação interpessoal. Isto ocorre porque existem alguns fatores que influenciam a comunicação,
a saber:
• Atitudes/ Percepção/ Conhecimento do Emissor;
• Atitudes/ Percepção/ Conhecimento do Receptor;
• Ambiente.
Referente a atitudes e percepção, para melhor compreensão, temos que percepção é um
“processo pelo qual os indivíduos organizam e interpretam suas impressões sensoriais com a
finalidade de dar sentido ao seu ambiente” (ROBBINS, 2012, p. 159). Sendo um processo
individual a percepção é permeada dentre outras coisas pelas características individuais, suas
atitudes pessoais e por suas experiências vividas. Por isso se o emissor demonstra uma atitude
favorável para se comunicar, mas o receptor não demonstra tal atitude poderá surgir um “ruído”
na comunicação. Diferença na forma de percepção do emissor ou receptor sobre um
determinado assunto ou objeto pode trazer prejuízos a comunicação.
Por outro lado, o ambiente também influencia a comunicação. Por isso quem comunica
deve observar se o ambiente externo é propício à comunicação, se existe muito barulho a
comunicação entre emissor e receptor poderá ser prejudicada. Se o ambiente apresenta um clima
de tensão a comunicação também poderá ser prejudicada.
Então, comunicar é ser capaz de se fazer entender. Por isso é preciso ter cuidado com
o ruído na comunicação, que é entendido como as barreiras de comunicação existentes no
emissor, no receptor e no ambiente, que podem diminuir a eficácia da comunicação.
Segundo Macêdo et ali (2008), são tipos de barreiras: o uso de linguagem inadequada;
características pessoais como timidez, impaciência, desatenção, autoconfiança; tom de voz
inadequado ou comunicação não-verbal incoerente; tendência a avaliar e a julgar presente tanto
no receptor como emissor; clima hostil e falta de franqueza; inadequação do canal escolhido;
interrupções frequentes; dentre outras.
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O boato é um exemplo típico de ruído na comunicação, ou seja, da comunicação
distorcida, ampliada e, muitas vezes, desviada. E como o ambiente de trabalho é permeado por
esse ruído de comunicação!!!
Objetivos da Comunicação
Com estes esclarecimentos sobre os tipos de comunicação, podemos passar para os
objetivos da comunicação interpessoal, que segundo Macêdo et ali (2008, p.81) visa a algum
dos objetivos abaixo:
• Informar, esclarecer e tirar dúvidas sobre determinado assunto;
• Gerenciar pessoas e avaliar desempenhos e situações;
• Ensinar algo e mostrar apoio e compreensão;
• Influenciar e provocar a motivação nas pessoas;
• Persuadir, convencer e negociar melhores condições.
6.2 Feedback:
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Um feedback eficaz ajuda o indivíduo, ou grupo, a melhorar seu desempenho e assim
alcançar seus objetivos. Para que o feedback seja eficaz ele tem que ser: solicitado, preciso,
específico, oportuno, dado logo após o desempenho e dirigido à pessoa responsável por ele. E
ao dar um feedback, é necessário agir com delicadeza e respeito. Pois, muitas vezes, a pessoa
não está preparada psicologicamente para receber feedback ou não deseja nem sente sua
necessidade. É preciso atentar para estes aspectos de nula ou fraca prontidão perceptiva, que
constituem verdadeiros bloqueios à comunicação interpessoal. Se insistirmos no feedback, a
pessoa poderá duvidar dos nossos motivos para tal, negar a validade dos dados, racionalizar
procurando justificar-se etc.
O feedback pode ser positivo ou negativo, pois temos a necessidade de saber o que
estamos fazendo com adequação, bem como saber o que estamos fazendo inadequadamente.
Isto contribuirá para que possamos corrigir as nossas ineficiências e mantermos nossos acertos.
Em nossa cultura, feedback “ainda é percebido como crítica e tem implicações
emocionais (afetivas) e sociais muito fortes, em termos de amizade (ou sua negação), status,
competência e reconhecimento social” (Moscovici, 2008, p.97). Muitas vezes, a pessoa não está
preparada, psicologicamente, para receber feedback ou não deseja nem sente necessidade. Para
superar as dificuldades em dar e receber feedback, eis algumas dicas:
a) Estabeleça uma relação de confiança recíproca para diminuir as barreiras entre o
comunicador (emissor) e o receptor;
b) Reconheça que o feedback é um processo de exame conjunto, que deve ser
específico e oportuno;
c) Aprenda a ouvir e a receber feedback sem reações emocionais (defensivas) intensas;
d) Aprenda a dar feedback de forma habilidosa, sem conotações emocionais intensas,
ou seja, pratique a comunicação assertiva, o contato visual e gestual, além do que
mostre os comportamentos a serem alterados, sem termos que desqualifiquem a
pessoa ou grupo;
e) Estabeleça padrões e cronograma de ações de melhorias, além de procurar soluções
em conjunto;
f) Faça uma autocrítica após a reunião: o objetivo foi atingido? Tudo transcorreu bem,
ou em qual ponto não saiu como esperado? O objetivo poderá ser feito de forma
diferente da próxima vez?
Quando recebemos feedback de uma pessoa precisamos confrontá-lo com reações de
outras pessoas para verificar se precisamos mudar nosso comportamento de maneira geral ou
somente em relação àquela pessoa. E o grupo também tem necessidade de receber informações
sobre o seu desempenho. Os integrantes do grupo precisam saber se a atmosfera é defensiva,
se há muita rigidez nos procedimentos, se está havendo subutilização de pessoas e de recursos,
qual o grau de confiança no líder e outras informações sobre seu nível de maturidade como
grupo.
Os mesmos problemas envolvidos do feedback individual estão presentes no de grupo,
em maior ou menor grau. Assim, à medida que os membros amadurecem e desenvolvem suas
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habilidades, em dar e receber feedback individual, tornam-se também hábeis em dar feedback
ao grupo como um todo, sempre que necessário e oportuno.
Dar e receber feedback constitui, portanto, em uma das habilidades interpessoais
imprescindíveis ao funcionamento produtivo de um grupo e equipe em qualquer contexto.
Para se estabelecer um bom relacionamento interpessoal, além de buscar entender e
ouvir o outro, as pessoas precisam buscar estimular o outro provocando sua MOTIVAÇÃO.
6.3 Motivação:
A motivação é uma energia intrínseca, uma força que impulsiona os esforços de uma
pessoa em direção a alguma coisa. Por ser um fenômeno intrínseco da pessoa, o que o líder de
uma equipe precisa saber é que existem alguns comportamentos que podem facilitar a
motivação das pessoas com as quais se relaciona, conforme está citado em Macêdo et ali (2008),
a saber:
• Manter ou aumentar a autoestima das pessoas, sendo específico, claro e honesto
na comunicação;
• Valorizar e elogiar as pessoas, de um modo sincero;
• Ouvir e responder com empatia;
• Pedir ajuda para solucionar um problema pode estimular a cooperação fazendo
com que as pessoas sintam orgulho do que fazem, mas deve ser sincero caso a
ideia/ajuda dada não seja boa;
• Compartilhar responsabilidade, respeitando as diferenças individuais.
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7 EIS QUE A “CHAVE” DO SUCESSO PARA QUALQUER EQUIPE E
NEGÓCIO “É A RELAÇÃO HUMANA QUE CONSTRUÍMOS E
IMPRIMIMOS NOS NOSSOS RELACIONAMENTOS” - FONSECA
(2006). IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NAS
EQUIPES DE SERVIÇO DO SESCINC
Uma boa relação interpessoal contribui para o trabalho de equipe, uma vez que
possibilita a referida equipe e a seus membros: compartilharem uma direção comum; sentirem
corresponsáveis pelos sucessos e fracassos que venham a ocorrer; manterem a coesão; evitarem
o desvio dos objetivos previamente fixados; partilharem, ouvirem, evoluírem no sentido de
serem uma equipe.
Por isso, que as relações interpessoais são importantes para o serviço das Equipes do
SESCINC. Assim, é preciso que essas equipes desenvolvam a competência interpessoal, que “é
a habilidade de lidar eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de
forma adequada às necessidades de cada uma e às exigências da situação” (Moscovici, 2008,
p.72).
Assim, existem algumas dicas de como cada membro pode melhorar o relacionamento
interpessoal, pincipalmente o líder, nas equipes de trabalho, a saber:
• Possua uma boa comunicação;
• Procure criar um ambiente favorável ao feedback, que deve ser usado na intenção
de melhorar a relação com a equipe;
• Busque o autodesenvolvimento;
• Seja comprometido com o negócio da empresa e busque este comprometimento
dos membros da sua equipe;
• Procure entender e respeitar o ritmo de cada um. Lembre-se: “todos chegam desde
que sejam direcionados corretamente, acompanhados sem coação e com a devida
paciência”;
• Cuidado com o palavreado: nem todos precisam se acostumar com o fato de que
uma pessoa fala quatro “palavrões” a cada dez palavras, isto pode ofender quem
não está acostumado com esse tipo de linguajar;
• Respeite o clima dos outros e do ambiente: nem sempre as pessoas estão propícias
a piadas e acessos de risos. Há momentos em que o silêncio é básico, e sagrado,
sendo que o líder conduz este processo no ambiente;
• Procure ser: simples, realista e autêntico: não prometa e nem gere expectativas
falsas na equipe, isto compromete a conquista da confiança grupal;
• Preze pela organização do seu setor e dê o exemplo;
• Procure não diferenciar as pessoas pelas funções que exercem, e sim, identifique
profissionalismo em cada papel exercido;
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Lembre-se dos princípios básicos para criarmos relacionamentos produtivos: a
influência de um líder se baseia no diálogo, no fato do líder ser flexível, sugerir ideias
e levar em consideração as contribuições e preocupações dos outros.
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE BA
CHEFE DE EQUIPE DE SERVIÇO
(CBA-CE)
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INTRODUÇÃO
O avanço tecnológico na aviação mundial requer um acompanhamento dos gestores
de aeroportos no sentido de agregar equipamentos, equipes e instalações compatíveis com a
Categoria Contraincêndio dos Aeródromos.
Visto que o aprimoramento das atividades desenvolvidas pelo Serviço de Salvamento
e Combate a Incêndio em Aeródromo Civil (SESCINC) é um ponto fundamental para o sucesso
das operações de atendimento às emergências aeroportuárias, este aprimoramento também
passa pela necessidade de se ter boas lideranças no referido Serviço. Assim este material foi
criado com objetivo de discutir um pouco sobre o que venha a ser liderança, seus estilos, os
atributos e competências esperadas em um líder, bem como identificar algumas ferramentas de
liderança que favoreçam uma melhor coordenação das equipes do SESCINC.
2. TERMOS E DEFINIÇÕES
3. SIGLAS E ABREVIATURAS
O líder não costuma dizer que tem subordinados, e sim uma equipe, ou um time. Ele
ouve as pessoas ao seu redor e está sempre disposto a tirar dúvidas. Um chefe tem tendência a
comandar pessoas, impor ordens e ser autoritário.
Em uma organização, a liderança é um tema de fundamental importância, pois está
relacionado com o sucesso ou o fracasso, com conseguir ou não atingir os objetivos definidos.
Principalmente no contexto empresarial ou de uma organização, é importante saber fazer a
distinção entre líder e chefe.
Um chefe tem a autoridade para mandar e exigir obediência dos elementos do grupo
porque muitas vezes se considera superior a eles. Já um bom líder aponta a direção para o
sucesso, exercendo disciplina, paciência, compromisso, respeito e humildade. Abaixo temos
algumas diferenciações sobre o que venha a ser um chefe e um líder.
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4.2. Características de um líder
O líder é conhecido por ser um motivador de sua equipe, mostrando a direção que deve
seguir e, mais importante, vai junto. Ele conduz as pessoas e as inspira.
Em geral, os líderes têm tendência a serem muito respeitados por seus subordinados,
e o respeito tem muito mais eficiência do que o temor. O líder busca, não só resultados, mas a
melhor maneira para a equipe, e ele, conseguirem alcançá-los, já que ele não pensa no poder
como algo centralizado e, sim uma responsabilidade que deve ser dividida.
O líder não costuma dizer que tem subordinados, e sim uma equipe, ou um time. Ele
ouve as pessoas ao seu redor e está sempre disposto a tirar dúvidas. Ele procura trazer o melhor
de cada um à tona e valoriza as habilidades dos indivíduos, respeitando suas dificuldades e
trabalhando junto com a pessoa para ajudá-la a superá-las. O líder se responsabiliza junto com
sua equipe pelos erros e divide a glória pelos acertos.
Uma boa liderança pode trazer benefícios para a organização, pois uma equipe bem
conduzida e motivada se torna mais eficiente.
6. ESTILOS DE LIDERANÇA
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• Muitas vezes exerce um controle exagerado sobre a equipe e as tarefas, o que
evidencia falta de confiança no time.
Esse tipo de liderança é mais comum quando é exercida pelo proprietário do negócio.
A vantagem desse tipo de líder é: maior velocidade na tomada de decisão e os
processos de trabalho tendem a ficar simplificados e produtivos, pois o líder está sempre
presente.
Como desvantagem esse líder, na maioria das vezes, é mais temido do que respeitado
pela equipe. Além disso, esse líder sendo centralizador pode ficar sobrecarregado e aumentar o
seu nível de estresse, pode diminuir a motivação dos colaboradores porque estes não tem espaço
para contribuir com suas ideias. Por outro lado, esse líder pode acarretar na perda de
produtividade quando não se faz presente no trabalho, uma vez que a equipe não tem autonomia
para tomar decissões.
• Traço mais marcante: insere os colaboradores nas decisões da equipe e faz uma
parceria com os membros da equipe;
• Possui grande capacidade de administração participativa: divide tanto as tarefas
como a responsabilidade pelas decisões estratégicas da organização;
• Costuma se colocar como um orientador do grupo, pois tem um perfil de liderança
que trabalha em equipe;
• Sempre apoia o trabalho em equipe e toma decisões em conjunto com a equipe;
• Tem uma boa comunicação e desenvolve a prática do feedback, pois além de
acompanhar o progresso das atividades e orientar a equipe, oferece feedbacks,
indicando os pontos em que houveram acertos e aqueles que precisam ser
modificados, para que mais melhorias aconteçam.
A vantagem desse tipo de líder: favorece a relação com os colaboradores e a
produtividade.
Como desvantagem esse líder precisa ter muito cuidado com a delegação das
responsabilidades. Isso porque deixar todas as tarefas para os outros pode dar a impressão de
que é um líder fraco e não merece respeito. Assim, precisa ter cuidado para se manter no meio
termo: nem rígido demais, e nem liberal em excesso.
Esse tipo de liderança precisa extrair o melhor do material humano que tem nas mãos
hoje e não do que pode vir a ter amanhã. É fundamental, portanto, que entenda profundamente
sua equipe. Assim pode motivar os colaboradores de modo a fazer com que cada um eleve seu
potencial ao máximo, independentemente das próprias limitações. É um estilo de liderança
recomendado para empresas que conseguem acompanhar as inovações tecnológicas e o ritmo
frenético da globalização.
A vantagem desse tipo de líder: é que sua liderança se adequa ao momento, de acordo
com a situação encontrada e maturidade do liderado, ou seja tem flexibilidade de atuação. No
dia a dia, o líder situacional não se concentra nos pontos fracos. Muito pelo contrário, ele
vislumbra os objetivos que podem ser alcançados exatamente a partir das virtudes e das
competências disponíveis em cada setor. Esse gestor atua, então, no sentido de tornar a equipe
mais forte, instigando o foco e a confiança dos empregados para que ultrapassem quaisquer
desafios que estejam enfrentando.
Como desvantagem esse líder não padroniza determinados processos da empresa, a
solução de diversas situações e perfis profissionais dependem do domínio do líder.
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8. COMPETÊNCIAS DE UM LÍDER
8.1.Inspiração
Os líderes são fonte de inspiração aos liderados que buscam um caminho para o
crescimento profissional. Por isso, é preciso que o líder mantenha ações congruentes com suas
palavras, procure exigir aquilo que ele tem feito na prática, pois assim, as chances de obter um
retorno positivo dos colaboradores de sua equipe são ainda maiores, uma vez que eles, ao verem
que o líder é um ser dedicado e inspirador, terão ainda mais disposição, engajamento e
motivação para realizarem um trabalho de excelência.
8.2.Confiança e flexibilidade
Ainda existem chefes que, por insegurança, intimidam sua equipe e estabelecem o
sistema do “eu mando e você obedece”. Porém, os líderes que conquistam maiores resultados
são aqueles que encorajam seus liderados a serem participativos e co-criarem com todos ao seu
redor, para que o desenvolvimento do time seja cada vez melhor em desempenho e resultados.
Neste sentido, é essencial que o líder transmita coerência e confiança, não só em sua
postura, mas na relação estabelecida com cada um dos profissionais que estão sob seu comando.
Também precisa de flexibilidade para lidar com as questões e personalidade de cada um, já que
isso fará com que estes se mantenham abertos para que o líder extraia o melhor de seus talentos
e, assim, os ajude na conquista de seus objetivos, e também nos da empresa como um todo. Mas
é preciso estar atento ao fato de que: ser flexível não significa ser permissivo! Para evitar isso
o líder precisa se posicionar.
Em qualquer área, visão de futuro é ter clareza do objetivo final da sua atividade.
Assim, o líder precisa dessa visão para que entenda os reais motivos pelo que tem que fazer
hoje com sua equipe para que possa alcançar o objetivo final.
É preciso, também, que o líder estimule um ambiente colaborativo, propício à
inovação. Incentivar seus profissionais a agregarem novas ideias e soluções às suas atividades
no dia a dia.
Assim, o líder agindo com criatividade, a equipe sente que está impactando de maneira
positiva e mais próxima ao crescimento da empresa, tornando-se mais motivada a desempenhar
seu papel com excelência.
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8.4.Promover relacionamentos interpessoais construtivos
Sabe-se que empresas são resultados de pessoas. Portanto, saber identificar e utilizar
os talentos da equipe é a maior estratégia de um líder. Também é importante desenvolver
métodos que aperfeiçoem os processos e facilitem a fluidez para uma maior produtividade, ou
seja, ter assertividade nos processos. Aliado a estratégia e assertividade o líder precisa ter uma
boa organização dos processos, utilizando de ferramentas como cronogramas, check-list, para
não se perder nas diversas demandas e responsabilidades que o próprio líder tem e naquelas que
delega.
8.7.Resiliência
Um líder altamente valorizado por uma organização é aquele que sabe lidar da melhor
forma com adversidades, pressões, estresses, e que é capaz de atravessar situações de crise,
tendo em vista sempre o cunho analítico para tomadas de decisões cada vez assertivas.
Neste sentido, é essencial que os profissionais que ocupam cargos de liderança sejam
altamente resilientes, pois nesta posição serão inúmeros os desafios que surgirão em suas
trajetórias diariamente. Sendo assim, se não souberem lidar com cada uma delas da melhor
maneira possível, ou seja, sem se deixarem abater, as chances de que alcancem o sucesso
pessoal e profissional, bem como de suas equipes e da empresa de uma forma geral, diminuem
consideravelmente.
8.8.Comunicação eficaz
Uma grande competência para um líder é que este saiba comunicar-se com as pessoas
ao seu redor, principalmente com os colaboradores que fazem parte de sua equipe, de forma
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altamente assertiva e eficaz. Isso quer dizer: deixar clara suas expectativas com relação a eles;
dar-lhes feedbacks pontuais, para que possam melhorar cada vez mais a sua performance e
reduzir os erros; manter um canal de comunicação aberto, para que eles sintam-se à vontade
para expor suas ideias, sugestões e críticas; além de lhes transmitir informações com
objetividade, precisão e transparência, evitando, assim, dar espaço para o surgimento de
fofocas, entre outros assuntos, que nada tenham a ver com o trabalho, desempenhado pelos
colaboradores.
O líder também precisa saber ouvir o seu liderado e o que está por trás das palavras,
buscando identificar possíveis soluções e inovações. Fazendo isso, as chances de que os
processos transcorram de maneira ainda mais fluida, aumentam de forma significativa.
O líder precisa saber que a conquista dos resultados extraordinários não é decorrente
apenas de seus esforços, mas também de todas as pessoas que lhe rodeiam, façam elas parte ou
não de sua equipe.
Assim, o líder deve reconhecer um bom desempenho, quando se vê diante de um, seja
através de um elogio, ou nos casos em que é possível um bônus salarial. Esta atitude, além de
manter os colaboradores motivados, reforça o comportamento e a performance positiva, o que
garante o alcance, cada vez mais efetivo, dos objetivos profissionais e organizacionais
O líder também é um ser humano, assim como os liderados, com pressões, sentimentos
e emoções, apenas em uma posição de comandar e engajar a equipe. Assim, para o líder é
preciso que ele desenvolva as seguintes áreas da Inteligência Emocional, a saber: Capacidade
de detectar um sentimento e de lidar com o mesmo; Automotivação; Reconhecimento da
emoção dos outros; e Habilidades nos relacionamentos interpessoais.
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8.12. Focar sempre no positivo
Por terem uma resiliência e uma inteligência emocional muito bem desenvolvida, o
líder precisa manter o seu foco voltado para os aspectos positivos de todo e qualquer tipo de
situação que lhe aconteça.
O líder é um indivíduo que sofre, sim, com as experiências negativas. Porém, o seu
grande diferencial, é que prefere ver o lado positivo disso, ou seja, o que estes acontecimentos
podem lhe trazer de bom, ou como podem agregar valor à sua trajetória, para que assim aprenda
e evite cometer erros no futuro, bem como que estas situações se repitam. Esta postura positiva
diante da vida, além de lhe fortalecer internamente, também contagia as pessoas ao seu redor,
principalmente sua equipe, o que os motiva constantemente a não abaixarem a cabeça, mesmo
diante dos maiores desafios que enfrentarem.
O bom líder conta com seus liderados para o alcance de resultados extraordinários
dentro da empresa. No entanto, ele tem plena consciência de que, caso algo não saia conforme
o planejado, ou que erros aconteçam, levando ao fracasso de um projeto, por exemplo, quem
deve se responsabilizar, em primeiro lugar, deve ser ele mesmo.
Isso porque, da mesma forma que ele conduz sua equipe ao sucesso, ele também tem
participação ativa caso algum problema aconteça. Sendo assim, o que ele faz é assumir sua
responsabilidade sobre qualquer tipo situação, buscando, em seguida, e ao lado de seus
colaboradores, soluções para resolver, sem a necessidade de apontar o dedo a ninguém. Ao ter
esta postura, ele garante o respeito, assim como a confiança dos profissionais com os quais
trabalha, engajando-os ainda mais em suas jornadas de trabalho.
9.1. Negociação
A negociação é uma tarefa que, a todo o momento, em nossas vidas estamos fazendo,
seja quando vamos comprar/ vender algo, quando propomos um passeio com nosso cônjuge
e/ou nossos filhos, e também nas situações presentes no ambiente organizacional. Por exemplo,
quando em uma equipe precisamos negociar com os demais membros o nosso período do
recesso de final de ano, ou nosso período de férias. Outro exemplo se dá quando estamos
envolvidos com um projeto, e negociamos quem será o responsável por fazer algo, os prazos
de execução.
Em Robbins et ali (2012, p. 447), temos a seguinte definição de negociação: “processo
pelo qual duas ou mais partes interdependentes, com algum conflito aparente, decidem como
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alocar recursos escassos”, ou seja, é um processo que envolve emoções e se insere na relação
interpessoal.
A negociação se inserindo em uma relação interpessoal, envolve também o ouvir e o
falar, e a literatura mostra que a falta de habilidade de ouvir constitui uma causa comum do
fracasso nas negociações. Assim, “aprender a escutar o que o outro está realmente dizendo é
essencial quando se busca um terreno comum e acordos aceitáveis”. (CHRISTOPHER, 2009,
p.28).
Para a autora CHRISTOPHER (2009, p.08) o processo de negociação só será possível
se houver: uma necessidade de uma solução conjunta das diferenças entre as partes; a aceitação,
por todas as partes, de que a negociação é a maneira mais satisfatória para resolver as diferenças;
a crença, compartilhada por todas as partes, em que exista alguma possibilidade de um acordo
mutuamente aceitável.
Logo, para a negociação as partes devem considerar o conflito como algo inevitável e
não prejudicial, que requer o envolvimento das partes, e a busca conjunta das diferenças pelo
entendimento voluntário de todos os envolvidos e a aceitação de que seja possível um acordo.
Como ferramenta para o líder, a negociação precisa seguir algumas diretrizes básicas, a
saber:
• Estabeleça um bom entendimento, fazendo perguntas, interpretando declarações,
repetindo pontos a serem definidos no acordo. Busque se exprimir com clareza, em
frases curtas e simples;
• Peça que confirmem se entenderam suas palavras ou se concordam com o que disse.
Isto nada mais é do que praticar o feedback;
• Construa um relacionamento harmonioso com as outras pessoas. Adapte seus modos e
tom de voz ao comportamento do grupo. Uma dica é aprender algo sobre as pessoas
antes de encontrá-las.
• Identifique se você é uma pessoa que “fala muito e ouve pouco”. Uma dica é perguntar
aos seus amigos se eles acham que você é uma pessoa assim;
• Crie um ambiente favorável à escuta, para isso evite distrações, como interrupções e
barulho, pessoas entrando e saindo, telefones tocando durante todo o tempo.
Além dessas diretrizes, é preciso ter cuidado com dissimulações, desvio de foco e falta
de objetividade, mentiras e apresentações de informações incorretas, e empregar agressões
pessoais e falta de educação. Outro aspecto importante para evitar o fracasso na negociação é
durante a negociação evitar que seus problemas pessoais afetem a sua capacidade de ouvir. Para
isto utilize-se do “autoconhecimento para controlar as emoções rebeldes” (CHRISTOPHER,
2009, p.39). Deste modo evitar-se-ão possíveis agressões pessoais.
Essa pode ser eleita como uma das ferramentas mais importantes para um líder. Por
natureza a comunicação depende de dois lados: o primeiro, da fala, que inclui delegar tarefas,
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compartilhar seu conhecimento e dados importantes dos projetos, além de dar feedbacks
pontuais a fim de reduzir erros. O segundo, da escuta, refere-se ao saber ouvir o seu liderado e
o que está por trás das palavras, buscando identificar possíveis soluções e inovações.
De acordo com Robbins et ali (2012), para a comunicação ter eficácia ela precisa
incluir percepção de confiabilidade e de exatidão, um desejo de interação, a escolha de um canal
adequado, a escuta eficaz citada acima, e a utilização de feedbacks pontuais. Além disso, ao se
fazer uso da comunicação escrita o líder precisa ter um cuidado redobrado para evitar uma má
interpretação da mensagem, por isso a dica é reler a mensagem escrita, por exemplo no e-mail,
para se certificar de que a mesma está clara.
9.3. Flexibilidade
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mecanismo de oferecimento de feedback aos liderados sobre como está seu trabalho (ROBBINS
et ali, 2012).
São exemplos de avaliação de desempenho que o órgão de RH pode adotar e propiciar
treinamento aos gestores da empresa/organização: Ferramenta de Avaliação Comportamental,
por exemplo a fundamentada pelo teste psicológico DISC; Avaliação 360° - uma ferramenta
de feedback na qual o profissional se autoavalia, bem como é avaliado por seu superior e pelos
pares no dia a dia de trabalho; Autofeedback ou Autoavaliação – o próprio profissional
responderá um questionário a respeito de si mesmo; Testes de Sistemas Representacionais –
utilizado pela Programação Neurolinguística – PNL que sinaliza se o profissional possui um
sistema representacional auditivo, visual, digital ou cinestésico; Avaliação de Perfil
Comportamental – permite identificar os principais comportamentos, pontos fortes,
motivações, valores, etc. do profissional; Avaliação de potencial – permite identificar se o
profissional tem habilidades e competências necessárias para realizar funções futuras, bem
como se os talentos do profissional estão sendo bem aproveitados nas funções e atividades que
ele executa; Avaliação do Superior Imediato –método avaliativo mais comum nas organizações,
pois é uma avaliação em que o superior imediato avalia o desempenho do profissional, seja na
execução das atividades bem como nas ações e comportamentos que este apresenta no ambiente
de trabalho. Ressalta-se que para realizar esse último tipo de avaliação o Superior Imediato
precisa praticar a imparcialidade para que assim a avaliação seja a mais fidedigna possível.
Especificamente para o BA-CE avaliar o desempenho das equipes do SESCINC, a
disciplina “3.4 – Desenvolvimento das equipes de serviço do SESCINC e de seus componentes”
abordará melhor algumas ferramentas avaliativas.
Como já vimos, ao líder, cabe o dever de gerir sua equipe de trabalho como
multiplicadora das diretrizes organizacionais, respeitando as regras normativas e outros itens
relativos ao próprio negócio da organização. Porém ao se liderar uma equipe é preciso sempre
lembrar que essa atividade envolve relacionamentos interpessoais, onde regras de conduta de
ambas as partes devem ser bem definidas, claras e sustentadas na ética, no respeito mútuo, no
comprometimento e no profissionalismo. Tudo isso obriga que o líder se coloque de forma
distinta frente a cada reação comportamental. Portanto, para o líder se tornar em um líder
conciliador/mediador é necessária uma melhor percepção das relações sociais e interpessoais
que os circunda, bem como a diversidade de crenças, de valores e das culturas existentes.
Dentro do ambiente laboral os conflitos envolvem opiniões divergentes,
principalmente quando dizem respeito a ações de trabalho, como, quem cumprirá a tarefa, como
serão distribuídos os serviços, quem está comunicando as ordens, etc. Nesse cenário de conflito
o processo de trabalho sobre impacto negativo, aumentando o grau de inconformidade no
cumprimento das tarefas e os embates na estrutura da equipe. Por isso, o tema mediação de
conflitos é importante para o líder de uma equipe.
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A Mediação de Conflitos é entendida como um método aplicado para que o indivíduo
consiga enxergar as melhores alternativas na resolução de uma situação de impasse, de conflito.
A mediação é uma atividade que envolve relacionamento de parceria, estabelecida
sobre regras de conduta alicerçadas na ética, no respeito mútuo, no compromisso com a
verdade, com a transparência e com o profissionalismo.
Deste modo, o líder conciliador/mediador ter sabedoria e sensatez para usar seu poder
a serviço de um propósito principal, agir com imparcialidade e flexibilidade, buscando sempre
uma solução compartilhada com as partes envolvidas no evento e facilitar a comunicação entre
os mediados.
O Mediador é uma terceira pessoa independente e imparcial que não decide, não
sugeres soluções e não presta assessoria jurídica e nem técnica. Sua principal função é a
facilitação da comunicação entre os mediados, sendo que esta facilitação é feita por meio de
técnicas próprias da mediação.
Como deveres do Mediador tem-se:
• Promover o respeito;
• Investigar os reais interesses e desejos dos mediados;
• Investigar para auxiliar a que os mediados descubram quais são os reais conflitos;
• Orientar os mediados para que procurem informações corretas sobre o que vão decidir;
• Intervir para que os mediados assumam juntos a responsabilidade de resolver as
questões que ali os levaram;
• Incentivar a criatividade dos mediados na busca de soluções;
• Auxiliar na análise de cada uma das opções de solução criadas para ver qual ou quais
satisfazem os interesses dos mediados;
• Auxiliar na construção de um acordo final no sentido de garantir a sua praticabilidade,
durabilidade e aceitabilidade para as partes.
O líder dentro do processo de mediação não deve se colocar como juiz ou ser arbitrário
nas decisões. Ele deve, sim, participar de maneira íntegra, trabalhando para uma pacificação
através da convergência de interesses, negociando com as partes no intuito de substituir o clima
de disputa de posição por um clima mais cooperativo. Além disso, o líder conciliador/mediador,
utilizando-se de sua influência, deve assumir a postura de um facilitador, que não tem pré-
julgamentos e age com muito tato e diplomacia, partindo da premissa de transferir às partes
envolvidas a autonomia e autoridade para resolver ou transformar a situação conflituosa em
uma melhor saída para ambos.
Assim, cabe ao líder conciliador/mediador oferecer aos envolvidos elementos que
aponte novas perspectivas sobre os fatores causadores da controvérsia para que em comum
acordo possam definir a solução mais promissora e determinar o encerramento do conflito.
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11.FERRAMENTAS PARA ESTIMULAR A MOTIVAÇÃO DAS EQUIPES
DE SERVIÇO DO SESCINC
Segundo Cavalcanti et. ali (2007, p. 86), “Motivação refere-se a fatores que provocam,
canalizam e sustentam o comportamento de um indivíduo” (Cavalcanti et. Ali, 2007). Sendo a
motivação um fator intrínseco a cada indivíduo, o que cabe ao líder é estimular, incentivar e
provocar a motivação de seus funcionários, atuando de forma que o potencial de seus liderados
se torne ação, em prol dos objetivos da área e da organização. Assim, a motivação, muitas vezes
não está relacionada ao trabalho em si, mas ao ambiente criado para o desenvolvimento das
atividades diárias.
Neste contexto, o líder tem um papel importante que será apresentado a seguir.
Para propiciar um ambiente que seja facilitador de motivação, o líder precisa entender
que toda e qualquer iniciativa voltada para a motivação precisa ser feita de modo honesto e com
autenticidade. Além disso, a motivação de uma equipe é algo a ser construído coletivamente e
que pode levar um certo tempo, por isso, cabe ao líder ter paciência com o processo.
É preciso que o líder proporcione um ambiente de trabalho agradável e propício ao
desenvolvimento e crescimento dos profissionais, algo que é tão importante quanto à questão
financeira. Para tornar o ambiente mais agradável para todos, é necessário que o líder:
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não perder o rumo para onde pretende seguir. Abaixo temos um exemplo desse
tipo de feedback, que é conhecido como “Feedback Burger”:
Exemplo: “Eu entendo que você agiu assim, foi o melhor que podia fazer naquela situação.
Mas, será que se você tivesse uma atitude “X”, seus resultados não poderiam ser
ainda melhores? Conte comigo para crescer ainda mais. Tenho certeza que, com seu
esforço e dedicação, você conquistará resultados ainda mais positivos”.
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Liderança como agente mediador de conflitos interpessoais. Disponível em
https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/lideranca-como-agente-mediador-de-conflitos-
interpessoal/ Site consultado em 31 de dezembro de 2019.
Líder Autocrático: o que é, característica e desvantagens. Disponível em
https://www.sbcoaching.com.br/blog/lider-autocratico/ Site consultado em 20 de dezembro de
2019.
NOVO, DAMARIS VIEIRA, et ali (2008). Liderança de Equipes. Rio de Janeiro-RJ: Editora
FGV
Principais métodos de Avaliação de Desempenho de funcionários. Disponível em
https://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/principais-metodos-avaliacao-
desempenho-funcionarios/ Site consultado em 02 de janeiro de 2020.
Prós e Contras da Liderança Situacional em empresas: saiba mais. Disponível em
https://focsi.com.br/lideranca/lideranca-situacional/ Site consultado em 20 de dezembro de
2019.
ROBBINS, STEPHEM P.; JUDGE, TIMOTHY A.; SOBRAL, FILIPE (2012).
Comportamento Organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson
Prentice Hall.
Significado de Liderança: O que é Liderança e Tipos de Liderança. Disponível em
https://www.significados.com.br/lideranca/Site consultado em 16 de dezembro de 2019.
Métodos de motivação no trabalho. Disponível em
https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/5-metodos-motivacao-
trabalho/Site consultado em 31 de dezembro de 2019.
Principais competências de um líder: Competências que, quando bem definidas e
desenvolvidas, tornam-se referência para nossa carreira e motivam o desenvolvimento dos
liderados. Disponível em https://administradores.com.br/artigos/8-principais-competencias-de-
um-lider. Site consultado em 20 de dezembro de 2019.
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE BA
CHEFE DE EQUIPE DE SERVIÇO
(CBA-CE)
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4
2 TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................................................................... 4
3 SIGLAS E ABREVIATURAS .............................................................................................. 5
4 IDENTIFICAÇÃO DOS DIFERENTES PERFIS DOS PROFISSIONAIS VISANDO
MELHOR APROVEITAMENTO DE SUAS CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS NOS
TRABALHOS DESENVOLVIDOS PELAS EQUIPES DE SERVIÇO DO SESCINC ...... 6
5 CONCEITO DE EQUIPES DE TRABALHO ...................................................................... 7
5.1 Composição .................................................................................................................... 9
5.2 Objetivos/Metas de Trabalho Comum .......................................................................... 10
6 CARACTERÍSTICAS DAS EQUIPES QUE TRABALHAM EM CONTEXTOS DE
CRISE E CENÁRIOS DINÂMICOS .................................................................................. 10
7 CARACTERÍSTICAS DAS EQUIPES DE SERVIÇO DO SESCINC .............................. 12
7.1 Equipe de Resgate e Combate a Incêndio ..................................................................... 12
7.2 Equipe de Resgate (CRS) ............................................................................................. 13
8 CONCEITO DE DESEMPENHO EM EQUIPE, COM FOCO NO PLANEJAMENTO DE
OBJETIVOS E METAS PARA AS EQUIPES DE SERVIÇO DO SESCINC .................. 14
9 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ................................................. 14
INTRODUÇÃO
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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Equipagem - é o conjunto de bombeiros de aeródromo designados para compor a tripulação de
um CCI ou veículos de apoio às operações do SESCINC.
Equipe de serviço do SESCINC – conjunto de bombeiros de aeródromo designados para um
determinado turno de trabalho.
Especialização de bombeiro de aeródromo – capacitação do bombeiro de aeródromo que se
destina à execução de funções operacionais específicas no SESCINC.
Habilitação de bombeiro de aeródromo – é a formação do profissional que se destina à
execução das funções operacionais em um SESCINC
Operador de aeródromo – toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado
o direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio
ou não, com ou sem fins lucrativos.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) - é um transtorno relacionado a exposição
direta ou indireta a eventos traumáticos como morte, lesões ou traumas graves. Esse transtorno
causa sintomas, como: reviver o evento, esquiva, alterações no humor e cognição, além de
excitabilidade aumentada.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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PTR-BA Programa de Treinamento Recorrente para Bombeiros de Aeródromo
SCI Seção Contraincêndio de Aeródromo
SESCINC Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos Civis
Para identificar os diferentes perfis dos profissionais que integram as equipes de serviço
do SESCINC é preciso retomar a definição de cada função operacional relacionadas às
atividades de bombeiro de aeródromo:
• Bombeiro de Aeródromo (BA) - é o profissional com habilitação específica para o
exercício das atividades de resgate de pessoas e combate a incêndio.
• Bombeiro de Aeródromo Chefe de Equipe de Serviço (BA-CE) - é o profissional
habilitado com especialização específica responsável pelo comando da equipe de
serviço nas operações de resgate e combate a incêndio.
• Bombeiro de Aeródromo Líder de Equipe de Resgate (BA-LE) - é o profissional
designado responsável pela coordenação dos BA-RE nas operações de resgate;
• Bombeiro de Aeródromo Motorista/Operador de CCI (BA-MC) - é o profissional
especializado, responsável pela condução e operação de carros contraincêndio de
aeródromo (CCI).
• Bombeiro de aeródromo resgatista (BA-RE) - é o profissional responsável pelo resgate
de pessoas e prestação dos primeiros socorros.
• Operador de Sistema de Comunicação (OC) - é o profissional responsável pelas
atividades de comunicação e observação da área de movimento das aeronaves.
Analisando as definições normativas sobre as funções operacionais dos profissionais
empregados nas atividades de salvamento e combate a incêndio em aeródromo, percebe-se sem
muito esforço que, além dos requisitos técnicos de habilitação e de especialização requeridos
normativamente para o exercício da atividade, que o perfil do profissional é um outro aspecto
extremamente importante para o exercício da atividade.
A profissiografia, ou análise profissiográfica, é considerada um tipo metodológico que pode
ser utilizado com objetivo nortear o levantamento do perfil dos profissionais para o exercício das
funções operacionais do SESCINC, ou seja, realizar uma análise detalhada de suas características
e peculiaridades.
O perfil profissiográfico possui uma abrangência muito maior que uma simples descrição
de cargos, posto que aprofunda e detalha, em termos de pré-requisitos, as especificações necessárias
ao desempenho competente das tarefas e atribuições das equipes do SESCINC.
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Explicitamos no quadro abaixo algumas características individuais do BA que, se bem
trabalhadas podem potencializar o trabalho desenvolvido pelas equipes de serviço do SESCINC.
• Resistência física;
• Capacidade proativa;
• Capacidade para trabalhar em equipe;
• Capacidade para trabalhar sob pressão;
• Adaptabilidade a situações adversas;
• Manejo do estresse;
• Capacidade de repassar informações para a equipe em momentos de estresse ou
tensão;
• Dinamismo na execução de tarefas;
• Ter capacidade de agir com criatividade e inovação;
• Autoconfiança adequada na execução de tarefas especificas;
• Capacidade de tomada de decisão;
• Capacidade de comunicação;
• Capacidade de ouvir o seu superior e subordinado;
• Capacidade de agir com empatia;
• Capacidade de persuasão e convencimento;
• Capacidade para planejar, executar e coordenar o trabalho em equipe nas operações
de emergências aeroportuárias; e
• Capacidade para lidar com a morte no ambiente de emergência.
Ao iniciarmos é preciso compreender a distinção que existe entre grupo, que pode ser
uma díade ou composto por mais pessoas, e equipe: todas as equipes são grupos, mas nem todos
os grupos são equipes. Um grupo consiste em pessoas que trabalham juntas, que em geral se
reúnem por afinidades, mas podem realizar suas tarefas sozinhas. Já uma equipe é um grupo de
pessoas que não podem realizar seu trabalho, pelo menos não eficientemente, sem os outros
membros de sua equipe. A equipe é um conjunto de pessoas com habilidades complementares,
atuando no cumprimento de metas específicas e em um plano de trabalho definido.
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De acordo com Reis et. Ali (2008, p.65) “equipes são conjuntos de indivíduos reunidos
com o propósito explícito ou não de gerar sinergia que leve a resultados melhores do que os
obtidos por meio da soma ou simples agregação de resultados individuais”. Assim, uma equipe
de trabalho gera uma sinergia positiva por meio do esforço coordenado, o qual resultará em um
nível de desempenho maior do que a soma daquelas entradas individuais, ou seja, os esforços
individuais.
As formas mais comuns de equipes que se pode encontrar em uma organização são as
equipes de solução de problemas, as equipes autogerenciadas, as equipes multifuncionais e as
equipes virtuais.
• Solução de problemas: Os membros trocam ideias ou oferecem sugestões sobre
processos e métodos de trabalhos que podem ser melhorados. Este tipo de equipe,
conforme salienta Reis et ali (2008), pode ser constituída para atender situações
emergenciais ou atípicas, podendo ter um caráter temporário de existência, como
uma força-tarefa.
• Autogerenciadas: realizam trabalhos relacionados ou interdependentes e assumem
muitas responsabilidades de seus antigos supervisores. Inclui o planejamento,
cronograma de trabalho, delegação de trabalho entre os membros, tomada de
decisões e implementação de ações para solucionar os problemas. Na definição de
Reis et ali (2008, p.79), são aquelas em que os membros “são responsáveis pelo
cumprimento por gerenciar tanto o trabalho a ser feito como a si próprios”. Nessa
equipe a liderança não é exclusiva de uma pessoa, mas é exercida de forma
situacional. Para isto exige-se dos membros algumas características básicas, como:
“maturidade pessoal e profissional [...], ações individuais convergentes para
objetivos comuns; acentuado espírito de cooperação entre as pessoas; competência
para o gerenciamento de conflitos” (Reis et. ali 2008, p.79-80).
• Multifuncionais: formadas por funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de
diferentes setores da empresa, que se juntam para cumprir tarefa. Uma força-tarefa
também é que uma equipe multifuncional temporária. Outro exemplo é a formação
de um Comitê ou Comissão. As equipes multifuncionais também são conhecidas
como equipes de projetos.
• Virtuais: Usam a tecnologia da informática para juntar fisicamente seus membros
dispersos, para que possam atingir seus objetivos comuns. Permitem que as pessoas
colaborem online, utilizando meios de comunicação com redes internas e externas,
8
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videoconferência ou correio eletrônico, podem fazer tudo que as outras equipes
fazem, partilhar informações, tomar decisões, realizar tarefas. As equipes virtuais
possuem menor empatia e interação direta entre seus membros, especialmente
quando os membros não se conhecem pessoalmente. Reis et ali (2008, p.77) salienta
que os integrantes desse tipo de equipe precisam possuir características próprias para
o trabalho virtual, a saber: “total conhecimento da tarefa a ser executada, autonomia
para realizar o trabalho, competências técnicas inerentes ao trabalho que realizem,
iniciativa, motivação, persistência, capacidade de decisão e conhecimento das
ferramentas de comunicação com seus pares e líderes”.
Lembrando que as equipes fazem sentido quando existe interdependência entre as
tarefas, quando o sucesso geral depende de cada um e o sucesso de cada um depende do sucesso
dos demais.
5.1 Composição
Para entendermos o que venha a ser uma composição da equipe é preciso compreender
as variáveis relacionadas com quem deve integrar as equipes, que de acordo com Robbins et ali
(2012) são: as capacidades e personalidades de seus membros; a alocação de papeis e a
diversidade; o tamanho da equipe; as preferências dos membros pelo trabalho em equipe.
• Capacidade dos membros: conforme vemos em Robbins et ali (2012) existem 03
(três) tipos diferentes de capacidades: a equipe precisa, primeiramente, de pessoas
com conhecimentos técnicos; em segundo, de pessoas com habilidades para
resolução de problemas e tomada de decisões; por fim, de pessoas que saibam ouvir,
deem feedback, solucionem conflitos e possuam outras habilidades interpessoais.
Além disso, é importante vincular as capacidades da equipe à tarefa, e também
importa o nível de capacitação do líder, porque dependendo se este nível for baixo o
líder pode neutralizar o efeito de uma equipe altamente capacitada.
• Personalidades dos membros: estudos mostram que a personalidade tem uma
influência significativa sobre o comportamento do indivíduo. E dependendo do
propósito da equipe determinadas personalidades contribuem mais ou menos para o
alcance desse propósito. Por isso, um profissional da psicologia pode ajudar o líder
na compreensão de quais traços de personalidade seriam mais adequados para o tipo
de equipe que se quer montar.
• Diversidade dos membros: a diversidade pode contribuir ou não para o desempenho
da equipe dependendo da situação e do tipo de liderança. Pois uma liderança
adequada pode melhorar o desempenho de uma equipe heterogênea quando oferece
um objetivo comum que inspira os membros cuja educação e conhecimento variam,
viabilizando assim a criatividade da equipe. Caso a liderança não ofereça esse
objetivo comum o desempenho e a criatividade serão prejudicadas.
• Alocação de papéis: “as equipes possuem necessidades diferentes e seus membros
devem ser selecionados de modo a assegurar que todos os papéis sejam preenchidos”
(ROBBINS et ali, 2012, p.307), então o líder precisa distribuir adequadamente os
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papéis para os membros. O líder precisa compreender os pontos fortes de cada
membro e distribuir as tarefas de acordo com esses pontos fortes, entretanto em
muitas equipes um membro poderá desempenhar um ou mais papéis. Como papéis
básicos em uma equipe, Robbins et ali (2012) cita que há nove tipos: produtor –
mostrar a direção e o caminho para as ações; organizador – fornece a estrutura para
a equipe; assessor – oferece análises profundas das opções; promotor – defende as
ideias depois de introduzidas; criador – lança ideias criativas; articulador – coordena
e integra a equipe; conselheiro – estimula a busca de informações adicionais;
mantenedor – luta pela equipe externamente; controlador – examina os detalhes e faz
cumprir as regras.
• Tamanho das equipes: conforme Robbins et ali (2012, p.309) mostra “as equipes
mais eficazes são compostas de cinco a dez elementos.” Isso porque quanto maior a
equipe maior será a dificuldade que o líder encontrará para lidar com a coesão e o
comprometimento dos membros.
• Preferências dos membros: aqui o líder precisa considerar se o membro prefere
trabalhar em equipe ou sozinho, e considerar também os conhecimentos, habilidades,
personalidades e as capacidades individuais dos membros.
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• Conhecimento das peculiaridades da equipe, ou seja, dos propósitos que a norteiam,
do contexto no qual a equipe se insere e das características dos membros que a
integram.
• Capacidade, do membro da equipe, de adaptar-se e de fornecer respostas adequadas
às exigências da equipe. Esta capacidade relaciona-se com a capacidade de perceber
a si mesmo, o que é denominado também de autoconhecimento.
• Existência de um desafio significativo para todos os integrantes da equipe, com um
objetivo claro. Este desafio tem a capacidade de despertar o potencial que existe em
cada integrante orientando suas emoções e competência em um objetivo almejado.
• Existência de uma comunicação clara e aberta, do respeito mútuo e interação
sinérgica, contribuem para que a equipe seja forte e coesa.
Destaca-se ainda a capacidade que a equipe precisa ter para gerenciar e resolver
conflitos, usando a empatia e assertividade. Além dessas condições ainda é importante observar
e identificar, o mais rápido possível, se há a falta de cooperação no grupo. Uma vez identificado
deve-se efetuar as mudanças necessárias para a formação de uma equipe cooperativa.
No tocante a equipes que trabalham em contextos de crise e cenários dinâmicos, essas
podem ser vistas como um exemplo de equipe cooperativa, na qual as condições, elencadas
acima, são de extrema valia. Ainda como características das equipes que trabalham em cenário
de crise e cenários dinâmicos temos que essas equipes precisam estar abertas às mudanças que
ocorrem nesses cenários, ou seja, precisam de ter um alto grau de adaptabilidade para lidar com
as rápidas mudanças, um grande controle emocional para melhor lidar com as pressões
temporais, as intensas vivências e os amplos desdobramentos advindos desses cenários.
Também precisam oferecer respostas rápidas à demanda apresentada na atividade, mas essas
respostas precisam ter uma integração.
Autoconhecimento
Aliadas a essas condições, já citadas, os membros das equipes de crise precisam de ter
conhecimento técnico e também ter um grande autoconhecimento, pois como diz a autora
Franco (2005, p.179) “[...] junto a um profundo conhecimento das técnicas empregadas, o
profissional tenha consciência de aspectos relevantes de sua condição pessoal para este tipo de
atividade e possa identificar suas necessidades de descanso, alívio, até mesmo afastamento da
atividade.” Pois segundo essa autora se a pessoa não está atenta ao seu limite ela se torna um
indivíduo propenso a risco de saúde física, mental e emocional. Referente aos riscos de saúde
mental e emocional temos: problemas de sono, sintomas de ansiedade e depressão, uso de álcool
e substâncias psicoativas, sintomas gerais de estresse, sintomas de transtorno de estresse pós-
traumático e síndrome de burnout, cujo sintomas são definidos como “esgotamento, cansaço e
desgaste emocional atrelado ao exercício profissional” (VASCONCELOS et ali, 2017, p.104).
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✓ Prestar atendimento de primeiros socorros aos passageiros e tripulantes lesionados
no acidente.
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BRASIL. Agência Nacional de Aviação Civil. Portaria nº 1.810/SIA, de 13de junho de 2019.
Estabelece o currículo mínimo do Curso de Especialização de Bombeiro de Aeródromo Chefe
de Equipe de Serviço (CBA-CE).
BENDASSOLLI, PEDRO F.; MALVEZZI, SIGMAR (2013). Desempenho no Trabalho:
Definições, Modelos Teóricos e Desafios à Gestão. In Lívia de Oliveira Borges; Luciana
Mourão (Orgs). O Trabalho e as Organizações: Atuações a partir da Psicologia. Porto Alegre:
Artmed.
FRANCO, MARIA HELENA P. (2005). Atendimento psicológico para emergências em
aviação: a teoria revista na prática. Estudos de Psicologia.10(2), p.177-180.
LIMA, EDUARDO DE P.; ASSUNÇÃO, ADA A; BARRETO, SANDHI M. (2015).
Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) em Bombeiros de Belo Horizonte, Brasil:
Prevalência e fatores ocupacionais associados. Psicologia Teoria e Pesquisa. 31(2), p.279-288.
MACÊDO, Ivanildo I.et. ali – Aspectos Comportamentais da gestão de pessoas – Rio de
Janeiro: Editora FGV, 2008.
REIS, ANA MARIA V. et ali(2008). Desenvolvimento de Equipes. Rio de Janeiro: Editora
FGV. (Série Gestão de Pessoas).
ROBBINS, STEPHEN P.; JUDGE, TIMOTHY A.; SOBRAL, FILIPE (2012). Comportamento
organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Trabalho em Equipe: Como liderar uma equipe. Disponível em
https://www.sbcoaching.com.br/coaching/trabalho-equipe-liderar Site consultado em 02 de
janeiro de 2020.
VASCONCELOS, ALINA G.; BATISTA, ANDRÉIA G.; LIMA, EDUARDO DE P. (2017).
Suporte Psicológico a bombeiros militares. In Olavo Sant’Anna Filho; Daniela Cunha Lopes
(Orgs.). O Psicólogo na redução dos riscos de desastres: Teoria e prática. São Paulo: Hogrefe.
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE
BOMBEIRO DE AERÓDROMO CHEFE
DE EQUIPE DE SERVIÇO (CBA-CE)
2. TERMOS E DEFINIÇÕES
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Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança de
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Redes sociais – Conjunto de plataformas de interação entre usuários na internet para troca de
conteúdos. Reúne serviços como Instagram, Facebook, Twitter, Linkedin, Whatsapp, Telegram,
entre outros.
Veículos de imprensa – Grupo que reúne os principais meios de comunicação, como rádio,
TV, internet, jornais, sites e blogs, por exemplo.
Lide – Primeiros parágrafos de um texto jornalístico, que respondem às perguntas.
Notícia – Relato jornalístico de uma série de fatos a partir do fato mais importante ou
interessante; e de cada fato, a partir do aspecto mais importante ou interessante.
Reportagem – Texto jornalístico divulgado nos veículos de comunicação que informa, de
maneira mais detalhada, fatos de interesse público. Reúne opiniões e análises a respeito de um
fato, estabelecendo conexões com o fato central com o uso de entrevistas, depoimentos, dados
estatísticos, entre outros.
3. SIGLAS E ABREVIATURAS
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4. VEÍCULOS DE INFORMAÇÃO
O Aeroporto
No caso de um aeroporto, as diversas interfaces que ele tem com a sociedade despertam
o interesse de públicos como imprensa, comunidades do entorno, entusiastas da aviação,
entidades de classes (em especial as de segmentos econômicos locais), entre outros. Todos eles
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têm seus interesses, demandas, curiosidades e encantos com as operações aeroportuárias. Neste
cenário, é possível que se tenha abordagens que variam da pauta positiva sobre a abertura de
novas operações de aeronaves ao interesse em torno de um acidente dentro da área do aeroporto.
Para isso, é necessário que todos os gestores estejam preparados para lidar com
questionamentos, opiniões, debate de ideias, além de informações que exigem apuração, ainda
mais num contexto onde as fakenews atingem os consumidores de conteúdo, algo que tem sido
uma preocupação nos últimos anos.
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A partir dessa recomendação de Bueno (2003 p.64) é possível avaliar o seguinte
exemplo: um aeroporto decide chamar a imprensa para acompanhar a visita de uma escola de
educação infantil ao Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC). A pauta
pretende mostrar o relacionamento com a comunidade, além de destacar que as operações
daquele terminal estão de acordo com as normas. Demonstrações dos equipamentos e
explicações sobre a rotina estão previstas na ação. Um jornalista que se interessa por pautas
mais leves pode dar tratamento positivo, visto que ele tende a focar na visita da criançada. Já
um outro profissional, de viés mais crítico, pode dar abordagem negativa ao tratar sobre o gasto
de água pelos caminhões em sua rotina de inspeção e até na visita das crianças. Por essas
possibilidades, é necessário prever os cenários de abordagem para criar estratégias de
relacionamento personalizadas. Isso minimiza o risco de erro no entendimento das atividades
dos bombeiros no aeroporto, bem como no relacionamento com os veículos para pautas futuras.
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Com base nesses exemplos, fica clara a necessidade de conhecimento a respeito dos
veículos. Ocorre que isso depende do relacionamento, que deve ser frequente e perene, por meio
do acompanhamento do noticiário e do contato com os profissionais. Assim essa prática vai se
desenvolvendo. Mas vale lembrar que um jornalista, por mais próximo e amigável que possa
ser, está em busca de notícia, independentemente de seu veículo e de suas inclinações. E em
muitos casos, quanto mais bombástica, melhor.
Esse fator bombástico, diga-se de passagem, foi reforçado pela interação nas redes
sociais e aplicativos de mensagens citada anteriormente. Assim, uma maior oferta de relatos de
celebridades, influenciadores ou até mesmo de um usuário comum com uma história para contar
ajudam a ilustrar matérias e a confrontar posicionamentos oficiais da empresa ou entidade. Um
post sobre a demora na chegada de uma ambulância ou o flagrante de uma explosão no pouso
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de uma aeronave pode render uma matéria negativa ou com erros de informação se a resposta
da fonte for considerada fria e desinteressada.
Mas a perspectiva pode ser positiva, conforme o preparo da pauta. Isso requer
alinhamento com públicos parceiros, que podem contribuir para o tratamento positivo. Veja o
caso da visita das crianças ao SESCINC: se a proposta de divulgação ganha a adesão de uma
empresa aérea, ela pode permitir o acesso a uma aeronave para demonstrar a complexidade do
trabalho de um bombeiro de aeródromo. Com isso, ficam claras as mensagens-chave de
segurança, tão importantes na operação aeroportuária.
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Exercício Simulado de Emergência Aeronáutica no Aeroporto de Manaus em matéria do Portal A Crítica/AM
1ª Recomendação
A primeira das recomendações é a de se ater ao fato, buscando informações objetivas
e que ajudem a atender as primeiras demandas de imprensa. Assim, horário da ocorrência,
modelo e matrícula da aeronave, itinerário e estruturas de resgate e salvamento acionadas são
primordiais para lidar com as primeiras abordagens da imprensa.
2ª Recomendação
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3ª Recomendação
Nesse cenário complexo, recomenda-se evitar comentários e juízos de valor, seja no
atendimento à imprensa ou até mesmo nas comunicações via rádio entre os envolvidos na
ocorrência. No primeiro caso, um comentário despretensioso sobre o trabalho da equipe pode
gerar uma matéria negativa, criando um foco de crise que pode abalar a reputação e a
credibilidade do Sescinc e do aeroporto. Já as comunicações pelo rádio, que costumam ser
monitoradas pelas rádio-escutas dos veículos de imprensa, podem ser fonte de informação na
apuração de um fato.
Para lidar com as situações apresentadas acima, é importante que sejam abordados
alguns conceitos sobre a notícia, como estrutura e linguagem da notícia
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Estrutura da notícia
De acordo com Lage, notícia “é o relato de uma série de fatos a partir do fato mais
importante ou interessante; e de cada fato, a partir do aspecto mais importante ou interessante”.
Ela pode ser gerada por discursos, relatórios, textos, curiosidades e até por entrevistas
e reportagens de outros veículos. A partir dos principais pontos e afirmações apresentados pode
nascer uma nova notícia.
Além desses elementos, uma informação, para virar notícia, precisa ter ineditismo,
improbabilidade, interesse e alcance de público, apelo e curiosidade, empatia e identificação
com o leitor e dados e base de comparação. Esses são os chamados valores-notícia.
Para ser elaborada, a notícia costuma seguir o Modelo da Pirâmide Invertida, criado
por Harold Lasswell, no qual as principais informações de um texto jornalístico aparecem nos
primeiros parágrafos, respondendo às perguntas O que, Quem, Quando, Como, Onde e Por que.
O conjunto de respostas forma o lide (lead), com uma ordem que pode variar conforme o fato
noticiado. Os demais detalhes vêm ao longo do texto.
Cabe destacar que uma pauta pode mudar ao longo da apuração e dos dados levantados
pelo jornalista, o que pode consumir tempo e exigir mais esclarecimentos. Por essa razão, é
recomendável que a fonte esteja à disposição ou conte com uma assessoria de comunicação
para esclarecer dúvidas de condução da pauta ou de fechamento da matéria jornalística.
Outro ponto importante: a decisão de se veicular (ou não) uma notícia ou reportagem
também é definida por fatores como o posicionamento social e editorial de um veículo
(ideologia, ética, parcerias comerciais, entre outros). Para ser veiculado, o conteúdo ganha uma
abordagem, que nada mais é do que uma seleção de como o assunto será exposto. Os critérios
variam conforme os veículos (extensão da reportagem, tempo de rádio e TV, etc) e suas
orientações editoriais, conforme os casos mostrados anteriormente sobre as lanchonetes
populares.
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Linguagem jornalística
A fonte deve sempre observar a melhor forma de falar com os jornalistas. O primeiro
ponto nesta fase é o conhecimento: quem vai atender a um veículo de imprensa ou mesmo falar
nas redes sociais deve ter conhecimento preciso sobre o assunto a ser abordado e saber do que
está falando.
Além do domínio sobre o tema, a gestão deverá considerar a variedade de fontes, uma
vez que é arriscado que apenas uma pessoa acumule conhecimentos, dado o risco de confusão
e deslizes com informações. Além disso, uma eventual ausência do representante por férias,
motivo de saúde ou agenda de trabalho externa poderá deixar a empresa ou entidade sem
credibilidade.
Com esses critérios minimamente mapeados, parte-se para o contato. Ainda que o meio
profissional tenha rotinas e jargões óbvios para um profissional, a fonte deve sempre ter em
mente que os jornalistas podem ter dúvidas e esquecer de eliminá-las. Dessa forma, ter
vocabulário simples e claro, de acordo com o português correto e alinhado com o modo como
o veículo “fala” com seus leitores/audiência ajuda na compreensão dos públicos. O ideal é que,
além de ser claro e compreensível, a fonte procure utilizar exemplos que facilitem o
entendimento.
Por exemplo: apoderamento ilícito de aeronave e sequestro de avião. Qual fica melhor
numa entrevista para efeito de compreensão?
Em resumo: além de domínio e clareza ao abordar um tema, é preciso bastante atenção
com as explicações para evitar que elas joguem contra a fonte. Por mais que haja um contexto
e até um consenso informal – algo do tipo: “todo mundo sabe disso” – a explicação mal colocada
pode gerar erro no entendimento, levando a um estrago na relação ou na imagem com o
cliente/usuário.
Abaixo seguem algumas orientações básicas para os veículos:
• Linguagem no rádio: convincente, clara, direta e sem erros de português. Entonação
e pausas ajudam na apresentação, colocando significado na informação. Aceita
algumas repetições – redundâncias – por causa da oralidade, o que a deixa menos
formal;
• Linguagem na TV: Por causa do vídeo, costuma ser um pouco mais formal,
exigindo clareza e concisão. Deve ser bastante objetiva, por causa do pouco tempo
que o veículo oferece. Por usar imagem, é preciso ter atenção com a aparência e a
postura;
• Linguagem no jornal/revista/internet/redes sociais: Permitem um discurso mais
abrangente, detalhado e que contextualize os fatos. Também requer concisão no
sentido de ordenar argumentos e fatos que serão abordados.
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Assim como em todas as profissões, há jornalistas de todos os tipos. Em diversas
pautas será possível encontrar um repórter mais curioso, atento às respostas, que pergunta o
máximo que pode e que está disposto a escutar. Há também o que tenta forçar uma abordagem
para garantir a matéria com o destaque bombástico citado anteriormente, ou da forma como o
editor determinou, sem avaliar os aspectos e relações dos fatos. Também existem os que copiam
e colam no texto o material que foi enviado e os que ignoram posicionamentos e informações
repassados.
Para lidar com essas possibilidades, Sobreira (2002, p.72) propõe “dez mandamentos
éticos que os jornalistas devem seguir” e que a fonte deve conhecer para participar deste jogo:
1. Desejo dominante de descobrir a verdade;
2. Pensar nas consequências do que se publica;
3. Noticiar o fato depois de checar se ele é fiel à verdade;
4. Possuir impulso para educar;
5. Diferenciar opinião pública de opinião popular;
6. Mostrar coragem e não se submeter à interesses conflituosos;
7. Disposição para admitir erros;
8. Dar espaço igual na matéria a todos os citados/mencionados;
9. Respeitar e honrar os fatos – ser fiel ao que foi informado pela fonte e ao fato emsi;
10. Disposição para liderar.
________. Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. 2 ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2006.
BUENO, Wilson da Costa. Comunicação empresarial: teoria e pesquisa. São Paulo: Manole,
2003.
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BUCCI, Eugenio. Sobre ética e imprensa. 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
LAGE, Nilson. Estrutura da notícia. 4 ed. São Paulo: Editora Ática, 1998.
SOBREIRA, Geraldo. Manual da Fonte: Como lidar com os jornalistas. 2 ed. São Paulo:
Geração Editorial, 2002.
NEWMAN, Nic. Journalism, media, and technology trends and predictions 2019. Oxford,
Inglaterra, Reuters Institute, 2019. Disponível em https://www.reuterscommunity.com/wp-
content/uploads/2019/03/journalism-media-and-technology-trends-and-predictions-2019.pdf.
Acesso em 15/12/2019.
PODER 360. Jornais no Brasil perdem tiragem impressa e venda digital ainda é modesta.
Publicado em 26/11/2019. Disponível em https://www.poder360.com.br/midia/jornais-no-
brasil-perdem-tiragem-impressa-e-venda-digital-ainda-e-modesta/. Acesso em 15/12/2019.
R7. Reportagem da semana explica o que evitou tragédias aéreas no Brasil e no México.
Publicado em 05/08/2019. Disponível em https://recordtv.r7.com/domingo-
espetacular/videos/reportagem-da-semana-explica-o-que-evitou-tragedias-aereas-no-brasil-e-
no-mexico-14092018. Acesso em 15/12/2019.
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE
BA CHEFE DE EQUIPE DE
SERVIÇO (CBA-CE)
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4
2 TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................................................................. 4
3 SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................ 6
4 A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS DAS
EQUIPES DE SERVIÇO DO SESCINC E DE SEUS COMPONENTES ......................... 7
5 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DAS EQUIPES DE
SERVIÇO DO SESCINC E DE SEUS COMPONENTES ................................................. 8
6 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DAS EQUIPES DE SERVIÇO DO SESCINC ....... 8
9.1 O Repasse de informações claras, baseadas em uma avaliação objetiva do desempenho das
equipes de serviço. ............................................................................................................ 16
9.3 O Reconhecimento das Conquistas dos Membros das Equipes de Serviço ...................... 17
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
4
Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
Bombeiro de aeródromo resgatista (BA-RE) - é o profissional responsável pelo resgate de
pessoas e prestação dos primeiros socorros.
Bombeiro Civil - é aquele que, habilitado nos termos da lei 11.901, de 12.01.2009, exerça
em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio,
como empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de
economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e
combate a incêndio.
Carro contraincêndio de aeródromo (CCI) – é o veículo projetado especificamente para
cumprir as missões de resgate, salvamento e combate a incêndio em aeronave.
Carro contraincêndio de aeródromo em linha (CCI em Linha) – carro contraincêndio
equipado e que esteja operacionalmente disponível e integrado à frota diária de serviço de
um SESCINC.
Categoria Contraincêndio do Aeródromo (CAT) – é a representação numérica no nível de
proteção contraincêndio de um aeródromo, o qual varia de 1 a 10, e reflete a proteção
contraincêndio provido pelo SESCINC, considerando existentes e disponíveis, nos valores
mínimos, a quantidade e regime de descarga de agentes extintores principal e complementar, a
quantidade de CCI e os recursos humanos operacionais.
Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo (CAP-BA) –
documento comprobatório da aptidão do bombeiro de aeródromo para o exercício de funções
operacionais do SESCINC.
Certificado de especialização de bombeiro de aeródromo - é o documento comprobatório
da especialização do bombeiro de aeródromo para o desempenho de funções BA-MC e BA-
CE.
Certificado de habilitação de bombeiro de aeródromo – documento comprobatório da
formação do profissional que se destina à execução das funções operacionais do SESCINC.
Emergência aeronáutica – situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram
sob condições de perigo latente ou iminente decorrentes de sua operação ou que tenham
sofrido suas consequências.
Emergência aeroportuária – evento ou circunstância, incluindo uma emergência
aeronáutica que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco
vidas humanas em um aeródromo.
Equipagem - é o conjunto de bombeiros de aeródromo designados para compor a tripulação
de um CCI ou veículos de apoio às operações do SESCINC.
Equipe de serviço do SESCINC – conjunto de bombeiros de aeródromo designados para
um determinado turno de trabalho.
Especialização de bombeiro de aeródromo – capacitação do bombeiro de aeródromo que
se destina à execução de funções operacionais específicas no SESCINC.
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Gerente de seção contraincêndio (GS) - é o profissional responsável pela gestão e
coordenação dos recursos humanos e materiais do Serviço de Salvamento e Combate a
Incêndio.
Habilitação de bombeiro de aeródromo – é a formação do profissional que se destina à
execução das funções operacionais em um SESCINC
Instalações para treinamento prático – são os locais onde são realizados os treinamentos
práticos de salvamento e combate a incêndio.
Instrução prática – é a parte do curso disponibilizado por uma OE-SESCINC realizado em
uma instalação de treinamento prático com utilização de equipamentos e/ou CCI.
Movimento de aeronave – é o termo genérico utilizado para caracterizar um pouso ou uma
decolagem ou um toque e arremetida de aeronaves no aeródromo.
Operador de aeródromo – toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado
o direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio
ou não, com ou sem fins lucrativos.
Operador de Sistema de Comunicação (OC) - é o profissional responsável pelas
atividades de comunicação e observação da área de movimento das aeronaves.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo
conjunto de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Traje de Proteção - é o conjunto de equipamentos de proteção individual apropriados às
operações de resgate e combate a incêndio.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
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CAT Categoria Contraincêndio de Aeródromo
CCI Carro Contraincêndio de Aeródromo
GS Gerente de Seção Contraincêndio.
MIP Manual de Instrução e Procedimentos
OACI Organização da Aviação Civil Internacional
OC Operador de Sistema de Comunicação
OE-SESCINC Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos
Humanos para o SESCINC
PTR-BA Programa de Treinamento Recorrente para Bombeiros de Aeródromo
SCI Seção Contraincêndio de Aeródromo
SREA Sistema de Resposta a Emergência Aeroportuária
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Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
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5 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DAS EQUIPES DE
SERVIÇO DO SESCINC E DE SEUS COMPONENTES
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As avaliações de desempenho também podem ser usadas como método de
diagnóstico para identificar talentos em determinadas áreas da atividade de BA, além de
potenciais futuros líderes, instrutores internos ou mesmo gestores para o SESCINC.
Seguindo esse mesmo entendimento, as avaliações também podem indicar aspectos
do nível motivacional e clima organizacional com reflexo no desempenho individual de
determinado BA ou mesmo de uma equipe inteira do SESCINC. É fundamental distinguir
quais profissionais realmente estão motivados a colaborar e agir de forma construtiva para
o alcance dos objetivos. Assim, é possível pensar em estratégias que ajudem a manter um
efetivo com nível de proficiência entre o satisfatório e o excelente, e nunca abaixo disso.
É importante evitar rotatividade de efetivo, mas também não é recomendável
manter profissionais não vocacionados, desmotivados ou física e tecnicamente inaptos a
determinadas atividades do SESCINC.
Considerando todos os aspectos expostos até aqui, o desempenho das equipes do
SESCINC deve ser pautado por critérios que assegurem avaliações baseadas em
informações suficientes, válidas e confiáveis, avaliações claras, realistas e objetivas
conforme critérios operacionais estabelecidos e as necessidades individuais, além de
oportunidades de auto avaliação e abertura para sugestões de aprimoramento do trabalho
individual e da equipe.
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6.2 Avaliações claras, realistas e objetivas, considerando os critérios operacionais
estabelecidos e as necessidades individuais.
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Cabe principalmente ao BA-CE incentivar os componentes de sua equipe de serviço
a promoverem momentos de auto avaliação, pois esse tipo de reflexão estimula o
aprendizado e a sabedoria sob diversos aspectos.
Desta forma verifica-se que o processo de desenvolvimento de uma equipe está
totalmente ligado à influência das atitudes e comportamentos da liderança, ou seja, do BA-
CE.
A capacidade de saber ouvir pessoas e compreender as nuances de cada indivíduo
de sua equipe pode ajudar a encontrar a melhor forma de orientá-los, direcioná-los a
objetivos (metas) claros, a gerir conflitos e a interdependência de relacionamentos entre os
componentes da equipe, bem como a capacidade de geri-los diante os processos de
mudanças súbitas situacionais, tais como crises por emergências aeroportuárias.
Finalmente, é importante considerar as críticas e sugestões oriundas dos BA como
fontes importantes para o aprimoramento e desenvolvimento das equipes de serviço do
SESCINC, o que não significa dizer, entretanto, que o gestor não pode descartar uma crítica
ou sugestão, caso esta não se confirme oportuna ou se comprove sua aplicabilidade. Ouvir,
com educação e humildade, é sempre o mais recomendado, não só no ambiente corporativo
como nas relações pessoais, contudo nem sempre o que se escuta é um fato, pode ser uma
simples leitura, fruto da percepção alheia. É recomendável recusarmos o que não é
construtivo, mas é essencial não tomarmos atitudes que fechem as portas para as críticas.
O problema de reagir mal às críticas e sugestões é que as pessoas simplesmente
param de fazer críticas, ou seja, tudo que não queremos em um processo de
desenvolvimento de pessoas e equipes.
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Aqui chegamos à conclusão inequívoca de que o maior potencial de risco nos impõe
a necessidade de maior investimento em capacitação e treinamento de recursos humanos,
além de mais recursos materiais e tecnológicos para os SESCINC.
As possibilidades de abordagem dos fundamentos acima no trabalho de
desenvolvimento de equipes para o SESCINC são vastas. Aliado a isso, faz-se também
necessário um bom acompanhamento de resultados individuais com critérios de avaliação
eficazes para diagnóstico específico do nível de desempenho e proficiência de cada
componente da equipe, para assim trabalhar suas dificuldades.
O objetivo principal é alcançar um nível satisfatório de desempenho geral da
equipe, tendo em mente que uma equipe de salvamento e combate a incêndio será tão
eficiente em conjunto quanto cada um de seus componentes forem eficientes
individualmente. O sucesso da equipe depende do sucesso de cada um de seus membros e
vice-versa.
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Assim, mesmo antes do acionamento do SESCINC e não somente durante as
operações de salvamento, equipes competentes devem estar disponíveis para operar, com
a competência e urgência requerida, os equipamentos de resgate e combate a incêndio
necessários. As equipes devem estar preparadas de forma a garantir que sejam alcançados
os tempos mínimos de resposta e que sejam garantidos os regimes de descarga de agentes
extintores compatíveis com a CAT do aeródromo.
Para o monitoramento constante desse nível de disponibilidade, o operador do
aeródromo deve designar um profissional competente para planejar e supervisionar o
programa de treinamento e o desenvolvimento das equipes do SESCINC.
Aliado a essa supervisão, deve ser implementada a análise das necessidades de
treinamento de forma a identificar o nível de conhecimento, compreensão e as habilidades
necessárias para o desempenho da função de BA. Essa análise deve incluir um processo de
avaliação que reúna os resultados do treinamento fornecido em relação aos objetivos e
metas definidos no referido programa de treinamento, assim garantindo que esses objetivos
sejam alcançados. A partir de uma análise geral dos resultados do PTR-BA, o operador do
aeródromo deve determinar o intervalo em que as avaliações serão realizadas.
A seguir, apresentamos tipos de avaliações de desempenho que podem ser aplicadas
no processo de avaliação contínua do desempenho das equipes do SESCINC, como um
conjunto e/ou de seus componentes, individualmente:
a) Autoavaliação:
Nesse tipo de avaliação de desempenho, o profissional avalia a si mesmo de acordo
com alguns critérios. Após refletir sobre o próprio comportamento e desempenho nas suas
funções, o BA pode discutir com o BA-CE sobre as conclusões às quais chegou.
Esse processo permite que o profissional seja protagonista no seu processo de
avaliação. Além disso, melhora a sua autocrítica e autorreflexão, uma vez que o induz a
pensar sobre seus comportamentos e oportunidades de melhoria, esclarecendo de forma
inequívoca como avaliador e avaliado chegaram aos seus pontos de vista.
Deve ser considerado que esse tipo de avaliação de desempenho exige maturidade
das equipes do SESCINC. O autoconhecimento não é um processo simples, por isso é
possível que os profissionais não estejam preparados e capacitados para avaliarem de forma
consciente e realista o próprio desempenho.
b) Avaliação por superior imediato (o BA-CE avalia):
Aqui, os líderes/gestores avaliam o desempenho dos bombeiros, ou seja, a equipe de
serviço será avaliada pelo BA-CE ou GS com o apoio do setor de RH.
Esse tipo de avaliação é eficiente uma vez que os seus colaboradores são analisados
pela pessoa que tem mais contato com eles — o Chefe de Equipe. Este delega as tarefas e
estabelece metas, acompanhando o trabalho dia a dia, sendo o profissional com maior
conhecimento sobre a própria equipe.
Porém, dependendo do tipo de liderança e da relação entre os líderes e sua equipe,
essa avaliação pode não refletir a realidade da organização. Isso porque uma proximidade
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demasiada pode dificultar que o BA-CE perceba algumas falhas e limitações da sua equipe.
Por outro lado, problemas de relacionamento entre o BA-CE e algum dos membros da
equipe podem interferir na confiabilidade da avaliação.
c) Avaliação por competências:
Esse tipo de avaliação é baseado na teoria de competências. Para realizá-la você
deve definir as principais competências esperadas dos membros de determinada equipe. A
partir dessa definição, você avalia quais dessas competências já estão sendo praticadas por
esses colaboradores e quais precisam ser desenvolvidas.
Dessa forma, você consegue ter um panorama mais completo das habilidades
técnicas e comportamentais que a sua equipe precisa desenvolver. Além disso, consegue
estabelecer metas e comparar resultados de avaliações passadas, mensurando o
desenvolvimento da sua equipe.
Porém, para a utilização desse método de avaliação é essencial que você tenha
descritas as aptidões essenciais para o desempenho da função de BA. Além disso, a equipe
de RH da organização precisa estar familiarizada com os objetivos e metas do SESCINC,
conhecendo as competências a serem avaliadas.
d) Avaliação por objetivos:
Tipo de avaliação em que a própria equipe cria, junto ao BA-CE, uma série de
metas e objetivos que devem ser atingidos em um determinado período. Com isso, após
esse tempo, a própria equipe avalia o seu desempenho de acordo com os resultados obtidos.
A partir dessa avaliação, se consegue mensurar não apenas o desempenho da
equipe, mas a forma como cada um dos BA trabalha para atingir os seus objetivos. Além
disso, consegue-se identificar com muita clareza quais componentes da equipe precisam de
intervenção em determinadas habilidades.
e) Avaliação por incidentes críticos:
Método que consiste no registro detalhado de situações específicas nas quais o BA
desenvolveu satisfatoriamente ou insatisfatoriamente sua tarefa.
Para ser eficaz, é necessário que o gestor ou BA-CE responsável pela avaliação seja
meticuloso ao manter o histórico de todas as ações do profissional, as quais potencialmente
se configurem como um incidente crítico.
Alguns gestores optam por fazer com que os próprios avaliados também
mantenham uma agenda com seus incidentes críticos, para que depois sejam comparados
com os incidentes relatados no registro do avaliador.
É fundamental que os incidentes sejam anotados no momento em que acontecem,
seja pelo avaliador ou pelo avaliado. Adiar a ação torna o método impreciso, pois é
impossível relembrar todos os detalhes significativos um mês, um semestre ou um ano
depois do ocorrido.
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f) Avaliação por distribuição forçada:
A organização que decide optar por esse tipo de avaliação cria algumas categorias
de desempenho, tais como: “mais que satisfatório”, “satisfatório”, “regular”,
“insatisfatório” e “muito insatisfatório”, por exemplo, distribuindo os profissionais em
grupos distintos de nível de desempenho.
Um grande ponto positivo deste modelo de avaliação é que evita a tendência de se
avaliar bem todos os avaliados, pois o avaliador será forçado a alocá-los em grupos
distintos. Alguns cuidados devem ser tomados para evitar o estabelecimento de um clima
competitivo e agressivo (que reduz a proficiência geral em vez de aumentá-la).
Em suma, a avaliação da efetividade de treinamentos das equipes de bombeiros
deve considerar a proficiência desses profissionais nas áreas de ação correlatas às diversas
habilidades e conteúdos peculiares à atividade de salvamento e combate a incêndio em
aeródromo como de fundamental importância para a confirmação da capacidade técnica e
operacional do SESCINC.
9.1 O Repasse de informações claras, baseadas em uma avaliação objetiva do desempenho das
equipes de serviço.
Considerando tudo que abordamos até aqui, uma conclusão óbvia é que a busca e
repasse de informações atualizadas precisa permear a rotina do SESCINC. Os
procedimentos são constantemente revistos e uma rápida disseminação de informações
entre os gestores e suas equipes de serviço deve fazer parte do desenvolvimento constante
e do gerenciamento de mudanças. Precisamos nos perguntar:
• O que mudou no contexto atual da atividade em termos de legislação nacional
e internacional?
• Estamos adotando procedimentos corretos em termos de recomendações
internacionais?
• Podemos nos tornar efetivos ou mais eficazes?
• Estamos satisfeitos ou precisamos fazer mudanças em nossa estratégia
operacional?
• Como podemos enfrentar os próximos desafios?
A atividade do SESCINC requer que seus profissionais assumam um papel mais
ativo e se tornem participantes atualizados e críticos no cenário de desenvolvimento do
aeroporto e das novidades em termos de salvamento e combate a incêndio em aeronaves.
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9.2 O repasse de sugestões construtivas que encorajem o aprimoramento do desempenho
individual e da equipe de serviço.
O BA-CE precisa conhecer de fato sua equipe e também precisa entender que os
seus colaboradores produzem muito mais e melhor quando o repasse de informações é
claro, objetivo e simples. Quando uma informação importante é repassada de forma clara
aos membros de uma equipe, agimos positivamente e o resultado tende a ser produtivo.
Da mesma forma, ao valorizarmos uma observação ou sugestão construtiva,
abrimos o caminho para novas intervenções participativas e motivamos pessoas a serem
colaborativas. Isso faz transparecer ao profissional que a organização tem consciência da
sua importância para atividade, estabelecendo assim uma relação de confiança.
Ao sentir-se valorizado, o profissional aumenta sua motivação para a realização da
tarefa, desperta para colaborar mais e desta vez com a possibilidade de contribuir de alguma
forma na superação dos obstáculos de determinada atividade, ou mesmo na sugestão de
condutas eficazes em substituição a condutas que até então eram apenas eficientes.
A forma como o BA-CE e a equipe administram suas emoções determina se os
componentes conseguirão cultivar e desenvolver um clima de confiança, senso de
identidade, espírito de cooperação e desempenho eficaz. Evidentemente, numa equipe em
que os relacionamentos são turbulentos, a tendência será as pessoas não confiarem umas
nas outras, não sentirem segurança de sua identidade na equipe e serem relutantes em
colaborar mutuamente, o que inevitavelmente afetará a eficácia e o desempenho da equipe.
Lembre-se: emoções são contagiosas, e a equipe é influenciada pela emoção de seu
líder e de seus membros, positiva ou negativamente.
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sistematizam o conteúdo de uma vivência, ela se transforma em conhecimento
adquirido;
• Habilidade demonstrada: é o modo como usa, sob certas condições, a
experiência anterior e o conhecimento adquirido. É a colocação em prática do
todo, ou de parte, do conteúdo internalizado.
Já o comprometimento refere-se ao quanto uma pessoa está disponível (dimensão
psicológica), e ao quanto ela quer envolver-se com uma dada situação. É função da
correlação de três fatores: autoconfiança, iniciativa e interesse.
• Autoconfiança: é o sentimento que utilizamos para externar nossa energia
(desejo, impulso, necessidade, etc.). É a permissão que se dá de assumir um
determinado comportamento;
• Iniciativa: é a crença que nutrimos de que determinado comportamento atingirá
o objetivo desejado. Ela intui que está trilhando o caminho certo para chegar ao
ponto estabelecido e dedica-se intensamente a ele;
• Interesse: é o desejo de nos sentirmos satisfeitos ou completos nas nossas
necessidades. A pessoa espera a supressão das suas necessidades e ansiedades
pela relação que mantêm com o ambiente no qual está inserida.
Quando os profissionais percebem que seus trabalhos e conquistas estão sendo
reconhecidos, automaticamente desenvolvem motivação suficiente para criar uma relação
de mais confiança, próxima e amigável.
Por isso é importante parabenizar por uma missão ter sido realizada com êxito, mas
chamar a equipe para uma reunião de debriefing e fazer isso coletivamente, em forma de
feedback é mais importante ainda.
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que tornem todos os processos do dia-a-dia muito mais ágeis, dinâmicos e eficientes. Um
momento da rotina diária do aeroporto que possibilita isso é a reunião com a equipe de
serviço, sempre com os objetivos de informar, padronizar, diagnosticar falhas e
oportunidades de melhoria e assim garantir uma maior produtividade e eficiência nas
tarefas desenvolvidas por cada componente em proveito da equipe de serviço.
É inegável que há uma gama quase inesgotável de assuntos importantes a serem
discutidos e estudados dentro da atividade de salvamento e combate a incêndio em
aeronaves, e bem assim da atividade aeronáutica no sentido mais amplo. Não bastasse isso
como fonte de inspiração para as reuniões com as equipes do SESCINC, sempre há novas
ocorrências mundo a fora as quais podem ser estudadas em forma de cases, mudanças em
normas e na legislação vigente, etc.
Ademais, sempre ocorrerão necessidades de ajustes no cotidiano das nossas
equipes, quer em termos de assuntos administrativos, quer pela simples tarefa de comunicar
e atualizar informações do nível organizacional que ensejarão a realização de reuniões com
as equipes de serviço. Normalmente, o BA-CE ficará incumbido dessa tarefa.
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• Direcionar os conteúdos de forma correlacionada: como o tempo é algo valioso,
quando os participantes de modo geral começarem a expor suas ideias e opiniões,
é necessário controlar a situação. Para isso, busque promover um diálogo com
o conteúdo direcionado.
• Documentar a reunião (relação de presença e ata), quando aplicável: é
interessante que um dos participantes da reunião fique responsável por redigir
uma ata sobre tudo que foi abordado, conclusões e deliberações, bem como
as novas metas que deverão ser colocadas em prática.
As reuniões devem ter sempre um propósito que as justifique e jamais acontecerem
apenas por ser um ritual tradicional da organização. Quando não são bem planejadas,
podem se tornar perda de tempo, tanto para a empresa, quanto para os funcionários,
atrapalhando a produtividade da equipe.
Muitas vezes, os componentes da equipe tendem a encarar reuniões como eventos
cansativos, desmotivantes e um verdadeiro estorvo com começo, meio e sem um fim,
principalmente se são conduzidas em monólogo.
Portanto, é necessário que as reuniões tenham foco, objetivos claros e
prioridades para que os resultados esperados sejam alcançados.
Quanto à importância das reuniões para o desenvolvimento das equipes do
SESCINC, também cabe concluirmos que um grupo se transforma em equipe quando
passa a atinar sobre sua própria forma de entender, diagnosticar e resolver conjuntamente
os problemas que afetam o seu funcionamento. Em outras palavras, consegue incorporar à
sua dinâmica as habilidades de diagnóstico e resolução de conflitos.
Uma equipe proficiente é aquela que demonstra elevada competência e
destacado grau de comprometimento, reunindo pessoas realmente alinhadas, que
comungam valores, objetivos e engajamento. Essa equipe, ao mesmo tempo que consegue
deter diversidade e multiplicidade de conhecimentos, é repleta de habilidades, bagagens,
opiniões e ideias.
O segredo para esse nível de gestão de pessoas é relativamente simples: basta
ter lideranças que ajam como ótimos treinadores e mentores. Treinadores quando focam a
melhoria contínua de performance e mentores quando estimulam o autodesenvolvimento e o
aprendizado contínuo dos liderados.
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BRASIL. Agência Nacional de Aviação Civil. Portaria nº 1.810/SIA, de 13 de junho de
2019. Estabelece o currículo mínimo do Curso de Especialização de Bombeiro de
Aeródromo Chefe de Equipe de Serviço (CBA-CE).
BLANCHARD, K; CAREW, D; CAREW, E. P. O gerente minuto desenvolve equipes de
alto desempenho. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011.
KATZENBACH. J. R.; SMITH, D. K. Equipes de alta performance: conceitos, princípios
e técnicas para potencializar o desempenho das equipes. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
HUNTER, James C. O Monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança.
Rio de Janeiro: Sextante, 2004.
FIORELLI, Jose Osmir. Psicologia para administradores: integrando teoria e prática. São
Paulo: Atlas, 2000.
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE BA
CHEFE DE EQUIPE DE SERVIÇO (CBA-
CE)
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INTRODUÇÃO
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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4 FATORES PRESENTES NO AMBIENTE DE TRABALHO QUE
POSSAM INFLUENCIAR NEGATIVAMENTE O DESEMPENHO
DAS EQUIPES DE SERVIÇO DURANTE O ATENDIMENTO A
EMERGÊNCIA EM AERÓDROMO
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Ocorre quando os interesses individuais sobrepõem aos interesses coletivos da equipe
de serviço, ou seja, algum membro da equipe procura sobressair individualmente, buscando
atenção e reconhecimento “as custas” dos resultados da atuação coletiva da equipe no
atendimento às emergências.
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O BA-CE é fundamental neste processo, pois cabe a ele a responsabilidade pela
condução dos treinamentos diários, estabelecimentos de novos procedimentos e levar as chefias
imediatas possíveis alterações decorrentes daquilo que foi discutido ou produzido.
O Plano contra incêndio do aeródromo é o manual, porque não dizer “uma bíblia” para
as equipes de salvamento e combate incêndio de um aeródromo, o qual deve explicitar de forma
pragmática os vários tipos de emergência que ocorrem no aeródromo e entorno e, para cada
uma das emergências, os procedimentos operacionais e táticos que devem ser seguidos pela
equipe do SESCINC.
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Para responder de forma eficaz as emergências aeroportuárias, além de estar muito bem
familiarizados com ações táticas e operacionais do PCINC é fundamental que a equipe do
SESCINC obtenha e gerencie de forma adequadas as informações relacionadas às ocorrências.
Para atendimento as emergências aeroportuárias, é fundamental a utilização dos mapas
de grade contidos no PCINC como uma ferramenta de suporte fundamental para a correta
localização das ocorrências, evitando perda de tempo e equívocos nos deslocamentos das
equipes dos SESCINC.
• A hora da descoberta;
A quantidade dos materiais inflamados, etc. O BA-CE ao receber as informações, deve
fazer o repasse imediato à equipe de maneira ágil e inteligível, considerando que serem elas
importantes para a correta preparação da equipe, o deslocamento seguro para o local de destino,
a disposição dos materiais e equipamentos no local do sinistro, o controle das vias de fuga e
salvamento de vítimas, dentre outras.
O posicionamento para intervenção em uma condição de URGÊNCIA ou a intervenção
imediata para a condição de SOCORRO e o pronto atendimento a aeronave e seus ocupantes
depende fundamentalmente da obtenção dos dados e informações de forma fidedigna e clara.
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5.3 Ocorrência com Materiais perigosos
Artigo perigoso significa artigo ou substância que, quando transportada por via aérea,
pode constituir risco à saúde, à segurança, à propriedade e ao meio ambiente e que figure na
Lista de Artigos Perigosos – TABELA 3-1 do DOC. 9284AN/905 – ou esteja classificada
conforme o DOC. 9284-AN/905. Neste tipo de ocorrência, devem ser observadas as
orientações previstas no manual ABIQUIM e, no que for possível, a IS n.º 175-010.
O BA - CE ao ser acionado para esse tipo de situação, deve:
• Utilizar as informações recebidas para identificar o local da ocorrência no mapa de grade
interno do aeródromo;
• Informar os membros da equipe sobre a ocorrência e orientá-los sobre a rota a ser
seguida pelo(s) CCI até local;
• Obter o máximo de informações que possam facilitar a identificação do produto
envolvido na situação e os riscos associados;
• Com base nas informações obtidas sobre o produto químico, orientar o posicionamento
da equipe no cenário da ocorrência;
• Manter o COE do aeroporto informado das ações desenvolvidas;
• Repassar as informações disponíveis a equipes do Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN)que comparecer ao local.
Os incêndios florestais que interferem diretamente as operações aéreas deverão ter uma
atenção especial por parte do BA-CE e sua equipe.
Ao acionamento para esse tipo de ocorrência, cabe ao BA-CE, com base nas
informações recebidas:
• Identificar no mapa de grade interno ou externo do aeródromo local da ocorrência;
• Informar os membros da equipe sobre a ocorrência e orientá-lo sobre os recursos
materiais e equipes a serem mobilizadas para atender a ocorrência;
• Estabelecer a rota a ser seguida pelo(s) CCI até local; e
• Manter o COE do aeroporto informado sobre as ações desenvolvidas;
• Cumprir e fazer cumprir a obrigatoriedade do uso dos equipamentos de proteção
individual adequados às atividades desempenhadas pelo SESCINC, bem como
fiscalizar o devido zelo referente à sua conservação e armazenamento.
•
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que serão tomadas objetivando a segurança de todos os envolvidos, a execução dos trabalhos e
de prevenção, salvamento e combate a incêndio.
A percepção dos fatores presentes em uma emergência aeronáutica como deslocamento
seguro para o local da emergência, aproximação da equipe e abordagem a aeronave sinistrada,
condições do terreno e local da aeronave, condição do vento, verificação dos pontos de risco de
incêndio lado externo da aeronave, visualização das aberturas de portas para evacuação por
parte da tripulação são pontos importante da consciência situacional e que o momento exigirá
por parte do BA-CE e sua equipe no atendimento a emergências aeroportuárias.
Podemos constatar que a consciência situacional é dependente de informações coletas,
metas, objetivos traçados e propósitos definidos, e que fazem da capacidade de percepções
cognitivas, que faz com que o BA-CE possa decidir o que fazer no momento exigido para a
situação e realizadas as ações necessárias para o emprego técnico e tático nas emergências.
A consciência situacional passa por 3 (três)níveis, aos quais recebe influência externas
de tarefas e sistemas como ilustrado a seguir:
• Nível 1: nível da percepção dos elementos do ambiente. Isto é feito de forma visual,
auditiva, olfato ou pela combinação dos sentidos;
• Nível 2: Compreensão da situação real. Remete e compreender os elementos
percebidos no ambiente a relação de significância entre eles. Estes dados trazem uma
importância e o significado das informações e;
• Nível 3: Projeção dos estados dos elementos. Com base nos elementos identificados
e o significado dos mesmos, ocorre uma melhoria na consciência situacional no
gerenciamento das emergências.
A emergência aeronáutica enquanto sistema que requer uma pronta resposta, é
necessária interação entre todos os envolvidos, considerando a carga e exigência dos trabalhos
a serem executados no ambiente de sinistro (também considerado ambiente de trabalho), deve
produzir uma consciência situacional nos 3 níveis descritos acima.
A consciência situacional é estar ciente do que se passa ao seu redor. É a perfeita sintonia
entre a situação percebida e a situação real.
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Primeiramente percebe o fato (emergência aeroportuária), depois compreende este fato
dentro de um contexto (segurança do local, dimensão da área sinistrada, quantidade de vítimas
etc.), ou seja, compreende a real situação da emergência e suas variáveis. Após, deve projetar
as consequências do que foi percebido na emergência para as ações a serem tomadas.
Quando do atendimento às emergências, o BA-CE nas diversas situações que podem ser
encontradas e que influenciam diretamente na atividade do SESCINC, deve buscar manter-se
calmo, concentrado, atento a todos os detalhes e as situações expostas para compreender os
acontecimentos e projetar uma ação eficaz.
As habilidades, o treinamento, controle emocional e as informações são pontos
fundamentais para a consciência situacional. Eles contribuem para um nível de percepção das
situações e capacita o BA-CE, juntamente com sua equipe, para avançar e pôr em prática todo
o nível tático durante as atividades operacionais, desde o acionamento para a ocorrência até a
finalização dos trabalhos de salvamento de possíveis vítimas.
Caso não se consiga manter um adequado nível de foco e concentração, as decisões que
serão tomadas, sejam na prevenção dos riscos de incêndio e acidentes, extinção de fogo,
salvamento e resgate de vítimas podem levar a equipe a executar procedimentos equivocados,
ações descoordenadas e, com isto, trazer prejuízos operacionais para o atendimento as
emergências aeroportuárias.
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Estresse é uma reação do organismo que ocorre quando ele precisa lidar com situações
que exijam um grande esforço emocional para serem superadas e que cause perigo ou ameaça.
Quanto mais a situação durar ou quanto mais grave ela ocorrer, mais estressada a pessoa pode
ficar.
Alerta
No estágio inicial de alerta do estresse (considerada a fase boa), é produzida a
adrenalina, hormônio que é liberado na corrente sanguínea e que tem a função de atuar sobre o
sistema cardiovascular (sistema circulatório) e manter o corpo em alerta para situações de fortes
emoções.
Em função disto, deixa o ser humano pronto, se necessário, e desprende grande
quantidade de energia se tiver que lidar com uma emergência. Todas estas reações orgânicas
contribuem positivamente para que o bombeiro consiga superar as dificuldades e riscos reais a
que estará submetido durante o atendimento o atendimento a emergência aeroportuária.
Como forma de estimular o corpo, para que consiga reagir de forma mais rápida às
situações de perigo, alguns dos principais efeitos da adrenalina são:
Resistência
Porém, quando o agente estressor for contínuo e/ou aumentado, o bombeiro poderá
entrar no estágio de resistência que significa a etapa em que o organismo tenta resistir ao
estresse. Nesta fase, dois sintomas mais importantes surgem: dificuldades com a memória e
muito cansaço. Se nosso esforço for suficiente para lidar com a situação, o estresse é eliminado
e saímos do processo de estresse.
Quase exaustão
Na fase de quase exaustão, a tentativa de resistência realizada na segunda fase (fase de
resistência) já é praticamente ineficaz e as defesas do corpo começam a falhar. Em alguns
momentos, o organismo ainda consegue resistir, por isso é comum que a pessoa apresente
variações de humor, alternando entre momentos de bem-estar e momentos de cansaço e
ansiedade.
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O quadro de sintomas começa a se acentuar. O cansaço é mais intenso e a ansiedade é
uma característica comum dessa fase. Algumas doenças relacionadas ao estresse também
podem surgir, porém com sintomas mais amenos aos apresentados na última fase.
Exaustão
O problema maior começa a ocorrer quando não conseguir resistir ou nos adaptar e
nosso organismo começa a sofrer um colapso de maneira gradativa. Neste caso, chegamos a
fase de exaustão. Nesta fase, onde podem surgir diversos problemas como cansaço mental,
dificuldades de concentração, ansiedade, aceleração dos batimentos cardíacos, irritabilidade,
impossibilidade de trabalhar, insônia, entre outros. Nessa fase, é preciso procurar ajuda
profissional para se recuperar, pois o corpo está em completo estado de exaustão e não consegue
se restaurar sozinho.
Nesta fase, toda a atividade da equipe do SESCINC poderá ficar comprometida e
aumenta exponencialmente os riscos de insucesso nos resultados e os riscos de acidentes
durante o atendimento as emergências.
Fadiga
Fadiga é o cansaço extremo, esgotamento físico ou mental, falta de energia e sensação
de enfraquecimento, que pode produzir uma incapacidade do ser humano de exercer suas
atividades.
Fisiologicamente, "fadiga" descreve a incapacidade de continuar funcionando ao nível
normal da capacidade pessoal devido a uma percepção ampliada do esforço. Fadiga é
onipresente na vida cotidiana, mas geralmente torna-se particularmente perceptível durante
exercícios pesados. É o chamado esgotamento, na essência da palavra.
Pode ser considerada um sintoma do estresse. No estresse, a intensidade da fadiga é
maior e a maneira como nosso organismo reage a estes sintomas ocorre de formas diferentes.
Durante o atendimento ás emergência aeroportuária, o BA-CE e sua equipe devem
procurar executar os procedimentos de forma ágil, objetiva, procurando seguir os padrões
sequenciais da tática operacional, evitando esforços desnecessários em momentos inadequados
como, por exemplo, o uso de ferramentas de resgate que exigem esforços grandiosos sem a
certeza da real necessidade de uso, resgates de vítimas sem avaliações de triagem, dentre outros.
Outro ponto a ser observado é manter a concentração na atividade desempenhada,
procurando manter a calma, controle emocional em todas as ações, procurando efetuá-las de
modo simples e rápido, focando sempre naquilo que foi designado a executar.
Após o atendimento a emergências aeroportuárias, onde a operação foi encerrada, ainda
existem bombeiros que permanecem submetidos aos efeitos do estresse e se mantém sob fadiga
física e emocionalmente. É importante que o BA-CE com sua equipe, possam no ambiente de
trabalho, realizar algumas atividades que produzirão uma melhora significativa neste aspecto.
Algumas destas atividades, consideramos como continuidade do ambiente saudável
anterior ao acionamento para o atendimento, outros, deverão ser criados pós atuação da equipe
e retorno do cenário do sinistro, quando diminuir o nível de estresse e fadiga. São eles:
Manutenção de um ambiente agradável: Quando se trabalha em um ambiente agradável
para passar o dia, a jornada torna-se menos desgastante e mais prazerosa;
• Trabalhos em equipe: sempre buscar trazer discussões e estudos de caso em
atuações operacionais mostrando pontos de melhora e enaltecendo pontos de
conquista.
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• Reconhecimento do trabalho executado: O BA- CE deve reconhecer e elogiar sua
equipe pelo esforço desprendido, a atuação valorosa e incentivar sua equipe para
que em caso de que na próxima ocorrência, os trabalhos possam ter maiores êxitos
do que na atuação anterior;
• Manutenção da atividade física: a atividade física e recreativa é bastante importante
no controle e na diminuição do estresse e fadigas do ponto de vista físico e emocional.
Nestes momentos, além do preparo físico resultado da atividade física, também no
quesito emocional, estas atividades proporcionam um bem-estar considerável;
• Observação de possíveis frustrações e decepções: Após uma intensa atividade
operacional durante uma emergência aeroportuária, o BA- CE deve observar se existe
um clima de frustração e decepção, que pode ser decorrente de possíveis falhas
operacionais durante o atendimento. Caso verificado, sempre será importante manter
um diálogo aberto com a equipe, propondo novas oportunidades de acerto, tratando
em reservado as situações individuais que porventura possam trazer impactos
negativos no ambiente coletivo, objetivando sempre o bem de todos do ponto de vista
profissional e pessoal.
BRASIL. Agência Nacional de Aviação Civil. Portaria nº 1.810/SIA, de 13de junho de 2019.
Estabelece o currículo mínimo do Curso de Especialização de Bombeiro de Aeródromo Chefe
de Equipe de Serviço (CBA-CE).
18
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
DE BA CHEFE DE EQUIPE DE
SERVIÇO (CBA-CE)
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
2 TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................................................................. 5
3 SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................ 8
4 PARTICIPAÇÃO DO SESCINC E O PAPEL DO BA-CE EM EMERGÊNCIAS
CONTEMPLADAS NO PSA/PCA DO AEROPORTO (INTERFERÊNCIA ILÍCITA) ......... 9
5 REFERÊNCIAS NORMATIVAS .................................................................................... 15
INTRODUÇÃO
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
5
Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
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Bombeiro de Aeródromo Chefe de Equipe de Serviço (BA-CE) - é o profissional habilitado
com especialização específica responsável pelo comando da equipe de serviço nas operações
de resgate e combate a incêndio.
Bombeiro de Aeródromo Líder de Equipe de Resgate (BA-LE) - é o profissional
designado responsável pela coordenação dos BA-RE nas operações de resgate;
Bombeiro de Aeródromo Motorista/Operador de CCI (BA-MC) - é o profissional
especializado, responsável pela condução e operação de carros contraincêndio de aeródromo
(CCI).
Bombeiro de aeródromo resgatista (BA-RE) - é o profissional responsável pelo resgate de
pessoas e prestação dos primeiros socorros.
Bombeiro Civil - é aquele que, habilitado nos termos da lei 11.901, de 12.01.2009, exerça em
caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como
empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia
mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
Carro contraincêndio de aeródromo (CCI) – é o veículo projetado especificamente para
cumprir as missões de resgate, salvamento e combate a incêndio em aeronave.
Carro contraincêndio de aeródromo em linha (CCI em Linha) – carro contraincêndio
equipado e que esteja operacionalmente disponível e integrado à frota diária de serviço de um
SESCINC.
Categoria Contraincêndio do Aeródromo (CAT) – é a representação numérica no nível de
proteção contraincêndio de um aeródromo, o qual varia de 1 a 10, e reflete a proteção contraincêndio
provido pelo SESCINC, considerando existentes e disponíveis, nos valores mínimos, a quantidade
e regime de descarga de agentes extintores principal e complementar, a quantidade de CCI e os
recursos humanos operacionais.
Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo (CAP-BA) – documento
comprobatório da aptidão do bombeiro de aeródromo para o exercício de funções operacionais
do SESCINC.
Certificado de especialização de bombeiro de aeródromo - é o documento comprobatório da
especialização do bombeiro de aeródromo para o desempenho de funções BA-MC e BA-CE.
Certificado de habilitação de bombeiro de aeródromo – documento comprobatório da
formação do profissional que se destina à execução das funções operacionais do SESCINC.
Certificação OE-SESCINC – é o processo pelo qual a ANAC reconhece que uma pessoa
jurídica está apta a ministrar os eventos didáticos de capacitação de bombeiros de aeródromo a
que se propõe, de acordo com os requisitos estabelecidos no processo de certificação.
Conteúdo programático – é o conjunto de assuntos que compõem a parte teórica e a parte
prática de um curso, acompanhados dos respectivos objetivos específicos e organizados em
uma estrutura lógica que contribui para o alcance do objetivo do curso.
Currículo – é o conjunto de informações de apoio às atividades didáticas, formado pelo
conteúdo programático e a carga horária de um curso, bem como as experiências de
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Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
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aprendizagem a serem proporcionadas aos alunos com vistas à construção de conhecimentos e
ao desenvolvimento de habilidades, em conformidade com os objetivos específicos indicados
no conteúdo programático.
Currículo mínimo – é o currículo estabelecido pela ANAC com o mínimo indispensável para
o alcance do objetivo de um curso. Constitui o núcleo curricular comum que deve ser cumprido
por todas as OE-SESCINC.
Ementa de curso – é o documento elaborado para cada curso contendo o currículo mínimo, os
objetivos gerais e específicos e carga horária.
Emergência aeronáutica – situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob
condições de perigo latente ou iminente decorrentes de sua operação ou que tenham sofrido
suas consequências.
Emergência aeroportuária – evento ou circunstância, incluindo uma emergência aeronáutica
que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco vidas humanas
em um aeródromo.
Equipagem - é o conjunto de bombeiros de aeródromo designados para compor a tripulação de
um CCI ou veículos de apoio às operações do SESCINC.
Equipe de serviço do SESCINC – conjunto de bombeiros de aeródromo designados para um
determinado turno de trabalho.
Especialização de bombeiro de aeródromo – capacitação do bombeiro de aeródromo que se
destina à execução de funções operacionais específicas no SESCINC.
Gerente de seção contraincêndio (GS) - é o profissional responsável pela gestão e
coordenação dos recursos humanos e materiais do Serviço de Salvamento e Combate a
Incêndio.
Grade curricular – é o quadro que fornece uma visão global e sucinta da estrutura do curso,
compreendendo a indicação da carga horária, a relação das disciplinas e atividades práticas.
Habilitação de bombeiro de aeródromo – é a formação do profissional que se destina à
execução das funções operacionais em um SESCINC
Instalações para treinamento prático – são os locais onde são realizados os treinamentos
práticos de salvamento e combate a incêndio.
Instrução prática – é a parte do curso disponibilizado por uma OE-SESCINC realizado em
uma instalação de treinamento prático com utilização de equipamentos e/ou CCI.
Manual de Instrução e Procedimentos (MIP) – é o documento que contém instruções,
procedimentos e padronizações adotados pela pessoa jurídica postulante a certificação OE-
SESCINC para a execução de suas atividades, visando ao cumprimento dos requisitos de
certificação estabelecidos na Resolução 279/2013 ANAC.
Material instrucional – é o material elaborado para cada curso destinado ao aluno de uma OE-
SESCINC como recurso didático de apoio ao aprendizado.
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comercial sem autorização prévia e expressa da Gerência da Universidade Infraero.
Movimento de aeronave – é o termo genérico utilizado para caracterizar um pouso ou uma
decolagem ou um toque e arremetida de aeronaves no aeródromo.
OE-SESCINC 1 - Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos Humanos
para o SESCINC – certificada para prover a formação teórica dos cursos de habilitação e
especialização de bombeiro de aeródromo, exceto Curso de Especialização de Bombeiro de
Aeródromo Motorista/Operador de CCI.
OE-SESCINC 2 - Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos Humanos
para o SESCINC – certificada para prover a formação teórica e prática dos cursos de
habilitação, especialização e atualização de bombeiro de aeródromo e de formação e atualização
de instrutores de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromo civil.
Operador de aeródromo – toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado
o direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio
ou não, com ou sem fins lucrativos.
Operador de Sistema de Comunicação (OC) - é o profissional responsável pelas atividades
de comunicação e observação da área de movimento das aeronaves.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Traje de Proteção - é o conjunto de equipamentos de proteção individual apropriados às
operações de resgate e combate a incêndio.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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BA-2 Bombeiro de Aeródromo 2
CAP-BA Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo
CAT Categoria Contraincêndio de Aeródromo
CCI Carro Contraincêndio de Aeródromo
CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear
COE Centro de Operações de Emergência
COMAER Comando da Aeronáutica
GS Gerente de Seção Contraincêndio.
MIP Manual de Instrução e Procedimentos
OACI Organização da Aviação Civil Internacional
OC Operador de Sistema de Comunicação
OE-SESCINC Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos Humanos
para o SESCINC
PCA Plano de Contingência de AVSEC do Aeródromo
PSA Programa de Segurança Aeroportuária
PTR-BA Programa de Treinamento Recorrente para Bombeiros de Aeródromo
SCI Seção Contraincêndio de Aeródromo
SESCINC Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos Civis
SGSO Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
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Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
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d) COMAER;
e) Polícia Civil;
f) Polícia Militar;
g) Outros órgãos e instituições julgadas necessárias; e
h) Polícia Federal, que coordenará o grupo.
O grupo operacional contará com a presença de um representante do SESCINC,
responsável por repassar orientações de ordem técnica relativas aos procedimentos adotados
pelos bombeiros de aeródromo.
O Grupo Negociadores é responsável pela realização do diálogo direto entre os
representantes dos órgãos públicos (ANAC, COMAER e PF) e os perpetradores do ato de
interferência ilícita, sendo composto por profissional(is) especialista(s), designado(s) e sob
responsabilidade da PF.
O Grupo Tático é responsável pela ação tática, corretiva e preventiva, no gerenciamento
da crise decorrente do apoderamento ilícito de aeronave, sendo composto por equipe
especializada de profissionais, designada e sob responsabilidade da PF.
O Grupo de Apoio é responsável por dar suporte logístico às atividades gerenciadas pelo
COE, sendo composto por profissionais do operador do aeródromo.
Nas ocorrências relacionadas/provocadas por atos ilícitos contra aviação, e que não
ensejem a intervenção imediata, o SESCINC deve manter o estado de alerta, ficando em
prontidão na SCI, aguardando orientação do COE, atendendo as diretrizes emanadas pelo Grupo
de Decisão. Deve também interagir com o Posto de Coordenação Móvel (PCM), nos
deslocamentos na área do aeródromo durante a ocorrência.
Antes de identificarmos as atribuições do SESCINC nas ações de resposta às
ocorrências de security, faz-se necessário destacar que tais situações podem colocar em risco a
segurança de pessoas, patrimônio, bens e instalações relacionadas com a aviação civil ou a
operação de aeroportos e de aeronaves. São situações de crise que estão relacionadas ao meio
físico, social, político, econômico ou religioso e é praticada de maneira intencional.
Destacamos a seguir as ocorrências mais comuns relativas a atos de interferência ilícita
contra a aviação civil em um aeroporto e que requerem a participação do SESCINC no seu
gerenciamento e nas ações de resposta:
a) Apoderamento ilícito de aeronave em voo;
Apoderamento ilícito de aeronave no solo;
b) Manutenção de refém a bordo de aeronaves ou nos aeródromos;
c) Invasão de aeronave, de aeroporto ou das dependências de instalação aeronáutica;
d) Introdução de arma, artefato ou material perigoso, com intenções criminosas, a
bordo de aeronave ou em um aeroporto;
e) Comunicação de informação falsa que coloque em risco a segurança de aeronave
em voo ou no solo, dos passageiros, tripulação, pessoal de terra ou público em geral,
no aeroporto ou nas dependências de instalação de navegação aérea; e
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g) ataque a aeronaves utilizando Sistema Antiaéreo Portátil.
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plano de caráter reservado, elaborado pelo operador do aeroporto e aprovado pela Agência
Nacional de Aviação Civil.
Destacamos a seguir as ocorrências mais comuns relativas a atos de interferência ilícita
contra a aviação civil em um aeroporto e que requerem a participação do SESCINC no seu
gerenciamento e nas ações de resposta:
b) Ameaça de bomba:
É um tipo de ocorrência caracterizada por uma comunicação anônima ou de outro tipo,
real ou falsa, sugerindo ou indicando que a segurança de uma pessoa, de uma aeronave
em voo ou em solo, de um aeroporto ou outra instalação da aviação civil possa estar em
perigo pela presença de um artefato explosivo. Uma avaliação de risco de uma ameaça
de bomba é necessária para assegurar que, sempre que existir uma bomba ou outro
dispositivo real, haja uma ação positiva e, quando a ameaça for falsa, esta provoque o
mínimo de interrupção das operações. A Assessoria de Avaliação de Risco - AAR é
ativada pelo operador do aeroporto e coordenada pela Polícia Federal ou, na sua
ausência, pelo o órgão policial responsável pela segurança do aeroporto, com a
participação do gerente de segurança do aeroporto ou função similar e do operador aéreo
envolvido. Esse tipo de ocorrência requer, inicialmente, as seguintes ações do Chefe de
Equipe:
• Dirigir-se à área de crise e orientar a equipe a se posicionar em conformidade
com as orientações do COE;
• Apoiar as ações de acordo as diretrizes da Assessoria da Avaliação de Risco;
• Manter-se em prontidão durante o gerenciamento da situação, intervindo
quando necessário; e
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• Coordenar, após a ocorrência, caso necessário, a preservação/isolamento da
área até a liberação pela autoridade competente.
5 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 7.168, de 05 de maio de 2010, que
dispõe sobre o Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência
Ilícita (PNAVSEC) Brasília: Presidência da República.
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE
BA CHEFE DE EQUIPE DE
SERVIÇO (CBA-CE)
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
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Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
Bombeiro de Aeródromo Motorista/Operador de CCI (BA-MC) - é o profissional
especializado, responsável pela condução e operação de carros contraincêndio de aeródromo
(CCI).
Bombeiro de aeródromo resgatista (BA-RE) - é o profissional responsável pelo resgate de
pessoas e prestação dos primeiros socorros.
Bombeiro Civil - é aquele que, habilitado nos termos da lei 11.901, de 12.01.2009, exerça em
caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como
empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia
mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
Carro contraincêndio de aeródromo (CCI) – é o veículo projetado especificamente para
cumprir as missões de resgate, salvamento e combate a incêndio em aeronave.
Carro contraincêndio de aeródromo em linha (CCI em Linha) – carro contraincêndio
equipado e que esteja operacionalmente disponível e integrado à frota diária de serviço de um
SESCINC.
Categoria Contraincêndio do Aeródromo (CAT) – é a representação numérica no nível de
proteção contraincêndio de um aeródromo, o qual varia de 1 a 10, e reflete a proteção contraincêndio
provido pelo SESCINC, considerando existentes e disponíveis, nos valores mínimos, a quantidade
e regime de descarga de agentes extintores principal e complementar, a quantidade de CCI e os
recursos humanos operacionais.
Certificado de Aptidão Profissional de Bombeiro de Aeródromo (CAP-BA) – documento
comprobatório da aptidão do bombeiro de aeródromo para o exercício de funções operacionais
do SESCINC.
Certificado de especialização de bombeiro de aeródromo - é o documento comprobatório da
especialização do bombeiro de aeródromo para o desempenho de funções BA-MC e BA-CE.
Emergência aeronáutica – situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob
condições de perigo latente ou iminente decorrentes de sua operação ou que tenham sofrido
suas consequências.
Emergência aeroportuária – evento ou circunstância, incluindo uma emergência aeronáutica
que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco vidas humanas
em um aeródromo.
Equipagem - é o conjunto de bombeiros de aeródromo designados para compor a tripulação de
um CCI ou veículos de apoio às operações do SESCINC.
Equipe de serviço do SESCINC – conjunto de bombeiros de aeródromo designados para um
determinado turno de trabalho.
Especialização de bombeiro de aeródromo – capacitação do bombeiro de aeródromo que se
destina à execução de funções operacionais específicas no SESCINC.
Gerente de seção contraincêndio (GS) - é o profissional responsável pela gestão e
coordenação dos recursos humanos e materiais do Serviço de Salvamento e Combate a
Incêndio.
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Em referência à Lei sobre Direitos Autorais Nº 9.610/98, artigo 29, é proibida a reprodução total e parcial ou divulgação
comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
Habilitação de bombeiro de aeródromo – é a formação do profissional que se destina à
execução das funções operacionais em um SESCINC
Movimento de aeronave – é o termo genérico utilizado para caracterizar um pouso ou uma
decolagem ou um toque e arremetida de aeronaves no aeródromo.
Operador de aeródromo – toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado
o direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio
ou não, com ou sem fins lucrativos.
Operador de Sistema de Comunicação (OC) - é o profissional responsável pelas atividades
de comunicação e observação da área de movimento das aeronaves.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Traje de Proteção - é o conjunto de equipamentos de proteção individual apropriados às
operações de resgate e combate a incêndio.
3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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comercial sem autorização prévia e expressa da Universidade Infraero.
OC Operador de Sistema de Comunicação
OE-SESCINC Organização de Ensino Especializada na Capacitação de Recursos Humanos
para o SESCINC
PCA Plano de Contingência de AVSEC do Aeródromo
PLEM Plano de Emergência em Aeródromo
PSA Programa de Segurança Aeroportuária
PTR-BA Programa de Treinamento Recorrente para Bombeiros de Aeródromo
SCI Seção Contraincêndio de Aeródromo
SESCINC Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos Civis
SGSO Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
O SESCINC deve estar preparado para atuar nas diversas ocorrências relacionadas às
operações aeroportuárias e não apenas para aquelas que envolvam aeronaves. Fazem parte
dessas emergências aeroportuárias:
• Emergências médicas em geral;
• Ocorrências com artigos perigosos;
• Incêndios florestais ou em áreas de cobertura vegetal próxima ao aeródromo que,
de alguma forma, interfiram na segurança das operações aéreas, onde aplicável;
• Incêndios no terminal aeroportuário ou em outras instalações de infraestrutura
aeroportuária;
• Desastres naturais passíveis de ocorrência na região onde o aeródromo está
localizado; e
• Outras emergências, a critério do operador de aeródromo.
O operador de aeródromo deve garantir a operacionalidade dos recursos humanos,
materiais e de infraestrutura disponibilizados ao SREA e que esses atuem de forma integrada e
coordenada para o atendimento às emergências aeroportuárias.
Ao estabelecer o planejamento de resposta às emergências aeroportuárias, o operador
de aeródromo deve considerar critérios de preservação do local do acidente aeronáutico ou de
evidências que possam contribuir para futuras investigações sob a responsabilidade dos órgãos
competentes, observando, no entanto, que esses procedimentos não se sobreponham à
necessidade ou à oportunidade de salvamento de vidas.
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a) Solicitar o deslocamento da ambulância para atendimento à ocorrência, caso
disponível;
b) Verificar a necessidade de acionamento de outros recursos externos;
c) Adotar outras medidas julgadas necessárias de acordo com o desenvolvimento da
ocorrência;
d) Após operação preparar relatório de atendimento.
Para atendimento às emergências envolvendo produtos perigosos, tais como Químico,
Corrosivos, Radiológico, Nuclear, Tóxicos, Infectantes e Materiais Perigosos Diversos, que
possam causar danos à saúde e à segurança de pessoas, bem como a bens e imóveis em geral, o
Chefe de Equipe deve:
a) Solicitar acionamento do Bombeiro Urbano, se necessário;
b) Certificar-se com a equipe as orientações repassadas via rádio;
c) Providenciar o isolamento da área (a princípio respeitar a distância mínima de 100m,
a favor do vento), impedindo a entrada de terceiros;
d) Identificar o produto, quando possível (consultar manual ABIQUIM);
e) Permitir o acesso da equipe de salvamento, com os EPR/EPIs específicos, somente
para salvar vidas, limitando o acesso ao mínimo indispensável;
f) Orientar a equipe de salvamento a manter isoladas as pessoas não feridas e
equipamentos que tenham sido expostos ao produto radioativo, até a chegada de
elemento qualificado ou de instruções das autoridades competentes em radiação;
g) Coordenar as ações estrategicamente de acordo com o tipo de material/produto
perigoso;
h) Após operação preparar relatório de atendimento.
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Nos incêndios no terminal aeroportuário ou em outras instalações de infraestrutura
aeroportuária, o Chefe de Equipe deve:
a) Solicitar o deslocamento de um CCI para primeira intervenção até chegada do
bombeiro urbano;
b) Acompanhar e coordenar as ações de combate ao incêndio;
c) Verificar necessidade de acionamento de outros recursos externos;
d) Orientar o Operador de Sistema de Comunicação quanto aos acionamentos
necessários e as informações junto ao COA;
e) Prestar o apoio necessário ao Bombeiro Urbano sem prejuízos a garantia a Categoria
Contraincêndio do Aeródromo (CAT);
f) Após operação preparar relatório de atendimento.
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A decisão de que a ação não é segura é um reflexo do treinamento pessoal e da maneira como
está entrosado o grupo.
A avaliação inicial, em qualquer tipo de emergência, tem por objetivo o levantamento
do maior número de informações sobre o fato ocorrido, visando garantir a segurança das
equipes de salvamento e das vítimas, bem como subsidiar a tomada de decisões quanto às táticas
e técnicas adotadas.
A avaliação inicial visa coletar dados à primeira vista, e se inicia durante o trajeto ao
local da ocorrência com o recebimento das informações da ocorrência e continuamente se
procede com a chegada da equipe no local dos fatos. Nela deve-se verificar:
• Coleta do maior número de informações;
• Localização, número e condições das vítimas;
• Características do local, do terreno, das informações construtivas das instalações (se
for o caso);
• Levantamento de locais e situações inseguros, que devem ser evitados durante a
ocorrência;
• Presença de riscos físicos ou estruturais;
• Presença de riscos ambientais;
• Presença de perigos mecânicos;
• Presença de perigos elétricos;
• Possibilidade de contaminação;
• Diagramação do local;
• Equipamentos necessários;
• Pessoal necessário;
• Recursos adicionais necessários.
Deve-se avaliar a ocorrência de falta de integridade estrutural e a possibilidade de queda
de materiais ou objetos mal fixados sobre o local da ocorrência e verificar a necessidade de
realização de escoramento de emergência, para garantir a segurança das equipes de salvamento.
A escuridão, temperaturas externas, ruídos, umidade e pó, são condições que fazem com
que os bombeiros realizem o serviço com maior dificuldade e lentidão.
A presença de agentes biológicos, requer medidas especiais de proteção individual para
os bombeiros, os quais deverão utilizar barreiras para evitar sua própria contaminação tais como
trajes especiais. Ao encerrar a operação, todo o material e vestimenta de proteção deverão
passar por um processo de descontaminação.
Todo o processo de correta alocação de recursos humanos e materiais, identificação de
riscos e perigos associados requer treinamento e conhecimento técnico referente aos materiais
disponíveis, aos procedimentos e métodos a serem utilizados e às características individuais e
do grupo de bombeiros que compõem a equipe.
Em um cenário de emergência, a adoção de procedimentos, táticas e alocação de
recursos deve ser reavaliada periodicamente de acordo com o desenvolvimento da ocorrência e
os fatores externos que podem influenciar a atuação da equipe.
11
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6 ENCERRAMENTO DAS OPERAÇÕES DO SESCINC APÓS A
PARTICIPAÇÃO EM EMERGÊNCIAS NÃO AERONÁUTICAS
Nesta fase são trabalhados os aspectos por vezes esquecidos pelos membros da equipe,
ou que não se dá muita atenção. O encerramento de operações requer muito cuidado,
principalmente, quanto a possíveis surpresas no ambiente em que a emergência ocorreu. Nesta
fase os bombeiros estão cansados, fadigados, eufóricos por terem almejado sucesso na operação
e podem se esquecer de aspectos básicos de segurança, que podem ocasionar falhas e,
consequentemente, acidentes nos momentos finais da operação.
Não se deve esquecer da reunião da equipe, posterior ao regresso à SCI, a fim de avaliar,
corrigir e felicitar pelo trabalho realizado. Este é um exercício fundamental para o
melhoramento contínuo de uma equipe sólida e comprometida, assim como a elaboração
detalhada do relatório final com as lições apreendidas para:
• Documentar o mais rápido possível os aspectos da segurança considerados fortes e
débeis da missão;
• Considerar toda a informação em um relatório de missão que inclua as lições
apreendidas;
• Uma sessão de avaliação deve ser efetuada com todos os membros do grupo, a fim
de avaliar todas as facetas da missão;
• Incluir no relatório um item como melhorar procedimentos específicos de segurança;
• Efetuar sessões de tratamento de síndrome de estresse pós-incidente;
• Substituir o equipamento pessoal ou geral de segurança desgastado ou deteriorado.
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7 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE
BA CHEFE DE EQUIPE DE
SERVIÇO (CBA-CE)
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 6
2.2 TERMOS E DEFINIÇÕES ..................................................................................... 6
2.3 SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................................ 8
2.4 FAMILIARIZAÇÃO COM O AEROPORTO........................................................ 9
2.5 O CONHECIMENTO DO SÍTIO AEROPORTUÁRIO (VIAS DE ACESSO,
TOPOGRAFIA, SISTEMAS DE PISTAS, ÁREA DE MANOBRAS E
MOVIMENTO, ÁREA OPERACIONAL) ............................................................. 9
2.6 FAMILIARIZAÇÃO COM AERONAVES ......................................................... 10
2.7 CARACTERÍSTICAS RELEVANTES DAS PRINCIPAIS AERONAVES QUE
OPERAM NO AEROPORTO, COM FOCO NO ATENDIMENTO A UMA
EMERGÊNCIA AERONÁUTICA ....................................................................... 11
2.8 CARACTERÍSTICAS E RISCOS ASSOCIADOS ÀS OPERAÇÕES DE POUSO,
DECOLAGEM, TAXIAMENTO, ESTACIONAMENTO E ABASTECIMENTO
DE AERONAVES ................................................................................................ 12
2.9 PERIGOS ASSOCIADOS A UMA EMERGÊNCIA AERONÁUTICA ............. 14
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Movimento de aeronave – é o termo genérico utilizado para caracterizar um pouso ou uma
decolagem ou um toque e arremetida de aeronaves no aeródromo.
Operador de aeródromo – toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado
o direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio
ou não, com ou sem fins lucrativos.
Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromo Civil (SESCINC)
- é o serviço composto pelo conjunto de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas
em proveito da segurança contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o
salvamento de vidas por meio da utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados
pelo aeródromo.
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A participação dos componentes do SESCINC nos cursos de direção defensiva e nos
eventos de sensibilização para garantia da segurança operacional contribuem de forma
significativa para esse processo de familiarização com as características físicas do sítio
aeroportuário, sistemas de pistas da área de manobras e de movimento, distinguindo-as e
identificando com clareza os aspectos e limites da área operacional.
Aqui é importante salientar que muitos SESCINC têm sua área de atuação delimitada
pela área operacional do aeródromo, o que impõe a necessidade de pleno conhecimento e
domínio dos acessos, edificações e características de terrenos adjacentes à pista de pouso e
decolagem, taxiways e pátio de aeronaves, as quais compõem a área de movimento do
aeródromo.
No comando das ações de resposta as emergências, o BA-CE precisa observar que a
aproximação dos CCI deve considerar a possibilidade de terrenos arenosos ou charcos, bem
como as possibilidades de relevo acidentado, aclives e declives que dificultem ou de alguma
forma ameacem a segurança da operação. Caso a parada da aeronave ocorra na encosta de um
morro, por exemplo, a aproximação do CCI deverá ser realizada pela parte mais alta, com vistas
a evitar exposição a impactos por partes ou componentes que possam se desprender da
aeronave, ou mesmo ao escoamento do combustível derramado.
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Os fabricantes e operadores disponibilizam material específico sobre aeronaves,
os quais são destinados ao conhecimento e informação para os serviços
especializados de salvamento e combate a incêndio em aeródromo, com o objetivo
de auxílio nos procedimentos de salvamento e combate ao fogo. Essas informações
podem ser encontradas nos sites de empresas como Boeing, Embraer, Airbus,
Cessna e etc. Normalmente esses manuais são conhecidos como ARFF
Information ou Crash Charts.
Recomenda-se que esses tipos de manuais constem como anexos dos PCINC, para
fácil identificação pelas equipes do SESCINC. (Vide figura ao lado)
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2.7 CARACTERÍSTICAS E RISCOS ASSOCIADOS ÀS OPERAÇÕES DE POUSO,
DECOLAGEM, TAXIAMENTO, ESTACIONAMENTO E ABASTECIMENTO DE
AERONAVES
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A maior parte das ocorrências são resultantes de falhas nos sistemas de freio de
aeronaves, colisão com veículos de apoio, colisões com a infraestrutura do terminal, resultantes
de falhas durante o cumprimento das orientações do sinaleiro ou mesmo falhas eletrônicas nos
sistemas automáticos de docagem.
Quanto aos riscos associados ao procedimento de decolagem de uma aeronave podemos
destacar os seguintes, dentre outros:
• Falha de motor (incluindo fogo) durante a corrida para decolagem, principalmente
próximo à velocidade de decolagem;
• Falha de motor, incluindo fogo, após a decolagem;
• Perda de controle durante a corrida para decolagem;
• Perda de controle após a decolagem;
• Incursão em pista, por outra aeronave, veículo, pessoa ou objeto;
• Falha dos pneus;
• Falha no balanceamento da carga, alterando o centro de gravidade da aeronave;
• Falha nos mecanismos dos flapes ou slats após a decolagem;
• Perda de comando de superfície de controle (aileron e/ou leme);
• Falha ao recolher trem de pouso;
• Colisão com pássaro;
• F.O.D., decorrente de objetos na pista de pouso e decolagem;
• Acúmulo de gelo na asa, ocasionando perda de sustentação;
• Colisão com obstáculos;
• Falha da tripulação;
• etc.
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2.8 PERIGOS ASSOCIADOS A UMA EMERGÊNCIA AERONÁUTICA
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As aeronaves modernas contam com estruturas cujos componentes queimam mais
lentamente que as antigas estruturas de madeira ou alumínio, contudo os gases produzidos pela
sua combustão são ainda mais tóxicos.
Comparação:
O Boeing 777 usa 12% de compostos de carbono de 50% de alumínio.
O Boeing 787 usa 50% de compostos de carbono e 20% de alumínio.
A utilização de compostos de carbono na construção de aviões é datada da Segunda
Guerra Mundial, quando a fibra de vidro foi usada nas fuselagens do B-29. No final dos anos
1950, os fabricantes europeus de planador de alto desempenho já usavam a fibra de vidro como
material para as estruturas primárias. A figura abaixo demonstra um exemplo de localização de
diferentes materiais em uma aeronave moderna:
Todos os materiais acima são cada vez mais empregados na construção de estruturas de
aeronaves modernas e, já não bastasse ser resultantes de processos químicos de produção,
tendem a gerar gases extremamente tóxicos se submetidos a altas temperaturas, como em uma
aeronave envolvida em um incêndio, por exemplo.
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Nesses tipos de incêndios, os CCI ou equipe de serviço devem realizar o
controle/combate do incêndio aproximando-se sempre em uma trajetória diagonal em relação
ao conjunto do trem de pouso. Vide ilustrações abaixo com as recomendações da Boeing e
Airbus, respectivamente:
Não obstante todos os riscos mencionados até aqui, cumpre salientar a atenção que
deve ser dedicada pelo BA-CE e toda sua equipe aos riscos oriundos de possível contato com
tecidos orgânicos e fluidos humanos, tais como sangue, urina e fezes que podem ser encontrados
no local de um acidente aeronáutico.
O BA-CE deve certificar-se de que todo o pessoal envolvido na ocorrência está
devidamente paramentado e protegido contra contaminação por absorção ou por injeção
acidental ao contato com superfícies perfurocortantes dos destroços da aeronave.
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O transporte de artigos perigosos em aeronaves civis brasileiras ou estrangeiras com
origem, destino, trânsito e sobrevoo em território brasileiro, bem como a embalagem, a
identificação, o carregamento e o armazenamento desses artigos, também estão condicionados
aos cuidados e restrições previstos nas Instruções Técnicas para o Transporte Seguro de Artigos
Perigosos pelo Modal Aéreo - DOC. 9284-AN/905 da Organização da Aviação Civil
Internacional - OACI ou regulamento equivalente vigente reconhecido e utilizado nacional e
internacionalmente para embarques de artigos perigosos pelo modal aéreo.
O BA-CE deve ter em mente que a abordagem de uma aeronave
acidentada também deve considerar o conhecimento dos artigos
perigosos embarcados e sua localização a bordo, além do conhecimento
dos procedimentos adequados acerca do tratamento da situação por
parte dos integrantes do SESCINC.
Esse cuidado é de fundamental importância para a segurança e
redução dos riscos envolvidos, além do pleno êxito das operações de
salvamento e combate a incêndio. A existência de um artigo perigoso a
bordo é do conhecimento de todos os envolvidos na preparação de uma
aeronave antes do voo, desde a sua fase de carregamento, e essa
informação a acompanha até o destino final do voo, findando com o
descarregamento da aeronave.
Caso necessário, o BA-CE poderá solicitar informações constantes
de documentos específicos relacionados aos procedimentos de
transporte de carga por via aérea, tais como: NOTOC, Manifesto de
Carga, AWB, etc.
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- Utilizar-se de equipamento rádio nas proximidades;
- Produzir vibrações sonoras, térmicas ou provocar trepidações nas proximidades.
No evento de uma emergência aeronáutica, as equipes de salvamento receberão
informações detalhadas acerca do produto perigoso e sua localização específica na aeronave, o
que contribuirá para as medidas iniciais de resposta à emergência, contudo é importante que as
equipes do SESCINC estejam familiarizadas com as formas de identificação de artigos
perigosos, quais sejam:
✓ Painel de Segurança e Rótulo de
Risco;
✓ Diamante de Hommel;
✓ Notificação ao Comandante –
NOTOC;
✓ Manual ABQUIM;
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Hélices de motores convencionais ou turbo hélices em
funcionamento são praticamente invisíveis, principalmente se
considerarmos o ambiente tipicamente frenético e ruidoso de
um aeroporto. As equipes de salvamento devem sempre
pressupor que o risco está presente e manter uma conduta
segura na abordagem da aeronave sinistrada, até que todos os
motores tenham sido cortados.
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Outro risco inerente a aeronaves de caça é a possibilidade de acionamento de
assentos ejetáveis, condição que requer cautela adicional quanto a travamento com pinos e
outros dispositivos de segurança contra detonação acidental. Todos os dispositivos de
detonação de assentos ou deflagração de armamentos são indicados com destaque na fuselagem
ou cabine de comando, normalmente indicados pelas cores preto e amarelo (zebrado) ou
vermelho e branco (zebrado).
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✓ Grau 100 LL – Com baixo teor de chumbo, apresenta cor azul;
✓ Grau 115.
✓ JET A – Combustível normalmente utilizam voos domésticos nos USA devido ao seu
relativo baixo custo;
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Preceitos básicos para proteção da fuselagem e combate ao incêndio:
✓ Os jatos do canhão monitor do CCI deverão ser dirigidos ao longo da fuselagem
(normalmente do nariz para a cauda);
✓ O avanço em direção a fuselagem deverá ser rápido evitando que os ocupantes da
aeronave sejam asfixiados;
✓ Ao atacar o fogo, a ação principal da equipe de salvamento é aplicar espuma sobre
a fuselagem, garantindo seu resfriamento e a rápida supressão do fogo;
✓ Observar a ação do vento sobre as chamas, atento à relação entre o vento, o fogo,
as pessoas a bordo, os tanques de combustível e as vias de fuga.
Combate a incêndio no interior da aeronave (procedimentos de ventilação de aeronave)
Mesmo antes de considerarmos os fatores que contribuem para o início e propagação
de incêndios que ameacem a cabine de uma aeronave, é fato que os diversos componentes dos
sistemas de aeronaves podem ser meios de transmissão rápida de calor em ambientes
específicos da estrutura da fuselagem, tais como:
• Debaixo dos assoalhos;
• Nos compartimentos de carga;
• Nas paredes; e
• Nas cavidades do teto, dentre outros.
Considerando essa possibilidade de incêndio no interior da aeronave, a tripulação e o
pessoal de apoio das empresas operadoras são treinados para intervir na fase inicial de situações
dessa natureza, mas a intervenção especializada das equipes do SESCINC é crucial para a
eficácia da operação.
Aeronave desocupada e fechada
O atraso na detecção do incêndio, certamente, será um fator a mais de
dificuldade para as equipes do SESCINC, quando do acionamento para atender ocorrência de
incêndio em aeronave desocupada.
Outro fator a ser considerado é que a ocorrência de incêndio na aeronave estando
suas portas fechadas poderá resultar em combustão incompleta, ficando o ambiente impregnado
de monóxido de carbono, com riscos imediatos para a equipe de salvamento, quanto a
possibilidade de backdraft e/ou flashover.
Normalmente, nesses tipos de incêndios, obtêm-se melhor resultado utilizando espuma
em forma de neblina (pulverizada), através das frestas de portas semiabertas.
Aeronave ocupada
Os procedimentos de salvamento são iniciados pela tripulação, ainda a bordo, mesmo
antes do pouso da aeronave, quando são realizados os preparativos e orientação aos passageiros
pela tripulação.
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Após o pouso, no momento da intervenção imediata pelas equipes do SESCINC,
prioriza-se o resfriamento e proteção da fuselagem, com o controle das chamas, com vistas a
contribuir para uma rápida evacuação da aeronave.
Ventilação de aeronave
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colocando seus ocupantes em risco, podem ser
detectados de formas diversas, ou seja:
• panes detectadas pelos sistemas de alerta da cabine de comando;
• problemas técnicos súbitos, surpreendendo a tripulação do voo;
• condições externas à operação da aeronave (colisão com pássaros,
colisão com obstáculos, colisão com aeronaves, fatores
meteorológicos, etc);
• falha da tripulação durante a operação ou perda de controle a baixa
altitude;
• etc.
Assim, a notificação da emergência aeronáutica pode chegar ao SESCINC originada
de um chamado rádio da tripulação, por intermédio do órgão de controle de tráfego aéreo, ou
mesmo em decorrência da observação de um acidente por profissionais trabalhando na área
operacional do aeroporto (bombeiros, fiscais de pátio, operadores da TWR, operários de
serviços auxiliares, etc) ou ainda pela informação de populares, nos casos de acidente fora da
área do aeroporto.
O pessoal técnico envolvido, conhecedor dos padrões de conduta na informação de
emergência aeronáutica, via de regra utilizará a gradação de condição de URGÊNCIA (Pan,
Pan, Pan!) ou condição de SOCORRO( May day, May day, May day!), o que desencadeará o
acionamento imediato dos procedimentos de resposta a emergência previstos no SREA, com o
alerta prioritário dos componentes do SESCINC.
As informações recebidas pelo SESCINC são cruciais para a definição dos
procedimentos que serão adotados, ou seja, posicionamento para intervenção ou intervenção
imediata no local do acidente. São informações importantes a serem avaliadas e rapidamente
processadas pelo BA-CE:
✓ Cabeceira para pouso da aeronave;
✓ Tempo estimado para pouso;
✓ Tipo de pane;
✓ Tipo/modelo de aeronave;
✓ Total de pessoas a bordo (P.O.B.);
✓ Combustível remanescente;
✓ Carga perigosa, se houver;
✓ Aeronave militar (se está armada, municiada ou transportando munição);
✓ Outras informações específicas repassadas pela tripulação;
✓ etc.
Essas informações devem nortear as condutas táticas a serem implementadas e bem
assim contribuírem sobremaneira para a tomada de decisões e o melhor gerenciamento possível,
antes e durante, a intervenção pelo SESCINC.
Um enlace permanente de comunicações deve ser mantido entre os envolvidos e
interfaces intervenientes.
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2.10 TOMADA DE DECISÃO EM EMERGÊNCIA AERONÁUTICA
O BA-CE precisa fazer uma avaliação geral inicial do cenário do acidente, mesmo
antes da abordagem e intervenção pelo aparato de salvamento do SESCINC. A terminologia
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internacional da atividade de salvamento e combate a incêndio em aeronaves utiliza a expressão
size up para caracterizar esse momento, que precisa ser breve.
Size up nada mais é que a atitude de avaliar rapidamente todas as nuances de um
cenário de acidente aeronáutico, suas dimensões, abrangência de impactos e ameaças, além dos
riscos imediatos e características principais do acidente.
Para garantir que essa avaliação seja eficaz é necessária uma habilidade importante do
BA-CE: a visão holística, ou seja, a capacidade de observar de fora tudo que está acontecendo
e prever o que pode mudar em instantes em termos de novas dificuldades e ameaças, caso
determinada decisão não seja tomada.
Isso implica também dizer que o BA-CE não pode estar no centro das ações, mas sim
no comando e avaliação constante dessas ações, observando com olhar crítico e abrangente
externamente, avaliando quais procedimentos estão contribuindo para o salvamento de o
combate ao incêndio e simultaneamente verificando as ameaças à equipe sob seu comando.
Veja uma representação simples nos quadros abaixo, quando fazemos uma analogia com o
campo de futebol, onde o BA-CE é o técnico do time:
O BA-CE deve ser capaz de fazer essa avaliação inicial do cenário da emergência
aeronáutica, considerando as características e condições da aeronave acidentada, terreno e vento
predominante (em caso de incêndio), com a identificação de riscos e perigos associados para a
equipe de salvamento. Assim, avaliando o cenário momentâneo e projetando condições para o
futuro, principalmente em caso de degradação rápida das condições de segurança e de
sobrevivência a bordo.
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Esses procedimentos devem ser continuamente avaliados durante a ocorrência, sendo
o BA-CE responsável por quaisquer ajustes necessários em termos de táticas adotadas, caso a
situação assim requeira. Essa avaliação deve considerar se o posicionamento de CCI está sendo
efetivo em termos de proteção da fuselagem e vias de fuga, assim como a efetividade de
emprego do canhão monitor.
Os procedimentos decorrentes do acionamento inicial do SESCINC podem depender
de informações que serão recebidas simultaneamente ao deslocamento de viaturas, o que requer
grande capacidade de coordenação pelo BA-CE. A aproximação no cenário do acidente requer
extrema cautela e a observação de aspectos tais como direção do vento, condições de relevo,
identificação da área crítica prática, vias de fuga e evacuação de ocupantes, presença de vítimas
ao solo e/ou destroços da aeronave, combustível derramado e outros perigos.
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desta área é restrito aos profissionais do SESCINC, adequadamente
equipados, os quais realizam os trabalhos de controle e combate a incêndio,
proteção de vias de fuga e resgate de vítimas.
Área para disposição de equipamentos e materiais de apoio, além de
profissionais responsáveis pela triagem e classificação de vítimas, além dos
Zona Morna equipamentos e profissionais que estão realizando atendimento na zona
quente. Nesta zona é que será estabelecido o corredor de acesso, sendo que
todos os responsáveis pela zona quente devem obrigatoriamente entrar e sair
por este corredor.
Chamada de área livre, é um local seguro e sem risco iminente de exposição
aos efeitos do acidente. Onde se posiciona o PCM e o comando da
Zona Fria emergência, além dos equipamentos de apoio, efetivos de segurança pública,
especialistas, apoio médico, representante do operador aéreo e comunicação
social.
O meio mais versátil para esse repasse dessas informações é o enlace via rádio, motivo
pelo qual todos os componentes do SESCINC devem conhecer as regras de fraseologia
aeronáutica padrão e saber operar os equipamentos de comunicação disponíveis, quer sejam
rádios portáteis ou estações móveis instaladas nas viaturas.
O sucesso e a eficácia de uma operação de intervenção imediata no local do acidente
aeronáutico pode depender da transmissão e recepção de comunicações claras, concisas e
compreensíveis em todos os níveis. Quando são claramente repassadas, as informações
reduzem a confusão e ajudam a maximizar o uso dos recursos disponíveis.
Assim, o papel do BA-CE no comando das ações de resposta em uma emergência
aeronáutica envolve a capacidade de descrever com clareza o cenário encontrado no local da
ocorrência, incluindo os aspectos de orientação, direção do vento e condições do terreno. A
partir desse primeiro momento, cabe ao BA-CE transmitir instruções à equipe de salvamento e
solicitar feed back, sempre que necessário.
À medida que descreve condições do cenário, o BA-CE também especifica, via rádio
de forma efetiva, concisa e calma, comandos e procedimentos operacionais necessários. Aliado
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a isso, também solicita informações das equipes mais avançadas ou que estão abordando outros
flancos da aeronave acidentada, com o objetivo de avaliar os resultados da intervenção e a
eficiência das táticas adotadas.
O posicionamento dos CCI, sempre que possível, deve ser a favor do vento, pois nessa
condição o calor e os gases tóxicos resultantes do incêndio são mais facilmente controlados e
afastados da fuselagem e da própria equipe de bombeiros. Contudo, trata-se de uma
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recomendação tática cuja adoção dependerá das especificidades da ocorrência. Podem ocorrer
situações em que a única possibilidade de intervenção seja posicionando o CCI contra o vento.
A equipe de bombeiros deverá ter meios e conhecimento técnico suficiente para
trabalhar, mesmo com esse tipo de adversidade. Em suma: se possível, atuar a favor do vento;
se necessário, atuar mesmo contra o vento.
As características e condições da aeronave acidentada (intacta, partida, fragmentada) :
O impacto, caso ocorra, pode não gerar dano estrutural aparente e a aeronave
apresentar-se intacta, o que aumenta as chances de sobreviventes a bordo, contudo há que se
pensar na possibilidade de intoxicação por inalação de fumaça no interior da fuselagem, ou
incapacitação da tripulação para executar o procedimento de evacuação de seus ocupantes,
sendo necessária uma rápida avaliação pelo BA-CE.
Um ‘’pouso de barriga’’, por exemplo, tende a não gerar danos externos, mas pode
haver princípio de incêndio por atrito da aeronave com o solo.
Por outro lado, o acidente pode dividir a aeronave em partes bem definidas,
seccionando-a. O principal efeito dessa situação é a possibilidade de vítimas arremessadas ao
solo, fora da aeronave, além de multiplicar as frentes de trabalho da equipe de salvamento, pois
essas partes podem ficar distantes umas das outras.
Assim poderíamos dizer que o acidente resultou em mais de uma área crítica prática,
exigindo do BA-CE a capacidade de atuar simultaneamente em cenários distintos.
O cenário de acidente que apresenta destroços em forma de fragmentos menores pode
significar que houve graves consequências aos ocupantes, contudo o BA-CE deve incentivar a
equipe de salvamento a acreditar que pode haver sobreviventes, realizando uma busca
minuciosa. Há histórico de acidentes em que foram encontrados sobreviventes após horas de
trabalho, quando das buscas secundárias.
Necessidade de utilização de canhão monitor e linhas de mangueira, inclusive para o
combate a incêndio no interior da aeronave:
O BA-CE deve ter em mente que os efeitos fisiológicos do calor e da fumaça fazem
com que o instinto de sobrevivência humano conduza as vítimas para as áreas da cabine menos
atingidas pelas chamas e a fumaça.
Essa condição, que é peculiar à maior parte dos incêndios em aeronaves, acaba por
identificar a área crítica prática, para onde deve ser direcionada parte dos esforços de
salvamento, ou seja: controle das chamas, abertura e proteção de vias de fuga, recepção e
orientação de vítimas.
Devemos conhecer que a tripulação é preparada no sentido de que não devem ser
abertas as vias de fuga que estejam ameaçadas por chamas ou escombros externos à cabine.
Além disso, os passageiros a bordo recebem instruções de segurança que os orienta a não saírem
da aeronave por vias que estejam obstruídas pelo fogo ou destroços.
O emprego de linhas de mangueiras é secundário, contudo geralmente são utilizadas
para proteger as vias de fuga e como apoio e proteção para a equipe de resgate ingressando na
aeronave. Normalmente, utiliza-se linhas de mangueiras em incêndios em pontos específicos e
de difícil acesso, tais como: trem de pouso, compartimentos de carga e APU.
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Áreas de perigo associadas a emergências com aeronaves (hélices, rotores, áreas de
admissão e exaustão de motores a jato):
✓ Cuidado! Praticamente invisíveis em funcionamento;
✓ Risco de graves lesões, não se aproxime;
✓ Aplicar agente extintor no tubo de admissão ou escape;
✓ Pode arremessar fragmentos ao tocar no solo (pouso de barriga);
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O caso do voo 214 da ASIANA No Aeroporto Internacional de São
AIRLINES: Francisco, na Califórnia, às 11:28, hora local, dia 6
de julho de 2013, no momento do pouso, o Boeing
777-200ER da Asiana Airlines bateu com a cauda na
pista de pouso, cabeceira 28L. Com 307 pessoas a
bordo, a aeronave perdeu o controle, acidentando-se.
Dois passageiros morreram por conta do acidente,
tendo a terceira vítima morrido em consequência de
ter sido atropelada por um dos CCI que atenderam a
ocorrência.
Não somente o BA-MC, mas toda a equipe de serviço deve estar atenta ao risco para
vítimas ao solo no momento da aproximação do CCI. Trata-se de premissa que sempre constou
das orientações para desenvolvimento das ações táticas, pois é inaceitável que os esforços de
salvamento contribuam para a perda de vidas humanas, sendo a segurança da operação um
requisito básico a ser garantido. Esses cuidados devem ser redobrados, caso a operação seja
efetuada em condições noturnas ou de baixa visibilidade.
• Posicionamento dos CCI de modo a facilitar o rápido deslocamento dos veículos, em caso
de necessidade de evacuação:
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Nesse sentido, é importante que o BA-CE, no
comando das operações do SESCINC, mantenha
uma avaliação contínua do cenário do acidente,
incluindo todas as possíveis ameaças e, bem assim,
garantindo o senso de consciência situacional
durante a todas as fases da emergência aeronáutica.
Isso exige habilidade, trabalho em equipe e
compreensão de todos os aspectos envolvidos.
O primeiro CCI a chegar no local do acidente pode ter a capacidade de atuar com
efetividade no controle e combate ao incêndio, mas certamente será necessário o apoio rápido
de outros CCI para continuidade dos esforços de resfriamento, proteção e prevenção contra
reignição, promovendo o resfriamento necessário da área crítica prática e de suas adjacências.
Todo o esforço deve ser concentrado nessa área, uma vez que a aplicação incorreta de
espuma ou outros agentes pode significar a diferença entre sucesso ou a falha da operação.
A avaliação contínua do cenário também inclui a verificação da necessidade de
renovação da aplicação de espuma, resfriamento de eventuais fontes de ignição adjacentes e o
processo de ventilação da aeronave.
O BA-CE deve estar atento e buscar ser informado de tudo que ocorre, recebendo
feedback constante de sua equipe e comunicando as possíveis necessidades de alteração dos
procedimentos operacionais e posicionamento de CCI estabelecidos inicialmente, sempre que
necessário.
As equipes do SESCINC devem ter em mente que os ocupantes, ao evacuarem a
aeronave, podem ficar angustiados e desorientados pela presença de nuvens de pó químico ou
pelo impacto de correntes de espuma e, portanto, o BA-CE deve conduzir a operação de forma
que sejam gerenciados esses efeitos.
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O BA-CE, avaliando o desenvolvimento dos
trabalhos de salvamento e combate ao incêndio e seus
resultados, pode alterar procedimentos táticos ou mesmo
requerer, em coordenação com agentes externos, recursos
humanos e/ou materiais específicos para determinadas
operações. Essa conduta deve permear todo o processo de
gerenciamento dos procedimentos no local do acidente.
Outra consideração importante a ser feita é que o foco principal, ou seja, o ponto de
origem do incêndio pode estar localizado em uma área difícil de ser atingida pelos jatos iniciais
do canhão monitor, tais como, cavidades do trem de pouso, compartimentos de carga, nacele
do APU, compartimento de baterias, ou mesmo no interior da aeronave (galeys, bagageiros,
etc).
Nesse sentido, as ações táticas devem garantir a manutenção do controle do fogo,
permitindo a continuidade do salvamento, com a completa evacuação da aeronave. Quanto a
melhor rota de saída a ser adotada, a tripulação e as pessoas sentadas próximas às saídas de
emergência estão orientadas a direcionar a fuga para as áreas sem chamas ou destroços.
O emprego de linhas de espuma pode ser necessário para o alcance dos objetivos
principais do salvamento, quais sejam: atingir e controlar o incêndio em pontos de difícil acesso
da estrutura da aeronave, isolar e resfriar superfícies externas aquecidas da fuselagem, além de
salvaguardar as vias de fuga.
A equipe operando com linhas de mangueira deve desviar o calor e as chamas da
fuselagem, enquanto se processa a evacuação e o salvamento. Recomenda-se, ainda, manter um
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bombeiro a postos, munido com uma linha armada, esguicho preparado para jato neblinado,
mesmo após a total extinção das chamas, enquanto durar a evacuação da aeronave.
O trabalho realizado com o objetivo de completa extinção dos focos de incêndio requer
a racionalização dos recursos existentes, não apenas em termos de quantidade de agentes
extintores disponíveis, mas também quanto a disponibilidade e desgaste físico da equipe de
salvamento.
Áreas com considerável risco de incêndio em aeronaves:
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2.19 COORDENAÇÃO DAS ATIVIDADES APÓS O ENCERRAMENTO DE
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DE RESGATE E COMBATE A INCÊNDIO
EM AERONAVES:
Assim, as equipes dos SESCINC devem receber orientações de forma que sejam
preservadas as provas e evidências presentes no cenário de um acidente aeronáutico, exceto
nos casos em que o salvamento de vidas humanas exige alterações do cenário encontrado.
Nesse caso, as equipes devem fazer constar em relatório específico quaisquer
alterações e/ou manobras realizadas em partes ou sistemas da aeronave acidentada, sempre
que possível, retornando-os à condição em que foram encontrados. Essa conduta de
preservação de “informações’’ pelos bombeiros envolvidos nas operações de salvamento se
torna uma atividade fundamental no processo de prevenção e investigação de acidentes
aeronáuticos.
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✓ Prover assistência aos responsáveis pela investigação do acidente:
A assistência nesse caso se refere a apoio necessário de
prontidão no local do acidente para evitar riscos de reignição de
vapores de combustível, desconexão de baterias, remoção de
cadáveres, busca e localização dos gravadores de voo, movimentação
de partes da aeronave, tudo isso sob a coordenação da equipe de
investigação.
Sempre que possível, os restos da aeronave não devem ser
tocados e/ou movimentados, até a chegada da autoridade responsável
pela investigação do acidente.
Não obstante, quando for absolutamente necessário para as
atividades de salvamento e extinção, podemos trasladar ou mover
componentes da aeronave, procurando alterar ao mínimo o cenário e o
estado do conjunto.
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O BA-CE é responsável por garantir que os veículos sejam reabastecidos de agentes
extintores mais rapidamente possível, na seguinte ordem de prioridade: tanque de água,
tanque de LGE e reservatório de PQ.
✓ Reabastecimento de cilindros de ar respirável:
Os EPR precisam estar igualmente disponíveis no CCI, assim uma
equipe deve ficar encarregada de completar a carga de ar respirável
dos cilindros, momento em que verificarão todo o equipamento,
conforme segue:
- conexão da válvula de demanda;
- conexão do cilindro ao redutor de pressão;
- cinta que prende o cilindro ao suporte;
- alças de transporte e cinto com fivelas;
- placa de suporte;
- conexões das mangueiras;
- tirantes e peça facial;
- pressão do cilindro;
- funcionamento do manômetro;
- vedação a alta pressão;
- volante do cilindro;
- alarme.
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equipe e incentive um momento de reflexão e discussão sobre tudo que foi vivenciado
coletivamente e individualmente.
Essa reunião objetiva avaliar o desempenho da equipe diante da execução dos
procedimentos operacionais, identificar possibilidades de melhoria e/ou aperfeiçoamento de
táticas empregadas.
Os erros devem ser discutidos com o objetivo de prevenir que novos erros ocorram,
assim como o êxito deve ser ressaltado para confirmar condutas adequadas a serem mantidas
pelo SESCINC.
Trata-se de um momento de aprendizado de auto avaliação que deve ser valorizado,
tornando-se um ritual permanente na rotina do serviço.
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Por esse motivo e preventivamente, as equipes de salvamento do SESCINC, caso
sejam submetidas a esse tipo de situação, necessitam ser acompanhadas por profissionais
psicólogos com o objetivo de detectar possíveis sinais de estresse pós-traumático.
International Civil Aviation Organization: Airport Service Manual, Part 1, Rescue and Fire
Fighting. 4. ed. Montreal: ICAO, 2014.
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UNIVERSIDADE INFRAERO
OE-SESCINC INFRAERO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
2 TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................................................................. 5
3 SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................ 7
4 COMUNICAÇÃO POR GESTOS NAS OPERAÇÕES DE RESGATE E COMBATE A
INCÊNDIO EM AERONAVE ............................................................................................ 7
5 EXERCÍCIOS SIMULANDO PROCEDIMENTOS PARA O CONTROLE DE
INCÊNDIO, ESTABELECIMENTO DE ROTA DE FUGA E RESGATE DE VÍTIMAS
........................................................................................................................................... 10
6 DIRECIONAMENTO DAS EQUIPES DE RESGATE EM COORDENAÇÃO COM O
BA-LR ............................................................................................................................... 17
7 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 18
INTRODUÇÃO
2 TERMOS E DEFINIÇÕES
5
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empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia
mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio..
Carro contraincêndio de aeródromo (CCI) – é o veículo projetado especificamente para
cumprir as missões de resgate, salvamento e combate a incêndio em aeronave.
Categoria Contraincêndio do Aeródromo (CAT) – é a representação numérica no nível de
proteção contraincêndio de um aeródromo, o qual varia de 1 a 10, e reflete a proteção contraincêndio
provido pelo SESCINC, considerando existentes e disponíveis, nos valores mínimos, a quantidade
e regime de descarga de agentes extintores principal e complementar, a quantidade de CCI e os
recursos humanos operacionais.
Emergência aeronáutica – situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob
condições de perigo latente ou iminente decorrentes de sua operação ou que tenham sofrido
suas consequências.
Emergência aeroportuária – evento ou circunstância, incluindo uma emergência aeronáutica
que, direta ou indiretamente, afete a segurança operacional ou ponha em risco vidas humanas
em um aeródromo.
Equipagem - é o conjunto de bombeiros de aeródromo designados para compor a tripulação de
um CCI ou veículos de apoio às operações do SESCINC.
Equipe de serviço do SESCINC – conjunto de bombeiros de aeródromo designados para um
determinado turno de trabalho.
Gerente de seção contraincêndio (GS) - é o profissional responsável pela gestão e
coordenação dos recursos humanos e materiais do Serviço de Salvamento e Combate a
Incêndio.
Movimento de aeronave – é o termo genérico utilizado para caracterizar um pouso ou uma
decolagem ou um toque e arremetida de aeronaves no aeródromo.
Operador de aeródromo – toda pessoa natural ou jurídica a quem a ANAC tenha outorgado
o direito de administrar, manter e prestar serviços em aeródromo público ou privado, próprio
ou não, com ou sem fins lucrativos.
Operador de Sistema de Comunicação (OC) - é o profissional responsável pelas atividades
de comunicação e observação da área de movimento das aeronaves.
Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio (SESCINC) - serviço composto pelo conjunto
de atividades administrativas e operacionais desenvolvidas em proveito da segurança
contraincêndio do aeródromo, cuja principal finalidade é o salvamento de vidas por meio da
utilização dos recursos humanos e materiais disponibilizados.
Traje de Proteção - é o conjunto de equipamentos de proteção individual apropriados às
operações de resgate e combate a incêndio.
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3 SIGLAS E ABREVIATURAS
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Considerando que durante as operações de combate a equipe estará portando EPR –
Equipamento de Respiração Autônoma, e o motorista estará dentro do CCI, a comunicação por
gestos é imprescindível.
Nas figuras a seguir serão apresentadas as comunicações por sinais manuais
padronizados, definidos pelos órgãos reguladores e que devem ser seguidas pelas equipes do
SESCINC em situação de emergência individuais e, por consequência, melhorando os
resultados da equipe.
Gestos utilizados no comandamento de ações no local do acidente, para comunicação
entre o BA-CE e os demais integrantes do SESCINC:
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• Sinais padronizados internacionalmente para comunicação entre os membros do
SESCINC e a tripulação:
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EVACUAÇÃO RECOMENDADA
A partir da avaliação do cenário pelo BA-CE,
constatando que não há ameaças imediatas externas à
aeronave: braço estendido e mantido horizontalmente
com a mão elevada até a altura dos olhos. Executar o
movimento de braço em ângulo para trás. O outro braço
mantido contra o corpo.
À noite – o mesmo movimento com auxílio de
dispositivo luminoso.
EMERGÊNCIA CONTIDA
Esse sinal indica para a tripulação que não existem
ameaças externas ou condição que coloque em risco
imediato a aeronave e seus ocupantes. “Tudo limpo!”, ou
seja, sob controle.
Braços estendidos para frente e para baixo em um ângulo
de 45 graus. Os braços devem ser movidos para dentro
simultaneamente, abaixo da linha da cintura, até que os
pulsos sejam cruzados. Fazer repetidamente. (é como o
sinal “seguro” de árbitro, ou como o comando de cortar
água das linhas). À noite, fazer o mesmo com auxílio de
dispositivo luminoso.
PARADA RECOMENDADA
Sinal utilizado para indicar que o procedimento de
evacuação deve ser interrompido, assim como qualquer
outra atividade em andamento, inclusive parar a
aeronave.
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A atitude perante o trabalho a ser desenvolvido na instrução deve ser vibrante e
dinâmica. É requerida uma postura diferenciada por parte de todos os participantes.
Os comandos bradados e as respectivas respostas devem ser eivados de energia e
vivacidade, tudo com o objetivo de condicionar física e mentalmente a Equipe para o
desempenho em situações reais.
Com a equipe reunida à frente do CCI, caberá ao BA-CE realizar o comando de
ENUNCIAR FUNÇÕES, utilizando o seguinte protocolo:
É importante salientar que o procedimento acima não se aplica a uma situação real, ou
seja, utiliza-se tão somente em atividade de treinamento, para melhor condicionamento e
integração das equipes.
Com relação aos recursos humanos que serão aplicados, estes deverão ser incluídos ou
suprimidos pelo Chefe de Equipe, conforme tática adotada.
Abaixo, croqui de posicionamento da equipe à frente da viatura:
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Depois de formada a equipe e definidas as funções e posicionamento de seus membros,
iniciam-se então as manobras de maneabilidade.
Vários comandos pré-estabelecidos serão executados pela equipe, por isso é
importante conhecê-los em conjunto com os sinais manuais de comando abordados
anteriormente. A sequência abaixo apresenta o passo-a-passo dos procedimentos que devem ser
executados a cada comando.
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Comando 3: EQUIPE, ARMAR LINHAS!
O comando abrir rota ou corredor de fuga tem a finalidade de formar e preservar a rota
que é utilizada para evacuação dos passageiros de uma aeronave durante uma emergência
aeronáutica.
É uma ação secundária da equipe de salvamento em uma emergência aeronáutica,
considerando que o uso do canhão monitor é primordial.
Pelo corredor aberto (rota de fuga), a equipe de resgate terá acesso à área quente para
resgatar as vítimas que não conseguirem abandonar a aeronave por meios próprios. Por isso, os
chefes de linha devem tomar cuidado quanto a direção dos jatos, evitando atingir os BA-RE
durante o resgate das vítimas.
Considerando a redução da visibilidade em consequência da fumaça, a entrada na
aeronave pela equipe de resgate deve ocorrer pelo lado direito da via de fuga, sendo a saída
coordenada pelo lado contrário. Essa padronização evitará possíveis choques (esbarrões) entre
os BA-RE que estiverem entrando e saindo na área do sinistro pela mesma rota de fuga.
A equipe de resgate deve adentrar à área quente através da rota de fuga utilizando
pranchas rígidas de imobilização, transportadas lateralmente como escudo protetor da cabeça e
tronco contra o calor e as chamas que porventura a ameace.
Durante a retirada de vítimas, o BA-CE deve permanecer vigilante quanto a possíveis
mudanças na direção e velocidade do vento que possam colocar em risco a passagem da equipe
de resgate pela rota de fuga.
Durante toda a operação de resgate, a equipe de combate deve manter a rota de fuga
com o uso da água/espuma das linhas de mangueira. Ao ser resgatada a última vítima, o BA-
LR deve comunicar essa informação ao BA-CE.
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Comando 6: EQUIPE RECUAR!
Com o objetivo de familiarizar a equipe com esse comando, o BA-CE deve utilizar o
comando “Equipe Recuar”, seja utilizando uma situação hipotética ou real (mudança na direção
do vento, falta de água, etc.) que, por questão de segurança da própria equipe enseje a
necessidade de recuo no combate.
Destacar que o recuo deve ser feito de forma ordenada, em bloco (linhas de água e pó),
sem perder o foco no incêndio e com o esguicho aberto com jato neblinado.
NOTA: As linhas direita e esquerda poderão avançar ou recuar independentemente (com jatos
neblinados), caso o BA-CE identifique a necessidade de um combate específico onde uma das
linhas manterá sua posição.
A linha de PQ não possui proteção contra o calor, por isso sua atuação deve ser rápida
e eficaz.
O mangote de PQ, pela suas características e pressão de trabalho, representa um fator
a mais de dificuldade nas manobras de recuo. O BA-CE, ao comandar avançar ou recuar a linha
de pó, deve destacar que pelo menos uma linha de água (com jato neblinado) faça a proteção
dos operadores da linha de PQ.
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Comando 9: ÚLTIMA FORMA!
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As linhas devem avançar sobre a área afetada com jatos neblinados, fazendo
movimentos de varredura horizontal. Todos os comandos (avançar, recuar, avançar, abrir rota
de fuga, sobrepor linhas, resgatar as vítimas, perigo iminente e extinção total) devem ser
executados, preferencialmente, utilizando apenas a quantidade de água existente no CCI em
uso.
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7 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
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