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ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023

7 DE AGOSTO

REPÚ BLICA DE ANGOLA


MINISTÉ RIO DO INTERIOR
GABINETE DO MINISTRO

PROJECTO DE DECRETO PRESIDENCIAL QUE APROVA O ESTATUTO ORGÂ NICO


DO MINISTÉ RIO DO INTERIOR

RELATÓRIO DE FUNDAMENTAÇÃO

I – ENQUADRAMENTO E ANTECEDENTES

i. NA GENERALIDADE

1. O presente relató rio visa justificar as razõ es de fundo que nortearam a


elaboraçã o de um novo Projecto de Estatuto Orgâ nico do Ministério do
Interior.
2. Apó s a aprovaçã o do Roteiro da Reforma do Estado através do Decreto
Presidencial n.º 105/19 de 29 de Março, o Titular do Poder Executivo
orientou o redimensionamento dos departamentos ministeriais.
3. Nesta base, o Ministério do Interior tem vindo a proceder o
redimensionamento dos seus ó rgã os executivos centrais, como é o caso da
Polícia Nacional de Angola (PNA), com a aprovaçã o do Decreto Presidencial
n.º 152/19, de 15 de Maio e em processo legislativo o Serviço de
Investigaçã o Criminal (SIC), o Serviço de Migraçã o e Eestrangeiros (SME), o
Serviço de Protecçã o Civil e Bombeiros (SPCB) e o Serviço Penitenciá rio
(SP), com alteraçã o dos respectivos Estatutos Orgâ nicos.
4. A necessidade de observâ ncia da medida dimanada pelo Executivo para o
redimensionamento dos Departamentos Ministeriais, enquanto corolá rio
da directiva decorrente do Roteiro da Reforma do Estado, aprovada
através do Decreto Presidencial n.º 105/19 de 29 de Março, serviu de base
geral para a elaboraçã o do novo Estatuto Orgâ nico do MININT.
5. Assim, para melhor eficiência e eficá cia na execuçã o das atribuiçõ es
legalmente atribuídas à s respectivas Direcçõ es, procedeu-se a criaçã o do
Cargo de Director Nacional-Adjunto, como ó rgã o auxiliar do Director
Nacional encarregue pela prestaçã o de apoio técnico especializado, sem
que isso acarretasse custos financeiros adicionais, porque será exercido
por pessoal pertencente ao regime de carreiras do MININT, que é
remunerado em funçã o do posto e/ou patente e nã o pela funçã o exercida.
6. Como coadjutor do Director Nacional lhe caberá executar tarefas por este
delegadas concernentes as atribuiçõ es pró prias das Direcçõ es, sem
prejuízo de poderem substituí-lo nas suas ausências e impedimentos.
7. O actual está gio de desenvolvimento e crescimento institucional do
Ministério do Interior e, por conseguinte, do seu nível de responsabilidade
institucional no â mbito das Políticas definidas pelo Titular do Poder

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Executivo no domínio da Segurança e ordem interna, prevençã o e combate
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à criminalidade, imigraçã o ilegal, protecçã o civil e penitenciaria, exigem
deste departamento ministerial a adopçã o de mecanismos modernos de
boa governaçã o, transparência e probidade administrativa.
8. Entretanto, é mister referir que o redimensionamento da estrutura
orgâ nica deve ser operado de forma bastante consentâ nea e coerente,
porquanto estamos a tratar de um ó rgã o que, além de comportar na sua
estrutura vá rias especialidades, é um ente que intervém no domínio da
segurança pú blica, prevenindo e combatendo a criminalidade, a imigraçã o
ilegal, bem como previne e dá tratamento aos acidentes graves, catá strofes,
calamidades, incêndios e outros sinistros de vária ordem.
9. A este respeito, vale lembrar que a segurança e ordem pú blicas é um dos
três deveres fundamentais de qualquer Estado e connosco nã o é diferente,
atento as suas tarefas vertidas nas alíneas j) e q) do artigo 21.º da
Constituiçã o da Repú blica de Angola.
10. A tarefa de reformulaçã o do estatuto orgâ nico teve início com a
necessidade de ajustar a orgâ nica dos ó rgã os auxiliares do Presidente da
Repú blica, com vista a assegurar o exercício das funçõ es e competências,
enquanto Titular do Poder Executivo pelo que, os Departamentos
Ministeriais sã o obrigados a adaptar-se para prosseguir tal desiderato.
11. Por essa razã o, pretende-se com este projecto adequar o Estatuto
Orgâ nico do Ministério do Interior ao diploma sobre a Organizaçã o e
Funcionamento dos Ó rgã os Auxiliares do Presidente da Repú blica,
aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º 4/20, de 1 de Abril, que
altera a redacçã o do n.º 1 do artigo 31.º, do artigo 36.º, do n.º 3 do artigo
37.º e do n.º 1 do artigo 39.º do Decreto Legislativo Presidencial n.º 8/19,
de 19 de Junho, que aprova a Organizaçã o e Funcionamento dos Ó rgã os
Auxiliares do Presidente da Repú blica, tendo em linha de conta as
especificidades dos Ó rgã os de Defesa, Segurança e Ordem Interna.
12. O projecto é composto por um decreto preambular de aprovaçã o sob a
forma de Decreto Presidencial. Trata-se da forma prevista no n.º 3 do
artigo 125.º, da Constituiçã o da Repú blica de Angola.
13. Importa destacar que, a consagraçã o da forma de organizaçã o e
funcionamento do Ministério do Interior depende de uma estrutura
específica conforme determina o número 3 do artigo 37.º do Decreto
Legislativo Presidencial n.º 8/19, de 19 de Junho.
14. A aprovaçã o do Estatuto Orgâ nico do Ministério do Interior deve ser feita
pelo Presidente da Repú blica, enquanto Titular do Poder Executivo, ao
abrigo da alínea g) do artigo 120.º da Constituiçã o da Repú blica de Angola,
o qual estabelece que “compete ao Presidente da República definir a
orgânica dos Ministérios …”.
15. No seguimento do previsto no Decreto Presidencial n.º 88/18, de 6 de
Abril, que criou as bases legais para a efectivaçã o das Unidades de
Contrataçã o Pú blica nas Entidades Pú blicas Contratantes, pretende-se
alargar as atribuiçõ es da Direcçã o de Planeamento e Finanças no sentido
de lhe permitir prosseguir as atribuiçõ es do MININT, no â mbito da
Contrataçã o Pú blica.

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II. PRINCÍPAIS ALTERAÇÕES E INOVAÇÕES

FORÇAS E SERVIÇOS DA GARANTIA DA ORDEM

16. Em linhas gerais, o projecto de Estatuto Orgâ nico do MININT nã o foge o


paradigma legislativo aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º
8/19, de 19 de Junho, que aprova a Organizaçã o e Funcionamento dos
Ó rgã os Auxiliares do Presidente da Repú blica, tendo em linha de conta as
especificidades dos Ó rgã os de Defesa, Segurança e Ordem Interna.

17. Entretanto, destacamos a introduçã o de uma nova designaçã o aos Ó rgã os


Operacionais do MININT, nomeadamente a PNA, a PIC, o SME, o SPCB e o
SP que passam a ser designados por Forças e Serviços da Garantia da
Ordem, conforme se vê no Capítulo II, Secçã o I, no n.º 3 do artigo 4.º e no
Capítulo IV, Secçã o I, nos artigos 14.º a 19.º, todos do projecto.

18. Esta designaçã o resulta do disposto nos artigos 209.º e 210.º, ambos da
Constituiçã o da Repú blica de Angola, cujo capítulo a eles referidos diz
claramente que a PNA, o SIC, o SME, o SPCB e o SP têm a natureza jurídica
de forças e serviços da garantia da ordem, sendo a PNA e a PIC designados
por forças de segurança pública e o SME, o SP e o CPCB designados por
serviços de segurança pública.

19. Por isso, esta designaçã o é a que se apresenta mais justa ao espírito e a
letra da CRA, porquanto estes ó rgã os sã o verdadeiramente forças de
segurança e ordem interna.

POLÍCIA DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL (PIC)

20. Com o presente diploma pretende-se alterar a denominaçã o do actual


Serviço de Investigaçã o Criminal (SIC) para Polícia de Investigaçã o
Criminal pelo facto deste ser um ó rgã o de polícia especial, cuja missã o
gravita, simultaneamente, em torno da realizaçã o da justiça e da segurança
e ordem interna, isto é, trata-se de um ó rgã o de polícia criminal, concebido
para o enfrentamento da criminalidade, seja na forma de prevençã o, como
na forma de repressã o criminal (dissuasã o e investigaçã o criminal), como
trata-se de um ó rgã o de polícia judiciá ria, enquanto auxiliar das
autoridades judiciá rias e de justiça (realizando a instruçã o preparató ria
sob orientaçã o do Ministério Pú blico, nos termos do previsto no artigo
312.º, do Có digo do Processo Penal Angolano, aprovado pela Lei n.º 39/20,
de 11 de Novembro de 2020);

21. Ao longo dos anos, na sua cronologia histó rica, o ó rgã o incumbido pela
investigaçã o criminal já teve, entre outras, a denominaçã o legal de Polícia
de Investigação Criminal em 1955 (com a aprovaçã o do Decreto 40225,
de 5 de Julho de 1955, que aprovou a alteraçã o do Estatuto do Corpo de
Polícia da Província de Angola), a denominaçã o legal de Polícia Judiciária

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do Ultramar a partir de 71959 e formalizada em 1960 (por força do
DE AGOSTO
Decreto-Lei 43125 de 19/08/1960), a denominaçã o de Polícia Judiciária
em 1975 (por alteraçã o do estado constitucional com a criaçã o da
Repú blica Popular de Angola e aprovaçã o da Constituiçã o de 1975), a
denominaçã o de Departamento Nacional de Técnica de Investigação
Criminal (DNTIC) em 1979, integrada no Ministério do Interior (com a
criaçã o do Ministério do Interior através da Lei nº 7/79 de 22 de Junho do
Conselho da Revoluçã o), a denominaçã o legal de Direcção Nacional de
Investigação Criminal (DNIC) em 1981 (com a aprovaçã o do Estatuto
Orgâ nico do Ministério do Interior mediante o Decreto nº 54/81 de 1 de
Junho) e de Serviço de Investigação Criminal em 2014 (com a aprovaçã o
do Decreto Presidencial nº 209/14 de 8 de Agosto);

22. Entretanto, apó s um profundo exercício de reflexã o em torno da


designaçã o do ó rgã o como Serviço de Investigaçã o Criminal, empreendido
ao longo dos ú ltimos cinco anos (desde o ano de 2015), tornou-se possível
depreender que a designaçã o adoptada nã o reflecte fielmente a natureza
ou a essência deste tipo de orgã o, bem como nã o realça a dignidade que lhe
é devida enquanto ó rgã o de polícia;

23. O que está aqui expresso ajuda a compreender o porquê que ao nível do
direito comparado, dentro da lusofonia, noutros ordenamentos jurídicos,
este tipo de ó rgã o (de forma expressa) tem a designaçã o legal de polícia,
como é o caso do Brasil que designa de Polícia Federal Brasileira, sendo
este o ó rgã o que exerce com exclusividade a funçã o de polícia judiciá ria da
Uniã o, cuja funçã o se encontra prevista na Constituiçã o Federal de 1988 e
cujo Estatuto da Policial Federal já remonta da Lei nº 4. 878, de 3 de
Dezembro de 1965;

24. É , também, o caso de Portugal, que designa de Polícia Judiciá ria, cuja
orgâ nica encontra-se prevista na Lei nº 37/2008, de 6 de Agosto (Lei
Orgâ nica da Polícia Judiciá ria), bem como de Cabo Verde que designa de
Polícia Judiciá ria, de acordo com o Decreto-Legislativo nº 1/2008, de 18 de
Agosto (Orgâ nica da Polícia Judiciá ria), é ainda o caso da Guiné Bissau que
também designa de Polícia Judiciá ria, de acordo ao previsto na Lei nº
14/2010 de 15 de Novembro (Estatuto Orgâ nico da Polícia Judiciá ria) e de
Sã o Tomé e Príncipe que também designa de Polícia Judiciá ria, conforme
previsto na Lei n.º 01/2018 de 2 de Março (Orgâ nica da Polícia Judiciá ria).

COMANDO DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS (CPCB)

25. O Ministério do Interior propõ e que o Serviço de Protecçã o Civil e


Bombeiros (SPCB) seja designado por Comando de Protecçã o Civil e
Bombeiros, na medida em que constitui um imperativo da sua organizaçã o
interna prevista no art. 14.º e no n.º 2 do art. 19.º do Decreto Presidencial
n.º 32/18, de 7 de Fevereiro, que aprova o Estatuto Orgâ nico do Ministério
do Interior.
26. Por conseguinte, pretendeu-se dar realce a perspectiva castrense do
ó rgã o que deixa de ser Serviço de Protecçã o Civil e Bombeiros e passa a

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Comando de Protecçã o Civil
7 DEe Bombeiros
AGOSTO (CPCB), a semelhança do que
acontece em outros países como Portugal, França, Estados Unidos entre
outros, onde os Bombeiros sã o autênticos comandos.

i. ÓRGÃOS CONSULTIVOS:

 CONSELHO DE SEGURANÇA PÚBLICA

27. A razã o da criaçã o deste ó rgã o colegial, de natureza consultiva, prende-se


com o facto de nã o existir a nível das estruturas do MININT um ó rgã o
responsá vel por aconselhar o Ministro do Interior na tomada de decisõ es
urgentes e pontuais sobre situaçõ es que ocorrem e que sã o susceptivéis de
perigar a segurança pú blica.
28. Trata-se de ó rgã o colegial ao qual compete, em geral, exercer funçõ es con-
sultivas com vista a auxiliar e aconselhar o Ministro do Interior na
definiçã o das acçõ es, tarefas e actividades do Ministério, bem como na
avaliaçã o dos respectivos resultados e coordenaçã o dos ó rgã os de Polícia
Criminal de competências genéricas no â mbito da aplicaçã o da Política de
Segurança Pú blica, de acordo com o programa de governaçã o do Executivo.
29. O Conselho de Segurança Pú blica terá , igualmente, como atribuiçã o auxil-
iar e aconselhar o Ministro do Interior na definiçã o das acçõ es de
prevençã o geral da criminalidade, coordenaçã o das actividades do Min-
istério no â mbito do Sistema Nacional de Protecçã o Civil inerentes à s situ-
açõ es de calamidades pú blicas, catá strofes naturais, riscos e desastres.
ii. COORDENAÇÃO DAS FORÇAS DE SEGURANÇA PÚBLICA E ORDEM
INTERNA NOS PORTOS, AEROPORTOS E CAMINHOS-DE-FERRO

30. Tendo em conta que os Portos, Aeroportos e Caminhos-de-Ferro sã o


considerados sectores estratégicos para o desenvolvimento econó mico e
social do País, é necessá ria a designaçã o de Oficiais Comissá rios do MININT
para garantir a coordenaçã o e articulaçã o da actuaçã o das forças da ordem
e segurança pú blicas.

31. Por razõ es de ordem estratégica as infrasestruturas portuá rias,


aeroportuá rias e ferroviá rias merecem do MININT, e nã o só , especial
atençã o, porquanto nã o há desenvolvimento econó mico e social sem
segurança e ordem pú blicas.

32. O coordenador das forças e serviços da garantia da ordem do MININT


nestes sectores deve exercer funçõ es de direcçã o e coordenaçã o
operacional das forças destacadas junto das empresas pú blicas e privadas
que ali operam, bem como os demais entes envolvidos na gestã o e
manutençã o das infraestruturas e equipamentos portuá rias,
aeroportuá rias e dos caminhos-de-ferro.

33. O coordenador das forças e serviços da garantia da ordem do MININT


funciona sob dependência directa do Ministro do Interior, sem prejuízo do
dever de cooperaçã o com os ó rgã os superiores de direcçã o das forças e
serviços de segurança pú blica.

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III- SUMÁRIO A PUBLICAR NO DIÁRIO DA REPÚBLICA.
7 DE AGOSTO

Eis o sumá rio que deve constar da I série (DR):

“Decreto Presidencial n.º…………/21, aprova o Estatuto Orgânico do


Ministério do Interior.

IV- NECESSIDADE DA FORMA PROPOSTA PARA O DIPLOMA.

A presente proposta de Estatuto Orgâ nico do Ministério do Interior, é


apresentada sob a forma de Decreto Presidencial, nos termos das disposiçõ es
conjugadas da alínea l) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da
Constituiçã o da Repú blica de Angola.

Deste modo, a Proposta de Decreto Presidencial ora apresentada foi elaborada


com base no que dispõ e a alínea l) do artigo 120.º, que estabelece que “ao Titular
do Poder Executivo compete elaborar regulamentos necessários à boa
execução das leis”.

V- ENQUADRAMENTO JURÍDICO DA MATÉRIA OBJECTO DO DIPLOMA.

As matérias previstas no presente diploma enquadram-se no â mbito das


disposiçõ es constantes do Decreto Legislativo Presidencial n.º 11/20, de 26 de
Agosto, aprova o paradigma sobre as regras de criaçã o, estruturaçã o, organizaçã o
e extinçã o dos serviços da Administraçã o Central do Estado e dos demais
organismos legalmente equiparados, no Decreto Legislativo Presidencial n.º 4/20,
de 01 de Abril, que altera a redacçã o do n.º 1 do artigo 31.º, do artigo 36.º, do n.º
3 do artigo 37.º e do n.º 1 do artigo 39.º do Decreto Legislativo Presidencial n.º
8/19, de 19 de Junho, que aprova a Organizaçã o e Funcionamento dos Ó rgã os
Auxiliares do Presidente da Repú blica.

Tendo em conta as normas a revogar, o Estatuto Orgâ nico do Ministério do


Interior, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 32/18, de 7 de Fevereiro,
constitui seu repertó rio jurídico central.

VI- LEGISLAÇÃO A REVOGAR.


Tendo em conta o seu objecto, a presente proposta visa revogar o actual Estatuto
Orgâ nico do Ministério do Interior, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 32/18,
de 7 de Fevereiro.

VII. AVALIAÇÃO SUMÁRIA DOS MEIOS FINANCEIROS E HUMANOS


ENVOLVIDOS NA RESPECTIVA EXECUÇÃO A CURTO E MEDIOS PRAZOS.

A aprovaçã o do Projecto de Decreto Presidencial nã o implicará para o Estado em


geral e para o Ministério do Interior a disponibilidade de recursos financeiros, na
medida em que tais funçõ es ou cargos de Directores-Adjuntos serã o exercidos
por pessoal pertencente ao regime de carreiras do MININT, sendo certo que,

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grande parte dos nossos quadros 7
é remunerado
DE AGOSTO em funçã o do posto e/ou patente
e nã o pela funçã o exercida.

Por essa razã o, nã o haverá qualquer implicaçã o financeira em relaçã o ao


redimensionamento do MININT.

Com a apresente proposta de Estatuto Orgâ nico pretende-se operar o


redimensionamento, deste Ó rgã o Auxiliar do Executivo, sem que ocorra qualquer
aumento da despesa pú blica inerente ao pessoal e estruturas administrativas
e/ou operacionais, sendo certo que, o MININT mantém e conserva os ganhos
obtidos com o actual Estatuto Orgâ nico.

VIII. CONSULTAS.

Na elaboraçã o do presente diploma e, por conseguinte, visando estabelecer


padrõ es comparativos, foi consultado o Decreto Presidencial n.º 176/20, de 23 de
Junho (aprova o Estatuto Orgâ nico do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos
da Pá tria), pois a natureza de ó rgã o de defesa e segurança deste departamento
ministerial impõ e a adopçã o de um modelo que se enquadra ao novo paradigma
organizacional e funcional dos ó rgã os auxiliares do Titular do Poder Executivo
que desenvolvem acçõ es que concorrem para segurança nacional.

E mais, foram gizados critérios comparativos sobre o novo paradigma sobre a


organizaçã o administrativa dos Ó rgã os Auxiliares do Executivo, aprovado pelo
Decreto Presidencial n.º 4/20, de 1 de Abril.

O presente projecto de diploma foi submetido a apreciaçã o dos seguintes ó rgã os:

 Conselho Consultivo Alargado do MININT, realizado nos dias 18 e 19, de


Novembro de 2020, apó s a sua aná lise no Grupo Técnico/Jurídico;
 Conselho Consultivo Alargado do MININT, realizado nos dias 20 e 21, de
Setembro de 2021;
 Conselho de Segurança Nacional, realizado em 2021;

 Grupo Técnico para as Questõ es Jurídico-Legais do Secretariado do Conselho de


Ministros;

 Ministério dos Transportes.

IX- CONFORMIDADE.

O presente relató rio de fundamentaçã o harmoniza-se com o disposto no Decreto


Presidencial n.º 357/17, de 28 de Dezembro, que aprova o Regimento do
Conselhos de Ministros, na Lei n.º 7/14, de 26 de Maio, sobre as publicaçõ es
oficiais e formulá rios legais, e no Decreto Presidencial n.º 251/12, de 27 de
Dezembro que estabelece os procedimentos a seguir na elaboraçã o e tramitaçã o
da documentaçã o destinada a apreciaçã o do titular do Poder Executivo e define as
regras e sistematizaçã o e de legística a observar na preparaçã o de diplomas legais
da competência do Executivo, e os procedimentos relativos ao acompanhamento,

7
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controlo e prestaçã o de contas por
7 DEparte dos Ó rgã os Auxiliares do Titular do
AGOSTO
Poder Executivo.

X- ARRUMAÇÃO NA ESPECIALIDADE

No que concerne à sistematizaçã o do diploma proposto, eis a descriçã o


pormenorizada da sua estrutura:

ÍNDICE GERAL

CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Artigo 1.º
(Natureza)

Artigo 2.º
(Atribuições)
Artigo 3.º
(Princípios de Actividade)

CAPÍTULO II
Organização em Geral

SECÇÃO I
Órgãos e Serviços
Artigo 4.º
(Estrutura orgânica)

CAPÍTULO III
SECÇÃO I
Direcção e Coordenação do Ministério
Artigo 5.º
Artigo 6.º
(Competências do Ministro)

Artigo 7.º
(Forma dos actos)

Artigo 8.º
(Subdelegação de Poderes)

Artigo 9.º
(Secretários de Estado)

Artigo 10.º
(Inspector Geral)

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7 SECÇÃO II
DE AGOSTO
Órgãos de apoio consultivo

Artigo 11.º
(Conselho de Segurança Pública)

Artigo 12.º
(Conselho Consultivo)

Artigo 13.º
(Conselho Superior de Quadros)

CAPÍTULO IV
Organização em especial
SECÇÃO I
Forças e Serviços da Garantia da Ordem
Artigo 14.º
(Natureza Jurídica)

SUBSECÇÃO I
Forças de segurança pública

Artigo 15.º
(Polícia Nacional de Angola)

Artigo 16.º
(Polícia de Investigação Criminal)

SUBSECÇÃO II
Serviços de segurança pública

Artigo 17.º
(Serviço de Migração e Estrangeiros)

Artigo 18.º
(Comando de Protecção Civil e Bombeiros)

Artigo 19.º
(Serviço Penitenciário)

CAPÍTULO V
Serviços de Apoio Técnico
Inspecção Geral

Artigo 20.º
(Inspecção Geral)

Artigo 21.º

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(Direcção 7deDE
Recursos
AGOSTOHumanos)

Artigo 22.º
(Direcção de Planeamento e Finanças)

Artigo 23.º
(Direcção de Telecomunicações e Tecnologias de Informação)

Artigo 24.º
(Direcção de Logística)

Artigo 25.º
(Direcção de Administração e Serviços)

Artigo 26.º
(Direcção de Infraestruturas e Equipamentos)

Artigo 27.º
(Direcção de Saúde)

Artigo 28.º
(Direcção de Segurança Institucional)

Artigo 29.º
(Direcção de Estudos, Informação e Análise)

Artigo 30.º
(Gabinete Jurídico)

Artigo 31.º
(Gabinete de Intercâmbio e Cooperação)

Artigo 32.º
(Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa)

CAPÍTULO VI
Serviços de apoio instrumental

Artigo 33.º
(Gabinete do Ministro)

Artigo 34.º
(Gabinete dos Secretários de Estado)

Artigo 35.º
(Gabinete do Inspector Geral do Ministério do Interior)

CAPÍTULO VII
Órgãos sob Superintendência

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7 Artigo
DE AGOSTO
36.º
(Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior)

Artigo 37.º
(Centro Integrado de Segurança Pública)
CAPÍTULO VIII
Serviços Executivos Locais

Artigo 38.º
(Delegação Provincial do Ministério do Interior)
Artigo 39.º
(Direcção)

Artigo 40.º
(Subordinação)
Artigo 41.º
(Coordenação das forças e serviços nos objectivos estratégicos)

CAPÍTULO IX
Direitos e Deveres Gerais
Artigo 42.º
(condecorações e distinções)

Artigo 43.º
(Deveres profissionais)

Artigo 44.º
(Sigilo profissional)

Artigo 45.º
(Actividades desportivas e culturais)
Artigo 46.º
(Uso e porte de arma de fogo e meios coercivos)

CAPÍTULO X
Mecanismos de orientação e controlo

Artigo 47.º
(Iminente lesão do interesse público)

Artigo 48.º
(Orientações e directivas)

Artigo 49.º

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(Regulamento interno)
7 DE AGOSTO

CAPÍTULO XI
Disposições finais

Artigo 50.º
(Quadro de pessoal, organigrama, disciplina e carreiras)

XI- NOTA DESTINADA A DIVULGAÇÃO NA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Sob presidência de Sua Excelência o Presidente da Repú blica e Titular do Poder


Executivo, o Conselho de Ministros apreciou e aprovou, na sessã o de hoje, a
proposta de novo Estatuto Orgâ nico do Ministério do Interior.

A aprovaçã o do referido diploma enquadra-se no â mbito do processo de


redimensionamento dos ó rgã os auxiliares do Titular do Poder Executivo, tendo
em conta a actual conjuntura política e econó mica que exige dos ó rgã os pú blicos
maior racionalidade na utilizaçã o dos recursos humanos e matérias postos à sus
disposiçã o.

O MINISTRO DO INTERIOR

EUGÉ NIO CÉ SAR LABORINHO

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7 DE AGOSTO
REPÚBLICA DE ANGOLA
---*---
PRESIDENTE DA REPÚBLICA

DECRETO PRESIDENCIAL N.º___/2023.


DE ______ DE _______________

Havendo necessidade de se proceder à adequaçã o da estrutura orgâ nica do


Ministério do Interior ao Decreto Legislativo Presidencial n.º 11/20, de 26 de
Agosto, que estabelece as regras de criaçã o, estruturaçã o e extinçã o dos servicos
da Administraçã o Central do Estado e dos demais organismos legalmente
equiparados;

Convindo ajustar as atribuiçõ es e competências dos ó rgã os e servicos do


Ministério do Interior ao actual contexto político, econó mico e social do País, no
â mbito do redimensionamento e da racionalidade da Administraçã o Central do
Estado;

Considerando a importâ ncia central do Ministério do Interior no quadro da


formulaçã o e execuçã o da política e estratégia de Segurança Pú blica;

O Presidente da Repú blica decreta, nos termos da alínea g) do artigo 120.º e do


n.º 4 do artigo 125º, ambos da Constituiçã o da Repú blica de Angola, o seguinte:
Artigo 1.º
(Aprovação)
É aprovado o Estatuto Orgâ nico do Ministério do Interior, anexo ao presente
diploma e que dele é parte integrante.
Artigo 2.º
(Revogação)
É revogada toda a legislaçã o que contrarie o disposto no presente diploma,
nomeadamente o Estatuto Orgâ nico do Ministério do Interior, aprovado pelo
Decreto Presidencial n.º 32/18, de 7 de Fevereiro.
Artigo 3.º
(Dúvidas e omissões)
As dú vidas e omissõ es suscitadas na interpretaçã o e aplicaçã o do presente
diploma sã o resolvidas pelo Presidente da Repú blica.
Artigo 4.º
(Entrada em vigor)
O presente diploma entra em vigor na data da sua publicaçã o.

Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos

Publique-se.

13
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO
Luanda, aos

O Presidente da Repú blica, João Manuel Gonçalves Lourenço.

14
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

REPÚBLICA DE ANGOLA
---*---
PRESIDENTE DA REPÚBLICA

ESTATUTO ORGÂNICO
DO MINISTÉRIO DO INTERIOR

CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Artigo 1.º
(Natureza)

O Ministério do Interior, abreviadamente designado por «MININT», é o


Departamento Ministerial Auxiliar do Titular do Poder Executivo, que tem por
missã o coordenar, executar, avaliar, propor e formular a política do Executivo
relativa à Segurança Pú blica, assim como inspeccionar e fiscalizar a actuaçã o e
desenvolvimento da administraçã o da Polícia Nacional de Angola, da Polícia de
Investigaçã o Criminal1, do Serviço de Migraçã o e Estrangeiros, do Comando de
Protecçã o Civil e Bombeiros e do Serviço Penitenciá rio, com vista a garantir a
ordem, a segurança e tranquilidade pú blicas, nos termos da Constituiçã o e da lei.

Artigo 2.º
(Atribuições)

O Ministério do Interior tem as seguintes atribuiçõ es:

1. No domínio da actividade em geral:

a) Propor e executar políticas pú blicas nos domínios segurança pú blica,


protecçã o dos direitos fundamentais, prevençã o e repressã o de
crimes, transgressõ es e contravençõ es;
b) Propor medidas de prevençã o geral e de combate à criminalidade;
c) Propor medidas sobre políticas pú blicas, legislativas e
regulamentares, nos domínios da segurança pú blica, destinadas a
garantir a prevençã o da criminalidade, protecçã o das fronteiras e de
fluxos migrató rios, a privaçã o da liberdade dos condenados e
detidos em condiçõ es de preservaçã o da dignidade humana, bem
como tomar medidas de precauçã o e socorro em situaçõ es de
calamidade decorrentes de causas naturais ou de outras;
d) Prestar auxílio à s autoridades pú blicas e privadas para manter a
ordem e a tranquilidade pú blicas, nos termos da lei;
e) Colaborar com as autoridades pú blicas estatais, autá rquicas,
tradicionais ou outras, para cumprimento da legalidade ou de
decisõ es judiciais, nos termos da lei;
1
Resultado das contribuições (DSI/CGPNA)

15
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
f) Promover campanhas de AGOSTO
7 DE sensibilizaçã o e formaçã o sobre ameaças
pú blicas geradas pela delinquência, trá fico de menores, exploraçã o
sexual, bem como a comercializaçã o e uso de estupefacientes;
g) Propor as bases de cooperaçã o técnica com outros países e
organizaçõ es internacionais nos domínios da segurança pú blica,
protecçã o dos cidadã os, prevençã o contra a delinquência e demais
crimes contra pessoas e contra a propriedade, protecçã o civil e
condiçõ es de privaçã o da liberdade, nos termos da lei;
h) Monitorizar e apresentar recomendaçõ es sobre as políticas pú blicas
de segurança, combate à delinquência, trá fico de drogas, protecçã o
civil, entre outros domínios integrados nas suas atribuiçõ es;
i) Propor políticas de auxílio aos ó rgã os da administraçã o da justiça;
j) Prosseguir as demais atribuiçõ es determinadas superiormente pelo
Presidente da Repú blica.
2. No domínio da segurança pública1:
a) Propor políticas e medidas legislativas e regulamentares para a
manutençã o da ordem e da tranquilidade pú blicas;
b) Propor e executar políticas que visem o respeito da legalidade e
a defesa dos direitos, liberdades e garantias dos cidadã os, através
dos seus serviços executivos centrais e locais;
c) Controlar e fiscalizar a execuçã o das políticas pú blicas dos ó rgã os
e serviços encarregues da ordem e tranquilidade pú blicas, nos
termos do presente estatuto;
d) Propor e executar políticas que visam o respeito da legalidade e a
defesa dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos
cidadã os através dos seus ó rgã os e serviços executivos;
e) Acompanhar a administraçã o e fomentar a racionalizaçã o e
aproveitamento eficiente dos recursos materiais, humanos e
financeiros colocados à disposiçã o da Polícia Nacional de Angola;
f) Promover e coordenar as políticas de asseguramento de recursos
matérias e financeiros necessá rios ao funcionamento e
operacionalizaçã o dos ó rgã os e forças da Polícia Nacional de
Angola;
g) Acompanhar a elaboraçã o do orçamento da Polícia Nacional de
Angola, bem como a proposta de programaçã o de investimento
em sistema de armas, equipamento e infra-estruturas policiais,
coordenar e fiscalizar a respectiva execuçã o;
h) Promover e assegurar acçõ es de caracter social e de saú de no
interesse dos seus quadros e dos efectivos da Polícia Nacional de
Angola;
i) Assegurar a inspecçã o e fiscalizaçã o da actuaçã o e
desenvolvimento da Polícia Nacional de Angola, nos termos da
Constituiçã o e da lei.

3. No domínio da investigação criminal:

1
Contribuições do Delegado Provincial da Huíla.

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ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
a) Auxiliar as autoridades judiciais e judiciá rias na administraçã o
7 DE AGOSTO
da justiça, nos termos da lei;
b) Efectuar a instruçã o preparató ria dos processos-crime em todas
as causas da sua competência, nos termos da lei;
c) Controlar o potencial delituoso, de acordo com o seu grau de
perigosidade social;
d) Analisar as causas que geram a criminalidade e suas
consequências e propor medidas que visam a sua prevençã o e
repressã o;
e) Fiscalizar a administraçã o e fomentar a racionalizaçã o e
aproveitamento eficiente dos recursos materiais, humanos e
financeiros colocados à disposiçã o da Polícia de Investigaçã o
Criminal;
f) Promover e coordenar as políticas de asseguramento de
recursos matérias e financeiros necessá rios ao funcionamento e
operacionalizaçã o dos ó rgã os e forças do Serviço de Investigaçã o
Criminal;
g) Acompanhar a elaboraçã o do orçamento da Polícia de
Investigaçã o Criminal, bem como a proposta de programaçã o de
investimento em sistemas tecnoló gicos, equipamentos e infra-
estruturas criminais, bem como coordenar e fiscalizar a
respectiva execuçã o;
h) Promover e assegurar acçõ es de caracter social e de saú de no
interesse dos seus quadros e dos efectivos da Polícia de
Investigaçã o Criminal;
i) Inspeccionar e fiscalizar a actuaçã o e desenvolvimento da Polícia
de Investigaçã o Criminal, nos termos da Constituiçã o e da lei.
4. No domínio da migração e estrangeiros:

a) Propor e executar a política migrató ria nacional;


b) Propor e executar medidas de políticas pú blicas, legislativas e
regulamentares no â mbito da migraçã o, estrangeiros e controlo
das fronteiras terrestres, aéreas, marítimas e fluviais;
c) Articular a execuçã o de políticas pú blicas, leis e regulamentos com
outros departamentos ministeriais que superintendem ou tutelam
ó rgã os e serviços cuja actividade tem incidência nas fronteiras
nacionais;
d) Articular a cooperaçã o com os países limítrofes no que toca à
segurança fronteiriça e assegurar o respeito pela legislaçã o
internacional no â mbito da migraçã o;
e) Propor políticas e medidas para emissã o e uso do Passaporte
Nacional;

f) Coordenar com as Missõ es Diplomá ticas e Consulares da


Repú blica de Angola a actividade relativa a prá tica de actos
consulares;

17
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
g) Propor e executar 7 DEmedidas
AGOSTO de controlo e fiscalizaçã o da
permanência dos cidadã os estrangeiros em territó rio nacional e
de combate a imigraçã o ilegal, em coordenaçã o com as forças de
Defesa, Segurança e Ordem Pú blica e os competentes ó rgã os da
administraçã o e do poder local;
h) Fiscalizar a administraçã o e fomentar a racionalizaçã o e
aproveitamento eficiente dos recursos materiais, humanos e
financeiros colocados à disposiçã o do Serviço de Migraçã o e
Estrangeiros;
i) Promover e coordenar as políticas de asseguramento de recursos
matérias e financeiros necessá rios ao funcionamento e
operacionalizaçã o dos ó rgã os e forças do Serviço de Migraçã o e
Estrangeiros;
j) Orientar a elaboraçã o do orçamento do Serviço de Migraçã o e
Estrangeiros, bem como a proposta de programaçã o de
investimento em sistemas tecnoló gicos, equipamentos e infra-
estruturas migrató rias, coordenar e fiscalizar a respectiva
execuçã o.
k) Acompanhar e assegurar acçõ es de caracter social e de saú de no
interesse dos seus quadros e dos efectivos do Serviço de Migraçã o
e Estrangeiros;
l) Assegurar a inspecçã o e fiscalizaçã o da actuaçã o e
desenvolvimento do Serviço de Migraçã o e Estrangeiros, nos
termos da Constituiçã o e da lei.
5. No domínio da Protecção Civil e Bombeiros:

a) Propor e executar a política de protecçã o civil;


b) Propor medidas de políticas pú blicas, legislativas e
regulamentares para prevençã o contra catá strofes naturais e
calamidades;
c) Propor e implementar programas de prevençã o contra catá strofes
naturais, inundaçõ es e calamidades;
d) Articular com as demais instituiçõ es a execuçã o de programas de
prevençã o e combate à s calamidades;
e) Garantir a execuçã o das medidas definidas no quadro da
Protecçã o Civil.
f) Fiscalizar a administraçã o e fomentar a racionalizaçã o e
aproveitamento eficiente dos recursos materiais, humanos e
financeiros colocados à disposiçã o do Comando de Protecçã o Civil
e Bombeiros;
g) Promover e coordenar as políticas de asseguramento de recursos
matérias e financeiros necessá rios ao funcionamento e
operacionalizaçã o dos ó rgã os e forças da Comando de Protecçã o
Civil e Bombeiros;

h) Acompanhar a elaboraçã o do orçamento do Comando de


Protecçã o Civil e Bombeiros, bem como a proposta de
programaçã o de investimento em sistemas tecnoló gicos,

18
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
equipamentos e 7infra-estruturas
DE AGOSTO de combate à incêndios,
coordenar e fiscalizar a respectiva execuçã o;
i) Promover e assegurar acçõ es de cará cter social e de saú de no
interesse dos seus quadros e do Comando de Protecçã o Civil e
Bombeiros;
a) Assegurar a inspecçã o e fiscalizaçã o da actuaçã o e
desenvolvimento do Comando de Protecçã o Civil e Bombeiros,
nos termos da Constituiçã o e da lei.
6. No domínio penitenciário:

a) Propor e executar a política penitenciá ria;


b) Propor e implementar medidas de políticas pú blicas, legislativas e
regulamentares com vista à ressocializaçã o dos reclusos e a
observâ ncia das imposiçõ es legais referentes aos detidos e
condenados;
c) Propor e executar programas especiais aos reclusos;
d) Apresentar propostas com vista à melhoria da dignidade humana
dos reclusos;
e) Promover a protecçã o dos direitos, liberdades e garantias
fundamentais dos reclusos;
f) Conceber propostas para aumentar os níveis de instruçã o e de
capacitaçã o técnico-profissional, bem como do envolvimento
laboral dos reclusos;
g) Fiscalizar a administraçã o e fomentar a racionalizaçã o e
aproveitamento eficiente dos recursos materiais, humanos e
financeiros colocados à disposiçã o do Serviço Penitenciá rio;
h) Promover e coordenar as políticas de asseguramento de recursos
matérias e financeiros necessá rios ao funcionamento e
operacionalizaçã o dos ó rgã os e forças do Serviço Penitenciá rio;
i) Acompanhar a elaboraçã o do orçamento da Serviço Penitenciá rio,
bem como a proposta de programaçã o de investimento em
sistemas tecnoló gicos, equipamentos e infra-estruturas de
reabilitaçã o, coordenar e fiscalizar a sua execuçã o;
j) Promover e assegurar acçõ es de cará cter social e de saú de no
interesse dos efectivos do Serviço Penitenciá rio;
k) Assegurar a inspecçã o e fiscalizaçã o da actuaçã o e
desenvolvimento do Serviço Penitenciá rio, nos termos da
Constituiçã o e da lei.

Artigo 3.º
(Princípios de Actividade)

19
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
1. O Ministério do Interior 7naDE
prossecuçã
AGOSTO o das suas atribuiçõ es observa os
seguintes princípios:

a) Da constitucionalidade e da legalidade;
b) Da proporcionalidade, da necessidade e da proibiçã o do excesso;
c) Da imparcialidade e da neutralidade;
d) Da probidade administrativa;
e) Da colaboraçã o com os particulares;
f) Da aproximaçã o dos serviços aos cidadã os;
g) Da prossecuçã o do interesse pú blico;
h) Da integridade e da responsabilidade;
i) Da cortesia e da urbanidade;
j) Da reserva e da discriçã o;
k) Da parcimó nia;
l) Da lealdade à s instituiçõ es e entidades pú blicas e aos superiores
interesses do Estado.

2. Todos os funcioná rios do Ministério do Interior, dos seus ó rgã os e


serviços estã o sujeitos aos valores da Pauta Deontoló gica do Serviço Pú blico, sem
prejuízo de normas deontoló gicas, bem como das normas disciplinares gerais e
específicas estabelecidas em diplomas pró prios.

CAPÍTULO II
Organização em Geral

SECÇÃO I
Órgãos e Serviços
Artigo 4.º
(Estrutura orgânica)
A estrutura orgâ nica do Ministério do Interior compreende os seguintes ó rgã os e
serviços:
1. Ó rgã os Centrais de Direcçã o Superior:
a) Ministro;
b) Secretá rios de Estado.

2. Ó rgã os de Apoio Consultivo:

a) Conselho de Segurança Pú blica;


c) Conselho Consultivo;
b) Conselho Superior de Quadros.
3. Forças e Serviços da Garantia da Ordem:
a) Polícia Nacional de Angola;
b) Polícia de Investigaçã o Criminal;
c) Serviço de Migraçã o e Estrangeiros;
d) Comando de Protecçã o Civil e Bombeiros;
e) Serviço Penitenciá rio.

20
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

4. Serviços de Apoio Técnico:


a) Inspecçã o Geral;
b) Direcçã o de Recursos Humanos;
c) Direcçã o de Planeamento e Finanças;
d) Direcçã o de Telecomunicaçõ es e Tecnologias de Informaçã o;
e) Direcçã o de Logística;
f) Direcçã o de Administraçã o e Serviços;
g) Direcçã o de Infraestruturas e Equipamentos;
h) Direcçã o de Saú de;
i) Direcçã o de Segurança Institucional;
j) Direcçã o de Estudos, Informaçã o e Aná lise;
k) Gabinete Jurídico;
l) Gabinete de Intercâ mbio e Cooperaçã o;
m) Gabinete de Comunicaçã o Institucional e Imprensa.
5. Serviços de Apoio Instrumental:
a) Gabinete do Ministro e dos Secretá rios de Estado;
b) Gabinete do Inspector Geral;
b) Corpo de Conselheiros, Assessores e Consultores1.
6. Ó rgã os sob superintendência:

a) Caixa de Protecçã o Social;


b) Centro Integrado de Segurança Pú blica;

7. Serviços Executivos Locais.

Delegaçõ es Provinciais.
CAPÍTULO III
SECÇÃO I
Direcção e Coordenação do Ministério
Artigo 5.º
(Ministro e Secretários de Estado)

1. O Ministro do Interior é o ó rgã o singular a quem compete dirigir, coordenar, e


controlar toda a actividade dos ó rgã os do Ministério, bem como exercer os
poderes de superintendência sobre os serviços colocados, por lei, sob sua
dependência.

2. No exercício das suas funçõ es, o Ministro do Interior é coadjuvado por


Secretá rios de Estado, aos quais pode subdelegar competências para
acompanhar, tratar e decidir os assuntos relativos à actividade e o funcionamento
do Ministério.
1
Contribuições do DIR. GAB. MININT.

21
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

Artigo 6.º
(Competências do Ministro)

1. Compete ao Ministro do Interior o seguinte:

a) Dirigir, coordenar e fiscalizar toda a actividade do Ministério do Interior


nos termos da lei, do estatuto orgâ nico e demais regulamentos orgâ nicos
e de funcionamento;
b) Auxiliar o Presidente da Repú blica, enquanto Titular do Poder Executivo e
Comandante-Em-Chefe das Forças Armadas Angolanas na conduçã o e
direcçã o da Polícia Nacional de Angola;
c) Auxiliar o Presidente da Repú blica, enquanto Titular do Poder Executivo e
Comandante-Em-Chefe das Forças Armadas Angolanas na coordenaçã o e
supervisã o da actuaçã o da Polícia de Investigaçã o Criminal, do Serviço de
Migraçã o e Estrangeiros, do Comando de Protecçã o Civil e do Serviço
Penitenciá rio;
d) Propor ao Presidente da Repú blica, enquanto Titular do Poder Executivo
e Comandante-Em-Chefe das Forças Armadas Angolanas diplomas
legislativos relativos à s Política de Segurança Pú blica, Política Criminal,
Política Migrató ria, Política de Protecçã o Civil e Política Penitenciá ria;
e) Apresentar ao Presidente da Repú blica, enquanto Comandante Em-Chefe
das Forças Armadas Angolanas, as propostas de nomeaçã o, exoneraçã o,
promoçã o, despromoçã o, graduaçã o, desgraduaçã o e demissã o dos
oficiais Comissá rios da Polícia Nacional de Angola e da Polícia de
Investigaçã o Criminal, nos termos da lei1;
f) Nomear, exonerar, promover, despromover e demitir os oficiais
Comissá rios do Serviço de Migraçã o e Estrangeiros, do Comando de
Protecçã o Civil e Bombeiros e do Serviço Penitenciá rio, nos termos da lei;
g) Apreciar os recursos sobre os actos de promoçã o, despromoçã o,
graduaçã o, desgraduaçã o, nomeaçã o e de demissã o dos oficiais superiores
da Polícia Nacional de Angola, nos termos da lei2;
h) Nomear, exonerar, promover, despromover e demitir os oficiais
superiores da Polícia de Investigaçã o Criminal, do Serviço de Migraçã o e
Estrangeiros, do Comando de Protecçã o Civil e Bombeiros e do Serviço
Penitenciá rio;
i) Nomear, promover, despromover, exonerar, admitir e demitir os
funcioná rios e agentes administrativos dos serviços internos do
Ministério do Interior;
j) Autorizar a mobilidade do pessoal afecto aos quadros de pessoal do
Ministério do Interior;
k) Exarar os despachos de transferência, permuta e destacamento;
l) Nomear os Directores Nacionais e equiparados, os chefes de
departamento e de secçã o dos serviços internos;
m) Exercer os poderes de direcçã o, assim como os poderes implícitos deles
decorrentes, sobre os responsá veis, técnicos e demais pessoal dos
1
Contribuições do DIR. GAB. MININT.
2
Contribuições dos membros do CCA.

22
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
serviços internos do Ministério do Interior, bem como das forças e
7 DE AGOSTO
serviços da garantia da ordem centrais e locais, nos termos do presente
estatuto e dos respectivos regulamentos orgâ nicos;
n) Definir e executar a política de quadros, em coordenaçã o com os
responsá veis das forças e serviços;
o) Assinar, em nome do Estado, os acordos, protocolos e contratos, no
â mbito dos domínios de actividade do Ministério do Interior;
p) Assegurar a representaçã o do Ministério do Interior, tanto a nível interno
como no exterior do País;
q) Avaliar o mérito ou a legalidade das decisõ es dos responsá veis das forças
e serviços centrais e locais;
r) Exercer o poder disciplinar sobre os responsá veis, quer das forças e
serviços centrais e locais, quer dos demais serviços;
s) Ordenar a instauraçã o de processos de inquéritos, sindicâ ncias e
disciplinares, sempre que acha indícios de violaçã o da lei ou da prá tica de
actos cujo mérito seja questioná vel;
t) Suspender, anular e revogar, nos termos da lei, os actos dos responsá veis
das forças e serviços centrais e locais que violem a lei ou sejam
considerados inoportunos ou inconvenientes para o interesse pú blico;
u) Indicar o Secretá rio de Estado que o substitui nas suas ausências ou
impedimentos;
v) Assegurar a execuçã o das leis e regulamentos ligados à s matérias
relativas aos domínios do Ministério do Interior;
w) Praticar os demais actos necessá rios ao exercício das suas funçõ es e os
que lhe forem determinados por lei ou orientaçã o superior.

2. Compete, ainda, ao Ministro do Interior fiscalizar e controlar a correcta


utilizaçã o dos recursos humanos, materiais e financeiros postos à disposiçã o da
Polícia Nacional de Angola, da Polícia de Investigaçã o Criminal, do Serviço de
Migraçã o e Estrangeiros do Comando de Protecçã o Civil e Bombeiros, do Serviço
Penitenciá rio, dos ó rgã os e serviços dele dependente, bem como a correcta
aplicaçã o da legislaçã o em vigor.

Artigo 7.º
(Forma dos actos)

1. No exercício das suas competências com eficá cia externa, o Ministro do Interior
exara Decretos Executivos e Despachos.

2. Em matéria de cará cter interno, o Ministro do Interior emite Ordens de Serviço,


Circulares e Directivas.

3. Os serviços competentes do Ministério do Interior devem assegurar a pronta e


imediata publicaçã o em Diá rio da Repú blica dos actos referidos nos nú meros
anteriores.
Artigo 8.º
(Subdelegação de Poderes)

23
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
1. O Ministro do Interior pode7 subdelegar
DE AGOSTOnos Secretá rios de Estado, nos
Directores Nacionais ou equiparados, poderes para executar e decidir assuntos da
sua competência.

2. A subdelegaçã o de poderes pelos subdelegados carece de autorizaçã o expressa


do Ministro do Interior.

3. O acto de subdelegaçã o assume a forma de Despacho e, para a sua eficá cia, deve
ser publicado em Diá rio da Repú blica.

4. O Ministro do Interior pode, a todo o tempo, avocar as competências


subdelegadas.

5. Os actos praticados pelo subdelegado podem ser revogados pelo Ministro do


Interior.

Artigo 9.º
(Secretários de Estado)

1. Os Secretá rios de Estado sã o entidades coadjutoras do Ministro do Interior.

2. Compete aos Secretá rios de Estado o seguinte:

a) Coadjuvar o Ministro no exercício das suas competências e na


prossecuçã o das atribuiçõ es do Ministério do Interior;
b) Por designaçã o expressa, substituir o Ministro do Interior nas suas
ausências e impedimentos;
c) Desempenhar as competências subdelegadas pelo Ministro do Interior.

Artigo 10.º
(Inspector Geral)

1. O Inspector Geral do Ministério do Interior é a entidade encarregue de auxiliar


o Ministro do Interior no controlo, fiscalizaçã o e na certificaçã o da correcta
administraçã o dos recursos humanos, materiais e financeiros, postos pelo Estado
à disposiçã o do Ministério do Interior, da Polícia Nacional de Angola, da Polícia de
Investigaçã o Criminal, do Comando de Protecçã o Civil e Bombeiros, do Serviço de
Migraçã o e Estrangeiros e do Serviço Penitenciá rio e dos demais ó rgã os e
serviços, sob sua direcçã o e superintendência, bem como a correcta observâ ncia,
dos regulamentos e das ordens pertinentes em vigor.

2. O Inspector Geral do Ministério do Interior desenvolve a sua acçã o em todo


territó rio nacional, na cadeia hierá rquica do Ministério do Interior, da Polícia
Nacional de Angola, da Polícia de Investigaçã o Criminal, do Comando de
Protecçã o Civil e Bombeiros, do Serviço de Migraçã o e Estrangeiros e do Serviço
Penitenciá rio, do efectivo empenhado em missõ es no exterior do País, bem como
do colectivo de estudantes e bolseiros do MININT.

24
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
3. O Inspector Geral do Ministério7do
DEInterior
AGOSTO é equiparado à Secretá rio de Estado
e é coadjuvado por um Inspector Geral-Adjunto, com a categoria de Director
Nacional.

SECÇÃO II
Órgãos de apoio consultivo

Artigo 11.º
(Conselho de Segurança Pública)

1. O Conselho de Segurança Pú blica é o ó rgã o de consulta do Ministro do Interior


para a planificaçã o e execuçã o da estratégia do Ministério relativa à Segurança
Pú blica, bem como a actividade de prevençã o e investigaçã o criminal1.

2. Compete ao Conselho de Segurança Pú blica auxiliar e aconselhar o Ministro do


Interior na definiçã o das acçõ es de coordenaçã o das actividades do Ministério no
â mbito do Sistema Nacional de Protecçã o Civil inerentes à s situaçõ es de
calamidades pú blicas, catá strofes naturais, riscos e desastres.

3. Compete, ainda, ao Conselho de Segurança Pú blica:


a) Estabelecer directrizes de cariz técnico e operacional para os ó rgã os de
polícia criminal para o eficaz exercício da actividade de prevençã o e inves-
tigaçã o criminal, bem como garantir os meios técnicos e tecnoló gicos de
apoio à investigaçã o criminal;
b) Definir os crimes prioritá rios em matéria de investigaçã o criminal, de
acordo com as políticas de segurança pú blica e criminal;
c) Assegurar a cooperaçã o e a coordenaçã o operacional entre os ó rgã os de
polícia criminal de competência genérica;
4. O Conselho de Segurança Pú blica é presidido pelo Ministro do Interior.

5. O Conselho de Segurança Pú blica rege-se por um regulamento aprovado pelo


Ministro do Interior.

Artigo 12.º
(Conselho Consultivo)
1. O Conselho Consultivo é o ó rgã o colegial de apoio e consulta do Ministro do
Interior, ao qual incumbe apreciar e pronunciar-se sobre assuntos a ele
submetidos.
2. O Conselho Consultivo é convocado e presidido pelo Ministro do Interior e
pode ser:

a) Restrito;
b) Operativo;
c) Normal;
d) Alargado.

1
Contribuições Delegado Provincial da Huíla.

25
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO
3. O Conselho Consultivo rege-se por um regulamento aprovado pelo Ministro do
Interior.

Artigo 13.º
(Conselho Superior de Quadros)

1. O Conselho Superior de Quadros é o ó rgã o de apoio ao Ministro, ao qual


compete proceder à aná lise e emissã o de pareceres sobre a gestã o de recursos
humanos.

2. O Conselho Superior de Quadros rege-se por um regulamento aprovado pelo


Ministro do Interior.

CAPÍTULO IV
Forças e serviços da garantia da ordem1
SECÇÃO I
Natureza

Artigo 14.º
(Natureza Jurídica)

1. As Forças e Serviços da Garantia da Ordem têm a natureza de ó rgã os da


Administraçã o Directa do Estado, sob orientaçã o ou dependência do Ministério
do Interior, nos termos da lei, dotados de autonomia administrativa e de gestã o
orçamental para a prossecuçã o das respectivas missõ es, sem prejuízo dos
poderes de hierarquia do Ministro do Interior para assegurar o interesse pú blico,
a legalidade e o mérito dos actos e medidas operativas.

2. A autonomia administrativa deve incluir poderes bastantes para que os


responsá veis das Forças e Serviços pratiquem actos definitivos e executó rios com
eficá cia externa.

3. A autonomia de gestã o orçamental dos ó rgã os deve assegurar a existência de


um orçamento pró prio, a possibilidade de celebrar contratos de fornecimento
contínuo e contratos no â mbito da gestã o autó noma.

4. No quadro da autonomia de gestã o orçamental, cada ó rgã o deve ser inscrito no


Orçamento Geral do Estado como unidades orçamentais.

SUBSECÇÃO I

1
Contribuições do 2.º CGPNA (Ferreira de Andrade) e do Delegado Provincial da Huíla.

26
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
Forças de segurança
7 DE AGOSTOpública
Artigo 15.º
(Polícia Nacional de Angola)

1. A Polícia Nacional de Angola, abreviadamente designada por «PNA», é uma


instituiçã o militarizada, uniformizada, armada e apartidá ria com natureza de
força de segurança pú blica, dotada de capacidade jurídica, de autonomia
operacional, administrativa, financeira e patrimonial, com a natureza de unidade
financeira a qual incumbe a protecçã o e asseguramento policial do País, a
garantia da segurança interna e dos direitos dos cidadã os, a manutençã o da
ordem e tranquilidade pú blicas, a prevençã o da delinquência e o combate à
criminalidade e a colaboraçã o na execuçã o das políticas de defesa e
segurança nacionais1.
2. A organizaçã o e o funcionamento da PNA sã o regulados em diploma pró prio.

Artigo 16.º
(Policia de Investigação Criminal)
1. A Polícia de Investigaçã o Criminal, abreviadamente designada por «PIC», é o
corpo de polícia criminal e judiciá ria a qual incumbe executar as políticas e
medidas legislativas destinadas a investigar indícios de crimes, a adoptar os
meios de prevençã o e repressã o da criminalidade, do crime organizado, do trá fico
de estupefaciente, a corrupçã o, do crime econó mico e financeiro e demais crimes
contra as pessoas e contra a propriedade, realizar a instruçã o preparató ria dos
processos-crime em todas as causas de sua competência e efectuar detençõ es,
revistas, buscas e apreensõ es, nos termos da lei.

2. A organizaçã o e o funcionamento da PIC sã o regulados em diploma pró prio.

SUBSECÇÃO II
Serviços de segurança pública2

Artigo 17.º
(Serviço de Migração e Estrangeiros)

1. O Serviço de Migraçã o e Estrangeiros, abreviadamente designado por «SME» é


o serviço de segurança pú blica ao qual incumbe executar as políticas e medidas
legislativas e regulamentares relacionadas com a entrada, trâ nsito, permanência,
residência e saída de cidadã os estrangeiros do territó rio nacional, bem como o
controlo do movimento de pessoas, através das fronteiras terrestres, marítimas,
fluviais e aéreas e a emissã o e o controlo do passaporte nacional.

2. A organizaçã o e o funcionamento do SME sã o regulados em diploma pró prio.

Artigo 18.º
1
Contribuições (CGPNA, DIR. GAB. MININT e DSI)
2
Contribuições do 2.º CGPNA (Ferreira de Andrade) e do Delegado Provincial da Huíla.

27
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
(Comando de Protecção Civil e Bombeiros)
7 DE AGOSTO

1. O Comando de Protecçã o Civil e Bombeiros, abreviadamente designado por


«CPCB», o serviço de segurança pú blica responsá vel por coordenar a actividade
de prevençã o e socorro, em casos de calamidades, inundaçõ es, extinçã o de
incêndios, socorro a ná ufragos, acidentes de viaçã o, ferroviá rios e de aviaçã o.

2. A organizaçã o e o funcionamento do CPCB sã o regulados em diploma pró prio.

Artigo 19.º
(Serviço Penitenciário)

1. O Serviço Penitenciá rio, abreviadamente designado por «SP», é o serviço de


segurança pú blica ao qual compete executar as medidas privativas da liberdade
dos cidadã os, determinadas pelas autoridades judiciais competentes, bem como
executar políticas pú blicas de reabilitaçã o e reinserçã o social dos reclusos.

2. A organizaçã o e o funcionamento do SP sã o regulados em diploma pró prio.

CAPÍTULO V
Serviços de Apoio Técnico
Inspecção Geral

Artigo 20.º
(Inspecção Geral)

1. A Inspecçã o Geral do Ministério do Interior, abreviadamente designada por


«IG» é o serviço de apoio técnico que tem por missã o assegurar, numa perspectiva
sistemá tica, o acompanhamento e avaliaçã o permanentes da execuçã o das
políticas de segurança pú blica, contribuindo para a melhoria do funcionamento
dos ó rgã os e serviços do Ministério do Interior, apreciar a legalidade e
regularidade dos actos praticados pelo pessoal militarizado da Policia Nacional de
Angola, da Polícia de Investigaçã o Criminal, do Comando de Protecçã o Civil e
Bombeiros, do Serviço Penitenciá rio e do Serviço de Migraçã o e Estrangeiros, dos
ó rgã os e serviços sujeitos à superintendência do Ministro do Interior, bem como
avaliar a sua gestã o e os seus resultados, através do controlo de auditoria técnica,
de desempenho e financeira.

2. O pessoal da IG integra um corpo especial de inspectores sujeitos ao regime


especial de carreiras específicas.

3. A Inspecçã o Geral tem as seguintes atribuiçõ es:

a) Velar pelo cumprimento das leis e dos regulamentos, tendo em vista


o bom funcionamento dos serviços tutelados pelo Ministro, a defesa dos legítimos
interesses dos cidadã os, a salvaguarda do interesse pú blico e a reintegraçã o da
legalidade violada;

28
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
b) Realizar inspecçõ es 7 ordiná rias e utilizar métodos de auditoria com
DE AGOSTO
vista a regular a avaliaçã o da eficiência e eficá cia dos serviços integrados na
orgâ nica do MININT, de acordo com o respectivo plano de actividades;
c) Realizar inspecçõ es extraordiná rias, superiormente determinadas,
com os objectivos e utilizando os métodos referidos na alínea anterior com ou
sem aviso prévio;
d) Apreciar as queixas, reclamaçõ es e denú ncias apresentadas por
eventuais violaçõ es da legalidade e, em geral, as suspeitas de irregularidade ou
deficiência do funcionamento dos serviços;
e) Efectuar inquéritos, sindicâ ncias e peritagens determinadas pelo
Ministro do Interior, necessá rias para a prossecuçã o das respectivas
competências;
f) Instaurar Processos de Averiguaçõ es;
g) Propor a instruçã o de Processos Disciplinares e instruir aqueles que
forem determinados pelo Ministro do Interior;
h) Participar aos ó rgã os competentes para a investigaçã o criminal os
factos com relevâ ncia jurídico-criminal e colaborar com aqueles ó rgã os na
obtençã o de provas, sempre que isso for solicitado;
i) Propor ao Ministro providências legislativas relativas à melhoria da
qualidade e eficiência dos serviços e ao aperfeiçoamento das instituiçõ es de
segurança e de protecçã o civil;
j) Coligir, analisar e interpretar os elementos necessá rios à preparaçã o
da resposta aos pedidos de esclarecimento feitos pelas organizaçõ es nacionais e
internacionais de defesa e protecçã o dos Direitos Humanos;
k) Realizar estudos e emitir pareceres sobre quaisquer matérias
respeitantes à s respectivas atribuiçõ es;
l) Exercer outras competências previstas na Lei ou superiormente
ordenadas, no domínio das respectivas atribuiçõ es.
4. A Inspecçã o-Geral é dirigida pelo Inspector Geral, coadjuvado por um Inspector
Geral-Adjunto.

Artigo 21.º
(Direcção de Recursos Humanos)

1. A Direcçã o de Recursos Humanos, abreviadamente designada por «DRH», é o


serviço de apoio técnico ao qual incumbe a gestã o do pessoal, bem como a
concepçã o e a coordenaçã o de políticas de desenvolvimento de recursos humanos
dos serviços executivos e ó rgã os dependentes.

2. A Direcçã o de Recursos Humanos tem as seguintes atribuiçõ es:

a) Fazer a gestã o dos recursos humanos dos serviços internos do


Ministério do Interior;
b) Propor e executar o programa de formaçã o e aperfeiçoamento
profissional dos directores, chefes, funcioná rios, agentes administrativos, bem
como do pessoal do regime especial de carreiras em comissã o de serviço na sede
do Ministério do Interior;
c) Assegurar a gestã o integrada de todo o pessoal do Ministério do
Interior, no que se refere a concurso, a provimento, a promoçã o, a progressã o, a

29
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
transferência, a permuta, a destacamento,
7 DE AGOSTOa exoneraçã o, a demissã o e a
aposentaçã o, mediante coordenaçã o com os responsá veis dos restantes serviços
internos;
d) Proceder ao controlo da assiduidade;
e) Preparar a proposta de aposentaçã o por limite de idade ou por
tempo de serviço, dos funcioná rios do ó rgã o central do MININT, dos serviços
executivos e dos ó rgã os dependentes, para decisã o do Ministro do Interior;
f) Organizar as folhas de salá rios dos responsá veis, funcioná rios,
agentes administrativos, assalariados e do pessoal contratado, para posterior
liquidaçã o;
g) Desempenhar as demais funçõ es que lhe sejam atribuídas por lei,
regulamento ou por determinaçã o superior.

3. A Direcçã o de Recursos Humanos é dirigida por um Director Nacional,


coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto.

Artigo 22.º
(Direcção de Planeamento e Finanças)

1. A Direcçã o de Planeamento e Finanças, abreviadamente designada por «DPF», é


o serviço de apoio técnico de natureza transversal, ao qual incumbe fazer a gestã o
do patrimó nio e do orçamento do Ministério do Interior.

2. A Direcçã o de Planeamento e Finanças presta apoio metodoló gico aos serviços


executivos e aos ó rgã os dependentes, sem prejuízo de possuírem congéneres nas
suas estruturas internas.

3. A Direcçã o de Planeamento e Finanças tem as seguintes atribuiçõ es:

a) Elaborar o projecto de orçamento do Ministério do Interior,


enquanto unidade orçamental, bem como prestar apoio metodoló gico aos
serviços executivos e ó rgã os dependentes para o mesmo fim;
b) Acompanhar a execuçã o do orçamento do MININT, de acordo com as
indicaçõ es metodoló gicas previstas por lei e com base nas orientaçõ es
superiores;
c) Submeter ao Ministro do Interior o relató rio anual de execuçã o e,
apó s aprovaçã o, a nível interno, remetê-lo aos competentes ó rgã os de
fiscalizaçã o, nos termos da lei;
d) Assegurar a gestã o do patrimó nio mobiliá rio e imobiliá rio,
garantindo o fornecimento de bens e equipamentos necessá rios ao
funcionamento dos serviços do Ministério do Interior, bem como a sua protecçã o,
manutençã o e conservaçã o;
e) Propor e executar o plano de desenvolvimento do Ministério do
Interior e dos seus Ó rgã os;
f) Propor, conceber e acompanhar os programas de investimento
pú blico e respectivos concursos pú blicos, ligados aos domínios do Ministério do
Interior e dos serviços executivos centrais,

30
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
g) Garantir a correcta7aplicaçã o do regime jurídico da contrataçã o
DE AGOSTO
pú blica mediante a padronizaçã o dos processos e a disponibilizaçã o de
informaçõ es customizadas, nos termos da lei;
h) Participar na preparaçã o, negociaçã o e compatibilizaçã o de contratos
de investimento pú blico, celebrados pelo MININT e acompanhar a sua execuçã o;
i) Conduzir todo processo de formaçã o dos contratos pú blicos de
empreitadas de obras pú blicas, aquisiçã o de bens imó veis e mó veis, bem como
aquisiçã o de bens e serviços;
j) Coordenar a funçã o de compra do Ministério do Interior;
k) Apoiar a Unidade de Contrataçã o Pú blica do Ministério do Interior na
definiçã o das necessidades, da escolha e dos momentos da realizaçã o do
procedimento, bem como na preparaçã o das respectivas peças;
l) Desempenhar as demais funçõ es que lhe sejam atribuídas por lei,
regulamento ou por determinaçã o superior.
4. A Direcçã o de Planeamento e Finanças é dirigida por um Director
Nacional, coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto.

Artigo 23.º
(Direcção de Telecomunicações e Tecnologias de Informação)

1. A Direcçã o de Telecomunicaçõ es e Tecnologias de Informaçã o, abreviadamente


designada por «DTTI», é o serviço de apoio técnico ao qual incumbe proceder ao
estudo, à concepçã o e à coordenaçã o das actividades relativas à aquisiçã o e
instalaçã o dos meios de comunicaçõ es e informá ticos.

2. A Direcçã o de Telecomunicaçõ es e Tecnologias de Informaçã o tem as seguintes


atribuiçõ es:

a) Estudar e planear, numa perspectiva de rentabilizaçã o e potenciaçã o da


eficá cia e de interoperabilidade, a arquitectura dos sistemas de informaçã o
de comunicaçõ es e coordenar a gestã o dos sistemas existentes nos ó rgã os
executivos e demais serviços e organismos do MININT;
b) Promover a normalizaçã o de conceitos, definir normas gerais e
específicas relativas à negociaçã o e administraçã o de contratos de aquisiçã o e
determinar os procedimentos de utilizaçã o e de comunicaçõ es, bem como prestar
assessoria técnica neste domínio;
c) Proceder ao estudo e emitir pareceres técnicos sobre a aquisiçã o de
meios de comunicaçõ es, informá ticos e equipamentos afins, bem como zelar pela
sua instalaçã o, utilizaçã o e manutençã o.

3. A Direcçã o de Telecomunicaçõ es e Tecnologias de Informaçã o é dirigida por


um Director Nacional, coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto.

Artigo 24.º
(Direcção de Logística)

1. A Direcçã o de Logística, abreviadamente designada por «DL», é o serviço de


apoio técnico ao qual incumbe exercer a funçã o de asseguramento logístico, nos

31
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
domínios de bens alimentares, material de guerra e de aquartelamento, vestuá rio
7 DE AGOSTO
e calçado e de outros meios materiais.

2. A Direcçã o de Logística presta apoio metodoló gico aos serviços executivos e


aos ó rgã os dependentes.

3. A Direcçã o de Logística tem as seguintes atribuiçõ es:

a) Elaborar estudos conducentes ao estabelecimento das políticas de


logística das forças, serviços e populacao penal;
b) Promover a normalizaçã o de conceitos e definir normas gerais e
específicas no â mbito da alimentacao do material de guerra e de aquartelamento,
de vestuario e calçado e de outros equipamentos;
c) Estabelecer com as Forças Armadas Angolanas e os serviços
especializados programas de cooperaçã o no â mbito das suas atribuiçõ es;
d) Proceder ao estudo, orientaçã o e controlo das questõ es atinentes ao
asseguramento logístico;
e) Exercer as demais atribuiçoes estabelecedidas pou lei ou
determinadas superiormente.
4. A Direcçã o de Logística é dirigida por um Director Nacional, coadjuvado por
um Director Nacional-Adjunto.

Artigo 25.º
(Direcção de Administração e Serviços)

1. A Direcçã o de Administraçã o e Serviços, abreviadamente designada por «DAS»,


é o ó rgã o de apoio técnico ao qual cabe prestar apoio aos distintos ó rgã os e
serviços do MININT, assegurando a recepçã o, triagem, expediçã o e tratamento de
toda a documentaçã o, bem como estabelecer o relacionamento do Ministério do
Interior com os demais organismos, e realizar actividades relativas ao protocolo e
relaçõ es pú blicas dos ó rgã os e serviços do MININT.

2. A Direcçã o de Administraçã o e Serviços tem as seguintes atribuiçõ es:

a) Assegurar a recepçã o, triagem, expediçã o e tratamento de toda a


documentaçã o dirigida ao Ministério do Interior;
b) Assegurar o relacionamento do Ministério do Interior com os demais
organismos;
c) Realizar actividades relativas ao protocolo e relaçõ es pú blicas dos
ó rgã os e serviços do MININT;
d) Recepcionar, cadastrar e distribuir toda a correspondência
destinada aos ó rgã os do MININT;
e) Cuidar das Instalaçõ es do Edifício Sede do MININT, garantindo a
higiene e limpeza, bem como a manutençã o dos equipamentos nele instalado;

f) Exercer as demais atribuiçõ es superiormente determinadas;

32
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
3. A Direcçã o de Administraçã o 7e DE
Serviços
AGOSTOé dirigida por um Director Nacional,
coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto1.

Artigo 26.º
(Direcção de Infraestruturas e Equipamentos)

1. A Direcçã o de Infraestruturas e Equipamentos, abreviadamente designada por


«DIE», é o ó rgã o de apoio técnico ao qual incumbe proceder ao estudo, concepçã o,
coordenaçã o, apoio técnico e execuçã o no domínio da gestã o do patrimó nio, das
infraestruturas e dos equipamentos necessá rios à prossecuçã o das atribuiçõ es
cometidas ao MININT.

2. A Direcçã o de Infraestruturas e Equipamentos tem as seguintes atribuiçõ es:


a) Elaborar os estudos conducentes ao estabelecimento das políticas de
infraestruturas;
b) Elaborar e propor, com a cooperaçã o dos ó rgã os executivos do
MININT, os planos plurianuais de equipamento, executar os investimentos que
sejam da sua competência, acompanhar e controlar a execuçã o dos que forem da
responsabilidade de outros serviços e organismos do MININT;
c) Garantir a assistência técnica dos equipamentos e dos motor
recursos e ao controlo da sua adequada utilizaçã o;
d) Cuidar da manutençã o das infraestruturas do Ministério e prestar
assessoria técnica e metodoló gica aos demais serviços, bem como executar
actividades prá ticas no domínio das obras e construçõ es.

3. A Direcçã o de Infraestruturas e Equipamentos é dirigida por um Director


Nacional, coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto.

Artigo 27.º
(Direcção de Saúde)

1. A Direcçã o de Saú de, abreviadamente designada por «DS», é o ó rgã o de apoio


técnico ao qual incumbe participar na definiçã o de políticas relativas à assistência
médico-medicamentosa aos trabalhadores do Ministério do Interior, seus
familiares e reclusos.

2. A Direcçã o de Saú de tem as seguintes atribuiçõ es:


a) Propor, formular e executar a política do Ministro relativa a saú de
preventiva e curativa do pessoal, seus familiares e dos reclusos;
b)Coordenar metodologicamente a actividade dos serviços médicos dos
serviços executivos centrais do Ministério do Interior;
c) Executar as orientaçõ es relativas à s políticas médico-sanitá rias e as
respeitantes à preparaçã o especial do pessoal ligado a esta actividade específica;
d) Proceder ao estudo e emitir pareceres técnicos sobre a aquisiçã o de
meios médico-sanitá rios e equipamentos afins, assim como zelar pela sua
instalaçã o, utilizaçã o e manutençã o;
e) Desempenhar as demais funçõ es atribuídas por lei ou por
determinaçã o superior.
1
Proposta do GTJ/MININT e da DAS/MININT.

33
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO
3. A Direcçã o de Saú de é dirigida por um Director Nacional, coadjuvado por um
Director Nacional-Adjunto.

Artigo 28.º
(Direcção de Segurança Institucional)

1. A Direcçã o de Segurança Institucional, abreviadamente designada por «DSI», é


o ó rgã o de apoio técnico ao qual incumbe garantir a segurança, controlo de
acesso de pessoas e bens e a protecçã o das instalaçõ es, documentos e patrimó nio
do Ministério do Interior.

2. A Direcçã o de Segurança Institucional tem as seguintes atribuiçõ es:

a) Proceder à vigilâ ncia e protecçã o das instalaçõ es, patrimó nio e


documentos contra acessos nã o autorizados;
b) Garantir a segurança à s pessoas e proteger os bens presentes no
perímetro das instalaçõ es;
c) Proceder ao controlo dos acessos à s instalaçõ es, obstando a
presença de pessoas nã o autorizadas ao serviço, patrimó nio e documentos;
d) Assegurar o cumprimento das normas relativas à classificaçã o e
protecçã o documental;
e) Conceder e implementar planos de segurança, contingência e
emergência face aos riscos de segurança das instalaçõ es e do funcionamento da
instituiçã o;
f) Proceder à gestã o da plano de segurança e protecçã o das instalaçõ es
e a aplicaçã o das normas de segredo estatal e segurança documental ao nível dos
ó rgã os do MININT;
g) Coordenar com os ó rgã os afins das forças de defesa, segurança e
ordem interna no aprimoramento da aplicaçã o das normas de segredo estatal e
segurança documental;
h) Desempenhar as demais funçõ es que lhe forem atribuídas por lei,
regulamento ou por determinaçã o superior.

4. A Direcçã o de Segurança Institucional é dirigida por um Director Nacional,


coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto.

Artigo 29.º
(Direcção de Estudos, Informação e Análise)

1. A Direcçã o de Estudos, Informaçã o e Aná lise, abreviadamente designada por


«DEIA», é o ó rgã o de apoio técnico ao qual incumbe observar os dados de
interesse para a segurança interna do Estado e para a ordem e tranquilidade
pú blicas, em especial os de â mbito operativo.

2. A Direcçã o de Estudos, Informaçã o e Aná lise tem as seguintes atribuiçõ es:

34
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
a) Recolher todos os7dados relevantes dos serviços internos e dos
DE AGOSTO
serviços executivos centrais, para tratamento e posterior
informaçã o ao Ministro do Interior;
b) Recolher, analisar e arquivar todos os dados relevantes para a
tarefa dos serviços executivos centrais, com vista à manutençã o
da ordem e da tranquilidade pú blicas e a segurança interna;
c) Elaborar as Directivas do Ministro do Interior e os
correspondentes Cronogramas de Acçõ es;
d) Elaborar os Planos Anuias do MININT e o Plano de Trabalho
Mensal do Ministro do Interior;
e) Exercer a coordenaçã o da funçã o de organizaçã o a nível do
MININT, verificando o cumprimento do que foi planeado,
eventuais desvios e erros, para a sua corecçã o;
f) Elaborar os relató rios perió dicos gerais e específicos do MININT;
g) Analisar, regularmente, a execuçã o geral das actividades do
MININT;
h) Dar o necessá rio tratamento à informaçã o estatística, relativa ao
Sector, em articulaçã o com o Sistema Estatístico Nacional;
i) Exercer a funçã o de ó rgã o de coordenaçã o metodoló gica dos
ó rgã os de informaçã o e aná lise a nível central e provincial;
j) Elaborar estudos e apresentar propostas concretas sobre a
organizaçã o do MININT;
k) Promover a criaçã o de instrumento metodoló gicos e dispositivos
técnicos, essenciais para a melhor cumprimento das orientaçõ es
superiores e propor a sua actualizaçã o, sempre que se entender
necessá rio;
l) Desempenhar as demais funçõ es que lhe sejam atribuídas por lei,
regulamento ou por determinaçã o superior.

3.A Direcçã o de Estudos, Informaçã o e Aná lise é dirigido por um Director


Nacional, coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto.

Artigo 30.º
(Gabinete Jurídico)

1. O Gabinete Jurídico, abreviadamente designada por «GJ», é ó rgã o de apoio


técnico de natureza transversal, coordenador metodoló gico das matérias de
Direito, ao qual incumbe coordenar, superintender e realizar todas as tarefas de
assessoria jurídica, contenciosa, produçã o de estudos, pareceres e instrumentos
jurídicos do sector e de estudos no domínio legislativo e cabendo-lhe prestar
apoio técnico ao Ministro e aos demais serviços internos.

2. O Gabinete Jurídico tem as seguintes atribuiçõ es:

a) Estudar a legislaçã o em vigor, dar forma adequada aos projectos


legislativos e aos demais actos administrativos do Ministério do
Interior;

35
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
b) apoiar os demais ó 7 rgã
DEosAGOSTO
do Ministério do Interior, em matéria
técnico-jurídica e emitir pareceres sobre assuntos que lhe sejam
apresentados;
c) Elaborar projectos de diplomas legais e demais instrumentos
jurídicos nos domínios da actividade policial, serviços de migraçã o e
estrangeiros, serviços penitenciá rios e serviço de protecçã o civil e
bombeiros;
d) Investigar e proceder a estudos de direito comparado, tendo em
vista a elaboraçã o ou aperfeiçoamento da legislaçã o sobre segurança
e protecçã o interior;
e) Analisar e emitir pareceres sobre convénios, tratados, acordos,
contratos, protocolos e demais instrumentos de direito interno ou
internacional que que o MININT seja parte ou tenha interesse;
f) Elaborar estudos sobre a eficá cia de diplomas legais e propor
alteraçõ es;
g) Emitir parecer e prestar informaçõ es sobre assuntos de natureza
jurídica relacionados com os domínios de actividade do MININT;
h) Compilar, anotar e divulgar toda legislaçã o relacionada com a acçã o
do MININT e dos ó rgã os executivos centrais;
i) Participar nos trabalhos preparató rios relativos a acordos, tratados e
convençõ es;
j) Apoiar os serviços competentes do MININT na concepçã o de
procedimentos jurídicos adequados à implementaçã o de acordos,
tratados e convençõ es;
k) Representar o Ministério do Interior no foro, nos casos em que nã o
for conferido mandato a Advogado, em coordenaçã o com o
Ministério Pú blico;
l) Promover em colaboraçã o com a PGR e Tribunais Militares a
realizaçã o de eventos, como seminá rios e palestras para divulgaçã o e
esclarecimento de legislaçã o específica;
m) Acompanhar todo contencioso que diga respeito ao MININT,
promovendo as diligências necessá rias à sua composiçã o ou
conclusã o;
n) Desempenhar as demais funçõ es que lhe sejam atribuídas por lei,
regulamento ou por determinaçã o superior.

3. O Director do Gabinete Jurídico é o coordenador do Grupo Técnico-Jurídico


para Questõ es Legais do Ministério do Interior, sendo a sua organizaçã o e
funcionamento objecto de regulamentaçã o pró pria aprovada pelo Ministro do
Interior.

4 . O Gabinete Jurídico é dirigido por um Director Nacional, coadjuvado por um


Director Nacional-Adjunto.

Artigo 31.º
(Gabinete de Intercâmbio e Cooperação)
1. O Gabinete de Intercâ mbio e Cooperaçã o, abreviadamente designada por «GIC»,
é o ó rgã o de apoio técnico ao qual cabe exercer as actividades relativas ao

36
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
estabelecimento de relaçõ es com instituiçõ
7 DE AGOSTO es nacionais e internacionais nos
domínios de actividade do Ministério do Interior.
2. O Gabinete de Intercâ mbio e Cooperaçã o tem as seguintes atribuiçõ es:
a) Preparar toda a informaçã o e documentaçã o que vise assegurar o
cumprimento das obrigaçõ es que decorram do estatuto de Angola enquanto
membro de organizaçõ es internacionais;
b) Propor políticas de cooperaçã o entre o Ministério do Interior,
organismos estrangeiros homó logos e as organizaçõ es internacionais;
c) Apresentar propostas relativas à ratificaçã o de Convençõ es
Internacionais relativas à s matérias dos domínios de actividade do Ministério do
Interior;
d) Desenvolver e manter relaçõ es com organismos homó logos e
instituiçõ es de cará cter internacional nos domínios de actividade do Ministério
do Interior;
e) Desempenhar as demais funçõ es que lhe sejam atribuídas por lei,
regulamento ou por determinaçã o superior.
3. O Gabinete de Intercâ mbio e Cooperaçã o é dirigido por um Director
Nacional, coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto.
Artigo 32.º
(Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa)
1. O Gabinete de Comunicaçã o Institucional e Imprensa, abreviadamente «GCII», é
o Ó rgã o de apoio técnico, responsá vel pela elaboraçã o, implementaçã o,
coordenaçã o e monitorizaçã o da política comunicacional do Ministério do
Interior, bem como elaborar as orientaçõ es metodoló gicas sobre a estratégia de
comunicaçã o dos Serviços Executivos Centrais e Provinciais.
2. O Gabinete de Comunicaçã o Institucional e Imprensa tem as seguintes
atribuiçõ es:
a) Conceber, elaborar e propor a adopçã o de estratégias de comuni-
caçã o institucional no MININT em consonâ ncia com as normas legalmente previs-
tas;
b) Elaborar os discursos, os comunicados e as mensagens do titular do
ó rgã o ministerial;
c) Divulgar as actividades desenvolvidas pelo ó rgã o e responder à s so-
licitaçõ es de informaçã o dos ó rgã os de comunicaçã o social;
d) Organizar os eventos institucionais do MININT;
e) Gerir a documentaçã o e a Biblioteca incluindo a sua componente dig-
ital informaçã o técnica institucional e divulga-la;
f) Actualizar o portal e outras contas nas redes sociais e toda comuni-
caçã o digital da instituiçã o;
g) Produzir conteú dos informativos para divulgaçã o nos diversos
canais de comunicaçã o, podendo propor a contrataçã o dos serviços especializa-
dos para o efeito;
h) Desempenhar as demais funçõ es que lhe sejam atribuídas por lei,
regulamento ou por determinaçã o superior.

37
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
3.O Gabinete de Comunicaçã o 7Institucional
DE AGOSTO e Imprensa é dirigido por um
Director Nacional, coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto.

CAPÍTULO VI
Serviços de apoio instrumental
Artigo 33.º
(Gabinete do Ministro)1
1. O Ministro do Interior é auxiliado por um Gabinete constituído por um corpo de
responsá veis, conselheiros, assessores, consultores e pessoal administrativo que
integram o seu quadro de pessoal temporá rio, nos termos da lei.
2. O Gabinete do Ministro é dirigido por um Director de Gabinete com a categoria
de Director Nacional, coadjuvado por um Director Nacional-Adjunto.

3. Um Corpo de Conselheiros funciona junto do Gabinete do Ministro, cuja


regulamentaçã o é definida em diploma pró prio.
4. Os Conselheiros, Assessores e Consultores do Ministro sã o equiparados a
Director Nacional.
5. Por razõ es de interesse pú blico, o Ministro do Interior pode contratar,
pontualmente, profissionais e especialistas em determinadas matérias.
6. O pessoal do Gabinete é de livre nomeaçã o e contrataçã o, nos termos da lei.

7. O regime jurídico da composiçã o, competências, forma de provimento e


categoria do pessoal do Gabinete do Ministro sã o estabelecidos por diploma
pró prio.

Artigo 34.º
(Gabinete dos Secretários de Estado)
1. Os Secretá rios de Estado sã o auxiliados por um Gabinete constituído por um
corpo de responsá veis, conselheiros, assessores, consultores e pessoal
administrativo que integram o seu quadro de pessoal temporá rio, nos termos da
lei.
2. O Gabinete do Secretá rio de Estado é dirigido por um Director de Gabinete com
a categoria de Director Nacional.
3. Os Conselheiros, Assessores e Consultores dos Secretá rios de Estado sã o
equiparados a Director Nacional.
4. O regime jurídico da composiçã o, competências, forma de provimento e
categoria do pessoal do Gabinete dos Secretá rios de Estado sã o estabelecidos por
diploma pró prio.

Artigo 35.º
(Gabinete do Inspector Geral do Ministério do Interior)
1
Contribuições DIR. GAB. MININT

38
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE
1. O Gabinete do Inspector Geral do AGOSTOdo Interior é o serviço encarregue
Ministério
de prestar assistência directa e pessoal ao Inspector Geral e é dirigido por um
Director de Gabinete com a categoria de Director Nacional-Adjunto.

2. O regime jurídico da composiçã o, competências, forma de provimento e


categoria do pessoal do Gabinete do Inspector Geral sã o estabelecidos por
diploma pró prio.
CAPÍTULO VII
Órgãos sob Superintendência1
Artigo 36.º
(Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior)
1. A Caixa de Protecçã o Social do Ministério do Interior, abreviadamente
designada por «CPS/MININT» é uma pessoa colectiva de direito pú blico,
dotada de personalidade jurídica, autonomia administrativa, financeira e
patrimonial com a finalidade de gerir a protecçã o social obrigató ria e à
assistência social do efectivo do regime especial de carreiras do Ministério
do Interior.

2. A organizaçã o e o funcionamento da CPS/MININT sã o regulados em


diploma pró prio.

Artigo 37.º
(Centro Integrado de Segurança Pública)
1. O Centro Integrado de Segurança Pú blica, abreviadamente designados por
(CISP), é o ó rgã o de apoio técnico e operacional ao qual incumbe articular as
forças dos serviços de segurança e ordem interna, através do Sistema Integrado
de Operaçõ es de Protecçã o e Socorro.

2. A organizaçã o e o funcionamento do CISP sã o regulados em diploma


pró prio.
CAPÍTULO VIII
Serviços Executivos Locais
Artigo 38.º
(Delegação Provincial do Ministério do Interior)
A Delegaçã o Provincial é o ó rgã o desconcentrado do Ministério do Interior ao
qual, a nível da Província, compete coordenar as actividades dos diferentes
ó rgã os provinciais do MININT e fiscalizar a execuçã o das políticas definidas
superiormente, no domínio da segurança e ordem pú blicas.

Artigo 39.º
(Direcção)

1
Contribuições dos membros do CCA/MININT.

39
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
A Delegaçã o Provincial é dirigida7por
DE um Delegado Provincial que funciona sob
AGOSTO
depende directa do Ministro do Interior.

Artigo 40.º
(Subordinação)
1. A Delegaçã o Provincial está sujeita à dupla subordinaçã o e depende orgâ nica,
administrativa e metodologicamente do Ministério do Interior e funcionalmente
do Governo Provincial.
2. A organizaçã o, o funcionamento, a estruturaçã o e as atribuiçõ es das Delegaçõ es
Provinciais é definido em diploma pró prio, aprovado pelo Ministro do Interior.
Artigo 41.º
(Coordenação das forças e serviços nos objectivos estratégicos)
Para fins de protecçã o e asseguramento de objectivos estratégicos o Ministro do
Interior pode designar um coordenador das forças e serviços da garantia da
ordem para os Portos, Aeroportos, Caminhos-de-Ferro e outros, aos quais
compete coordenar as actividades dos seus diferentes ó rgã os em cooperaçã o com
as entidades pú blicas e privadas afins, com base em regulamento pró prio.
CAPÍTULO IX
Direitos e Deveres Gerais
Artigo 42.º
(condecorações e distinções)
Sem prejuízo dos demais direitos previstos em legislaçã o pró pria, o pessoal
militarizado e civil que se destaque por actos, comportamentos ou feitos notá veis,
tem direito a outorga de condecoraçõ es, títulos e distinçõ es, em vida ou a título
pó stumo.
Artigo 43.º
(Deveres profissionais)
1. O pessoal militarizado do Ministério do Interior, ainda que se encontre fora do
horá rio normal de trabalho e da á rea de jurisdiçã o do local onde exerça funçõ es,
deve tomar as necessá rias providências até à intervençã o da autoridade de
polícia competente.
2. O pessoal referido no nú mero anterior que tenha conhecimento de factos
relativos a crimes deve comunica-los imediatamente à entidade competente.
Artigo 44.º
(Sigilo profissional)
O pessoal militarizado e civil do Ministério do Interior, independentemente da
natureza das suas funçõ es, está sujeito ao sigilo profissional, nos termos da lei.
Artigo 45.º
(Actividades desportivas e culturais)

40
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
1. O pessoal militarizado e civil do7Ministério
DE AGOSTO do Interior pode se associar, se filiar
e praticar actividades desportivas e culturais, em associaçõ es, fundaçõ es ou
sociedades desportivas e culturais, nos termos da lei.
2. O pessoal militarizado e civil do Ministério do Interior pratica as actividades
desportivas no Grupo Desportivo Interclube de Angola.1
Artigo 46.º
(Uso e porte de arma de fogo e meios coercivos)

O pessoal militarizado do Ministério do Interior tem direito ao uso e porte de


arma de fogo e de meios coercivos, nos termos da lei.

CAPÍTULO X
Mecanismos de orientação e controlo

Artigo 47.º
(Iminente lesão do interesse público)

Os regulamentos orgâ nicos dos ó rgã os e serviços executivos centrais, podem


consagrar mecanismos especiais de intervençã o do Ministro do Interior para
acautelar casos de iminente ou efectiva lesã o do interesse pú blico.

Artigo 48.º
(Orientações e directivas)

1. O Ministro do Interior pode emanar orientaçõ es e directivas aos ó rgã os


dirigentes dos ó rgã os e serviços executivos centrais, relativamente aos objectivos
a atingir e à s prioridades na prossecuçã o das suas competências.

2. Estã o sujeitos a aprovaçã o do Ministro do Interior:

a) O plano de actividades, o relató rio de actividades e contas,


trimestrais, semestrais e anuais;
b) O projecto de orçamento e os relató rios de execuçã o financeira
trimestrais, semestrais e anuais;
c) Os demais actos previstos por lei ou regulamento.

3. Os poderes de intervençã o previstos no nú mero anterior nã o prejudicam a que


o Ministro do Interior, no quadro dos poderes de hierarquia, convoque os ó rgã os
de gestã o dos serviços executivos centrais para esclarecimentos sobre a gestã o
corrente.
Artigo 49.º
(Regulamento interno)
A organizaçã o, o funcionamento e a estruturaçã o dos ó rgã os de direcçã o superior,
de apoio consultivo, de apoio técnico e dos ó rgã os de apoio instrumental que
compõ em a estrutura orgâ nica do Ministério do Interior sã o aprovados em
diploma pró prio.
1
Contribuição do representante do Interclube.

41
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

CAPÍTULO XI
Disposições finais
Artigo 50.º
(Quadro de pessoal, organigrama, disciplina e carreiras)
1. O quadro de pessoal e o organigrama dos ó rgã os e serviços do Ministério do
Interior é composto pelo regime geral e regime especial da funçã o pú blica, e sã o
os constantes dos anexos I II e III ao presente diploma do qual sã o partes
integrantes.

2. O pessoal militarizado em comissã o normal de serviço no Ministério do Interior


é parte integrante do quadro de pessoal do efectivo da Polícia Nacional de Angola,
da Polícia de Investigaçã o Criminal, do Serviço de Migraçã o e Estrangeiros, do
Comando de Protecçã o Civil e Bombeiros e do Serviço Penitenciá rio.

2. O pessoal militarizado referido no nú mero anterior está sujeito ao regime


disciplinar pró prio do ó rgã o a que pertence, nos termos da lei.

3. O pessoal do regime especial de carreiras em comissã o de serviço ou de


destacamento deve beneficiar de progressã o, promoçã o e graduaçã o nas
respectivas carreiras, nos termos da lei, devendo auferir o salá rio no orçamento
do quadro de origem.

O Presidente da Repú blica, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.

42
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

ANEXO I, A QUE SE REFERE O ARTIGO 50.º DO PRESENTE ESTATUTO


ORGÂNICO

REGIME GERAL DA FUNÇÃO PÚBLICA


Grupo de Indicação Obrigatória N.º de
Carreira Categoria /Cargo
Centrais de

Pessoal da Especialidade Profissional Lugares


Direcçã o
Ó rgã os

Ministro 1
Secretá rios de Estado 2

Comandante Geral 1
Inspector Geral 1
Director Geral 5
Direcçã o

2.º Comandante-Geral 2
Director Nacional 11
Dir. Gab. Ministro 3
Delegado Provincial 18
Insp. Geral Adjunto 2
Dir. Geral Adjunto 10
Dir. Nacio. Adjunto 16
Dir. Gab. Sec. Estado 2
Direcçã o e
Chefia

Chefe Departamento 102


Dir. Adj. Gab.Ministro 1
Delegado Municipal 164
Técnico Superior

Técnica Superior

Chefe de Secçã o 424


Assessor Principal 180
Primeiro Assessor 190
Assessor 205
Téc. Sup.Principal 215
Téc. Sup. 1ªClasse 252
Téc. Sup. 2ªClasse 397

43
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023

Técnico Médio

Técnica Médio
Téc. Espec. Principal 7 DE AGOSTO 251
Téc. Espec. 1ªClasse 206
Téc. Espec. 2ªClasse 240
Téc. 1ªClasse 306
Téc. 2ªClasse 350
Téc. 3ªClasse 460
Téc. Méd.Prin.1ªClasse 290
Administrativa

Téc. Méd.Prin.2ªClasse 400


Téc. Méd.Prin.3ªClasse 480
Téc. Méd.1ªClasse 630
Téc. Méd.2ªClasse 650
Téc. Méd.3ªClasse 700
Administrativo

Ofic. Adm. Principal 510


Oficial

Primeiro Oficial 540


Administrativo

Segundo Oficial 600


Terceiro Oficial 650
Aspirante 350
Escrituraria Dactiló grafa 400
Tesoureiro

Tesoureiro Principal 200


Tesoureiro de 1ªClasse 250
Tesoureiro de 2ªClasse 300
de
Ligeiros Pesados
MotoristaMotorista

Mot. de Pesado Principal 180


Mot. de Pesado 1ªClasse 280
de

Mot. de Pesado 2ªClasse 140


Mot. Ligeiro Principal 220
Mot. Ligeiro 1ªClasse 250
Mot. Ligeiro 2ªClasse 100
Telefonista

Telefonista Principal 80
Telefonista 1ª Classe 90
Telefonista 2ª Classe 100
Administrat.

Auxiliar Adm.Principal 470


Auxiliar

Auxiliar Adm.1ªClasse 290


Auxiliar Adm.2ªClasse 300
Limpeza
Auxiliar

450
de

Auxiliar Limp.Principal 500


Auxiliar

Auxiliar Limp.1ªClasse 420


Auxiliar Limp.2ªClasse

44
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
Encarregado 7 DE AGOSTO 490
Encarregado de 1ª Classe 200
Encarregado de 2ª Classe 305

Operá rio
Operá rio Nã o Qual. Principal 320
Operá rio Nã o Qual. 1ª Classe 210
Operá rio Nã o Qual. 2ª Classe 420
Total 16384

ANEXO II, A QUE SE REFERE O ARTIGO 50.º DO PRESENTE ESTATUTO


ORGÂNICO

REGIME DE CARREIRAS ESPECIAL DA POLÍCIA NACIONAL DE ANGOLA


1.
Grup N.º de
Indicação
o Lugares
Carr Obrigatória
de Categoria /Cargo
eira da Especialidade
Pess
Profissional
oal
Comissario Geral
1
Comissá rio Chefe
5
Comissá rio
55
QUADRO DO PESSOAL DA PNA

Subcomissá rio
75
Superintendente-
928
Chefe
404
Superintendente
8.820
Intendente
3.250
Inspector-Chefe
3.676
Inspector
12.450
Subinspector
6.676
1º Subchefe
9.665
2º Subchefe
13.995
3º Subchefe
138.048
Agente

45
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

REGIME DE CARREIRAS ESPECIAL DA POLÍCIA DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

2.
Grup N.º de
o Indicação Obrigatória Lugare
Carre
de Categoria /Cargo da Especialidade s
ira
Pesso Profissional
al

Comissá rio Chefe de Investigaçã o


Criminal
1
Comissá rio de Inves. Criminal
15
68
QUADRO DO PESSOAL DA PIC

Subcomissá rio de Inves. Criminal


Superintendente-Chefe de Inves. 186
Criminal 897
Superintendente de Inves. Criminal 1.256
Intendente de Inves. Criminal
Inspector-Chefe de Inves. Criminal
2.274
Inspector de Inves. Criminal 1.134
Subinspector de Inves. Criminal 2.088
1º Subchefe de Inves. Criminal 1.788
2º Subchefe de Inves. Criminal 944
3º Subchefe de Inves. Criminal 944
Agente de 1ª de Inves. Criminal
Agente de 2ª de Inves. Criminal
500
1.000
Agente de 3ª de Inves. Criminal
1.300

46
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

REGIME DE CARREIRAS ESPECIAL DO SERVIÇO DE MIGRAÇÃO E ESTRANGEIROS

3.
Grup N.º de
o Indicação Obrigatória Lugare
Carre
de Categoria /Cargo da Especialidade s
ira
Pesso Profissional
al

Comissá rio de Migraçã o


Principal 1
Comissá rio de Migraçã o
Subcomissá rio de Migraçã o
27
Superintendente de
17
QUADRO DO PESSAL DO SME

Migraçã o Chefe
Superintendente de 87
Migraçã o 387
Intendente de Migraçã o 175
Inspector de Migraçã o Chefe 297
Inspector de Migraçã o
685
Subinspector de Migraçã o
1º Subchefe de Migraçã o 1051
2º Subchefe de Migraçã o 38
3º Subchefe de Migraçã o 61
Agente de Migraçã o de 1ª 2508
Classe 59
Agente de Migraçã o de 2ª
9
Classe
Agente de Migraçã o de 3ª 1905
Classe

47
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

REGIME DE CARREIRAS ESPECIAL DO COMANDO DE PROTECÇÃO CIVIL E


BOMBEIROS

4.
Grup N.º de
o Indicação Obrigatória Lugare
Carre
de Categoria /Cargo da Especialidade s
ira
Pesso Profissional
al

Comissá rio Bombeiro


Principal 1
Comissá rio Bombeiro
Subcomissá rio Bombeiro 30
QUADRO DO PESSOAL DO SPCB

Superintendente Bombeiro 40
Chefe 101
Superintendente Bombeiro
127
Intendente Bombeiro
Inspector Bombeiro Chefe 381
Inspector Bombeiro 435
Subinspector Bombeiro 850
1º Subchefe Bombeiro 1545
2º Subchefe Bombeiro 1861
3º Subchefe Bombeiro
1950
Agente Bombeiro de 1ª
Classe 847
Agente Bombeiro de 2ª 1838
Classe 3082
Agente Bombeiro de 3ª 9134
Classe

48
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

REGIME DE CARREIRAS ESPECIAL DO SERVIÇO PENITENCIÁRIO

5.
Grup N.º de
o Indicação Obrigatória Lugare
Carre
de Categoria /Cargo da Especialidade s
ira
Pesso Profissional
al

Comissá rio Prisional


Chefe 1

49
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
Comissá rio Prisional 7 DE AGOSTO
Subcomissá rio Prisional
Superintendente
Prisional Chefe 38
Superintendente 40
QUADRO DO PESSOAL DO SP

Prisional 300
Intendente Prisional 400
Inspector Prisional 500
Chefe 600
Inspector Prisional 700
Subinspector Prisional 800
1º Subchefe Prisional 984
2º Subchefe Prisional 1114
3º Subchefe Prisional 1420
Agente Prisional de 1ª 2853
Classe 5328
Agente Prisional de 6240
2ªClasse
Agente de Prisional
3ªClasse

ANEXO III, A QUE SE REFERE O ARTIGO 50.º DO PRESENTE ESTATUTO


ORGÂNICO

50
ÚLTIMA VERSÃO CCNE/MININT/ 2023
7 DE AGOSTO

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