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SOP/ MANUAL AERONAVE

CHEROKEE 180

EMISSÃO: 20/06/2021

REVISÃO: 001/2021

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APRESENTAÇÃO

Este manual foi desenvolvido com o objetivo de auxiliar o


Piloto/Aluno matriculado nos cursos práticos da PREMIER TANGARÁ
ESCOLA DE AVIAÇÃO CIVIL – LTDA, a obter o máximo de rendimento na
operação e conservação da aeronave Cherokee‐180.
Baseado no manual original da aeronave, seu conteúdo deve ser
lido para que o piloto possa entender e aprender a localizar as
informações, familiarizar‐se com as limitações, desempenho,
procedimentos e características operacionais da aeronave.
Frente à necessidade de atualização ou correção, a diretoria técnica
aprovará e publicará emendas para este manual.

_________________________________
BRUNO SINHORETTO MANFRINATO
Diretor

BONS VOOS!

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ÍNDICE
Apresentação ....................................................................................................... pg 02
Seção 1 - Aeronave e Sistemas .............................................................................. pg 05
1.1 – Generalidades .............................................................................................. pg 05
1.2 – Dimensões .................................................................................................... pg 05
1.3 – Motor e Hélice .............................................................................................. pg 06
1.4 – Comandos de voo ......................................................................................... pg 06
1.4.1 – Comando do Aileron .................................................................... pg 06
1.4.2 – Comando do Profundor ................................................................ pg 06
1.4.3 – Comando do Leme de Direção ...................................................... pg 06
1.4.4 – Compensador .............................................................................. pg 06
1.5 – Sistema de combustível ................................................................................ pg 07
1.5.1 – Operação do Sistema ................................................................... pg 07
1.5.2 – Válvula seletora de combustível ................................................... pg 07
1.5.3 – Capacidade dos Tanques .............................................................. pg 07
1.5.4 – Indicador de combustível ............................................................. pg 08
1.5.5 – Consumo e autonomia ................................................................. pg 08
1.6 – Sistema de Lubrificação ................................................................................ pg 08
1.6.1 – Óleo lubrificante .......................................................................... pg 08
1.6.2 – Padronização P/ níveis de óleo ..................................................... pg 08
1.7 – Sistema de Trem de Pouso ............................................................................ pg 08
1.7.1 – Amortecedor ................................................................................ pg 08
1.8 – Sistema de Freios .......................................................................................... pg 09
1.9 – Sistema de Pitot ............................................................................................ pg 09
Seção 2 – Limitações .............................................................................................. pg 10
2.1 – Generalidades ............................................................................................. pg 10
2.2 – Desempenho e limites de operação .............................................................. pg 10
2.2.1 – Categoria Utilidade ......................................................................... pg 10
2.2.2 – Categoria Normal ........................................................................... pg 10
2.3 – Peso da Aeronave ......................................................................................... pg 11
2.3.1 – Limites de Peso da ACFT .................................................................. pg 11
2.4 – Limites do centro de Gravidade ..................................................................... pg 11
2.5 – Limitações de Velocidade .............................................................................. pg 12
2.5.1 – Marcações no Velocímetro ............................................................. pg 12
2.5.2 – Velocidades de operação com Segurança ........................................ pg 13
2.6 – Temperatura do Óleo .................................................................................... pg 13
2.7 – Pressão do Óleo ............................................................................................ pg 13
Seção 3 – Procedimentos normais ......................................................................... pg 14
3.1 – Generalidades ............................................................................................. pg 14
3.2 – Preparação Pré Voo ..................................................................................... pg 14
3.2.1 – Inspeção Pré Voo da Aeronave ........................................................ pg 15

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3.3 – Acionamento ................................................................................................ pg 17
3.4 – Rolagem ....................................................................................................... pg 15
3.5 – Cheque de Cabeceira .................................................................................... pg 16
3.6 – Cheque de Segurança ................................................................................... pg 19
3.6.1 – Cheque de 400 FT ........................................................................... pg 19
3.7 – Voo em Cruzeiro ........................................................................................... pg 19
3.8 – Pouso ........................................................................................................... pg 19
3.8.1 – Cheque Pré Pouso ........................................................................... pg 19
3.9 – Cheque Após o Pouso ................................................................................... pg 20
3.10 – Cheque de Corte de Motor ......................................................................... pg 20
3.11 – Cheque de Abandono ................................................................................. pg 20
Seção 4 – Procedimentos de Emergência ............................................................... pg 21
4.1 – Fogo no Motor durante Acionamento .......................................................... pg 21
4.2 – Fogo no Motor em Voo ................................................................................ pg 21
4.3 – Reacionamento em Voo ............................................................................... pg 21
4.4 – Pouso sem potência ..................................................................................... pg 21
4.5 – Baixa Pressão de Óleo .................................................................................. pg 22
4.6 – Parafuso Acidental ....................................................................................... pg 22

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SEÇÃO 1 ‐ AERONAVE E SISTEMAS

1.1 – GENERALIDADES
Fabricado pela Piper Aircraft Company (PA28‐8), a aeronave Cherokee 180 é um
monomotor de asa baixa, estrutura da fuselagem inteiramente metálica e trem de
pouso do tipo fixo.
Possui acomodação para dois ocupantes na versão 140 e quatro ocupantes na
versão 180. É utilizado para instrução primaria de voo.
Homologado para voos: VFR DIURNO.
1.2 – DIMENSÕES
ENVERGADURA - - - - - - - - - - 9,2 m
ALTURA - - - - - - - - - - - - - - - - 2,25 m
COMPRIMENTO - - - - - - - - - - 7,25 m

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1.3 – MOTOR E HÉLICE
Fabricante do Motor: Lycoming
Modelo: O-360-A3A
Potência Máxima: 180 HP
Rotação Máxima: 2700 RPM
Marca e modelo de Hélice: Sensenich Propeller
Diâmetro e tipo da Hélice: 76’’ polegadas
1.4 – COMANDOS DE VOO
Dois manches convencionais e dois pares de pedais operam as superfícies de
controle primárias de voo. O profundor possui um compensador para aliviar o esforço
do manche.
1.4.1 – COMANDO DO AILERON

O manche comanda mecanicamente, por meio de cabos e roldanas, o


movimento dos ailerons de BANCAGEM OU ROLAGEM que são do tipo diferenciais.
1.4.2 – COMANDO DO PROFUNDOR

O movimento do manche, para frente PICAR e para trás CABRAR, comanda


mecanicamente o profundor por meio de cabos de aço e roldanas. O estabiprofundor
que é do tipo inteiramente móvel, conta com um compensador montado no bordo de
fuga.
1.4.3 – COMANDO DO LEME DE DIREÇÃO

O leme é movimentado pela parte inferior dos pedais por meio de cabos de aço
e roldanas que ligam os pedais à articulação do leme, resultando no movimento de
GUINADA.
1.4.4 – COMPENSADOR

Um volante compensador comanda mecanicamente, por meio de cabos e


roldanas, o compensador do profundor. O volante compensador levado para frente faz
o avião picar, isto é, move o compensador para cima, levado para trás, faz com que
este se mova para baixo, fazendo o avião cabrar. Existe em algumas versões (Como é
o caso de nossa aeronave) o comando de alavanca giratória situada no teto da
aeronave, onde girando no sentido horário faz com que a aeronave pique e no sentido
anti‐horário cabre.

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1.5 – SISTEMA DE COMBUSTIVEL
O sistema de combustível compõe‐se de dois tanques de gasolina, um na asa
esquerda e outro na asa direita. Cada tanque de combustível possui um dreno no canto
inferior dianteiro acima do trem de pouso e um filtro de combustível fixado na parte
inferior esquerda do motor que também possui um dreno. Os tanques e o filtro devem
ser drenados antes de cada voo.
1.5.1 – OPERAÇÃO DO SISTEMA

A alimentação de combustível do motor é feita por uma bomba mecânica e uma


bomba elétrica auxiliar, para aumento da segurança em operações de pouso,
decolagens e troca de tanque (Deve‐se ligar a bomba e girar a seletora de combustível
selecionando o tanque que entrará em operação, aguarde 40 segundos visualizando o
indicador de pressão de combustível para desligar a bomba). Em algumas versões a
seletora não tem a proteção de plástico e nem a trava em torno da alavanca, tenha
cuidado para não deixar a alavanca fora de posição e
acabar ficando na posição fechada.

A gasolina utilizada é a gasolina de aviação “AvGas” (Azul), que deve ter um índice
mínimo de 80 octanas.
1.5.2 – VÁLVULA SELETORA DE COMBUSTÍVEL

A válvula dos tanques está localizada do lado esquerdo na parte inferior próximo
aos pedais. Tem três posições “OFF.”, “ESQUERDA” e “DIREITA”, tenha atenção ao
clique quando se gira a alavanca para selecionar o tanque
1.5.3 – CAPACIDADE DOS TANQUES

CHEROKEE 180
Tanque esquerdo.............. 25gl. / 94,5 litros..................... 68kg
Tanque direito.................. 25gl. / 94,5 litros...................... 68kg
Total................................. 50gl. / 189 litros........................ 136kg
Combustível não utilizável 1gl / 3,8 litros / 2,7kg por tanque
1 litro de AvGas = 0,72 kg
1 galão de AvGas = 3,8 litros

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1.5.4 – INDICADOR DE QUANTIDADE DE COMBUSTÍVEL

Os tanques possuem liquidômetro que indicam a quantidade de combustível nos


tanques, porém realize sempre os cálculos de autonomia.
1.5.5 – CONSUMO E AUTONOMIA
CHEROKEE 180 CAPACIDADE CONSUMO AUTONOMIA
TANQUE ESQUERDO FULL 94,5 LITROS 35L/HORA 2H40M
TANQUE DIREITO FULL 94,5 LITROS 35L/HORA 2H40M

1.6 – SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO


Uma bomba mecânica com engrenagens e um reservatório, constituem o
sistema de lubrificação do motor. A lubrificação é do tipo mista. O reservatório de óleo
do motor possui uma vareta indicadora de óleo na qual indica a quantidade
OBS: Nunca limpar a vareta indicadora de óleo com estopa ou pano pois poderão cair
impurezas dentro do reservatório de óleo
1.6.1 – ÓLEO LUBRIFICANTE

Especificações............................................SAE 50
1.6.2 – PADRONIZAÇÃO PARA NIVEIS DE ÓLEO

Motor frio............................................ 6 qts de galão


Motor quente...................................... 6,5 qts de galão
CAPACIDADE TOTAL: 6,7 Litros / 8 US qts
1.7 – SISTEMA DE TREM DE POUSO
O trem de pouso triciclo é do tipo fixo, o trem do nariz possui amortecedor de
SHIME e é comandado em um ângulo de 30° para cada lado, por meio dos pedais do
leme em sua parte inferior. Os pneus do trem principal e o cubo possuem uma
marcação vermelha, nessa marcação podemos ver se o pneu do trem principal não
correu na roda, caso isso ocorra poderá danificar o bico. O pneu do trem principal
possui uma pressão de 24 PSI, enquanto que o pneu da triquilha 28 PSI.
1.7.1 – AMORTECEDOR

Os amortecedores do trem de pouso são do tipo óleo‐pneumático tendo um


curso de 8 cm no trem de pouso do nariz e 11 cm no trem de pouso principal.

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1.8 – SISTEMAS DE FREIOS
Os freios são operados hidraulicamente, cada um independente, freando as
rodas do trem principal. O sistema de freios é composto de cilindros mestre individuais,
entretanto, todos os cilindros utilizam um reservatório em comum. O sistema possui
ainda dois discos, um em cada roda. O piloto, ao pressionar o pedal, comprime o óleo
da tubulação fazendo atuar o pistão do alojamento comprimindo as pastilhas no disco,
freando as rodas

1.9 – SISTEMA DE PITOT ESTÁTICO


O sistema de Pitot estático é composto por um tubo de Pitot, localizado no
intradorso da asa esquerda, o qual fornece pressão total e pressão estática ao
velocímetro, bem como pressão estática ao altímetro e ao indicador de razão de
subida.

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SEÇÃO 2 ‐ LIMITAÇÕES

2.1 – GENERALIDADES
As limitações incluídas nesta seção foram aprovadas pela PIPER. A tripulação é
legalmente obrigada a obedecê‐las durante a operação da aeronave
2.2 – DESEMPENHO E LIMITES DE OPERAÇÃO
A aeronave Cherokee 180 foi projetada para ser utilizada em duas categorias,
“UTILIDADE e NORMAL”
2.2.1 – CATEGORIA UTILIDADE

Na categoria utilidade a aeronave poderá ser usada para voos de instrução


primária, sendo permitidas manobras descritas no curso de piloto privado, porém,
não sendo permitida a execução de manobras acrobáticas ou invertidas.
PESO MÁXIMO DE OPERAÇÃO 966kg
FATOR DE CARGA 4,4 G

FORMA DE CARREGAMENTO
- 2 pilotos no assento dianteiro;
- Tanque esquerdo e direito abastecido na chapinha 119 litros;
- Porta bagagens vazio;
Na execução de manobras permitidas deve‐se ter em mente que ao atingir a
posição de voo em mergulho o avião ganha velocidade rapidamente e toda
recuperação deve ser feita com suavidade a fim de não impor cagas excessivas à sua
estrutura.
2.2.2 – CATEGORIA NORMAL

Na categoria normal a aeronave não foi projetada para executar nenhuma


manobra avançada ou acrobática existente no curso de piloto privado, incluindo
ainda parafusos
PESO MÁXIMO DE OPERAÇÃO 1.088kg
FATOR DE CARGA 3,8 G

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FORMA DE CARREGAMENTO
- Dois pilotos no assento da frente mais dois passageiros no banco traseiro;
- Tanques esquerdo e direito full;
- Porta bagagem completo;
EM HIPOTESE ALGUMA O PORTA BAGAGENS DEVE SER CARREGADO COM PESO
ACIMA DE 92 KG!
2.3 – PESO DA AERONAVE
O peso da aeronave na versão 180 é de 642 kg, o que pode variar de avião para
avião e que pode ser consultado na ficha de peso e balanceamento de cada aeronave.
Esse peso constitui o peso da aeronave vazia mais a quantidade de óleo máxima e
gasolina não drenável.
2.3.1 – LIMITES DE PESO

PESO MÁXIMO DE DECOLAGEM 1.088kg


PESO MÁXIMO DE POUSO 1.088kg
PESO MÁXIMO DE BAGAGEIRO 92kg

2.4 – LIMITES DO CENTRO DE GRAVIDADE


Centro de gravidade ‐ CG É o ponto sobre o qual o avião se equilibra, se
suspenso. Sua distância, a partir do plano de referência, o bordo de ataque, é
calculado dividindo‐se o momento total pelo peso total do avião.
LIMITES DO CENTRO DE GRAVIDADE
São localizações extremas do centro de gravidade, dentro dos quais o avião
pode ser operado num dado peso. O centro de gravidade do avião vazio, na posição
de linha de voo, encontra‐se a 39,4 cm para trás do bordo de ataque.
LIMITES DO PASSEIO DO CG
Avançado (dianteiro) = 25,3 cm
Atrasado (traseiro) = 52,3 cm

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2.5 – LIMITAÇÕES DE VELOCIDADE
VNE – Velocidade nunca exceder = 175 MPH
Velocidade que nunca deve ser excedida seja em qualquer regime de voo.
VNO – Velocidade máxima estrutural de cruzeiro = 144 MPH
Velocidade que não deve ser excedida, exceto em ar calmo e mesmo assim com
cautela.
VA – Velocidade de manobras = 115 MPH
Velocidade utilizada para executar as manobras permitidas na categoria
utilidade, ela não deverá ser excedida quando voando em ar muito agitado ou
executando as manobras. Não acione totalmente ou abruptamente os comandos
acima desta velocidade.
VFE – Velocidade máxima com flaps estendidos = 115 MPH
Não exceder essa velocidade com flaps estendidos!
2.5.1 – MARCAÇÕES NO VELOCÍMETRO

CHEROKEE 180
ARCO VERDE (OPERAÇÃO NORMAL) 66 A 129 MPH
ARCO BRANCO (OPERAÇÃO COM FLAPS) 57 A 115 MPH
ARCO AMARELO (OPERAÇÃO COM CAUTELA) 145 A 178 MPH
ARCO VERMELHO (NUNCA EXCEDER) 178 MPH

VELOCIDADE DE ESTOL COM FLAPS 0° = 67 MPH


VELOCIDADE DE ESTOL FULL FLAP = 57 MPH

VELOCIDADE ESTOL EM CURVA


ANGULO DE INCLINAÇÃO 0° 20° 40° 50° 60°
FLAPS RECOLHIDOS 67 69 77 85 95
FLAP TODO EMBAIXO (40°) 57 59 65 75 81

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2.5.2 – VELOCIDADES DE OPERAÇÃO COM SEGURANÇA
DECOLAGEM
NORMAL – FLAP 10° ................................................................... 80 MPH
CURTA – FLAP 25° ....................................................................... 70 MPH
SUBIDA – FLAP 10° ...................................................................... 90 MPH
MELHOR RAZAO DE SUBIDA – FLAP 10 ° ...................................... 90 MPH
MELHOR ÂNGULO DE SUBIDA – FLAP 25° .................................... 75 MPH

POUSO
APROXIMAÇÃO PARA POUSO SEM FLAP..................................... 90 MPH
APROXIMAÇÃO PARA POUSO COM FLAP 10°.............................. 90 MPH
APROXIMAÇÃO PARA POUSO FLAP 20°...................................... 85 MPH
APROXIMAÇÃO PARA POUSO COM FLAP 40°............................. 80 MPH
DESCIDA................................................................................. 115 MPH
PLANEIO FLAP 10°.................................................................... 90 MPH
MELHOR RAZÃO DE PLANEIO................................................... 75 MPH

2.6 – TEMPERATURA DO ÓLEO


FAIXA VERDE (OPERAÇÃO NORMAL) .................................. 24°C a 118°C
LINHA VERMELHA (MÁXIMO) ............................................. ACIMA DE 118°C

2.7 – PRESSÃO DO ÓLEO


FAIXA VERDE (OPERAÇÃO NORMAL) .................................... 60 a 90 PSI
FAIXA AMARELA (OPERAÇÃO COM CAUTELA) ..................... 25 a 60 PSI
FAIXA VERMELHA (MÍNIMO)................................................. ATÉ 25 PSI
FAIXA VERMELHA (MÁXIMO)................................................ ACIMA DE 90 PSI

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SEÇÃO 3 ‐ PROCEDIMENTOS NORMAIS

3.1 – GENERALIDADES
Esta seção apresenta procedimentos de operação normal do avião de acordo com o manual original
da aeronave. Contém as velocidades de operação com segurança, o detalhamento dos
procedimentos normais e a lista de verificações.

3.2 – PREPARAÇÃO PRÉ VOO


Antes de iniciar um voo devemos realizar a inspeção pré‐voo na aeronave e devemos checar os
seguintes itens:
1° CONDIÇÕES METEOROLOGICAS
2° PESO E BALANCEAMENTO
3° NOTIFICAÇÃO DE VOO OU PLANO DE VOO
4° DOCUMENTOS A BORDO DA AERONAVE SEGUNDO O RBHA-91:
‐ Licença dos pilotos (alunos quando possuir);
‐ Certificado medico aeronáutico “CMA” – Válido;
‐ Certificado de matricula ‐ Válido;
‐ CVA – Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade ‐ Válido;
‐ Ficha de peso e balanceamento da aeronave;
‐ Manual de operações;
‐ Lista de verificações (check‐list);
‐ Diário de bordo;
‐ Apólice de seguro (aceito somente com o comprovante de pagamento)
‐ Licença de estação de aeronave expedida pela ‐ ANATEL
‐ Ficha de inspeção anual de manutenção ‐ FIAM / FIEV
‐ Certificado de homologação suplementar ‐ CHST
‐ Registros de modificações e reparos incorporáveis à aeronave, motor ou hélice

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3.2.1 – INSPEÇÃO PRÉ VOO DA AERONAVE

3.2.1.1 – INSPEÇÃO INTERNA DA AERONAVE


FREIO DE ESTACIONAMENTO APLICADOS
INTERRUPTORES OFF
CHAVE DE PARTIDA DESLIGADA
EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS OFF
MISTURA CORTADA
FLAPS FULL
LIQUIDOMETROS VERIFICAR QUANTIDADE DE COMBUSTÍVEL
MASTER OFF
COMANDOS DE VOO VERIFICAR OPERAÇÃO
COMPENSADORES POSICIONAR EM NEUTRO
CINTOS VERIFICAR CONDIÇÕES E TRAVAMENTO
JANELAS VERIFICAR LIMPEZA
DOCUMENTOS VERIFICAR A BORDO

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3.2.1.2 – INSPEÇÃO EXTERNA DA AERONAVE
ASA DIREITA
CONDIÇÕES DAS SUPERFÍCIES AUSÊNCIA(GELO/NEVE/DEFORMAÇÕES)
FLAP E ARTICULAÇÕES VERIFICAR
AILERON E ARTICULAÇÕES VERIFICAR
DESCARREGADORES DE ESTÁTICA VERIFICAR
PONTA DE ASA E LUZES VERIFICAR
TANQUE DE COMBUSTÍVEL VERIFICAR QUANTIDADE
DRENO DO TANQUE DRENAR
AMARRAÇÃO REMOVER
TREM DE POUSO PRINCIPAL VERIFICAR
PNEU E CARENAGEM VERIFICAR ESTADO E MARCAÇÃO
FREIOS VERIFICAR (TUBULAÇÃO, DISCO E
PASTILHA)
ENTRADA DE AR DESOBSTRUÍDA

NARIZ DA AERONAVE
CONDIÇÕES GERAIS VERIFIQUE
PARA‐BRISAS LIMPO
CAPOTA DO MOTOR ABRIR
MOTOR VERIFICAR (VAZAMENTOS, MANGUEIRAS,
CABOS)
ÓLEO VERIFICAR QUANTIDADE
VARETA DE NÍVEL DE ÓLEO ENCAIXADA ADEQUADAMENTE
HÉLICE, CARENAGEM E CUBO VERIFICAR
ENTRADA DE AR DESOBSTRUÍDA
CORREIA DO ALTERNADOR VERIFIQUE A TENSÃO
FAROL DE POUSO VERIFICAR
TREM DE POUSO DO NARIZ VERIFICAR DISTENSÃO NORMAL
PNEU VERIFICAR ESTADO E MARCAÇÃO
CAPOTA DO MOTOR TRAVADA
DRENO DO FILTRO DE COMBUSTÍVEL DRENAR

ASA ESQUERDA
CONDIÇÕES DAS SUPERFÍCIES AUSÊNCIA(GELO/NEVE/DEFORMAÇÕES)
FLAP E ARTICULAÇÕES VERIFICAR
AILERON E ARTICULAÇÕES VERIFICAR
DESCARREGADORES DE ESTÁTICA VERIFICAR
PONTA DE ASA E LUZES VERIFICAR
TANQUE DE COMBUSTÍVEL VERIFICAR QUANTIDADE
TUBO DE PITOT REMOVA A CAPA E INSPECIONE
DESOBSTRUÇÃO
BUZINA DE ALARME DE ESTOL DESOBSTRUÍDA
DRENO DO TANQUE DRENAR
AMARRAÇÃO REMOVER
TREM DE POUSO PRINCIPAL VERIFICAR
PNEU E CARENAGEM VERIFICAR ESTADO E MARCAÇÃO
FREIOS VERIFICAR (TUBULAÇÃO, DISCO E
PASTILHA)
ENTRADA DE AR DESOBSTRUÍDA

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CONE DA CAUDA
ANTENAS VERIFICAR
EMPENAGEM AUSÊNCIA(GELO/NEVE/DEFORMAÇÕES)
PROFUNDOR VERIFICAR
CARENAGEM E JANELA DE INSPEÇÃO VERIFICAR
CONDIÇÕES DAS SUPERFÍCIES AUSÊNCIA(GELO/NEVE/DEFORMAÇÕES)
LUZES DE CAUDA VERIFICAR
ESTABILIZADOR E COMPENSADOR VERIFICAR
LEME DE DIREÇÃO VERIFICAR
AMARRAÇÃO REMOVER

3.3 – ACIONAMENTO
Para o acionamento deve‐se posicionar a aeronave de forma que o ar vindo da hélice
não jogue poeira nos espectadores, outros aviões ou penetre no hangar.
FREIO APLICADOS
CALÇOS REMOVIDOS
ASSENTOS POSICIONADOS E TRAVADOS
CINTOS E SUSPENSÓRIOS AJUSTADOS
SELETORA DE COMBUSTÍVEL TANQUE MAIS CHEIO
AR QUENTE FECHADO
DISJUNTORES E FUSÍVEIS VERIFICAR ARMADOS
RÁDIOS E LUZES OFF
TRAVA DE MANETE DE POTÊNCIA LIVRE
MASTER ON
LUZ ANTI-COLISÃO ON
BOMBA DE COMBUSTÍVEL ON
MISTURA RICA
MANETE DE POTÊNCIA DUAS INJETADAS COM O MOTOR FRIO
BOMBA DE COMBUSTÍVEL OFF
MANETE DE POTÊNCIA AVANÇAR 1,5 CM
MAGNETOS AMBOS
ÁREA DA HÉLICE LIVRE
MOTOR DE PARTIDA ACIONAR
MANETE DE POTÊNCIA REDUZIR E DEPOIS LEVAR À 1000 RPM

PRESSÃO DO ÓLEO FAIXA VERDE


ALTERNADOR ON
AMPERÍMETRO CHECAR
RÁDIOS ON / SINTONIZADOS
TRANSPONDER STBY / COD. 2000

PARTIDA COM O MOTOR QUENTE


Mesmo procedimento anterior, porém, iniciar direto com o starter e caso não acionar
dar uma injetada no manete de potência.

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Motor acionou, reduza potência e cheque a pressão de óleo, se em 30 segundos não
houver indicação correta de pressão, corte o funcionamento do motor pela mistura,
caso houver indicação correta de pressão, levar a potência à 1000 RPM.
Aquecer o motor à 1000 RPM. Neste regime a bomba de óleo trabalha de forma
eficiente e a hélice fornece uma corrente de ar suficiente para a refrigeração do motor,
para que o mesmo não se aqueça excessivamente. Não trabalhar o motor antes que o
óleo chegue na sua temperatura apropriada.

3.4 – ROLAGEM
Use a manete de potência suavemente durante a rolagem, a rotação do motor deve
ser apenas suficiente para locomover o avião lentamente, a uma velocidade que
corresponda a de uma pessoa andando. Caso houver perigo de colisão, aplicar os freios
com suavidade e desligue na mistura. Conserve a mão sempre sobre o manete de
potência.

TÁXI
ÁREA DE TAXI LIVRE
MANETE DE POTÊNCIA AVANÇAR LENTAMENTE
FREIOS VERIFICAR
COMANDO DIRECIONAL VERIFICAR

3.5 – CHEQUE ANTES DA DECOLAGEM


FREIO DE ESTACIONAMENTO APLICADO
MANETE DE POTÊNCIA 1000 RPM
SELETORA DE COMBUSTÍVEL TANQUE MAIS CHEIO
COMANDOS DE VOO LIVRES E CORRESPONDENTES
FLAPS AJUSTAR FLAP 10°
COMPENSADORES AJUSTAR EM NEUTRO
PRESSÃO / TEMPERATURA DO ÓLEO FAIXA VERDE
MANETE DE POTÊNCIA 1500 RPM
MISTURA POBRE/ RICA 2X
MANETE DE POTÊNCIA 2000 RPM
AR QUENTE VERIFICAR SE HÁ QUEDA DE RPM
MAGNETOS QUEDA MAX. 175 RPM / DIFERENÇA
MAX. 50 RPM
SUCÇÃO ENTRE 4.8 E 5.2
MANETE DE POTÊNCIA REDUZIR / MARCHA LENTA ENTRE 550 E
750 RPM
MANETE DE POTÊNCIA 1000 RPM
ALTÍMETRO AJUSTADO
VELOCÍMETRO ZERADO / AJUSTADO
TURN E BANK VERIFICAR
PORTAS E JANELAS FECHADAS E TRAVADAS
FLAP AJUSTADO 10°
BRIEFING DE DECOLAGEM EFETUAR

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3.6 – CHEQUE DE SEGURANÇA
FLAP SETADO
MISTURA RICA
TRANSPONDER ALT
FAROL DE POUSO LIGADO
BOMBA DE COMBUSTÍVEL LIGA
PORTAS E JANELAS FECHADAS E TRAVADAS

3.6.1 - CHEQUE DE 400 FT


INSTRUMENTOS DO MOTOR FAIXA VERDE
FAROL DE POUSO OFF
BOMBA DE COMBUSTÍVEL OFF
FLAP RECOLHIDOS
POTÊNCIA 2450 RPM

3.7 – VOO EM CRUZEIRO


POTÊNCIA 2350 RPM
VELOCIDADE 115 MPH
MISTURA AJUSTAR ACIMA DE (3500 FT)
COMPENSADOR AJUSTAR
INSTRUMENTOS DO MOTOR VERIFICAR
AJUSTE DE ALTÍMETRO CHECAR QNH OU QNE

3.8 – POUSO
Cada pouso deve ser planejado de acordo com o comprimento da pista e os fatores
operacionais existentes, rampa de aproximação e ponto de toque previsto.
Proceda da seguinte forma:
1- Perna do vento, último terço da pista: ligar farol e acionar bomba de combustível.
2- Través da cabeceira: Redução para 1800 RPM, 90 MPH e, se for o caso, ajustar
flaps 10°.
3- Perna base: se for o caso, ajustar flaps 25° mantendo 85 MPH.
4- Final: se for o caso, ajustar flaps 40° mantendo 80 MPH e executar cheque de final.

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3.8.1 – CHEQUE PRÉ POUSO
MISTURA RICA
FAROL DE POUSO LIGADO
POTÊNCIA 1800 RPM
BOMBA DE COMBUSTÍVEL LIGADA
FLAP AJUSTADOS
VELOCIDADE CORRETA
PISTA LIVRE

3.9 – CHEQUE APÓS O POUSO


FLAP RECOLHIDOS
FAROL DE POUSO DESLIGADO
BOMBA DE COMBUSTÍVEL DESLIGADA
TRANSPONDER STBY / CÓD. 2000

3.10 – CHEQUE DE CORTE DO MOTOR


FREIO DE ESTACIONAMENTO APLICADO
RADIO E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS OFF
POTÊNCIA 1000 RPM
MISTURA CORTADA
FAROL ANTICOLISÃO OFF

3.11 – CHEQUE DE ABANDONO


Muita atenção com o cheque de abandono. Por parecer simples e ser o último cheque,
às vezes é realizado sem muita atenção por parte do piloto/aluno. Este item tem a
mesma importância dos demais e deve ser realizado com toda atenção possível e sem
pressa.
LUZ ANTI-COLISÃO OFF
MASTER OFF
MAGNETOS OFF
PORTAS E JANELAS FECHADAS
TUBO DE PITOT PROTEGIDO
AERONAVE CALÇADA

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SEÇÃO 4 ‐ PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

4.1 – FOGO NO MOTOR DURANTE O ACIONAMENTO


Se ocorrer fogo no motor durante a partida ou durante as operações de solo, aplicar o
procedimento abaixo visando combater as chamas. CASO O FOGO PERSISTA,
ABANDONE A ACFT E UTILIZE MEIOS EXTERNOS PARA COMBATE AO FOGO.
MOTOR DE PARTIDA ACIONADA
MISTURA CORTADA
MANETE DE POTÊNCIA TODA À FRENTE
SELETORA DE COMBUSTÍVEL OFF

4.2 – FOGO NO MOTOR EM VOO


Mesmo que o fogo no motor em voo seja raro, ele pode acontecer. Se ocorrer durante
o voo, deve-se seguir o procedimento abaixo e se houver tempo e meios de socorro,
pedir ajuda pelo rádio. Após efetuar os procedimentos abaixo, deve-se executar os
procedimentos de pouso sem potência.
VELOCIDADE 90 MPH
SELETORA DE COMBUSTÍVEL OFF
MANETE DE POTÊNCIA REDUZIDA
MISTURA CORTADA

4.3 – CHEQUE DE REACIONAMENTO EM VOO


VELOCIDADE DE SEGURANÇA 90 MPH
LOCAL SEGURO PARA POUSO DEFINIR
BOMBA DE COMBUSTÍVEL LIGADA
SELETORA DE COMBUSTÍVEL INVERTER O TANQUE
MISTURA RICA
AR QUENTE ABERTO
STARTER ACIONAR

4.4 – CHEQUE DE POUSO SEM POTÊNCIA


Se o reacionamento do motor não ocorrer, e um pouso sem potência seja eminente e
sem condições de alcançar uma pista, selecione um campo adequado dando
preferência para pastos, campos abertos, gramados e etc. Proceda conforme o
procedimento abaixo e esteja atento a animais nos campos, fios de alta tensão, torres,
morros e irregularidades no terreno.
VELOCIDADE DE SEGURANÇA 90 MPH
LOCAL SEGURO PARA POUSO DEFINIR
MANETE DE POTÊNCIA REDUZIDA
MISTURA CORTADA
MAGNETOS DESLIGADOS
MASTER DESLIGADO
TRANSPONDER 7700
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FREQUENCIA DE EMERGÊNCIA 121,5
SELETORA DE COMBUSTIVEL OFF
OBJETOS CORTANTES AFASTADOS DO CORPO
PORTAS E JANELAS ABERTAS
CINTOS PASSADOS E AJUSTADOS
FLAP AJUSTAR PRÓXIMO AO POUSO
POUSO CONTRA O VENTO

4.5 – BAIXA PRESSÃO DO ÓLEO


TEMPERATURA DO ÓLEO VERIFICAR
CASO TEMP. DO ÓLEO ESTEJA NORMAL FALHA NO INDICADOR DE PRESSÃO
TEMPERATURA ALTA REDUZIR POTÊNCIA
MISTURA RICA
LOCAL PARA POUSO DEFINIR

4.6 – PARAFUSO ACIDENTAL


Quando a velocidade for perdida ou diminuída abaixo de um mínimo,
habitualmente chamado de velocidade de perda, o avião entra em perda de
sustentação (STALL). O parafuso resulta de uma perda acentuada com queda de asa,
que pode ser executada propositalmente ou por acidente.
Em geral, uma perda acentuada com queda de asa, provocará um parafuso. A
saída de um parafuso deve ser efetuada da seguinte forma:
1- Potência toda reduzida;
2- Ailerons em posição neutra;
3- Pedal aplicado para o lado oposto do giro até cessar o giro;
4- Retirar o avião de mergulho gradativamente utilizando o profundor;
Este procedimento deve ser realizado com cautela, principalmente em sua fase
de recuperação do mergulho. O avião não deve ser retirado do mergulho de forma
abrupta, caso contrário poderá ocorrer danos a estrutura da aeronave.

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